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RESUMO
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*Bacharel em Enfermagem. E-mail: davids.oliver@hotmail.com / mikarjba@yahoo.com.br
Artigo apresentado a Atualiza Cursos, como requisito parcial para obtenção do título de especialista
em Enfermagem em Emergência, sob a orientação do professor (a) Max Lima. Salvador, 2014.
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1 INTRODUÇÃO
Desde a criação do Sistema Único de Saúde (SUS) vem se tentando cada vez
mais melhorar os serviços prestados à saúde e levar o atendimento a todas as
pessoas independente de sua raça, cor e religião.
Os atendimentos em saúde vêm passando por várias transformações, onde essas
transformações buscam melhoras, garantido assim uma melhor qualidade de vida
para os brasileiros.
O Ministro do Estado da Saúde no uso de suas atribuições resolve: Art. 1º. Instituir
o componente pré-hospitalar móvel previsto na Política Nacional de Atenção às
Urgências, por meio da implantação de Serviços de Atendimento Móvel de Urgência
– SAMU 192, suas Centrais de Regulação (Central SAMU 192) e seus Núcleos de
Educação em Urgência, em municípios e regiões de todo o território brasileiro, como
primeira etapa da implantação da Política Nacional de Atenção às Urgências,
conforme as orientações gerais previstas nesta Portaria.
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Hoje não se fala mais em assistência só no âmbito hospitalar, mas também fora
dessa área, como é o caso da Atenção Básica, as Unidades de Saúde da Família e
o Atendimento Pré Hospitalar Móvel.
A partir desse questionamento elaborou-se este estudo tendo como objetivo geral
analisar a atuação do enfermeiro no Serviço Pré-Hospitalar Móvel (SAMU) a partir
da revisão literária no período de 1999 a 2010.
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Com esse estudo almeja-se ter conhecimentos sobre a real atuação dos
enfermeiros do SAMU podendo analisar a sua atuação nas ocorrências já que se
sabe que cada ocorrência é diferente da outra e exige do enfermeiro além de
conhecimento cientifico, discernimento e habilidade, e diante desse resultado
sinalizar mudanças necessárias para um bom atendimento evitando o aumento do
número de complicações e sequelas aos pacientes atendidos.
Para Gil (2002), uma das vantagens desse tipo de pesquisa é a possibilidade de
analisar maior quantidade de informações do que em uma pesquisa original. O
estudo descritivo procura abranger aspectos gerais e amplos de um contexto social.
Já que se sabe que o mesmo precisa tanto de suporte matérias, como também de
profissionais qualificados. Diante disso surgiu a necessidade de pesquisar se esses
fatores estão presentes nos serviços existentes procurando identificar se os
enfermeiros são capacitados adequadamente para atuar no atendimento pré-
hospitalar.
2 DESENVOLVIMENTO
Antes da criação do Sistema Único de Saúde (SUS), a saúde era direito apenas
dos funcionários que contribuíam com a Previdência Social no Brasil, dessa maneira
apenas uma minoria da população tinha atendimento médico, deixando o restante
da população por conta da “sorte”.
Depois de vários movimentos como a Reforma Sanitária visando melhorias na
saúde da população entre outros surge então o SUS, que é fundado pela Lei
Orgânica da Saúde (Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990).
A Lei Orgânica da Saúde diz em seu artigo 2º. “A saúde é um direito fundamental
do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno
exercício”. E no seu § 1º - “O dever do Estado de garantir a saúde consiste na
reformulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de
riscos de doenças e de outros agravos no estabelecimento de condições que
assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua
promoção, proteção e recuperação”. (BRASIL, 1990).
cuidado mais humanizado e eficiente, pois permanece por mais tempo com o cliente,
devendo garantir assim uma melhor assistência. (SARAIVA, TIBOLA, STOLZ, 2004).
