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FEV 2002 NBR 14799


Reservatório poliolefínico para água
potável - Requisitos
ABNT - Associação
Brasileira de
Normas Técnicas

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CE-02:111.20 - Comissão de Estudo de Reservatórios Poliolefínicos para Água
Potável
NBR 14799 - Polyolefinic water reservoirs for drinking water - Requirements
Descriptors: Polyolefinic. Water. Reservoir
Copyright © 2002, Válida a partir de 01.04.2002
ABNT - Associação Brasileira
de Normas Técnicas
Printed in Brazil/ Palavras-chave: Poliolefínico. Água. Reservatório 26 páginas
Impresso no Brasil
Todos os direitos reservados

Sumário
0 Prefácio
1 Introdução
1 Objetivo
2 Referências normativas
3 Definições
4 Requisitos gerais
5 Requisitos específicos
6 Inspeção
7 Aceitação e rejeição
ANEXOS
A Determinação dos volumes útil e efetivo
B Verificação da estanqueidade à água
C Verificação da deformação sob cargas uniformemente distribuídas
D Determinação da transmitância luminosa
E Verificação da toxicidade
F Verificação da resistência ao impacto
G Determinação do alongamento na ruptura em tração
H Verificação da resistência ao envelhecimento acelerado em Weather-O-Meter
J Verificação da resistência ao intemperismo natural
K Verificação dimensional

Prefácio

A ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas - é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo
conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial
(ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas
fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no âmbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pública entre
os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contém os anexos A a K, de caráter normativo.

0 Introdução

Os reservatórios poliolefínicos de que trata esta Norma são aqueles utilizados para o armazenamento de água potável para
consumo humano, à temperatura ambiente.
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2 NBR 14799:2002

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos para reservatórios poliolefínicos instalados em residências (casas e edifícios), esta-
belecimentos comerciais, indústrias, hospitais e escolas, podendo ser utilizados também na agricultura, piscicultura ou qual-
quer aplicação que necessite o acondicionamento de água potável.

2 Referências normativas

As normas relacionadas a seguir contêm disposições que, ao serem citadas neste texto, constituem prescrições para esta
Norma. As edições indicadas estavam em vigor no momento desta publicação. Como toda norma está sujeita à revisão,
recomenda-se àqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a conveniência de se usarem as edições mais
recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informação das normas em vigor em um dado momento.

Portaria nº 1469 - 29/12/00 - Ministério da Saúde - Norma de qualidade da água para consumo humano

NBR 5426:1985 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos - Procedimento

NBR 5626:1998 - Instalação predial de água fria

NBR 7000:1999 - Alumínio e suas ligas - Produtos extrudados - Propriedades mecânicas


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NBR 8193:1997 - Hidrômetro taquimétrico para água fria até 15,0 m /h de vazão nominal - Especificação

NBR 9633:1986 - Plásticos - Terminologia

NBR 10924:1999 - Sistemas de ramais prediais de água - Tubos de polietileno PE - Verificação da dispersão de
pigmentos

NBR 14800:2002 - Reservatório poliolefínico para água potável - Instalação em obra

ASTM D 3012:1995 - Standard test method for thermal-oxidative stability of propylene plastics using a biaxial rotator

ISO 105 Part A02: 1993 - Textiles - Tests for colour fastness: grey escale for assessing change in colour

3 Definições

Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as definições das NBR 5626 e NBR 9633, e as seguintes:

3.1 água potável: Água para consumo humano cujos parâmetros microbiológicos, físicos, químicos e radioativos atendam
ao padrão de potabilidade e que não ofereça riscos à saúde, considerando-se o determinado pela Portaria vigente do Minis-
tério da Saúde.

3.2 altura do reservatório (com tampa): Distância entre o plano horizontal de assentamento e o plano horizontal que tan-
gencia a superfície externa da tampa do reservatório, quando colocada sobre o reservatório.

3.3 composto poliolefínico: Material fabricado com polietileno ou polipropileno contendo os aditivos, os pigmentos e as
cargas minerais (quando preciso) necessários à fabricação de reservatórios de polietileno ou de polipropileno.

3.4 local das ligações hidráulicas: Local indicado pelo fabricant e para a execução das perfurações que permitem fazer li-
gações hidráulicas.

3.5 master batch: Concentrado cujo veículo é uma resina poliolefínica, destinado a ser misturado à resina ou composto
pelo transformador para obter-se um reservatório na cor desejada.

3.6 nível máximo de água: Nível do plano horizontal situado a 60 mm abaixo da borda do reservatório.

3.7 nível mínimo de água: Nível do plano horizontal situado no m ínimo a 20 mm acima da região mais profunda existente
no interior do reservatório.

3.8 pigmento: Material destinado a ser misturado ao composto, p elo transformador, para obter-se um reservatório na cor
desejada.

3.9 polietileno: Polímero de etileno (eteno).

3.10 polipropileno: Polímero de propileno (propeno).

3.11 reservatório poliolefínico para água potável: Recipiente fabricado em polietileno ou polipropileno, constituído de
corpo e tampa, utilizado para armazenamento de água potável, à temperatura ambiente, e instalado conforme NBR 14800.

3.12 resina de base poliolefínica: Material fabricado com polietileno ou polipropileno contendo os aditivos (antioxidante e
anti-ultravioleta), exceto o pigmento de cor e cargas minerais, necessários à fabricação de reservatórios poliolefínicos.

3.13 tampa do reservatório: Peça destinada a evitar a entrada de elementos estranhos no reservatório.

3.14 volume efetivo do reservatório: Volume de água que se pod e armazenar no reservatório até a água atingir o nível
da borda e iniciar o transbordamento.

3.15 volume nominal do reservatório: Volume de designação do reservatório pelo seu fabricante, correspondente aproxi-
madamente ao volume efetivo, em litros.
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3.16 volume útil do reservatório: Volume compreendido entre os níveis máximo e mínimo da água. É o volume máximo
de água que se pode utilizar.

4 Requisitos gerais

4.1 Resina poliolefínica

4.1.1 Envelhecimento em estufa

4.1.1.1 O ensaio de envelhecimento em estufa é utilizado para determinação da estabilidade termo-oxidativa de resina po-
liolefínica por envelhecimento térmico abaixo do ponto de amolecimento dos polímeros. A estabilidade térmica é determi-
nada pela avaliação das propriedades físicas do corpo-de-prova.

4.1.1.2 Cinco corpos-de-prova de resina poliolefínica, quando submetidos ao ensaio de envelhecimento em estufa a uma
temperatura de 150°C para resina de polipropileno e de 120°C para resina de polietileno, conforme o método prescrito na
ASTM D 3012, não devem apresentar evidência visual de descoloração localizada, imperfeições superficiais em qualquer
parte do corpo-de-prova ou quebra por dobramento.

4.2 Composto poliolefínico

4.2.1 Os reservatórios devem ser produzidos com composto de poli etileno ou de polipropileno, contendo aditivos antioxi-
dantes, estabilizantes à UV, cargas minerais (quando necessárias) e pigmentos necessários para atender às exigências de
uso do reservatório e desta Norma.

4.2.2 O composto poliolefínico deve apresentar dispersão satisfatória de pigmentos ou de negro-de-fumo, quando submeti-
do aos ensaios de dispersão previstos na NBR 10924. O master batch e os aditivos devem estar total e adequadamente
dispersos na massa do reservatório.

4.2.3 O master batch, os pigmentos e o sistema de aditivação devem minimizar a mudança de cor e das propriedades dos
reservatórios durante sua exposição às intempéries, seu manuseio e estocagem na obra.

4.2.4 Todo composto deve ser homogêneo, livre de excesso de um idade e isento de impurezas. Não é permitida a utiliza-
ção de material reciclado. Todo material reprocessado, advindo do próprio processo produtivo, pode ser regranulado e
aproveitado, desde que atenda a todos os requisitos desta Norma.

4.2.5 Todo composto em contato com água potável, quando utilizad o sob as condições para as quais foi dimensionado,
não deve propiciar desenvolvimento de microorganismos, efeitos tóxicos, transmitir odor ou gosto à água armazenada.

5 Requisitos específicos

5.1 Aspectos visuais

5.1.1 Os reservatórios devem ser constituídos por tampa em formato adequado que evite a retenção de água de chuva em
sua superfície externa e evite a entrada de corpos estranhos e a passagem de luz solar para o interior do reservatório.

5.1.2 Os reservatórios devem apresentar superfície interna lisa, sem fissuras, a fim de evitar a aderência de corpos estra-
nhos.

5.1.3 Os reservatórios não devem apresentar fissuras, bolhas, reba rbas ou furos, a não ser os previstos no local das liga-
ções hidráulicas.

