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Iridologia: revisao sistematica IRIDOLOGY: ASYSTEMATIC REVIEW IRIDOLOGIA: REVISION SISTEMICA Léla Fortes Salles’, Maria Jilia Paes da Silva? RESUMO ste estudo uma evisto de iteratura(ar- tiges} no periodo de 1970 a 2005 sobre ridlega/ rstlgnose, como objetivo de ‘dentfiar o nimero da procugsa cant ‘ca munoal nesta area eas opnides sobre ‘9 métado, foram encanrados 25 artigos endo quatro de autores braslleras, Quan 08 categoria, 1 era revisio bilgi, 12 pesquisa ¢ 12 stazagBes,hstéieos ‘ou eitoriats. 0s paises que mas contribu Fram com os estudos foam Basie Rissa Posilonam-se a favor do método 15 art- gos. 10 contra, Conlu-se que énocessé- Fe que sejam realados estudos com pes. {quis dene do rigor mtodelégico sobre essa prea, uma ver que eIneloga tae esperanca na rea preventva, DESCRITORES Indolog. Terapasaltematvs. Enfermagem. ABSTRACT ‘hisstudyisalterature review about il. ‘oeviisdlagnes inthe period rom 1970%0 2005. The objective was to identify the \woriwie scientific publications articles) in this field and the opinions abost the method, Twenty five ales were found, four of them rom Brasian authors. About the category, 1 was Iiterature review, 12 research tudes and 12 updates, Neto ‘alreviews or adore. The counts that have contributed more withthe studies were Braid Rusia, itsen ofthe are infovorof the method and 20 are against In conclusion, fis necessary to Sevelop more studies inside the methodelogial figs once idology brings hope preven: tive medicine. KEYWORDS. Iidoogr Alternative therapies Nursing OYSIARY Ad ODL RESUMEN xe estudio es ura revsién bogie far ties) durante el periodo de 19703 2005 on reason ala Filing, objeto fue identi aproduci den tea mural ene rea y concer el pare ‘cersabre i métedoFueronencontradoe 25 rclos, de ls evales cuatro de autores braslenis En cuanto ala categoria, fue de revstn bibogréia, 12 precuct de inves tigacionesy 12 sobre atalad hstrcay coral. os paises que mis conbuyeron on esti fueron Bray Rusia, Con rel ‘6 al parecer son favorable a tod 15 articles y 30 estin en contra. Conduyese fue es necesano eaizar ests con igor metodo, pues a idoogla beds es peranaas dentro al Sea prevent DESCRIPTORES Iridoiogta, Terapias aternativas. Enfereri, Conca de Se Paul oInetutoSrstero ge Estos Meroapatcos, S90 Fab SP, ral. ls sblosGusp.r « Enforava.Prossore Hub 6 ‘Stsaramero hui Grupo da Ena de Esfemegen Unveade d Sto Pave (E2USP) Seo Pav SF See. apap 596 SESS OM. Ser, INTRODUGAO © panorama da saiide em todo planeta é preocupante. ‘A megicina tradicional e os sistemas de sade no tem ‘conseguido suprir as necessidades das populagdes. Os sistemas de satide em geral s80 morosos e desprovidos de recursos Financeiros, humanos e materials. Os exames mais modernos e os melhores remédios sso inacessiveis para a maioria das pessoas. Cada ver mais as pessoas procuram alternativas que aliviem as suas dores, sem serem to caras e nem traze rem tantos efeitos colaterais. Flas esperam pelo olhar holistic, que a medicina tradicional jé no ter mais, uma ver que se tornou tao fragmentada pelas especaliza- ‘Bes, Pode-se constatar isso, na crescente busca por pro fssionals com formag#o em terapias complementares (Os motivas que mais levam os pacientes a buscar estas terapias so: a procura da promogio da saide e preven ‘o da doenca, por ser benéfica também para o emocio- nal e espiritual, porque a efetividade da medicina con- vencional é indeterminada ou comumente & associada a efeitos colateraise rscos, ou quando os re cursos tradicionais esgotaram para deter- minada condi¢So patolégica Muitos profissionais das dreas da sai de comecam a estudaralgum tipo de terapia 80 197, reconhece Enfermeiros especialistas em prét cas complementares & saide, desde que cumpridas as cexigéncias do Ministério ds EducagSo para os cursos de especializac3o™. £m 2004, a Prefeitura de Sao Paulo atra vés da Loi 13.717, dispée sobre a implementacio das Terapias Naturals na Secretaria Municipal de Saude, entre elas risdiagnose, 0 que reforga a crecibilidade nométeda”, Mas, ainda poucos sto 0s enfermeiros que