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Revolta da Chibata

Histórico

A Revolta da Chibata foi um movimento


de militares da Marinha do Brasil.
Culminou com um motim que se
desenrolou de 22 a 27 de novembro de
1910 na baía de Guanabara, no Rio de
Janeiro.
Sob a liderança do marinheiro João
Cândido Felisberto.
Na ocasião, mais de dois mil marinheiros
rebelaram-se contra a aplicação de
castigos físicos a eles impostos como
Chibata! João Cândido e a revolta que abalou o Brasil. Olinto
Antecedentes

Os castigos físicos, abolidos na Marinha do


Brasil um dia após a Proclamação da
República, foram restabelecidos no ano
seguinte (1890), estando previstas:
"Para as faltas leves, prisão a ferro na
solitária, por um a cinco dias, a pão e
água; faltas leves repetidas, idem, por seis
dias, no mínimo; faltas graves, vinte e
cinco chibatadas, no mínimo.“
O uso de castigos físicos era semelhante
aos maus-tratos da escravidão, abolida no
A Revolta

Marcada para dez dias depois da posse do


Presidente Hermes da Fonseca ocorrida
em 15 de Novembro de 1910.
O que precipitou o ápice da revolta acabou
sendo a punição aplicada ao marinheiro
Marcelino Rodrigues Menezes.
O exagero dessa punição, considerada
desumana, provocou uma indignação da
tripulação muito superior à que já vinham
sentindo durante a conspiração da revolta.
Na baía de Guanabara, na noite de
22 de novembro, os marinheiros do Minas
Gerais amotinaram-se.
Seis oficiais foram assassinados, conforme
acordavam e saíam dos seus camarotes
para verificar o que se passava.
Sem os seus oficiais a bordo, os
encouraçados São Paulo (o segundo maior
navio da Armada à época) e Deodoro, o
cruzador Bahia, e mais quatro
embarcações menores ancoradas na baía,
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Segundo nível
● Terceiro nível

● Quarto nível

● Quinto nível
Na manhã seguinte (23 de novembro), sob
a liderança do marinheiro de primeira
classe João Cândido Felisberto e com
redação de outro marinheiro, Francisco
Dias Martins, foi então emitido um ultimato
no qual ameaçavam abrir fogo sobre a
então Capital Federal:
“O governo tem que acabar com os
castigos corporais, melhorar nossa
comida e dar anistia a todos os
revoltosos. Senão, a gente
bombardeia a cidade, dentro de 12
Segunda Revolta

Quatro dias mais tarde, a


26, o governo do
presidente marechal
Hermes da Fonseca
declarou aceitar as
reivindicações dos
Estes, então,
amotinados, depuseram
abolindo os armas e
entregaram físicos
castigos as embarcações.
e Entretanto,
dois dias os
anistiando mais tarde, a 28, alguns
revoltosos
marinheiros
que foram expulsos da Marinha,
se entregassem.
sob a acusação de "inconveniente à
disciplina".
A insatisfação retornou e, no começo de
dezembro, os marinheiros fizeram outra
revolta na Ilha das Cobras. Esta segunda
revolta foi fortemente reprimida pelo
governo, sendo que vários marinheiros
foram presos em celas subterrâneas da
Fortaleza da Ilha das Cobras.
Outros revoltosos presos foram enviados
para a Amazônia, onde deveriam prestar
trabalhos forçados na produção de
borracha. 
O líder da revolta João Cândido foi expulso
da Marinha e internado como louco no
Hospital de Alienados. No ano de 1912, foi
absolvido das acusações junto com outros
marinheiros que participaram da revolta.

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