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Escrita Lição 5, Como Ler as Escrituras,1Tr22,Pr Henrique,

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Lição 5, Como Ler as Escrituras


Lições Bíblicas - 1º Trimestre de 2022 - CPAD - Para adultos
Tema: A Supremacia das Escrituras, a Inspirada, Inerrante e Infalível Palavra de
DEUS
Comentário: Pr. Douglas Baptista (Pr. Pres. Assembleia de DEUS Missão, Brasília,
DF)
Complementos, ilustrações, questionário e vídeos: Pr. Henrique

Lição 5, Como Ler as Escrituras

TEXTO ÁUREO
“E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?” (At 8.30)

VERDADE PRÁTICA
As técnicas de interpretação auxiliam na compreensão da Bíblia, mas não são infalíveis;
por isso, não podem ser colocadas acima da autoridade da Palavra de DEUS.

LEITURA DIÁRIA
Segunda - Dn 9.2 Todos os leitores da Bíblia também a interpretam
Terça - Rm 15.4 Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve para o nosso ensino
Quarta - At 2.39 As Escrituras ensinam a atualidade do Batismo no ESPÍRITO SANTO e
dos Dons Espirituais
Quinta - 1 Jo 5.20 Necessitamos do ESPÍRITO SANTO para discernir as verdades bíblicas
Sexta - Mc 16.20 As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela
Igreja
Sábado - At 17.11 As experiências devem ser submetidas ao crivo das Escrituras
Sagradas

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE - Atos 8.26-30


26 - E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul,
ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserto. 27 - E levantou-se
e foi. E eis que um homem etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos
etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a
Jerusalém para adoração, 28 - Regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta
Isaías. 29 - E disse o ESPÍRITO a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E,
correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaías, e disse: Entendes tu o que lês?

Filipe e o Etíope- Atos 8:26-40 - Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT


(com algumas modificações do Pr Henrique)
Esta é a história da conversão de um eunuco etíope à fé cristã. Temos razão para pensar
que ele levou ao seu país o conhecimento de JESUS CRISTO, cumprindo-se as
Escrituras: A Etiópia (uma das primeiras das nações) cedo estenderá para DEUS as suas
mãos (Sl 68.31).
O anjo do Senhor (v. 26) ordenou que o evangelista Filipe se dirigisse a certa estrada onde
encontraria um homem etíope. Quando a igreja em Samaria estava plantada e os crentes
tinham recebido o batismo com o ESPÍRITO SANTO, os apóstolos voltaram para
Jerusalém. Mas Filipe permaneceu esperando ser usado em novos desbravamentos. E
aqui temos:

1. Um anjo orientou Filipe sobre que rota tomar: Levanta-te e vai para a banda do Sul
(v. 26). Os anjos não eram empregados para pregar o evangelho, mas para levar
mensagens de aconselhamento e ânimo aos ministros, como verificamos no capítulo 5.19
(Mas, de noite, um anjo do Senhor abriu as portas da prisão e, tirando-os para fora) e em
Hebreus 1:14 (Não são, porventura, todos eles espíritos ministradores, enviados para
servir a favor daqueles que hão de herdar a salvação?). Sempre há indubitavelmente
providências especiais de DEUS relacionadas a mudanças e posses de ministros. DEUS,
de um modo ou de outro, orienta os que sinceramente desejam segui-lo no caminho por
onde Ele os conduz: Guiar-te-ei com os meus olhos (Sl 32.8). Filipe tem de ir para a banda
do Sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, pelo deserto da Judéia. Ele nunca
teria pensado em ir para o deserto por uma estrada comum que o corta. A probabilidade
de encontrar trabalho ali era muito baixa. Mesmo assim, ele é enviado para lá, de acordo
com a parábola de nosso Salvador, pressagiando o chamado dos gentios: Ide, pois, às
saídas dos caminhos (Mt 22.9). Às vezes, DEUS abre uma porta de oportunidade em
lugares de muito pouca probabilidade para os seus ministros.

2. A obediência de Filipe em seguir estas orientações: Ele levantou-se e foi (v. 27),
sem contestar, ou nem mesmo perguntar: “Mas o que é que eu vou fazer lá?”, ou: “Qual é
a chance de eu me dar bem lá?” Ele saiu, sem saber para onde ia (Hb 11.8) ou quem iria
encontrar.
II
A história do eunuco (v. 27), quem ele era, o que fazia, a quem foi dado este favor
distintivo.

1. Ele era estrangeiro, um homem etíope (v. 27). Havia duas Etiópias, uma na Arábia,
que se situava a leste de Canaã, e outra na África, que ficava ao sul do Egito. Ao que
parece, a menção é a esta última, mesmo que ficasse muito longe de Jerusalém, pois em
CRISTO JESUS, vós, que antes estáveis longe, [...] chegastes perto (Ef 2.13), de acordo
com a promessa, para que todos os confins da terra vejam a salvação do nosso DEUS (Is
52.10). Os etíopes eram reputados as pessoas mais pobres e desprezíveis entre as
nações, negros africanos, como se a natureza os tivesse estigmatizado. Mesmo assim, o
evangelho foi-lhes enviado, e a graça divina os olhou com respeito, embora fossem negros
e o sol os estimasse.

2. Ele era uma pessoa excelente, homem de destaque em seu país, eunuco, não no
corpo, mas no cargo de tesoureiro ou mordomo da casa. Ele era, quer pela dignidade
do cargo ou pelo seu caráter pessoal, o mordomo-mor e alto oficial de Candace, rainha
dos etíopes (um ministro das finanças). Esta rainha era provavelmente sucessora da
rainha de Sabá, que é chamada a Rainha do Sul (Mt 12.42). Esse país era governado por
rainhas, e Candace era título comum das rainhas, como Faraó era para os reis do Egito.
Dogde na Espanha. Csar na Rússia. Ele era superintendente de todos os [...] tesouros da
rainha, fato que demonstra a grande confiança que ela depositava nele. Não são muitos os
poderosos, nem muitos os nobres que são chamados (1 Co 1.26), mas alguns são.

3. Ele era prosélito da religião judaica, porque tinha ido a Jerusalém para adoração
(v. 27). Alguns estudiosos defendem que ele era prosélito de justiça, circuncidado e que
guardava as festas. Outros entendem que era apenas prosélito de portão, um gentio, mas
que renunciara à idolatria e cultuava o DEUS de Israel ocasionalmente no Pátio dos
Gentios. Alguns afirmam que havia reminiscências do conhecimento do verdadeiro DEUS
nesse país desde a época da rainha de Sabá. E o antepassado deste eunuco era um dos
servos dela que transmitiu à posteridade o que ele aprendera em Jerusalém. Creio que no
dia do derramamento do ESPÍRITOSANTO, no pentecostes havia prosélitos de todas as
nações, e uma delas era a Etiópia.
III
Filipe e o eunuco são reunidos em uma conversa reservada. Agora Filipe saberá por que
ele foi enviado a um deserto. Ele encontra um carro que servirá de sinagoga e um homem,
cuja conversão, ao que se saiba, desencadeará a conversão de uma nação inteira.
1. Filipe é ordenado pelo ESPÍRITO SANTO a fazer companhia a este viajante que
está indo para casa, regressando de Jerusalém via Gaza. O eunuco pensa que fez
tudo que tinha de fazer em sua viagem, mas o assunto mais importante que a grandiosa
providência de DEUS designara para a viagem ainda não fora tratado. Ele estivera em
Jerusalém, onde os apóstolos anunciavam a fé cristã e as multidões a confessavam. Mas
ele não tinha tomado conhecimento disso e nem fizera investigações a respeito. Pelo visto,
ele não dera importância a isso e lhe voltara as costas. Contudo, a graça de DEUS o
buscou, o alcançou no deserto e lá o conquistou. Assim DEUS é achado por aqueles que
não o buscavam (Is 65.1). Filipe recebeu esta ordem não por um anjo, como antes, mas
pelo ESPÍRITO que lhe disse isto em seu interior: “Chega-te e ajunta-te a esse carro (v.
29). Vai tão perto que o cavalheiro perceba tua presença”. Devemos procurar fazer o bem
àqueles que casualmente nos fazem companhia ao longo da estrada, assim os lábios do
justo apascentam muitos (Pv 10.21). Não devemos ser tão tímidos de todos os estranhos
como alguns aparentam ser. Sobre aqueles de quem nada sabemos, sabemos pelo menos
isto: eles têm alma.
2. Filipe encontra o eunuco lendo a Bíblia, assentado no seu carro (v. 28). Correndo
Filipe, ouviu que [o eunuco] lia (v. 30). Ele lia em voz alta para que os que estavam com
ele se beneficiassem com a leitura (v. 30). Desta forma, ele aliviava o tédio da viagem e
remia o tempo lendo. Lia não filosofia, história, política, muito menos um romance ou uma
peça teatral, mas as Escrituras Sagradas. Tratava-se do Livro de Isaías, o livro que JESUS
leu (Lc 4.17) e que o eunuco lia, fatos que nos servem de indicação para nossa própria
leitura particular. Talvez o eunuco estivesse relendo as porções das Escrituras que ele
ouvira ser lidas e expostas em Jerusalém, para que não se esquecesse do que tinha
ouvido. Note que:
(1) É o dever de cada um de nós dialogar bastante com as Santas Escrituras.
(2) As pessoas que ocupam posição de destaque devem abundar mais que os outros nos
exercícios devocionais, porque o seu exemplo influenciará muitas pessoas e eles têm mais
tempo à disposição.
(3) É sábio que homens de negócio redimam o tempo para se dedicarem a deveres
santos. O tempo é precioso, e a melhor economia no mundo é organizar os fragmentos de
tempo, para que nada se perca, e preencher cada minuto com algo que tenha boa
importância.
(4) Quando estivermos voltando do culto público, devemos usar meios em particular para
manter os bons sentimentos estimulados e conservar as boas impressões feitas (1 Cr
29.18).
(5) Os que são diligentes em pesquisar as Escrituras estão no caminho certo para
melhorar em conhecimento, porque àquele que tem se dará (Mt 13.12).

