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Geometria Analítica (Vol. 3, Cap.1)
Geometria Analítica (Vol. 3, Cap.1)
CAPÍTULO 1
3−2
1. A inclinação da reta r é a = = 1/3. Como ela passsa pelo ponto (4, 2), sua
7−4
1 x 2
equação é y = 2 + (x − 4), ou y = + , ou ainda x − 3y = −2. Portanto:
3 3 3
a) O ponto (16, k) pertence a r se, e somente se, 16 − 3k = −2, isto é, 3k = 18,
donde k = 6.
1997 + 2 2
b) O ponto de r com abcissa 1997 tem ordenada y = = 665 , logo o
3 3
ponto (1997, 666) está acima de r.
0−b
2. A inclinação desssa reta é = −b/a. Ela passa pelo ponto (a, 0). Logo, sua
a−0
b b
equação é y = 0 − (x − a) = − x + b, ou então bx + ay = ab. Usualmente, esta
a x a y
equação é escrita sob a forma + = 1. Evidentemente, estamos supondo a = 0
a b
e b = 0. Se um destes dois números é zero, a reta coincide com um dos eixos. Se
ambos forem zero, qualquer reta que passe pela origem resolve o problema.
1 1 1
3. As coordenadas do ponto P = (x, y) são x = 1− a+ b e y = 1− a+
3 3 3
1
b , ou seja, x = (2a + b)/3 e y = (2a + b )/3.
3
4. Sejam A = (a, a ), B = (b, b ) e C = (c, c ) os vértices do triângulo e M =
b+c b +c
, o ponto médio do lado BC. O ponto P da mediana AM tal
2 2
1 b+c 1 a+b+c
que d(P, M )/d(A, M ) = 1/3 tem coordenadas 1 − + a =
3 2 3 3
1 b +c 1 a +b +c a+b+c a +b +c
e 1− + a = , logo P = , . Se cal-
3 2 3 3 3 3
cularmos as coordenadas dos pontos das outras medianas que as dividem na mesma
1
razão encontraremos que esses pontos coincidem com P . Logo P está nas 3 media-
nas.
6. Escolhendo os eixos de modo que A = (0, 0) e B = (b, 0), os outros dois vértices
do paralelogramo ABCD são C = (c, c ) e D = (d, c ). Como AD e BC têm a mesma
inclinação, temos c /d = c /(c − b), donde c = b + d. As coordenadas do ponto médio
da diagonal AC são c/2 e c /2, enquanto as da diagonal BD são (b + d)/2 e c /2.
Logo esses pontos médios coincidem.
Reciprocamente, se os pontos médios das diagonais coincidem então c = b + d e
c = d , logo o segmento CD é horizontal (portanto paralelo a AB) e, como c−b = d,
BC e AD têm inclinações iguais, portanto são paralelos e o quadrilátero ABCD é
um paralelogramo.
2
9. Dado o quadrilátero ABCD, com A = (a, a ), B = (b, b ), C = (c, c ) e D = (d, d ),
sejam M , N , P , Q respectivamente os pontos médios dos lados AB, BC, CD e DA.
As diagonais do quadrilátero M NP Q são os segmentos M P e NQ, cujos pontos
a+b+c+d a +b +c +d
médios concidem pois suas coordenadas são , · Logo
2 2
M NP Q é um paralelogramo.
11. Um ponto P = (x, y) pertence ao lugar geométrico procurado se, e somente se,
(x − 1)2 + (y − 3)2 = (x − r)2 + (y − 1)2 . Simplificando, obtém-se 2x − y = −4,
portanto o lugar geométrico é uma reta.
14. Procedendo como acima, encontramos que a equação do lugar geométrico procu-
rado é (x + a)2 + y 2 − (x − a)2 − y 2 = k 2 , ou seja, 4ax = k 2 , ou ainda, x = k 2 /4a. O
3
lugar geométrico procurado é, portanto, uma reta perpendicular ao segmento AB.
O problema tem solução seja qual for o valor de k.
15. Sejam A = (5, 5) e B = (1, 7). Estes pontos estão sobre as retas y = x e y = 7x
√
respectivamente, ambos à distância 50 da origem 0. Logo o triângulo OAB é
isósceles e M = (3, 6), ponto médio do lado AB, é o pé da mediana OM , logo OM
é a bissetriz do ângulo AOB. Portanto a equação da bissetriz é y = 2x. Como o
ângulo AOB é agudo (contido no 1o¯ quadrante) ele é o menor ângulo formado pelas
duas retas dadas.
