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18/11/2021

Estrutura Concetual
SNC

Fátima Cravo
2021/2022

Índice

1 . Co n ce ito d e e st rutura co n ce ptu al

2 . Ob jet ivo d as d e mo nstraçõe s f in an ce iras

3 . D ef inição d o s e le me ntos d as d e mo nstraçõe s f in an ce iras

4. Reconhecimento e me nsu ração dos elementos das d emonst raçõ es


f in anceiras

5 . Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

6. Restrições às características qualitativas

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E st r ut ura c on c ep t ua l

A ESTRUTURA CONCEPTUAL é um conjunto de princípios, conceitos


e definições que fundamentam do ponto de vista teórico a
elaboração das demonstrações financeiras.

E st r ut ura c on c ep t ua l

Assim, a estrutura conceptual estabelece e trata:

1. objetivo das demonstrações financeiras;

2. características qualitativas que determinam a utilidade da informação contida nas


demonstrações financeiras;

3. definição, reconhecimento e mensuração dos elementos das demonstrações


financeiras (ativo, passivo, capital próprio, rendimentos, gastos) ;

4. conceitos de capital e de manutenção de capital.

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E st r ut ura c on c ep t ua l

Em síntese:

E s t a b e l e c e o s c o n c e i t o s s u b j a c e n t e s à p r e p a r a ç ã o e a p r e s e n t a ç ã o
das demonstrações financeiras

d e f i n e o s o b j e t i v o s d a s d e m o n s t r a ç õ e s f i n a n c e i r a s , a s
características qualitativas que determinam a utilidade da
informação divulgada e os principais interessados (utilizadores)
dessa informação

O b j et i vo d as d e monst raç ões f i n anc ei ras

A l e g i s l a ç ã o ( c ó d i g o d a s s o c i e d a d e s c o m e r c i a i s ) o b r i g a a s
empresas a divulgar as suas contas

A s c o n t a s s ã o d i v u l g a d a s n u m c o n j u n t o d e d o c u m e n t o s
denominados de Relatório e Contas, onde se incluem as
demonstrações financeiras

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O b j et i vo d as d e monst raç ões f i n anc ei ras

As demonstrações financeiras refletem a posição financeira das


empresas (os seus recursos e as suas dívidas) e o resultado das
suas operações

O b j et i vo d as d e monst raç ões f i n anc ei ras

Um conjunto completo de demonstrações financeiras inclui um balanço, uma


demonstração de resultados, uma demonstração das alterações no capital
próprio, uma demonstração de fluxos de caixa e o anexo

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O b j et i vo d as d e monst raç ões f i n anc ei ras

• Fo r n e ce r i nforma çã o ú ti l a ce rca da p osi çã o fi na nc ei ra , d o


d es em p en h o e d a s a l tera çõ e s d a po si çã o fi n an c ei ra , q ue sej a
ú t i l n a to m a d a d e d e c i s õe s d e u m co n j u nto d e u te ntes

• M ost rar as co n se qu ên ci a s da u ti li za çã o d os recurs os qu e


fo ra m p o sto s à d i s p o si çã o d a a d m i n ist ração d a s e m p re s a

O b j et i vo d as d e monst raç ões f i n anc ei ras

• A informação acerca da posição financeira é principalmente proporcionada


num balanço.

• A informação acerca do desempenho é principalmente dada numa


demonstração dos resultados

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D e f i n i ç ã o d o s e l e m e n t o s d a s d e m o n s t ra ç õ e s f i n a n c e i ra s

Definição Ativo

A s e n t i d a d e s p a r a d e s e n v o l v e r e m a s u a a t i v i d a d e ( p r o d u z i r, v e n d e r,
p re star se r viço s) n e ce ssitam d e re cu rsos f ísico s, h u manos e f in anceiro s

Exemplo: adquirir uma máquina para a produção significa adquirir um


recu rso qu e irá cont ribu ir p ara o bom de sempenho d a atividad e da
e mpre sa e , de ste mod o, a máquin a irá contribuir para a obten ção de
benefícios económicos da entidade OU SEJA, contribuir p ara os
rendimentos da empresa

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ra s

N e m to do s o s re c ur so s u ti l i za do s p e l a e m p res a po d em s e r
co n s i d e ra do s a t i v o s

At i v o s s ã o a p e n a s o s r e c u r s o s q u e a e m p r e s a p o d e c o n t r o l a r

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ra s

A m á q u i n a é u m r e c u rs o c o nt r o l a d o p e l a e m p r e s a

d e c i d e co m o e q u e m va i t ra b a l h a r co m a m á q u i n a e q u a n d o e l a
d e v e r á s e r s u b st i t u í d a

