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Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Lição 1

A ATIVIDADE DOS GUARDA-VIDAS

OBJETIVOS

Ao final da lição os participantes serão capazes de:

1. Conhecer o conteúdo da cartilha dos guarda-vidas civis e primar pelo seu


cumprimento.

2. Conhecer a Legislação Federal que versa sobre o serviço voluntário.


3. Conhecer a Legislação Estadual que versa sobre a contratação temporária e
prestação de serviço voluntário na atividade de salvamento aquático
por pessoal civil.
3. Conhecer a Legislação Estadual regulamentadora da Lei nº 13.880/06 que
versa sobre a contratação temporária e prestação de serviço voluntário na
atividade de salvamento aquático por pessoal civil.
4. Conhecer a Portaria do Corpo de Bombeiros Militar de SC que regula os
Exames de Habilidade Específica para Guarda-vidas Civis.

Revisado 11/2011 MP1. 1


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ESTADO DE SANTA CATARINA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO

PARA A CONDUTA DE GUARDA-VIDAS


CIVIS

FLORIANÓPOLIS – SC

Revisado 11/2011 MP1. 2


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ÍNDICE

1. PRÉ-REQUISITOS 4

2. FORMAÇÃO 4

3. CONTRATAÇÃO 4

4. REGIME DE TRABALHO 4

5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS 5

Condicionamento emocional 5

Condicionamento técnico 5

Condicionamento físico 5

6. FILOSOFIA DE TRABALHO 6

7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS 6

8. PADRÃO DE CONDUTA 7

9. APRESENTAÇÃO PESSOAL 7

10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES 9

11. CÓDIGO DISCIPLINAR 10

12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS 11

13. ANEXO “A” 12

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Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ESTADO DE SANTA CATARINA


CORPO DE BOMBEIROS MILITAR
COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)

CARTILHA DE ORIENTAÇÃO PARA A CONDUTA DE

GUARDA-VIDAS CIVIS

1. PRÉ-REQUISITOS
1. Boa saúde, comprovada por exame de saúde e atestado médico;
2. Bom preparo físico, comprovado através de teste de aptidão física
(TAF);
3. Bom preparo técnico, comprovado através de avaliação por instrutores
do Corpo de Bombeiros Militar (CBMSC);
4. Bons antecedentes, comprovados através de Folha Corrida do Fórum de
domicílio;
5. Curso de formação de guarda-vidas civil, comprovado pelo certificado de
conclusão com aproveitamento fornecido pelo CBMSC;
6. Preenchimento de cadastro com dados pessoais;
7. Possuir equipamentos individuais tais como: apito, nadadeiras, óculos
de proteção e protetor solar.

2. FORMAÇÃO
Os guarda-vidas civis, de ambos os sexos, deverão ser formados em curso
específico ministrado por instrutores do Corpo de Bombeiros Militar do
Estado de Santa Catarina.

3. CONTRATAÇÃO
1) Os guarda-vidas civis após o término do curso de formação poderão ser
convocados pelo governo estadual a trabalhar de forma voluntária
recebendo, por turno trabalhado, uma ajuda de custo a título de
indenização por suas despesas, em consonância com o estabelecido nos
§§ 1º e 2º, do Art 6º da Lei Estadual Nº 13.880, de 04 de dezembro de
2006;
2) Os guarda-vidas civis poderão ainda ser contratados pelo governo
municipal ou pela iniciativa privada;
3) O prazo de contratação ficará a cargo do contratante.

4. REGIME DE TRABALHO
• Ao guarda-vidas civil que aderir ao serviço voluntário, ou for contratado,
existirão duas possibilidades de jornada de trabalho, a serem definidas
de acordo com o planejamento do Comando do Corpo de Bombeiros

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Militar. Estas jornadas compreendem: turnos de 06 (seis) até 09 (nove)


horas diárias e turnos de no mínimo 09 (nove) horas diárias.
• Os horários de início e término do serviço, bem como os horários de
almoço, serão regulados pelo bombeiro militar comandante do posto de
salvamento ou comandante da praia, atendendo às peculiaridades de
cada localidade.
• O comandante da praia é o guarda-vidas militar do Corpo de Bombeiros
Militar mais antigo no local, que responde pelo serviço de salvamento
aquático da praia.

5. REQUISITOS BÁSICOS PARA UM GUARDA-VIDAS CIVIL

Condicionamento emocional:
• O perfeito equilíbrio emocional é fundamental para o pleno exercício de
uma atividade, principalmente aquela considerada emergencial e de
elevado risco.
• Devido as características particulares da atividade, o guarda-vidas civil
mantém um estreito relacionamento com o público, cabendo a ele
informar, orientar e socorrer.
• Um bom guarda-vidas civil deverá ter espírito de liderança,
sociabilidade, autoconfiança e saber exercer sua autoridade.

Condicionamento técnico:
• O condicionamento técnico deverá ser realizado constantemente de
forma a manter o guarda–vidas civil apto a desempenhar suas
atividades. Esse condicionamento é adquirido através de atividades
relacionadas com a função e tem por objetivo a fixação das técnicas
adquiridas na fase de formação (curso), ampliando-se em função de
novos conhecimentos e experiências obtidas.
• Antes de assumir o serviço no posto salvamento, o guarda-vidas civil
deverá ser orientado no que diz respeito às atividades do serviço, bem
como às características do local a ser monitorado.
• Deverão, ainda, ser repassadas aos guarda-vidas civis as seguintes
informações:
- Funcionamento da estrutura administrativa e a quem está
subordinado;
- Funcionamento do sistema de comunicação e emergência;
- Extensão da área de atuação e profundidade da praia;
- Áreas de riscos e perigos existentes;
- Horários de maior freqüência de banhistas;
- Número estimado de público.

Condicionamento físico:
• O condicionamento físico é um fator preponderante para o bom
desempenho da atividade de guarda-vidas. As condições físicas ideais do
guarda-vidas deverão ser mantidas através de exercícios específicos. O
guarda-vidas deverá executar uma série de exercícios condizentes com a
exigência do serviço. Ela pode variar em função de diversos fatores, tais
como: carga horária de trabalho, relevo do local, fluxo de banhistas e
outros.

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• O plano de condicionamento físico dos guarda-vidas tem como objetivos


a preparação física e a adaptação do homem ao meio, procurando a
manutenção das condições físicas básicas para o dia-a-dia de seu
serviço, devendo ser executado exercícios respiratórios, corridas,
exercícios de resistência muscular localizada, exercícios de alongamento
e natação.
• O plano deverá prever seções de atividades físicas de até 60 (sessenta)
minutos, desde que as condições de serviço assim o permitam.
• No anexo “A” é apresentado um “quadro de modelos de condicionamento
físico dos guarda-vidas”, no qual poderão ser escolhidos os tipos de
exercícios para se montar uma sessão.
• Cada guarda-vidas civil é responsável pela constante manutenção e
aprimoramento de sua condição física.

6. FILOSOFIA DE TRABALHO
• Estar sempre preparado nos aspectos psicológicos, técnicos e físicos;
• Ser conhecedor de sua atividade;
• Saber identificar os pontos críticos do seu local de trabalho;
• Executar a prevenção sempre que necessário;
• Atender o público com afeição e cordialidade;
• Manter-se sempre atento aos banhistas;
• Conservar o posto de guarda-vidas limpo e organizado;
• Manter os equipamentos individuais e coletivos sempre limpos e em
condições de uso;
• Estar atento aos pontos críticos, procurando atuar preventivamente;
• Acatar as orientações e determinações do bombeiro militar comandante
da praia;
• Entender que a coordenação, a orientação e a fiscalização do serviço é
tarefa do Corpo de Bombeiros Militar e será exercida por seus
integrantes;
• Conhecer, praticar e atender as normas técnicas pré-estabelecidas,
assumindo inteira responsabilidade por seus atos.

