Desejo do bem p. 16.

- Quando perguntamos, então, quais são as circunstâncias filosóficas que dão lugar a questão do
desejo humano, vemos que a filosofia moral em particular tem necessitado saber se o desejo tem
intencionalidade moral, uma incipiente essência da razão, para afirmar a possibilidade de um sujeito
moral unificado e da vida moral integrada. Sem embargo, as questões de identidade, unidade e
integração que a filosofia moral coloca a respeito do ser moral somente ser formuladas, primeiro
dos seres em geral. (unidade e integridade do ser) p. 16, 17.

- Impossibilidade de um sujeito autônomo, coerente. p. 18

- Dialética do senhor e do escravo. O desejo se encontra vinculado essencialmente com o auto-
conhecimento.------- que o sujeito é uma estrutura reflexiva e que para conhecer-se necessita mover-
se fora de si. ------ reflexividade da consciência: busca do conhecimento de si mesmo + seu lugar
metafísico. (…) identidade e luar são coextensivos, posto que a autonomia hegeliana depende da
doutrina das relações internas.
- Na medida em que o desejo é este princípio de reflexividade da consciência, se pode afirmar que o
desejo é satisfeito quando se descobre que uma relação com algo externo a consciência é
constitutiva do sujeito mesmo. (…) impossibilidade de superar a diferença externa. p. 19.
- O sujeito hegeliano se expande no transcurso de sua aventura na alteridade: internaliza o mundo
que deseja e se expande para abarcar, para ser, aquilo que em um primeiro momento confronta com
um outro para si.
- o problema filosófico do desejo não deve ser um problema imposto sobre o desejo desde alguma
postura filosófica abstraída da experiência, senão que há de surgir de uma colocação tácita da
experiencia mesma do desejo.
- Hyppolite: desejo é o poder do negativo na vida humana. (…) o desejo humano expressa a
relação do sujeito com aquilo que não é, com o diferente, o estranho, o novo, o esperado, o ausente,
o perdido.
- O sujeito não pode encontrar uma satisfação definitiva para o desejo.