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ra s

A co nt ra ta çã o d e u m a p e s s o a p a ra t ra b a l h a r n a e m p r e s a

é u m r e c u rs o h u m a n o m a s N ÃO É C O N T RO L A D O p e l a

e m p re s a , n ã o p o d e p o r i s s o s e r co n s i d e ra d o u m a t i vo

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ra s

A a q ui si çã o d e um a t i vo é fe i ta co m ba s e e m de ci s õ e s e o p çõ e s
q u e d e p o i s d e a n a l i s a d a s re s u l ta m n a s u a a q u i s i çã o

Re s u l ta d e a c o n te c i m e nt o s p a s s a d o s

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

At i v o :
 é um recurso

 controlado pela empresa

 gera benefícios económicos futuros

 é consequência de acontecimentos passados

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de ativo

A s mercadorias compradas são ativos porque são controlados pela


empr esa e porque ger am benef ícios económ icos futur os, que são obtidos
diretamente através da sua venda

O s e q u i p a m e n t o s d e p r o d u ç ã o s ã o a t i v o s p o r q u e s ã o c o n t r o l a d o s p e l a
empr esa e porque ger am benef ícios económ icos futur os que são obtidos
indiretamente através da venda dos produtos acabados

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de ativo

U m filtro adquirido para cumprir exigências ambientais é um ativo


porque é necessário para que a empresa obtenha os benefícios
económicos futuros associados a um conjunto de ativos de natureza
industrial. Ou seja, contribui, em conjunto com outros ativos, para a
obtenção de benefícios económicos f uturos

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de ativo

A s a ç õ e s r e p r e s e n t a t i v a s d o c a p i t a l d e o u t r a e m p r e s a s ã o a t i v o s p o r q u e
são controlados pela empresa e porque geram benefícios económicos
futuros que serão obtidos na forma de dividendos ou através da sua
venda.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

N o b a l a n ç o o s a t i v o s e o s p a s s i vo s d i v i d e m - se :

C o r r e nte s

N ã o C o r r e nte s

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Um ativo deve ser classificado como corrente quando satisfazer qualquer


dos seguintes critérios:

a) Espe ra- se que se ja realizado, ou prete nde- se que se ja ven dido ou


consumido, no decurso normal do ciclo operacional da entidade

b) Seja detido essencialmente com a finalidade de ser negociado;

c) Esp era-se que se ja realizado n um p eríodo até doze meses apó s a d ata
do Balanço; ou
d ) É C a i xa o u e q u i v a l e n t e d e C a i xa , a m e n o s q u e l h e s s e j a l i m i t a d a a t r o c a
ou uso para liquidar um passivo durante pelo menos doze me se s
após a data do Balanço.
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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ra s

To do s o s at i vo s q u e nã o se e n q u a d re m e m a t i vo s co r re nte s sã o
co n s i d e ra do s co m o a t i vo s n ã o co r r e ntes .

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo:
A empre sa Alfa, Lda dedica-se à venda de material de escritório . No final do
m ês de Sete mbro apresentava o s seguintes elem entos pat rimoniais :

• Depósitos ordem 6 000 €


• Mobiliário diverso 20 000 €

• Clientes 4 000 € (50% deste valor será rece bido dentro de 2 meses e o
restante dentro de 18 meses)

• Dinheiro em caixa 30 €

• Equipamento informático 2 50 0 €

• Inventários (stocks) 3 80 0 €

Pretende-se: identifique o ativo corrente e o ativo não corrente

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Resposta

Ativo corrente:

• Depósitos ordem 6 000 €

• Clientes 4 0 00 €

• Dinheiro em caixa 30 €

• Inventários (stocks) 3 80 0 €
Ativo não c orrente:

• Equipamento informático 2 50 0 €

• Mobiliário diverso 20 000 €

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

O s a t i vo s p o d e m t a m b é m s e r c l a s s i f i ca d o s e m :

A t i v o s m o n e t á r i o s
Aq uele s qu e sejam d inh eiro ou que d eem direito a rece be r uma
quantia fixa de dinheiro.

A t i v o s n ã o m o n e t á r i o s
To d o s o s r e s t a n t e s a t i v o s c o m o : i n v e n t á r i o s , i n v e s t i m e n t o s , e t c .

