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Médiuns

Marcos José Diniz Silva*

Os médiuns e curadores espirituais estão muito presentes na vida dos brasileiros,


sejam famosos ou populares. Noticiou-se, recentemente, que a presidente Dilma, fez
tratamento espiritual e indicou seu médium ao ex-presidente Lula. O ator Reinaldo
Gianecchini também fez tratamento espiritual. Todos em luta contra o câncer. Presente
na mídia, cinema (O Filme dos Espíritos, Chico Xavier, Nosso Lar), em novelas,
documentarios, a mediunidade sempre desperta interesse, sejam as curas ou a
comunicação com parentes mortos.
O Espiritismo está na vida brasileira desde a década de 1860, quando chegam as
obras de Allan Kardec e se fundam os primeiros grupos e jornais. Tempo difíceis. Daí,
então, o Espiritismo tornou-se cristão e assistencialista, mas a prática mediúnica
continuou sua marca. E a trajetória de Chico Xavier reforçou a idéia de que espírita
“recebe Espíritos”. Mas nem todo espírita é médium, como nem todo médium é espírita.
Num clássico da cultura religiosa mundial, O Livro dos Médiuns (1861), Allan
Kardec desfaz equívocos sobre as manifestações dos espíritos, discutindo o
sobrenatural, assombrações, fantasmagorias e crenças demoníacas... Também define
mediunidade, tipos de médiuns, formação dos médiuns, obsessão, modos de
manifestações dos espíritos, os inconvenientes e perigos da mediunidade.
Enfim, mostra a faculdade mediúnica como condição humana, mais ostensiva
nalgumas pessoas que noutras, independendo de religião, condição social, etnia, etc.
Enfim, “Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de
intensidade, é médium”. Diz o codificador.
(*) Historiador. Prof. da UECE.

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