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SOMOS TODOS
AMARILDO
Todos os direitos desta edição reservados a Pontes Editores Ltda.
Proibida a reprodução total ou parcial em qualquer mídia
sem a autorização escrita da Editora.
Os infratores estão sujeitos às penas da lei.
A Editora não se responsabiliza pelas opiniões emitidas nesta publicação.
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5637-271-6.
SOMOS TODOS
AMARILDO
Copyright © 2021 – Bianca Queda Costa e Giovanna Benedetto Flores
Coordenação Editorial: Pontes Editores
Diagramação e capa: Vinnie Graciano
Revisão: das autoras
Foto da capa: Marino Mondek
CONSELHO EDITORIAL:
Angela B. Kleiman
(Unicamp – Campinas)
Clarissa Menezes Jordão
(UFPR – Curitiba)
Edleise Mendes
(UFBA – Salvador)
Eliana Merlin Deganutti de Barros
(UENP – Universidade Estadual do Norte do Paraná)
Eni Puccinelli Orlandi
(Unicamp – Campinas)
Glaís Sales Cordeiro
(Université de Genève – Suisse)
José Carlos Paes de Almeida Filho
(UNB – Brasília)
Maria Luisa Ortiz Alvarez
(UNB – Brasília)
Rogério Tilio
(UFRJ – Rio de Janeiro)
Suzete Silva
(UEL – Londrina)
Vera Lúcia Menezes de Oliveira e Paiva
(UFMG – Belo Horizonte)
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Dedico este trabalho a todos os gigantes que
participaram de minha vida ao longo desses anos
e me deram apoio em seus ombros para que eu
pudesse chegar até aqui. Principalmente, ao meu
companheiro de alma Adilson Francisco Costa
Junior que me deu de presente o tema da Ocupação
Amarildo para essa pesquisa.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 8
SOBRE A OCUPAÇÃO 8
A OCUPAÇÃO COMO NOTÍCIA 9
UMA PESQUISA NO ENTREMEIO DO JORNALISMO COM A ANÁLISE DE
DISCURSO 11
SOBRE OS JORNAIS 32
3.1 – ENVOLVIMENTO COM O CORPUS 32
3.2 – O DIÁRIO CATARINENSE 33
3.3 – A GAZETA DA OCUPAÇÃO AMARILDO 37
CONSIDERAÇÕES FINAIS 62
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 64
Sites pesquisados 70
ANEXOS 72
ANEXO A – Grupo invade área no norte da ilha 72
ANEXO B – Tensão 73
ANEXO C – Famílias querem reforma agrária no norte da Ilha74
ANEXO D – Amarildo é chique 75
ANEXO E – Coração de mãe 76
ANEXO F – Gazeta do Amarildo 77
ANEXO G – Pronto para a batalha 78
ANEXO H – Juiz marca audiência sobre invasão 79
ANEXO I – Quatro dias para a desocupação 80
ANEXO J – Sem terra deram mais um passo na educação 81
ANEXO K – As terras são públicas! 82
ANEXO L – “Quem sabe faz a hora!” O resultado da audiência 83
ANEXO M – Entrevista professor Jaci Rocha 84
ANEXO N – Entrevista Rui Fernando Neto 86
Sobre as autoras 88
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INTRODUÇÃO
SOBRE A OCUPAÇÃO
1 Diário Catarinense. Grupo invade área no Norte da Ilha. Diário Catarinense, Florianópolis, 17
dez. 2013. Geral, p. 28.