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recursos controlados pela empresa como resultado de


acontecimentos passados e dos quais se espera que fluam
para a empresa benefícios económicos futuros
A
C
T E Q U I PA M E N TO S
MÁQUINAS
I NÃO
VA L O R D E E N T R A DA MARCAS
M O N E TÁ R I O S
V P AT E N T E S
I N V E N TÁ R I O S
O
S
CLIENTES
M O N E TÁ R I O S VA L O R D E S A Í DA CAIXA
D E P Ó S I TO S À O R D E M

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Definição de Passivo:

Para conhecer o valor do património de uma entidade é necessário


i d e n t i f i c a r, p a r a a l é m d o a t i v o , a s d í v i d a s c o n t r a í d a s ( c r é d i t o s o b t i d o s )

O b r i ga çõ e s p e r a nte te rc e i ro s

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

U m a d í v i d a é a o b r i ga çã o d e p a ga r u m a d e te r m i n a q u a nt i a n u m a
data futura

O p a g a m e n to d e u m a d í v i d a i m p l i c a u m ex f l u x o ( s a í d a ) e m g e ra l d e
dinheiro

U m a d í v i d a t a m b é m p o d e s e r p a g a c o m a e n t r e ga d e b e n s o u c o m a
p r e st a ç ã o d e u m s e r v i ç o

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

O p a ga m e nto de u m a o b r i ga çã o i m pl i ca s e m p re u m a s a í d a d e
re c u r s o s

U m ex f l u xo d e re c ur so s q u e “co n s o m e m / re d u ze m ” o s b e n ef í ci o s
e co n ó m i co s ge ra d o s p e l a e nt i d a d e

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

E m s í nt e s e :
Pa s s i vo

é u m a o b r i ga çã o

I m p l i ca ex f l u xo s d e r e c u rs o s

I n co r p o ra b e n ef í c i o s e co n ó m i co s

É co n s e q u ê n c i a d e a co nt e c i m e nt o s p a s s a d o s

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Pa s s i vo

Obrigação presente da empresa p roveniente de acontecimentos


p a s s a d o s , d a q u a l s e e s p e r a q u e r e s u l t e u m a s a í d a ( e x f l u xo ) d e
recursos incorporando benefícios económicos.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de passivo

U m e m p r é s t i m o b a n c á r i o o b t i d o é u m p a s s i v o p o r q u e n a d a t a e m
que a empresa assina o contrato com a instituição de crédito
assume uma obrigação presente de proceder ao reembolso de um
montante em dinheiro numa data especifíca no futuro

U m a d í v i d a a p a g a r a u m f o r n e c e d o r é u m p a s s i v o p o r q u e n a d a t a
em que a empresa realiza a compra a crédito, assume uma
obrigação presente de proceder ao pagamento de um montante em
dinheiro no futuro

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de passivo

U m a p r o v i s ã o p a r a g a r a n t i a s a c l i e n t e s é u m p a s s i v o p o r q u e n a
data em que a empresa vende os produtos com garantia, assume a
obrigação de entregar um novo produto no momento em que se
verificar uma reclamação por parte do cliente.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

A l i q ui d a çã o d e u m a o b r i gaçã o i m p l i c a s a í d a d e re c u rso s

• A liquidação de uma obrigação pode ocorrer de diferentes formas:

(a) Pagamento a dinheiro;

(b) Transferência de outros ativos;

(c) Prestação de serviços;

(d) Substituição dessa obrigação por outra ou

(e) Conversão da obrigação em capital próprio.


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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

U m p a s s i vo é c l a s s i f i c a d o c o m o c o r re n t e q u a n d o :

S e e s p e r e q u e s e j a l i q u i d a d o d u r a n t e o c i c l o o p e r a c i o n a l n o r m a l d a
entidade; ou

S e j a d e t i d o e s s e n c i a l m e n t e c o m a f i n a l i d a d e d e s e r n e g o c i a d o ;

D e v a s e r l i q u i d a d o n u m p e r í o d o a t é d o z e m e s e s a p ó s a data do
Balanço; ou

A e n t i d a d e n ã o t e n h a u m d i r e i t o i n c o n d i c i o n a l d e d i f e r i r a l i q u i d a ç ã o
d o p assivo d u rante p e lo m e n o s d oze m e se s ap ó s a d ata d o Balanço.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

To do s o s o ut ro s p a ss i vo s d eve m s er cl a ss i f i ca do s co m o Pas s i vo s
n ã o C o r r en te s

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo:

A empresa Alfa, Lda dedica-se à venda de material de escritório. No final do


m ês de Setemb ro apresentava os seguinte s eleme nto s p atrim oniais
passivos:

• Fornecedores 10 500 €

• Sócios 5 000 € (empréstimos de sócios à empresa a pagar em 24 meses)

• E s t a d o 5 0 0 € ( I VA a p a g a r )

• Empréstimo obtido no banco 30 000 € (de acordo com o contrato


estabelecido, 5 0 % será p ago em 6 meses e o restante em 1 8 meses)

Questão: Identifique o passivo corrente e o não corrente.


