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Elzo Nivaldo Ferreira L.

de Carvalho

Conclusão

O funcionamento do mercado de trabalho é de suma importância para o desempenho de


uma economia. Níveis salariais, taxas de emprego/desemprego, distribuição de renda,
incrementos de produtividade, investimentos em qualificação, bem como o grau de
conflito entre seus diversos atores são algumas das variáveis que, sob este enfoque,
devem ser levadas em conta.

No sentido clássico, o trabalho é um produto, no qual os trabalhadores são vendedores,


os empregadores atuam como compradores, os salários são considerados, o preço e o
mercado de trabalho representam o espaço onde ocorrem estas transações. As diferenças
de preço entre companhias serão reduzidas com o livre deslocamento dos trabalhadores
entre organizações, o que permite que, eventualmente, se alcance o equilíbrio dos
salários em todo o mercado. Este arranjo está inserido no sistema mais amplo da
produção capitalista, cumprindo duas funções: aloca os trabalhadores de uma sociedade
em diferentes espaços produtivos e assegura renda àqueles que participam desta relação
(Horn, 2006).

Na vertente marxista, o tratamento da força de trabalho como mercadoria, como é


apresentado na teoria clássica, engendra a exploração dos trabalhadores. A propriedade
dos meios de produção e do desenvolvimento tecnológico permite ao capitalista manter
uma parcela dos trabalhadores desempregados. A existência deste exército de reserva de
trabalhadores possibilitaria a manutenção de salários a níveis tão próximos quanto
possíveis do nível de subsistência. Mesmo que em algum momento se alcance o pleno
emprego, este não será duradouro, visto que o capitalismo é caracterizado por uma
instabilidade dinâmica que se traduz por crises econômicas.

Elemento nº4

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