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UNIVERSIDADE EDUARDO MONDLANE

Curso de Engenharia Civil

HIDROLOGIA
Capítulo 9 – Escoamento superficial

11
Definição
 Escoamento superficial – corresponde ao
excedente da precipitação relativamente à
retenção superficial, infiltração e evaporação.
 Junto às cabeceiras – escoamento pouco
concentrado, sobre a encosta, pequena altura
do escoamento sobre uma grande superfície,
duração pouco superior à da precipitação.
 Escoamento tende a concentrar-se em vales
mais ou menos profundos, constituindo cursos
de água. Persiste muito tempo depois da
ocorrência da precipitação e tem origem na
água que se encontra ainda em trânsito à
superfície e na que, tendo-se infiltrado, vai
sendo drenada ao longo do tempo.
2
Interesse da análise

 Escoamento superficial em linhas de água


 Estudo da disponibilidade de recursos hídricos
 Estudo de cheias
 Dimensionamento de obras hidráulicas
 Escoamento à superfície do terreno
 Problemas de erosão dos solos
 Irrigação por gravidade
 Modelos de simulação hidrológica

3
Equações de St. Venant
 Obtidas a partir da aplicação dos princípios da
conservação da massa (equação da
continuidade) e da quantidade de movimento.
 Equações não são integráveis analiticamente,
integração com métodos numéricos (diferenças
finitas ou elementos finitos).
 Matéria não é tratada nesta disciplina.
 Regime permanente Q = K √Sf
 K = Ks A R2/3 (fórmula de Manning-Strickler)
 K = C A √R (fórmula de Chézy)
4
Valores de Ks (m1/3s-1)
Natureza do leito

Betão liso 75
Terra muito regular 60
Terra irregular 45
Terra irregular com vegetação, cursos de 35
água regulares em leitos rochosos
Terra em más condições, rios sobre calhaus 30
Terra em completo abandono, rios com muito 20
transporte sólido

Ver tabela detalhada em “Open channel flow” de Ven Te Chow.

5
Capacidade de transporte K

 K – função da geometria da secção transversal


do canal e da respectiva rugosidade
 Secções mistas – rugosidade não uniforme ao
longo do perímetro molhado
2
 3
 
 
KS   P  P   Pj
 Pj 
 
 K S, j 2
3

  6
Capacidade de transporte K

 Secções compostas – leito de estiagem e leito


de cheias bem diferenciados: capacidade de
transporte considerada igual à soma das
capacidades de transporte definíveis em
subsecções de limites verticais.
K = ΣKi

K1 K2 K4
K5
K3

7
Escoamento
 Escoamento – volume de água que atravessa
determinada secção transversal de um curso
de água num dado intervalo de tempo.
 Escoamento diário, escoamento mensal ou
escoamento anual – volume de água que se
escoa num dia, num mês ou num ano em
determinada secção.
 Escoamento dividido pela área da bacia
hidrográfica – expresso como altura de água
uniformemente distribuída na bacia, permite
comparar com a precipitação ou a evaporação
no mesmo intervalo de tempo.
8
Caudal e escoamento

 Caudal médio em determinado intervalo de


tempo – resultado da divisão do escoamento
expresso em volume pelo intervalo de tempo
durante o qual ocorreu.
 Caudal médio diário, mensal ou anual – em
correspondência com o escoamento diário,
mensal ou anual.
 Escoamento – integral do caudal durante um
certo intervalo de tempo.
H   Qt  dt
t 9
Caudal e velocidade
• Caudal – integral ao longo da área da secção
transversal ocupada pela água, A, da
componente da velocidade do escoamento que
lhe é normal.  
Q   V dA
A

• Para se determinar o caudal e o escoamento, é


necessário conhecer a distribuição da
velocidade do escoamento ao longo da secção
transversal.