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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Resposta:

Passivo corrente
• Fornecedores 10 500 € (as dívidas comerciais são sempre correntes)
• Estado 500 € (IVA a pagar)
• Empréstimo obtido no banco 15 000 €

Passivo não corrente


• Sócios 5 000 €
• Empréstimo obtido no banco 15 000 €

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obrigação presente da empresa, proveniente de acontecimentos passados, da liquidação da


qual se espera que resulte um exfluxo de recursos da empresa incorporando benefícios
económicos
P
A
S PROVISÕES
só po de m se r m e nsu rado s usando um
S grau substancial de estimativa.
NÃO VA L O R D E
I M O N E TÁ R I O S E NTRADA
E xem plo s: as p rovisõ e s para pagam e ntos
a serem fe ito s re lat ivam e nte a gara ntias
V a clientes; provisões para cobrir as
obrigações de pensões de reforma.
O
S
FORNECEDORES
VA L O R D E
M O N E TÁ R I O S EMPRÉSTIMOS OBTIDOS
SAÍDA

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Capital Próprio:

O património de uma entidade é constituído por elementos ativos e passivos

At i v o – Pa s s i v o = p a t r i m ó n i o l í q u i d o

OU
C a p i ta l P r ó p r i o

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Capital próprio
É definido como o interesse residual nos ativos da empresa depois de se lhe deduzir
todos os seus passivos.
Pode-se assim dizer que engloba todos os elementos abstratos já que se traduz na
diferença entre ativo e passivo (capital, reservas e resultados).

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C
A
interesse residual nos ativos da empresa depois de deduzir
P
todos os seus passivos
I
T
A
L
é o capital estatutário, que corresponde à
INICIAL soma das quotas-partes de capital subscritas
P
pelos sócios ou acionistas
R
O
P é o capital que DE EXERCÍCIOS

R resultou de lucros AN T E R I O R E S
ADQUIRIDO
I não levantados ou
O distribuídos
DO EXERCÍCIO

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

A d e m o n st ra çã o d o s re s u l ta do s é a d e m o n st ra çã o f i n a n ce i ra q u e
e v i d e n c i a o d e s e m p e n h o d a e nt i d a d e n u m a p e r s p e t i va e co n ó m i ca

Ou seja

A p r e s e nta o s r e n d i m e nto s e o s ga s t o s e d e s t a f o r m a m o s t ra
c o m o s e o b t eve o r e s u l ta d o

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

D e f i n i ç ã o d e G a s to s:
Levam a diminuições no património líquido da entidade provenientes da
atividade da empresa.

Gastos – diminuições do valor do património líquido de uma entidade


num dado período de tempo originadas por consumos voluntários,
associados a atividades da mesma, de carácter ordinário.
Perdas – diminuições do património líquido de uma entidade,
associadas a atividades da mesma, que representam consumos de
carácter extraordinário.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

D e f i n i ç ã o d e Re n d i me nt o s
Levam a aumentos do património líquido da entidade, derivados da
sua atividade.

Réditos – aumentos do valor do património líquido de uma entidade num


período de tempo em consequência da sua atividade e associados às
atividades de carácter ordinário da mesma.

Ganhos - aumentos do valor do património líquido de uma entidade em


consequência da sua atividade e associados às atividades de
carácter extraordinário da mesma.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de rendimento

A venda de mercadorias é um rendimento porque se verifica um


aumento dos BEF na forma de obtenção de ativos (dinheiro
recebido ou dívida a receber de clientes) do qual resulta um
aumento do capital próprio.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de rendimento

Os juros de um depósito a prazo são um rendimento porque se


verifica um aumento dos BEF na forma de obtenção de ativos
(dinheiro recebido) do qual resulta um aumento do capital próprio.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Re s u l ta d o :
• Forma de cálculo

Rendimentos – Gastos

• Características

É de natureza económica, evidenciando a utilização de recursos


reais

Permite conhecer a estrutura de custos incorridos numa


determinada atividade

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões


f i n an ce iras

Resultados:

Rendimentos > Gastos => Resultado > 0 = Lucro

Rendimentos < Gastos => Resultado < 0 = Prejuízo

Rendimentos = Gastos => Resultado = 0 = Nulo

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são diminuições nos benefícios económicos durante o período


contabilístico na forma de:
G
A • exfluxos ou deperecimento de ativos, ou

S • incorrênc ia de passivos
T
O
que resultem em diminuições do capital próprio, que não sejam
S
relacionadas com as distribuições aos participantes no capital
próprio