5.2 Marcação

5.2.1 A tampa e o corpo do reservatório poliolefínico devem trazer m arcado na superfície, de forma legível e indelével, pelo
menos o seguinte:

- nome ou marca de identificação do fabricante;

- data de fabricação;

- volume nominal;

- especificação da matéria-prima através de simbologia padrão; e

- referência a esta Norma.

5.2.2 O reservatório deve estar acompanhado de informações impressas (por exemplo, manual ou folheto de instrução)
que indiquem pelo menos:

- condições de operação e de instalação do reservatório;

- garantia;

- altura do reservatório (com tampa);

- diâmetro ou comprimento e largura da base de apoio e tampa do reservatório;


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- massa do reservatório vazio (com tampa);

- massa do reservatório (com tampa), cheio de água até o seu volume efetivo; e

- indicação dos possíveis locais das ligações hidráulicas em conformidade com os indicados no corpo do reservatório.
NOTA - Quando o diâmetro ou comprimento e largura da maior seção da tampa for menor que o do corpo do reservatório em qualquer
região, as informações impressas devem indicar a dimensão do maior diâmetro ou comprimento e largura da maior seção do reservatório.

5.3 Dimensões

5.3.1 Reservatórios poliolefínicos circulares, tronco-cônicos ou de q ualquer outro formato que não seja retangular ou qua-
drado, submetidos ao ensaio prescrito no anexo K, podem apresentar uma variação máxima admissível de ± 5% em suas
dimensões, em relação àquelas indicadas pelo fabricante, quais sejam:

- diâmetro da base de apoio;

- diâmetro da maior seção da tampa ou diâmetro da maior seção do corpo do reservatório (o que for maior); e

- altura do reservatório (com tampa).

5.3.2 Reservatórios poliolefínicos retangulares ou quadrados submetidos ao ensaio prescrito no anexo K podem apresentar
uma variação máxima admissível de ± 5% em suas dimensões, em relação àquelas indicadas pelo fabricante, quais sejam:

- comprimento e largura da base de apoio;

- comprimento e largura da maior seção da tampa ou da maior seção do corpo do reservatório (o que for maior); e

- altura do reservatório (com tampa).

5.4 Massa

Cada reservatório deve ter sua massa nominal especificada pelo fabricante, e os valores determinados em ensaios não de-
vem diferir mais do que ± 5% do valor nominal declarado.

5.5 Volume

5.5.1 O volume útil deve atingir no mínimo 75% do volume nominal do reservatório em uma temperatura inferior a 30°C,
conforme o ensaio prescrito no anexo A.

5.5.2 O volume efetivo não deve ser inferior em 10% ou superior em 20% ao volume nominal do reservatório, em uma tem-
peratura inferior a 30°C, conforme o ensaio prescrito no anexo A.

5.6 Estanqueidade à água

O reservatório não deve apresentar vazamentos ou infiltração de água durante 24 h, em uma temperatura inferior a 30°C,
após o enchimento completo de seu volume efetivo, conforme o ensaio prescrito no anexo B.

5.7 Resistência à deformação sob ação da água

O reservatório, quando submetido a uma carga uniformemente distribuída equivalente à pressão hidrostática correspon-
dente ao volume efetivo do reservatório, durante 72 h, em uma temperatura inferior a 30°C, conforme o ensaio prescrito no
anexo C, não deve apresentar ruptura ou deformação das paredes laterais superior a ± 2,5% da altura do reservatório (com
tampa).

5.8 Resistência ao impacto

5.8.1 Queda livre

O corpo de um reservatório, quando submetido, em uma temperatura inferior a 30°C, à queda livre a uma altura de 3,0 m,
conforme o ensaio prescrito no Método A do anexo F, não deve apresentar ruptura, trincas ou fissuras que causem perda
de estanqueidade à água.

5.8.2 Impacto localizado

5.8.2.1 A parede lateral do reservatório cheio de água, até o seu volume efetivo, deve resistir no mínimo a uma energia de
impacto de 50 J, quando submetida ao impacto, em movimento pendular, de um dardo de aço com ponta semi-esférica de
diâmetro 50 mm, em uma temperatura inferior a 30°C, conforme o ensaio prescrito no Método B do anexo F, não apresen-
tando ruptura, trincas ou fissuras que causem perda de estanqueidade à água.

5.8.2.2 A tampa instalada no reservatório cheio de água, até o seu volume efetivo, deve resistir no mínimo a uma energia
de impacto de 5 J, quando submetida ao impacto, em queda livre, de um dardo de aço com ponta semi-esférica de diâme-
tro 50 mm, em uma temperatura inferior a 30°C, conforme o ensaio prescrito no Método B do anexo F, não apresentando
ruptura, trincas ou fissuras que causem perda de estanqueidade à água.

5.8.2.3 A base de apoio do reservatório vazio deve resistir no mínimo a uma energia de impacto de 50 J, quando submeti-
da ao impacto, em queda livre, de um dardo de aço com ponta semi-esférica de diâmetro 50 mm, em uma temperatura infe-
rior a 30°C, conforme o ensaio prescrito no Método B do anexo F, não apresentando ruptura, trincas ou fissuras que cau-
sem perda de estanqueidade à água.
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5.9 Opacidade
O reservatório (corpo e tampa) não deve admitir transmissão superior a 0,2% da luminosidade visível incidente, quando
submetido ao ensaio de determinação da transmitância luminosa, conforme prescrito no anexo D.
5.10 Toxicidade
A água potável em contato com o corpo do reservatório durante 10 dias à temperatura de 40°C, conforme o ensaio de veri-
ficação da toxicidade prescrito no anexo E, não deve apresentar alterações em suas características sensoriais, tais como
coloração visível, sabor ou odor estranhos, bem como não deve apresentar substâncias indesejáveis, tóxicas ou contami-
nantes, que representem um risco à saúde humana em quantidades superiores aos limites máximos especificados na Por-
taria vigente do Ministério da Saúde, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância
da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade.
5.11 Avaliação da durabilidade
5.11.1 Na avaliação eliminatória da durabilidade, realizada conforme o anexo H, os corpos-de-prova de igual espessura
entre si, extraídos na direção vertical da parede lateral do reservatório, devem atender aos seguintes requisitos:
5.11.1.1 Na avaliação inicial (zero horas) o valor médio do alongamento na ruptura em tração, medido conforme o anexo
G, em pelo menos cinco corpos-de-prova originais, não deve ser inferior a 65%.
5.11.1.2 Após a exposição total de 3 600 h em equipamento Weather-O-Meter, o valor médio do alongamento na ruptura
em tração, medido conforme o anexo G, em pelo menos cinco corpos-de-prova ensaiados, não deve ser inferior a 12%.
5.11.1.3 Em intervalos regulares de exposição artificial (1 000 h, 2 000 h, 3 000 h e 3 600 h) a observação visual dos cor-
pos-de-prova lavados com água e sabão, após a exposição, não deve revelar nenhum sintoma que indique uma deteriora-
ção funcional na superfície que foi exposta ao intemperismo, tal como formação de fissuras, existência de bolhas, depres-
são, fendas ou outros defeitos de superfície e alteração de cor, superior ao grau 3 na escala cinza da ISO 105 - Part A02,
em relação à cor inicial.
5.11.2 No caso de os reservatórios serem aprovados no ensaio preco nizado em 5.11.1, deve ser então realizado o ensaio
de exposição ao intemperismo natural, conforme prescrito no anexo J. Neste ensaio, o tamanho da amostra é proporcional
ao número de idades de avaliação. Os corpos-de-prova devem ser de igual espessura entre si e extraídos na direção ver-
tical da parede lateral do reservatório.
5.11.2.1 O número de corpos-de-prova a serem retirados dos reservatórios depende da periodicidade desejada de avalia-
ções a serem feitas. Para exemplificar, caso se deseje fazer avaliações após tempo de exposição, por exemplo, aos 1, 2, 3,
4 e 5 anos, além da avaliação do testemunho (idade zero), tem-se portanto seis idades de avaliação. Cada idade de avalia-
ção envolve cinco corpos-de-prova para ensaio de determinação do alongamento na ruptura em tração, já que a avaliação
visual é feita nesses corpos-de-prova antes de submetê-los aos ensaios. Assim, nesse exemplo seriam necessários no
mínimo 6 x 5 = 30 corpos-de-prova para um determinado material.
5.11.2.2 A avaliação final do desempenho do reservatório é efetuada após 5 anos de exposição natural.
5.11.2.3 Deve ser conservado em temperatura ambiente e em ambient e não exposto às intempéries igual número de cor-
pos-de-prova considerados para cada série de avaliação (5), retirados de um reservatório do mesmo material e com as
mesmas dimensões, para servir de testemunho.
5.11.2.4 A observação visual dos corpos-de-prova lavados com água e sabão, após a exposição ao intemperismo natural,
não deve revelar nenhum sintoma que indique uma deterioração funcional na superfície que foi exposta ao intemperismo,
tal como formação de fissuras, existência de bolhas, depressão, fendas ou outros defeitos de superfície e alteração de cor,
superior ao grau 3 na escala cinza da ISO 105 - Part A02, em relação à cor inicial.
6 Inspeção
6.1 As exigências descritas na seção 5 devem ser comprovadas m ediante a apresentação de resultados de ensaios quan-
do solicitados. Os ensaios realizados devem ter amostragem de acordo com 6.2.
6.2 Os requisitos descritos em 5.1 a 5.8 devem ser analisados com o tamanho da amostra baseado na NBR 5426, para
amostragem simples-normal, NQA de 6,5 e nível de inspeção S1, atendendo à seguinte ordem dos ensaios.
6.2.1 Todos os corpos-de-prova da amostra devem ser analisados q uanto aos requisitos prescritos em 5.1 a 5.4.
6.2.2 Somente os corpos-de-prova que forem aprovados no requisit o prescrito em 5.5 devem ser submetidos ao requisito
de 5.6, e os que forem aprovados no requisito de 5.6 devem ser submetidos ao requisito de 5.7.
6.2.3 Somente os corpos-de-prova aprovados nos requisitos de 5.1 a 5.7 devem ser submetidos à verificação do requisito
prescrito em 5.8.
6.3 Os requisitos descritos em 5.9, 5.10 e 5.11 devem ser analisa dos uma vez para cada novo projeto ou alteração do
composto poliolefínico do reservatório.
7 Aceitação e rejeição
O reservatório poliolefínico pode ser considerado em conformidade com esta Norma se, depois de inspecionado conforme
seção 6, apresentar resultados que satisfaçam a todos os requisitos estabelecidos na seção 5.

