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baseDesign| Lin qt oda ques eae otnpanar deg, legs intr in, pa eis aise dace efor 0 pfs e ease normaes ps9 xeon dx pris, (10002001 Masa Las Pebn A reproducio deste livro,na integra ou emparte, a maior contribuigao que voc’ pode dar para que nés,brasleiros,deixemos novamente de ter uma bibiografia sobre design. Compros por telefone ou via Internet Ete im coma ao dein pt 2AB Eas, pode se duo oven ou vane, nd cater pt Cri em que pte doi aseptic i pede lel 1235257, rend depo tm cont oe enter set 28, psn Oss So erethor em adidas Si pcan do deo on confi 1 ped on Ane Pan msn, ge (123557. ‘As comprasdiretamente coma 2AB dio dircitoadescontossobra provode capa de acardo som promogie las por tmp imiado, ‘Confraemabcomnb ws) 2} 2AB Editora Itda. Cuno sen. in por 6 2930, ide ci Fene(QRUB257 ein BESAIN inkehibcon by Kip Rbk Inyo we Bs Pein Bai Catalogo na fone do Departamento Nasional do Lo Paige Pebn, Mara tis Sistemas de dentiade visual / Maria Lia, - Rio de Jani: 288, 2001 (2 edo, revit). fogs t0.sem 15 cm. -aseDesia) san bg 86605157 Ine bibogafia 1 Desig. 2 Deenbo industri. 3. Comunicacio visual 4 Deenho (projets). 5 Imager corporativa. Ui epd-760.18 Sumario Apresentacio Os sistemas de identidade visual Imagem corporativa @identidade Vista sninnninnininnanennmnnnnns 1 Identidae viual mai edit Imagem corporstiva © dentidade visual corporat nnn. 13 Sitema de identidade visual 4 Objetivos do sistema . Fungi dos sistas de idontisade visi 18 Requisitos geraispara Aprojetagio desistemas nruninmnmmnsnenninnnes 22 Elementos de identidade visual 27 Elementos primirios SiMBOIO nnn | Mate enero ae Variagdes dos elementos primarios.. ‘Quanto 20 posicionaments dos ementos que formar a mare ennnsnnnnnnins 37 (Quinto 20 nimero de eneat (que sero ucliadas na IMPS nner 38 ‘Quanto 20 preenchiment© nsnrnnnrnnnnnian A (Oueras varagBes as 41 Elementos secundatios nn er (Cores insthuctnals ae aaa Allabeto isthe nevrernren a Elementosadicionais Metodologia de projeto Conceituagio Fluxograma resumido do processo de projetarao Astases daprojetacto Passo. passo da projetacao A problematizasao Briefing Peril do cliente © pilblico-alvo ern ‘Aimportancia da contextualizagao simbélica ‘A selecio dos conceitos que sero agregados.. Estudos de similares A concepsio.. a Selecio dasalternativas Ceildentificaco dos partidos... ‘Alguns parimetros para a aalacio os elementos primiios 60 sistem enue wonnnnene TY Uso da matriz deavaliagao. Exemplo de wna matrix de avalacio 75 Procedimentos para a montagem da matriz 78 Testes de reducio Consulta ao cliente. A especificagio Modelo de suri de manual deaplicagao ... 100 gratia, Apresentasao Um dos trabalhos mais comuns no dia a dia do desig ner ¢,freqientemente, o tipo de trabalho com 0 qual a rmaioria de nbs iniciamos nossa vida profssional-& 0 pro- jeto de simbolos e logotipos para empresas. Por extensio, acabamos projtando também o material de papelara (car t6es de visite, envelopes, papis de carta cabegalhos para fax), nio raramente, etreitoseaplicagbes para uniformes. les formam um conjunto de projetos que constréem, cada um a seu turno mas num movimento comum, aiden tidade visual daquele nosso cliente. Mas no formam, ne cessariamente, um sistema. O sistema s6 € formado quan do possui uma unidade, caracterizada pelo claro estabeec mento de elementos que o singularizem pela repetisio organizada e uniforme destes elementos. Temos,entio, um sistema de identidade visual. £ a unidade que perpassa es tes projets que, sem engano, forma aidentidade visual do cliente cuja eficiéaca, antes de mais nada, é medida juste mente por esta unidade Ai ocortem os problemas. Como zelar para que esta unidade seja adequadamente estabelecida? Como garantir que pequenas modificagdes necessiras & pluralidade de suportes processos de reprodugio ndo a comprometam? ee bo" que identifica todos aqueles que integram a ins tituigio-sejam cles pessoas que nelatrabalham, pro- dutos por ela gerados ou equipamentos, bens mo- ‘eis e demais objetos que ela usa e que sio sua pro Priedade, Todos eles veiculam sua imagem corpora: tiv © uso destes elementos em uniformes,embalagens¢ outras aplicasdes permite a identificagio dos mem: bros da insituigio nio s6 pelo piblico como tam- bém por eles mesmo e seus supervsores, que 2lam pela adequasio 20s objetivos e normas operacionais tracados para a institugio, Os SI, assim, tém ndo sé uma fungio externa - junto ao piblicoalvo da ¢mpresa- mas também uma funcio interna Persuasio pata obtengio de lucro, promocio ou hegemonia, Finalmente, a terceira funcio de um SIV & conven- «er o piblicoalo, pel veiculagio da imagem corpora tiva de que aqulainstituigo é psitiva, que atinge seus objetivose que pode le razerbeneficos. 0: dle desempenh, para o lcancedetsobjetivos Sio elas: 1. Diferencir objeto de seus pares deforma imediat Observe que a percepsio visual, ainda que nio ga- ranta eficiéncia integral, &a mais imediata, Esta é sua fungio mais fundamental, ¢ sté na base do al- cance dos trésobjetivos seguintes (2 Transmit um dado concito ou concetos que sem) asociado(s) 20 objeto, com 0 intuito de pesuasio. Determinados conceits so mais importantes do que ‘outros, de acordo com a atividadeim da empresa, Sua historia, sua posigio no mercado ¢ o perfil de seu puilico. Estes conceitos devem ser agregados 3 sua imagem corporativa. Os sistemas de identidade visual formam um dos veiulos mas eficazes paraiso. (3. Associar 0 objeto a nogées de solide, sepurance, onganizasi, planificago, univocidade. Em qualquer instituicio, estes valores sio fundamen- tals - porque é isso que as torna instituigdes, e nio iniciativas individuais ou passageras. Estes concei- tos transmitem, sintticament, as duas bases mais fundamentais para a consolidasio de qualquer ins- Fungées dos sistemas de identidade visual No tépico anterior, vimos os abjetivos que a implants sio de um SIV almeja, Agora, veremos as fungéeshisias que tituigio: as idtias de coetvidede e de perenidade. Ninguém aceita como institucional algo que se refira cxplicitamente a um grupo restrito dentro do grupo 20 qual insttuigio se destina.Da mesma forma, ninguém HE casos em que o sistema se apoia na aplicaio dife renciada de seus elementos bisicos, ou mesmo num le aque de variagbes expresivas destes elementos, pevistas normatizadas.E a chamada. marca aberta, que se tor. nou mais vdvel a partir da adocdo de_procedimentos informatizados, So, porém, casos bastante especficos, ém que é precio muito cuidado na projetacio, org. ‘mentos mais generosos, uma imagem da empresa bas tant forte junto a0 piblicoalvo ou uma grande orig nlidade da aividade-fim ou da instituigio em questzo Fécilidentiicagao fundamental que o wsuério final ( piblicoalvo) pos 52 identificarclaramente os elementos bisicos sto nio Significa necesariamente langar mio de solusdes sim Plorias.O que é necessirio& ter cuidado, urante ager S40 de alternativas da solusio, para que os elementos tenham Aeitura-ou sj, que seus signficadossjam com: reensveis pelo piblico almejado e que tecnicamente estes elementos possam ser seproduzidos, reduzidos ¢ ampliados satisfatoriamente, sem perder suas caraters- ticas que possbilitam aidentficagio e memorizagio Namaior parte das ves adifculdade de identificagio ecorre muito mais de mé apliagées do que props: mente pelo fato de os elementos bisics terem uma con figuracio dificil ou intrincads. Por isso, é fundamental ‘Maria Luisa Pein (2A8,2001) 4 o controle da implantasio do sistema, quando da pro dugio ¢ veiculagio das aplicagées Viabilidade O sistema s6 se implanta totalmente se for vive - eo- nomicament, opetcionalment, tecicament Exist ‘excelentes solugées que, no entanto, nio se encaixam & situasio de projet. Assim, deizam de ser excelemtes - mora instigantes,originais,elegantes, bonita ec Por iso, é preciso que olevantamento de dados da situ agio de projet indique quas as condigies ofeecidas para a implantacio do sistema (a condigio econdmica dbo cliente, sua estratura operacional, sua capacidade de ‘organizacao, as aplicagdes necessirias ¢ possiveis etc) Sio as