3. Filipe faz uma pergunta justa: Entendes tu o que lês? (v. 30). Não para repreender,
mas com a intenção de lhe servir. Note que o que lemos e ouvimos da palavra de DEUS é
para que entendamos, sobretudo o que lemos e ouvimos em relação a JESUS. Devemos
nos perguntar se entendemos ou não o que lemos: Entendestes todas estas coisas? (Mt
13.51). Entendestes todas estas coisas corretamente? Não podemos nos beneficiar com
as Escrituras a menos que as entendamos em certa medida (1 Co 14.16,17). E,
abençoadas por DEUS, o que é necessário para a salvação é ouvir aPlavra de DEUS e
crêr (Ef 1.13).
4. O eunuco, sentindo necessidade de ajuda, deseja a companhia de Filipe: “Como
poderei entender, diz ele, se alguém me não ensinar? (v. 31). Sobe e senta-te comigo”.

(1) O eunuco fala como alguém que tivesse opinião desfavorável sobre si mesmo e
duvidasse da própria capacidade e conhecimento. Ele estava muito longe de considerar
afronta alguém lhe perguntar se ele entendia o que lia, embora Filipe fosse um estranho,
estivesse a pé e, provavelmente, parecesse pobre e humilde (por muito menos outra
pessoa teria dito que ele era impertinente, que cuidasse da própria vida e que ele não era
ninguém para dizer isso). Ele trata a pergunta com amabilidade e dá uma resposta
bastante humilde: Como poderei...? Temos motivo para pensar que ele era inteligente e
bastante familiarizado com o significado das Escrituras, como a maioria, mas, mesmo
assim, confessa humildemente sua deficiência. Note que para aprender tem de haver
alguém que queira aprender e alguém que queira ensinar. O profeta tem de,
primeiramente, reconhecer que não sabe o que é isto para que, então, o anjo lhe diga (Zc
4.13).

(2) O eunuco fala como alguém que possui muito desejo de aprender, de ter alguém que o
oriente. Note que ele lia as Escrituras, embora houvesse muitas coisas nelas que ele não
entendesse. Mesmo que haja na Bíblia muitos pontos difíceis de entender (2 Pe 3.16) e
muitos outros sejam interpretados erroneamente, não devemos desistir. Temos de estudar
os pontos difíceis por causa dos pontos fáceis, pois este é o modo mais provável de,
pouco a pouco, virmos a entender os pontos difíceis: o conhecimento e a graça aumentam
gradualmente.

(3) O eunuco convidou Filipe para que subisse e com ele se assentasse (v. 31). Não como
Jeú, que convidou Jonadabe para acompanhá-lo no carro e ver o zelo que ele tinha para
com o Senhor (2 Rs 10.16), mas: “Vem ver minha ignorância, e instrui-me”. Ele
alegremente honrará Filipe, levando-o no carro, se Filipe lhe fizer o favor de lhe expor um
trecho das Escrituras. Note que para entendermos corretamente as Escrituras precisamos
de orientação: alguns livros bons e alguns homens bons, mas, acima de tudo, o ESPÍRITO
SANTO, para nos guiar a toda a verdade.
IV
O trecho das Escrituras que o eunuco recitou e algumas indicações do discurso de Filipe a
esse respeito. Os pregadores do evangelho tinham um pretexto muito bom para prender
os que estavam familiarizados com as Escrituras do Antigo Testamento e as recebiam,
sobretudo, quando se achavam empenhados em estudá-las, como este eunuco.
1. O capítulo que o eunuco estava lendo era Isaías 53. Aqui são citados dois versículos:
parte dos versículos 7 e 8. Eles (vv. 32,33) estão registrados de acordo com a versão da
Septuaginta, a qual em certos pontos difere do original hebraico. Grotius opina que o
eunuco leu o texto em hebraico, mas Lucas segue a tradução da Septuaginta, por estar
mais fluente à língua na qual ele escrevia. Ele supõe que o eunuco aprendera a religião e
língua hebraica dos muitos judeus que moravam na Etiópia. Mas, considerando que a
versão da Septuaginta foi elaborada no Egito, país adjacente à Etiópia e que se situava
entre este e Jerusalém, prefiro pensar que a tradução lhe era muito conhecida. O texto de
Isaías 20.4 dá a entender que as relações entre essas duas nações – Egito e Etiópia –
eram bastante extensas. A maior variação do hebraico é a que está no original: “Ele foi
tirado da prisão e do julgamento” ([Is 53.8, LXX] quer dizer, ele foi levado com extrema
violência e precipitação de um tribunal a outro; ou: Da opressão e do juízo foi tirado [Is
53.8, versão RC], quer dizer, ele foi tirado da fúria do povo e seus clamores ininterruptos, e
do julgamento de Pilatos logo após), aqui está escrito: Na sua humilhação, foi tirado o seu
julgamento (v. 33). Ele parecia tão vil e desprezível aos olhos das pessoas que elas lhe
negaram a justiça comum. Indo contra todas as regras da imparcialidade, cujo benefício
todo indivíduo tem direito, mesmo tendo-o declarado inocente, os homens o condenaram à
morte. Nada de criminoso pôde ser comprovado contra ele, mas ele foi humilhado e
sentenciado à morte. Assim, na sua humilhação, foi tirado o seu julgamento. Vemos,
então, que o sentido é muito semelhante ao do hebraico. Portanto, estes versículos são
predições relativas ao Messias.

