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1º BIMESTRE
DIREITO PREVIDENCIÁRIO

EVOLUÇÃO HISTÓRICA NO BRASIL E NO MUNDO

- PROTEÇÃO SOCIAL:

1. Voluntária:
a) Assistência social;
b) Mutualismo.

2. Compulsória:
a) Assistência social (1601);
b) Seguro social (1883);
c) Previdência social (1935);
d) Seguridade social (1942).

EVOLUÇÃO DA PROTEÇÃO SOCIAL NO BRASIL

1. Santas casas (1543);


2. Montepios (1808);
3. Constituição (1891);
4. Decreto legislativo (n.º 3724/19);
5. Decreto legislativo (n.º 4682/23);
6. Leis n.º 5109/26 e 5485/28.

- Revolução de 1930 – Criação dos IAPS.


- Lei n.º 5316/67 – SAT.
- Previdência rural 1969.
- SINPAS 1977.
- LBA, FUNABEM, CEME.
- INPS, IAPAS – INSS.

- OBSERVAÇÕES:

Existem cinco tipos de cobertura no Brasil:

1. Pensão por morte;


2. Gestante;
3. Incapacidade;
4. Desemprego involuntário;
5. Idade avançada.

Quando a pessoa entre no sistema previdenciário, tem expectativa de direito, e não direito adquirido.
Portanto, a lei previdenciária pode mudar a qualquer momento e modificar a situação de qualquer
contribuinte, inclusive daquele que estaria prestes a se aposentar, ou seja, se a lei mudar, o direito da
pessoa também muda.
Existe um momento previdenciário denominado graça, que é quando, após o pagamento da
contribuição de um período, o contribuinte pode ficar determinado prazo sem contribuir, se houver
necessidade.
Assim, havendo 12 meses de contribuição, a pessoa pode ficar mais 12 meses sem contribuir e
requerer o benefício, bem como no caso de 10 anos de contribuição, quando o contribuinte pode ficar 2 anos
sem pagar e não perde o direito.
Ademais, se o contribuinte comprovar o desemprego, tem 12 meses de graça em qualquer dos dois
casos acima.

O ESTADO E A PROTEÇÃO SOCIAL DO TRABALHADOR

Atribui-se, ao Chanceler Otto Von Bismark, a responsabilidade pelo nascimento da previdência


social, com a edição da lei de seguros sociais em 1883.
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Institui-se, de início, o seguro-doença, depois, em 1884, o seguro contra acidente do trabalho e, em


1889, o seguro-invalidez e a velhice. O custeio das prestações era feito através de contribuições dos
empregados, empregadores e do Estado.
O sucesso do plano de seguro social de Bismark levou que essa tendência se espalhasse pelos
demais países da Europa, protegendo principalmente os trabalhadores, e por mecanismos de assistência
social aos demais atores sociais.
O Tratado de Versalhes, celebrado em 1919, voltou todas as atenções para os problemas sociais,
com ênfase à proteção ao trabalho.
Cria-se a Organização Internacional do Trabalho – OIT, que desenvolve suas atividades como
organismo especializado da Organização das Nações Unidas – ONU, cuja finalidade é atuar em todos os
países, fixando princípios programáticos ou regras imperativas sobre Direito do Trabalho e Previdência
Social.

HISTÓRICO DA PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL

- 1888:
O decreto n.º 9.912-A, de 26 de março de 1888, regulou o direito à aposentadoria dos empregados
dos Correios. Fixava em 30 anos de efetivo serviço e idade mínima de 60 anos os requisitos para a
aposentadoria.
A lei n.º 3.397, de 24 de novembro de 1888, criou a Caixa de Socorros em cada uma das Estradas
de Ferro do Império.

- 1889:
O decreto n.º 10.269, de 20 de julho de 1889, criou o Fundo de Pensões do Pessoal das Oficinas de
Imprensa Nacional.

- 1890:
O decreto n.º 221, de 26 de fevereiro de 1890, instituiu a aposentadoria para os empregados da
Estrada de Ferro Central do Brasil, benefícios depois ampliado a todos os ferroviários do Estado (Decreto n.º
565, de 12 de julho de 1890).
O decreto n.º 942-A, de 31 de outubro de 1890, criou o Montepio Obrigatório dos Empregados do
Ministério da Fazenda.

- 1892:
A Lei n.º 217, de 29 de novembro de 1892, instituiu a aposentadoria por invalidez e a pensão por
morte dos operários do Arsenal da Marinha do Rio de Janeiro.

