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ade Se DISTRITO FeoemaL Seca <=. a ec = GIOMAL MANDO DE POLICIAMENTO. BATALHAO DE POLICIA MILITAR anti ¢ Maria Helena da Lue, residente na Rum 04, chbcare 292, bote 29%. \ DP, telefone 61-95S04-880%, a fim she dectarar sobre o* ftom reinchowaat nte apurace, que a declarante reqromicu. Que no din do fate a declarant e'2 1s residémeia. quando seu ex-marido, pal do RUBENS FILHO, tipo © inform cotava nadelepacia: Que a declarante per uri i aaa oe mene ENS PAL disse parm a declarante ir até a delegaciiQue & Gertaritte tego mem © (0% =< ou 6 cite RULES PASE ta senbor RUBENS PAI 0 que tina ae o': 12" delegacia de poliets ervil onde enc da delogacta-nos bancos; Que perguntou so n | senhor RUBENS PAL informoa que 0 RUBENS Ft HO inks sido press tinha brigade © empuniilo 2 senhoc! SARAH: Que a dcolaranie pengunti =: or RUBENS PAT disse que a SARAN tinha © RUBENS FILHO RUDENS PAT como tinha sido; Que 0 s sao inclusive dispensveis para fins da a documentagao que ucompanha este cient nderego re ial no distrite dta culpa, 1 a resident nicilluudo no Setor Habitactonal Vicente Pires rua 4 ch CEP 72006314, Vicente Pires -DF, corto de ser Idealizade a 4 semana, nao tendoo porqué de outros motives, mantese t vples atraso, de uma ou duas semanas. In cast, 0 atraso i ultrapassa sci pura inércia do Poder Publico em dar celeridade na tramitago processual de réu preso. \ continuar dessa forma, quando da realizagaio da audiéncia de oltiva de estemunhas de acusagio sequer aconteceu . sem que a defesa tenha feito um crimento sequer (além da apresentagao de defesa previa) me jd afirmado, so incontaveis as falhas cometidas pelo proprio Estado © a tramitagdo processual, © que ocasionoui este atraso, o que € inaccitityel Ressalte-se que o feito nfio apresenta complexidade alguma: um Unfeo réu esti sendo acusado, Além disso, este Unico réu estd sendo acusado de um Gnico fa, : Sobre o tema. jd decidiu este E. Superior Tribunal de Justiy -O principio da _razoabilidade ¢ da proporcionalidade nao podem ser invocados para justificar a evidente ineficiéncia do Estado-Juiz. que, desapurelhado, promove intolerivel excesso de prazo na condugio da instrugao criminal” (STS — HC 27883/PA — Rel*. Min®. Laurita Vaz ~ DJ 18/08/2003, p-228— RT 820/549 — ementa parcial). “Nao estando dentro dos limites da razoabilidade, 0 excesso de prazo deve ser entendido como constrangimento ilegal, impondo-se a imediata soltura do réu para ver-se processado em liberdade” (STJ ~ RHC 16463 — Rel. Min, Arnaldo Psteves Lima — DJ 29/11/2004, p. 351 ~ ementa parcial). Portunto, j4 que o Estado nfo fogrow terminar a instrugdo processual no prazo estabelccido em lei, sem que a defesa tenha em momento algum dado cause val atraso, 0 constrangimento ilegal pelo qual atravessa o paciente & inquestionivel, ‘Ademais, no se pode confundir requisilo para decretago da prisio yreventiva ‘com a caracterizagdo do excesso de prazo, nko porta procrastinatérie cmuxatmente atributeel mo Feu Iradas situactn andémala que compromete cfetividade do processo, pois, além de tornar evidente o desprem estatal pela liberdade do Cidadio, frustra um direlte baskeo que sasiste # qualquer pessoa: o direito A resoluciio do Tithe, sem dilacies indevidas © com todas mx reconhecidas pelo ordenamento constituelonal, O EXCESSO DF PRAZO, NOS CRIMES 1 iM TO DA PRISAO CAI mesmo que se trate de procedimento instaurado pela suposta pratica de crime hediondo, desde que se registre situacho configuradora de excesse de prazo no imputivel ac indiciado/acusado. A natureza da infragho penal nio pode a aplicabilidade e a forga normativa da regra inserita, no art. 5°, LXV, da Constituigho da Republica, que dispoe, em carater imperativo, que a prise egal Sseri imediatamente relaxada” pela autoridade judiciarin. Precedentes” (STF — HC 80379/SY = Kel. ‘Min, Celso de Mello — DJ 25/05/2001, p. tt = ementa parcial — grifos nossos). No mesmo sentido: STJ — HC 45600/PE ~ 5* Turma, Rel. Min, Arnaldo Esteves Lima ~ DJ 18/10/2004, p- git; ¢ STJ — HC 16627/BA — 5* Turma, Gilson Gipp — DJ 04/03/2002, p-277- Eaté-a presente, visto satide do Paciente que se encontra em custodia do estado Ec encontra bem debilitado , em razio de agressdes sofricias dentro de Sistem prisional onde ndo se sabe a0 certo quem as causou , sendo certo e evidente que G paciente esta com o anti braco direito quebrado , onde foi submetido a cirurgia ortopedica e colocagio de