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/ANEXO A
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Anexo A (normativo)
Determinação dos volumes útil e efetivo

A.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é verificar se os volumes útil e efetivo determinados no reservatório ensaiado atendem às variações
máximas admissíveis em relação ao volume nominal especificado pelo fabricante do reservatório.

A.2 Corpo-de-prova

O corpo-de-prova a ser ensaiado deve ser um reservatório poliolefínico inspecionado, visual e dimensionalmente e
considerado em perfeitas condições de funcionamento.

A.3 Aparelhagem

A.3.1 Base sólida e plana para apoiar o reservatório ao longo de sua base.

A.3.2 Nivelador, com no mínimo 20 mm de altura, cilíndrico, com 20 mm de diâmetro, aproximadamente, ou prismático de
seção quadrada, com 20 mm de lado, aproximadamente, feito de material com densidade superior à densidade da água,
para que este não flutue.

A.3.3 Sarrafo, com seção transversal de 25 mm x 50 mm e comprimento suficiente para apoiá-lo sobre a borda do re-
servatório, no sentido do comprimento deste (quando o reservatório for quadrado ou retangular), tendo fixada na sua região
central uma haste nivelada com 60 mm de altura.

A.3.4 Ponto para abastecimento de água potável.

A.3.5 Nível de bolha.

A.3.6 Hidrômetro de 3,5 m3/h de vazão nominal, conforme a NBR 8193, utilizado nas condições descritas a seguir:

- o fornecimento de água ao hidrômetro deve ser feito sob pressão constante;

- a vazão horária de ensaio deve estar compreendida entre 300 L/h e 1 500 L/h;

- recomenda-se determinar o erro de indicação relativo do hidrômetro para a vazão horária previamente escolhida para
o ensaio, a fim de se corrigirem as leituras obtidas;

- o regime de funcionamento do hidrômetro deve atender às solicitações máximas admissíveis constantes na NBR 8193
3
(vazão máxima diária igual a 6 m /dia e vazão máxima momentânea igual a 0,8 L/s);

- a ligação do hidrômetro à canalização (ver NBR 8193) deve permitir sua rotação de 180°, antes do início do ensaio,
para eliminação do ar existente em sua câmara de medição;

- à jusante do hidrômetro deve-se instalar uma tubulação que permita o trabalho deste com sua câmara de medição to-
talmente afogada (coluna d’água superior ou igual a 200 mm em relação ao eixo de canalização que contém o hidrô-
metro); e

- nesta tubulação deve-se conectar um registro de macho, de fechamento rápido. A partir deste, deve-se instalar a tubu-
lação, para enchimento do reservatório, provida na sua parte final de uma mangueira flexível.

NOTA - Se o ensaio de verificação da resistência à deformação sob cargas uniformemente distribuídas for executado após o ensaio para
determinação dos volumes útil e efetivo, deve-se utilizar também a aparelhagem descrita em C.3.4 e C.3.5 do anexo C.

A.4 Procedimento

A.4.1 Apoiar o reservatório sobre a base plana e sólida. Durante o ensaio, deve-se manter o ambiente a uma temperatura
inferior a 30°C.

NOTA - Se o ensaio de verificação da resistência à deformação sob cargas uniformemente distribuídas for executado após o ensaio para
determinação dos volumes útil e efetivo, deve-se realizar em seguida a A.4.1 os procedimentos descritos em C.4.2, C.4.3, C.4.4 e C.4.5 do
anexo C.

A.4.2 Colocar o nivelador de 20 mm (no mínimo) de altura no fundo do reservatório, numa posição tal que se possa deter-
minar o nível mínimo de água.

A.4.3 Abrir o registro de macho até a posição que forneça a vazão desejada de ensaio. A seguir girar em 180° o hidrômetro
em torno do seu eixo longitudinal, para a eliminação de ar existente em sua câmara de medição.

A.4.4 Voltar o hidrômetro à sua posição normal e registrar a leitura Lo, no instante inicial de fornecimento de água potável
ao reservatório.

A.4.5 Registrar a leitura L1, quando a água atingir o nível do topo do nivelador de 20 mm (no mínimo), correspondendo à
posição de saída da tubulação do reservatório.

A.4.6 Apoiar o sarrafo na borda do reservatório, de modo que a haste niveladora de 60 mm de altura fique localizada eqüi-
distantemente da borda.
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A.4.7 Registrar a leitura L2, quando a água atingir a face inferior da haste niveladora, que define o nível máximo da água.

A.4.8 Fechar o registro de macho no instante inicial de extravasamento do reservatório, registrando a leitura L3 do hidrô-
metro.
A.5 Resultado

O resultado deve apresentar:

a) a determinação do volume útil a partir da diferença entre L2 e L1; e


b) a determinação do volume efetivo a partir da diferença entre L3 e Lo.

A.6 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:


a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;
d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) resultado do ensaio;

f) referência a esta Norma.

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/ANEXO B
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8 NBR 14799:2002

Anexo B (normativo)
Verificação da estanqueidade à água

B.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é verificar a estanqueidade à água do reservatório poliolefínico.

B.2 Corpo-de-prova

O corpo-de-prova a ser ensaiado deve ser um reservatório poliolefínico inspecionado visual e dimensionalmente, e conside-
rado em perfeitas condições de funcionamento.

B.3 Aparelhagem

B.3.1 Base sólida e plana para apoiar o reservatório ao longo de sua base.

B.3.2 Ponto para abastecimento de água potável.

B.3.3 Nível de bolha.

B.4 Procedimento

B.4.1 Apoiar o reservatório sobre a base plana e sólida. Durante o ensaio, deve-se manter o ambiente a uma temperatura
inferior a 30°C.

B.4.2 Fornecer vazão suficiente para o enchimento completo do volume efetivo do reservatório.

B.4.3 Verificar, 24 h após o enchimento completo do reservatório, a existência de vazamentos ou infiltração de água na sua
superfície externa.
NOTA - Se o ensaio prescrito tiver início imediatamente após o ensaio para determinação dos volumes útil e efetivo, então executar ape-
nas o procedimento detalhado em B.4.3.

B.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) existência ou não de vazamentos ou infiltração de água, formação de gotas d'água deslizantes sobre a superfície ex-
terna do corpo-de-prova; e

f) referência a esta Norma.

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/ANEXO C
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Anexo C (normativo)
Verificação da deformação sob cargas uniformemente distribuídas

C.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é verificar a deformação máxima das paredes laterais do reservatório poliolefínico, quando cheio de
água até o seu volume efetivo.

C.2 Corpo-de-prova
O corpo-de-prova a ser ensaiado deve ser um reservatório poliolefínico inspecionado visual e dimensionalmente, e conside-
rado em perfeitas condições de funcionamento.