(1) O Messias morreria, seria levado [...] para o matadouro (v. 32), como as ovelhas eram
oferecidas em sacrifício – que sua vida seria tirada dentre os homens, tirada da terra. Com
que pequena razão foi a morte de CRISTO uma pedra de tropeço para os judeus
incrédulos, visto que foi predita de forma tão clara pelos seus próprios profetas e era tão
necessária para a realização do seu empreendimento! Logo, o escândalo da cruz está
aniquilado (Gl 5.11).
(2) O Messias morreria injustamente, morreria por violência, seria arrancado da sua vida,
pois o seu julgamento seria tirado (v. 33). Não lhe seria feito justiça, porque Ele deveria ser
tirado e não seria mais (Dn 9.26).
(3) O Messias morreria pacientemente. Como está mudo o cordeiro diante do que o
tosquia (v. 32), não somente diante do tosquiador, mas diante do açougueiro também,
assim não abriu a sua boca. Nunca haverá tal exemplo de paciência como o nosso Senhor
JESUS teve em seus sofrimentos. Quando Ele foi acusado, quando foi maltratado, ficou
calado, quando o injuriavam, não injuriava e, quando padecia, não ameaçava (1 Pe 2.23).
(4) O Messias, apesar disso, viveria para sempre, por séculos que não poderiam ser
numerados. É como entendo essas palavras: Quem contará a sua geração? (v. 33). A
palavra hebraica significa, corretamente, “a duração de uma vida” (Ec 1.4). Não obstante,
quem pode conceber ou expressar quanto tempo Ele permanecerá? Porque a sua vida é
tirada somente da terra. No céu, Ele viverá pelos séculos infinitos e inumeráveis, como
consta em Isaías 53.10: Ele prolongará os seus dias.
2. A pergunta do eunuco sobre estas Escrituras é: De quem diz isto o profeta? (v. 34).
Ele não deseja que Filipe lhe faça alguns comentários criteriosos sobre as palavras, frases
e expressões idiomáticas da língua, mas que o inteire da extensão e desígnio geral da
profecia, que lhe dê uma chave, no uso da qual ele possa, comparando uma coisa com a
outra, ser conduzido ao significado da passagem em particular. No geral, as profecias
tinham em si algo de ambigüidade, até serem explicadas pelo seu cumprimento, como
ocorre com esta. Tratava-se de uma pergunta importante e muito sensata: “O profeta [...]
diz [...] de si mesmo ou de algum outro, na perspectiva de ser usado, de ser maltratado,
como foram os outros profetas? Ou ele fala de algum outro de sua própria época, ou de
alguma época vindoura?” Embora os judeus modernos não admitam que isto se refira ao
Messias, os seus antigos doutores assim o interpretavam. Talvez o eunuco soubesse
disso e em parte entendesse o texto assim, servindo-se desta pergunta apenas para
ocasionar a conversa com Filipe, pois o modo de melhorar o aprendizado é consultar os
instruídos. Como eles têm de buscar a lei da boca do sacerdote (Ml 2.7), assim eles têm
de investigar o evangelho da boca dos ministros de JESUS (Filipe, abrindo a boca, v. 35),
sobretudo aquela parte do tesouro que está escondido no campo do Antigo Testamento. O
modo de receber boas instruções é fazer boas perguntas.
3. Filipe aproveita esta excelente oportunidade para abrir ao eunuco o grande
mistério do evangelho relativo a JESUS CRISTO e este crucificado (1 Co 2.2). Ele
começou nesta Escritura (v. 35), tomando-a por seu texto (como fez JESUS em outra
passagem da mesma profecia, Lc 4.21), e lhe anunciou a JESUS. Esta é a narrativa total
que temos do sermão de Filipe, porque na verdade era igual aos sermões de Pedro que já
temos. O trabalho dos ministros do evangelho é anunciar a JESUS, e esta é a pregação
mais provável de ser bem-sucedida. É provável que agora Filipe tivesse oportunidade de
usar o seu dom de línguas para pregar JESUS a este etíope no idioma do seu próprio
país. Aqui temos um exemplo de falar das coisas de DEUS, falando delas utilmente, não
apenas quando nos assentamos em casa, mas também quando andamos pelo caminho,
de acordo com a regra deuteronômica (Dt 6.7).
V
Filipe batiza o eunuco em nome de CRISTO (vv. 36-38). É provável que o eunuco tivesse
ouvido em Jerusalém sobre a doutrina de CRISTO, de forma que esta não lhe era
completamente estranha. Dessa maneira, no que esse fato contribuiu para facilitar a
conquista do coração do etíope para CRISTO? Foi a operação poderosa do ESPÍRITO
SANTO com e pela pregação de Filipe que obteve tal desígnio. Agora temos aqui:
1. A proposta humilde que o eunuco fez para ser batizado: Indo eles caminhando (v.
36), conversando sobre JESUS, o eunuco fazendo mais perguntas e Filipe respondendo-
as satisfatoriamente, chegaram ao pé de alguma água, uma fonte, rio ou lagoa, cuja visão
fez o eunuco pensar em ser batizado. DEUS, por dicas providenciais que soam casuais, às
vezes, faz seus filhos lembrarem seus deveres, sem as quais talvez nunca se lembrariam.
O eunuco não sabia que logo Filipe não estaria com ele, que nem teria idéia de onde
poderia encontrá-lo. Ele não pôde esperar viajar com ele em sua próxima etapa da
viagem. Portanto, se Filipe achasse adequado, ele se servirá da conveniência que se
oferece para ser batizado: “Eis aqui água (v. 36), pois talvez não encontremos outro
volume como este por um bom tempo. O que impede que eu seja batizado? Há algum
motivo que tu conheças que me impeça de ser aceito como discípulo e seguidor de
CRISTO através do batismo?” Observe: (1) O eunuco não exige ser batizado. Ele não diz:
“Eis aqui água e quero ser batizado”. Se Filipe tem algo a oferecer em desacordo ao
pedido, ele está disposto a renunciá-lo por ora. Se ele acha que o eunuco não está pronto
para ser batizado, ou se há algum quesito na instituição da ordenanção que não admite tal
administração imediata do batismo, ele não se deterá nesse ponto. O zelo mais fervoroso
tem de se submeter à ordem e norma. Mas: (2) O eunuco deseja ser batizado. A menos
que Filipe explique por que não, ele deseja ser batizado agora. Ele não está disposto a
adiar isto. Note que ao nos dedicarmos e consagrarmos solenemente a DEUS é bom nos
apressarmos e não nos determos, pois o melhor tempo é agora (Sl 119.60). Os que
receberam a coisa significada pelo batismo não devem postergar o recebimento do sinal.
O eunuco temia que os bons sentimentos que agora operavam nele esfriassem e
enfraquecessem. Ele estava inclinado a ligar imediatamente sua alma ao Senhor pelos
laços batismais, dando um ótimo desfecho ao assunto.
2. A declaração justa que Filipe fez ao eunuco acerca das condições nas quais ele
teria o privilégio de ser batizado: “É lícito, se crês de todo o coração (v. 37), quer dizer,
se tu crês nesta doutrina que te anunciei acerca de JESUS, se tu recebeste o registro que
DEUS deu relativo a Ele e decidiste definitivamente que é verdade”. Ele tem de crer de
todo o coração, pois o homem crê com o coração, não somente com a cabeça,
consentindo em seu entendimento com as verdades do evangelho; mas com o coração,
consentindo em sua determinação com as condições do evangelho. “Se tu realmente crês
de todo o coração, por meio disso tu és unido a CRISTO. Se tu deres provas e evidências
de que fazes assim, por meio do batismo tu podes ser unido à igreja.”
3. A confissão de fé que o eunuco fez para ser batizado. É muito curta, mas inclusiva e
bem a propósito, enfim, suficiente: Eu creio que JESUS CRISTO é o Filho de DEUS (v.
37). Ele já era adorador do verdadeiro DEUS, de forma que tudo que ele tinha de fazer era
receber CRISTO JESUS, o Senhor. (1) O eunuco crê que JESUS é o CRISTO, o
verdadeiro Messias prometido, o Ungido. (2) O eunuco crê que CRISTO é JESUS – o
Salvador, o único Salvador do seu povo dos pecados deles (Mt 1.21). (3) O eunuco crê
que este JESUS CRISTO é o Filho de DEUS, que Ele tem natureza divina, como o Filho é
da mesma natureza com o Pai, que, sendo o Filho de DEUS, Ele é o Herdeiro de todas as
coisas. Esta é a principal doutrina peculiar do cristianismo, e todo aquele que crê nisso de
todo o coração e o confessa, ele e sua descendência serão batizados.
4. O ato batismal imediatamente em seguida a isto. O eunuco ordenou que o cocheiro
parasse: Mandou parar o carro (v. 38). Era o melhor lugar de parada já encontrado em
suas viagens. Eles desceram ambos à água, porque, estando em viagem, não tinham
consigo nenhum recipiente conveniente para tirar água, tendo, então, de descer até à
água. Não que eles tivessem de tirar a roupa e entrar nus na água, mas, descalços,
segundo o costume, eles entraram, talvez, até aos tornozelos ou até à metade da canela,
e Filipe aspergiu água sobre ele. Este procedimento foi feito de acordo com a profecia que
o eunuco tinha, provavelmente, acabado de ler, pois estava apenas alguns versículos
antes desses nos quais Filipe o encontrara e era muito pertinente ao caso: Assim, borrifará
muitas nações, grandes homens e reis fecharão a boca por causa dele, se submeterão e
concordarão com ele, porque aquilo que não lhes foi anunciado anteriormente verão, e
aquilo que eles não ouviram entenderão (Is 52.15). Note que há pouco Filipe se enganara
com relação ao mágico Simão e o admitira ao batismo, embora mais tarde sua conversão
não se mostrasse verdadeira. Mesmo assim, ele não hesitou em batizar o eunuco
imediatamente após este ter feito sua confissão de fé, sem pô-lo em observação mais
longa que o habitual. Se alguns hipócritas enxameiam a igreja, os quais mais tarde nos
causam pesar e nos são motivo de escândalo, não devemos estreitar a porta que conduz à
salvação mais do que JESUS CRISTO fez. Eles prestarão conta pela apostasia, não
nós! Com. Bíblico - Matthew Henry (Exaustivo) AT e NT