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resultam de diminuições de ativos ou aumentos de


passivos (ou mesmo de uma combinação dos dois)
GASTOS
d u ra nt e um período, como consequência da
CORRENTES
G atividade principal da empresa (o custo das
A vendas, os salários e as depreciações)
S
T
O di minu içõ es no p atr imó ni o l íquido, enqu a nto resu lta do
S de op erações p eriféricas à ativid ad e da empresa ou
por acontecimentos acidentais, ou por ou tra s
PERDAS
circunstâncias, referenciadas a um determinado
período de tempo, exceto as que resultam da
distribuição de resultados

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Aumentos nos benef ícios económicos durante o período


contabilístico na forma de:
R 1. influxos ou melhorias de ativos, ou
E
2. de diminuições de passivos
N
D
I que resultem em aumentos no capital próprio, que não
M sejam os relacionados com as contribuições dos participantes
E
no capital próprio.
N
T
O Ou seja, verifica-se que o reconhecimento de um rendimento
S
ocorre em simultâneo com o reconhecimento de aumentos de
ativos ou com o reconhecimento de diminuições de passivos

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resultam de aumentos de ativos ou diminuições de


R
passivos (ou mesmo uma combinação dos dois),
E RÉDITO S
durante um período, como consequência da atividade
N
principal da empresa
D
I
M
E aumentos no património líquido, enquanto resultado de
N
operações periféricas à atividade da empresa ou por
T
acontecimentos acidentais, ou por outras
O GANHOS
circunstâncias, referenciadas a um determinado
S
período de tempo, exceto as que resultam de
contribuições dos detentores do capital

53

D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de gastos:

O custo das mercadorias vendidas é um gasto porque é uma


diminuição de benefícios económicos futuros na forma de utilização
de ativos (inventários) que resulta numa diminuição do capital
próprio.

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D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de gastos:

A depreciação de ativos é um gasto porque é uma diminuição de


benefícios económicos futuros na forma de redução de ativos
(ativos fixos tangíveis) que resulta numa diminuição do capital
próprio.

55

D ef i n i ç ão d os e l ementos d a s d e monst raç ões f i na nce i ras

Exemplo: conceito de gastos:

O consumo de energia elétrica a pagar é um gasto porque é uma


diminuição de benefícios económicos futuros na forma de
contração de um passivo (contas a pagar) que resulta numa
diminuição do capital próprio.

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R e c o n h e c i m e n t o e m e n s u ra ç ã o d o s e l e m e n t o s d a s d e m o n s t r a ç õ e s
f inanceiras

 re co n h e c i m e nt o é o pro ce s s o de i n co r po ra r, na s
d e m o ns tra çõ e s f i na n ce i ra s u m at i vo, u m p a s s i vo, um
re n d i m e nto, o u u m ga sto ;

 m e n s u ra ç ã o é o p ro ce s so d e d e te r m i na r a s q ua nt i a s
m o net á r i a s pe l a s q ua i s u m a t i vo, p a ss i vo, re n d i m e nto, o u
ga sto dev e m s e r re co n h e ci do s e i ns cr i to s n a s d e m o n st ra çõ e s
f i n a n c ei ra s .

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Reconhecimento e mensuração dos elementos das demonstrações


f i n a n c e i ra s

Um ativo é reconhecido no balanço:

 quando for provável que os benefícios económicos futuros fluam para a


entidade; e

 o ativo tenha um custo ou um valor que possa ser mensurado com


fiabilidade.

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Reconhecimento e mensuração dos elementos das demonstrações


f i n a n c e i ra s

Um passivo é reconhecido no balanço:

 quando for provável que um exf luxo de recursos incorporando


benefícios económicos resulte da liquidação de uma
obrigação presente; e

a quantia da liquidação possa ser quantificada com


fiabilidade.

59

Reconhecimento e mensuração dos elementos das demonstrações


f i n a n c e i ra s
O s g a s t o s s ã o r e c o n h e c i d o s n a d e m o n s t ra ç ã o d o s r e s u l t a d o s :

 quando tenha surgido uma diminuição dos benefícios económicos


f u t u ro s , r e l a c i o n a d a c o m u m a d i m i n u i ç ã o n u m a t i v o o u c o m u m
aumento do passivo; e

 possam ser quantificados com fiabilidade.