7. PERFIL DO GUARDA-VIDAS
• O guarda-vidas é um profissional especialista. Algumas qualidades são
necessárias para esta atividade, em função dos riscos potenciais que a
cercam. Não basta querer ser um guarda-vidas, querer vestir a camisa,
se o candidato não possuir afinidades com o meio onde irá trabalhar,
seja em praias, lagoas, rios, piscinas de clubes, hotéis e parques
aquáticos.
• Este profissional deve possuir uma série de qualidades, pois será o
responsável pela segurança de pessoas que, na sua grande maioria,
desconhecem os perigos do lazer no meio líquido. A prática tem
demonstrado que não é qualquer pessoa que possui afinidade para esta
função.
• São qualidades natas ou adquiridas que caracterizam o bom guarda-
vidas: boa apresentação pessoal; vigor físico; sociabilidade; disciplina;
coragem; iniciativa; entusiasmo; modéstia; bom humor; integridade;
lealdade; companheirismo e humildade.
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8. PADRÃO DE CONDUTA
• Apresentar-se ao trabalho limpo, asseado e bem disposto, livre de
influência de álcool ou outra substância química que cause dependência,
tais como narcóticos, drogas ou alucinógenos;
• Cumprir com rigor os horários estabelecidos nas escalas de serviço;
• Primar pela cordialidade e respeito aos companheiros;
• Usar linguagem simples e correta, evitando gírias e vulgaridades
especialmente as de baixo calão;
• Atender as pessoas com presteza e cortesia, passando-lhes a informação
que buscam com correção e objetividade;
• Dedicar especial carinho às crianças e aos idosos. Os alertas e as
chamadas de atenção aos banhistas devem ser educativas/orientativas;
• Manter-se sempre bem postado, com o uniforme alinhado e completo;
• Ao percorrer a praia para a prevenção, demonstrar energia, alegria e
satisfação, cumprimentar as pessoas, retribuir os gestos de amizade e
consideração;
• O guarda-vidas vende a imagem da saúde, o hábito de fumar não
combina com ela;
• Nos restaurantes, utilizar sempre calção ou agasalho;
• Procurar saber quem são as pessoas que se aproximam de você.
Companhia de gente suspeita e de conduta estranha compromete a
imagem do guarda-vidas;
• Alguém tem a responsabilidade de comandar a atividade, atenda suas
orientações e ordens;
• Dispensar o uso de chicletes durante o serviço, ele transmite uma
impressão negativa e debochada.

9. APRESENTAÇÃO PESSOAL

GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO MASCULINO:

Quanto ao estilo de cabelo e penteado:


1) O cabelo deve estar sempre limpo, penteado e curto (similar ao padrão
militar);
2) Os produtos utilizados no cabelo devem ter uma aparência natural e
saudável;
3) Não é permitido cores de cabelos que sejam extravagantes ou
chamativas;
4) Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos.

Quanto ao bigode e à barba:


• Os bigodes que ultrapassam o canto da boca só serão permitidos se bem
aparados e bem cuidados;
• Nenhum outro tipo de pelo facial será permitido;
• Todos devem apresentar-se diariamente no início do expediente bem
barbeados, do início das costeletas até o queixo e abaixo do lábio;
• As costeletas devem ser bem aparadas e cuidadas, tendo como limite o
lóbulo da orelha.

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Quanto aos adereços:


• São admitidos medalhas desde que discretas, um anel por mão, um
relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou pontas
metálicas;
• Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através de
perfurações.

Quanto às unhas:
• Devem estar sempre limpas e bem aparadas.

Quanto à higiene pessoal:


• De forma geral, deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado,
procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância.

Quanto ao uso do uniforme:


• Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar
utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo que
todo o material de confecção destas vestimentas deverá ser de tecido
com característica de secagem rápida para evitar a permanência de
tecido molhado.
• Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da
temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o
agasalho padrão, utilizar um moletom ou jaqueta de cor discreta e
preferencialmente sem estampas.

GUARDA-VIDAS CIVIS DO SEXO FEMININO:

Quanto ao estilo de cabelo e penteado


• Devem cuidar para que seus cabelos estejam sempre penteados;
• Preferencialmente, o cabelo deverá ser curto. Caso ultrapasse os
ombros, deve estar preso de modo a não cobrir o rosto e atrapalhar a
visão durante o salvamento/resgate;
• Os produtos para os cabelos, se usados, devem manter uma aparência
natural;
• Não é permitido recortar o cabelo de modo a fazer desenhos, ou estilo
que mantenha raspados parte ou todo o cabelo.

Quanto ao tingimento dos cabelos:


• Poderá ser feito desde que se adote um padrão natural, não sendo
permitido o branqueamento ou coloração extravagante.

Quanto a acessórios para cabelos:


• É aconselhado o uso de materiais como tiaras, presilhas ou elásticos,
sempre em cores discretas, com o objetivo de prender o cabelo longe da
face, não devendo agir como meio para chamar a atenção.

Quanto ao uso de cosméticos:


• O uso de cosméticos deve dar um aspecto natural. Agindo como um
complemento às cores da pele, não devendo ser muito brilhante.

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• Sombras e delineadores devem ter tons discretos, assim como os


batons. As cores dos cosméticos devem estar em consonância com o
uniforme.

Quanto às unhas:
• Devem estar sempre limpas, não devendo ser excessivamente
compridas, mantendo um padrão entre si. O esmalte deve ter uma cor
discreta, não sendo permitido o uso de adesivos, brilhos ou unhas
artificiais.

Quanto a adereços:
• É admitido o uso de medalhas desde que discretas, um anel por mão,
um relógio preso a pulseira, uma pulseira discreta, sem rebarbas ou
pontas metálicas.
• Não são permitidos brincos ou outros objetos presos ao corpo através de
perfurações.

Quanto à higiene pessoal:


• De forma geral deve o guarda-vidas estar sempre bem limpo e asseado,
procurando usar desodorante anti-transpirante e de baixa fragrância.

Quanto ao uso do uniforme:


• Durante todo o turno de serviço o Guarda-vidas civil deverá estar
utilizando uniforme completo (calção, camiseta e cobertura), sendo que
todo o material de confecção destas vestimentas deverá ser de tecido
com característica de secagem rápida para evitar a permanência de
tecido molhado.
• Nos dias em que estiver ventando muito ou houver queda da
temperatura, será permitido ao guarda-vidas civil, se não possuir o
agasalho padrão, utilizar um moletom ou jaqueta de cor discreta e
preferencialmente sem estampas.

10. CATEGORIAS DE PENAS DISCIPLINARES

Dependendo da natureza e das circunstâncias do incidente e do grau da


falta, o contratante deve submeter o infrator às medidas disciplinares em
vigor pela sua instituição, ou, caso estas não existam, sugerimos;

• Primeiramente: Advertência verbal (guarda-vidas civis voluntários ou


contratados temporariamente)
Admitida para a correção de algo que esteja sendo executado de forma
insatisfatória e que deva ser corrigido. Essa advertência poderá ser
registrada na ficha pessoal do guarda-vidas, contendo hora, local, data e
tipo de falha cometida.

• Ato contínuo: Advertência por escrito (guarda-vidas civis voluntários


ou contratados temporariamente)
Admitida para registrar desempenhos ou atitudes que já tenham sido
reprimidas verbalmente, ou que sejam de natureza grave. Deverão ser por

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escrito, assinadas pelo infrator, ficando anexadas na ficha pessoal do


guarda-vidas.