PALAVRA-CHAVE - Leitura Bíblica

INTRODUÇÃO
A leitura e o estudo das Escrituras são um dever e um privilégio. Por isso, temos que zelar
pelo conhecimento bíblico e estar conscientes da necessidade de aplicar o texto sagrado
em nossas vidas. Tiago alerta que devemos ser cumpridores da Palavra e não apenas
ouvintes (Tg 1.22). Nesta lição, veremos a importância dos princípios basilares da
interpretação bíblica.
I – A BÍBLIA PRECISA SER INTERPRETADA
1. A importância da exegese.
O termo “exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora”, e agein com o sentido de
“guiar”. Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um
texto. Assim, o alvo da exegese é deixar que as Escrituras digam o que o ESPÍRITO
SANTO pretendia no seu contexto original. Dessa forma, para não fazer o texto significar
aquilo que DEUS não pretendeu, é necessário um minucioso exame das Escrituras (2 Tm
2.15). Por exemplo, o estudo das línguas bíblicas, dos fatos da história, da cultura e dos
recursos literários usados no texto sagrado cooperam na compreensão do real significado
das palavras inspiradas (Ef 3.10-18).
2. As limitações dos leitores.
Nesse aspecto é preciso reconhecer que toda a vez que lemos a Bíblia, estamos
interpretando. Isso porque todos os leitores são também intérpretes (Dn 9.2). O problema
dessa constatação reside nas ideias que trazemos conosco antes mesmo de começarmos
a leitura da Bíblia (Ef 4.22). Por conseguinte, nem sempre o “entendimento” daquilo que
lemos reproduz a verdadeira “intenção” do ESPÍRITO SANTO (2 Pe 3.16). Em virtude de
nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos usar métodos
sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2). Essa é uma nobre
tarefa atribuída a todo salvo em CRISTO JESUS (1 Tm 4.13; Ap 1.3).
[...] Ratificamos que a necessidade de a Bíblia ser interpretada acha-se na natureza da
própria Palavra de DEUS.”
3. A natureza das Escrituras.
Nesse ponto, ratificamos que a necessidade de a Bíblia ser interpretada acha-se na
natureza da própria Palavra de DEUS. Como já estudado, o texto bíblico foi escrito
majoritariamente em duas línguas distintas (hebraico e grego), no período aproximado de
1600 anos, por cerca de 40 autores que viveram em épocas e culturas diferentes.
Portanto, os textos canônicos possuem particularidades que não podem ser ignoradas.
Dentre tantas, podemos citar as narrativas, as poesias, as crônicas, as profecias e as
parábolas que precisam ser interpretadas, sob a orientação do ESPÍRITO SANTO,
observando as regras gramaticais e o contexto histórico e literário de quando foram
redigidas (Mt 5.18).
II – PRESSUPOSTOS PENTECOSTAIS PARA LER A BÍBLIA
1. Autoridade da Bíblia.
Uma das marcas do Pentecostalismo é o seu compromisso inegociável com as Escrituras.
Cremos na inspiração divina, verbal e plenária da Palavra de DEUS, nossa autoridade final
em questões de fé e prática (2 Tm 3.16). Portanto, ao ler o livro sagrado temos como
pressuposto sua inerrância e infalibilidade. Tudo o que está escrito é verdadeiro e serve
para o nosso ensino (Rm 15.4). Nessa compreensão, refutamos a relativização e a
desobediência aos preceitos bíblicos (Ap 22.19). Acatamos suas doutrinas, reconhecemos
a realidade do sobrenatural, a literalidade dos milagres e a atualidade do Batismo no
ESPÍRITO SANTO e dos Dons Espirituais (At 2.39).
2. A iluminação do ESPÍRITO SANTO.
A doutrina da Iluminação se refere à atuação do ESPÍRITO SANTO na vida do crente, que
o capacita a discernir as verdades da Palavra de DEUS (Ef 1.17,18; 1 Jo 5.20). Somente o
estudo racional não é suficiente para o entendimento da revelação escrita de DEUS.
Contudo, a iluminação não é uma fonte paralela de revelação e nem substitui o exame das
Escrituras; ao contrário, pois à medida que estudamos, o ESPÍRITO nos concede a
compreensão. A iluminação não aumenta e nem altera a Bíblia, apenas elucida o que já foi
revelado pelo ESPÍRITO. Assim, o conhecimento da Palavra produz comunhão com
DEUS, vida de oração, obediência e santificação (2 Pe 1.3-10).
3. O valor da experiência.
O texto sagrado é útil para o ensino, repreensão, e correção a fim de tornar o salvo
perfeito (2 Tm 3.16,17). Essas declarações demonstram que a Bíblia deve ser aplicada ao
nosso viver diário. As verdades bíblicas são confirmadas quando experimentadas pela
Igreja do Senhor (Mc 16.20). Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não
apenas descreve a experiência pentecostal da Igreja Primitiva, como também a torna
válida para os nossos dias (At 2.1-4, 38, 39). Ressalta-se, porém, que nem a experiência
nem a tradição da Igreja podem estar acima da autoridade bíblica. Somente a Escritura é
que pode autenticar, e até mesmo corrigir, a experiência ou a prática da Igreja, caso seja
necessário (2 Tm 4.2).
III – REGRAS BÁSICAS DE INTERPRETAÇÃO
1. A Escritura é sua própria intérprete.
A “hermenêutica” tem origem no termo grego hermeneutikós que, na teologia, designa os
princípios que regem a interpretação dos textos sagrados. Lutero desenvolveu a máxima
de que a Escritura tem de ser interpretada e entendida por si própria (Is 8.20). Significa
que devemos estudar a Bíblia seguindo o método pelo qual uma parte do texto auxilia na
compreensão de outro texto. Essa afirmação é legítima porque a coesão da Escritura é o
resultado de um único autor divino (Pv 30.5,6). Embora esse método seja legítimo, o
estudante das Escrituras precisa do auxílio de regras básicas para uma correta
interpretação.
2. Princípios de interpretação bíblica.
Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizamos que o texto bíblico tem
sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente. Nesse aspecto, é
preciso tomar cuidado com as expressões de uso simbólico/alegórico. Por exemplo,
CRISTO disse: “Tomai, comei, isto é o meu corpo” (Mt 26.26). Esse texto mostra que
“corpo” aqui não está no sentido literal, mas no figurado. Outro princípio refere-se ao
contexto, isto é, analisar os versículos que precedem e seguem o texto que se estuda. Diz
a máxima que “texto fora do contexto é pretexto”. Desse modo, observado esses
princípios, a Bíblia precisa ser interpretada no todo, nenhuma doutrina pode basear-se em
um único texto ou em hipóteses particulares (2 Pe 1.20).
3. Os perigos da hermenêutica pós-moderna.
Nossa ortodoxia refuta todo e qualquer método que nega a inspiração verbal e plenária da
Bíblia e sua consequente autoridade (2 Pe 1.21). Assim sendo, o intérprete não pode criar
outro cânon dentro do cânon bíblico, ou seja, não cabe ao estudante fragmentar ou
relativizar os textos inspirados. Não se pode empregar métodos subjetivos focados no
leitor em prejuízo do texto e do autor bíblico. Ratificamos que as experiências devem ser
submetidas ao crivo das Escrituras Sagradas (At 17.11). Por fim, reconhecemos que as
técnicas hermenêuticas não são infalíveis. Durante o processo de aplicação dos métodos
interpretativos necessitamos da iluminação do ESPÍRITO SANTO (1 Co 2.12).
CONCLUSÃO
A Bíblia Sagrada deve ser lida e interpretada. Nesse mister, somos auxiliados pela
exegese e pela hermenêutica. Contudo, nenhuma das técnicas de interpretação estão
acima da autoridade da Palavra de DEUS. O que a igreja crê e professa deve ser
interpretado à luz da própria Escritura.

ESTUDO BEP - CPAD - NOSSA ATITUDE ANTE A PALAVRA DE DEUS.

A Bíblia descreve. em linguagem clara e inconfundível. como devemos proceder quanto a