- 1894:
O Projeto de lei apresentado pelo Deputado Medeiros e Albuquerque visava instituir o seguro de
acidente do trabalho. No mesmo sentido foram os projetos dos Deputados Gracho Cardoso e Latino Arantes
(1.908), Adolfo Gordo (1.915) e Prudente de Moraes Filho.

- 1911:
O decreto n.º 9.284, de 30 de dezembro de 1911, criou a Caixa de Pensões dos Operários da Casa
da Moeda.

- 1912:
O decreto n.º 9.517, de 17 de abril de 1912, criou uma Caixa de Pensões e Empréstimos para o
pessoal das Capatazias da Alfândega do Rio de Janeiro.

- 1919:
A Lei n.º 3.724, de 15 de janeiro de 1919, tornou compulsório o seguro contra acidentes do trabalho
em certas atividades.

- 1923:
O decreto n.º 4.682, de 24 de janeiro de 1923, na verdade a conhecida Lei Elói Chaves (o autor do
projeto respectivo), determinou a criação de uma Caixa de Aposentadoria e Pensões para os empregados de
cada empresa ferroviária. É considerada o ponto de partida, no Brasil, da Previdência Social propriamente
dita.
O decreto n.º 16.037 de 30 de abril de 1923, criou o Conselho Nacional do Trabalho com atribuições
inclusive, de decidir sobre questões relativas à Previdência Social.
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- 1926:
A lei n.º 5.109, de 20 de dezembro de 1926, estendeu o Regime da Lei Elói Chaves aos portuários e
marítimos.

- 1928:
A Lei n.º 5.485, de 30 de junho de 1928, estendeu o regime da Lei Elói Chaves aos trabalhadores
dos serviços telegráficos e radiotelegráficos.

- 1930:
O decreto n.º 19.433, de 26 de novembro de 1930, criou o Ministério do Trabalho, Indústria e
Comércio, tendo como uma das atribuições, orientar e supervisionar a Previdência Social, inclusive como
órgão de recursos das decisões dos Caixas de Aposentadoria e Pensões.
O decreto n.º 19.497, de 17 de dezembro de 1930, determinou a criação de Caixas de
Aposentadorias e Pensões para os empregados nos serviços de força, luz e bondes.

- 1931:
O decreto n.º 20.465, de 1º de outubro de 1931, estendeu o Regime da Lei Elói Chaves aos
empregados dos demais serviços públicos, concedidos ou explorados pelo Poder Público, além de
consolidar a legislação referente às Caixas de Aposentadorias e Pensões.

- 1932:
Os trabalhadores nas empresas de mineração foram incluídos no Regime da Lei Elói Chaves.

- 1933:
O decreto n.º 22.872, de 29 de junho de 1933, criou o Instituto de Aposentadoria e Pensões dos
Marítimos, considerando “a primeira instituição brasileira de previdência social no âmbito nacional, com base
na atividade genética da empresa”.

- 1934:
A Carta de 1934 foi a primeira a utilizar o termo “Previdência”, sem o adjetivo social, referindo-se ao
tema proteção social, atribui responsabilidade aos Estados na execução dos serviços de saúde e
assistências públicas, institui a contribuição tripartide.

- 1946:
Seguindo o movimento mundial influenciado pelo pós-guerra, foi promulgada a Constituição de 1946,
que foi a primeira constituição brasileira a trazer a expressão “Previdência Social” em substituição do termo
“Seguro Social”.

- 1947:
Em 1947, o Deputado Aluízio Alves apresentou um projeto de lei que previa a proteção social a toda
a população, que resultou na edição da Lei n.º 3.807, de 26 de agosto de 1960, denominada de Lei Orgânica
da Previdência Social (LOPS).

- 1977:
Em 1º de setembro de 1977, criou-se o Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social –
SINPAS, com a finalidade de integrar todas as atribuições ligadas à previdência social rural e urbana, tanto a
dos servidores públicos federais quanto a das empresas privas, composto de sete entidades: INPS, IAPAS,
INAMPS, LBA, FUNABEM, DATAPREV e CEME.
As Emendas n.º 7 e 8, de 1977, respectivamente, alteraram o quadro normativo constitucional, para
o fim e autorizar a criação de contencioso administrativo, destinado a resolver questões previdenciárias e
disciplinar a questão do custeio do sistema previdenciário, respectivamente.
A Emenda n.º 18, de 1981, por sua vez, acrescentou preceito que constitucionalizava a
aposentadoria especial do professor aos 30 anos, e da professora aos 25 anos de tempo de serviço.

