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Universidade Veiga de Almeida

Curso: Direito
Prof. Josemar Figueiredo Aráujo
Aluno: Ingryd Seixas Barroso
Disciplina: Direitos Humanos
Trabalho AV2 - 2021
Escravidão

A escravidão está extinta, porém, muitas pessoas ainda vivem em um sistema


escravo. Mesmo com a democracia aplicada em diversos países à escravidão é
vivenciada por meios duvidosos que fazem de muitas pessoas escravas até hoje neste
século.

Os trabalhos são acobertados e as pessoas escravizadas são obrigadas a


fazer as atividades sem vontade e grande parte não recebe por isso. Em muitos
momentos, são violentadas psicologicamente e fisicamente sofrendo com intimidações
que as tornam subordinadas integralmente em condições desumanas e ocultas para
muitos.

Acordos e tratados internacionais são abordados sobre a questão do trabalho


escravo, em convenções internacionais de 1926 e a de 1956, que proíbem a servidão
por dívida.

Apenas em 1966 que no Brasil, entraram em vigor e foram incorporadas à


legislação nacional. A Organização Internacional do Trabalho (OIT) visando aplicar a
declaração de Princípios e Direitos Fundamentais do Trabalho. Mediante os acordos o
trabalho forçado no mundo são similares e existem pontos em comum.

A privação de liberdade e coação no Brasil, Além de o trabalhador ficar


atrelado a uma dívida, tem seus documentos retidos e, nas áreas rurais, normalmente
fica em local geograficamente isolado. O trabalho escravo é universal e em todo
mundo a escravidão é conhecida.

Lembrando que, o trabalho escravo existe de diversas e no meio rural é mais


popular, mas em áreas urbanas, nas cidades, existem de forma oculta e vem se
tornando cada vez mais assistida. A escravidão urbana é de outra natureza. No Brasil,
os principais casos de escravidão urbana ocorrem na região metropolitana de São
Paulo, onde os imigrantes ilegais são predominantemente latino-americanos,
sobretudo os bolivianos, e mais recentemente os asiáticos, que trabalham dezenas de
horas diárias, sem folga e com baixíssimos salários, geralmente em oficinas
clandestinas. A regularização é uma solução para essa situação desses imigrantes e
do seu trabalho.

Principais tipo de trabalho escravo no Brasil e pelo mundo, mostram que


existe uma universalidade das modalidades escravas, como escravidão sexual,
escravidão desde a fabricação das drogas até sua venda, pedinte de esmolas nas
ruas, propriedades particulares atraídas por promessas de moradias e salários
regulares, viram prisioneiras quando detidos seus documentos para que não tenham
condições de sair e tantas outras pessoas vivem em condições decadentes e abusivas
sofrendo um modelo moderno de escravidão pelo mundo.
Em pesquisa a Fundação Walk Free, a desigualdade social, falta de
oportunidades, a pobreza contribui de forma desastrosa para a continuidade e
aumento da vulnerabilidade das pessoas serem escravizadas atualmente. E ainda,
a xenofobia, o patriarcado e a discriminação de gênero.
O modelo de escravidão que me aprofundarei neste momento é o pedinte de
esmolas nas ruas, pois me causa tamanha indignação em ver a quantidade de
pessoas nas ruas sendo exploradas e muitas vezes, são as crianças mais sacrificadas
e exploradas para este fim irregular e ignorado por muitos governos.
Analisando as pessoas que frequentam as ruas e muitas vezes, fazem
destas ruas o local de “trabalho”, ou seja, criam uma rotina diária de arrecadação de
esmolas. São diversos casos e em pesquisas jornalísticas investigativas foram criados
critérios para identificar esses falsos mendigos, descobrindo verdadeiros nomes e
seus antecedentes criminais e de onde são e moraram.

[...] “O que mais impressiona é que fizemos um levantamento e


constatamos que 90% deles são mendigos por profissão. Poucos realmente pedem por
necessidade” 

Nos casos que os mendigos são de fato mendigos são encaminhados para
abrigos da prefeitura. Em algumas cidades os abrigos são bem estruturados e outras
pode haver falta de recursos dentro da realidade recebida da quantidade de
moradores de rua. Na verdade, muitas pessoas não querem permanecer no abrigo e
retornam para as ruas.