• Na seqüência: Suspensão para investigação (guarda-vidas civis


voluntários ou contratados temporariamente)
Aplicada em caso de violações graves dos padrões de conduta, de
procedimentos operacionais ou por conduta imprópria. Caso ocorra um
incidente disciplinar grave, o guarda-vidas será suspenso para que sejam
realizadas investigações. No processo, o infrator terá direito a sua defesa e,
caso seja considerado culpado pela falha cometida, poderá ser excluído do
programa de voluntariado ou rescindido seu contrato temporário.

• Por último: Exclusão do programa de voluntariado ou rescisão do


contrato temporário (guarda-vidas civis voluntários ou contratados
temporariamente)
Aplicadas caso constatada a culpa após a suspensão para investigação.

A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos


horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos
comprometem sua condição física e moral, bem como refletem
negativamente sobre a imagem da Corporação.

11. CÓDIGO DISCIPLINAR

A conduta disciplinar do guarda-vidas é parte relevante, com reflexos na


sua atividade profissional, e poderá, dependendo da natureza e da
gravidade, resultar em punição, variando de uma simples advertência
verbal até a demissão sumária.

A conduta disciplinar se estende também ao comportamento fora dos


horários de trabalho, uma vez que determinados procedimentos
comprometem sua condição física e moral.

São condutas reprováveis:


I - Uso de substâncias psicotrópicas, incluindo o uso de álcool (demissão);
II - Apresentar-se para o serviço sob efeito de álcool ou outra droga (de
advertência à demissão);
III - Falta ao serviço para o qual encontrava-se escalado (de advertência à
demissão);
IV - Chegar atrasado ao serviço ou sair antes do horário (de advertência à
demissão) ;
V - Abandonar o serviço (demissão);
VI - Apresentar-se para o serviço sem os equipamentos ou sem o uniforme
(chinelo, sunga, camiseta, calção) (de advertência à demissão);
VII -Namorar durante o horário de serviço ou distrair-se em conversas com
amigos/conhecidos (de advertência à demissão);
VIII - Reincidir em faltas da mesma natureza ou de natureza diversa.
Constitui demonstração clara da falta de disposição para correção ou
melhora de sua conduta (de advertência à demissão);

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XIX - Desrespeitar normas do serviço de salvamento aquático,


regulamentadas pelo CBMSC (de advertência à demissão);
X - Usar linguagem de baixo calão na presença de banhistas ou ser
descortês com os mesmos (de advertência à demissão);
XI - Mascar chicletes ou fumar em público durante o trabalho (de
advertência à demissão);
XII – Desobedecer ou recusar cumprir ordem ou falhar em serviço que lhe
foi prescrito (de advertência à demissão);
XIII - Deixar o seu local de trabalho sem ter sido devidamente substituído
ou sem permissão de seu superior (de advertência à demissão);
XIV - Freqüentar local de almoço trajando somente sunga e camiseta (de
advertência à demissão);
XV - Durante rondas ou próximo ao posto, estar em companhia de
indivíduos de má índole (de advertência à demissão);
XVI – Permitir a entrada de pessoas estranhas ao serviço no posto de
salvamento (de advertência à demissão);
XVII – Adotar condutas que publicamente comprometam a imagem do
serviço de salvamento aquático durante e após o turno de serviço
(demissão);
XVIII – Utilizar o posto de salvamento fora do horário de serviço como local
de encontro de pessoas para prática de atos de origem duvidosa.
(demissão);
XIX – Demais condutas reprováveis previstas como transgressões
disciplinares no RDPMSC deverão, naquilo que por analogia couber aos
guarda-vidas civis, ser igualmente penalizadas.

12. QUEIXA DOS GUARDA-VIDAS

Caso ocorra algum problema em relação ao serviço, o guarda-vidas


deve seguir os seguintes passos:
1) Encaminhar sua queixa, por escrito, ao superior imediato, o qual
deverá solucioná-la dentro de um prazo de 48 horas. Caso a queixa envolva
seu superior imediato, remete-se ao item 2;
2) Caso esteja insatisfeito com a decisão do seu superior imediato ou
a queixa o envolva, dirija-se ao oficial ronda de praia, o qual dará sua
decisão por escrito às partes envolvidas em até 48 horas;
3) Caso ainda insatisfeito com a decisão do oficial ronda, solicite o
encaminhamento do processo ao comandante do serviço de salvamento
aquático local.
Em qualquer caso, o queixado deverá ter ciência da queixa, através
de quem recebê-la.

Obs. Assuntos referentes ao contrato ou condições de trabalho, devem ser


resolvidos diretamente com o contratante.

Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007.

ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA


Cel BM Comandante Geral do CBMSC

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ANEXO “A”

ATIVIDADES SEMANAIS 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª Sáb Dom


Alongamento X X X X X X X
Aquecimento X X X X X X X
Corrida curta distância X X X
Corrida longa distância X
Corrida intervalada – (Circuit-training) X X X X
Corrida de 200 metros X X X X
Entrada e saída da água (simulado) X X X
Jacaré X X X X X X X
Percurso – Natação (500 metros) X X X X
Percurso – Costas (500 metros) X X X
Judô Aquático X X X X
Salvamento com Pranchão X X X
Salvamento com Life-belt X X X
Treinamento de RCP/primeiros socorros X X X X

RECOMENDAÇÕES
Alongamento Duração média de 15 min. Praticar antes e depois.
Aquecimento Após o alongamento e antes da atividade principal.
Corrida curta distância Serve para melhorar o condicionamento. Prepara
(1.800 metros) para atividades que exijam resistência aeróbica.
Corrida longa distância Serve para melhorar o condicionamento. Prepara
(3.200 metros) para atividades que exijam resistência aeróbica.
Corrida intervalada Corridas variadas, abdominais, apoios, etc.
(Circuit-training)
Corrida de 200 metros Desenvolve a agilidade e a velocidade.
Entrada e saída da água Condiciona para a atividade fim do salvamento
(simulado) aquático.
Desenvolve as habilidades aquáticas e melhora a
Jacaré
resistência localizada.
Percurso – Natação Desenvolve a coordenação, a correção do nado
(500 metros) estilo Crawn e a resistência aeróbica.
Percurso – Costas Desenvolve a coordenação, a força e a resistência
(500 metros) localizada.
Desenvolve técnicas de desvencilhamento de
“Judô” Aquático
vítimas.
Capacita para a utilização de outros materiais
Salvamento com pranchão
utilizados em salvamento.
Salvamento com life-belt Para aprimoramento da técnica de salvamento.
Serve para aprimorar a técnica de ressuscitação e
RCP e primeiros socorros
atualizar técnicas de primeiros socorros.

Florianópolis, SC, em 28 de setembro de 2007.

ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA


Cel BM Comandante Geral do CBMSC

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LEI FEDERAL Nº 9.608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998

Dispõe sobre o serviço voluntário e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional


decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Considera-se serviço voluntário, para fins desta Lei, a atividade não
remunerada, prestada por pessoa física a entidade pública de qualquer
natureza, ou a instituição privada de fins não lucrativos, que tenha objetivos
cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social,
inclusive mutualidade.
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício, nem
obrigação de natureza trabalhista previdenciária ou afim.
Art. 2º O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de
adesão entre a entidade, pública ou privada, e o prestador do serviço
voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições de seu exercício.
Art. 3º O prestador do serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas
que comprovadamente realizar no desempenho das atividades voluntárias.
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar
expressamente autorizadas pela entidade a que for prestado o serviço
voluntário.
Art. 3o-A. Fica a União autorizada a conceder auxílio financeiro ao prestador de
serviço voluntário com idade de dezesseis a vinte e quatro anos integrante de
família com renda mensal per capita de até meio salário mínimo. (Incluído pela
Lei nº 10.748, de 22.10.2003) (Regulamento)
§ 1o O auxílio financeiro a que se refere o caput terá valor de até R$ 150,00
(cento e cinqüenta reais) e será custeado com recursos da União por um
período máximo de seis meses, sendo destinado preferencialmente: (Incluído
pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
I - aos jovens egressos de unidades prisionais ou que estejam cumprindo
medidas sócio-educativas; e (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
II - a grupos específicos de jovens trabalhadores submetidos a maiores taxas
de desemprego. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
§ 2o O auxílio financeiro será pago pelo órgão ou entidade pública ou
instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do
Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com
recursos próprios. (Incluído pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
§ 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao
voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins
lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o
terceiro grau, bem como ao beneficiado pelo Programa Nacional de Estímulo
ao Primeiro Emprego para os Jovens - PNPE. (Incluído pela Lei nº 10.748, de
22.10.2003)
§ 2o O auxílio financeiro poderá ser pago por órgão ou entidade pública ou
instituição privada sem fins lucrativos previamente cadastrados no Ministério do
Trabalho e Emprego, utilizando recursos da União, mediante convênio, ou com
recursos próprios. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)

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§ 3o É vedada a concessão do auxílio financeiro a que se refere este artigo ao


voluntário que preste serviço a entidade pública ou instituição privada sem fins
lucrativos, na qual trabalhe qualquer parente, ainda que por afinidade, até o 2o
(segundo) grau. (Redação dada pela Lei nº 10.940, de 2004)
§ 4o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se família a unidade
nuclear, eventualmente ampliada por outros indivíduos que com ela possuam
laços de parentesco, que forme um grupo doméstico, vivendo sob o mesmo
teto e mantendo sua economia pela contribuição de seus membros. (Incluído
pela Lei nº 10.748, de 22.10.2003)
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5º Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998; 177º da Independência e 110º da República.

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO


Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de 19.2.1998

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LEI PROMULGADA Nº 13.880, de 04 de dezembro de 2006

Procedência: Governamental
Natureza: MPV 129/06 – PCL 129/06
DO: 18.020 de 06/12/06
Fonte - ALESC/Coord. Documentação

Dispõe sobre a contratação temporária e a prestação de serviço


voluntário na atividade de salvamento aquático por pessoal civil e
estabelece outras providências.

Faço saber que o Governador do Estado, de acordo com o art. 51 da


Constituição Estadual, adotou a Medida Provisória nº 129, de 13 de novembro de 2006,
e eu, Deputado Julio Garcia, Presidente da Assembléia Legislativa do Estado de Santa
Catarina, para os efeitos do disposto no § 8º do art. 311 do Regimento Interno,
promulgo a seguinte Lei:

Art. 1º Fica o Poder Executivo autorizado a promover a prestação de


serviço voluntário e a contratação de guarda-vidas civis, ambas em caráter temporário,
para execução da atividade de salvamento marítimo no litoral catarinense, em
conformidade com o disposto na Lei federal nº 9.608, de 18 de fevereiro de 1998, para
o voluntário e, as leis trabalhistas para o contratado.
§ 1º Os guarda-vidas civis voluntários, contratados em caráter
temporário, executarão suas atividades sempre supervisionados e em conjunto com um
ou mais bombeiros militares aos quais estarão disciplinarmente subordinados.
§ 2º O número de guarda-vidas civis voluntários destinados a cada
praia será definido pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Art. 2º Os serviços voluntário e contratado serão efetuados nos meses


de outubro a março, podendo ser estendidos ou reduzidos de acordo com a necessidade
do serviço de salvamento aquático.

Art. 3º As adesões ao serviço voluntário e as admissões dos


contratados serão aceitas após aplicação de exames de habilidades específicas, definidos
e efetuados pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Art. 4º São condições para prestar o serviço voluntário de salvamento


marítimo:
I - ter no mínimo dezoito anos;
II - apresentar negativa de antecedentes criminais;
III - ter sanidade mental e capacidade física;
IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
V - apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento
do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em cartório.

Art. 5º São condições para ser contratado temporariamente:


I - ter no mínimo dezoito anos;
II - apresentar negativa de antecedentes criminais;
III - ter sanidade mental e capacidade física;

Revisado 11/2011 MP1. 15


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

IV - ser legalmente habilitado para o exercício da função; e


V - ser aprovado em processo seletivo simplificado.

Art. 6º Os voluntários que atuarem como guarda-vidas civis no


serviço de salvamento aquático terão direito ao ressarcimento das despesas efetuadas
com alimentação, transporte e equipamentos e os contratados receberão salário como
contraprestação do serviço prestado.
§ 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com
alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao
turno trabalhado de seis a nove horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por cento) e o
correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de 55%
(cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de uma diária militar, paga ao
soldado BM guarda-vidas.

LEI 14.606/08 (Art. 4º) – (DO. 18.518 de 31/12/08)


“O § 1º do art. 6º da Lei nº 13.880, de 4 de dezembro de 2006, passa a vigorar
com a seguinte redação:
“Art. 6º ............................................................................................................
§ 1º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com alimentação,
transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao turno
trabalhado de seis a nove horas diárias, será de quarenta e cinco por cento do
valor referente a uma diária militar paga ao soldado BM guarda-vidas, e o
correspondente ao turno de trabalho maior que nove horas diárias será de
setenta e cinco por cento do valor referente a uma diária militar paga ao
soldado BM guarda-vidas. (NR)”
§ 2º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem
por cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de 02 de
março de 2006.
Art. 7º Para ambas as modalidades de prestação de serviço o Estado
providenciará seguro de vida e contra acidentes que por ventura possam ocorrer no
desenvolvimento da atividade de salvamento aquático.

Art. 8º O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina é


responsável, de forma exclusiva e indelegável, pela formação e treinamento de todo e
qualquer recurso humano civil envolvido na atividade de salvamento aquático, podendo
homologar cursos de salvamento aquático realizados por outras instituições, se estes
forem compatíveis com o currículo do curso desenvolvido pela corporação militar.

Art. 9º O Chefe do Poder Executivo regulamentará a presente Lei no


prazo de trinta dias.

Art. 10. As despesas decorrentes da execução desta Lei correrão à


conta das dotações do Orçamento Geral do Estado.

Art. 11. Ficam revogadas a Lei nº 12.470, de 11 de dezembro de 2002,


e a Lei nº 13.536, de 04 de novembro de 2005.
PALÁCIO BARRIGA-VERDE, em Florianópolis, 04 de dezembro de 2006
DEPUTADO JULIO GARCIA
Presidente

Revisado 11/2011 MP1. 16


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

DECRETO No 4.849, de 11 de novembro de 2006

Regulamenta a contratação temporária e a prestação de serviço voluntário


na atividade de salvamento aquático por pessoal civil.

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SANTA CATARINA, usando


da competência privativa que lhe confere o art. 71, incisos I e III da
Constituição Estadual,

D E C R E T A:

Art. 1º Os guarda-vidas civis, voluntários ou contratados


temporariamente, serão subordinados disciplinarmente ao bombeiro militar, sendo que
na praia onde houver serviço de salvamento aquático, haverá sempre a presença de pelo
menos 1 (um) bombeiro militar supervisionando e coordenando as atividades.