se langam a estes estudos. Isto se deve ao tipo de formacdo recebida na graduaco pautada no modelo biomédico de assistén ia, e também ao tempo e aos recursos financeiros neces sérios para uma sélida formacdo nestas terapias” Alrisdiagnose é uma cincia que permite conhecer ate vés da {ris aspectos fisicos, emocionals e mentals co individuo. Quanto mais irregularidades aparecerem no sedoso tecido da iris, tanto menor a vitalidade, menor a resisténcia e mais longe se estara do bem estar. lrisdiag nose permite abordagem propedéutica, profilstica ¢ terapéutica e tem como principal objetivo detectar distrbios em evolucao e precocemente intervr para que tal disturbio no evolua para a doenca™. © maior trunfo da Irisdiagnose esté na pre Quem utiiza as terapias vencéo das doencas, uma ver que antes complementares defende que elas sejam mesmo do individuo apresentar sintomato- logta, & possivel ao iridologista detectar si: nais de comprometimentos e utlizar meios complementar para que possam, juntamen- _Ullizadas juntamente par, manter a homeostase do organismo, te com a sua drea de origer, melhorar a as- sisténcla prestada ao pacient de ensino superior lancam cursos nessas reas. Um dos grandes problemas que o professional de sade que se especializou em alguma terapia complementar en- frenta € a resisténcia dos seus pares, que esauecem que é sadio respeitar as ciferencas e que a dualidade reside no e ‘20 confronto no ou. Quem utiliza as terapias complemen tares defende que elas sejam utilzadas juntamente com a medina tradicional e no em substituiglo a mesma. 5 enfermeitos mostram-se maledveis em relagio 20 ‘assunto, Procuram conhecer as terapias em questdo, re- ‘comendarn-nas e até as utlizam em si prépris”. A malo- fia dos mécicos mais jovens reconhece as terapias com- plementares, mas debatem-se entre recomendésla oundo, uma ver que o Conselho Regional de Medicina nlo as re- conhece, excegdo feta & homeopatia e d acupuntura, cue também jd foram alvos de erticas dos proprios médicos, que agora Iutam para que elas sejam somente suas espe- calidades?, Em 1994, estudou-se a utllzagio das terapias com: plementares pelas enfermeiras brasileiras e concluiu- se que 0 ndimero de adeptos era pequeno, relacionanco- se 0 fato 2 falta de legsiago que autorizasse aos enfer meiros o seu uso!™, Em 1997, 0 COFEN através da Resolu- ‘com a medicina ‘Atendendoa tradicional e no em esta necessidade muitos estabelecimentos gubsttuigdo a mesma, evitando que ele adoega ‘Agnfermagem oferece servigos de sade due s3o orientados no sentido de provider Car cuidados que promover, proteger, re cuperam e reabilitam a saice. 0 enfermeiro busca conhe cimentos em muitas disciplinas; absorve delas as infor rmagGes de que precisa para 0 seu trabalho de cuidar do paciente"®, Para um enfermeiro especialista em Iridisdlagnose, a ‘odservasio e a andlse da iis deve fazer parte do exame clinio € 0 resultado nortear 0 processo de enfermager, pois conta com uma ferramenta a mais para conhecer © paciente/cliente! Existem pesqulsadores brasilelros que compartiinam desta opinigo!™. A Iridologia, mesmo sendo uma ciéncia ‘multidsciplinar e relativamente nova, nBo faz diagndst: 0, mas corrobora para a visio holistica do Ser. ‘Alnda estamos engatihhando, mas tudo leva eer que & Irdologi, associads @ queixa do paclente © a0 exams {isco aalars sobremaneza a Enfermagem a dzecionar ‘de uma maneira mais indviduatzada a abordagom 90 pack ‘onto, relherando a qualidade do monde ‘Autores também afirmam que a medicina preventiva a grande oportunidade de uma melhora do homem como espécie, pois 0s bons habitos geram saude, ¢ essa saide conquistada serd transmitida de geracio em geracio™ [A prevengio & a medicina do futuro e os gastos feitos, coma sadde tém maior retorno que aqueles feitos coma doenga. £ justamente na medicina preventiva que se en contra 9 segredo da boa saide, em todos seus aspectos, gerando a longevidade, melhores condigaes e qualidade de vida) © principal objetivo da Iridologia a prevenco. Ocor- re que as opinides sobre 0 método so divididas. Este ‘artigo tem o objetivo de levantar o que jé se esereveu sobre Iridologia/ Irisdiagnose em artigos cientificos e descrever as opiniées sobre o método, METODO, ‘Trate-se de um estudo deseritivo, exploratério e de abordagem quantitativa. Ele fot feito através de levanta mento bibligréfico, utilizando-se as seguintes bases de ddados: EMBASE, PubMed MEDLINE, LILACS, PeriEnf e no Banco de Dados Bibliogréficos da USP - DEDALUS. Os descritores utlizados para 2 localizaglo das referéncias, foram Iridologia (DCs), Iridology (MeSH). 