16. O lugar geométrico que se pede é a bissetriz do menor ângulo formado pelas
retas y = x e y = 1.
17. Temos A = (0, y) e B = (x, 0). Sem perda de generalidade, podemos supor
x y
que AB = 1, logo x2 + y 2 = 1. O ponto médio de AB é M = , . Portanto,
2 2
ao variar x e y (mantendo x2 + y 2 = 1), M descreve a circunferência de centro na
origem e raio 1/2.
2 x2 y 2 y2
18. Temos Q = (2, y) e P = (x, xy), logo OP = x2 + = x2 1 + e
4 4
2
2 2 2 y2
OQ = 4 + y 2 . Então OP · OQ = 4x2 1 + e a equação OP · OQ = 4
4
y2
se escreve, em termos de coordenadas, como x · 1+ = 2. Portanto o lugar
4
geométrico pedido é o gráfico da função x = 2/(1 + y 2 /4). Ele é uma curva que se
estende verticalmente. Para y < 0, x é uma função crescente de y, com máximo
igual a 2 para y = 0 e decrescente se y > 0. O eixo vertical é uma assı́ntota, tanto
quando y → −∞ como para y → +∞.
19. Se P = (x, y) então Q = (x/3, y/3). Como Q pertence à reta r, temos a(x/3) +
b(y/3) = c, donde ax + by = 3c. Esta é a equação do lugar geométrico dos pontos
P , o qual é, portanto, uma reta paralela a r.
4
2 5
20. Para que as retas dadas sejam paralelas, devemos ter = , donde k = 7, 5.
3 k
21. As retas 2x + 3y = 8 e 4x + 7y = 18 têm em comum o ponto (1, 2) pois x = 1,
y = 2 é a solução do sistema formado pelas equações que as representam. A fim de
que a reta 5x + my = 3 contenha o ponto (1, 2), deve ser 5 · 1 + m · 2 = 3, donde
m = −1.
0−4 1+3 0+4
22. A inclinação de AB é = −2. O ponto médio de AB é M = , =
3−1 2 2
(2, 2). A mediatriz de AB é a reta perpendicular a AB (portanto de inclinação 1/2)
1 1
passando por M. Sua equação é y = 2 + (x − 2), ou seja, y = x + 1.
2 2
23. O ponto procurado é a interseção da reta x + 3y = −15 com a mediatriz do
1
segmento AB. Ora, a equação da mediatriz é y = x + 1, como vimos acima.
2
Resolvendo o sistema formado por estas duas equações obtemos x = −36/5 e y =
−13/5. Estas são as coordenadas do ponto procurado.
5
α = AM B.)
27. Sejam A = (2, 3), B = (3, 1) e C = (9, y). Quer-se determinar o quarto vértice
−→ −→
D do retângulo ABCD. Temos u = BA = (−1, 2) e v = BC = (6, y − 1). Como
u, v = (−1) · 6 + 2(y − 1) = 0, concluı́mos que y = 4, logo v = (6, 3). Assim
u + v = (5, 5) e D = B + u + v = (8, 6).
6
direta mostra que, para todo valor real de m, o ponto P = (−1, 2) pertence à reta
mx + (m − 1)y + 2 − m = 0.
36. As inclinação a e a são as tangentes dos ângulos que o eixo OX forma com as
retas dadas e θ é a diferença entre esses ângulos, ou o suplemento dessa diferença,
(o que for agudo entre estes dois). Logo tg θ = |(a − a )/(1 + aa )| de acordo com a
conhecida fórmula da tangente da diferença.
7
37. Pelo exercı́cio anterior, com a = 1 e a = 1/3, temos tg θ = 1/2.
39. As retas procuradas passam pelo ponto (7, 4) e não são verticais, logo suas
equações são da forma y = 4 + m(x − 7), ou seja, mx − y = 7m − 4. O ângulo que
m+3
uma delas forma com a reta x − 3y = 0 tem cosseno igual a ± √ √ · Como
√ 10 1 + m2
◦
√ m+3 2 m2 + 6m + 9 1
cos 45 = 2/2, devemos ter √ √ =± donde 2
= , ou
10 1 + m 2 2 10 + 10m 2
seja, 2m2 − 3m − 2 = 0. Esta equação nos dá m = 2 ou m = −1/2. Portanto as
retas procuradas são y = 2x − 10 e x + 2y = 15.