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Reconhecimento e mensuração dos elementos das demonstrações


f i n a n c e i ra s

U m re n d i m e n t o é re c o n h e c i d o n a d e m o n s t r a ç ã o d o s re s u l t a d o s :

 quando tenha surgido um aumento de benefícios económicos


relacionados com um aumento num ativo ou com uma diminuição de um
passivo;
 possa ser quantificado com fiabilidade

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R e c o n h e c i m e n t o e m e n s u ra ç ã o d o s e l e m e n t o s d a s d e m o n s t r a ç õ e s
f inanceiras

s ã o u t i l i z a d a s d i fe r e n t e s b a s e s d e m e n s u ra ç ã o :

C u s t o h i s t ó r i c o
Va l o r r e a l i z á v e l ( d e l i q u i d a ç ã o ) : é o p r e ç o d e v e n d a e s t i m a d o m e n o s
os custos estimados de acabamento e os custos estimados necessários
para efetuar a venda
J u s t o v a l o r ( é a q u a n t i a p e l a q u a l u m a t i v o p o d e s e r t r o c a d o o u u m
p assivo liqu idad o, entre p artes conh ecedores e d ispostas a isso, numa
transação em que não exista relacionamento entre elas)
...

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R e c o n h e c i m e n t o e m e n s u ra ç ã o d o s e l e m e n t o s d a s d e m o n s t r a ç õ e s
f inanceiras

A b a s e d e m e n s u r a çã o ge ra l me nte a d o t a d a é o c u st o h i s tó r i co .

63

C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Pa ra q ue a s de m o ns tra çõ e s f i na n c e i ra s p o ss a m se r co r reta m e nte


p e rc e b i da s e u ti l i za da s , d eve rã o s e r efe tu a d a s d e a co rd o co m
u m co n j u nt o d e ca r a c te r í st i ca s

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Compreensibilidade

Relevância

Fiabilidade

Comparabilidade

65

C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

C o m p r ee n s i b i l i d a d e

A i nfo r m a çã o d e ve se r co m p re e n d i d a ra p i da m e nt e p el o s u te nte s
d a i nfo r m a çã o f i n a n c e i ra .

P r e ss u põ e - s e q ue o s u te nte s tê m u m ra zo áve l co n h e ci me nto d a


a t i v i d a d e e c o n ó m i ca e d a co nt a b i l i d a d e

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Re l e vâ n c i a

A i nfo r m a çã o é re l e va nte q u a n d o i nf l u e n c i a a s d e ci s õ e s d o s
u t e nte s e ajuda-os a ava l i a r os a co nte ci m e nto s pa s sa d o s ,
p r e s e nte s o u f ut u ro s o u a co nf i r m a r, o u a co r r i g i r, a s s u a s
ava l i a çõ e s p a s s a d a s

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

A re l e vâ n c i a d a i nfo r m a çã o é a fe t a d a p e l a s u a :

N a t u reza
M a te r i a l i d a d e
O p o r t u n i d a d e

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

A informação é M AT E R I A L se a sua omissão ou i n e xa t i d ã o


i n f l u e n c i a r e m a s d e c i s õ e s e c o n ó m i c a s d o s u te n t e s t o m a d a s c o m b a s e
n a s d e m o n st r a ç õ e s f i n a n c e i ra s
E xe m p l o :
Uma empresa de aluguer de automóveis possui uma frota de 500
a u t o m ó v e i s n o v a l o r d e 8 0 0 0 0 0 0 € . E m 2 0 1 1 fo i o m i t i d a d a s
demonstrações financeiras, por lapso, uma viatura adquirida
recentemente, por 10 000 €. Apresentou-se no balanço a quantia de
viaturas por7 990 000€
S e rá e s t a o m i s s ã o m ate r i a l m e nt e re l e va n t e ?

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Re s p o st a :

O e r ro ve r i f i ca do é p o u co si g ni f i ca t i vo fa c e à q ua n ti a g l o ba l da s
v i a t u ra s. N ã o se rá ma te r i a l m en te r e l eva nt e po r qu e nã o i rá , po r
c e r to, o r i g i n a r u m a o p i ni ã o di fe re nte d a q u e s e r i a s e n o ba l a n ço
co n s t a s s e u m va l o r d e 8 0 0 0 0 0 0 €

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

E xe m p l o :

A d m i ta - s e q u e n o a no s eg ui n te e ss a e m pr e sa , p o r l a ps o, n ã o
e vi de n ci o u na s d e m o n st ra çõ e s f i na n c e i ra s di ve rsa s v i at ura s co m
u m va l o r g l o b a l d e 1 0 0 0 0 0 0 €

S e rá e s t a o m i s s ã o m a t e r i a l me nte r e l eva nte ?