restrigées do sistema, que nio podem deixar de serlevadas em conta, Este rquisito geal esti diretamente ligado i fase da problematizagio,na sua etapa de levan tamento de dados. Flexibiidade Um sistema de idenidade visual deve prever sua correta aplicagio em variadas condigdes téenicas, de forma a assegurar uma implantagio o mais uniforme posive de seus elementos. Para isso, devem ser levadas em conta resttigdes previsiveisimpostas por suportese specifica- es téenicas nioideais , ainda, a possbildade de sua adaptasio a inovages tecnoldgicas de alguma forma es Sirtemos de identidede visuel 25 ‘exemplo,obriga que sua aplicagio num folder-padrdo ocomra em dimensées necessriamente pequenas em rlacio& irea disponivel ou entio que tenha de ser rotacionada em 90 {gras -0 que nem sempre ésatisfatério. £ importante frisar que o manual que regeri a implan- tasio do sistema deverdindicar qual variagio é a prorité ria, Assim, fica estabelecido que, exceto quando nio for possivel ou adequado, seré sempre esta que deverd ser utili- zada nas aplicagdes que veiculem a marca sendo a outra apenas alternativa, Desta forma, temos duas varias: 01, Marca horizontal (2, Marca vertical Quanto ao niimero de tintas que sero utilizadas na impressio Estas variagées,aplicdves aos tes elementos primérios, ¢stio dretamenteligadas&fleibilidade das aplcagdes quan toa custos ¢, muitas vezes, prazos. E necessirio que os trés elementos possam ser adaptives tanto a aplicasdes em poliromia quanto em monocromia, tendo eta tltimas 0 uso de meios tons que simulem a variedade detonalidaes obtides com a policromia Da mesma forma, necesirio que os elementos tam bémm tenham variagdes monocromiticas que nio utlizem Luisa Peén (288, 2001) 38 jo-tom - ou sea, que seiam a tago, Tal se deve tanto a wagdes geradas por economia de custos como devido a ificidades técnicas do suporte ou do processo utiliza- pata a reproducio dos elementos (como no uso de corte nico ou letreizos em metal, por exemplo). As varia a tago também si ites quando as cores utlizadas serio das no por poicromia, mas pelo uso de cores epecias. B importante notar ainda que, quando a solucio possui tos simulando sobreposicio - geralmenteidentificada cor ou tom diferente dos demais . € necesiria uma ia definigio da solucio que seri adequada no caso da liagio em monocromia a trago. Na maior parte das ve £ posse mais de uma solugio, e algumas resultem strosas com relacio a outras Pr isso, €altamente reco- ilivel que na existencia de sobreposicBes seja sempre sta esta variagZo, ainda que, a principio, no aja pre- de aplicagdes que a demandem, Assim, temos mais 12 variagbes que devem ser previstis, ¢ em conta um SIV que utilize o esquema clssco: (3, Marca horizontal em policromia (4, Marca vertical em policromia 8, Simbolo em policromia 06. Logotipo em policromia J, Marca horizontal em monocromia com meio-tom Marca vertical em monocromia em meio‘om Sistemos de identidade visual 38 (8, Simbolo em monocromia em meio-om 10. Logotipo em monocromia em meiotom 11. Marea horizontal em monocromia a trago 12. Marca vertical em monocromia a trago 13, Simbolo em monocromia a ta50 14, Logotipo em monocromia a trago Quanto ao preenchimento [Nests variagdes,temos 0 outline ou vazado (quando os clementos io formados apenas pelo tragado de seus con- tornos, sem preenchimento) ¢ as inversdes ou negativos, quando os elementos sio registrados por eas sem impres- sio ou com impressio de um tom uniforme inico que con- trasta com o fundo. Em ambos os casos, sio derivagées das vatiages a tago de cada um dos elementos, previstas no t6pico acima, Estas variagbessio ites em diversos casos, Os mais co ‘muns sao: Aplicagio do elemento em fundos com cores semelhan- tes ou parecidas com as utilizadas no elemento, nio perfazendo contraste que permita uma boa leturss ~ Aplicagio em fundos negros ou muito escuros- 0 que configura excesio, jf que os elementos sio sempre pre vistos para utilizasio em fundos brancos ou claro, - Expecificidades ténicas que nfo permitam ou encate {am 0s preenchimentos (como bordados, cortseleted> Aicos, esténcils,placas vazadas et), Finalmente, temos mais tantas vatiagSes comumente ntradas em sistemas baseados no esquema clissico: 1S, Marca horizontal em outline (vazads) ‘16, Matca vertical em outline (vazada) 7. Simbolo em outline (vazado) 18, Logotipo em outline (vazado) ) Marca horizontal invertida (em negativo) 20, Marca vertical invertida (em negativo) 1. Simbolo invertido (em negativo) . Logotipo em negativo (invetido) ‘as variacées am diversas outras variagdes, aplicaveis a situagdes projeto especiticas ¢ que podem se refer aos trés entos primirios, bem como a apenas um, Dentre podemos citar: a que prevéer 0 uso junto a elementos de outro(s) sistema(s )de identidade visual, referenes 2 outra(s) instituigdes; com uso conjugado da definicio da atividade-fim; ‘0 uso conjugedo de slogan; MM 0 uso conjugado do mascote que integra o SIV; 0 uso conjugado do grafismo que integre o SIV, Sisemes de identidode visvel 41 Elementos secundarios Cores institucionais Sio formadas pela combinagio de determinadas cons, sem- pr aplicadas nos mesmos tons. As cores isttucionas, embo- 12 confgurem um elemento secundiri, tém vital importncia 1a efcénca do sistema, ois tém um alto grav de pregnincia. Em geral, deve se definir apenas duas ou tré cores insti tucionas, de forma a nio onerarcustos. Como elas devern estar presentes preferencialmente em todas as apicagdes -¢ é aconselhivel que sejam utilizadas ainda em elementos arquiteturais, quanto maior o nimero de cores mas cara sairiaimplantagio e manutengio do sistema, Tal custo, de forma geral, é desnecessirio: um nimero grande de cores aio influi de forma necessariamente positivanaefcincia do sistema, Ao contréio,tende a preudicilo em praticamente todos os sentidos-enctotalver quanto &originlidade. ‘Na maioria dos casos, as cores institucionais sio as mes- ‘mas utilizadas nos elementos primatios, ¢ derivam dees casionalmente, as cores institucionaisincluem uma cor adi ional nio incluida naqueles elementos. Mas, neste caso, elas clever incluir as deles, para preservat a nidade do sistema As cores institucionas formam um capitulo importante do detalhamento técnico do sistema e sua especifiagio tem de ser clara explicta no manual de aplicasio. Estas espe Marie Luisa Pein 2AB,2001) 2 ficagdes precisa ser adequadas& todos os materiais pre- sos para serem usados nas aplicacdes, nos mais variados de suportes e técnica. Este detalhamento, em geral, & fextenso quanto a variedade de aplicagées envolvidas no ma, visto que as codificacbes de cores variam de acor com cada material utilzado e, muitas vezes também, de do com cada fornecedor. eto institucional alfebeto institucional ¢ utilizado para normatizar os incluidos nas aplicagdes,juntamente com os clemen- pmiris. Ele composto por uma fila tipgefic pre Imente de ficildsponibilidade eaquisiio, inluindo vaiages de peso itilio enegrito, ao menos) Dificimente esta familia tipogrifca &« mesma utilize- ho logotipo ou na marca, Tal se deve a dois fatores: ie fonte uilizada nos elementos primitios tende a muito marcante (0 que torna sua aplicacio em textos los muito desgastante, banalizando- e, assim, desva indo o proprio SIV) e porque sua utlzagio nos demais tend aretirar ou minimizaro destaque que, anal, deve 10 logotipo ou a marca no layout como um todo. scolha da familia tipografica em geral se rege pelos lintes parimetros: Sua harmonia no uso conjunto com elementos pri- Shtemes de identdede visual 4 mirios que contenham tipografia (0 logotipo ea ‘marca ¢ ainda o simbolo, quando tratarse de simbo- Jo tipografico). Tal harmonia nio significa necesse- riamente semelhanga, mas muitas vez umm contras: te que, porém, deve ser dasado de forma a nio parecer inadequado, . Sua necessria discrigfo com relagio aos elementos primirios, de forma a valori-os. Sua legibilidade, visto que seu objetivo & trazerin- formagdes importantes em aplicagdes como cartées de vista, papéis de carta, embalagens etc . Sua disponibilidade, & que muitos processs efor anecedoresutilizados na produgio das