C.3 Aparelhagem

C.3.1 Base sólida e plana para apoiar o reservatório ao longo de sua base.

C.3.2 Ponto para abastecimento de água potável.

C.3.3 Nível de bolha.

C.3.4 Um dos aparatos detalhados em C.3.4.1 ou C.3.4.2.

C.3.4.1 Quatro gabaritos, sendo que o contorno de cada gabarito deve reproduzir o perfil externo da parede lateral do reser-
vatório.

C.3.4.2 Doze aparelhos de medida de deformação (relógios comparadores).

C.3.5 Régua de aço ou trena metálica com graduação em milímetros.

C.4 Procedimento

C.4.1 Apoiar o reservatório sobre a base plana e sólida.

C.4.2 Medir a altura do reservatório (com tampa), com aproximação de 1 mm, conforme anexo K.

C.4.3 Posicionar os quatro gabaritos, ou seja, um em cada lado do reservatório a uma distância fixa das suas paredes late-
rais, conforme figuras C.1-a) e C.2. No caso da utilização de relógios comparadores, posicionar os 12 aparelhos, ou seja,
três relógios em cada lado do reservatório conforme figuras C.1-b) e C.2.

C.4.4 A localização dos gabaritos ou dos relógios para as medidas das deformações máximas deve ser tal que possibilite
caracterizar as partes críticas do corpo-de-prova sujeitas às maiores deformações, respeitando a posição da flange. As figu-
ras C.1 e C.2 ilustram o posicionamento dos gabaritos ou dos relógios nas paredes laterais do reservatório.

C.4.5 Registrar a distância inicial (distância adotada pelo responsável técnico do ensaio) entre cada gabarito e a parede la-
teral do reservatório, ou registrar a leitura inicial dos relógios, nos seguintes pontos:

- posição do nível da torneira de bóia - 60 mm abaixo da borda do reservatório;

- posição do nível da tubulação de saída - no mínimo 20 mm acima do fundo do reservatório;

- ponto médio entre as duas posições acima.

C.4.6 Encher o reservatório com água até o seu volume efetivo.

C.4.7 Durante o ensaio, deve-se manter o ambiente a uma temperatura inferior a 30°C.
C.4.8 Instalar a tampa no reservatório, conforme recomendações do fabricante.

C.4.9 Após 72 h de seu enchimento completo com água, anotar a distância final entre cada gabarito e a parede lateral do
reservatório, nos pontos descritos em C.4.5. No caso da utilização de relógios comparadores, registrar a leitura final dos
mesmos.

C.4.10 Registrar as deformações máximas e os seus locais de ocorrência nas paredes laterais do reservatório. As deforma-
ções correspondem à diferença entre as distâncias inicial e final registradas entre o reservatório e o gabarito. No caso da
utilização de relógios comparadores, as deformações correspondem à diferença entre as leituras inicial e final registradas
no aparelho.

C.4.11 Comparar os valores de deformação registrados ao valor máximo admissível ± 2,5% da altura do reservatório (com
tampa), medida conforme método prescrito no anexo K.
NOTA - Quando o comportamento do corpo-de-prova indicar que pode ocorrer uma súbita ruptura, danificando os aparelhos de medida de
deformações, retirar tais aparelhos e registrar quando da ruptura do reservatório.
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10 NBR 14799:2002

a) Esquema do gabarito ajustado à parede lateral do reservatório

b) Esquema dos três relógios comparadores ajustados à parede lateral do reservatório


Pontos para registro da distância entre o gabarito e a parede lateral do reservatório ou para instalação dos relógios comparadores:
1- posição do nível da torneira de bóia - 60 mm abaixo da borda do reservatório;
2- posição do nível da tubulação de saída - no mínimo 20 mm acima do fundo do reservatório;
3- ponto médio entre as duas posições acima.

Figura C.1 - Esquemas da parede lateral do reservatório

Figura C.2 - Posicionamento dos quatro gabaritos ou dos 12 relógios comparadores ao redor do reservatório

C.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) tipo de aparato utilizado para medida de deformação (gabarito ou relógio comparador);

f) as deformações nas paredes laterais do reservatório decorrentes da pressão hidrostática correspondente ao volume
efetivo do mesmo. A máxima deformação nas paredes laterais não pode ultrapassar o valor ± 2,5% da altura do reser-
vatório (com tampa);
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NBR 14799:2002 11

g) registro de todas as observações visuais feitas quando da eventual ocorrência de ruptura do corpo-de-prova ou de
suas partes;

h) descrição dos equipamentos e procedimentos de ensaio, de modo a possibilitar:

- determinar o comportamento do reservatório, quando submetido a uma carga uniformemente distribuída;

- determinar a curva característica de deformação do reservatório em função da carga uniformemente distribuída


aplicada.

i) referência a esta Norma.

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/ANEXO D
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12 NBR 14799:2002

Anexo D (normativo)
Determinação da transmitância luminosa

D.1 Objetivo
O objetivo deste ensaio é determinar a porcentagem máxima de luz transmitida pelo reservatório poliolefínico.
D.2 Corpo-de-prova
Devem ser submetidos ao ensaio oito corpos-de-prova nas dimensões 61 cm x 71 cm, sendo quatro corpos-de-prova reti-
rados da parede lateral e quatro da tampa de reservatórios de mesmo volume nominal pertencentes a um mesmo lote de
produção.
D.3 Aparelhagem
Câmara de ensaio composta por:
a) uma lâmpada incandescente com as seguintes características:
- emissão de luz na faixa de comprimentos de onda entre 540 nm e 560 nm;
- intensidade de luz constante podendo apresentar um desvio de ± 1%;
b) diafragma circular e lentes ópticas, ajustados de forma a obter um feixe luminoso de incidência simétrica e paralela;
c) suporte disposto de forma que mantenha a superfície do corpo-de-prova perpendicular ao eixo óptico e a uma dis-
tância fixa do diafragma; e
d) sensor calibrado, apresentando as características a seguir:
- resultado da leitura igual a zero quando da ausência de luz, assegurando que o sensor esteja protegido da incidên-
cia de luz solar;
- resultado da leitura igual a 100% quando da emissão de luz da fonte luminosa, na ausência do corpo-de-prova;
- precisão adequada para a leitura do fluxo luminoso incidente;
- garantia de alinhamento da instalação.
No interior da câmara de ensaio, o conjunto sensor e corpo-de-prova deve ficar enclausurado, de modo que a única fonte
de luz atuante seja a da lâmpada citada em a).
D.4 Procedimento
D.4.1 Acender a lâmpada incandescente 1 h antes de iniciar o ensaio, para possibilitar que a lâmpada emita luminosidade
constante.
D.4.2 Medir a iluminância sobre o sensor proveniente da lâmpada incandescente, com a ausência do corpo-de-prova.
D.4.3 Posicionar o corpo-de-prova dentro da câmara de ensaio, entre o sensor e a fonte de luz, de modo que a luz incida na
superfície do corpo-de-prova correspondente à superfície externa do reservatório (corpo e tampa).
D.4.4 Medir a iluminância, no sensor, que atravessa o corpo-de-prova.
D.4.5 Repetir os procedimentos D.4.2 a D.4.4 pelo menos três vezes em cada corpo-de-prova para garantir maior precisão
nos resultados do ensaio.
D.4.6 Calcular a porcentagem máxima de luz transmitida por cada corpo-de-prova, através do quociente (multiplicado por
100) entre a iluminância medida com o corpo-de-prova e sem o corpo-de-prova (fluxo incidente diretamente da fonte).
D.4.7 Verificar se os valores calculados para cada corpo-de-prova ensaiado atendem ao especificado em 5.9.
D.5 Relatório do ensaio
O relatório deve conter as seguintes informações:
a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;
b) data de realização do ensaio;
c) dimensões médias do corpo-de-prova (comprimento, largura e expessura);
d) número de corpos-de-prova ensaiados;
e) porcentagem máxima de luz transmitida (transmitância luminosa) por cada corpo-de-prova ensaiado; e
f) referência a esta Norma.