- A CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988:

O Sistema de Seguridade Social da Carta Magna de 1988 está assentado no trabalho como força
motriz da ordem, cuja finalidade deve ser o bem estar e a justiça sociais, a fim de garantir a todos um mínimo
quando submetidos a situações geradoras de necessidades sociais.

DIREITO DA SEGURIDADE SOCIAL


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Por seguridade social entende-se um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos
e da sociedade, destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à assistência social
(art. 194 da CF).
Deve-se observar sempre a dignidade da pessoa humana.
Seguridade social engloba um conceito amplo e abrangente. É o gênero do qual são espécies a
Previdência Social, a Assistência Social e a Saúde.

- PREVIDÊNCIA SOCIAL:

Abrange a cobertura de contingências decorrentes de doença, invalidez, velhice, desemprego, morte


e proteção à maternidade, mediante contribuição, concedendo aposentadorias, pensões, etc.

- ASSISTÊNCIA SOCIAL:

Busca atender os hipossuficientes, destinados benefícios às pessoas que nunca contribuíram para o
sistema, a partir de alguns requisitos (art. 203 da CF):

1. Idade mínima de 65 anos, tanto para o homem quanto para a mulher, ou deficiência para o trabalho
e para os atos da vida independente, como por exemplo, incapacidade para se locomover, tomar
banho e fazer as refeições;

2. Não ter nenhuma renda;

3. Renda per capta do grupo familiar menor que ¼ do salário mínimo.

Esses requisitos para o benefício da prestação continuada estão dispostos na Lei n.º 8.742/93.
O valor do benefício da assistência social é de um salário mínimo, e sofre revisão a cada dois anos.
Analisando administrativamente, quem recebe um benefício previdenciário, o valor dele engloba a
renda familiar, porém, por analogia, pode cumulá-lo com um benefício assistencial, segundo o entendimento
do tribunal, visando a proteção social da família.

- SAÚDE:

Baseada em uma política social e econômica destinada a reduzir riscos de doenças através de
ações e serviços para a recuperação do indivíduo.
A saúde é um direito de todos e um dever do Estado, previstas na CF.

PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL

- BASE LEGAL: Art. 194 da CF.

- PRINCÍPIOS GERAIS:

1. Princípio da igualdade: Art. 5º da CF.


Haverá violação ao princípio da igualdade se o legislador determinar tratamentos desiguais para
situações iguais.

2. Princípio da reserva legal: Art. 5º da CF.


A lei não pode retroagir para prejudicar direitos já adquiridos sob o império da lei anterior; a lei nova
vale para frente.

- PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS:

1. Solidarismo:
Consiste na contribuição da maioria em benefício da minoria; os ativos sustentam os inativos.

2. Universalidade:
Seguridade social tem, como postulado básico, a universalidade, ou seja, todos os residentes no
país farão jus a seus benefícios, não devendo existir distinções.
A universalidade de cobertura deve ser entendida como a necessidade daquelas pessoas que forem
atingidas por uma contingência humana, seja a impossibilidade de retornar ao trabalho, a idade avançada, a
morte, etc.
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Já a universalidade do atendimento refere-se às contingências que serão cobertas, não às pessoas


envolvidas, ou seja, as adversidades ou acontecimentos em que a pessoa não tenha condições próprias de
renda ou de subsistência.

Uniformidade e equivalência de benefícios e serviços:


A Constituição Federal disciplina a uniformidade e equivalência de benefícios e serviços às
populações urbanas e rurais.
Com a Lei n.º 8.213/91, foram instituídos benefícios aos trabalhadores urbanos e rurais, sem
qualquer distinção.

3. Seletividade e distributividade na prestação de benefícios e serviços:


A seleção das prestações vai ser feita de acordo com as possibilidades econômico-financeiras do
sistema da seguridade social.

4. Irredutibilidade do valor dos benefícios:


O poder aquisitivo dos benefícios não pode ser onerado. A forma de correção dos benefícios
previdenciários vai ser feita de acordo com o preceituado na lei.
A legislação salarial, ou correção do salário mínimo, nunca implicou a preservação real dos
benefícios previdenciários, nem a atual lei de benefícios, n.º 8.213, irá proporcionar a manutenção do poder
aquisitivo real dos benefícios, pois perdas salariais ocorrem costumeiramente.
Assim, o valor do benefício não pode ser reduzido, salvo na preservação do valor real.