40. Os pontos da reta dada têm coordenadas (x, 2x). Sejam A = (1, 0), B =
1
(3, 1) e C = (x, 2x). A área do triângulo ABC é igual ao valor absoluto de ·
2
x − 1 2x
det = 1 (3x + 1). Portanto, devemos ter 3x + 1 = 10 ou −3x − 1 = 10.
2 1 2
Assim, x = 3 ou x = −11/3. Os pontos procurados são, por conseguinte P1 = (3, 6)
ou P2 = (−11/3, −22/3).
41. Sejam A = (−3, 0), B = (2, 0) e C = (0, 6). O ortocentro do triângulo ABC é
a interseção das 3 alturas. Uma delas é o eixo OY . Outra é a reta AD, que passa
por A e é perpendicular a BC. Como a inclinação de BC é −3, a inclinação de AD
1
é 1/3, logo sua equação é y = (x + 3), ou seja, x − 3y = −1. Sua interseção com
3
a altura OY é o ponto em que x = 0, ou seja, −3y = −1, o que nos dá y = 1/3.
Portanto o ortocentro de ABC é o ponto (0, 1/3).
√ 2
42. Completando os quadrados, a equação dada se escreve como (x − m) +
8
(y − 6)2 = 36 − 2m. Portanto devemos ter 36 − 2m > 0, ou seja m < 18. Como
√
ocorre m entre os dados da questão, deve ser também m ≥ 0. Assim, a resposta
é 0 ≤ m < 12.
43. Sejam A = (10, 7), B = (2, −9), C = (−4, 9). O centro da circunferência que
contém os pontos A, B e C é a interseção das mediatrizes AB e AC. Ora, a mediatriz
de A tem equação x + 2y = 4 e a equação da mediatriz de AC é 7x − y = 13. A
interseção das duas mediatrizes é o ponto P = (2, 1). O raio da circunferência é a
distância de P a qualquer dos pontos A, B ou C, logo é AD. A equação pedida é,
portanto (x − 2)2 + (y − 1)2 = 100.
9
x + 36 = 0. Se y = kx é tangente, esta equação tem uma só raiz real, o que significa
256k 2 = 144, donde k = ±3/4.
10
Logo a potência de todos os pontos (x0 , y), y ∈ R, é a mesma em relação a
qualquer das duas circunferências.
50. Seja Q o ponto em que a tangente de origem P toca a circunferência Γ, que tem
centro A e raio R. O triângulo AP Q é retângulo em Q, logo d(A, P )2 = d(P, Q)2 +R2
e daı́ d(P, Q)2 = d(A, P )2 − R2 = potência do ponto P em relação à circunferência
Γ.
51. Sejam u = (a1 , a2 ) e v = (b1 , b2 ) os vetores que têm os números dados como
coordenadas. Se um deles for zero, a desigualdade proposta é óbvia. Caso contrário,
seja α o ângulo entre u e v. Então |a1 b1 + a2 b2 | = | u, v | = |u| |v| | cos α| ≤ |u| |v| =
(a21 + a22 )(g12 + b22 ). Tem-se igualdade se, e somente se, cos α = ±1, o que significa
que os vetores u, v são múltiplos um do outro, isto é, v = tu, ou seja a1 = tb1 ,
a2 = tb2 para algum t real.
pois o ponto P está abaixo da reta BC. Resolvendo a equação d(P, BC) = x,
√
obtém-se x = bc/(b + c + b2 + c2 ).
53. Isto é óbvio geometricamente, pois o ângulo entre as duas bissetrizes é a soma
das metades de dois ângulos suplementares.
54. (No enunciado do exercı́cio, suprimir “e” na penúltima linha.) Sabemos que
a área do paralelogramo é o produto da base pela altura. A base é |u|e, se θ é o
11
ângulo entre os vetores u e v, a altura e|v| sen θ. Portanto
A2 = |u|2 · |v|2 · sen2 θ = |u|2 · |v|2 (1 − cos2 θ) = |u|2 |v|2 − |u|2 · |v|2 cos cos2 θ =
= |u|2 |v|2 − u, v 2 .
12
A Matemática do Ensino Médio, volume 3
CAPÍTULO 2
13
6. Temos AB = {(1+2t, 2−3t, 3+t); t ∈ R} e CD = {(2+s, 3−2s, −1+4s); t ∈ R}.
Num ponto comum a essas duas retas, deverı́amos ter 1 + 2t = 2 + s, 2 − 3t = 3 − 2s
e 3 + t = −1 + 4s. Mas estas 3 equações são incompatı́veis. Logo AB e CD não têm
pontos em comum. Do mesmo modo, vê-se que nenhum dos pares de retas AC e
BD, AD e BC tem ponto em comum. Portanto os pontos A, B, C e D não podem
estar no mesmo plano, logo as retas AB e CD também não, isto é, são reversas.
