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Complicações em cirurgia

Infecção de ferida operatória


Conceitos gerais: se passou 30 dias da cirurgia e a ferida infecta, considera complicação , se
colocou alguma prótese considera até 1 ano;
Fatores de risco:
Técnicos: assepsia inadequada, material errado
Clínicos: problema imunológico, desnutrição
Etiologia: gram +: S aureus
A infecção pode ser:
Superficial: pele e gordura: abre os pontos, limpa e faz curativo, não está indicado antibiótico
Profundo: músculo, fáscia (abscesso): drena, lava, curativo. Antibiótico.
Se tiver coleções intracavitárias (abaixo da fáscia): o problema é sistemico. ATB, drenagem
podendo ser guiada por imagem ou reabordagem cirurgica.
Abertura de pontos: técnica inadequada: abre logo ou sutura sob tensão.
Clínico: abre no 5 a 7 dia.
Conduta expectante e tratar complicações.
Ainda na deiscência de ferida operatória, considerar conceito de:
Eventração (pele fechada-pode reoperar em um segundo tempo) e Evisceração (pele
aberta-cirurgia urgente): nas duas situações a aponeurose está aberta.
Febre
Tempo:
Intra op ou pós imediato (24h após terminar cirurgua): é um paciente que tem uma
condição pré-existe, como abscesso ou apendicite.
Hipertermia maligna: aumento de temperatura relacionada a anestesia
Até o segundo dia pós operatório: Remit (resposta endócrina metabólica imunológica ao
trauma operatório) resposta que leva a uma vasodilatação levando ao aumento de temperatura
37,5 graus);
Atelectasia gera a febre baixa, devido a inflamação causada por ela.
2 ao quinto dia: infecção urinária e pulmonar;
Infecção da ferida operatória;
Acesso periférico: flebite, cateter venoso central: infecção do cateter.
Mais graves: eventos tromboembólicos: TEV e TEP:na suspeita devemos palpar panturrilha,
verificar FC e saturação;
5 ao sétimo dia:
Em cirurgia abdominal: pensar em deiscência de anastomose: febre, dor, leucocitose e
taquicardia
> 7 dias: abscessos intracavitários.
Complicações sistêmicas
Pulmonares:
Atelectasia: tempo prolongado de anestesia, hipoventilação, decubito prolongado. É
importante realizar o controle álgico, fisioterapia e higiene pulmonar (deambular, respirar);
TEP: padrão de sobrecarga de ventrículo direito
S1 invertida
Q3 e T3

taquicardia sinusal: padrão mais comum

Complicações abdominais
Ílio paralítico: aperistalse intestinal, pode ocorrer relacionado ao REMIT, uso de drogas
(como opiodes), e distúrbios hidroeletrolíticos como a hipercalemia, paciente evolui com
distensão abdominal, para de eliminar flatos e fezes. Fazer: jejum, sonda nasogástrica
descompressiva se muito distendido, hidratação e correção dos distúrbios hidroeletrolíticos.
ileo paralítico: distensão de delgado, empilhamento de moeda, com gás no cólon, reto.
Difere de uma brida: gás concentrado que não progride

Fístulas
Gera desidratação, distúrbio hidroeletrolítico, geralmente são de baixo débito. Fazer suporte
clínico e controle infeccioso. Não fazer abordagem cirúrgica.

Hematoma: coleção de sangue


No pescoço ou no crânio deve ser drenado.

Sangramentos
Instável: operado de urgência
Estável: TC com contraste

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