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/ANEXO E
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NBR 14799:2002 13

Anexo E (normativo)
Verificação da toxicidade

E.1 Objetivo
O objetivo deste ensaio é verificar as concentrações de elementos indesejáveis, tóxicos ou contaminantes, presentes na
água armazenada pelo reservatório poliolefínico, que representem um risco à saúde humana, bem como verificar a ocorrên-
cia de alterações nas características sensoriais da água, tais como, coloração visível, cor ou sabor estranhos.
E.2 Corpo-de-prova
O corpo-de-prova deve ser um número de amostras extraídas do corpo do reservatório poliolefínico tal que a superfície de
contato seja de 600 cm 2 ± 2%.
E.3 Aparelhagem
E.3.1 Água destilada.
E.3.2 Béquer, tampão e recipiente de materiais inertes.
E.3.3 Dispositivo com capacidade para manter o conjunto corpo-de-prova e água destilada a uma temperatura de 40°C
durante o ensaio.
E.3.4 Espectrofotômetro de absorção atômica ou outro equipamento equivalente.
E.4 Procedimento
E.4.1 Lavar o corpo-de-prova em jato de água corrente e depois com água destilada e secá-lo.
E.4.2 Colocar o corpo-de-prova em um béquer com um volume de água destilada tal que a relação entre a área de corpo-
2 2
de-prova em contato e o volume de água destilada esteja compreendida entre 0,5 cm /mL e 2,0 cm /mL.
E.4.3 No caso de corpos-de-prova compostos por duas ou mais camadas, o ensaio é realizado de forma que a água desti-
lada fique em contato somente com as partes dos corpos-de-prova correpondentes à superfície interna do reservatório que
ficará em contato com a água potável armazenada.
E.4.4 Cobrir o béquer com tampão de material inerte.
E.4.5 Deixar o corpo-de-prova em contato com água destilada durante 10 dias, à temperatura de 40°C.
E.4.6 Transcorridos os 10 dias de ensaio, retirar o corpo-de-prova do béquer, lavá-lo com água destilada e deixar escorrer
no próprio béquer.
E.4.7 Incorporar a água escorrida ao extrato.
E.4.8 Após o ensaio, verificar se o extrato apresenta coloração visível, sabor ou odor estranhos.
NOTA - Deve ser realizada uma prova em branco, com um volume igual ao do simulante utilizado na prova original, para comparação.

E.4.9 No extrato, verificar as concentrações dos elementos listados na Portaria vigente do Ministério da Saúde utilizando a
espectrometria de absorção atômica ou outra técnica equivalente.
E.4.10 Repetir os procedimentos de E.4.1 a E.4.9 mais duas vezes sobre o mesmo corpo-de-prova, utilizando-se a cada
vez quantidades novas de água destilada.
E.4.11 Registrar o nível obtido na terceira repetição. Porém, nos três ensaios a concentração dos elementos não poderá ser
superior aos limites máximos especificados na Portaria vigente do Ministério da Saúde.
E.5 Relatório do ensaio
O relatório deve conter as seguintes informações:
a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;
b) data de realização do ensaio;
c) dimensões do corpo-de-prova;
d) número de corpos-de-prova ensaiados;
e) as concentrações, se houver, dos elementos presentes no extrato em cada uma das três repetições, salientando que
o resultado final do ensaio deverá ser o obtido na terceira repetição. Tais concentrações deverão ser comparadas aos
valores máximos especificados na Portaria vigente do Ministério da Saúde;
f) referência à alteração ou não nas características sensoriais da água, tais como coloração visível, sabor ou odor es-
tranhos; e
g) referência a esta Norma.

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/ANEXO F
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14 NBR 14799:2002

Anexo F (normativo)
Verificação da resistência ao impacto

F.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é verificar a ocorrência de ruptura, trincas ou fissuras que causem perda de estanqueidade à água
em reservatórios poliolefínicos quando submetidos à queda livre (Método A) e aos impactos localizados em seu corpo e
tampa (Método B).

F.2 Corpo-de-prova

O ensaio de verificação da resistência ao impacto deve ser realizado com dois reservatórios, sendo que um deve ser sub-
metido à queda livre (Método A) e o outro aos impactos localizados (Método B).

F.3 Aparelhagem

F.3.1 Método A - Queda livre


F.3.1.1 Superfície de impacto horizontal (nivelada entre ± 1 mm), rígida, com área suficiente para suportar completamente o
reservatório.

F.3.1.2 Meios de levantar o reservatório, mantê-lo na posição predeterminada e soltá-lo sem aplicação de aceleração além
da gravidade.

F.3.1.3 Régua metálica ou trena para medir a distância vertical entre o reservatório (ponto a sofrer o impacto) e a superfície
de impacto horizontal.

F.3.1.4 Ponto para abastecimento de água potável.

F.3.2 Método B - Impactos localizados

F.3.2.1 Superfície horizontal (nivelada entre ± 1 mm), rígida, com área suficiente para apoiar e suportar completamente o
reservatório cheio de água até o seu volume efetivo.

F.3.2.2 Dardo de aço com formato cilíndrico dotado de ponta lisa e esférica de diâmetro 50 mm, ao qual se pode aplicar
energia de 50 J.
F.3.2.3 Esfera de aço lisa com diâmetro de 50 mm, ao qual se pode aplicar energia de 5 J.

F.3.2.4 Mecanismo de disparo que não exerça nenhum impulso sobre o dardo ou a esfera de impacto.
F.3.2.5 Dispositivo que impeça o deslocamento do reservatório quando submetido aos impactos localizados.

F.3.2.6 Ponto para abastecimento de água potável.

F.4 Procedimento

F.4.1 Método A - Queda livre

F.4.1.1 Elevar o reservatório e mantê-lo na posição predeterminada mostrada na figura F.1-a), a uma altura de queda de
3 m ± 2%, definida pela distância do ponto mais baixo do reservatório até a superfície de impacto, em temperatura inferior a
30°C.

F.4.1.2 Soltar o reservatório de forma que o mesmo se choque com a superfície de impacto na região predeterminada - im-
pacto em diagonal contra o fundo do reservatório.

F.4.1.3 Repetir os procedimentos de F.4.1.1 e F.4.1.2, porém posicionando o reservatório conforme mostrado na figura
F.1-b) - impacto em diagonal contra a borda do encaixe à tampa.

a) impacto em diagonal contra o fundo (base de apoio) b) impacto em diagonal contra a borda do en-
caixe à tampa

Figura F.1 - Posições de queda livre - Regiões de impacto


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NBR 14799:2002 15

F.4.1.4 Após a queda, verificar a ocorrência de ruptura, trincas ou fissuras que tenham causado a perda de estanqueidade
à água do reservatório. A verificação da estanqueidade à água do reservatório deve ser efetuada conforme estabelecido no
anexo B.

F.4.2 Método B - Impactos localizados

F.4.2.1 Apoiar, na base horizontal e rígida, o reservatório com o seu fundo (base de apoio) voltado para cima. Durante o en-
saio, deve-se manter o ambiente a uma temperatura inferior a 30°C.

F.4.2.2 Posicionar o dardo verticalmente à superfície externa do fundo do reservatório (onde não houver reforços visíveis),
de forma que o ponto de impacto na superfície do fundo coincida com a ponta esférica do dardo em repouso, conforme
mostrado na figura F.2-a).

F.4.2.3 Aplicar ao dardo uma energia potencial de 50 J, sendo que o mecanismo de disparo não deve exercer nenhum im-
pulso ao dardo.

F.4.2.4 Após o impacto, verificar a ocorrência de ruptura, trincas ou fissuras que tenham causado a perda de estanqueidade
à água do reservatório.

F.4.2.5 No caso da não ocorrência de danos, posicionar o reservatório numa base horizontal, plana e rígida, fornecer vazão
suficiente para o enchimento completo do seu volume efetivo e instalar a tampa conforme recomendações do fabricante.
F.4.2.6 Posicionar o dardo a uma distância predeterminada de um ponto da metade inferior da parede lateral do reserva-
tório (onde não houver reforços visíveis), de forma que o ponto de impacto coincida com a ponta do dardo em repouso,
conforme mostrado na figura F.2-b).

F.4.2.7 Aplicar ao dardo em movimento pendular uma energia potencial de 50 J, sendo que o mecanismo de disparo não
deve exercer nenhum impulso ao dardo. Deve-se utilizar um dispositivo que impeça o deslocamento do reservatório quando
submetido aos impactos.

F.4.2.8 Repetir o procedimento de F.4.2.7, atingindo, porém, algum ponto da metade superior da parede lateral do reserva-
tório, onde não houver reforços visíveis.

F.4.2.9 Verificar a ocorrência de ruptura, trincas ou fissuras que tenham causado a perda de estanqueidade à água do re-
servatório. A verificação da estanqueidade à água do reservatório deve ser efetuada conforme estabelecido no Anexo B.

F.4.2.10 Posicionar a esfera verticalmente à tampa do reservatório (onde não houver reforços visíveis) de forma que o pon-
to de impacto na superfície externa da tampa coincida com a esfera em repouso, conforme mostrado na figura F.2-c).

F.4.2.11 Aplicar à esfera uma energia potencial de 5 J, sendo que o mecanismo de disparo não deve exercer nenhum im-
pulso à esfera.

