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LENDAS DO CÉU E DA TERRA O Cântaro Milagroso

Em Lar, na Pérsia vivia outrora um pescador muito indolente.

Certo dia, quando dormia, como de costume, à sombra de uma árvore, junto ao rio, assaltou-o um sonho que muito o
impressionou.

Sonhou que encontrara, no campo, ao voltar à casa, um grande cântaro de ferro no fundo do qual descobriu, com
surpresa uma moeda de ouro.

Sandeji assim se chamava o pescador mergulhou a mão e arrancou do fundo do cântaro o precioso achado. Qual não
foi, porém, o seu espanto, quando, ao repetir a operação, encontrou nova moeda igual à primeira.

Era milagroso o cântaro!

Debaixo de cada moeda que o pescador tirava, outra logo, nova e rutilante, lhe vinha ao alcance da mão.

Ao acordar resolveu consultar um velho sacerdote que morava a dois passos e era perito em decifrar sonhos e visões.

Que significado teria aquele sonho original do cântaro milagroso?

Como explicar o estranho caso da moeda que ressurgia sempre oferecendo-se à cobiça dos seus olhos e dos seus
dedos?

É fácil desvendar-se o mistério respondeu o sacerdote. Vai ao rio, atira a rede várias vezes e saberás, então o significado
do sonho!

Encheu-se o pescador de ânimo e foi ao rio.

Viu vários peixes que nadavam na corrente. Lançou, rápido, a rede e apanhou alguns.

Novos peixes surgiram no seio profundo das águas e o pescador teve a felicidade de recolher.

Assim, trabalhando ativamente, conseguiu fazer, naquele dia, pesca mais abundante que a de um mês inteiro.

Só então o pecador compreendeu o significado do sonho e o verdadeiro sentido das palavras do velho sacerdote.

O cântaro milagroso era, afinal, o rio de cujo seio tirava ele os peixes que se transformavam, a seguir nas ambicionadas
moedas de ouro.

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