A coleta foi aplicada no período de maio a agosto de 2010. Onde foram usadas
como critérios de escolha as obras escritas em português e publicadas no período
de 1999 a 2010. Usando como palavras chaves “O enfermeiro no Atendimento Pré-
Hospitalar Móvel”, “O enfermeiro no SAMU”, “O enfermeiro no atendimento de
urgência e emergência foram encontradas 110 resultados”.
Porém após uma leitura rápida dos resumos das obras encontradas foram
selecionados apenas 11 (onze) obras, pois as demais não atendiam os critérios de
escolha. As obras selecionadas conforme quando abaixo foram:
Roberto
Soenrensen
Maria Lucia
do Carmo
Cruz
Robazzi.
Projeto de Secretaria
Reorganização da Saúde do 07
do Estado da
Atendimento Bahia.
de Urgências e APH móvel-
Emergências SAMU
para o Estado
12
da Bahia
Concepções e 11
sentimentos Evânio Revista 2010 Descritiva,
Marcio Latino- qualitativa
de
Romazini Americana de
enfermeiros Enfermagem
que atuam no Lisnéa
atendimento Fabiani Bock
pré-hospitalar
sobre á
prática e a
formação
profissional
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Das onze publicações usadas apenas duas foram publicadas antes da Política
Nacional de Atenção as Urgências; sendo que dessas duas, uma enfocava mais
sobre o profissional médico. Os demais estudos referem-se aos enfermeiros como
sendo o profissional responsável tão quanto o médico pela vida dos pacientes em
situação de emergência. Um atendimento rápido e adequado no local do evento
pode representar uma chance maior de sobrevida para esse paciente.
De acordo com a citação acima apesar de toda qualificação existente ainda existe
muito por fazer na qualificação dos profissionais enfermeiros já que o atendimento
pré-hospitalar no Brasil é baseado em um modelo Francês. Segundo Ramos e
Sanna (2005), também corroboram com essa idéia.
O Merlo (2009) traz que a maioria dos atendimentos se dá para a população adulta
jovem fazendo-se assim necessária uma especialização nessa área, mas sem deixar
de atentar-se para outras faixas etárias. O que faz muito sentido, já que a população
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A idéia é sustentada pela colocação dos autores Romazini e Bock (2010) onde diz
que os sentimentos despertados durante e após a prestação do socorro e resgate do
paciente, são os sentimentos mais diversos e chocam emocionalmente os
profissionais devido à violência de algumas cenas, sendo sempre uma novidade
para o enfermeiro do APH. Os profissionais do APH deveriam contar com suporte
emocional como, por exemplo, acompanhamento com psicólogos.
3 CONCLUSÃO
A cada dia que passa é notável o aumento das ocorrências deixando claro assim a
exigência por profissionais qualificados para poderem atuar em situações de
emergência.
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O profissional enfermeiro a cada dia que passa procura marcar seu espaço no
mercado de trabalho, então é preciso que esses profissionais sejam capazes de
atenderem as urgências e emergências diminuindo as possibilidades de seqüelas e
aumentando as chances de sobrevida dos pacientes.
É também de fundamental importância que os enfermeiros além de qualificação
tenham acima de tudo equilíbrio emocional e senso crítico para poder analisar cada
situação e agir da melhor maneira possível.
Os enfermeiros podem e devem atuar, mas é preciso que lhe seja dado autonomia
e treinamento específicos, e que esse treinamento seja uma linguagem nacional
para que a assistência possa ser bem prestada em todos os tipos de ocorrência.
Os profissionais de saúde têm que ter em mente que por maior que se tenha
conhecimento sobre um determinado assunto sempre existe algo a mais para
aprender.
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ABSTRACT
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¹ Informação extraída da Norma ABNT 6022 (2003, p.4).
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REFERÊNCIAS
16. GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ª edição São
Paulo: Atlas, 2002.
17. LAROSA, Marco Antônio; AYRES, Fernando Arduini. Como produzir uma
Monografia. 5ª ed. Rio de Janeiro, 2005.