5. Eqüidade na forma de participação e custeio:


A Constituição Federal criou uma única fonte de custeio. Apenas aqueles que estiverem em iguais
condições contributivas é que terão que contribuir da mesma forma.

6. Diversidade da base de financiamento:


A Constituição já prevê diversas formas do financiamento da seguridade social, por meio da
empresa, dos trabalhadores, dos entes públicos e dos concursos de prognósticos (art. 195, I a III).
Como menciona o art. 195, caput da Lei Maior, a seguridade social será financiada por toda a
sociedade.

7. Caráter democrático e descentralizado na gestão administrativa:


A Constituição dispõe que os trabalhadores, os empresários e os aposentados participarão da
gestão administrativa da seguridade social que terá caráter democrático e descentralizado.
Tal regra confirma o que já estava normatizado no art. 10 da Lei Fundamental, em que os
trabalhadores e empregadores teriam participação nos colegiados dos órgãos em que se discutam ou haja
deliberação sobre questões previdenciárias.

8. Preexistência do custeio em relação ao benefício ou serviço:


O princípio da precedência do custeio em relação ao benefício ou serviço surge com a Emenda
Constitucional n.º 11, de 31 de março de 1965, ao acrescentar o § 2º ao art. 157 da Constituição de 1946,
com a seguinte redação: “nenhuma prestação de serviço de caráter assistencial ou de benefício
compreendido na previdência social poderá ser criada, majorada ou estendida sem a correspondente fonte
de custeio total.”
O dispositivo constitucional mencionava não só benefício da previdência social, mas também serviço
de caráter assistencial.
Assim, mesmo na assistência social, para a prestação de um serviço, havia necessidade de
precedência do custeio.

9. Tríplice forma de custeio:


O custeio da seguridade social será feito de forma tríplice: pelos entes públicos (União, Estados-
membros, Distrito Federal e Municípios), pelos empregadores e pelos trabalhadores (art. 195, I a III da CF).
Todos, portanto, devem participar do custeio do sistema, de acordo com a forma preconizada em lei.
O aposentado que realmente se aposenta, não contribui mais; já o que continua trabalhando, tem
que contribuir.
O servidor público, mesmo aposentado, terá que contribuir durante toda a vida.

EXERCÍCIOS
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1. A redução de 5 anos na concessão de aposentadoria para os trabalhadores rurais fere o


princípio da uniformidade e equivalência dos benefícios às populações urbanas e rurais? Sim,
não, por quê.
Não, pois a redução de 5 anos na concessão de aposentadoria para os trabalhadores rurais visa o
tratamento eqüitativo entre eles, a fim de que seja compatível o esforço realizado para o exercício do
trabalho de um e outro, já que exercem atividades diferentes, estando o trabalhador mais expostos ao risco
que o urbano, ou seja, por estarem em situações diferentes dos urbanos, merecem tratamento desigual.
2. Disserte sobre o princípio da forma e participação do custeio com relação as diferentes
alíquotas de contribuição para os segurados empregados.
A CF criou uma única fonte de custeio e, por isso, aqueles que estiverem em iguais condições
contributivas é que terão que contribuir da mesma forma, porém, a diversidade da base de financiamento
configura a solidariedade gerenciada pelo Estado, uma vez que vários setores da sociedade participam do
esforço arrecadatório das pessoas mais carentes. Portanto, o empregado contribui do modo que a lei prevê,
através de determinada porcentagem, e recebe o equivalente.

3. O que se entende por seletividade e distributividade na participação de benefícios e serviços?


A seleção das prestações vai ser feita de acordo com as possibilidades econômico-financeiras do
sistema da seguridade social. Nem todas as pessoas terão o benefício, pelo caráter social deste, que visa
distribuir renda, isto é, há uma escolha das pessoas para serem beneficiadas.

4. O princípio da irredutibilidade do valor dos benefícios preserva o poder de compra dos


aposentados? Sim, não, por quê.
Não, porque mesmo havendo reajuste no valor do benefício, há uma perda do valor proporcional à
manutenção do poder de compra, razão pela qual o valor recebido fica inferior ao necessário, que é o inflado,
não mantendo o poder aquisitivo dos beneficiários.

