Os médiuns e curadores espirituais estão muito presentes na vida dos brasileiros,
sejam famosos ou populares. Noticiou-se, recentemente, que a presidente Dilma, fez tratamento espiritual e indicou seu médium ao ex-presidente Lula. O ator Reinaldo Gianecchini também fez tratamento espiritual. Todos em luta contra o câncer. Presente na mídia, cinema (O Filme dos Espíritos, Chico Xavier, Nosso Lar), em novelas, documentarios, a mediunidade sempre desperta interesse, sejam as curas ou a comunicação com parentes mortos. O Espiritismo está na vida brasileira desde a década de 1860, quando chegam as obras de Allan Kardec e se fundam os primeiros grupos e jornais. Tempo difíceis. Daí, então, o Espiritismo tornou-se cristão e assistencialista, mas a prática mediúnica continuou sua marca. E a trajetória de Chico Xavier reforçou a idéia de que espírita “recebe Espíritos”. Mas nem todo espírita é médium, como nem todo médium é espírita. Num clássico da cultura religiosa mundial, O Livro dos Médiuns (1861), Allan Kardec desfaz equívocos sobre as manifestações dos espíritos, discutindo o sobrenatural, assombrações, fantasmagorias e crenças demoníacas... Também define mediunidade, tipos de médiuns, formação dos médiuns, obsessão, modos de manifestações dos espíritos, os inconvenientes e perigos da mediunidade. Enfim, mostra a faculdade mediúnica como condição humana, mais ostensiva nalgumas pessoas que noutras, independendo de religião, condição social, etnia, etc. Enfim, “Toda pessoa que sente a influência dos Espíritos, em qualquer grau de intensidade, é médium”. Diz o codificador. (*) Historiador. Prof. da UECE.
Capítulo 9 - A Democracia Liberal em Face Das Ideologias Dissolventes - A Maçonaria Cearense Frente À Aliança Nacional Libertadora e Ao Integralismo em 1935. Marcos José Diniz Silva