14
10. (a) Se um dos vetores é zero, eles são sempre ortogonais. Se ambos são não-nulos,
−→ −→
fixando um ponto A no espaço existem B = A e C = A tais que v = AB e w = AC.
Então v e w são ortogonais quando os segmentos AB = AC são perpendiculares.
(b) Diz-se que o vetor v é ortogonal à reta r quando, para quaisquer pontos
−→
A, B ∈ r, os vetores v e AB são ortogonais.
(c) Analogamente, o vetor v é ortogonal ao plano Π quando, para quaisquer dois
−→
pontos A, B ∈ Π, v é ortogonal ao vetor AB.
−→
11. Primeiro deixemos explı́cito o significado de λ · v. Seja v = AB. Se λ = 0, então
−→
λ · v = 0. Se λ > 0 então λ · v = AE onde E pertence à reta AB, B e E estão do
−→
mesmo lado em relação a A e d(E, A) = λ · d(B, A). Se λ < 0, λ · v = AF , onde
F pertence à reta AB, A está entre B e F , e d(F, A) = −λ · d(B, A). Portanto,
−→
o vetor w = CD é da forma λ · v para algum λ se, e somente se, o segmento de
reta orientado CD é equipolente a AE ou a AF , logo AB e CD são paralelos ou
colineares.
−→ −→
12. Sejam u = AB = (2, −3, 1) e v = CD = (1, −2, 4). As retas r e s, que se cortam
no ponto C, formam dois ângulos suplementares, θ e π −θ. O maior deles é o obtuso,
que portanto tem cosseno negativo. Temos u, v = 2 · 1 + (−3)(−2) + 1 · 4 = 12,
√ √
|u| = 14 e |v| = 21. Sabemos que u, v = |u|·|v|·cos θ, logo cos θ = u, v |u|·|v|.
√
Portanto cos θ = 12/7 6. Assim, o ângulo θ, entre os vetores u e v, é agudo e daı́
o maior ângulo entre as retas r e s mede π − θ radianos e seu cosseno é igual a
√
−12/7 6. Olhando a calculadora, vemos que esse ângulo mede 134◦ 24 36 .
15
sobre cada um dos planos Πxy , Πxz e Πyz são colineares, ou seja, v e w são colineares.
16
2a 2b a2 + b2 − 1
portanto t = 2/(a2 + b2 + 1). Assim, P = , , .
a2 + b2 + 1 a2 + b2 + 1 a2 + b2 + 1
17. Na equação do plano, podemos multiplicar todos os coeficientes por um fator
constante. Se o plano não passa pela origem, sua equação pode, portanto, ser escrita
sob a forma mx + ny + pz = 1. Impondo as condições de que as coordenadas dos
pontos (a, 0, 0), (0, b, 0) e (0, 0, c) satisfazem esta equação, obtemos sucessivamente
ma = 1, nb = 1, pc = 1, logo m = 1/a, n = 1/b e p = 1/c e a equação procurada é
x y z
+ + = 1.
a b c
18. A fim de que uma reta seja perpendicular a um plano, basta que ela seja
ortogonal a dois segmentos de reta não paralelos contidos nesse plano. Seja P =
−→ −→
(x, y, z). Temos AB = (0, 1, 1) e AC = (−2, 1, −1) não-colineares. A fim de que
−→ −→ −→ −→ −→
OP = (x, y, z) seja ortogonal a AB e AC, deve ser 0 = P P , AB = y + z e
−→ −→
0 = OP , AC = −2x + y − z. O sistema y + z = 0, −2x + y − z = 0 admite a
solução geral P = (x, x, −x). Em particular, P = (1, 1, −1) responde ao que foi
pedido. A equação do plano é, portanto x + y − z = d. Para determinar d, usa-se o
fato de que A = (1, 1, 2) pertence a esse plano, o que nos dá d = 0. Logo, a resposta
é xy − z = 0.
m + n + 2p = q
m + 2n + 3p = q
−m + 2n + p = q.
17
Por escalonamento, este sistema é equivalente a
m + n + 2p = q
n+p=0
0 = 2q.