0s critérios de incluso para andlise foram: + Tipo de publicacio: artigos em perisdicos. + Em qualquer idioma, porém com abstract em inglés, portugués, espanhol ou francés. * Ano de ublicaglo: periodo de 1970 a 2005. + Artigos com abstract 0s critérios de exclusio foram: + Artigos sem abstract ou com ele em outra lingua que ‘no inglés, portugues, espanhol ou francés. + Artigos que tratavam de vériasterapias complemen- tares, ndo especificamente de Iridologa, © motivo da exclusdo deste ultimo item deve-se 20 to das autoras entenderem que quando alguém se pro- pe a analisar algum assunto deve conhecé-lo bem, que artigos citando todos os tipos de terapias complementa tes certamente no condizem com este pensamento. RESULTADOS E DISCUSSAO Nas bases de dados foram encontrados um total de 50 artigos indexados com as palarasiidologa/iidology. Apes avaliagdo dos ertérios de inclusio, artigos com abstract & ‘com assunto especifico de iidologia, restaram apenas 25 artigos, que irdo compor os resultados deste trabalho. Como retrata Tabela 1, foram encontradas 25 public- Bes em periécicos. Deste total, somente 1 era revisio sis matlea, 12 pesquisas, 12 entravam nas categorias de ed rial, atvaizagao ou histérico. Os paises que contribut ram com publicagbes foram Brasil, Rissa, Inglaterra, Frar~ 6, Estados Unidos, Coréia do Sul, Dinamarca, Alemanha, Sulga, Austria, Nova Zeléndia, Ucrinia, China e Roménia, Sobre as opinides, encontrou-se 10 artigos posicio rrando-se contra o métod @ 15 posicionando-se a favor, conforme se pode observar na Tabela 2. ‘Tabela 1 - Distribuigio dos artigos sobre Iridologia, quanto ao pais de origem ¢ categoria do artigo - Sao Paulo - 2006 “rude etn biogsen aera iowa t ° 2 * women cone: ‘Tabela 2 - Discribuiglo das opiniges (avorlcontra) dos artigos sobre a Tridologia, quanto & categoria - So Paulo - 2006 CATEGORIA Peage Revisto ‘Sioa Tou ‘OPINKO 2% = % = % * % Atmore 6» oo ° 5 5 o 0 Gnico artigo de revisio sistemética em Iridologia foi escrito em 1999, por Ernest E, da Inglaterra E ele alvo de uma reflexio, publicada por uma revista Francesa de Of. talmologia, que tende a concordar com as conclusées do primeiro artigo, embora ache dificil avaliar a situagdo e ‘chegar a uma conclusio, uma vez que existem poucos es tudos sobre o assunto, Ressalta ainda, que a Iridologia ‘tem um importante crescimento e que sio necessérias novas pesquisas sobre 0 método. Esta revisio fol baseada em apenas 4 lteraturas, em- bora o artigo Francés relate que até 1998 jé existiam 67 artigos publicados sobre a confiabilidade da Iridologia, ‘A maioria € a favor do método, porém com uma metodo logia cientfca questiondvel e 4 contra com uma pesqui= sa irrepreensivel no plano metodolégico, Um artigo russo mostra o crescente uso da rdologia por lenfermeiras e médicos oftalmologistas e a necassidade de ‘atualzagdo para maior conhecimento sobre o método, ‘A maioria dos artigos com opinides negativas sobre 0 rmétodo afirma que a Iidologia nao se mostrou habiltada para fazer este ou aquele dagnéstco, Porém, quem conhece ‘© método, sabe que a iidologia do faz diagnéstico e sim ‘mostra os depos mals debilitados e que tém maior proper slo em adoecer. Apés esta aré-diagnose o paciente deve rea liar exames para se chegar & concluséo do dlagnéstico. Notou-se um maior nimero de publicagdes a partir de 2000, conforme se pode observar na Tabela 3. Is0 coinc dde com 0 panorama mundial de aumento na busca de terapias complementares. Tabela 8 - Distribuigdo dos artigos de Iridologia por periodo de publieagdo - Sdo Paulo - 2008 1979 1 ° "TOTAL io To Dentre os recursos utlizados, © Banco de Dados