aplicagdes ne cesitam de finalizagio do layout em equipamentos proprios. E preciso, portanto, que a familia passa ser fornecida a estes fornecedores 5. Sua adequagio aos conceitos que regem o sistema aque ele busca agregar é imagem corporativa. Como é sabido, 0 desenho dos caracteres possui uma cxpressividade semantica independentemente do conteido do texto que eles formam. Hé familias que transmitem uma idéia de descontragio, outras si0 mais sébrias, outras passam uma forte contempora- ncidade, otras parecem deliadas, assim por dian te.E preciso levarem conta estas caractetisticas no ‘Maria Luisa Pen AB, 20 44 apenas com respeito ao desenho das tipos em si mas, também, na sua conjugasio com os demais elemen- tos do sistema (os primrio ¢ ainda os adicionais, como os grafismos ¢ as normas de layout que por ventura estejam previstos no SIV) entos adicionais ismos elementos grificos - em geral,abstrtos- cuja fun- Eenfitizr algum conceto ou servi como apoio de zagdo visual de layouts, aliando a um componente 2 funsio de veicular a idenidade visual da insti comum que os grafismos sjam utilizados Itansmitirem idtias como as de velocidade, solider, raneidade ou joviaidade,asociandoas j imagem fativa em questio. Muitas vezes, cles derivam dos ee- Mos primatios, especialmente da ampliacio ou da adap. de algum detalhe do simbolo. Iaioria dos SIVsnio inclui grafismos, por nio serem cals na maior parte das stuasdes de projeto. A incl ieles no sistema -eafreqitncia com que serio uiliza- has aplicagdes - deve ser regida pelo bom senso, de 4 nio enfraquecero papel dos elementos primérios. Aaturalmente, devem ter maior destaque por poss Sistemos de identidodevisuel 45 rem maior poder de pregnincia. Se tal ndo ocorter, a dec- so mais acertada seri transformaro grfismo num elemento primirio ou em parte de um deles Mascotes Qs mascotessio personagens - em grande parte das ve- 2s animais ou objetosinanimados que recebem uma repre sentagio humanizada- utilizados para atingir piblicos es pecificos dentro do piblico-alvo da insttuigdo (0 pibico infantil, o piblicojovem, o pablico feminino, e assim por dante). Ele buscam enaltecer uma dada propriedade posi- tiva que cause identificacio entre este pitblico e a imagem corporativa, de forma a agregar cste valor instituigio. Na grande maioria dos casos, os mascots sio sugeridos ¢ até mesmo criados em outs instincias que nio as do programador visual e dos responsives pelo desenvolvimento pela implantasio dos sistemas de identidade visual. Mui- tas vees, inclusive, eles nio seguem padrdes visuais com- pativeis com o do sistema, mas so incluids nele por ne- cessidades dos departamentos de marketing e das agéncias de publicidade que cuidam da promosio da empresa Quando de sua criago, o projeto de implantagdo de um mascote deve preve: (1, A uilizasio de algum dos elementos primarios do SIV em sua representagio figurativa, fazendo com Maria Lute ‘on (28,2001) 46 que o proprio *mascoe” preferencialmentecanregue 0 simbolo, 0 logotipo ou a marca da empresa no | desenho de suas toupas ou acessrios; "02. A inclusio das cores institucionas em sua represen- tasio, preferencialmente de maneira preponderante; “03, sua adequagio aos conceitos que o SIV busca agregar 4 imagem conporativa que esti sendo trabalhada, spendentemente da paricipagio ou ndo dos respon- pelo SIV na criagio do mascote & necesito que sua agio ¢ utlizasio sea previstae normatizada pelo pois 0 mascote tende a ser absorvido na identida- dla empresa - seja de manera definitiva ov num inado periodo (2 duragio de uma campanha publ- ‘ou & ocorréncia de um evento piilico como uma do Mundo ou o carnaval, por exemplo). Esta previ contemplar, entre outros pontos: 10 posicionamento da representacio grifica do masco- te unto aos elementos primirios; ) sua inclusio nos layouts, seguindo ou adaptando as formas estabelecidas pare eles, se foro caso; Sua inclusio em versio audiovisual dos elementos primirio (0 que € muito freqiente); para layouts lusio de normas para a criagio de layouts -geal- Sistemas de identidadevsuel 47 mente, destinados a peas grficas -& mais comum em sis ail, um elo de ligagio visual com o simbolo ou logotipo temas extensos ¢ completos. Isso se deve ao fato de que iamente dito (aqueles primo) apenas as grandes e as médias empress costumam produ- A inclusio deste elementos € tipica de sistemas exten- zir continuamente impress que obedegam @ um mesmo de grandes empresas eujas imagens corporativas jd es padrio (folders, convites,relatbris, boletins, displays et). sufcentemente memorizadas junto o piblico e que, por ‘As normas no devem se configurar em restrigdes que podem (ow necessitam)lanca mio de uma diversificagso impegam uma vatiedade postiva de solugdes, sob pena de elementos primirios de seus SIV, Também sio comuns em tomar estas aplicagdes por demais padronizadas , assim, ‘eventos isolados ou sazonais ea atividadesins di repettivas e sem interesse para seus piblicos. No entanto, te ligadas a modas e modismos, Este tipo de SIV é clas devem zelar para que a imagem corporatva esteja pre- Is vezes referido pelo termo marca abert sentes com seus valores - que podem ser, por exemplo, ten- ca aberta uma conseqjiéncia dita do gigantismo to organizasio quanto descontrago, valores que sio facil Diesence massa na midia de grandes corporgées, mente transmitidos por um layout. Além diso, as normas 405 avangos tecnoldgicos que posibilitam hoje podem determinar a obrigetoriedade ou no da énfase is 4 projetasio quanto a produgio das aplicasdes em cote insttucionais ou da viculag prioritaria de um dos uttos,custos atraentes¢ alta qualidade final, No clementos primitos, em detrimento de outro, bem como a 4 preciso pesar bem a conveniéncia de sua adocio utlizaio de grafismos previstos pelo sistema, io de simbolos ¢ logotipos acesrios em situacbes jeto que nio os demandam ou comportam péem em Simbolos e logotipos acessérios A nidadee a fécil identificacio do sistema. Isso sig Embora nio sea usual, muitos SIV atuais incluem sim: por em risco o sistema como um todo e a propria bolos ¢ logotipos alterativos(raramente marcas comple eatin. tas) les se caracterizam, em geral, como varagbes expan didas de algum detalhe ou conceito jf contido nos elemen tos primirios - ssumindo, porém, uma configuragzo pr priae diferenciada que mantém, de forma mais ou menos Maria Luisa Peon (2AB, 2001) Sirtemar de identidadevisuel 48 4” Metodologia de projeto imas em portugués, Nio é 0 o deste manual. A metodolo- apresentada a seguir, organi- da em fases¢ etapas que se su- dem cronologicamente, éresul- Gonicettiaeao' de varios destes estudos, que ‘A metodologia é 0 conjunto ¢ 2 ordenacio de procedi Aefendem com maior vagar € rentos para a realizaio de um dado objetivo - ou sta, 0 prtunidade do que ete Livro conjunto de métodos utlizado, bem como o estudoe andlse nite c almeja, Todo o desen destes métodos. A metodologa& assim, uma ferramenta para mento que se sucederd, nos 6 desenvolvimento de um objetivo -€ nio 0 objetivo em si os postriores, leva em con- mesmo Por isso, ela deve servir como um auxliar para reso procedimentos ¢ sua orden ‘er o problemas, enio se confgurar como um problema \conforme descrito a seu. E possivel o desenvolvimento de um projeto sem uso de ‘uma metodologia, mas certamente isso ocorterd de forma ma, mais dificil, truncada, cansativa, Também & possivel que 0 projeto, desenvolvido desta forma, resulte numa boa solu- G0- mas a possibilidade de eros eimprevistosé bem mai or, ji que a auséncia de metodologia leva também 3 ausén cia de controle das variéves envolvidas ¢ a ocorréncia de distrages e omissies, Quando se prevé um sistema e seu funcionamento - qualquer que seja este sistema . € preciso éstaratento a todo o seu mecanismo de funcionamento, inhi sive asrestrigbes que ele impoe e os rquisitos que ele exig Existem diversas obras sobre metodologia projetul, a processo de jetacao De forma bem resumida, 0 isso de projetacao ocorre emonstrado no fluxogra Jado. Por uma questio di- Gy, dle inclui 2 implantacio mao que, em realidad, ig a projetaco (embora Maria Luisa Pedn (28,2001) $0 