FONTES DE CUSTEIO DA SEGURIDADE SOCIAL

Segundo o art. 195 da CF, a seguridade social será financiada por toda a sociedade, de forma direta
e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
dos Municípios.

- FONTES DIRETAS:

São as contribuições previstas para o sistema, como por exemplo: as empresas devem pagar 20%
para a previdência.

- FONTES INDIRETAS:

São os impostos que serão utilizados nas insuficiências financeiras do sistema.

- CONTRIBUIÇÃO:

São fontes de custeio as contribuições:

1. Dos empregadores, incidentes sobre a folha de salários, o faturamento e o lucro;


2. Dos trabalhadores;
3. Sobre a receita de concursos de prognósticos;
4. Do importador de bens ou serviços no exterior.

A contribuição prevê outras fontes de custeio que poderão ser instituídas, obrigatoriamente, por lei
complementar, com fato gerador ou base de cálculo diferente de outro imposto já existente e sem
cumulatividade.

CONGRESSISTAS

O Instituto de Previdência dos Congressistas – IPC é uma autarquia do poder legislativo, que tem por
objetivo conceder aposentadoria especial à ex-parlamentar.
Tem como principal fonte de custeio, o erário público que transfere para o caixa do instituto 20% do
salário de cada parlamentar.
O IPC foi extinto e hoje os deputados e senadores estão subordinados ao regime da Lei n.º 8.212/91
quanto ao custeio e da Lei n.º 8.213/91 quanto aos benefícios.
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EXERCÍCIOS

1. Quais são as fontes diretas e indiretas do direito previdenciário?


As fontes diretas são as contribuições previstas para o sistema, como por exemplo: as empresas
devem pagar 20% para a previdência; e as fontes indiretas são os impostos que serão utilizados nas
insuficiências financeiras do sistema.
2. O que se entende por fontes de custeio?
São os meio econômicos e, principalmente, financeiros, obtidos e destinados à concessão e à
manutenção das prestações da seguridade social.

3. A Constituição Federal pode prever outras fontes de custeio? Como elas podem ser
instituídas?
A contribuição prevê outras fontes de custeio que poderão ser instituídas, obrigatoriamente, por lei
complementar, com fato gerador ou base de cálculo diferente de outro imposto já existente e sem
cumulatividade.

4. Quem são os segurados da previdência social?


Segurados são as pessoas físicas que contribuem, obrigatória ou facultativamente, para a
previdência social, tendo em contrapartida direito a gozar dos benefícios conferidos pelo sistema
previdenciário, conforme a espécie de segurado a que a corresponda a situação jurídica do contribuinte.

5. O que se entende por segurados obrigatórios?


São as pessoas físicas que contribuem obrigatoriamente para a Previdência Social, podendo ser:
comuns, individuais ou especiais. Nesse caso, independe da vontade do contribuinte.

6. Quais são as espécies de segurados?


Segurados obrigatórios comuns, obrigatórios individuais, obrigatórios especiais e facultativos.

7. Quem são os segurados especiais?


São os produtores rurais, os parceiros, os meeiros, os arrecadatários, os pescadores artesanais e os
assemelhados, que exerçam essas atividades individualmente ou em regime de economia familiar.

8. Dê exemplos de segurados facultativos.


Dona-de-casa, estudante, estagiários, aqueles que não trabalham e contribuem, síndico sem
remuneração, etc.

MILITARES

São filiados a um regime próprio de previdência.

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS FEDERAIS

São regidos pela Lei n.º 8.112/90 e têm regime próprio de previdência social.
A contribuição mensal incide sobre a remuneração do servidor com alíquota de 11%.
A União, as autarquias e as fundações públicas federais participam do custeio por meio de
contribuição mensal, como recursos do orçamento fiscal no mesmo valor da contribuição do servidor.
Recursos adicionais quando necessários.
A Emenda Constitucional instituiu teto para os novos servidores públicos, que é igual ao teto do
RGPS.

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS E MUNICIPAIS

Em Estados e Municípios onde o regime adotado é o da CLT, seus funcionários serão abrangidos
pelo RGPS.

SEGURADOS

Segurados são as pessoas físicas que contribuem, obrigatória ou facultativamente, para a


previdência social, tendo em contrapartida direito a gozar dos benefícios conferidos pelo sistema
previdenciário, conforme a espécie de segurado a que a corresponda a situação jurídica do contribuinte.
Os segurados são espécies do gênero beneficiários, o qual engloba tanto os segurados, como seus
dependentes.
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O empregado de uma empresa é segurado, já seu filho de 10 anos é dependente.