palavra de DEUS em suas diferentes expressões. Devemos ansiar por ouvi-la (1.10; Jr
7.1.2; At 17.11) e procurar compreendê-la (Mt 13.23). Devemos louvar. no Senhor. a
palavra de DEUS (Sl 56.4.10). amá-la (Sl 119.47.113). e dela fazer a nossa alegria e
deleite (Sl 119.16.47). Devemos aceitar o que a palavra de DEUS diz (Mc 4.20; At 2.41;
1Ts 2.13). ocultá-la nas profundezas de nosso coração (Sl 119.11). confiar nela (Sl
119.42). e colocar a nossa esperança em suas promessas (Sl 119.74.81.114; 130.5).
Acima de tudo. devemos obedecer ao que ela ordena (Sl 119.17.67; Tg 1.22-24) e viver de
acordo com seus ditames (Sl. DEUS conclama os que ministram a palavra (cf. 1Tm 5.17) a
manejá-la corretamente (2Tm 2.15 e a pregá-la fielmente (2Tm 4.2). Todos os crentes são
convocados a proclamarem a palavra de DEUS por onde quer que forem (At 8.4).
INTERPRETAÇÃO DA BÍBLIA - Dicionário Bíblico Wycliffe
Toda comunicação deve ser corretamente interpretada pelo leitor, ou por aquele que
estiver expondo a Palavra de DEUS. A pergunta de Filipe ao tesoureiro etíope, “Entendes
tu o que lês?” (Act 8.30), é uma prova da necessidade de interpretação.
A palavra básica hermenêutica (Gr. hermeeneia, verbo hermeneuo) significa “interpretar”,
“expor”, “explicar”, e além disso inclui traduzir de uma língua estrangeira para uma língua
familiar (Jo 1.38,42; 9.7), No AT o termo inglês ocorre, por exemplo, em Provérbios 1.6 e
está relacionado à interpretação de um provérbio.
José foi capacitado a interpretar (Heb. pai nr) sonhos no Egito (Gn 40.12; 41.8-15), e
Daniel recebeu a interpretação (Aram. peshar) de vários sonhos (Dn 2; 4; 7.16) e da
misteriosa escrita à mão (Dn 5). O termo pesher era usado pela comunidade de Qumram
para suas interpretações das passagens proféticas do AT (veja Rolos do Mar Morto).
No NT a palavra composta grega diermeneuo é usada quando JESUS expõe as profecias
do AT que dizem respeito ao seu sofrimento e glória (Lc 24.27) e em relação à
interpretação de uma mensagem em uma língua desconhecida (1 Co 12.30; 14.5,13,27).
Uma distinção deve ser mantida entre inspiração (q.v.) e interpretação. A inspiração está
relacionada à natureza da Bíblia e à sua fidedignidade, porque é a Palavra de DEUS
escrita (2 Tm 3.16); a interpretação está relacionada ao significado da Bíblia. É bem
possível, portanto, que as pessoas concordem com a inspiração, embora tenham uma
grande diferença de opinião em relação à interpretação. Por exemplo, duas pessoas
podem concordar que Gênesis 1 é um registro digno de confiança, porém discordem sobre
o significado da palavra “dia” nesta passagem. Durante os primeiros séculos da história da
igreja, surgiram duas escolas básicas de interpretação. Uma em Alexandria, no Egito.
Outra, em Antioquia, na Síria. Apenas um resumo de seus princípios pode ser incluído
aqui, descrito por meio de contraste.
Primeiro, a escola alexandrina enfatizava a abordagem alegórica (uma coisa pode
representar ou ensinar uma outra coisa), enquanto os antioquianos insistiam em um
significado mais literal, ou uo sentido original de qualquer passagem.
Em segundo lugar, os antioquianos colocavam mais ênfase em um estudo de qualquer
passagem dentro de seu contexto imediato e mais amplo, uma prática nem sempre
seguida pelos alexandrinos.
Terceiro, a igreja de Alexandria gozava de maior credibilidade em relação às tradições da
interpretação das Escrituras do que a igreja de Antioquia. Para os antioquianos, as
Escrituras eram o seu próprio intérprete. Quarto, com relação à inspiração da Bíblia, a
escola Alexandrina enfatizava o estado anormal ou arrebatado do escritor, enquanto que a
Antioquiana enfatizava a sua consciência e um aumento de sua percepção pela obra do
ESPÍRITO SANTO. Assim, a Antioquiana sustentava a preservação de um maior grau de
individualidade quanto à redação das Escrituras.
O intéiprete da Bíblia é semelhante a um operário que tem diante de si uma tarefa. Ele é
um ser inteligente e enxerga o que precisa ser feito. O que mais é necessário? Duas
coisas: discernimento espiritual e boas ferramentas. A primeira, é infundida na vida do
crente pela mínistração do ESPÍRITO SANTO (Jo 14,26; 1 Co 2.10-13; 1 Jo 2.27; cf. Ef
1.17). A segunda, discutiremos agora. Reconhecidamente, algumas dessas ferramentas,
ou princípios, serão mais acessíveis a uns que outros:
1. Estabelecer o significado de qualquer passagem, na língua original, para os leitores
originais. Logicamente, isto requer um conhecimento de hebraico, aramaico e grego. Na
prática, significa que o intérprete precisa usar as melhores traduções da Bíblia que lhe
estiverem disponíveis. A este respeito, ele deve aprender algo do propósito para o qual o
autor escreveu, e as circunstâncias históricas nas quais a escrita surgiu. As Escrituras
fazem parte de um grande contexto histórico e cultural. No AT, Israel estava relacionado,
de uma forma ou de outra, com os egípcios, assírios, babilônios, persas (para mencionar
apenas alguns povos); no NT, a igreja emergiu de uma base judaica e se levantou no
mundo greco-romano. A linguagem da Bíblia reflete estas várias culturas; assim, o
intérprete dever ser conhecedor e sensível ao uso das palavras em suas várias
colocações.
Por exemplo, a palavra “salvar” (Gr. sozo) era um termo comum do mundo do primeiro
século. O uso secular incluía salvar da morte, resgatar de um perigo físico, salvar de uma
doença ou possessão demoníaca, e preservar o bem-estar de alguém (por exemplo, Mt
8.25; 14.30; Mc 3.4; 15.30,31; Tg 5.15). Além desses significados, no NT a palavra é
usada para salvar da morte espiritual ou eterna (por exemplo, Lc 9.24; 19.10; Jo 3.17;
5.34; 10.9; Rm 5.9,10).
2. Interpretar as palavras de qualquer versículo ou parágrafo dentro de seu contexto
imediato. O contexto ó o determinante decisivo do significado das palavras. Enquanto o
dicionário fornecerá várias possibilidades, o contexto ajudará a estreitar a escolha. Por
exemplo, por que traduzir a palavra grega parakletos como “Consolador” em João 14.16, e
como “advogado” em 1 João 2.1? Ou qual é a diferença entre a palavra “lei” em Romanos
7.9 e em Romanos 8.2? Além disso, o contexto da Bíblia como um todo deve ser incluído.
O princípio da “analogia das Escrituras” é um corretivo para interpretações isoladas, e um
guarda contra o perigo de “teorias favoritas” (ou extrabíblicas) baseadas em dados
limitados.
3. Descobrir a natureza literária da passagem que está sob estudo. Deve-se tomar o
sentido natural e normal da língua ou ele é figurativo? É uma narrativa de eventos ou é um
material de discurso ou didático, que tem a intenção de ensinar uma idéia específica? Isto
requer algum conhecimento dos costumes dentro da cultura envolvida, e das expressões
pelas quais as idéias tornam-se claras.
Freqüentemente, não há nenhum problema em decidir assuntos deste tipo. Por exemplo,
as parábolas de JESUS são consideradas como ilustrações de idéias, em linguagem
figurativa, para esclarecer conceitos. Consideremos que a idéia seja falar sobre o reino
dos céus. A ilustração será um homem que plantou a boa semente em seu campo (Mt
13.24-30), Porém o significado das palavras “foi lançada no mar uma coisa como um
grande monte ardendo em fogo” (Ap 8.8) não é tão simples. Esta é uma descrição de um
objeto parecido com um meteoro caindo na água ou está retratando a queda de algum
grande governante, rejeitado por DEUS e atirado entre os homens? É possível que mais
difícil ainda seja a interpretação da frase “mil anos” (Ap 20.2- 7). Isto significa, literalmente,
mil anos? Ou um número arredondado de anos? Ou um longo período de tempo
(independentemente de sua extensão específica)? On um símbolo de término? A história
da interpretação bíblica mostra que a escolha da resposta para uma pergunta como esta
nem sempre é fácil.
4. Interpretar a Bíblia em termos do princípio da revelação progressiva. Colocado de forma
simples, isto significa que DEUS revelou as coisas gradualmente, e não tudo de uma vez.
Isto ocorreu, em parte, por causa das etapas em que o programa divino estava sendo
cumprido (cf. Hb 1.1,2); e em parte por causa do estado de despreparo do homem para
receber e entender a mensagem de DEUS (cf. Jo 16.12).
Ocasionalmente, este princípio consistia em acrescentar algo aquilo que havia sido dado
anteriormente. JESUS disse aos seus discípulos, “Ainda tenho muito que vos dizer, mas
vós não o podeis suportar agora” (Jo 16.12); o ESPÍRITO SANTO os ensinaria quando
viesse. Em outros casos, houve uma completa interpretação de ensinos anteriores como,
por exemplo: “Ouvistes o que foi dito... Eu, porém, vos digo” (Mt 5.21,22). Aqui o Senhor
explicou o caráter essencial dos mandamentos.
5. Interpretar a linguagem da Bíblia considerando o mundo natural como de aparência e
popular, ao invés de técnico e científico. Contudo, ao mesmo tempo, a terminologia
popular não é sinônimo de algo fora do padrão e inválido. A Bíblia não teoriza sobre a
natureza; ela simplesmente declara os fatos de uma maneira não técnica.
Ilustrações desta forma de linguagem são encontradas em expressões que descrevem o
nascer do sol (Ec 1.5; Mt 5.45), ou a terra tendo quatro cantos (Is 11.12), uma forma de
falar que foi até hoje preservada em nosso discurso. Note, também, a maneira pela qual
vários elementos da criação são descritos: um “firmamento [ou expansão]” (Gn 1.6-8);
“relva”, “ervas”, “árvores frutíferas" (Gn 1.11); “seres viventes” e “aves” (Gn 1.20). Nenhum
destes são nomes técnicos. Todos eles são termos comuns e populares, inteligíveis ao
leitor comum. Colocadas em termos simples, também, estão as observações do ciclo das
águas da natureza: os rios fluem de suas fontes para o mar; então por evaporação e
condensação as águas retornam novamente para as suas fontes (Ec 1.7).
Uma outra ilustração deste mesmo princípio é encontrada no livro de Eclesiastes como um
todo. O escritor faz observações sobre várias experiências humanas e condições naturais,
e então tira algumas conclusões a partir delas. O livro é essencialmente um comentário
sobre a vida através da natureza, um ciclo contínuo de atividades, insatisfatório para
aquele que está envolvido. Uma solução final para o dilema humano ocorre no final do livro
(12.13,14).
Para retornar à questão da identificação e interpretação dos vários tipos literários, um
conhecimento destes é indispensável para o intérprete. Uma discussão concisa foi escrita
por J. StafFord Wright da qual o texto a seguir foi adaptado, com algumas ilustrações
adicionais. Fato literal. Uma declaração de acontecimentos quando estes ocorrem, para
ser interpretada em seu sentido simples (por exemplo, Jo 1.35-42).
Fato substancial ou comprimido. Uma declaração comprimindo detalhes irrelevantes para
que se possa destacar uma impressão principal (cf. Lucas 24.44-53 com Atos 1.111 ‫־‬, este
último indicando que houve 40 dias entre a ressurreição e a ascensão, um fato que não foi
expresso na primeira passagem). Metáfora. Uma palavra ou grupo ae palavras indicando
uma semelhança entre duas coisas geralmente diferentes (por exemplo, Gênesis 2.7 que
descreve a atividade criativa de DEUS sob a figura de um oleiro; cf. Romanos 9.20,21).
Parábola. Uma história baseada em uma situação comum da vida, usada para transmitir o
significado de uma idéia ou conceito, Comumente usada no ensino de JESUS, esta
ferramenta literária poderia esclarecer um ponto de forma eficaz. Veja os exemplos em
Lucas 10.30-35 (onde um ponto é básico, respondendo à pergunta, “Quem é o meu
próximo?”! e Mateus 13.24-30,36-43 (onde JESUS explica tanto o ponto quanto os muitos
detalhes).
Os recentes trabalhos-chave nesta figura são os de C. H. Dodd, The Parables of the
Kingdom, Nova York. Scribner’s, 1936; J. Jeremias, The Parables of JESUS (trad. por S.
H. Hooke), Londres. SCM Press, 1954; A. M. Hunter, Interpreting the Parables, Filadélfia.
Westminster, 1960; e em vários de seus outros livros sobre os Evangelhos. Dentre os
livros-padrão mais antigos, deve-se mencionar os seguintes. R. C, Treneh, Notes on the
Parables of Our Lord, 14a ed. rev., Londres. Macmillan, 1882; A. B. Bruce, The Parábolic
Teaching of Ckrist, Nova York. A. C. Armstrong & Son, 1894; e G. Campbell Morgan, The
Parables and Metaphors of Our Lord, Nova York. Revell, 1943. Os três últimos tendem a
ser mais conserva dores em sua atitude em relação à Bíblia, enquanto que os três
primeiros’ trouxeram muitas abordagens novas quanto à questão da interpretação das
parábolas. Veja Parábola; Parábolas de JESUS.
Símbolo. Um objeto ou pessoa que não tem nenhuma importância em si mesmo, mas sim
no que representa. Muitos deles são encontrados nos escritos apocalípticos visionários
(por exemplo, Dn 7.2,3,17; Ap 1.12,16.20), bem como nas técnicas de ensino dos profetas
(por exemplo, Ez 37.15-28). Veja Símbolo, Simbolismo.
Tipo. Um objeto ou pessoa que tem importância em si mesmo, contudo é usado para
representar alguma outra coisa ou outra pessoa. Embora em nossa opinião o tipo seja fre-
oüentemente abusado pelos intérpretes, ele aetém uma grande posição nas Escrituras. O
plano original do Tabernáculo (Act 7.44; Hb 8.5), o primeiro Adão (Rm 5.14) e as
experiências dos israelitas no deserto (1 Co 10.6,11) são todos chamados tipos (Gr. typos)
de algo maior. Provavelmente o uso de certas figuras do AT no NT seja o próprio ponto de
partida para a interpretação de outros. Veja Tipo. Alegoria. O uso de uma história, que
pode ser real ou não, para retratar uma certa verdade. A história de Jotão (às vezes
chamada de “fábula”) em Juizes 9.7-15 é um exemplo claro; a história em Cantares de
Salomão pode ser uma outra; enquanto que o uso de Agar e Sara por Paulo (Gl 4.21-31)
parece ser uma terceira. Veja Alegoria.
Mito. Embora o uso desta palavra seja sempre em um sentido desfavorável no NT (1 Tm
1.4; 4.7; 2 Tm 4.4; Tt 1.14; 2 Pe 1.16), provavelmente resultando da resposta dos
apóstolos aos excessos gnósticos, o termo basicamente significa uma narrativa, seja
verídica ou não, e costumava ensinar uma verdade sobre a experiência humana.
Tem sido comprovado através de investigações arqueológicas qne o AT, que foi
considerado anteriormente pelas críticas liberais como mitológico (por exemplo, as
narrativas patriarcais em Gênesis), é participante da antiga cultura semita (as tábuas Nuzu
e os documentos Mari são evidências importantes aqui). Uma valiosa monografia sobre o
passado histórico e teológico é a obra 77íe Old Testament A0ainst Its Environment de G.
E. Wright; veja também a obra de W. F. Albright, The Biblical Períod; e a obra de W. Keller,
The Bible as History.
No caso do NT, os argumentos de Rudolf Bultmann para a natureza mitológica de muitas
das narrativas dos Evangelhos tem sido contraditada pelos recentes argumentos a favor
da historicidade do cristianismo primitivo (por exemplo, F. V. Filson, J. W. Montgomery, W.
Pannenberg, N. Stonehou- se, M. C. Tenney). Dentro do próprio NT, veja 1 Coríntios 15.1-
4; 1 João 1.1-4; 2 Pedro 1.15- 18. Lucas escreveu sobre a natureza real e verídica dos
acontecimentos da vida de CRISTO, inclusive sua ascensão aos céus (Act 1.1- 11). Veja
Mito, Mitologia.
Saga. Uma reação psicológica e interpretativa de alguma pessoa envolvida em um evento
importante. Exemplos desta figura seriam a canção de Débora (Jz 5) ou a canção de
Moisés e dos israelitas após atravessarem o Mar Vermelho (Ex 15). A saga preenche um
papel relativamente menor na literatura bíblica. Nas teorias críticas modernas é
freqüentemente sugerida como a fonte de vários outros tipos de literatura do AT e do NT,
lançando assim dúvida sobre sua autenticidade. O intérprete da Bíblia, portanto, precisa de
uma inspiração espiritual genuína naquilo que lê, e um cuidado honesto em sua busca de
compreensão. E o que ele compreende deve ser direcionado a dar glória a DEUS, e ao
enriquecimento de sua vida em CRISTO. Um resumo final da abordagem do estudo é o
seguinte: (1) Leia o texto em espírito de oração, pedindo sabedoria a DEUS; (2) estude os
contextos imediatos e adjacentes; (3) dê atenção a outras passagens bíblicas maiores e
correlatas; (4) investigue as evidências teológicas, históricas, arqueológicas e psi-
cológicas/sociológicas disponíveis que tratam do problema envolvido; (5) escolha a
interpretação resultante que pareça estar em maior harmonia com as claras evidências
(incluindo a totalidade das Escrituras); (6) esteja disposto a esperar por uma luz adicional
ao invés de fazer uma má escolha, devido à pressa ou mesmo à precipitação. W. M. D.