Bibli- ‘opréficos da USP - DEDALUS e a base de dados Peritnt foram os que mais contrbuiram para a busca na literatu- ra nacional, uma vez que 0s artigos nacionais ndo esto indexados no PubMed/MEDUNE e EMBASE. ‘Tabela 4 - Distribuigio dos artigos brasileiros sabre Iridologia, quanto a fonte e periodo ° ° 1 ‘ 5 0 5 100 Dos quatro artigos brasileiro, trés foram escritos por lenfermeiros e ur por médico. Destes, ts foram publica dos na Revista Nursing - edigéo brasileira, indexada na base LILACS, com o titulo Nursing (S30 Paulo) e um na Revista de Homeopatia, como mostra a Tabela 4 Sio Paulo 2006 Nursing Sto Paso) 2 7 3 TOTAL 2 T 7 0 tecap aati No Brasil, 0 Gnico Curso de especializag3o para pro- fissionais da Srea da Saude em ridologia e Iisdiagnose & rministrado Pelo Instituto de Estudos Homeopaticos em Conjunto com a Faculdade de Ciéncias de Sdo Paulo. Pode-se comprovar que a Enfermagem Brasileira esté atenta para as novas tendéncias, quando palestrantes sio convidados a falar sobre Iridologia em escolas de gradu- _agd0 e de nivel médio em Enfermagem, congressos, jorna~ das e semindrios, além do espaco que as revstas nacio- nals de Enfermagem esto abrindo para 0 assunto. CONCLUSAO. Conclui-se que existe um némero muito redurido de Iteratura sobre o assunto e que dentre as encontradas,, REFERENCIAS. Eisenberg DM, Kessler RC, Faster C, Noriock FE, Calkins DDR, Delbanco TL. Unconventional medicine ip the United States: prevalence, costs, and patterns of use. N Engl Med. 1993; 328(4):246-52. 2. Trove MM, Silva MIP, Leo ER. Teraplas alternativas/com- plementares no ensina pablico e privado: andlise do onhecimento Gos académicas de Enfermagem. Rev Lat ‘Am Enferm. 2003;21(4:483 9, 3. Akiyama K. Préticas nlo-convencionais em medicine no Municipio de S80 Paulo [tese]. S8o Paulo: Faculdede de Medicina, Universidade de S80 Paulo; 2004, 4. Barbosa MA. A utilizagdo de terapias alternativas por enfermeiros brasileiros [tese]. So Paulo: Escola de Enfermagem, Universidade de Sao Paulo; 1994. 5. Conseiho Regional de Enfermagem de S80 Paulo (COREn- 5). Documentos bisicos de enfermagem. Sio Paulo; 2003. p59-60, 6. So Paulo (Cidade). Lei 13.717, de 08 de Janeiro de 2004, Dispde sobre a implantacio das teraplas naturals na Secretaria Municipal de Sadde [legisiagdo na Internet) Sia Paula; 2004, [eitado 2005 ago. 10). Disponivel em hetp://www3.prefeitura.sp.gov.br/cadlem/secretarias/ negocios jriicos/cadlem/pesenumero.esp7t=L&n=13717 Bansntu somente @ metade é baseada em pesquisa, nem sempre com uma metodologia adequada. A tinica revisio sobre 0 assunto se basola em apenas 4 lteraturas. Porém, o as- sunto esté af e divide opinides. A Iridologia traz uma esperanca para 0 panorama atu: al em que se encontra a satide. A medicina preventiva precisa ser reforgada. Logo, far-se necossirios novos es- tudos sobre o assunto. Estudos sérios, com rigor metodo gic, cue mostrem ou ndo a efiedcia do método, Nao € aceitavel que a intoleréncia prevaleca sobre a necessidade real de melhorarmos 2 assisténcia prestada 05 pacientes. €, se este métado for bom, deve ser incluido como ferramenta para somar com a medicina tradicio ral, assim como multas outras préticas complementares Jao fazer e muito bem feito. 7, Dobbro ER. A misiea como terapla complementar no culdado de mulheres com fibromialga [tesel. 830 Pau lo: Escola de Enfermagem, Universidade de S30 Paulo; 1998, 8, Batello CF Iridologia © Irisdiagnose: o que os olhos podem revelar. S80 Paulo: Ground; 1999. 9, Salles LF, fpldemiologia dos ants de tensio [monogra- fia). S30 Paulo: Instituto Brasileiro de Estudos Homeo: patios ~ IBEHE; 2003 10, Fuerst EV, Wolf LV, Weitzel MH. Fundamentos de enfer ‘magem, 5# ed. Rio de Janeiro: Interamericana; 1977 41, Salles Lf, Silva MIP. A incidncia dos angis de tensio fa iris de pessoas que vivem em S30 Paulo. Nursing (Sao Paulo}. 2004;8(83) 86-90, 2. Reganin EC. A ridologla como instrumento facltador hho. processo de enfermagem. Nursing (S80 Paulo) 1598,2128 413, Beringhs L. Vida saudavel pela Iridologia. S50 Paulo: Robe; 1997, 600 == ee Sania

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