Parágrafo único. Os guarda-vidas civis deverão observar, respeitar e


estar subordinados ao respectivo regulamento disciplinar específico que rege a conduta
dos mesmos, instituído pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Art. 2º O Corpo de Bombeiros Militar definirá a quantidade e


distribuição de guarda-vidas voluntários destinados para o serviço de salvamento
aquático, conforme avaliação técnica.

Art. 3º A quantidade e distribuição dos guarda-vidas civis contratados


temporariamente serão definidas conforme a necessidade do serviço, de acordo com
avaliação técnica do Corpo de Bombeiros Militar.

Art. 4º O termo de adesão ao serviço de salvamento aquático do Corpo


de Bombeiros Militar obedecerá ao modelo constante no Anexo Único, deste Decreto.

Art. 5º O processo seletivo simplificado, condição para a contratação


temporária de guarda-vidas civis, aproveitará o resultado dos exames de habilidades
específicas aplicados pelo Corpo de Bombeiros Militar.

§ 1º As admissões dos contratados temporariamente respeitarão a


classificação pelo melhor índice técnico.

§ 2º Os valores relativos ao salário mensal dos contratados, bem como do


ressarcimento aos voluntários correrão por conta de recursos ordinários do Orçamento
Estadual.

Art. 6º O valor do ressarcimento das despesas efetuadas com


alimentação, transporte e equipamentos para o serviço voluntário, correspondente ao
turno trabalhado de 6 (seis) a 9 (nove) horas diárias, será de 35% (trinta e cinco por
cento) e o correspondente ao turno de trabalho maior que 9 (nove) horas diárias será de
55% (cinqüenta e cinco por cento), calculado sobre o valor de 1 (uma) diária militar,
paga ao soldado BM guarda-vidas.

Revisado 11/2011 MP1. 17


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Parágrafo único. O pagamento do ressarcimento aos voluntários, bem


como do salário mensal dos contratados será efetuado através de ordem bancária,
liquidada mediante a apresentação da escala de serviço e relatório de freqüência,
referentes a períodos de até 15 (quinze) dias.

Art. 7º A remuneração mensal do contratado corresponderá a 100% (cem


por cento) do nível 8, referência A, do Anexo I, da Lei Complementar nº 322, de 2 de
março de 2006 e pago através de repasse de dotação orçamentária da Secretaria de
Estado da Fazenda.
Parágrafo único. Os guarda-vidas civis contratados temporariamente
obedecerão a uma escala de serviço de 44 (quarenta e quatro) horas semanais.
Art. 8º O seguro de vida e contra acidentes, pago pelo Estado, cobrirá os
sinistros ocorridos no desenvolvimento da atividade de salvamento aquático com
qualquer um dos guarda-vidas civis, voluntários ou contratados temporariamente.
Art. 9º A formação de todo e qualquer recurso humano civil envolvido
em serviços de salvamento aquático no Estado de Santa Catarina, será realizada pelo
Corpo de Bombeiros Militar, conforme programa de cursos desenvolvidos pela
Instituição.

§ 1º O curso de formação de guarda-vidas civis conferirá aos mesmos a


habilitação para o exercício da atividade de salvamento aquático e abrangerá o ensino
de técnicas de salvamento aquático com a utilização de equipamentos básicos e técnicas
básicas de atendimento pré-hospitalar.

§ 2º Os equipamentos básicos referidos no parágrafo anterior constituir-


se-ão de nadadeiras, flutuadores, pranchas e bóias de salvamento.
§ 3º As técnicas básicas de atendimento pré-hospitalar, aplicadas no
serviço de salvamento aquático, constituir-se-ão em manobras de ressuscitação e
suporte básico de vida, imobilizações e aplicações de curativos.

§ 4º Aos guarda-vidas civis não será permitido realizar qualquer


atividade para as quais não estejam habilitados pelo Corpo de Bombeiros Militar.
§ 5º Qualquer outra atividade de condução naval ou de viaturas está
vedada aos guarda-vidas civis, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como
auxiliares dos bombeiros militares que conduzam tais veículos.

Art. 10. Considera-se legalmente habilitados para o exercício da função


os guarda-vidas civis que forem aprovados em curso de formação de guarda-vidas civis
realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, ou que obtiverem homologação de curso de
salvamento aquático realizado em outra instituição, se este possuir compatibilidade com
o currículo do curso desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar.

Parágrafo único. A validade da habilitação será de 9 (nove) meses, em


ambos os casos previstos neste artigo, sendo que, após este prazo, os guarda-vidas civis
deverão realizar exames de habilidades específicas definidos e efetuados pelo Corpo de
Bombeiros, para obter a revalidação por igual prazo.

Revisado 11/2011 MP1. 18


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Art. 11. As condições para a prestação do serviço de salvamento, de que


trata este Decreto, são as seguintes:

I - para o serviço voluntário de salvamento marítimo:


a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos;
b) apresentar negativa de antecedentes criminais;
c) ter sanidade mental e capacidade física;
d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
e) apresentar Termo de Adesão ao Serviço Voluntário de Salvamento do
Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, com firma reconhecida em cartório.

II – para a contratação temporária:


a) ter no mínimo 18 (dezoito) anos;
b) apresentar negativa de antecedentes criminais;
c) ter sanidade mental e capacidade física;
d) ser legalmente habilitado para o exercício da função; e
e) ser aprovado em processo seletivo simplificado.

Art. 12. Entende-se por treinamento dos guarda-vidas civis, o programa


de condicionamento físico e técnico, que possibilite a execução das atividades de
salvamento aquático com qualidade e será realizado sempre que houver necessidade de
aprimoramento técnico e/ou físico, conforme atualização dos protocolos estabelecidos
pelo Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina.

Parágrafo único. Se os guarda-vidas civis estiverem afastados da


atividade de salvamento aquático por um período superior a um ano, deverão ser
submetidos ao treinamento previsto neste artigo, além da necessidade de realizarem as
provas de habilidade específica a que se refere o art. 5º, deste Decreto.

Art. 13. O regulamento disciplinar específico, que rege a conduta dos


guarda-vidas civis, os exames de habilidades específicas para a adesão, admissão e
revalidação da habilitação, os critérios para a classificação pelo melhor índice técnico e
a formação de guarda-vidas civis, serão definidos através de Portaria expedida pelo
Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar.
Art. 14. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 15. Fica Revogado o Decreto nº 6.058, de 16 de dezembro de 2002.

Florianópolis, 13 de novembro de 2006.

EDUARDO PINHO MOREIRA


Governador do Estado

Revisado 11/2011 MP1. 19


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

TERMO DE ADESÃO AO SERVIÇO VOLUNTÁRIO


DE SALVAMENTO AQUÁTICO

O Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina, Pessoa Jurídica de Direito Público