ALGUMAS OBSERVAÇÕES ÚTEIS E PRÁTICAS NO MANUSEIO E ESTUDO DA


BÍBLIA
1. Apontamentos individuais
Habitue-se a tomar notas de suas meditações na Palavra de DEUS. A memória falha com
o tempo. Distribua seus apontamentos por assuntos previamente escolhidos e destacados
uns dos outros. Use, para isso, um livro de folhas soltas (livro de argola) com projeções e
índice. Se não houver organização nos apontamentos, eles pouco servirão.
2. Aprenda a ler e escrever referências bíblicas
O sistema mais simples e rápido para escrever referências bíblicas é o adotado pela
Sociedade Bíblica do Brasil: duas letras sem ponto abreviativo para cada livro da Bíblia.
Entre capítulo e versículo põe-se apenas um ponto. No índice das Bíblias editadas pela
SBB pode-se ver a lista dos livros assim abreviados.
Exemplos de referências por esse sistema:
1 Jo 2.4 (1 João capítulo 2, versículo 4) Jó 2.4 (Jó capítulo 2, versículo 4)
1 Pe 5.5 (1 Pedro capítulo 5, versículo 5) Fp 1.29 (Filipenses capítulo 1, versículo 29) Fm
v. 14 (Filemom, versículo 14)
3. Diferença entre texto, contexto, referência, inferência
a. Texto são as palavras contidas numa passagem.
b. Contexto é a parte que fica antes e depois do texto que estamos lendo. O contexto pode
ser imediato ou remoto.
c. Referência é a conexão direta sobre determinado assunto. Além de indicar o livro,
capítulo e versículo, a referência pode levar outras indicações como:
- "a", indicando a parte inicial do versículo: (Rm 11.17a).
- "b", indicando a parte final do versículo: (Rm 11.17b).
- "ss", indicando os versículos que se seguem até o fim ou não do capítulo: (Rm 11.17ss).
- "qv", significando que veja. Recomendação para não deixar de ler o texto indicado. Vem
da expressão latina quod vide = que veja.
- "cf", significando compare, confirme, confronte. Vem do latim confere.
- "i.e.", significando isto é. Vem do latim id est. As referências também podem ser verbais e
reais. As primeiras são um paralelismo de palavras; as segundas, de assuntos ou idéias.
d. Inferência é uma conexão indireta entre assuntos. É uma ilação ou dedução.
4. Siglas das diferentes versões em vernáculo
O uso dessas siglas poupa tempo e trabalho.
- ARC = Almeida Revisada e Corrigida. É a Bíblia de Almeida antiga, impressa pela
Imprensa Bíblica Brasileira.
- ARA = Almeida Revisada e Atualizada. É a Bíblia de Almeida revisada e publicada pela
Sociedade Bíblica do Brasil, completa, a partir de 1958.
- FIG as Antônio Pereira de Figueiredo. Atualmente é impressa pela Sociedade Bíblica
Britânica e Estrangeira, Londres.
- SOARES = Matos Soares. Versão popular dos católicos brasileiros.
- RHODEN as Huberto Rhoden. Versão particular desse ex-padre brasileiro.
- CBSP = Centro Bíblico de São Paulo. Edição católica popular da Bíblia, São Paulo.
- TRAD. BRÁS. Tradução Brasileira, 1917
5. O tempo antes e depois de CRISTO
É indicado pelas letras:
- a.C. = antes de CRISTO, isto é, antes do nascimento de CRISTO.
- d.C. = depois de CRISTO, isto é, o tempo depois do nascimento de CRISTO. Também
aparece em algumas obras, "AD", que vem da expressão latina: "Anno Domini", ou seja,
ano do Senhor, em alusão ao nascimento de CRISTO.
6. Manuseio do volume sagrado
Obtenha completo domínio do manuseio da Bíblia, a fim de encontrar com rapidez
qualquer referência bíblica, JESUS fazia assim. Em Lucas 4.17 diz que Ele "achou o lugar
onde estava escrito". Ora, naquele tempo, isso era muito mais difícil do que hoje com o
progresso da indústria gráfica. 7. Abreviaturas bíblicas.
As abreviaturas dos livros consistem de duas letras sem ponto abreviativo. Procure
memorizá-las de vez.