F.4.2.12 Verificar a ocorrência ou não de ruptura, fissuras ou trincas na tampa do reservatório.

a) impacto localizado no fundo (base de apoio) do reservatório

b) impacto localizado na parede lateral do reservatório


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16 NBR 14799:2002

c) impacto localizado na tampa instalada no reservatório

Figura F.2 - Regiões dos impactos localizados

F.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) número de corpos-de-prova ensaiados;

d) as ocorrências (se houver) de danos e/ou perda de estanqueidade à água dos corpos-de-prova nos ensaios de queda
livre e de impactos localizados; e

e) referência a esta Norma.

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/ANEXO G
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NBR 14799:2002 17

Anexo G (normativo)
Determinação do alongamento na ruptura em tração

G.1 Objetivo
O objetivo deste ensaio é determinar o alongamento na ruptura em tração de corpos-de-prova retirados de reservatórios
poliolefínicos.
G.2 Corpo-de-prova
G.2.1 Pelo menos cinco corpos-de-prova de espessuras iguais entre si, nas dimensões indicadas na figura G.1, devem ser
submetidos ao ensaio.
G.2.2 Os corpos-de-prova devem ser retirados, na direção vertical, de uma região de igual espessura, da parede lateral do
reservatório.

Legenda:

A é o comprimento total mínimo: 115 mm;


B é a largura das extremidades: (19,0 + 6,4) mm;
C é o comprimento da parte calibrada: (33,0 ± 0,5) mm;
D é a largura da parte calibrada: (6,00 ± 0,05) mm;
E é o raio menor: (14 ± 1) mm;
F é o raio maior: (25 ± 1) mm;
G é a distância inicial entre as marcas de referência: (25,00 ± 0,13) mm;
H é a distância inicial entre as garras: (65 ± 5) mm;
I é a espessura correspondente à do reservatório.

NOTA - Para traçar as marcas de referência sobre os corpos-de-prova, deve-se utilizar tinta ou quaisquer meios que não afetem o material
a ensaiar. As marcas de referência não devem ser feitas por gravação ou estampagem.

Figura G.1 - Dimensões do corpo-de-prova utilizado no ensaio de determinação do alongamento na tração

G.3 Aparelhagem
G.3.1 Máquina de ensaio com garras que possam se distanciar uma da outra com velocidades constantes.
G.3.1.1 Garras destinadas a manter o corpo-de-prova entre uma parte fixa, ou praticamente estacionária da máquina, e
uma parte móvel da mesma. As garras alinham-se automaticamente, sendo presas à parte fixa e à parte móvel respectiva-
mente, de tal modo que se movimentem livremente no mesmo eixo quando da aplicação de pequena carga, garantindo que
o eixo principal do corpo-de-prova e o eixo da carga aplicada passem pelo centro das garras.
G.3.1.2 Indicador de carga que indique a carga de tração total suportada pelo corpo-de-prova preso entre as garras. Este
mecanismo deve ser essencialmente isento de inércia à velocidade de tração especificada e indica a carga com resolução
mínima de ± 1%.
G.3.1.3 Indicador de alongamento que permite determinar, em qualquer instante do ensaio, a distância entre duas marcas
fixas ou de referência, situadas na parte calibrada do corpo-de-prova. É desejável que este instrumento registre automatica-
mente a distância em função da carga no corpo-de-prova, ou do tempo decorrido depois do início do ensaio, ou ambos. Nos
casos em que a distância é somente função do tempo, é aconselhável registrar igualmente a carga em função do tempo.
Este instrumento deve ser essencialmente isento de inércia à velocidade de tração especificada e deve permitir medir
deformação com uma precisão mínima de ± 1%.
G.3.2 Micrômetros que permitem leituras com exatidão maior que 0,025 mm das medidas de largura e espessura de cor-
pos-de-prova.
G.4 Procedimento
G.4.1 Medir, através do micrômetro descrito em G.3.2, a largura e a espessura dos corpos-de-prova, com exatidão de
0,025 mm em vários pontos ao longo de seus comprimentos.
G.4.2 Condicionar o corpo-de-prova, pelo menos 40 h antes do ensaio, à temperatura de (23 ± 2)°C e à umidade relativa de
(50 ± 5)%.
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18 NBR 14799:2002

G.4.3 Posicionar o corpo-de-prova na máquina de ensaio, tomando a precaução de alinhar o eixo do corpo-de-prova e o da
garra com uma linha imaginária unindo os pontos de junção das garras à máquina.

G.4.4 Fechar as garras uniformemente e suficientemente forte, prevenindo o deslizamento do corpo-de-prova durante o en-
saio, mas evitando o seu esmagamento. A distância inicial entre as garras deve ser igual à indicada na figura G.1.

G.4.5 Fixar o indicador de alongamento e o indicador de carga.

G.4.6 Ajustar a velocidade de ensaio em 50 mm/min ± 10% e a seguir colocar a máquina em funcionamento, apresentando
uma relação entre velocidade e espessura de 1,5 mm/mm.min.

G.4.7 Registrar a curva carga x alongamento do corpo-de-prova.


G.4.8 Registrar, quando do rompimento do corpo-de-prova, a carga e a distância entre a marcas de referência no momento
da ruptura.

G.4.9 Calcular o alongamento, em porcentagem, na ruptura através da relação entre o alongamento registrado na ruptura e
a distância inicial entre as marcas de referência, multiplicada por 100.

G.4.10 Calcular, para cada grupo de cinco resultados, a média aritmética dos valores obtidos.

G.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;


e) velocidade de ensaio;

f) valor do alongamento na ruptura em tração, em porcentagem, para cada grupo de cinco corpos-de-prova;

g) diagrama carga x deformação, apresentando o comportamento dos corpos-de-prova ao longo do ensaio; e

h) referência a esta Norma.

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/ANEXO H
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NBR 14799:2002 19

Anexo H (normativo)
Verificação da resistência ao envelhecimento acelerado em Weather-O-Meter

H.1 Objetivo
O objetivo deste ensaio é verificar a ocorrência de fissuras, existência de bolhas, depressão e outros defeitos de superfície
e alteração de cor, bem como a ocorrência de queda significativa da propriedade mecânica alongamento na ruptura em tra-
ção quando da exposição acelerada, em Weather-O-Meter, do reservatório poliolefínico, durante 3 600 h.
H.2 Corpo-de-prova
H.2.1 Pelo menos cinco corpos-de-prova de espessuras iguais entre si, nas dimensões indicadas na figura H.1, devem ser
expostos à radiação em equipamento Weather-O-Meter.
H.2.2 Os corpos-de-prova devem ser retirados, na direção vertical, de uma região de igual espessura, da parede lateral do
reservatório.
H.2.3 As faces dos corpos-de-prova correspondentes à superfície externa da parede lateral do reservatório devem ser cor-
retamente identificadas.

Legenda:

A é o comprimento total mínimo: 115 mm;


B é a largura das extremidades: (19,0 + 6,4) mm;
C é o comprimento da parte calibrada: (33,0 ± 0,5) mm;
D é a largura da parte calibrada: (6,00 ± 0,05) mm;
E é o raio menor: (14 ± 1) mm;
F é o raio maior: (25 ± 1) mm;
I é a espessura: correspondente à do reservatório.

Figura H.1 - Dimensões do corpo-de-prova utilizado no ensaio de verificação da resistência ao


envelhecimento acelerado

H.3 Aparelhagem

Equipamento Weather-O-Meter constituindo-se de uma estrutura cilíndrica de aço inoxidável contendo os dispositivos e as
condições descritos a seguir:

H.3.1 Lâmpada com filamento de xenônio

A lâmpada com filamento de xenônio emite radiação em uma faixa que se estende abaixo de 270 nm no ultravioleta, pas-
sando pelo espectro visível até o infravermelho. Para tanto, são utilizados filtros externo e interno de borossilicato para re-
duzir a emissão dos menores comprimentos de onda e também remover o máximo de infravermelho possível, de forma que
o alcance da radiação do corpo-de-prova exposto tenha um poder de distribuição espectral que mais se aproxime da luz
solar.

As características do filamento de xenônio e filtros devem prever uma manutenção periódica em uso. Eles podem ser lim-
pos em intervalos apropriados quando da acumulação de sujeira.