CNPJ/MF 06.096.391/0001-76, situada à Rua Almirante Lamego, nº 381 – Centro,
CEP 88015-600, Florianópolis/SC, neste ato representada pelo Sr (Comandante da
OBM), doravante denominada CBMSC, e o Sr. (Nome completo do prestador do
serviço voluntário, filiação, data de nascimento, naturalidade, estado civil,
profissão, RG, CPF, endereço completo e telefone), doravante denominado
Voluntário, celebram o presente Termo de Adesão, nos termos do Decreto Estadual
nº 4849, de 11 de novembro de 2006, e das cláusulas seguintes:
Cláusula Primeira – O Voluntário, por este Termo de Adesão, compromete-
se a:
I - Auxiliar o CBMSC nas atividades de salvamento aquático;
II - Apoiar o CBMSC no atendimento pré-hospitalar;
III - Apoiar o CBMSC nas prevenções em eventos públicos diversos,
realizados em balneários públicos ou proximidades;
IV - Participar de outras atividades, mediante consentimento expresso do
CBMSC; e
V - Deixar de realizar uma ou mais atividades relacionadas acima, quando
essa colocar em risco a sua integridade física, ou ainda, quando não se sentir apto
a realizá-la.
Cláusula Segunda – O Voluntário está ciente que, mesmo atuando como
voluntário, não há exclusão da sua responsabilidade administrativa, civil ou penal,
advindas de atos, omissões ou palavras durante a execução do serviço.
Cláusula Terceira – O Voluntário está consciente da insalubridade,
periculosidade e risco de vida a que está exposto durante o serviço.
Cláusula Quarta – Durante o desempenho das atividades operacionais que
ofereçam riscos à integridade física, o Voluntário, ainda que nas funções de apoio,
deverá utilizar todos os equipamentos de proteção individual necessários.
Cláusula Quinta – O presente Termo de Adesão tem prazo de duração
indeterminado, podendo ser rescindido a qualquer tempo, mediante comunicação
escrita de uma das partes a outra.
Cláusula Sexta – O Voluntário declara ser conhecedor e aceita, por inteiro,
o constante do Decreto Estadual nº 4.849, de 11 de novembro de 2006, ciente de
que o serviço voluntário prestado ao CBMSC não gera vínculo empregatício, nem
obrigação de natureza trabalhista, previdenciária ou afim.
Por estarem acordes, as partes assinam o presente Termo, em 02 (duas)
vias de igual teor, na presença das testemunhas abaixo:
(Local e data)

_________________________ _________________________
Comandante Prestador do Serviço Voluntário

TESTEMUNHAS:

__________________________ ____________________________
(Nome e CPF) (Nome e CPF)

Revisado 11/2011 MP1. 20


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

O COMANDANTE GERAL DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR


DO ESTADO DE SANTA CATARINA, no uso das atribuições e
com base no Inciso IV, do art 1° da portaria
1106/GAB/GEREH/SSP de 30 de setembro de 2003,
combinado com art 2° e 3° do Decreto N° 525, de 29 de julho
de 2003 e Decreto 014 de 23 junho de 2003.

Resolve:

PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003

1) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS EXAMES DE HABILIDADE


ESPECÍFICA PARA ADESÃO, ADMISSÃO,CONTRATAÇÃO E
REVALIDAÇÃO DE CERTIFICADO DOS GUARDA-VIDAS CIVIS, QUE
ATUAREM DE ACORDO COM OS REGIMES PREVISTOS NA LEI 12.470,
DE 11 DE DEZEMBRO DE 2002, COMBINADO COM O ART 14 DO
DECRETO N° 6.058, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2002.

2) APROVAR A DEFINIÇÃO DOS CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO


POR ÍNDICE TÉCNICO DOS CANDIDATOS AO EXERCÍCIO DA
ATIVIDADE DE GUARDA-VIDAS CIVIS

ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA


CEL CMT GERAL DO CBMSC

Revisado 11/2011 MP1. 21


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO
COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

EXAMES DE HABILIDADE ESPECÍFICA PARA OS GUARDA-VIDAS CIVIS


(PORTARIA N°015/ CBMSC, de 26/11/2003)

REQUISITOS PARA A REALIZAÇÃO DOS EXAMES

Os exames de habilidade específica para a adesão ou admissão e para a


revalidação da habilitação, somente poderão ser realizados por guarda-
vidas civis que possuam certificado de formação em curso de guarda-
vidas ministrado ou reconhecido pelo CBPMSC, atendendo os requisitos
do currículo de formação de guarda-vidas Civil do Corpo de Bombeiros
de Santa Catarina.

Para a realização dos exames, o guarda-vidas civil deverá possuir boa


visão, boa audição e boa saúde, devidamente documentada e assinada por um
médico, a fim de que possa executar as obrigações do serviço de salvamento
aquático.

DOS EXAMES

Os exames de habilidade específica aplicados aos guarda-vidas civis, a


fim de verificar as condições físicas e técnicas para a prestação do serviço de
salvamento aquático e para a classificação em casos de disputa de candidatos
para a admissão (contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), serão os
seguintes:

- Avaliação Teórica – Avaliação referente a disciplina de recuperação de


afogados, sendo a nota mínima para aprovação igual ou superior a sete.

- Avaliação Prática – Os avaliados serão submetidos às seguintes provas


práticas, com os devidos aproveitamentos mínimos:

- Natação 500m em piscina, sem nadadeiras, estilo crawl, no tempo máximo de


onze minutos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício
deverá ser executado em até sete minutos e trinta segundos. Os tempos
intermediários serão computados conforme tabela anexa.

- Transporte de peso em piscina, devendo executá-la da seguinte forma: Nadar


25m estilo nado de aproximação, apanhar um objeto de 04 Kg a dois metros de
profundidade, emergi-lo e transportá-lo por 25m sem deixá-lo afundar. OBS: A
prova deve ser realizada sem meios auxiliares de natação, em piscina com
Revisado 11/2011 MP1. 22
Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

profundidade mínima de dois metros, num tempo máximo de um min e dez


segundos, onde obterá nota cinco. Para obter nota máxima, o exercício deverá
ser executado em até 45 segundos. Os tempos intermediários serão
computados conforme tabela anexa.

- Corrida de 1.600m, em piso firme, no tempo máximo de sete minutos, onde


obterá nota cinco, Para obter nota máxima, o exercício deverá ser executado
em até cinco minutos e trinta segundos. Os tempos intermediários serão
computados conforme tabela anexa.

- Travessia de arrebentação, com ondas de pelo menos 03 pés, contornando


uma bóia a 200m da arrebentação, sem meios auxiliares de natação, num
tempo máximo de dez minutos. OBS: Dependendo das condições do mar, esta
prova poderá ter seu tempo aumentado.

OBS1: O aluno poderá realizar até três tentativas em cada prova eliminatória.
OBS2: Será considerado reprovado o aluno que não obtiver nota mínima 07
(sete) na avaliação teórica e nota 05 (cinco) nas avaliações práticas.

Deve demonstrar, através de exames teóricos e práticos elaborados


pela 3ª Seção do Estado Maior do CBMSC, habilidades de reanimação
cardiopulmonar e primeiros socorros básicos necessários à atividade do
guarda-vidas, obtendo índice mínimo de 50% de aproveitamento na prova
teórica e 70% na prova prática;

A classificação em casos de disputa de candidatos para a admissão


(contrato temporário) e adesão (serviço voluntário), será realizada pelo melhor
índice técnico, conforme tabela em anexo.

Somente poderão aplicar exames de Habilidade Específica, Oficiais do


Corpo de Bombeiros Militar que tenham concluído com sucesso o Curso de
guarda-vidas ministrado ou reconhecido pelo Corpo de bombeiros e/ou que
possuírem, pelo menos, cinco anos de experiência na atividade de Salvamento
Aquático.

Florianópolis, SC, em 24 de novembro de 2003.

ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA


Cel PM Cmt Geral do CBMSC

Revisado 11/2011 MP1. 23


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ANEXO I
TABELA COM OS TEMPOS PARA AS HABILIDADES
ESPECÍFICAS

ESTADO DE SANTA CATARINA


SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA E DEFESA DO CIDADÃO
CORPO DE BOMBEIROS MILITAR

AVALIAÇÃO DOS GUARDA-VIDAS CIVIS

Provas Realizadas
500 mts Anilha 1600 mts Entrada/Saída
Nome Completo Tempo Tempo Tempo Tempo Classificação
Nota Nota Nota Nota
Min Seg Min Seg Min Seg Min Seg
1 Fulano de Tal 10,00 7 30 10,00 0 45 10,00 5 30 10,00 7 0 10,00
2 Fulano de Tal 5,00 11 00 5,00 1 10 5,00 7 00 5,00 14 0 5,00
* Prova de Entrada e Saída deve ser considerado as condições do mar.