ANTIGO TESTAMENTO
LIVRO ABREV LIVRO ABREV
Gênesis Gn Eclesiastes Ec
Êxodo Êx Cantares Ct
Levítico Lv Isaias Is
Números Nm Jeremias Jr
Deuteronômio Dt Lamentações de Jeremias Lm
Josué Js Ezequial Ez
Juizes Jz Daniel Dn
Rute Rt Oséias Os
1 Samuel 1 Sm Joel Jl
2 Samuel 2 Sm Amós Am
1 Reis 1 Rs Obadias Ob
2 Reis 2 Rs Jonas Jn
1 Crônicas 1 Cr Miquéis Mq
2 Crônicas 2 Cr Naum Na
Esdras Ed Habacuque Hc
Neemias Ne Sofonias Sf
Ester Et Ageu Ag
Jó Jó Zacarias Zc
Salmos Sl Malaquias Ml
Provérbios Pv
NOVO TESTAMENTO
LIVRO ABREV LIVRO ABREV
Mateus Mt Atos At
Marcos Mc Romanos Rm
Lucas Lc 1 Coríntios 1 Co
João Jo 2 Coríntios 2 Co
Gálatas Gl Hebreus Hb
Efésios Ef Tiago Tg
Filipenses Fp 1 Pedro 1 Pe
Colossenses Cl 2 Pedro 2 Pe
1 Tessalonicenses 1 Ts 1 João 1 Jo
2 Tessalonicenses 2 Ts 2 João 2 Jo
1 Timóteo 1 Tm 3 João 3 Jo
2 Timóteo 2 Tm Judas Jd
Tito Tt Apocalipse Ap
Filemom Fm

A NECESSIDADE DO ESTUDO DAS ESCRITURAS - Bíblia Através dos Séculos -


Pr.Antônio Gilberto - CPAD
Isto está implícito em Salmo 119.130; Isaías 34.16; 2 Timóteo 2.15; 1 Pedro 3.15, e nos
conduz a dois pontos de suma importância: a) porque devemos estudar a Bíblia, e b) como
devemos estudar a Bíblia.
Estudar é mais que ler; é aplicar a mente a um assunto, de modo sistemático e constante.
1. Porque devemos estudar a Bíblia
a. Ela é o único manual do crente na vida cristã e no trabalho do Senhor. O crente foi salvo
para servir ao Senhor (Ef 2.10; 1 Pe 2.9). Sendo a Bíblia o livro texto do cristão, é
importante que ele a maneje bem, para o fiel desempenho de sua missão (2 Tm 2.15). Um
bom profissional sabe empregar com eficiência as ferramentas de seu ofício. Essa
eficiência não é automática: vem pelo estudo e prática. Assim deve ser o crente com
relação ao seu manual - a Bíblia. Entre as promessas de DEUS nesse sentido, temos uma
muito maravilhosa em Isaías 55.11. DEUS declara aí que sua Palavra não voltará vazia.
Portanto, quando alguém toma tempo para estudar com propósito a Palavra de DEUS, o
efeito será glorioso quanto à edificação espiritual e ao engrandecimento do reino de
DEUS.
b. Ela alimenta nossas almas (Jr 15.16; Mt 4.4; 1 Pe 2.2). Não há dúvida de que o estudo
da Palavra de DEUS traz nutrição e crescimento espiritual. Ela é tão indispensável à alma,
como o pão ao corpo. Nas passagens acima, ela é comparada ao alimento, porém, este só
nutre o corpo quando é absorvido pelo organismo. O texto de 1 Pedro 2.2 fala do intenso
apetite dos recém-nascidos; assim deve ser o nosso desejo pela Palavra. Bom apetite pela
Bíblia é sinal de saúde espiritual.
Como está o seu apetite pela Bíblia, leitor?
c. Ela é o instrumento que o ESPÍRITO SANTO usa (Ef 6.17). Se em nós houver
abundância da Palavra de DEUS. o ESPÍRITO SANTO terá o instrumento com que operar.
É preciso, pois. meditar nela (Js 1.8; SI 1.2). Ê preciso deixar que ela domine todas as
esferas da nossa vida. nossos pensamentos, nosso coração e, assim, molde todo o nosso
viver diário. Em suma: precisamos ficar saturados da Palavra de DEUS.
Um requisito primordial para DEUS responder às nossas orações é estarmos saturados da
sua Palavra (Jo 15.7). Aqui está, em parte, a razão de muitas orações não serem
respondidas: desinteresse pela Palavra de DEUS. (Leia o texto outra vez.) Pelo menos
três fatos estão implícitos aqui: a) Na oração precisamos apoiar nossa fé nas promessas
de DEUS, e essas promessas estão na Bíblia, b) Por sua vez, a Palavra de DEUS produz
fé em nós (Rm 10.17). c) Devemos fazer nossas petições segundo a vontade de DEUS (1
Jo 5.14), e um dos meios de saber-se a vontade de DEUS é através da sua Palavra.
Na vida cristã, e no trabalho do Senhor em geral, o ESPÍRITO SANTO só nos lembrará o
texto bíblico preciso, se de antemão o conhecermos (Jo 14.26). - É possível o leitor ser
lembrado de algo que não sabe? Pense se é possível! Portanto, o ESPÍRITO SANTO quer
não somente encher o crente, mas também encontrar nele o instrumento com que operar a
Palavra de DEUS.
Ter o ESPÍRITO e não conhecer a Palavra, conduz ao fanatismo. Pessoas assim querem
usar o ESPÍRITO em vez de Ele usá-las. Conhecer a Palavra e não ter o ESPÍRITO
conduz ao formalismo. Estes dois extremos são igualmente perigosos.
d. Ela enriquece espiritualmente a vida do cristão (SI 119.72). Essas riquezas vêm pela
revelação do ESPÍRITO, primeiramente (Ef 1.17). O leitor que procurar entender a Bíblia
somente através do intelecto, muito cedo desistirá do seu intento. Só o ESPÍRITO de
DEUS conhece as coisas de DEUS (1 Co 2.10). Um renomado expositor cristão afirma que
há 32.000 promessas na Bíblia toda! Pensai que fonte de riqueza há ali! Entre as riquezas
derivadas da Bíblia está a formação do caráter ideal, bem como a moldagem da vida cristã
como um todo. É a-Bíblia a melhor diretriz de conduta humana; a melhor formadora do
caráter. Os princípios que modelam nossa vida devem proceder dela.
A falta de uma correta e pronta orientação espiritual dentro da Palavra de DEUS.
especialmente quanto a novos convertidos, tem resultado em inúmeras vidas
desequilibradas, doentes pelo resto da existência. Essas, só um milagre de DEUS pode
reajustá-las. Pessoas assim, ferem-se a si mesmas e aos que as rodeiam.
A Bíblia é a revelação de DEUS à humanidade. Tudo que DEUS tem para o homem e
requer do homem, e tudo que o homem precisa saber espiritualmente da parte de DEUS
quanto à sua redenção, conduta cristã e felicidade eterna, está revelado na Bíblia. DEUS
não tem outra revelação escrita além da Bíblia. Tudo o que o homem tem a fazer é tomar o
Livro e apropriar-se dele pela fé. O autor da Bíblia é DEUS, seu real intérprete é o
ESPÍRITO SANTO, e seu tema central é o Senhor JESUS CRISTO. O homem deve ler a
Bíblia para ser sábio, crer na Bíblia para ser salvo, e praticar a Bíblia para ser santo.
2. Como devemos estudar a Bíblia
a. Leia a Bíblia conhecendo seu autor. Isto é de suprema importância, é a melhor maneira
de estudar a Bíblia. Ela é o único livro cujo autor está sempre presente quando é lida. O
autor de um livro é a pessoa que melhor pode explicá-lo. A Bíblia é um livro fácil e ao
mesmo tempo difícil; simples e ao mesmo tempo complexo. Não basta apenas ler suas
palavras e analisar suas declarações. Tudo isso é indispensável, mas não basta. É preciso
conhecer e amar o Autor do Livro. Conhecendo o Autor, a compreensão será mais fácil.
Façamos como Maria, que aprendia aos pés do Mestre (Lc 10.39). Esse é ainda o melhor
lugar para o aluno!
b. Leia a Bíblia diariamente (Dt 17.19). Esta regra é excelente. Presume-se que 90fr dos
crentes não lêem a Bíblia diariamente: não é de admirar haver tantos crentes frios nas
igrejas. Não somente frios mas anãos, raquíticos, mundanos, carnais, indiferentes. Sem
crescimento espiritual, DEUS não nos pode revelar suas verdades profundas (Mc 4.33; Jo
16.12; Hb 5.12). É de admirar haver pessoas na igreja que acham tempo para ler, ouvir e
ver tudo, menos a Palavra de DEUS. Motivo: Comem tanto outras coisas que perdem o
apetite pelas coisas de DEUS! É justo ler boas coisas, mas, é imprescindível tomar mais
tempo com as Escrituras. É também de estarrecer o fato de que muitos líderes de igrejas
não levam seus liderados a lerem a Bíblia. Não basta assistir aos cultos, ouvir sermões e
testemunhos, assistir a estudos bíblicos, ler boas obras de literatura cristã: é preciso a
leitura bíblica individual, pessoal. Há crentes que só comem espiritualmente quando lhes
dão comida na boca: é a colher do pastor, do professor da Escola Dominical, etc. Se
ninguém lhes der comida eles morrerão de inanição.
c. Ler a Bíblia com a melhor atitude mental e espiritual. Isto é de capital importância para o
êxito no estudo bíblico. A atitude correta é a seguinte: a) Estudar a Bíblia como a Palavra
de DEUS, e não como uma obra literária qualquer, b) Estudar a Bíblia com o coração, em
atitude devocional, e não apenas com o intelecto. As riquezas da Bíblia são para os
humildes que temem ao Senhor (Tg 1.21). Quanto maior for a nossa comunhão com
DEUS, mais humildes seremos. Os galhos mais carregados de frutos são os que mais
abaixam! É preciso ler a Bíblia crendo, sem duvidar, em tudo que ela ensina, inclusive no
campo sobrenatural. A dúvida ou descrença, cega o leitor (Lc 24.25).
d. Leia a Bíblia com oração, devagar, meditando. Assim fizeram os servos de DEUS no
passado: Davi (SI 119.12,18); Daniel (Dn 9.21-23). O caminho ainda é o mesmo. Na
presença do Senhor em oração, as coisas incompreensíveis são esclarecidas (SI
73.16,17). A meditação na Palavra aprofunda a sua compreensão. Muitos lêem a Bíblia
somente para estabelecerem recordes de leitura. Ao ler a Bíblia, aplique-a primeiro a si
próprio, irmão, senão não haverá virtude nenhuma.
e. Leia a Bíblia toda. Há uma riqueza insondável nisso! É a única maneira de conhecermos
a verdade completa dos assuntos nela contidos, visto que a revelação de DEUS que nela
temos é progressiva. - Como o leitor pensa compreender um livro que ainda não leu do
princípio ao fim? Mesmo lendo a Bíblia toda, não a entendemos completamente. Ela,
sendo a Palavra de DEUS, é infinita. Nem mesmo a mente de um gênio poderia interpretá-
la sem erros. Não há no mundo ninguém que esgote a Bíblia. Todos somos sempre alunos
(Dt 29.29; Rm 11.33,34; 1 Co 13.12). Portanto, na Bíblia há dificuldades, mas o problema é
do lado humano. O ESPÍRITO SANTO, que conhece as profundezas de DEUS, pode ir
revelando o conhecimento da verdade, à medida que buscamos a face de DEUS e
andamos mais perto dele. Amém.