2 DA SILVA, Rui Fernando. Grupo invade área no Norte da Ilha. Diário Catarinense, Florianópolis,
17 dez. 2013. Geral, p. 28
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3 Passa Palavra. 18 FEVEREIROS 2014 (BR-SC) Ocupação Amarildo, Florianópolis. Acessado dia
16 de abril de 2014 http://passapalavra.info/2014/02/91997
4 Machado, Paulo Pinheiro. Êxodo acentua problema de moradia. Diário Catarinense,
Florianópolis, 16 mar. 2014. Política p. 13
5 Diário Catarinense. Ocupação Amarildo deve deixar terreno até o dia 15 de abril. Acessado dia
02 de abril de 2014. http://diariocatarinense.clicrbs.com.br/sc/geral/noticia/2014/02/ocupa-
cao-amarildo-deve-deixar-terreno-ate-o-dia-15-de-abril-4413037.html
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Origens e abordagem
teórica
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2.1 – AS MÁSCARAS
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Não há fato ou evento histórico que não faça sentido, que não
peça interpretação, que não reclame que lhe achemos causas e
consequências. É nisso que consiste para nós a história, nesse
fazer sentido, mesmo que possamos divergir sobre esse sentido
em cada caso. (HENRY, 1984, p.51).
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SOBRE OS JORNAIS
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1 BURD, Armando. Entrevista concedida para alunos da UFRGS Porto Alegre, março, 2000.
Disponível em: https://www.google.com.br/search?q=reda%C3%A7%C3%B5es+de+jor-
nais+informatizadas&aq=f&oq=reda%C3%A7%C3%B5es+de+jornais+informatizadas&aqs=-
chrome.0.57.8374j0&sourceid=chrome&ie=UTF-8. Acessado em 02 set 2014.
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7 Os eventos conhecidos como “rolezinhos” aconteceram no final de 2013 quando jovens mar-
caram encontros em shoppings pelas redes sociais, principalmente na capital paulista.
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ANÁLISES DOS PROCESSOS
DISCURSIVOS
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Amarildo é chique
Através da placa de um dos vários veículos estacionados
no acampamento armado da SC-401, batizada de ocupação
Amarildo, a polícia já sabe que o dono do automóvel mora em...
Jurerê. (MARTINI, 2014, p.3)
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Coração de mãe
Os coordenadores da ocupação Amarildo de Souza,
às margens da SC-401, garantem que não entra mais
ninguém, além das 725 famílias ali instaladas. A
foto de sexta-feira à tarde fala por si só. Aliás, pela
bandeira no acampamento, a turma parece estar le-
vando a sério esta história de integração dos povos
latinos americanos. (MARTINI, 2014, p.3)
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Gazeta do Amarildo
A coisa está cada dia mais profissional na ocupação da SC-401.
Agora eles resolveram lançar o próprio veículo de comunica-
ção: a Gazeta do Amarildo. A primeira edição foi distribuída
no terminal central de Florianópolis, o Ticen, gratuitamente.
(MARTINI, 2014, p.3)
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SD
O que constitui uma propriedade do discurso jornalístico en-
tão? É a submissão ao jogo de relações de poder vigentes, é sua
adequação ao imaginário do ocidental de liberdade e bons cos-
tumes. É, também, o efeito de literalidade decorrente da ilusão
da informatividade. Estas propriedades, no nosso entender es-
tão no cerne da produção jornalística: são aspectos invariantes
de qualquer jornal de referência. (MARIANI, 1998, p64)
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SD 1
Depois que rompemos as cercas pouco a pouco dezenas de fa-
mílias foram chegando à Ocupação Amarildo em busca de uma
vida melhor, merecida e justa. Famílias brasileiras do povo
Kaigang1, que estão trabalhando na cidade também se junta-
ram a nós. Hoje somos 725 famílias, o caldo engrossou! (Gazeta
da Ocupação, 01 de fevereiro 2014, p.3).
SD 2
Na segunda-feira às 07:00, os companheiros e companheiras
que possuem carros organizarem-se para levar as crianças
alimentadas2 e com os documentos necessários para a escola
nova. Este mutirão para garantir o transporte vai continuar até
que todas as crianças recebem os passes escolares da prefeitu-
ra. (Gazeta da Ocupação, 26 de fevereiro 2014, p.4).
SD 3
Com nossas ações fazemos deste um espaço melhor para mi-
lhares e milhares de vidas. Preservamos a natureza com a
agricultura sem venenos, produzimos para comer, dar e
vender (...) Lutar pelo direito à terra, trabalho e moradia é
uma decisão que tomas todos os dias3 (Gazeta da Ocupação,
26 de fevereiro 2014, p.3).