10
Distribuição de velocidades numa
secção transversal

1,55 0,50 0,25

1,50 V
1,00 V
1,25

11
Medição de caudal
Q   Vij A ij
 Medição da velocidade em muitos pontos da secção
pode ser um processo moroso.
 Aproximação – ao longo de cada vertical, a
distribuição das velocidades segue uma lei
logarítmica.
 Preferível usar dois pontos em cada vertical; para
grandes profundidades, usar 3 pontos.
 Medição apenas da velocidade superficial dá erros
grandes para pequenas profundidades do
escoamento.
12
Cálculo da velocidade média
z

f yi

Vf Vi  (0,85 a 0,90) V
0
Vi  V
yi 0,6
Vi  0,5 ( V V )
0,2 0,8
Vi  0,25 (V  2V  V )
0,2 0,6 0,8
V

13
Medição de caudal
 Medir a largura superficial B.
 Dividir B em n faixas iguais de largura b = B/n,
nmin 15-20 e bmax 10-20 m, caudal em cada
faixa não superior a 10% do caudal total Q.
 Levantar a secção medindo as alturas de água
y1, y2, .... yn-1 (yo = yn = 0).
 Determinar a velocidade média em cada uma
das verticais 1 a n-1.
 Obter o caudal qi em cada faixa i.
 O caudal total é dado por Q = ∑ qi .
14
Fórmulas para o cálculo do caudal
bi

b0

yi

b i1  b i1
Q   Vi y i
2
Vi y i  Vi1 y i1
Q   b i  b i1 
2
y i1  y i V i1  V i
Q   (b i1  b i )
2 2 15
Medição da velocidade com molinete

 Molinete hidráulico – instrumento provido duma


hélice ou duma roda de copos cuja rotação é
proporcional à velocidade do escoamento.

16
Medição da velocidade com molinete
 v = a+bxn
 v – velocidade pontual, m/s, n – nº de rotações
medido, rpm, a,b – parâmetros cujos valores
são fornecidos pelo fabricante ou resultados do
processo de calibração, periodicamente
aferidos.
 Molinete mergulhado à profundidade desejada.
 Canal de calibração – carro com molinete
move-se com velocidade constante num canal
com água parada – determina-se a,b.
17
Medição da velocidade com flutuador

 Flutuador – qualquer objecto que flutua e se


desloca com a corrente.
 Utiliza-se quando
 Não se exige rigor na medição.
 Não se dispõe de um molinete.
 Em situações de cheia.
 Apenas mede a velocidade à superfície da
água mas pode medir ao longo de diversas
posições na secção transversal.
18
Processos de medição da velocidade
 A vau: para escoamento com pequenas alturas e
baixas velocidades, não deve ser utilizado se a
altura do escoamento for superior a 1 m.
 De barco: processo moroso pela necessidade de
posicionar o barco na posição correcta para
cada medição de velocidade pontual.
 Com teleférico: para secções largas e sujeitas a
cheias de rios importantes, processo expedito,
preciso e seguro durante cheias, grande
investimento inicial.
 A partir duma ponte: secções privilegiadas de
medição, mesmo durante cheias. 19
Método estrutural de medição do caudal
 Utiliza uma estrutura
 descarregador de parede delgada,
 canal Parshall,
 descarregador de soleira espessa (barragens,
açudes).
 Relação biunívoca entre altura e caudal (teórica
ou obtida em laboratório).

20
Descarregadores de parede delgada
b) c) 1 a 2 mm
a) b

≥ 45º
h q h

p
p

B B

Descarregador rectangular de parede delgada


3
2g b  k b h  k h  2
2
QC
3
C – coeficiente de vazão, b + kb – largura efectiva,
h + kh – carga efectiva
21
Descarregadores de parede delgada

Descarregador triangular de parede delgada


8 q 5
Q  C tg  2g h  k h  2
15  2 

22
Condicionamentos dos
descarregadores de parede delgada
Descarregador Descarregador
rectangular triangular

b ≥ 0,15 m 20º ≤ q ≤ 100º

h/p ≤ 2,5 h/p ≤ 0,35


h ≥ 0,03 m h ≥ 0,06 m
p ≥ 0,10 m p ≥0,09 m
(B-b)/2 = 0 ou (B-b)/2 ≥ 0,10 m -
23
Canal Parshall
Planta