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C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Resposta:

N e s ta s i t u a çã o a s d e m o n stra çõ e s f i na n c e i ra s a p re s e nta m u m at i vo
s i g ni f i cat i va m e nte i nfer i o r a o efe t i va m e nte d e ti d o . A i nfo r m a çã o é
m ate r i a l m e nt e re l e va nte p a ra o s s e us u t i l i za do re s, p o rq ue i n di ca
q u e a e n ti da de p o s s u i re c urso s mu i to i nfe r i o re s a o s r e a i s , o q u e é
s u s c e t í ve l d e a fe ta r u m a d e c i s ã o t o m a d a co m b a s e n e s s e s a t i v o s

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Em síntese

A i nfor mação é ma teri al se a sua om i ssã o ou i nexati dã o


i nfl uenci are m a s deci sõe s dos u tentes toma d a s com b a se
nas demonstraçõ es fina ncei ras.

U M A I N F O R M A Ç Ã O M AT E R I A L É S E M P R E R E L E VA N T E

73

C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

A informação é OPORTUNA quando está disponível no momento em que o


utilizador necessita dela para tomar as suas decisões

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18/11/2021

C a ra c t e r í s t i c a s q u a l i t a t i v a s d a i n f o r m a ç ã o f i n a n c e i ra

Fiabilidade:

Para ser útil e d igna d e confiança a informação deve ser fiáve l, isto é, isenta de
erros materiais e preconceitos. Para isso, a informação deverá apresentar
as seguintes características

1. Representação fidedigna

2. Substância sobre a fo rma


3. Neutralidade

4. Prudência

5. Plenitude

75

Representação fidedigna:

A info rmação finan ce ira deve re pre se ntar d e forma f ie l as op eraçõ es e


out ro s aconte cimento s que , preten de representar e que se e spe ra que
represente

A imp o ssibilidad e d e me n su rar co m f iab ilid ade u m d ete rminad o ite m


imp e de o se u re co nh ecime nto n as d e mo nstrações f in anceiras.

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18/11/2021

Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

N o e xe m p l o d a e m p r e s a d e a l u g u e r d e a u t o m ó v e i s r e fe r i m o s q u e o v a l o r
da frota não foi d i v u l ga d o pela quantia certa. Este erro nas
d emonst raçõ es f inanceiras me smo não se ndo mate rialmente relevante
i m p e d e q u e a i n f o r m a ç ã o d i v u l ga d a r e p r e s e n t e d e f o r m a f i d e d i g n a a s
operações da empresa

77

Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Substância sobre a forma

Os aconte cimento s e as tran saçõ es de ve m se r contab ilizados de acordo


com a sua substân cia e realidad e e conómica e n ão me rame nte de acordo
com a sua forma legal.

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Exemplo:

A emp resa Gama, Lda exp lora uma empresa d e aluguer d e automóveis e
adquiriu 300 viaturas em regime de lo cação fin an ceira (le asing). D e
acordo com o contrato a e mpre sa p aga mensalmente u ma renda, su porta
o s encargos de manute nção, con ser vação e segu ro s associados. No fin al
do contrato a prop rie dad e legal das viaturas será tran sferida para a
empresa, mediante o pagamento de um valor simbólico de 10 000 €.

Ap esar d as viaturas não serem de p rop rie dad e da e mpresa, ela re conh e ce-
as no ativo, porque utiliza-as com o objetivo de obter benefícios
económicos futuros e suporta todos os riscos inerentes à sua utilização.

A substância económica da operação sobrepõe-se à forma le gal


(propriedade jurídica dos bens)
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Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Neutralidade

Para ser fiável, a info rmação tem que ser livre de p re conce itos, isto é, não
pode ser efetuada de acordo com juízos prévios a fim de atingir um
resultado ou efeito predeterminado.

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18/11/2021

Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Exemplo:

Uma empresa levantou um p ro ce sso d iscip lin ar a um fu ncionário e


despediu-o sem qualquer indemnização. O funcionário recorreu ao
tribunal de trabalho e exigiu uma indemnização de 50 000€.

A e m p r e s a c o n s i d e r a q u e v a i ga n h a r a a ç ã o , a i n d a q u e o s e u a d v o g a d o s e j a
d e opini ão contrár ia . Assim , a infor ma ção fi nan ce ira di vul gad a não
reflete o risco potencial relativo à indemnização.