Obs:

1)Na prova dos 500 metros de natação a cada segundo que ultrapasse
7 minutos e 30 segundos, será descontado o valor de 0,024 pontos;

2)Na prova da Anilha a cada segundo que ultrapasse 45 segundos, será


descontado o valor de 0,2 pontos;

3)Na prova de Corrida de 1.600 metros a cada segundo que ultrapasse


5 minutos e 30 segundos, será descontado o valor de 0,055 pontos;

4) A prova de travessia de arrebentação não terá caráter classificatório.

ADILSON ALCIDES DE OLLIVEIRA


Cel PM Cmt Geral do CBMSC

Revisado 11/2011 MP1. 24


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

ESTADO DE SANTA CATARINA


COMANDO DO CORPO DE BOMBEIROS
3ª SEÇÃO DO ESTADO MAIOR (BM-3/CCB)

DIRETRIZ DE PROCEDIMENTO
OPERACIONAL PADRÃO

CLASSIFICAÇÃO: Procedimento Operacional Padrão n.º 09/2005/BM-


3/CBMSC

ASSUNTO: Dispõe sobre o padrão de procedimentos que deverá ser


observado no funcionamento do Serviço de Salvamento Aquático prestado
pelo Corpo de Bombeiros do Estado de Santa Catarina (CBMSC), através de
seus postos, locados em praias marítimas.

1. FINALIDADE
Padronizar os procedimentos operacionais e as condutas de pessoal
pertinentes ao Serviço de Salvamento Aquático, prestado pelo CBPMSC, em
praias marítimas.

2. REFERÊNCIAS:
- Constituição Federal (art. 144, V, c/c art 144 §5º);
- Constituição Estadual (art. 107, II, letra a);
- Lei 6.217/83 (art. 2º, V e VI, c/c art. 29);
- Dec Lei 19.237/83 (art. 64)
- Doutrina de salvamento aquático.

3. OBJETIVOS:
a. Orientar as Organizações de Bombeiro Militar do CBMSC quanto ao
planejamento e a execução do Serviço de Salvamento Aquático em praias
marítimas do litoral do Estado de Santa Catarina.

b. Delegar atribuições específicas ao setor operacional da prestação do


serviço de salvamento aquático.

4. EXECUÇÃO

4.1 Abertura do posto:

O horário de serviço será, em princípio, das 0800H às 2000H, podendo o


Cmt da OBM local adequar o horário de acordo com as necessidades locais.
Os turnos de serviço poderão, a critério do cmt da OBM, ser de seis ou de
doze horas. Nos turnos de seis horas não haverá a prática de atividade
física nem horário para almoço.

O Cmt do posto ou mais antigo, no primeiro momento devera informar ao


COBOM e à central de salvamento:
1 - Que o posto já está em atividade;
2 - Registrar e informar imediatamente as faltas ao cmt da praia ou ao
ronda das praias.
Revisado 11/2011 MP1. 25
Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Educação física:

A atividade física para manutenção do condicionamento físico e técnico,


deverá ser realizada no início do turno de serviço (das 0800H às 0900H) ou
no final do turno de serviço (das 1900H às 2000H) dependendo do
movimento na praia e a critério do Cmt ou mais antigo do posto.
OBS: O coordenador da praia poderá realizar a atividade física até as 1000h
ou após as 1800h.

O treinamento físico está restrito a corrida ou natação, precedido de


aquecimento e alongamento. A prática de outras atividades relacionadas às
competições de salvamento aquático dependerá de autorização do
coordenador de praia.

O efetivo do Posto alternar-se-á para a prática da atividade física, dentro do


horário previsto, de modo que a segurança da praia não fique prejudicada.

Estratégia:
• O Cmt do Posto, ou mais antigo, deverá verificar as condições do mar,
do tempo e as características da praia para adotar a estratégia de
salvamento daquele dia:

• Sinalizar com bandeiras os locais perigosos.

• Determinar de que forma serão realizadas as rondas.

• Guarnecer o ponto que apresentar maior perigo.

• Dispor os materiais de salvamento em local ou pontos estratégicos.

• Determinar a rotina de prevenção.

• Coordenar os resgates e solicitar apoio necessário, utilizando os meios


de comunicação.

• Determinar a realização do almoço em 03 (três) turnos se houver na


guarnição 03 (três) ou mais Guarda-vidas. Se o efetivo do posto for
composto por 02 (dois) Guarda-vidas apenas, deverá ser dividido em 02
(dois) turnos de almoço. Cada turno não poderá exceder 01 (uma) hora
de duração e deverão ser praticados às 11:30H, 12:30H e 13:30H.

Jet-ski:

O Cmt do posto deve determinar que somente o piloto habilitado e escalado


para a função é quem pilotará o equipamento. Nenhum outro integrante da
guarnição poderá pilotar.

Revisado 11/2011 MP1. 26


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

O piloto durante a condução, utilizará obrigatoriamente: capacete, colete e


chave de corte de motor ligada ao colete. Portará também suas nadadeiras
no compartimento da embarcação.

O Jet-ski deverá ser posicionado em um ponto estratégico para saída.

Deverá ser demarcada na água, com duas raias em paralelo, constituídas


de cabo e bóias, a área de saída de embarcação. Deve-se, ainda, evitar que
pessoas se banhem dentro da área demarcada.

Fica proibido, exceto em atendimento de ocorrência, a entrada e saída do


Jet-ski na praia em local não demarcado.

Deverá ser demarcada na faixa de areia, com duas fitas zebradas em


paralelo, a área de estacionamento do Jet-ski. Deve-se, ainda, evitar que os
banhistas se acomodem na área demarcada.

O Cmt do posto deverá determinar que toda a guarnição se envolva nos


procedimentos de transporte do Jet-ski na faixa de areia. O piloto será o
responsável pela manutenção e preenchimento do diário de bordo.

Não será permitido realizar rondas utilizando o Jet-Ski. Somente poderá


haver o acionamento do mesmo no 1º momento da manhã, para
aquecimento, e posteriormente somente em casos de ocorrências, ou para
treinamento com prévia autorização do Ronda de Praia.

Aos Guarda-vidas civis está vedada a atividade de condução naval ou de


viaturas, permitindo-se, porém, que os mesmos atuem como auxiliares dos
bombeiros militares que conduzam tais veículos

Helicóptero:

Nos postos que possuírem área destinada para pouso de aeronave


(heliponto), o Cmt ou mais antigo deverá conservar a área isolada,
sinalizada e limpa, sempre pronta para uso.

Em caso de necessidade de pouso onde não houver heliponto, o Cmt do


posto ou mais antigo deverá providenciar uma área isolada e segura na
faixa de areia retirando pessoas e objetos como cadeira e guarda-sol.

Durante o andamento de qualquer ocorrência que necessite a intervenção


do helicóptero, o Guarda-vidas deverá acenar com as duas nadadeiras em
movimentos amplos, com os braços estendidos acima da cabeça para que a
tripulação da aeronave possa visualizar e logo em seguida, indicar com uma
das nadadeiras somente, o local onde se desenvolve a ocorrência.

Durante a passagem do helicóptero em situação normal, o Guarda-vidas


simplesmente acenará com uma das mãos (sem nadadeira) para a
tripulação da aeronave.