Corte pela linha central Q = ( +  B) h

24
Método da diluição para medição de
caudal
 Injecção dum caudal q duma solução muito
concentrada dum determinado produto químico
(inexistente ou com pequena concentração na
água em condições naturais) numa secção a
montante e medição da concentração desse
produto a jusante, após se completar o
processo de difusão.
 Traçadores: dicromato de potássio, cloreto de
sódio, luminóforos.
ci  c f
q ci  Q co  ( q  Q) c f  Qq
c f  co
25
Método da diluição para medição de
caudal
 Limitações
 Concentração inicial tem de ser elevada.
 Traçadores têm custo elevado.
 Cloreto de sódio é barato mas existe na água do
rio.
 Manter injecção durante bastante tempo para
garantir regime permanente.
 Impactos ambientais negativos (cor, radiação).

26
Método de ultra-sons para medição de
caudal

27
Método de ultra-sons para medição de
caudal
 Fdoppler = -2 Fsource (V / C)
 V – velocidade relativa entre a fonte e o
receptor
 C – velocidade do som na água
 Fdoppler – frequência no receptor
 Fsource – frequência no transmissor (fonte)

28
Curva de vazão

 Recursos hídricos – exige conhecimento diário


do caudal em cada secção de cada rio.
 Cheias – medição várias vezes por dia.
 Medição de caudal é demorada, exige pessoal
e equipamento especializado (excepto método
estrutural).
 Curva de vazão Q(h) – relação biunívoca entre
Q e h → basta conhecer h para obter Q.
 Medição de h é bastante simples.
29
Estabelecimento da curva de vazão
 Diversas medições de caudal ao longo do ano,
com alturas de água diferentes.
 Q = a (h – ho) b

 h0 – zero da escala (corresponde a caudal


nulo).
 a, b – parâmetros de ajustamento, obtidos a
partir de regressão logarítmica.
 Incluir medições de caudais altos.
 Em secções compostas, curva de vazão por
trechos (leito menor, leito de cheias). 30
Estabelecimento da curva de vazão

31
Medição da altura hidrométrica

 Altura hidrométrica - altura medida na vertical


entre a superfície livre do escoamento e uma
referência fixa em determinada secção
transversal.
 Medição com escalas, uma ou mais vezes por
dia.

32
Medição da altura hidrométrica

33
Medição da altura hidrométrica

34
Registo contínuo de alturas
hidrométricas
 Limnígrafo

b)
a)

35
Registo contínuo de alturas
hidrométricas
 Medição da pressão no fundo do leito.
 pleito = γh + patm →h = (pleito - patm) / γ
 Registador digital, lê os valores em intervalos
de tempo pré-fixados (p.ex. 5 min).

36
Escolha duma estação hidrométrica
 Situada na parte média dum troço rectilíneo do
rio, com comprimento mínimo de 3 vezes a
largura da secção e inclinação constante.
 Secção estável, sem vegetação e sem erosão
nem sedimentação acentuadas.
 Não afectada por regolfo, marés, confluências.
 Escoamento num leito bem definido.
 Local sempre acessível, mesmo com mau
tempo e durante cheias.
 Possibilidade de recrutar um leitor no local.
37
Extrapolação da curva de vazão para
caudais de cheia
 Dificuldade de medir caudais de cheia (grandes
velocidades e alturas de água).
 Não se pode extrapolar a curva de vazão para
alturas muito superiores à máxima altura
medida.
 Variação brusca da forma da secção.
 Variação da rugosidade quando altura ultrapassa o
leito menor.

38
Extrapolação da curva de vazão
 1º processo – U(R) mantém-se constante em
papel log-log.
 2º processo – fórmula de Manning-Strickler,
divide-se a secção em partes com diversas
rugosidades, toma-se J = J0.
 3º processo – utilizar marcas de cheias em 2
secções suficientemente espaçadas.