A irradiação do corpo-de-prova para o intervalo do comprimento de onda de 300 nm a 400 nm é aproximadamente de


2 2
40 W/m (0,35 W/m no comprimento de onda de 340 nm). A irradiação não varia mais do que ±10% sobre toda a área do
corpo-de-prova.
2
Irradiações abaixo de 300 nm não devem exceder 1 W/m .
H.3.2 Suportes dos corpos-de-prova

Os suportes devem ser feitos de materiais inertes que não afetem os resultados do ensaio, por exemplo alumínio ou aço
inoxidável, e devem prover a passagem de ar sobre os corpos-de-prova para o controle de temperatura. Latão, aço ou co-
bre não são utilizados nos arredores dos corpos-de-prova.

Os suportes podem rodar no seu próprio eixo, bem como rotacionar com a estrutura, expondo assim à radiação direta da
fonte de luz os lados dos suportes que estavam anteriormente no escuro.
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20 NBR 14799:2002

H.3.3 Umidade relativa

A umidade relativa do ar que passa sobre os corpos-de-prova pode ser controlada e medida por termômetros de bulbo úmi-
do e seco ou outros instrumentos convenientes, introduzidos no espaço do ensaio e protegidos da radiação da lâmpada.

A umidade relativa a ser utilizada é 60 ± 5%.


NOTA - Devido à variação de temperatura dos corpos-de-prova, que podem ter cores diferentes, o ar que circunda muito próximo a eles
não pode ser referência para a medida da umidade relativa.

H.3.4 Termômetro de painel negro para indicação do ensaio de temperatura

O termômetro de painel negro deve ser montado no suporte do corpo-de-prova com metal enegrecido com a face voltada
para a lâmpada. As leituras só devem ser feitas depois de um dado tempo, o suficiente para que a temperatura esteja es-
tável.

O termômetro de painel negro deve ser controlado pelo ajuste de circulação de ar refrigerado.

A temperatura utilizada deve ser igual a (63 ± 3)°C.

H.3.5 Pulverizador

O sistema do pulverizador deve ser feito de material inerte para não contaminar a água utilizada.

O ciclo do pulverizador utilizado é:

- tempo de pulverização: 18 min;

- intervalo seco entre as pulverizações: 102 min.

H.3.6 Qualidade da água do pulverizador

A resistividade específica da água utilizada no sistema do pulverizador deve ser inferior a 0,20 MΩ. Para tanto, a água deve
ser filtrada e deionizada.

H.3.7 Instrumentos de medida da dosagem de luz

Estes instrumentos devem ser constituídos de um sistema fotorreceptor montado ao lado dos corpos-de-prova e conectado
a um aparelho integrado para a indicação da energia total recebida em um determinado período.
O sistema fotorreceptor deve ser sensível à radiação recebida sob um ângulo fixo, similar àquele sob o qual a radiação é
recebida pelos corpos-de-prova, e o espectro resultante do sistema fotorreceptor deve ser definido correspondendo às re-
giões espectrais que produzam mudanças nos corpos-de-prova.

O instrumento deve ser calibrado na unidade radiométrica conveniente, Watts por metro quadrado, para a fonte de luz es-
pecífica. A calibração não deve ser afetada por variações na intensidade da luz ou da temperatura.
H.4 Procedimento

H.4.1 Posicionar os corpos-de-prova nos suportes do equipamento, de maneira que os mesmos não fiquem sujeitos a apli-
cação de tensão e que as faces dos corpos-de-prova expostos à radiação correspondam à superfície externa da parede
lateral do reservatório.

H.4.2 Montar convenientemente os meios instrumentais de medição de dosagem de luz, de tal forma que o fotorreceptor
meça o nível de radiação do lugar do corpo-de-prova.

H.4.3 Expor os corpos-de-prova aos estágios de exposição determinados, de acordo com as recomendações propostas em
H.3 relativas à temperatura, umidade relativa, ciclos do pulverizador de água, etc.

H.4.4 Variar a posição dos corpos-de-prova na aparelhagem de tempos em tempos, para reduzir algum local de exposição
desigual.

H.4.5 Em intervalos regulares (1 000 h, 2 000 h, 3 000 h e 3 600 h), retirar os cinco corpos-de-prova e submetê-los ao en-
saio visual de verificação de formação de fissuras, existência de bolhas, depressão e outros defeitos de superfície. A análi-
se da cor deverá ser efetuada em comparação à cor inicial, utilizando a escala cinza da ISO 105 - Part A02.

H.4.6 Após 3 600 h de exposição, retirar os cinco corpos-de-prova e submetê-los ao ensaio de determinação do alonga-
mento na ruptura em tração, de acordo com o método prescrito no anexo G.

H.4.7 Registrar os valores de alongamento na ruptura em tração obtidos e compará-los com os valores obtidos em cinco
corpos-de-prova originais (antes de serem expostos artificialmente).

H.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais uti-
lizados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;


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NBR 14799:2002 21

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) tipo e detalhes da lâmpada usada e, se possível, irradiação da superfície dos corpos-de-prova;


f) modo de operação da lâmpada e sistema de filtro utilizados;

g) significado do valor e variação no termômetro de painel negro e, se registrado, significado do valor e variação da umi-
dade relativa da passagem de ar sobre os corpos-de-prova;

h) condições do pulverizador de água;

i) material utilizado nos suportes dos corpos-de-prova;

j) estágios de exposição utilizados e métodos para determinação da dosagem de luz;

l) número de horas de exposição na câmara;

m) resultados do ensaio de determinação do alongamento na ruptura, antes e após o período de exposição;

n) resultados da inspeção visual; e

o) referência a esta Norma.

_________________

/ANEXO J
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22 NBR 14799:2002

Anexo J (normativo)
Verificação da resistência ao intemperismo natural

J.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é verificar a ocorrência de fissuras, existência de bolhas, depressão e outros defeitos de superfície
e alteração de cor, bem como a ocorrência de queda significativa da propriedade mecânica alongamento na ruptura em tra-
ção quando da exposição do reservatório poliolefínico ao intemperismo natural.

J.2 Corpo-de-prova

J.2.1 Os corpos-de-prova devem ser retirados, na direção vertical, de uma região de igual espessura, da parede lateral do
reservatório, nas dimensões indicadas na figura J.1.

J.2.2 O número de corpos-de-prova a serem retirados do reservatório dependerá da periodicidade desejada de avaliações
a serem feitas.

J.2.3 As faces dos corpos-de-prova correspondentes à superfície externa da parede lateral do reservatório devem ser
corretamente identificadas.

NOTA - Os corpos-de-prova devem ser livres de imperfeições, ranhuras, rugas, etc.

Legenda:

A é o comprimento total mínimo: 115 mm;


B é a largura das extremidades: (19,0 + 6,4) mm;
C é o comprimento da parte calibrada: (33,0 ± 0,5) mm;
D é a largura da parte calibrada: (6,00 ± 0,05) mm;
E é o raio menor: (14 ± 1) mm;
F é o raio maior: (25 ± 1) mm;
I é a espessura: correspondente à do reservatório.

Figura J.1 - Dimensões do corpo-de-prova utilizado no ensaio de verificação da resistência ao


envelhecimento natural

J.3 Aparelhagem

As características da aparelhagem utilizada no ensaio de exposição natural são apresentadas a seguir:

J.3.1 Posição das prateleiras


As prateleiras devem ser dispostas em um local onde não haja sombras de elementos vizinhos, e seu ângulo de elevação
deve ser maior que 20°. Prateleiras situadas entre as latitudes 23°27' e 66°33' norte ou sul devem ser posicionadas com a
face voltada para o equador. Prateleiras situadas abaixo das latitudes 23°27'S e 23°27'N devem ter suas posições, em
relação ao equador, definidas por meio de um acordo mútuo entre o fornecedor e o serviço de ensaio.

J.3.1.1 Prateleiras na latitude devem ser ajustadas de modo a expor a superfície em um ângulo com a horizontal, corres-
pondente exatamente ao ângulo da latitude do local.

J.3.1.2 Prateleiras 45° devem ser ajustadas de modo a expor a superfície em um ângulo de 45° com a horizontal.

J.3.1.3 Prateleiras 90° devem ser ajustadas de modo a expor a superfície em um ângulo de 90° com a horizontal.

J.3.1.4 Prateleiras horizontais devem ser ajustadas de modo a expor a superfície na horizontal.

J.3.1.5 Prateleiras em ângulos especiais devem ser ajustadas de modo a expor a superfície em um ângulo que será defini-
do por meio de um acordo entre as partes interessadas.

J.3.2 Materiais para construção das prateleiras

J.3.2.1 As prateleiras e ferragens devem ser construídas de materiais não corrosivos, sem tratamento de superfície.

J.3.2.2 Madeira bruta só pode ser usada em regiões desérticas.


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NBR 14799:2002 23

J.3.2.3 Para a construção das prateleiras e armações, deve ser utilizada liga de alumínio 6061T6, conforme NBR 7000.