st do processo de rojeragio DIAGNOSTICO DA SITUAGAO DE PROJETO v soLucho PRELIMINAR v TESTAGENS v sotucho v PROJETO DAS. APLICAGOES PRODUCAO DO MANUAL DE IDENTIDADE VISUAL v IMPLANTACAO DO SISTEMA Sirtemor de identidade visual 6 acompanhamento da implantacio pelo designer respon sivel pelo SIV possagarantr seu sucesso) As fases da projetacao ‘A projetagio de sistemas de identidade visual pode ser dividida em trés grandes fase, Sio clas: Fase A - Problematizagio Fase B - Concepcio Face C - Especificagio Fase A - Problematizagio E a fase em que & diagnosticada a situagio de projeto- cu sea, todos aqueles dados e variveis que dterminam o tre bulho que seri desenvolvido, onganizados para posibiltar¢ otimizar uma solugio satsatbra, A prolematizagio, asim, consiste no reconhecimento da stuago de proeo ese equa cionamento, para posterior desenvolvimento de uma solu. ‘Nesta primeira fase, nada ¢ necessariamente produzido. £, porém, uma as essencial Seno for bem realizado sistema 2 ser desenvolvido poder até ser bem planjado, amplo¢ vi sualmenteagradvel, mas poder ser completamente ineficiene - justamente porque nio atenderd as necessidades (objetivas ¢ simbélics) do cliente e do seu piblicoabvo. Fase B - Concepsio E quando a identidade visual sera delineada. Ela é for ‘Maria irs Peon (2A8,2001) 52 da por cinco etapas,resumidas a seguir Geragio de alternativas - A partir dos requisitos e das es do sistema, deduzidos da problematizacio, sio era alterativas diversas de solugio- quanto mais, melhor. Es- rnativas s2o entio agrupadas entre side acordo com um. ido em comum. Denominamos partido ao parimetro que a altemativa de solugio. Ele é um conceito necesaria associado a uma imagem pelo menos esbogad, na for simbolo¢ logotipo ou apenas o logotipo. gio do partido - Identificados os partidos, & rea uma avaliagio de cada um deles, de modo a que se ja um que seri explorado em busca da solucio do B importante frisar que o partido deve ser defini- pati das alternativas que foram geradas concretamente parti de uma ida abstrata qu no foi desenvolvida a geragio de altermativas. Com o partido definido, de apereigoar as altemativasgeradas que ocomper, bem + seowver tempo -gerar outras com o mesmo perfil fo preliminar - Por uma nova avaliagio,é esco- ‘altermativa do partido que seri utiliza como base lugio. Esta alterativa ecolhida a slug pre deve agora ser aperfeigoada visando o estabeeci- de cores ¢ a resolusio de possveis problemas de {pata que possa se adequar para aplicagées como Ae vista e brindes, por exemplo). Sistemas de identidode vsvol 33 Validagdes-Aperfeigoad, a solugio preliminar deve ser agora submetida a duas validacdes,intercaladas por um novo processo de aperfeigoamento, em decorréncia da primeira dela. Esta & a chamada validagdo preliminare se caracter- za como uma pesguise qualitative a solugzo preliminar & sulbmetida&apreciago de alguns usuitios potenciais (amos tras do piiblico-alvo), soba forma de perguntasabertas- ou seja, de maneira que ees levantem questdes e critcas para as quais o designer ndo atentaa anteriormente. Esta valida- 0 deve er 0 menos resttitvae drecionada possivel, J a segunda validagdo deve ser realizaa por uma amostra mai or do piblicoalvo e é do tipo guantizativa, Em geal, apli camse questioniios com perguntas fechadas (com respos- tas.em forma de miltiplas escolhas) Solucio -Com a tabulacioe sintese da validacio é rea lizada uma iltima rodada de apereigoamentos na solugio preliminar.Desta forma, ji considerads como solucio, ela é apresentada ao cliente para aprovacio. E realizada entio a defes do projeto- que nio deve se apoiar em considerages subjeivas, mas numa argumentagio baseada nos resultados da problematizagio, nos pardmetiosutlizados para a escola do partido eda solugioe nos resultados da valida Por uma questio diditica, foi levada em conta apenas a produgio de uma solugio, No entanto,€ habitual que s jam mostradas ao cliente duas ou trés opgGes para a sua ‘Maria Luisa Pein @2A8,2001) 54 aprovacio (sendo geralmente dada nfase maior a uma de- as, elit pelo designer como a mais adequada). Esta sol Bes adicionais podem se configuar como partidos dife ates, tendo surgido ainda na etapa de gerago de alterna ou consistrem num mesmo partido, por terem sido fetdas quando dos aperegoamentosprevistos nas eapas wintes. E importante notar, porém, que nao € aconselhi- apresentar ao cliente solugdes muito parecidas. Tambim nio é rao que o process tenha de ser reiniciado da recusa do cliente as solugdes apresentadas. No lanto, &necessrio especficar claramente no inicio dos hos o nimero de altenativas a serem apresentadas ¢/ tim prazo para tal -bem como a possbidade de remu- a0 adicional, se for 0 caso, Estes aspectos devem ser os antes do inicio do projeto, na forma de uma pro- por escrito assinada pelo designer e pelo cliente, que registra seu acordo com as condigdes apresentadas. C-Especificacao Finalmente, definem-se todas as especifiagSes para que IV possa ser implantado, na forma de um manual de do sistema (em gerl denominado Manual de iden- visual e de projetosespecificos para cada uma das kagbes,definida juntamente com o cliente, Nesta fase, 0 principal interlocutor nio é tanto o cliente ov 0 Sireemer de identidadevisuel $5 piblicoalvo- embora cles devam ser a preocupacio princi- Fase A - Problematiza¢io pal durante toda a projetagio. Os intrlocutors dietos Levantamento de dados agora, so aqueles que sero responsive pea “concretizt- 0" do sistema os fornecedores dos mateias, os tecnicos aque produzirio as aplicagées (rificos, manipuladores de birds, pintores,costureiras etc), publicitirios, outros de- Fase B - Concepgio signers que elaborario futuras aplicagGes agora nio prioritrias ou prvistas et. Por iso, & fundamental que o designer atente pare a exatidio, 2 clarezae a propriedade das informagSes que specificario tecnicamente o SIV, Nio é admissivel nem BI: chen, para seo do parido produtivo para o designer que estes interlocutores tena que consultélo posteriormente para esclarecer detalhes te 0 do parid a sr desevevido nicos. Ou - pior- que tenham de fazer adaptages no sist ma para possiiltar sua aplicaio, devido & falta de infor mvolvimento das alterativas do partido ‘mages ou ainda como conseqiéncia de projtos de aplica- P Bes que, por questdes operacionas, tecnolégicas ov de casts, sejam inviveis tal como foram concebidos especi: ficados pelo designe. lecimento de requisitos ¢ restigdes 0 de alterativas de solugio ificagio dos partidos das alernativas geradas Ae redugio dis aterativas desenvolvidas o da solucio preliminar, tr das leratvasdesenvolvidas Passo a passo da projetasio I dose pret Ji tendo um panorama das trés grandes fases que com: maa sekcionada dem o processo de projetacio, segue-se nas préximas pig nas um passo a passodetalhado. Os pormenore sobre cada amento da slusioprelmina, a um deles sero abordados nos captulos que se seguem dos reslados da valdiioprcliminar ‘Maria Luisa Peén @2AB,2001) Sitemos de identidade vitvel 56 7 v Redizasio da valdaco da solugio BP especificaco theca dan alias cbtida a pant do aperfegoamento anterior cs soak v aboracio ¢ arefinalizagio Refinamento da solugio anterior, fp mantal de identidade visual «panic dos relados da validacio q ie Aevantamento do custo da implantayio Articulasio de justificativa do projet, a partir sistema (producio ¢ veiculagao) da sitse de avaliagsevalidages anteriores e ta ao cliente para aprovacio dos custos Consulta 20 ciente sobre a soligéo preiminar eeerceengt we da consulta 2o cliente Aperfeigoamento da solugio preliminat partir dz consulta 20 cliente Bo mancsl de identiade v ‘20 cliente (encerramento do projeto) Desenvolvimento de variagies, com testes de reducio, ¥ tamento do custo do Corisulta 20 cliente sobre as variagdes ompanhamento da implantagio do sistema ¥ Aperfeigoamento das variagdes, lantagio do sistema 1 partir da consulta ao cliente pxlugioe veiculagio das aplcasies) ¥ Fase C - Especificasio ¥ Detalhamento técnico dos elementos do sistema ¥ Selegio final das apicagdes 2 serem desenvlvidas ‘Maria Luisa Pan (2A8,2001) : se ee ‘Sistemos de