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ISBN: 978-85-8148-876-9
CDD: 360
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Foi feito Depósito Legal
Sumário
Apresentação.......................................................................................5
Referências......................................................................................251
Sobre os autores..............................................................................275
Capítulo 9
“A democracia liberal em face das ideologias dis-
solventes”: a Maçonaria cearense frente à Aliança
Nacional Libertadora e ao Integralismo em 1935
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1. Esse Decreto foi solicitado pelo Ministro da Educação e Saúde Pública do Go-
verno Provisório, Francisco Campos, e depois incorporado à Constituição de 1934.
Este já militara como deputado federal, nos embates da reforma constitucional de
1926, em favor do ensino religioso. Contradizendo a tese da “educação moral e cívi-
ca como sucedâneo do ensino religioso”, defendia: “Certamente a educação moral e
cívica pode concorrer para a formação e o esclarecimento da consciência nacional.
Mas quais os fundamentos dessa educação moral, no meio da anarquia de doutrinas
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6. “No Norte, cabe a Juarez Távora e aos interventores a tarefa de mobilização das
forças revolucionárias, para organização de partidos políticos integrados nos prin-
cípios de defesa do movimento de 30. [...] A ‘Revolução de 30’, no Ceará, desarticula
os antigos partidos locais, sendo os mais expressivos eleitoralmente, O Democrata
e o Conservador, que são representativos das oligarquias fundiárias. [...] A tarefa
de organização do PSD (Partido Social Democrático) cabe aos revolucionários cea-
renses. Diferentemente da posição assumida pelos interventores Nortistas, Carneiro
de Mendonça mantém-se alheio à arregimentação política que está ocorrendo no
Estado. [...] É assim que o ‘apoliticismo’ de Carneiro de Mendonça faz com que os
elementos civis da ‘Revolução’ liderados pelo Grupo Tavorista e os Tenentes do Colé-
gio Militar e 23º BC de Fortaleza, articulem a fundação do PSD cearense, nos moldes
de seus congêneres nortistas” (Sousa, 1989, p. 320-321).
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12. Ribeiro (1989, p. 126) informa que: “Segundo informações prestadas por um mi-
litante comunista, que pede para não ser identificado, a diretoria da ANL no Ceará
era toda formada por maçons, informação que ainda não pode ser checada”. Após
detalhada pesquisa em documentação maçônica, pude constatar os nomes grifados
como confirmadamente maçons.
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13. Aliança Nacional Libertadora. Cerca de dez mil pessoas assistem a sua instalação,
no Theatro José de Alencar. O Povo. Fortaleza/CE, 23 maio 1935.
14. A instalação da Aliança Nacional Libertadora. A Rua. Fortaleza/CE, 24 maio
1935, (Grifo do autor).
15. Aliancismo ou comunismo? A Rua. Fortaleza/CE, 7 jul. 1935.
16. Idem.
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17. Idem.
18. Aliancistas, não – comunistas, sim. A Rua. Fortaleza/CE, 11 jul. 1935. Dias de-
pois o referido jornal fazia sua profissão de fé liberal contra os “dois extremismos: o
da esquerda e o da direita. Encontra-se resolutamente no centro, na defesa da liberal
democracia [...]. Essa a nossa diretriz em face do comunismo e do Integralismo” (A
democracia liberal em face da atuação de ideologias dissolventes. A Rua. Fortaleza-CE,
13 jul. 1935).
19. Também a outra potência maçônica, o Grande Oriente do Brasil (GOB), havia
emitido circular, em 1934, proibindo os maçons sob sua jurisdição de participarem
da ação integralista brasileira e do Partido comunista do Brasil (Cf. Morel; Souza,
2008, p. 211).
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mês, a Grande Loja do Ceará lança seu órgão oficial, o jornal De-
mocracia. Nele, os maçons defendem-se dos ataques dos adversá-
rios, sobretudo clericais, e alertam para os perigos do integralis-
mo e do comunismo.
Já em seu primeiro número mostram sua posição naquele
contexto polarizado:
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26. Estabelecer comparativo de nomes de lojas entre os Quadros I e II, deste estudo.
Essa parece ter sido uma originalidade da Maçonaria cearense, pois, observando as
denominações das lojas maçônicas criadas pelas Grandes Lojas fundadas entre 1926
e 1932, nas outras pioneiras da grande cisão, como a da Bahia, Rio de Janeiro, Paraí-
ba, Amazonas e São Paulo, não houve essa prática.
27. A Espanha, naquele mesmo contexto, poderia servir de espelho: “É perigoso, entre
1936 e 1939, ser ao mesmo tempo antifascista e anticomunista: as democracias ociden-
tais o constataram, assim como os partidos revolucionários antistalinistas. É assim que
o conservadorismo e o tradicionalismo espanhóis adotaram os gestos, os métodos e a
aliança dos nazistas e dos fascistas, enquanto que a República espanhola só encontrava
apoio externo seguro e contínuo no comunismo no poder” (Vilar, 1989, p. 109).
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