SUBSÍDIOS DA CPAD - LIÇÃO 5

HINOS SUGERIDOS: 129, 368, 559 da Harpa Cristã

PLANO DE AULA
1. INTRODUÇÃO
Se é importante conhecer a estrutura da Bíblia para bem manejá-la, mais importante ainda
é lê-la adequadamente. Não são poucos os erros e os enganos por causa da má
interpretação das Escrituras Sagradas. Por isso temos de dar a devida importância ao
assunto que impacta diretamente a qualidade da fé do leitor da Bíblia. Que tenhamos
sabedoria do alto para ler a Bíblia e compreendê-la adequadamente.
2. APRESENTAÇÃO DA LIÇÃO
A) Objetivos da Lição: I) Expor que a Bíblia precisa ser interpretada; II) Pontuar os
pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia; III) Apresentar os princípios básicos de
interpretação bíblica.
B) Motivação: Ler e interpretar a Bíblia de maneira adequada deve ser o objetivo de todo
aluno da Escola Dominical. Como compreender os ensinos de JESUS nos Evangelhos?
Como aplicar hoje a mensagem do apóstolo Paulo em suas epístolas? Sem dúvida essas
questões nos motivam para a presente lição.
C) Sugestão de Método: Sugerimos que você pergunte aos alunos como eles leem a
Bíblia. Permita que eles exponham as próprias experiências. Aproveite as respostas da
classe para desenvolver o primeiro tópico (I - A Bíblia Precisa Ser Interpretada),
principalmente o subponto que diz respeito às limitações dos leitores.
3. CONCLUSÃO DA LIÇÃO
A) Aplicação: Desafie os alunos a lerem a Bíblia de maneira metódica e sistemática, de
acordo com os pontos apresentados na lição. Se for o caso, proponha a classe um plano
de leitura anual e estabeleça metas para cumpri-lo durante o ano.
4. SUBSÍDIO AO PROFESSOR
A) Revista Ensinador Cristão: Vale a apena conhecer essa revista que traz reportagens,
artigos, entrevistas e subsídios às Lições Bíblicas. Na edição 88, p.38, você encontrará um
subsídio especial para esta lição.
B) Auxílios Especiais: Ao final do tópico, você encontrará um auxílio que dará suporte na
preparação de sua aula: 1) O texto "O Autor como fator determinante do significado"
aprofunda o tema da interpretação, no primeiro tópico, focando na importância da intenção
do autor sagrado ao escrever um livro da Bíblia; 2) O texto "Tipos de Autoridade Religiosa"
aprofunda a importância da autoridade canônica e o valor da experiência espiritual como
uns dos pressupostos pentecostais para a leitura da Bíblia.
SINÓPSE I - As Escrituras Sagradas precisam ser interpretadas para que todos conheçam
o verdadeiro significado da mensagem
SINÓPSE II - A Bíblia é a autoridade final, o ESPÍRITO SANTO nos auxilia na sua
compreensão e a experiência confirma as verdades bíblicas.
SINÓPSE III - A Escritura é a sua principal intérprete. Assim sendo, o uso da hermenêutica
e a iluminação do ESPÍRITO auxiliam na correta interpretação.

AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP1


“O Autor como fator determinante do significado
O método mais tradicional para o estudo da Bíblia, no entanto, tem sido o de analisar o
significado como algo controlado pelo autor. De acordo com esse ponto de vista, o
significado é aquele que o escritor, conscientemente, quis dizer ao produzir o texto. Dessa
maneira, a epístola aos romanos deve ser interpretada à luz do que Paulo quis passar aos
seus leitores quando escreveu – se estivesse vivo, bastaria que nos dissesse o que
desejava transmitir. O significado, portanto, é exatamente o que o apóstolo considerava
como tal. [...] Negar que o autor determina o significado do texto também levanta uma
questão ética – a de se estar roubando a criação de alguém. Analisar um texto à parte da
intenção de quem o escreveu é como roubar uma patente de um inventor ou uma criança
recém-nascida de sua mãe. Ao registrar-se um trabalho sob o nome de seu autor se está
admitindo, pelo menos tacitamente, que essa obra a ele ‘pertence’. O uso do nosso
significado para substituir o pretendido pelo autor é uma espécie de plágio. Um escrito
assemelha-se ao testamento” (STEIN, Robert H. Guia Básico para a Interpretação da
Bíblia: Interpretando conforme as regras. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2006, pp.23,25).

AUXÍLIO TEOLÓGICO TOP2


“Tipos de Autoridade Religiosa
Autoridade canônica. A autoridade canônica sustenta que as matérias bíblicas, contidas no
cânon das Escrituras, são a revelação autorizada de DEUS. A Bíblia tem uma mensagem
clara e definitiva para as nossas crenças e para o nosso modo de vida. Os proponentes
desta opinião afirmam que: (1) a Bíblia é autoridade em virtude de sua autoria divina; e (2)
a Bíblia fala com clareza a respeito das verdades básicas que apresenta. Todas as
questões de fé e conduta estão sujeitas à autoridade da Bíblia de modo que os itens da
crença teológica devem, ou ter apoio bíblico (explícito ou implícito, ou ser repudiados.
A experiência como autoridade. A primeira fonte interna da autoridade é a experiência. O
indivíduo relaciona-se com DEUS no âmbito da mente, da vontade e das emoções.
Considerando a pessoa como unidade, os efeitos experimentados, nos demais, quer
subsequente quer simultaneamente. De fato, a revelação de DEUS tem o seu efeito na
totalidade da pessoa humana. [...] [Porém,] não é fidedigna a experiência isolada e que se
arvora como fonte de autoridade para mediar a revelação de DEUS” (HORTON, Stanley
(Ed.). Teologia Sistemática: Uma Perspectiva Pentecostal. 10.ed. Rio de Janeiro: CPAD,
2006, pp.46,48).

REVISANDO O CONTEÚDO
1. Qual é o significado do termo “Exegese”?
O termo “exegese” vem do grego ex, traduzido como “fora”, e agein com o sentido de
“guiar”. Literalmente significa “guiar para fora”, isto é, extrair a intenção das palavras de um
texto.
2. Por que precisamos usar métodos sadios como auxílio na interpretação das Escrituras?
Em virtude de nossa inclinação pecaminosa que nos induz ao erro (Rm 8.7), precisamos
usar métodos sadios que nos auxiliem na interpretação das Escrituras (Rm 12.2).
3. Segundo a lição, como podemos acatar a autoridade da Bíblia?
Acatamos suas doutrinas, reconhecemos a realidade do sobrenatural, a literalidade dos
milagres e a atualidade do Batismo no ESPÍRITO SANTO e os Dons Espirituais (At 2.39).
4. Acerca do valor da experiência, como vemos o livro de Atos?
Nesse aspecto, por exemplo, cremos que o livro de Atos não apenas descreve a
experiência pentecostal da Igreja primitiva, como também a torna válida para os nossos
dias (At 2.1-4, 38, 39).
5. O que é enfatizado na interpretação bíblica dentre os princípios gramaticais, históricos e
literários?
Dentre os princípios gramaticais, históricos e literários, enfatizamos que o texto bíblico tem
sentido único e sempre que possível deve ser interpretado literalmente.
LEITURAS PARA APROFUNDAR
Guia Básico para Interpretação Da Bíblia, O ESPÍRITO e a Palavra

TEXTO SUJEITO A ATUALIZAÇÃO

Fonte: https://ebdnatv.blogspot.com/2022/01/escrita-licao-5-como-ler-as.html Acesso


em 24 jan. 2022.

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