1 GRIFO NOSSO
2 Grifo nosso
3 Grifo nosso
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A OCUPAÇÃO COMO GESTO
POLÍTICO
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Assim, nos anos 50 e início dos anos 60, a Reforma Agrária foi
vista como remédio para os grandes males da nação e/ou como
atestado de avanço “vermelho” no país. E não, por acaso, no
imaginário político nacional aparece o “’estopim” detonador
do golpe militar de 1964: teria sido ela (a Reforma Agrária), e
não o conjunto de Reformas de Bases naquela época, proposta,
que derrubaria o presidente Goulart. (NOAVES, 1995, p.125).
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4 Grifo nosso
5 Grifo nosso
6 Constituição Brasileira. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
Constituicao.htm. Acessado dia: 07 de out de 2014.
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pelos seus dizer. Nas concepções de Conein (1981, apud da Costa, 2009)
podemos entender essa figura como sendo o porta-voz.
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SD 4
Vamos resistir até o último momento. A resistência existe de
várias formas. Não vamos para o enfretamento com a polícia,
não vamos submeter ou expor as famílias à possibilidade de
violência policial. A forma de resistência que a gente se re-
fere é política e jurídica. Ingressemos como uma ação anula-
tória contra o processo. (FERNANDO, 11 de abril de 2014, p.4)
SD 5
A gente confia no juiz Rafael Sandi. Precisamos de uma instân-
cia como a Justiça Agrária para mediar os conflitos que agora
não mais só no campo. Também na cidade tem a mesma natu-
reza, ou seja, a disputa de terras. Por este motivo cumpriremos
o acordo, não só pela coerência que mantemos na relação
com juiz, mas principalmente por entender que Justiça Agrária
é uma instância do Judiciário catarinense que deve ser manti-
da, como mediadora desse tipo de conflito. ( FERNANDO,11 de
abril de 2014,p.4)
SD 6
Todos os domingos a gente faz assembleia, justamente para
o planejamento das ações da semana seguinte e avaliação da
semana que passou. Esse domingo será do mesmo modo, mas
garanto que não será a última assembleia dos amarildos. (
FERNANDO, 11 de abril de 2014,p.4)
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Sites pesquisados:
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FOLHA DE SÃO PAULO. Casa própria representa 75% dos lares brasileiros.
Folha de São Paulo, São Paulo, 21 set. 2012. Disponível em: http://www1.folha.
uol.com.br/cotidiano/1157059-casa-propria-representa-75-dos-lares-brasilei-
ros.shtml. Acessado: 16 de out 2014.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE). Características da popula-
ção e dos domicílios: resultados do universoRio de Janeiro, 21 de dezembro
de 2011. p.160. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noti-
cias/imprensa/ppts/00000006960012162011001721999177.pdf. Acessado: 16 de
out 2014.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estática (IBGE). Censo Demográfico 2010:
Aglomerados subnormais – Primeiros resultados. Rio de Janeiro, 21 de de-
zembro de 2011. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/no-
ticias/imprensa/ppts/00000006960012162011001721999177.pdf. Acessado: 16
de out 2014.
NASSIF, Luis. A homenagem a Vandré. Disponível em: http://jornalggn.com.
br/blog/luisnassif/a-homenagem-a-vandre. Acessado: 03 de outubro de 2014.
RBS TV. História da RBS TV. Disponível em: http://redeglobo.globo.com/rs/
rbstvrs/noticia/2011/12/historia.html. Acesso em: dia 03 set 2014.
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ANEXOS
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ANEXO B – Tensão
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Estou com uma dúvida em um ponto da minha monografia e ninguém está con-
seguindo me responder essa questão, pensei que o professor poderia saber.
Minha dúvida é essa: Por que a presença dos índios no acampamento fez com
que o caso fosse julgado a nível estadual e não federal?
Estou batendo a cabeça nessa pergunta e não consigo entender.
A matéria está em anexo..
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(precisaria confirmar na lista) mas a negativa parece ter fundamento já que tra-
ta-se de caso minoritário ou isolado de alguma família indígena.
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Sobre as autoras
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