platina , (conforme doc anexo ) . ainda mais , estando: no presidio com superlotagdo e a pandemia do virus Covid-19, nio ha previsiio de da data da audiéncia de julgamento , © $6 assim por fim a todo esse Adefesa re revogagio da prisio e liberdade proviséria do Pasiente, sendo INDEFERIDA pela M.M. Juiz (a) de Direito, nos seguintes termos: Vistos. Gd CRIME WF ta CAUTELAR QUE SE PROLONGA DE IRRAZOAVEL — EXCESSO DEP IMPUTAVEL AO PODER PORLICO VIOLACAO A GARANTIA CONSTITUCIONAL DO DUP PROCESS OF LAW ~ DIREITO QUE ASSIST AO REU DESERJULGADO DENTRO DE PRAZO ADEQUADO B RAZOAVEL ~ PEDIDO DEFERIDO. A ACUSACAO PENAL POR CRIME HEDIONDO NAO JUSTIPICA A PRIVACAO ARBITRARIA DA LIBERDADE DO- REL A prerrogativa juridiea da liberdad. Je — que possui extragio constitucional (CF, °, LXI © LXV) ~ niio pode ser ofendida por itrarios do Poder Publico, mesmo que se trate de acusada da suposta pratica de crime hediondo, eis que, até que sobrevenha sentenca condenatéria (cy, 5°, LVII), nao se revela possivel presumir a culpabilidade do réu, qualquer que seja a naturesa da infracio penal que Ihe tenha side imputada. (...] EXCEPCIONALIDADE DA PRISAO CAUTELAR. ~ A Pp instrumental = eh eee ma antecipada de punicio penal. A privaciio cautelar liberdade — que constitui providéncia qualificada pela nota da excepcionalidade — somente se justifica em hipéteses estritas, nio podendo legitimamente, quando ause’ fundamentos legais necessarios & pelo Poder Judiciério. © JULGAMENTO. SEM DILACOES INDEVIDAS CONSTITUL PROJECAO DO: PRINCIPIO DO DEVIDO PRE LEGAL. ~ 0 direito no julgamento, sem dilugdes indevidas, qualifica-se como prerrogativa fundamental que decorre da garantia constitucional do “due process of law", O réu — especialmente aquele que se acha sujelto a medidas cautelares de privacio da sua liberdade — tem o direito public subjetive de ser julgado, pelo Poder Pablico, dentro We praso sramavel, sem demora excessiva ¢ nem dilagdes indevidas. Convengio Americana sobre Dircitos fnvoreeamn.a prrti@io, internacional, ow que. dlspontiam de) mstalaenes eg Portanto, a hecida e demonstrada pi ua indequagio As necessidades de ontaminagiow dlseminagao da den prisio, fazem com que o circere extrapole os limites eonstitueionais di : nog 10 on a sobre o individuo (art. 50, XLVI, (a) ¢ XLIX da onstituigao Federal), A decisiio impugnada citou d: requisitos soltura, jos do caso concreto a prisio preventiva. Ela esti, e oneluiu pela existéncia dos vieiada, 0 que acarreta Os fates utilizados somente compoem as clementares do delito vislumbrade no auto de prisao em flagrante. Com isso, ja que cles nao extrapolam 0 tipo penal, decisio embasou-se, subtancialmente Aa gravidade insitn ao crime, A postura € egal isso fosse suficiente para embasar a prisio provisoria, haveria casos de prisio automatica, onde o juiz seria dispensado do dever disposto no art. 93, IX, da hislituicdo, Ainda, ndo seria sequer necessaria a existencia dos arts, 31% © 313 do Codigo de Pro: nal, Estaria, entio, ignorada a presungao de inocéncia, Logo, nao é argumento id6neo para sustentar o cArcere. Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justiga: “(...) A jurisprudéncia desta Corte Superior niio admite que a prisio preventiva seja amparada na mera gravidade dbstrata do delito, por entender que elementos inerentes aos tipos penais, apartados daquilo que se extrai da concretude dos casos, nao conduzem a um juizo adequado acerea da periculosidade do agente (...)"(STJ. HC 463.931/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgndo em 23/10/2018, DJe 19/11/2018) EMENTA; ‘HABEAS CORPUS'. TRAFICO DE DROGAS: EXCESSO DE PRAZO PARA A PROLACAO DA SENTENCA. Encontrando-se a instrugao encerrada ha quase noventa dias sem que tenha sido proferida a sentenca, impoe-se a concessio da ordem face A inobservancia a durigio razoivel do processo, principio de assento constitucional, ORDEM CONCEDIDA MEDIANTE CAUTELARES MENOS GRAVOSAS. (13-60. 