23. Tome um sistema de coordenadas no qual se tenha A = (0, 0, 0), B = (1, 0, 0),
C = (0, 1, 0), D = (0, 0, 1) e A = (1, 1, 1).
−→ −→ −→ −→
a) Temos BC = (−1, 1, 0), BD = (−1, 0, 1) e AA = (1, 1, 1). Portanto AA , BC =
−→ −→
AA , BD = 0. Então AA é ortogonal aos segmentos BC e BD do plano (BCD),
logo é perpendicular a esse plano.
−→
b) O baricentro do triângulo BCD é o ponto P , extremidade do vetor AP =
1 −→ −→ −→
(AB + AC + AD). (Lembre que A é a origem do sistema de coordenadas.) Em
3
−→ 1 −→
termos de coordenadas, temos P = (1/3, 1/3, 1/3), logo AP = AA . Assim, P
3
18
pertence tanto ao plano (BCD) como ao segmento AA , logo é a interseção de
(BCD) com AA .
Nota: Acima, estamos admitindo a aresta do cubo como unidade de compri-
mento.
24. Tomemos o cubo de aresta 1, contendo os vértices A = (0, 0, 0), B = (1, 0, 0),
D = (0, 1, 0), E = (0, 0, 1), C = (1, 1, 0), F = (1, 0, 1) e mais 3 que não vêm ao caso.
−→ −→
Consideremos as diagonais CE e DF . Temos CE = (−1, −1, 1) e DF = (1, −1, 1),
−→ −→ −→ −→ √
portanto CE, DF = 1 e |CE| = |DF | = 3. Se chamarmos de θ o ângulo entre
−→ −→ −→ −→
esses dois vetores teremos CE, DF = |CE| · |DF | · cos θ portanto cos θ = 1/3.
26. Basta tomar os 6 pontos (±1, 0, 0), (0, ±1, 0) e (0, 0, ±1).
28. O vetor v = (1, 2, −1) é ortogonal ao plano Π, dado pela equação x +2y − z = 5,
logo a reta r, formada pelos pontos A + tv, t ∈ R, é perpendicular a esse plano. A
interseção de r com Π é o ponto P = (3 + t, 7 + 2t, −t) = A + tv cujas coordenadas
satisfazem a equação de Π, ou seja, 3 + t + 2(7 + 2t) − (−t) = 5, o que dá t = −2,
19
portanto P = (1, 3, 2). O simétrico do ponto A em relação ao plano Π é o ponto
x+3 y+7
A = (x, y, z) tal que P é o ponto médio de AA . Então deve ser = 1, =3
2 2
z+0
e = 2, ou seja, x = −1, y = −1 e z = 4. Assim, o simétrico de A = (3, 7, 0)
2
em relação ao plano x + 2y − z = 5 é o ponto A = (−1, −1, 4).
20
d) Por conveniência, escrevamos a equação do plano (EBC) sob a forma ax +
√ √ √
by + cz = 3 2. Como os pontos E = (0, 0, 4), B = (0, 3 2, 0) e C = (−3 2, 0, 0)
√
pertencem a esse plano, concluı́mos que a = −1, b = 1 e c = 3/(4 2), logo a
3 √
equação do plano (EBC) é −x + y + √ z = 3 2. O plano (EBC) é paralelo à
4 2
reta AD pois contém a reta BC, que é paralela a AD. Logo, a distância de qualquer
√
ponto de AD ao plano (EBC) é a mesma. Tomemos o ponto A = (3 2, 0, 0).
Aplicando diretamente a fórmula da distância de um ponto a um plano, obtemos
d(A, (EBC)) = 24/5.
21
x = t como parâmetro obtemos a reta r, portanto r é a interseção de Π1 com Π1/3 .
Uma substituição direta mostra que r está contida em todos os planos Πk , k ∈ R.
Mostraremos agora que, reciprocamente, todo plano Π, de equação ax + by + cz = d,
que contenha a reta r, é da forma Π = Πk para algum k, desde que Π não seja o
plano Π de equação 2x + y − 3z = 0. Com efeito, como r ⊂ Π, o vetor w = (a, b, c) é
ortogonal a r. Também são ortogonais a r os vetores u = (1, −1, 1) e v = (2, 1, −3)
pois os planos Π0 , de equação x−y +z = 1, e Π , de equação 2x+y −3z = 0, contêm
a reta r. Segue-se que w, u e v são coplanares e (como u e v não são colineares)
1
tem-se então w = αu + βv. Se for α = 0 poderemos escrever · w = u + kv,
α
com k = β/α e então o plano Π, cuja equação pode também ser escrita na forma
a b c d
x + y + z = , será igual a Πk , com k = β/α. Ora, α = 0 significa que o
α α α α
plano Π não coincide com Π . Isto completa a solução.