39
Extrapolação da curva de vazão

 Cálculo do caudal de cheia usando marcas


deixadas pela cheia em árvores, casas, etc.
 Tomar 2 secções distanciadas pelo menos 75
vezes a altura média do escoamento.

h1  h2
Q  K2
K2 K2 2   A2  
2

L 1     (1  r )
K1 2 gA2   A1  
2
 
40
Estimativa de escoamentos

 Frequente não haver séries de medições de


caudal na secção do rio que nos interessa,
necessário fazer estimativas.
 Caso 1 – há dados numa outra secção do rio:
pode admitir-se que o coeficiente de
escoamento é o mesmo para as duas secções.
Q1 Q2 A1 P1
  Q1  Q2
A1 P1 A2 P2 A2 P2

41
Estimativa de escoamentos

 Caso 2 – escoamento afluente a uma albufeira.


St+1 = St + It - Ot + Pt – Et
 Caso 3 – apenas se dispõe de dados climáticos
(temperatura, precipitação): fórmula de Turc.
DE = P – R valores em mm
P
DE  L = 300 + 25T + 0.05 T3
2
P
0.9  2
L

T temperatura anual média em ºC 42


Preenchimento de falhas

 Existe uma série de dados com algumas falhas


 Regressão linear do escoamento anual sobre a
precipitação anual R = a + b P; a, b – parâmetros
da regressão.
 Equação a utilizar para os anos em que não
existem valores de R.
 Valores de R (anuais) podem ser desagregados
para valores mensais com base nos valores
mensais médios.
 Também se pode fazer a regressão a partir da
série de escoamentos numa estação próxima.
43
Distribuição temporal do escoamento
Bacia do Paiva - 1954/55
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
0
Não há uma relação
20 simples entre os
caudais de cheia e as

Precipitação Diária (mm)


40

precipitações que os
200
60
originam.
80

100
Decrescimento do
150
caudal a seguir à
Caudal Médio Diário (m 3/s)

ponta ajusta-se a uma


100
exponencial negativa.
50

44
0
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Paiva em Castro Daire - 1954/55
Curva de decrescimento do caudal
k t  t 0 
Q  Q0 e
 k – constante de decrescimento
 Gráfico é linear em papel semi-logarítimico
1000
800
600
400
300
200

100
80
60
Caudal Médio Diário (m3/s)

40
30
20

10
8
6
4
3
2

1
0,8
0,6
0,4
0,3
0,2
45
0,1
Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set

Paiva em Castro Daire - 1954/55


Curva de decrescimento do caudal

 Se a partir de t0 não ocorrer qualquer


precipitação
  k ( t  t 0 ) Q0
V0   Q dt   Q e dt 
t0 t0 0 k
Q
V Reservatório linear
k V – volume que se escoa a partir do instante
t desde que não haja precipitação

46
Distribuição temporal do escoamento
 Séries com interesse (caudais e escoamentos):
 Valores diários 365 x N
 Valores mensais 12 x N
 Valores anuais N
 Caudais diários máximos anuais N (estudo de
cheias)
 Caudais diários mínimos anuais N (estudo de
secas)
 Representação com gráfico de caixas (box-
plot): média, mediana, máximo, mínimo,
quartis.
47
Séries mensais de escoamentos

48
Distribuição temporal do escoamento
1600
70
1400
60
1200

Escoamento mensal (mm)


Escoamento mensal (hm )
3

50
1000

40
800

30
600

400 20

200 10

0 0
OUT NOV DEZ JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET

Rio Incomáti em Ressano Garcia


49
Curvas de duração

 Curva de duração do caudal médio diário –


marca-se em ordenadas o caudal médio diário
e em abcissas o número de dias do ano
hidrológico, ou a percentagem em dias do ano,
em que esse caudal é igualado ou excedido.
 Curva de duração média – ordenam-se todos
os valores observados, divide-se o número de
ordem pelo número de anos de observação e,
caso se expressem em percentagem, também
pelo número médio de dias por ano de registo.
50
Curvas de duração
2000
3
Duração média (%) Caudal (m /s)

1800 Max. Obs. 1602 (em 20/3/1972)

10 157
1600 20 88
2
30 61 Área = 21544 km
1400
40 44
Caudal Médio Diário (m 3/s)

3
50 33 Qmod = 64,2 m /s
1200
60 23
3
70 14 Q50 = 55,4 m /s
1000
80 8
800 90 1

100 0
600

400 Duração média

200

0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100

Ressano Garcia - E23 - Duração anual (%)

Rio Incomáti em Ressano Garcia


51
Distribuição espacial do escoamento

 Grandes variações geográficas.