[...] O pobre é aquele que, de modo permanente ou temporário,


encontra-se em situação de debilidade, dependência e humilhação, caracterizada
pela privação dos meios, variáveis segundo as épocas e as sociedades, que
garantem força e consideração social: dinheiro, relações, influência, poder,
ciências, qualificação técnica, honorabilidade de nascimento, vigor físico,
capacidade intelectual, liberdade, e dignidades pessoais. Vivendo no dia-a-dia,
não tem qualquer possibilidade de revelar-se se a ajuda de outrem. Mollat (1989,
p. 5)

A pobreza traz uma quantidade de pessoas vulneráveis a situações


discriminatórias e por julgamentos que muitos estão inaptos ao convívio social de
acordo com os valores morais. Os falsos pobres que vem se tornando uma prática
rotineira pelas ruas das cidades metropolitanas do nosso país são enjeitados sociais
com potencial criminoso que trilham o caminho da criminalidade dentro da sociedade.
Na época medieval até os novos tempos indivíduos que são reconhecidos de
forma negativa dentro da vida social, um conjunto de pessoas diferentes e sem
qualidades, que nada contribuem para à sociedade. A sociedade estava baseada na
religião e nobreza da época que são responsáveis de certa forma pela construção do
comportamento da atualidade.

[...] O historiador polonês Bronislaw Geremek, desvela um


universo paralelo e ultra organizado, em que os excluídos sociais se desdobram
em categorias, comportamentos e trapaças inimagináveis. (Jornal Folha de S.
Paulo -São Paulo, quinta-feira, 8 de junho de 1995)
Um projeto na Noruega proíbe mendigos e mendicância nas ruas, polêmico
projeto de lei e ainda, torna crime toda pedinte de rua que faz da mendicância
organizada e ainda tem a proibição de doações e ajuda de outros. Visa tornar esta
proibição nacional.
Meu entendimento é favorável ao projeto lei da Noruega, pois mediantes toda
a “máfia” organizada destes pedintes, mendigos de ruas temos o aumento desse tipo
de prática, pois é entendido como uma forma fácil de ganhar dinheiro e ainda, gerando
uma maior marginalidade.
No Rio de Janeiro, em fevereiro/2010, conforme reportagem do site
terra.com.br, foram colocar pedras sob os viadutos e armações de ferros em bancos
de praças o que não faltou críticas e elogios, pois falta um levantamento e
planejamento para tirar de forma respeitosa essas pessoas das ruas com novos
abrigos.
Entendo que, no Rio e grandes metrópoles brasileiras, faltam leis feitas como
na Noruega e sim, um estudo detalhado do quantitativo que vivem nas ruas por
necessidade e outros por serem mendigos organizados que abusam das crianças para
se tornarem pedintes e até venderem nos sinais, ruas e cada esquina de nossas
cidades. Precisamos de leis e ações que limitem a quantidade assustadora desses
pedintes que ficam ao relento e em condições lamentáveis de vida.

Referências
(19 de Maio de 2019). Fonte: Guia do Estudante :
https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/um-panorama-da-
escravidao-moderna-no-brasil-e-no-mundo/

(21 de Maio de 2019). Fonte: Globo: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/05/quase-46-milhoes-


vivem-regime-de-escravidao-no-mundo-diz-relatorio.html

(22 de Maio de 2019). Fonte: Guia do Estudante:


https://guiadoestudante.abril.com.br/blog/atualidades-vestibular/um-panorama-da-
escravidao-moderna-no-brasil-e-no-mundo/

(23 de Maio de 2019). Fonte: Folha de São Paulo:


https://www1.folha.uol.com.br/fsp/1995/6/08/ilustrada/1.html

(24 de Maio de 2019). Fonte: Cidade Verde: https://cidadeverde.com/noticias/184910/projeto-de-lei-


na-noruega-proibe-mendicancia-e-doacao-a-mendigos

(24 de Maio de 2019). Fonte: Terra: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/medidas-da-


prefeitura-do-rio-contra-mendigos-geram-
polemica,ce9aa21a4572b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

(24 de Maio de 2019). Fonte: Cidade Verde: https://cidadeverde.com/noticias/184910/projeto-de-lei-


na-noruega-proibe-mendicancia-e-doacao-a-mendigos

(24 de Maio de 2019). Fonte: Terra: https://www.terra.com.br/noticias/brasil/cidades/medidas-da-


prefeitura-do-rio-contra-mendigos-geram-
polemica,ce9aa21a4572b310VgnCLD200000bbcceb0aRCRD.html

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