Identdade vireo! fAproblamatizacao bey da atividadfim do dient, contexts izagio social ede mercado, perfil do piblicoalvo, clementos simbélicos agregados a situacio de proje- to, objetivosdefinidos pelo cliente para oestabelei: mento da identidede visual. A fase da problematizagio & a de identificagio e equa- (04, Eleigio dos conceitos que serio veiculados pelo SIV cionamento para 2 solugio de um problema - problema para setem agregados & imagem corporativa este que é,justamente, a sitvago de projet. A problemati- 15. Identificagio de restrigdes de ordem econdmica, 12aGio significa, portanto, 0 levantamento dos recursos dis- operacional ou simbelica . pontveis (objetivos e simbélicos), as operacdes necessarias Himponante observar que este Jevantamento de dados para o alcance da solugioe os parimetios para a apicasio vo numa primeira etapa, mas subjetivo numa se- destes recursos e operacionalizagdes. De forma sinttica, abe ao designer interpretr ests dados pata hierrgui- isto significa defini os requistose a restrigdes que caac: uitas vezes, alguns dado sio aprsentados como de ex- terizam a situagio de projto mportincia, mas, aps uma anise mas atent, podem absolutamentedesimportants. Objetivos O1, Proposta de trabalho, a pati do briefing, Estabele cimento das condigies para o desenvolvimento do trabalho, prevendo remunerago, prazos, formas de apresentagio das propostas, aplicagoes que serdo ini- ing cialmente desenvolvidas e servigos incluidos ¢ ex iste num resumo da situagio de projeto que & rse alguns pontos que compéem ou devem ser na fase da problematizasio, dluidos. intada pelo cliente nos primeiros contatos. E impor- 02, Definigio preliminar dos itens para aplicagio da Aanotar os dados forecidos pelo client, eaborando en identidade visual : briefing pr escrito, qu deve se assinado por ele Pos- (3, Identificagio dos recursos fundamentaisdisponiveis assolucies adotadas deve ser cotcadas com aque- para o estabelecimento da identida: Sistemas de identidade veval ‘Mara Luisa Peon (2AB, 2001) 60 Jes dados, para que stam justificadas na defesa do projeto. O briefing deve ser aprovado ¢ assinado pelo cliente, para que io baja equivocs posteriors que atrasem o desenvolvimento do proto, causandoprejuizos para ambos os lados. Caso seu Ievantamento de dados venha a contrariar a: gma das especificasSes do briefing, consulteo cliente, Se necessirio, providencie um novo briefing, com as alters: es confirmadas, esolicite nova aprovasio. Perfil do cliente Seguese uma lista de pontos que podem ser abordados. Bimportante frisar que esta é uma lista genérica: &a situa 80 de projeto que iri definir quais dels sio adequados ou relevantes para a projetagio do SLV. (1, Atividadetim e visio geal dos métodos ¢ ténicas ‘empregados em sua producio, (2, Amostr, foto ou desenho do produto (bens); (3. Proceso de distribuigio e comercializagio, no caso de producio de bens. (4, Perfil geral da situasio econdmico-financera da ins 05, Percutsohistrico da instituigio 06, Sede econdiges iscas nas quais sed a atividadefim, 07, Objetivo(s)expresso(s) do cliente a curto, médio ¢ longo prazos. Maria Luisa Pen (28,2001) a 08. Possvelateragio de localzagio geogrifica ou expan sio de sua atuagio para outros mercados, 9, Possivelassociacio ou vinculacio do cliente a outra onganizacio, 10. Posicionamento simbslico da atvidade-fim, 11, Posicionamento simblico dos produtose/ou serv- 40s realizados pelo client. 12, Conhecimento ou nio pelo cliente de nosées gerais sobre identidade visual 13. Importincia ou nio que o cliente tem dado & ques- ‘to, até a presente data. 14. Bxisténcia ou nio de identidade visual, condigdes ‘em que foi relizada ¢ amostras do material existent Piblico-alvo Deacordo com asituagio de projeto, podem ser aborda- 05 seguintes pontos: 1, Definigio do pibico-lvo da atividade-fim (perfil social, econémicoe cultural) 02, Nivel de conhecimento que o cliente poss piblico e da atividade-fim, 3, Imagem que o cliente possui de sew piblico e da atividadefim, bem como as fontes tilizadas para tal te o cliente sobre a existncia de alguma pesqui- mercado encomendada por ee, Caso nio haja, ede- Sistemos de identdade visual a pendendo da situagdo de projeto, tente convencéoa enco- le se identfique com 0 piblicoalvo ¢ assim valorize a mendar uma. O custo destas pesquisascaiu muito nas duas magem corporatva, é preciso selecionar aqueles conc: altimas décadas. Hoje, elas se tornaram acessiveis também que devem ser priositariamenteagregados,deixando de para médias e para pequenas empresas. jo os demas. Isso é necessrio porque é rarssimo que uma solugio A importancia da que dezenas de conceitos ¢ nao se configure numa al- contextualiza¢ao simbélica tmativa excessiva, redundante, de memorizacio dificil. Uma das fungées dos sistemas de identidade visual éa de Bs solucio deve expresaro()conscito() queseal- agrear& imagem corporativa determinads concitos que 2 Siforearprioritarismente, porém sem negar outros ‘alorizem junto ao seu publico-alvo, tos que também sio importantes. Estes conceitos, por sua vez, sio construgées do imagi nirio dos sujitos daquele universo. Slo conceitos subjet tudos de similares vos, simbélicos, que muitas vezes sb fazem sentido naguele Deacordo com astuagio de projeto, podem ser abords niverso proprio. 10s seguintes pontos: Assim, é preciso compreender este universe apreender |. Posiio do cliente para com seus semelhantes (com a sua logica para lancar mao de elementos que oexprimam -corténcla) de uma forma tio natura/queleve a uma identifcagio tam , Situagio da concorténcia bim naturalentre o pblicoalvo eo objeto. Ou sea: pre 3. Situagio de mercado da atividade fim ciso compreendere aplicar 0 cédgo daquele universo, que ‘, Bxisténcia ou nio de identidade visual por parte da nem sempre é 0 mesmo do designer ou do proprio cliente cconcorténcia Bsecomendve, nas stuagdes mais complexas o estabelec- A selecao dos conceitos wo dis chamadas Fichas de similares, que devem indir: que serao agregados Nome da empresa e/ou produto similar ‘Ao mesmo tempo em que é preciso fazer um inventario Localizagio ¢ segmento geogrifico de seu mercado dos conceitos que devem ser agregados ao S.LV. para que {6¢ foro caso) Maris Luisa Pedn (28,2001) ‘Sistemas de identidade visual 64 6s 6) Diferencial explorado pelo similar (se for 0 cso) «) Amostras do simbolo, do logotipo e da marca ¢) Cores insttucionais 4) Aplicages levantadas ou mais veiculadas 2) Proviveis processos de produsio das aplicagies 1) Concetos envolvidos no SIV i) Avaliagio do sistema pelo designer i) Avaliago do sistema pelo cliente Requisitos e restrigdes ‘A sntese da sitwago de projto sedi a pati do estabelec: mento dos requisits das estes da situacio de projto Por squisasentendemos aqulas demandas,definidas ou no pelo cliente, que jusificam a elaboracio do problema, As restrisGes se relerem agueles aspects limitadores ou proibitivos da situasio de projto-incluindo exigéncias caréncia de ecusos operacionas, financetos tecnologicos Liste os requisitos em tOpicos curtos ¢ objetivos. Fac 0 mesmo com as restrgdes, Estas duas lists, junto com 0 briefing, deverio nortear todos os trabalhos a partir ds ta fase, para tornar 0 desenvolvimento do projeto mais facile objetivo. s requistos sio estabeecidos a partir dos seguinies pontos- virios dos quasjé abordados até aqui: ‘1. 0s piblicos que lidardo com as aplicagoes; Peon (2A8, 2001) se (2, As condigdes técnicas de producio e de veiculagio das aplicaies; (3, Ideas csugestes estético formais por parte do cli ente para a solucio; (4. O objetivo expresso do cliente com relagio aos conc tos que pretende emits com sua identidade visual; 5. 0s conceitos que devem ser agregados a imagem cor porativa, selecionados pelo designer ao fim da pro- blematizacio. Faas restrigdes devem levar em conta: 1. Veiculacio ou nio de elementos de outro sistema de identidade visual, em caso de associagio a outa ins- tituigio; 12, Existencia ou nio de criagio ou reformulagio para- lela da identidade visual do cliente, por outra(s) pessoas); , Recomendacdes¢ espeificasdes tkcnicas por parte do cliente para a consecusio da identidade visual; (4, 0 cddigo simbélico do pibicoalvo e do segmento dde mercado em questo (valores negativos a serem evitados. Sitemés de idntidadevisee! 