Há situações em que a legislação equipara certos segurados às empresas, criando para eles
obrigações quando contratarem os serviços de outro segurado: é o caso do contribuinte individual, em
relação ao segurado que lhe presta serviço.
Segurado é a pessoa física que contribui para a Previdência, gozando em contrapartida dos
benefícios que ela oferece.
Dependente é aquele que, apesar de não efetuar nenhuma contribuição, faz jus a determinados
benefícios previdenciários em virtude do vínculo mantido com o primeiro e do encargo por este suportado.
Contribuinte é a empresa ou a pessoa física ou jurídica a ela equiparada que, apesar de recolher as
contribuições sociais, não goza das prestações e serviços mentidos pelo sistema.
Os segurados podem ser divididos em:

1. Segurados obrigatórios comuns (empregado, empregado doméstico e trabalhador avulso);


2. Segurados obrigatórios individuais (autônomo equiparado a autônomo – contribuinte individual, e
empresário);
3. Segurados obrigatórios especiais (produtor rural), que é diferente da aposentadoria especial;
4. Segurados facultativos (dona-de-casa e estudante).

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS COMUNS

1. Empregado: Definição do art. 12, I e II da Lei n.º 8.212/91;


2. Empregado doméstico: Definição do art. 1º da Lei n.º 5.859/72;
3. Trabalhador avulso: Definição do art. 12, VI da Lei n.º 8.212/91.

SEGURADOS OBRIGATÓRIOS INDIVIDUAIS

1. Contribuinte individual: Definição do art. 12, V da Lei n.º 8.212/91, como os profissionais liberais.

FILIAÇÃO E INSCRIÇÃO DOS SEGURADOS

Filiação é o momento em que o segurado passa a integrar como beneficiário do sistema da


previdência, como por exemplo: no momento da admissão do empregado na empresa.
Inscrição é o ato administrativo no qual o segurado procede seu registro e de seus dependentes
perante o INSS.

- FILIAÇÃO OBRIGATÓRIA E FACULTATIVA:

A filiação obrigatória ocorre com o imediato ingresso no sistema, independente da vontade do


segurado:

1. Empregado;
2. Empregado doméstico;
3. Empresário;
4. Trabalhador autônomo;
5. Trabalhador equiparado ao autônomo, como o agroeconômico (extração mineral, garimpo, etc.);
6. Trabalhador avulso;
7. Segurado especial.

A filiação facultativa depende da vontade do segurado de manter vínculo com o sistema


previdenciário:

1. Dona-de-casa;
2. Estudante;
3. Desempregado;
4. Estagiário de acordo com a Lei n.º 6.494/77;
5. Presidiário;
6. Membro do Conselho Tutelar.

O segurado que exerce mais de uma atividade é obrigado a contribuir em cada uma delas.
Atividade principal é aquela que a pessoa exerce a mais tempo. Nesse caso, faz-se uma média das
atividades, o que geralmente totaliza o mínimo.
Não há previsão legal que vede a inscrição de segurado depois de sua morte. Desde que seja
aprovada sua filiação, a inscrição pode ser feita após o óbito do trabalhador.
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DEPENDENTES

1. Dependentes de primeira classe: A dependência econômica é presumida:

a) Cônjuge, companheiro, cônjuge separado ou divorciado que recebia pensão alimentícia;


b) Filhos;
c) Enteado e tutelado legalmente.

2. Dependentes de segunda classe: Deve haver prova da dependência econômica:

a) Pais, que devem buscar indícios de prova material, como o imposto de renda ou o plano de
saúde.

3. Dependentes de terceira classe: Deve haver prova da dependência econômica:

a) Irmãos menores, até 21 anos, ou inválidos de qualquer idade; a invalidez se comprova através
de laudo médico e dependência econômica.

MANUTENÇÃO E PERDA DA QUALIDADE DE SEGURADO

Manutenção da qualidade de segurado é o período em que o indivíduo continua filiado ao Regime


Geral de Previdência Social, mesmo não estando contribuindo para a previdência (período de graça).

Os prazos estão previstos no art. 15 da Lei n.º 8.213/91:

1. Sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício;


2. Até 12 meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade
remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração
(período de graça);
3. Até 12 meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação
compulsória;
4. Até 12 meses após o livramento, o segurado retido ou recluso;
5. Até 3 meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço
militar;
6. Até 6 meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.

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