35. Lembremos que dois ou mais vetores se dizem linearmente dependentes quando
um deles é combinação linear dos demais. No plano Π que contém os 4 pontos dados,
tomemos um sistema de coordenadas no qual A = (0, 0). Então as coordenadas dos
vetores u = (b, b ), v = (c, c ) e w = (d, d ) são as mesmas dos pontos B, C e D,
nesta ordem. Se os 4 pontos forem colineares, os vetores u, v e w serão múltiplos uns
dos outros, logo linearmente dependentes. Caso contrário, pelo menos dois desses
vetores, digamos u e v, serão não-colineares, o que significa que bc − cb = 0. Então
o sistema formado pelas equações bx + cy = d, b x + c y = d possui uma solução
(x, y), e isto quer dizer que w = xu + yv, ou seja, os vetores u, v e w são linearmente
dependentes.
Em seguida, consideremos 4 vetores v1 , v2 , v3 e v4 no espaço tridimensional.
Se três deles, digamos v1 , v2 , v3 , são coplanares então, como vimos acima, um
é combinação linear dos outros dois, por exemplo, v3 = α1 v1 + α2 v2 . Então v3 =
α1 v1 +α2 v2 +0·v4 e os 4 vetores dados são linearmente dependentes. Caso contrário,
22
podemos tomar no espaço um sistema de coordenadas no qual v1 = (a1 , 0, 0), v2 =
(a2 , b2 , 0) e v3 = (a3 , b3 , c3 ), com a1 = 0, b2 = 0 e c3 = 0. Seja v4 = (d1 , d2 , d3 ).
Podemos resolver (de cima para baixo) o sistema de equações
a1 x = d1
a2 x + b2 y = d2
a3 x + b3 y + c3 z = d3 ,
obtendo assim números x, y, z tais que v4 = xv1 + yv2 + zv3 , logo os vetores dados
são linearmente dependentes.
37. Nos 4 pontos de tangência, os raios da esfera inscrita no tetraedro são ortogonais
às suas faces, três das quais estão contidas nos planos coordenados e a quarta,
contendo os pontos (1, 0, 0), (0, 2, 0) e (0, 0, 1), é parte do plano 6x + 3y + 2z = 6.
Como esses raios têm o mesmo comprimento x, o centro da esfera é o ponto P =
(x, x, x), cuja distância ao plano 6x + 3y + 2z = 6 é igual a x. Pela fórmula da
|6x + 3x + 2x − 6|
distância de um ponto a um plano, temos √ = x, ou 11x − 6 = 7x,
36 + 9 + 4
o que nos dá x = 2/3. Esta é a medida do raio da esfera.
23
perpendicular baixada de O sobre Π. Tomando em Π dois pontos P e Q tais que O
−→ −→ −→
seja o ponto médio de P Q, terı́amos OP + OQ = OO∗ . Como O ∗ ∈
/ Π chegarı́amos
a uma contradição. Logo O ∈ Π.
39. Como o plano dado não contém a origem, sua equação pode ser escrita sob a
forma mx + ny + pz = 1. Levando em conta que os pontos (a, 0, 0), (0, b, 0) e (0, 0, c)
pertencem ao plano, temos ma = 1, nb = 1 e pc = 1, donde m = 1/a, n = 1/b e
x y z
p = 1/c, logo a equação procurada é + + = 1.
a b c
40. Considere dois pontos distintos A, B em X. Então a reta AB está contida em
X. Se X possuir algum ponto C fora de AB, seja Π o plano (ABC). Dado qualquer
ponto P ∈ Π, se a reta CP não for paralela a AB então P ∈ X pois, neste caso, CP
contém C e o ponto CP ∩ AB, logo CP ⊂ X. Assim, X contém todos os pontos
do plano Π salvo eventualmente aqueles que estão na reta r que passa por C e é
paralela a AB. Mas se Q é um ponto de r então, tomando pontos M e N em lados
opostos de r, no plano Π, de modo que Q ∈ M N, concluı́mos que Q ∈ X. Assim, X
contém o plano Π. Se, além disso, X contiver algum ponto D fora do plano Π, um
raciocı́nio inteiramente análogo ao anterior mostra que X contém todos os pontos
do espaço.
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