J.3.2.4 Aço e cobre não são adequados para qualquer região.

J.3.3 Modo de construção

J.3.3.1 As prateleiras devem ser construídas para sustentar os suportes dos corpos-de-prova, ou os próprios corpos-de-
prova, qualquer que sejam a largura e o comprimento convenientes.

J.3.3.2 Os corpos-de-prova mais baixos na prateleira devem ser expostos a uma altura mínima de 700 mm acima do chão.

J.3.3.3 A parte estrutural não deve, em nenhum caso, constituir suporte para os corpos-de-prova em ensaio.

J.3.3.4 Para fixar com segurança, de acordo com o caso, os suportes dos corpos-de-prova ou os próprios corpos-de-prova,
devem ser usados ranhuras espaçadas apropriadamente, pregos ou parafusos de liga de alumínio. Estas fixações não de-
vem submeter os corpos-de-prova a esforços.

J.3.4 Suporte dos corpos-de-prova

J.3.4.1 Devem ser usados para apoiar os vários tamanhos dos corpos-de-prova envolvidos neste ensaio. Em nenhum caso
o suporte dos corpos-de-prova pode constituir um apoio para a porção do material a ser ensaiado.

J.3.4.2 Devem ser construídos de um material inerte, como perfis de alumínio estruturado.

J.3.4.3 O desenho dos suportes deve ser de tal forma que o corpo-de-prova não possa mover-se de sua posição (a não ser
por expansão ou retração térmica ou ressecamento por perda de plasticidade).

J.3.4.4 Suporte de armação: no formato de grelha, que pode ser subdividido como necessário para proporcionar espaça-
mento apropriado entre os corpos-de-prova. A abertura de exposição de cada quadro deve ser de tamanho suficiente para
expor toda área de ensaio de cada corpo-de-prova.

J.3.4.5 Suporte de chapas: consta de uma chapa universal constituída de uma chapa de alumínio ranhurada, na qual é
montado um isolante elétrico de porcelana vitrificada branca em posições apropriadas para fixar corpos-de-prova de vários
tamanhos.

J.3.4.6 Os corpos-de-prova são fixados nos encaixes dos isolantes numa distância fixa de 11 mm da chapa ranhurada. Os
isolantes proporcionam fixação enquanto a chapa ranhurada permite livre circulação de ar sob o corpo-de-prova.

J.3.5 Estação para medição dos dados climatológicos

Temperatura média e umidade relativa do ar, insolação, radiação solar média, precipitação, etc.

J.4 Procedimento

J.4.1 Identificar os corpos-de-prova a serem expostos de tal forma que possam ser facilmente identificados após a exposi-
ção. A identificação deve ser tal que não haja interferência, quer seja com a exposição quer seja com os ensaios subse-
qüentes (de preferência marcar o corpo-de-prova e suporte do lado não exposto ao tempo, já que exposições prolongadas
podem obscurecer até marcas bem profundas).

J.4.2 Colocar os corpos-de-prova nos suportes, de maneira que as faces dos corpos-de-prova expostos à radiação corres-
pondam à superfície externa da parede lateral do reservatório. É conveniente agrupar em um mesmo suporte os corpos-de-
prova a serem removidos da exposição ao mesmo tempo.

J.4.3 Anotar um diagrama esquemático do suporte, a data de instalação e o tempo de exposição planejada.

J.4.4 Montar os suportes dos corpos-de-prova nas prateleiras pelo tempo prescrito.

J.4.5 Em intervalos regulares de exposição, retirar cinco corpos-de-prova dos suportes e submetê-los ao ensaio de determi-
nação do alongamento na ruptura em tração, de acordo com o prescrito no anexo G, bem como ao ensaio visual de verifi-
cação de formação de fissuras, existência de bolhas, depressão e outros defeitos de superfície. A análise da cor deve ser
efetuada em comparação à cor inicial, utilizando a escala cinza da ISO 105 - Part A02.

J.4.6 Registrar os valores de alongamento na ruptura em tração obtidos e compará-los com os valores obtidos em cinco
corpos-de-prova originais (antes de serem expostos ao intemperismo).

J.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) ângulo de exposição (horizontal, 45° ou 90°) e direção de exposição;


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24 NBR 14799:2002

f) local, duração da exposição de cada corpo-de-prova e datas de exposição;

g) radiação solar global (em calorias por unidade de área por dia);

h) descrição do clima no local de exposição, citando pelo período de exposição envolvido os seguintes dados:
- insolação (em horas por dia);

- precipitação (em milímetros);

- umidade relativa (em porcentagem);

- velocidade do vento - máxima, mínima e média (em metros por segundo);


- temperatura - máxima, mínima e média (em graus Celsius);

- porcentagem de dias com sol;

- localização geográfica do serviço nacional climatológico relativo ao local de ensaio;

i) medidas de cor, antes e após os períodos de exposição;

j) resultados do ensaio de determinação do alongamento na ruptura em tração, antes e após os períodos de exposição;

k) resultados da inspeção visual; e

l) referência a esta Norma.

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/ANEXO K
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NBR 14799:2002 25

Anexo K (normativo)
Verificação dimensional

K.1 Objetivo

O objetivo deste ensaio é determinar as variações dimensionais do reservatório poliolefínico em relação às dimensões no-
minais especificadas pelo fabricante.
K.2 Corpo-de-prova

O corpo-de-prova a ser ensaiado deve ser um reservatório poliolefínico (corpo e tampa) inspecionado visualmente e consi-
derado em perfeitas condições de funcionamento.

K.3 Aparelhagem
K.3.1 Base sólida e plana para apoiar o reservatório ao longo de sua base.

K.3.2 Régua de aço ou trena metálica graduada em milímetros.


K.4 Procedimento

K.4.1 Para reservatórios tronco-cônicos, cilíndricos ou de qualquer outro formato que não seja retangular ou quadrado, se-
guem-se os procedimentos:

K.4.1.1 Efetuar na seção da base de apoio do corpo do reservatório e na maior seção da tampa do mesmo, duas medidas
ortogonais entre si (passando pelo centro da seção) com a trena metálica ou a régua de aço.
NOTA - No caso em que a maior seção do corpo do reservatório possuir valor do diâmetro superior à maior seção da tampa, deve-se efe-
tuar a verificação dimensional nesta seção ao invés de ser na tampa.

K.4.1.2 Realizar a média aritmética entre as duas medidas de cada seção, obtendo-se o valor dos diâmetros D1 e D2, con-
forme a figura K.1.

K.4.1.3 Efetuar a medida da altura H1, ou seja, da distância entre o plano horizontal de assentamento e o plano horizontal
que tangencia a superfície externa da tampa do reservatório, quando colocada sobre o reservatório, de acordo com a figura
K.1, através da trena metálica ou da régua de aço posicionada perpendicularmente à base de apoio do reservatório.

K.4.1.4 Registrar as diferenças dimensionais através da comparação entre as dimensões obtidas e aquelas fornecidas pelo
fabricante do reservatório.

a) tronco-cônico b) cilíndrico
Figura K.1 - Principais dimensões do reservatório

K.4.1.5 Verificar se as diferenças dimensionais obtidas atendem às variações prescritas nesta Norma.

K.4.2 Para reservatórios retangulares ou quadrados, seguem-se os procedimentos:

K.4.2.1 Medir o comprimento e a lagura da seção da base de apoio do corpo do reservatório e da maior seção da tampa do
mesmo.

NOTA - No caso em que a maior seção do corpo do reservatório possuir valor do comprimento e/ou largura superior à maior seção da tam-
pa, deve-se efetuar a verificação dimensional nesta seção ao invés de ser na tampa.

K.4.2.2 Efetuar a medida da altura, ou seja, da distância entre o plano horizontal de assentamento e o plano horizontal que
tangencia a superfície externa da tampa do reservatório, quando colocada sobre o reservatório, através da trena metálica
ou da régua de aço posicionada perpendicularmente à base de apoio do reservatório.

K.4.2.3 Registrar as diferenças dimensionais através da comparação entre as dimensões obtidas e aquelas fornecidas pelo
fabricante do reservatório.

K.4.2.4 Verificar se as diferenças dimensionais obtidas atendem às variações prescritas nesta Norma.
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26 NBR 14799:2002

K.5 Relatório do ensaio

O relatório deve conter as seguintes informações:

a) tipo e identificação do corpo-de-prova, nome do fabricante, marca de identificação, data de fabricação, materiais utili-
zados e outros dados pertinentes ao material ensaiado;

b) data de realização do ensaio;

c) dimensões do corpo-de-prova;

d) número de corpos-de-prova ensaiados;

e) variações dimensionais obtidas; e

f) referência a esta Norma.

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