67 A concep¢ao sultados da validagio; 11, Consulta ao cliente; 12, Adaptagdes a partir da consulta ao client; 13, Aprovagio do cliente, definindose a solucio; ‘A concepcio é, em geral, a fase mais criativa do projto 14, Desenvolvimento das variagdes dos elementos pri- Por isso, muitas vezes ela &confundida com o projeto como ririos e, conforme o caso, dos elementos secundi- um todo. A concepgio consste na defingio da solucio a fios ¢adicionais partir de diversas alterativas geradas, ede suas testagens 18. Consulta 2o cliente, para exame das varagBes; junto a amostras do piblico-alvo e junto ao proprio cliente. 16, Adaptagies resultantes da consulta ao cliente; 17, Aprovacio das variagdes pelo cliente. O1, Geragdo de idias de solugio; Rrra cussevaaer 02, Selecio das alternativas mais cabiveis, a partic do BPracko de alternativas briefing ¢ dos requsitos & restrigdes; ‘OL. Consolidacio da definigio dos conceitos gerais que 03, Agrupamento das alternativas em partidos claramente devem ser transmitidos pela identidade visual a ser identificéveis, adotada. Ex: simplicidade, sofisticagio, modemida- (4. Consulta ao cliente, com mostra de aes dos partidos Sais fiitaca trae pemeald alco: 05. Desenvolvimento do partido, com aperfeigoamento We rebelda et das alternativas geradas e geracio de outras, ‘02. Definicio de elementos concretos aos quais a identi 6, Selegio da solugio preliminar; dade, de alguma forma (nio necessariamente figure 7, Validagio preliminar(qualitativa) desta solugio; rsd or denen snedaasReeliasan6. 08. Reformulagées na solugio preliminar, a partir da validacéo preliminar; (9, Validago (quantitativa) da solugio prliminar; 10, Refinamento da solucio preliminay, «parti dos tes e plantas, em caso de um parque; chopp, tulipa, gargom, em caso de uma chopera; bolss,cateitas, mals, couro, no caso de ums loja de euipamentos para bagagem. Estes elementos concretos podem set Maria Luisa Pen (28,2001) 68 Sistemas de identidodevisuel °° aproveitados ou nio na solugio preliminar, mas ne- cessariamente tém de ser levados em conta ~ 20 me- nos no inicio do processo. (3, Revisio de eventuais sugestes formuladas pelo clin- te ¢, principalment, dos itens que ele nio dispensa (os requisitos). 4, Consulta ao cliente para a confirmagio da propric dade das definigBes dadas aos tr itens anteriores. Selecao das alternativas ¢ identificacdo dos partidos ‘A medida que as alternatvas vio sendo geradase desen volvidas, nturalment vai tomando forma o partido a ser adotado. Num determinado momento, ainda que sea ne cessirio um maior apuro do esbocos tracados, parece claro aque 0 caminho a ser seguido estéem uma ou em algumas das altemativas geradas. E hora entio de ver as alternativas como um todo. Part facilitar 0 proceso, elas podem ser divididas em tré gran des grupos: o das satisfatérias, o das insatisatoras ¢, final: mente, o daquelas altenativas que parecem nio se encatat ‘em um grupo nem em outro. Nesta divisio, é importante ‘star sempre atento para a potencialidade ou nio de red 0 das alternativas, visto que os elementos primirios trio de softer redugSes em algumas aplicaoes Maria Luisa Pen (2AB,2001) F 70 Estabelecidos estes trés grandes grupos, o designer deve fazer uma avalagio de cada um deles, de forma defintiv, “descartando de vez algumas alternativas, com o objetivo de shanilarcala vex mais as op bes disponives.O ideal é que isso sea feito sistematicamente e sempre a partir de razdes ‘Objetivas e explicitas. E sempre bom responder 4 seguinte rgunta quando se descartaaltemativas:o que exatamente “e objevivamente els tem de errado? A resposta tem de ser formulada claramente- e deve ser cotejada com as alterna tivasconsideradasinteressantes, agora com uma nova per- unt: esta alternative ndo tem realmente o mesmo proble- ‘ma daguels alternativa que foi descartads? Finalmente, a altemativas emanescentes devem ser agri- las de acordo com os conctitos ou os recursos grSficos 48 unem, Ou seja: de acordo com os seus partidos. ita, assim, a identificacio dos partidos. Descreva estes partidos claramente, de prcferéncia defor ‘seria, pois costuma facilitar aarticulagio de idéas ¢ umentos. Se elas seguem muitos partidos diferentes, & om avaliar os proprios partidos. Eleja qual dos esbogos de emativas melhor representa cada um dees, ins parametros para a avaliacio elementos primarios do sistema ‘Nio hi uma receita para a configuracio de um bom Sitemos de ientidode viewo! 7 simbolo, ou logotipo, ou uma doa marca. Tal ocorte por que, além de questdes objetivas como estratégias de marketing ¢ adequagio ao levantamento de dados, um SIV lida muito intimamente com contextualizasessimbolicas. Isto acartetausualmente varves muito diferenciadas de caso para caso, ¢ que exgem também solugGes muito variadas, Mas, em linhas muito gras, um elemento primario deve: O1, Adequarse aos requisitos e is restrigdesidenttics das na problematizasio; (02, Transmitir de forma subjetiva 0 conceito para o qual foi criado - sem porém negar outros conceitos que, cembora importantes, nio foram aproxeitados a fim de evtarpoluigdes ¢ xcesss visusis; (3, Ter alguma originalidade com relagio ao mercado no qual se insere, para que nio sea confundido com outros (se ndo forest 0 objetivo, lbgico)s (3 Ter uma boa legibilidade, de forma a sobrssairse do fando ¢ nio confundirse com 0 entorno; (4. Ser vdvelecondmica etecnicamente eoferecer lex bilidade para que possa gerar as variagBes necessii as adaptarse a situagdes e suportes sem perda de identidade, 05. Parecer contemporineo: nio necessariamente moder: no, porém jamais ultrapassado; 06, Langar mo de modas e modismos sa atividade-fim Maria Luisa Pen 2AB,2001) 72 em questio envolve estes valores -mas apenas neste aso, eestando claramente previsto que sua via iti poder ser rlativamente cura Assim, as seguintes perguntas podem servir como referenciais para a avaliagio: (1. Mostr fs) conceito(s) que deve(m) ser transmitido(), de forma a ser decodificado corretamente pelo pli blico-lvo em questio? 2. Mostra todos os conceitos que foram levantados? ‘Quais nio estio presentes? Ele apenas nio os trans. mite - porque nio foram considerados essenciais - ‘ou nega estes conceitos? (03. £ original em relagio ao seu mercado? Ou ha outros muito parecidos? 104. £ facil de ser visto eidentficado? Ou ha elementos ‘em excesso? 05, Adequase as condigdes econdmicas e tenicas? (06. £ contemporaneo? Ou parece ultrapassado? Ou esta muito ligado a alguma moda (20 passo que a ativi- dadesim de seu cliente nlo est)? 07. Ha como elaborar versdes mais simples para deter minadas aplicagdes? Ou ele perde a identidade quan- do em monocromia ou trago? Se for assim, o cliente terd condigées de usélo sempre com aqueas cores, ‘ou sempre em meio-tom?, 08. Identificase com 0 piiblicoalvo que 0 usaré? Ou parece um ser estranho neste universo? (9, Valoriza o cliente de forma adequada? Ou esti pre tensioso demais- ou, 20 contriti, muito humilde? Uso da matriz de avaliagao ‘A definigio da solucio a ser adotada muitas ves parte de parimettos muito subjtivos, que dificutam a esolha, 0 ws0 da matriz de avaliagio visa justamente oferecer um método ‘mais ou menos controvel ds varives embutides neste pro- cesso, a fim de: 1. permitir uma decisio embasada nos requisitos e restr (Ges que caracterizam a situacio de projeto; (2, prover o designer de argumentos consistentes ¢obje tivos paraa defesa do projet junto ao cliente, redu indo o carat impressionist eabstrato que mauitas vezestende a nortear as escolhas. ‘A matriz de avaliagio parte de uma listagem de critros concretos para avaliago de alternatives. © designer define cs tes crittrios de acordo com o briefing € os requsitos erst Ges anterionmente evantados. A ces io atribuids pesos fe renciados, de acordo com sua importincia na situago de pro jet. Estes crittrios, dependendo da fase de aperegoemento dasaltenativas analisadas, podem inluir tant parimetios sim blios quanto aspects técnicos (como potencial de reducio, Maria Luiea Peon (2AB,2001) 74 ‘cuss legibiidade, adequagio a suportsvariados ec). Cada alternativarecebe um valor geralmente de 1 a5 em relacio a cada critéio. Este valor & mukiplicado pelo tespectivo peso, definindo assim uma nota de cada alter nativa com relago a cada critrio. A soma das notas dos dife fentescitros apontaraaltematvaescoida. Asim, a alter naiva so avaladas de uma forma menos subeiva. Observe aque nesta forma de avaliago ja se encontram embutidos os argumentos para a posterior defesa da slusio junto ao cliente Exemplo de uma matriz de avaliagao Observe a matriz a seguir, sobre as altenativas identifi tadas como A, B e C, sendo Vo valor atribuido e Vo fesultado da multiplicagio do valor pelo peso dado a cada Gitéri. Os valores vio de 1 a 5 e os pesos de 1 a 3.0 txemplo se referea um hipotético projeto de SIV para uma dada joalheria: itt pao ak A aD ak C % vv ow vn Ne ee Go ‘nodemidsde ig TT OgDT og AGA EATON AE que se trata de uma joalheria, mas o proprio nome da empresa sua situagio no mercado ji induz 0 piiblico a saber que se trata de uma joalheria, no sendo tio importante que a solu-io reforce isso) € custos baixos (a economia de custos ni & prioité- tia, visto que o cliente possu boa capacidade de in- vestimento ¢ esté preocupado com o acitramento da concorténcia), ‘Ao analisarmos o resultado da matriz, vemos que a al- femativaindicads como B seria adotada, pois obteve nota 52 contra 46 da altemativa Ae 40 da alternativa C. Embora om relacio aos concitossimbilicos que devem ser vice ‘Tados pelo sistema sofistcacio, modernidade efeminilida- Sua pontuagio tenha sido menor do que a da alterna A, cla obteve valores bem mais altos com relagio 3 sua blidade tecnica (ceducio, potencial de aplicaio, ativi- Aadefim, custos). Ou sea: a alternativa A parecia a mais dicada em termos simblicos, mas era pouco viivel -¢ ‘so é fundamental para o cliente para aimplantacio cor- a do sistema, Ja a altemnativa C, pelo que leva acter a tra, era muito pobre em termos simbéicos,embora bas nteviével. Esta matrz foi claborada a partir de uma stuacio de ptojeto cujolevantamento de dados apontou pata os se- auintescrtéios para avaliagio das altenativas gradas: 01. Como mais importantes (peso 3): sofisticagio, mo- dernidade, feminilidade. Observe que, coincidente- ‘mente, todos estes critérios partem de aspectos sim- blicos. No entanto, nem sempre & asim: dependen do da situasio de pojto, muitas vezes os rterios mais mportantes so os mais obeivos,igados&viabilidade da implantagio do sistema. Como médios (peso 2): capacidade de redusio potencial de apicagio dos elementos em itens dife- renciados, inclusive nos seus suportes. Estas valoragdes se justificam esta situacio de projeto hipotética porque, emborahajaaplicagSes nas quais 0s elementos serio reduzidos, esti previsto que elas nao sero numerosas nem tio significativas. A varia 40 das aplcagdes, por sua ve, € uma possibilidade futura mencionada pelo cliente, mas no momento todas as aplcagdes sero impressas ea variagGesaven tadasnio implicam em necessidade de grandes alte 1ag6es, Por isso foi atribuido peso 2, enio peso 3 ‘Como de importincia menor entre os crtérios im: portantes (peso I): representacio da atividadesimm nos elementos (0 cliente considera importante mostrar Esta matriz nos leva a exer que a situagdo de projeto olve um cliente conhecido no mercado, um orcamiento 1050, um piblicoalvo de bom poder aquisitivo ¢ um Sistemas de identidadevisuel Maria Luisa Peon (28,2001) s 7 sistema que teri aplicages bem semelhantes entre si, em termos de formatos, suportes e processos de reproducio uitilizados. Sea situasio de projeto nio corespondesse a este perfil, é porque a mariz teria sido construida errones- mente e/ou as avaliages triam sido mal realizadas. ‘Uma matria de avaiagio no tende a gerar surpress: la em geral confirma de modo objetivo resultados que ji expe ravamos intuitivamente, Em caso de grandes surpresas no resultado obtido, & bom analisar os crtéios, os pesos ¢ os valores aribuidos, para cerifcarse de que no hpouve al- gum erto ou imprecsio na montagem da mattz. Procedimentos para a montagem da matriz OL. Estabeleca os critéios, a partir do briefing e das lis tas de tequisitos ¢restrigdes, Nao se esque de que ests critri devem atingir tanto os parimetos sit blicos (conceits valores que devem ser agregados 2 imagem corporativa) quanto aqueles relatives avi abilidade da implantasio corteta do sistema. De nada adianta um sistema cujos elementos sejam muito significativos mas pouco vidveis Ftalmente ee seta ‘mal implantado e, portanto,nio funcionaria Por iso, é nectsirio inluirambas as lasses de parimetos. ‘Atencio aos citriossubjtivos! les sioessencias, ‘Maria Luisa Pein 2A8,2001) a2. @. visto que é fundamentalmente por meio deles que seci formada a imagem conporativa no que se refere ‘identidade visual. No entanto,¢ preciso que asub- jetividade em questo sei ado piblicoalvo, endo a do designer ou ado cliente. Assim, por exemplo, se voce estabelecer “beleza” como um dos critérios,te- tnha em mente que esta “beleza” & aquela definida pelo piblico, e nio por voce ou pelo cliente. £ ne- cessiio conhecer bem o perfil do piblicoalvo para tr nat tis crittrios mais rigorosos,incorporanda, no mo- ‘mento da avaliaio,o imaginirio deste piblico. Estabeleca os pesos destescriérios. A principio, to- dos eles sio importantes - do contrrio, nio estar am artolados na matria de avaliagio (pense bem nis- $0), No entanto, alguns sio prioritirios, outros nfo tanto (embora importantes), Em geral, os pesos atr- buidos vio de 1 23. Monte uma matriz isolada para cada uma das al- temativas, em folhas separadas. Analise uma a uma Isto é importante para que nio haja uma manipula 20 involuntiria da avaliagio. Deine para comparar ‘no passo seguinte, Atribua um valor paraaalternati- va em cada citri. Os valores, em geral, vio de 1 a 5 Em seguida, multiplique este valor pelo peso, obtendo, assim, a nota da altemnativa em cada critério, ‘Stetina de entdode visual 79 04. Agora, sim, preencha a matriz completa (com todas. {a E um quesito importante para a escolha entre altemativas, a nota de todas as alterativas) some a nota final de E preciso, porém, relatvizilo de acordo com a stuasi0 «ada uma, chegundo ao resultado indicado pela mati. de projeto: hi casos nos quais nao hi qualquer possbiida- Analise 0 resultado. Caso o resultado parega esta de de redugdes exageradas. E muito comum, também, que ho - por exemplo, a alterativa que “ganhou" pare aplicagdes que exjam redugées mais radicais(brindes, por ce ser a mais face, & preciso identifcar 0 que esti exemplo) utlizemse apenas do simbolo, ¢ nio da marca cerrado, Os criti adotados as nota dadas ou diag- completa, Neste as, nio hi maior raio para que se ea dos nistico da situagio de projet? Talveeseja necessiio demais elementos 0 mesmo potencial de educio do simbolo, rele o levantamento de dados, sobre os quais deve Realize um teste para cada uma das alteativas. Para ter se baseado a escolha dos critérios. Ou reavaliar obter um padrio comparativo, adote uma medida - 1 cm 0 pesos atribuidos a cada um ou, finalmente, re por exemplo- na sua menor dimensio (lagura ou altura). pensar as notasatribuidas a cada altrnativa em cada Atualmente, com o uso da plataforma informatizada e da tum dos crttrios. A matriz de avaliagio nio é um Yetorizagio de simbolos e logotipos, nio é mais habitual objetivo, mas uma ferramenta, Ou seja: ela no de identificarse as redugdes pelo corpo tipogritico do logo fine nada, mas apenas reflee de forma objetiva a 0 procedimento muito comum até o inicio dos anos 90 definigiofeita pelo proprio designer. Se ela nio es tive refletndo esta definigio, € porque esté ma ela Consulta ao cliente borada e deve ser evista ‘Ao consulta o cliente seja qual fora etapa da projet Uma boa mati de avaliagio € um grande paso pare uma 20° leve apenas soluges gréficas que voce considere eft boa delesa de projeto. Portanto,nio dispense esta ferramenta Yamente interessantes, em nimero limitado (duas ou tes, f preferencialmente de partidos diferentes). O