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Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

A e m p re s a fa z p re va l e c e r a s ua o p i ni ã o fa ce à do a d vo ga do
( e s p e ci a l i st a n a m até r i a ) , a s si m a s d e mo n st ra çõ e s f i n a n cei ra s
d i v ul ga d a s nã o sã o n e u tra s , j á q u e ref l ete m u m a o p i ni ã o
( g e rê n c i a ) n ã o f u n d a m e n ta d a .

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Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Prudência
É a inclusão de um grau de precaução no e xe r c í c i o dos juízos
necessários à elaboração de estimativas em condições de incerteza, de
forma que os ativos ou os rendimentos não sejam sobreavaliados e os
passivos ou os gastos não sejam subavaliados

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Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Exemplo:
A empresa Alve s Santos Ld a vend eu mercado rias ao clie nte Ramiro Lda.
no valor de 15 000€. A dívida deveria ter sido liquidado em maio do
ano 2011.
Em dezemb ro desse an o, o cliente ainda não pagou e face às
dificuldades financeiras que atravessa a empresa está convicta de que
n ão co n se guirá re ce b e r o valo r e m d ívid a.

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18/11/2021

Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Exemplo:
Fa ce a e sta situa ção a empre sa de ve rá ante cip ar o ga sto qu e e spe ra vi r
a i n c o r r e r. E s t e p r o c e d i m e n t o r e f l e t e u m a a t i t u d e p r u d e n t e e i m p e d e a
distribuição de resultados, que não se irão realizar se efetivamente o
cliente não liquidar a sua dívida.

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Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Plenitude
A informação contid a nas demo nstraçõ es fin an ce iras deve ser comp leta
t e n d o e m c o n t a a s u a m a t e r i a l i d a d e e o s c u s t o d e a o b t e r, u m a o m i s s ã o
p o d e to rnar a info rmação falsa o u e n ganadora e p o r isso n ão f iáve l

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18/11/2021

Caracte rísticas q u alitativas d a info rmação f in anceira

Comparabilidade:
A co m pa rab ilid ad e de ve pe rmi t ir a co mp ara ção da s de m o n st raçõ e s f ina nc e i ras
de uma em pre sa ao lo ngo do tem po e e ntre di fere ntes empre sa s num
determinado ano.

Pa ra que exi sta co m p ara b il id ad e as e nt i dad e s tê m q u e s e r co nsi ste nt e s na


utilização de políticas co ntabilísticas

Mas a comparabilidade não deve ser co nfundida com uniformidade, pe lo que


não se deve tornar num im pedimento à introdução de políticas
co nt ab ilí sti cas m e l h o rad as .

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Síntese:
• Co mpreensibilidade

• Relevância

• Fiabilidade

Representação fidedigna

Substância sobre a form a

prudência

Plenitude

• Co mparabilidade

Consistência

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Síntese:
O o bjetivo glo bal é que a info rmação co ntabilística apre sente to das as
características referidas

M as, po de ser nec essário fazer prevalecer um a carac terísticas em det rimento
de o ut ra

O u se ja, d iv ul ga r i nfo rm a ção com pl eta em tem po ú til po derá não s er pos sível e
cabe ao profissional de contabilidade optar entre di vu l ga r informação
incompleta ou aguardar por ter toda a informação, mas correr o risco de a
divulgar quando ela já não é oportuna.

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Restrições às características qualitativas

Limitações à divulgação de informação relevante e fiável

Tempestividade

Relação entre benefício e custo

Comparação entre as características qualitativas

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Te m p e st i v i d a d e :
ESTRUTURA CONCEPTUAL

A i n f o r m a ç ã o p o d e p e r d e r a r e l e v â n c i a s e f o r d i v u l g a d a c o m a t r a s o

n ã o s e n d o p o s s í v e l o b t e r a m á x i m a f i a b i l i d a d e é p r e f e r í v e l q u e a
informação seja apresentada em tempo oportuno

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Re l a ç ã o e n t r e b e n ef í c i o e c u s t o :
ESTRUTURA CONCEPTUAL

O c u s t o d a d i v u l ga ç ã o d e u m a d e t e r m i n a d a i n f o r m a ç ã o n ã o d e v e s e r
superior ao benefício que a mesma proporciona aos seus utilizadores

Tr a t a - s e , s e m d ú v i d a , d e u m c o n c e i t o m u i t o s u b j e t i v o .

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18/11/2021

C o m p a raç ão e n t re a s c a ra c t e r í st i c a s q u a l i t at i va s
ESTRUTURA CONCEPTUAL

Esta comparação é muitas veze s ne cessária, sendo a impo rtância relat iva
das características qualitativas uma questão de julgamento profissional

93

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