55060088720218090 Relator DESEMBARGADOR ITANEY FRANCISCO CAMPOS (DESEMD. DOR), Ciara Criminal, Data de Publieagio; 25/1 Mas nao é sé. Os fatos deduzidos do auto de prisio em flagrante indleam que, caso # pessoa presa seja condenada, o regime a ser imposto poderd ser diverso do fechado, como determina o art do Codigo Penal, contexte mais benéfice A liberdade do que a pristo atual. Ainda, nao esté afastada a possibilidade de substituigio da privativa de liberdade pela restritiva de direitos, nos termos do artigo 44 do 9 que sedimenta a conclusio posta. Dessa maneira, a prisio desproporcional. Trata-se aqui da verificagio da relagio de homogeneidade entre a providéncia de dircito material que sera eventualmente aplicada na sentenga (0 bem juridico que se restringira do condenado), com a extensio e profundidade da propria medida cautelar, que, por ser instrumental, acessoria ¢ proviséria, nio pode tirar da pessoa presa mais do que cla deverd perder em virtude da condenacao. Conforme o entendimento do Superior Tribunal de Justica: “(..) Segundo 0 principio da homogeneidade, corolario do prinefpio da proporcionalidade, nao se afigura legitima a custédia cautelar quando sua imposigio se revelar mais severa do que a propria pena imposta ao final do processo em caso de condenagao (....)"(STJ. HC 463.931/SP, Rel. Ministra LAURITA VAZ, SEXTA TURMA, julgado em 23/10/2018, DJe 13/11/2018) Prosseguindo, 0 artigo 319, alterado pelo mesmo titulo, traz um rol com 10 medidas cautelares, sendo a prisao apenas uma delas. Com isso, a lei ratificou o que a Constityigio preconiza hi décadas, em seu artigo 5°, incisos LIV e LXVI: a liberdade é a regra, € a prisao, excegio. A alteragao legislativa vai mais longe, estabelecendo 10/A magistrado/a uma ordem hermenéutica imperativa, onde ha relagio de prejudicialidade; “Art. 282, § 4°: No caso de descumprimento de qualquer das obrigagdes impostas, 0 juiz, de oficio ou mediante requerimento do Ministério Pablico, de seu assistente ou do. querelante, podera substituir a medida, impor outra em cumulagio, ou, em Liltimo caso, decretar a prisao preventiva (art. $12, parigrafo unico)” (grifo nosso) se Me promaegutimento 0 Fete ‘nitive, a Order do presente writ » reventva d inte om pacients pelt excenso he Tyran, fom termes ie art. 6 do Cietigo de FI Julgado Procedente poititvel fF decile ere Pede Deferimento- F 10 de Fevereiro de 2022, HY anwre Aor A bactonte wees prafhiado teltn come motors particular , (conf, doe aneno) . Powel ondor Wo Fixo , fiinilin cenatttitidla eo ak his com idadlow dee iy anos & He eNeury Kiara com partilliad onde 0 pnelente @o provedor de ‘livonton ter bon whtar eal dem mere questo Nobre moglstrad J) tinclente cimprio textos nto INettos peatieados no pasado Nition do vids ee teen Ho UN peo {ive contribu conn a sociedade , pagando ott I poe © domnti impostos a noolodade, i] Sabendo we que ningwem pode sor julgado on eondenada SHINE Intogralmote maa arial dan Soni 00 Sistema, Kacolenclas , 0 pacionte nto 40 Uinha cumpride todas a wentongay Nao tem o que se fillar de se tartar de uma, ‘fisting da socked y- Contuclo, com o devido reapel Magistrada, Desembargac aa eE.—Ct~S O enearcoramento sactifica © diretto fundamento da dignidade da pessos na, onde o preso, ademals, ter direite a progressio de re aime, inatitutos resguardados pela ( I Art. 1°, CF A Replica Federativa do Brasil, formada pela uniito indissotdvel as Estados © Municiplos ¢ do Distrito Federal, eonstitul-se em Pata moenitico de Direlto ¢ tem como findamentos (ed) TIL =a dignidade da pessoa humai ( Art. 59, CF Ge) XLVI - nao haverd penas: b) de carAter perpétuo; Do excesso prazo da prisio ‘Ainda, segundo o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello: “afronta fh Gtica-juridica o excesso de prazo da prisiio processul, além du Convencao ‘Americana sobre Direitos Humanos, que prevé no artigo 72; “toda pessoa detida an retida deve ser conduzida, sem demora, & presence de um juiz ou outra autoridade autorizada pela lei a exercer fungoes judiciais ¢ tem: direito a ser julgada dentro de um prazo vazoavel ou a scr posta em liberdade”. (STF, HC 91.662-7). rneionar que a instrugio criminal sequer se Em sintese, ha constrangimento jlegal quando alguém fica preso por mais tempo do que determina a let (art. 648, HI, CPP: A ‘coagao, considerar-se-a ilegal: 11 quando alguém ‘estiver preso por mais tempo do que determina a lei). ajurisprudéncia durante certo tempo orientou que o grau, teria de se dar num prazo de todos os prazos processuais no Ab initio cumpre me findou Com base nesse preceito, udeén julgamento ‘do réu preso, em primeira aproxi de 81 dias (que seria a soma procedimento ordinario). O principio da razoabilidade, que nesta corte tem sido utilizado para afastar ‘a existencia de ‘constrangimento jlegal em feitos complexos, no presente Grso milita a favor da parte ré, Constrangimento caructerizado, Art. 5% CF> Go) \

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