excesso de Testes de reducio opgdes de escolhas faz com que osueito que nio esti habi- teste de redugio - quando se reduz a alternativa as tuadlo a pensar em design se sinta perdido e inseguto, pos :menores dimensées possveis mantendo- legivel-visa pre fergando decisdes com o recurso de pedir mais e mais op- vero potencial de apicagio que ea teri em termos de esa es, para ganhar tempo. Maria Luisa Pein (28,2001) Sistemas de identidodevisuel 80 a1 Esta armadilha faz com que a decisio sea cada vez mais proteladae, em geal, enfraquece o momento final da deci sio: os paticipantes do processo acabam se cansando ¢ a decisio final e di mais por desaste do que por uma rel anilise das alternaivas propostas. Alem disso, se a propos- ta de trabalho tiver vinculado o pagamento das parcelas ‘que compdem a remuneracio ds aprovacées, o designer pode acabar tendo prejuizos com tantas indefinigoes. Néo apresente uma altemativa sobre a qual voc nio tem argumentos de defesa clazos ¢ objetivos. Deixe as ob- servagies impressionistas para o cliente, e responda a elas com argumentos objetivos. £ seu papel, como profissional, nortear a anilise por parimetros concretos, buscando relativizar pontos de vista subjetivos. Isto €0 que a maioria dos clientes espera de um profssional Preparacio da defesa Antes de reunirse com o cliente, faga uma defesaprévia de cada uma das altermativas que serdo mostradas,bascada no briefing e na lista de requisitose restigdes. Mais uma ver, procure usar o texto escrito como ferramenta, aticu- Jando seus argumentos em tépicos. Extraia da matria de avaliacio os argumentos para a de- fesa de cada uma das alternativas, de modo a balizar a dec: sio do cliente, Nao leve divides, mas conclusées quanto “Maria Luisa Peon (2AB, 2001) 32 40s pontos postivs e negativos de edada opcio, No en- tanto, mostrese aberto(a) 4s ponderagdes que ele poderd fazer, mesmo que contitis a seus argumentos. Evite causar grande expectativa: amis dgaafrase “Che. {gamos a uma solugio!”, ou cosas do género, No encontro, ‘mostre primeiramente a alternativa que vocé elegeu como Poritria. Nao se deine atemorizar pels primeiasreagbes, caso clas paregam desfavorives. Arrole para o cliente os argumentos que voc! estabelecew em sua defesa,tentando convencélo sempre baseando- no briefing que voc® fer com ele (equ deve estar mao) ea lista de requisitose resides, (Caso nio nio haja aprovacio para nenhuma das alterna- tivas apresentadas,avalie com o cliente a razio disto. O que st errado? O briefing Sua interpreasio do briefing? Ou © clente est fazendo um novo briefing, deixando de lado to- dos os subsidio que havi transmit ao designer até agora Prete muita atengio nas observapdes feta por ele. Até ‘mesmo argumentos vazios como “sti feio” podem contr buit: por que estaria 0? O que € bonito para est cliente € para seu piblicoalvo? Seri que voctentendeu mesmo 0 Gonterto simbélico do cliente, de seu piblicoe da ativida- ‘defim? Como adequar o desenho da simbolo aos gostos Dessous e parimetros estticos do cliente e de seu publico? O problema é mesmo de gosto pessoal ou do partido como tum todo? Sistemes de identdade visuel a Memorial de projeto (© memorial de projeto visa expicitar¢ jusificar a solw- fo adotada eum instrumentoutilizado em SIV extensos, visto que em grandes empresas as decisdes que afetam dire: tamente a imagem corporativasio geralmente tomas apés a anise por virasinstincias (departamentos de marketing, publictiios, diretores, conselhos etc), © memorial, como argumento articulado, documentado e distribuido tende a cotimizar este processo. Em sistemas restritos,obviamente, ele nio é necessirio, No entanto, um pequeno memorial de projeto & uma interessante ferramenta para a preparacio da defesa do pro- jeto junto ao cliente, Ele deve incluir os pontos positivos e ‘05 pontos negativos da solugio, com seus contra-argumen- tos. Os argumentos a seem utilizados devem ser clas ¢, principalmente, objetvos. Relea o briefing ea lista de re aquisitoserestrigdes, visando idemtficaraqueles elementos concretos a0s quais a solugio responde. Evite argumentos subjetivos e pretensamente artisticos, buscando apresentar cvidénciasconcretas d alcance do abjtivos propostos mes mo com relagio aqueles mais subjetivos (simbolicos) en- ‘olvidos na situagio de projeto (cles sempre existe, e io decisivos). A Beleza inevtavelmente um parimetro de avaliegio de qualquer projeto. Mas lembrese que a nogio de beleza Maria Luisa Pe6n (28,2001) 24 também é apenas uma construsio simbélica belo & aqui lo que, segundo a interpretagio do observador, denota vi sualmente valores que lhe sio positives. Pr isso & impor- tante idenificar que valores sio esses. E, mais uma vex ¢stes valores nio so 0s seus ou os do cliente, mas os valo- res do piblico-alvo, representados grficamente de acordo com 0 cédigo simbslico deste pblico. Validacao Avalidagio éa forma pela qual o projeto & submetido a uma amostra do piilicoalvo para a confirmario de sua validade (tomada aqui no sentido de eficicia). Sio reco- mendiveis dua validagBes a preliminare a validacio pro- priamente dita Avalidagio preliminar érealizada com amostra reduz- da, qualitatia, ¢sealizada a partir de perguntas aberas, getalmente em forma de entrevista, Seu objetivo € ferantar Aquestées sobre as alternativas, de modo avaidar as alterna- tivas desenvolvidas até aquele momento e gerar possiveis aperfigoamentos. Mas cla tem também outro papel: o de subsidiar os dados para a validagio propriamente dita. Esta ‘alidacio posterior item outro objetivo: ndo o de levantar questées, mas o de contirmarhipOteses Por iss, os pontos 4 serem abordados sio objetivos, diretos,baseads nas ques- {es levantadasanteriormente na validacio prliminar e du- Sistemas de identidadevinual 35 ante 0 préprio processo de projetago, A forma mais usual da validacio propriamente dita é a de questiondrios com perguntasfechadas, Perguntas abertas perguntas fechadas As perguntas abertas sio aquelas tipicas de pesquisas qualitativas, realizadas com uma amosttareduzida ¢esco- Ihida por sua comprovada identificago com o piblico-alvo, experiéncia de uso de projets aplicaes semelhantes aos que estio em desenvolvimento e/ou intimidade com a situ agio de projeto. Sio perguntasconstruidas de forma a per: nits 20 pesquisado que ele mesmo ele 0 enfoques para sua respostae levante questdes nio previstas sobre o assun- to abordado, ‘Um exemplo de pergunta abertaé “Voc® acha que este sistema de identidade visual éadequado2”.Aresposta pode vir de diversas formas e sob os mais variados pontos de vista (custos,“beleza",contemporancidade et) Sem engano, o objetivo das perguntas abertas é basica ‘mente prospectivo: confitmar os valores que estio inser dos naquele piblicoavo, as dietrizes geras do projeto ea adequacio da solugio a estas diretries. Este tipo de per- funta, porém, nio tem como fornecer dados obtivas so bre aspects ja delimitados para serem investigados. Por outro lado, as perguntas fechadas sio aquelas que ‘Maria ues Pein 28,2001) 86 levam a respostas do tipo “sim”, “ndo® « “talvez”. Elas Vabilizam a adocio do sistema de miltplaescolha (nas 4uaisjé damos as possibilidades cabiveis de respostas co- ‘mentadas). Com isso, permitem una tabvlagio dos dados obtidos. So mais objetivase otimizadas~- mas elas s6 dio tesultado quando ja sabemos quis sio as variveis envoly- das no projeto. No caso da pergunta aberta “Voce acha que ese sistema de identidade visual ¢ adequado?”, haveria duas altenat- vas mais objetivas: 01. "Voc# considera est logotipo contemporineo?”, com tespostas como “sim”, “nio”, “sim, mas isso. nio & ‘importante’, "ndo, mas isso nio & importante’ ¢*nio sei’ 82, Nocé considera que est logotip é.. Marque 2s pat lavras que vocé considera adequadas: ( Jeontemporineo ( )antiquido (_) brega () comum fete” Procedimentos para elaboragao dos questionarios 1, Extaia da sintese da validao preliminar qualtati- ¥3) 0s principas aspectoslevantados (enfogues, cr- ticas, aprovagdes). 02, Extraia do biefing os pontos mais problemiticos. Sistemas e identidade visual

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