Revisado 11/2011 MP1. 27


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Se o Guarda-vidas estiver na água e precisando de ajuda, deverá acenar


com os dois braços para chamar a atenção da aeronave e após a
visualização da tripulação deverá permanecer com o braço direito estendido
acima da cabeça indicando a necessidade de intervenção do helicóptero.

Ronda na praia:

Os Guarda-vidas deverão estar sempre usando o uniforme regulamentar


para:

Serem localizados facilmente por populares e outros Guarda-vidas;

Garantirem a proteção recomendada contra os raios solares, preservando a


saúde.

Além do uniforme, cada Guarda-vidas será obrigado, para a realização de


rondas, a portar apito, nadadeiras e life-belt.

A duração de cada ronda será estabelecida pelo Cmt do posto, ou mais


antigo.

Os Guarda-vidas deverão estar sempre no visual do posto.

O Ronda:

O Cmt do posto ou mais antigo deverá apresentar-se ao Ronda, informando


as alterações, necessidades e relatórios.

Em qualquer situação (dias de chuva, dias com fortes ventos, dias normais,
etc), somente o Ronda terá autonomia para modificar o efetivo nos postos.

O Cmt do posto ou mais antigo deverá providenciar junto ao policiamento


local, a possibilidade de prever uma vaga de estacionamento, o mais
próximo possível do posto, para ser utilizada por Vtr ASU e Vtr do Ronda.

Relatórios:

Os registros de ocorrências de praia deverão ser entregues ao coordenador


da praia, na sua passagem pelo posto.

Em casos de ocorrências de óbito, o Cmt do posto, ou mais antigo, deverá


constar no verso das folhas de registro de ocorrência, um breve relatório
informando: origem da vítima, histórico do acidente (local exato, horário,
circunstâncias). Em caso de desaparecimento da vítima, procurar também
recolher dados sobre vestimentas, objetos pessoais (relógio, jóias), além de
marcas, tatuagens e outras características físicas.

Ocorrências de óbito devem ser informadas imediatamente ao Ronda.

Revisado 11/2011 MP1. 28


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Em caso de ocorrências que mereçam destaque (ação do Guarda-vidas


digno de menção honrosa), o Cmt do posto deverá confeccionar relatório
minucioso na forma de Comunicação Interna, coletando dados,
testemunhas, etc, e entregando ao ronda de praia.

Permanência no posto de salvamento:

Deverá haver sempre, no mínimo, 01 (um) Guarda-vidas no patamar


superior do posto, em local visível, devidamente uniformizado, atentando
para a postura e para a constante observação aos banhistas. O mesmo
comportamento deverá ser observado pelos demais integrantes da
guarnição que permanecerem no patamar inferior.

Nenhum Guarda-vidas poderá permanecer no patamar superior do posto


sem estar devidamente uniformizado.

Não poderá permanecer no posto a totalidade do efetivo. Deverá sempre


haver alguém em ronda na faixa de areia ou em prevenção em locais de
perigo.

Nos dias de chuva, a critério do Cmt do Posto, será permitida a


concentração do efetivo no posto de salvamento, se assim o movimento da
praia permitir.

Não será permitida a entrada e/ou permanência de civis no posto, mesmo


que seja para a utilização do banheiro. Exceção feita àqueles envolvidos no
serviço ou em atendimento de emergência.

Local de trabalho não é apropriado para “bate-papo” com civis e familiares.


Tal comportamento não será permitido.

Não será permitido que se guarde no Posto, qualquer material ou utensílio


de pessoas que não pertençam à Guarnição de serviço.

Uniforme:

O uniforme será aquele estabelecido pelo regulamento de uniformes do


CBMSC.

O uniforme também é um EPI, portanto, de uso obrigatório em qualquer


situação:
Nas rondas;
Prevenções;
No posto;

O agasalho previsto pelo regulamento de uniforme do CBMSC poderá ser


utilizado em dias frios, sobreposto ao uniforme.

Revisado 11/2011 MP1. 29


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Assuntos burocráticos:
Os assuntos burocráticos como: Troca de serviço, dispensa de serviço, troca
de local de trabalho, visita médica, etc. deverão ser tratados diretamente
com o coordenador de praia.

Declarações à imprensa:
As relacionadas ao atendimento de ocorrências é de competência do
Bombeiro Militar coordenador da praia. Assuntos relacionados com a
administração da Operação Veraneio, de cunho político, ou ainda que não
estejam diretamente ligados com a praia específica em que o Guarda-vidas
trabalhe, deverão ser direcionados ao Ronda de Praia.

Atendimento ao público:
Procurar ser sempre cordial e esclarecedor, evitando emprego de gírias.

Realizar sempre o serviço de prevenção na entrega de panfletos.

Evitar envolver-se em ocorrências policiais, se possível acionando uma


guarnição PM para o atendimento.

Área de atuação:
Cada posto limitar-se-á a atender, de forma preventiva na faixa de areia,
com demarcação por bandeiras, rondas e sinalização sonora, um raio de
500 (quinhentos) metros para cada lado do posto (esquerdo e direito).

O limite acima foi estabelecido atendendo a capacitação técnica pessoal e


material que o serviço de salvamento oferece atualmente. Tal distância será
desprezada em caso de ocorrência em andamento comunicada ao posto de
salvamento.

Manutenção do posto e de materiais:


O comandante do posto, ou na ausência deste, o mais antigo, será
responsável pela manutenção da limpeza do posto, bem como pela
manutenção de aparência como pintura, corte de grama, etc.

As alterações do posto (vidros quebrados, lâmpadas queimadas, fechaduras


danificadas, etc) devem ser comunicadas, pelo comandante do posto, ao
coordenador da Praia para que este providencie a devida reposição.

O efetivo do Posto deverá ser criterioso na preservação dos materiais,


protegendo-os do sol, sempre que possível, bem como, protegendo-os de
qualquer dano que possa sofrer por falta de um devido cuidado como o
ideal acondicionamento, por exemplo.

Revisado 11/2011 MP1. 30


Curso de Formação de Guarda-vidas Civis

Fechamento do posto:
Deverá ser informado ao COBOM e à central de salvamento o término dos
trabalhos.

O Cmt do posto ou o mais antigo, deverá verificar o correto preenchimento


das fichas de registro de ocorrência, antes de dispensar a guarnição e,
ainda, arquivá-las até o recolhimento pelo Ronda de praia.

Deverá ser realizada a devida faxina no posto e manutenção dos materiais


utilizados.

O Cmt do posto deverá providenciar um local seguro e habitado durante o


período noturno para guardar os materiais de serviço, considerados
permanentes como: rádio, White-med, binóculos, etc.

7. PRESCRIÇÕES DIVERSAS

7.1 As informações contidas nesse documento não poderão ser alegadas


como desconhecidas, cabendo ao coordenador da praia a divulgação,
fiscalização e exigência no cumprimento das mesmas.

7.2 O estabelecido nesse POP deverá ser seguido, no que couber, também
pelos civis prestadores do serviço de salvamento aquático,
concomitantemente com o prescrito na cartilha para Guarda-vidas civis.

7.4 O conteúdo desse POP, será repassado a todo o efetivo prestador do


serviço de salvamento aquático nos cursos de formação, nos treinamentos
pré-temporada e nas recertificações através de uma disciplina específica.

7.5 Todos postos Guarda-vidas em atividade deverão conter uma cópia


deste documento. O Cmt do posto, ou mais antigo é o responsável pelo
cumprimento deste item.

Florianópolis, SC, em 27 de Março de 2007.

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ADILSON ALCIDES DE OLIVEIRA
Cel BM Cmt Geral do CBMSC

Revisado 11/2011 MP1. 31

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