 Rios de Moçambique por ordem do caudal
anual médio na foz:
 Zambeze
 Limpopo
 Rovuma
 Lúrio
 Púngoè
 Búzi
52
Mapa do
escoamento
anual médio
(mm) (fonte:
Atlas de energias
renováveis,
Gesto Energia,
2012)

53
Hidrograma do escoamento superficial
 Principais componentes:
 escoamento directo – resulta da precipitação útil
sobre a bacia, cessa algum tempo após o fim da
precipitação;
 escoamento de base – resulta da alimentação do
rio por água subterrânea, pode continuar por
longos períodos em que não há precipitação;
 escoamento intermédio ou sub-superficial – água
que se escoa na camada superficial do solo, cessa
com atraso em relação ao escoamento directo;
 escoamento resultante da precipitação sobre a
rede hidrográfica, cessa rapidamente após o fim da
54
precipitação.
Hidrograma do escoamento superficial

 Bacias de média e grande dimensão – em


primeira análise, pode-se considerar que o
hidrograma do escoamento superficial resulta
da sobreposição do escoamento directo com o
escoamento de base.

55
Escoamento de base

 Em períodos sem precipitação e recarga, o


nível freático no aquífero decresce e diminui a
contribuição para o escoamento superficial.
 Curva de esgotamento Qt = Qo e-αt .
 α – parâmetro característico do aquífero,
obtém-se por regressão logarítmica da curva de
esgotamento ln Qt = ln Qo – αt.

56
60

50

40

Precipitação (mm)
Precipitação efetiva, útil ou em excesso

Separação das 30

componentes 20
Perdas iniciais

do hidrograma 10
Perdas distribuídas
0
1-Mai 11-Mai 21-Mai 31-Mai 10-Jun 20-Jun
Dia

45
40
35

30 Escoamento direto
Caudal (m /s)
3

25
20
15

10
5
Escoamento de base
0
1-Mai 11-Mai 21-Mai 31-Mai 10-Jun
57
20-Jun
Dia
Separação das componentes do
hidrograma
 1º método: N = 0,8 A0,2 com N em dias, A em
km2, dá por vezes valores excessivos.
 2º método: representar o hidrograma em papel
semi-logarítmico e identificar o fim do
escoamento directo (a curva de recessão
aparece como uma recta). Este é o método
preferível.

58
Forma do hidrograma

59
Forma do hidrograma

 troço AB – curva de crescimento


 B – ponta do hidrograma
 troço BD – curva de decrescimento
 C – fim do escoamento directo
 D – fim do escoamento resultante da
precipitação sobre a rede hidrográfica
 troço DE – escoamento de base, representa a
curva de esgotamento.

60
Forma do hidrograma
 tr - duração da precipitação útil.
 tl - tempo de reposta (“time lag”), entre o centro de
gravidade da precipitação útil e o pico do hidrograma.
 tc - tempo de concentração, tempo necessário para
que a gota de água caída na secção cinematicamente
mais distante chegue à secção de saída. É uma
característica importante da bacia para o estudo de
cheias.
 te - tempo de esvaziamento, normalmente pequeno,
corresponde ao escoamento do volume armazenado
na rede hidrográfica.
61
Forma do hidrograma

 tp - tempo para a ponta, corresponde à curva


de crescimento.
 td - tempo de decrescimento, corresponde à
respectiva curva.
 tb - é o tempo base do hidrograma.
tr
tp   tl
2

tb  t p  t d  tr  t c  t e
62
Factores que influenciam a forma do
hidrograma
 Factores: características da bacia drenante e
da precipitação
 Modificações do hidrograma por influência
humana:
 Abstracções de água
 Albufeiras de armazenamento
 Alterações na cobertura vegetal
 Desflorestação
 urbanização

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