Você está na página 1de 9

EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA _ VARA

DO SISTEMA DOS JUIZADOS ESPECIAIS DA COMARCA DE SALVADOR – BAHIA

ANDRÉA DE ASSIS DO AMPARO, brasileira, casada, doméstica, inscrita no CPF


sob o n. 311.980.708-70 e portadora do RG de n. 09.839.364-20, filha de Maria Cleuza
da Silva Souza e Andre Afonco de Assis, residente e domiciliada em Lisboa/Portugal,
com endereço eletrônico: dea.assis.28@gmail.com.; vem à presença de Vossa
Excelência, com sustentáculo legal no artigo 319 e seguintes do CPC, propor

AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER COM PEDIDO DE TUTELA DE


URGÊNCIA ANTECIPADA E INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E
MORAIS

Em face da AIR EUROPA LINEAS AEREAS SOCIEDAD ANONIMA TDA, pessoa


jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob o nº 02.204.537/0001-07, com sede na
Avenida Tancredo Neves, n. 620, Sala 3303, Caminho das Arvores, Salvador, Bahia,
CEP: 41.820-020, com endereço eletrônico: alexandra.costa@air-europa.com. Pelas
razões de fato e de direito esposadas doravante.

PREAMBULARMENTE. DO FORO ESCOLHIDO.

Ab initio, importante destacar que a Autora não possui comprovante de


residência em seu nome, vez que reside em Libsoa/Portugal.

Desse modo, considerando que a Acionada possui escritório na cidade de


Salvador/BA, qual seja na Avenida Tancredo Neves, n. 620, Sala 3303, Caminho das
Arvores, Salvador, Bahia, CEP: 41.820-020, bem como a agência de turismo que a
Autora adquiriu as passagens tem sede em Salvador/BA, qual seja a Bellas Viagens e
Turismo Jane Gleide Raimundo de Moura 40.630.590/0001-50, com sede na Rua
Praia de Arembepe, 40, sala 104, Vilas do Atlântico, Lauro de Freitas, Bahia, CEP:
42.708-860.

Nesse sentido, a Convenção de Montreal em seu artigo 33, determina:

1. A ação de indenização de danos deverá ser iniciada, à


escolha do autor, no território de um dos Estados Partes, seja
ante o tribunal do domicílio do transportador, da sede da
matriz da empresa, ou onde possua o estabelecimento por
cujo intermédio se tenha realizado o contrato, seja perante o
tribunal do lugar de destino.”

Portanto, a ação de indenização por danos relacionados ao


voo pode ser promovida no tribunal:

a) do domicílio do(s) passageiro(s);


b) da sede da matriz da empresa aérea;
c) da sede do estabelecimento em que comprada a
passagem aérea; e
d) do local de destino do voo.

No caso dos autos, (I) a parte autora não é domiciliada neste país e nesta
Comarca, tendo informado em exordial que reside em Portugal; (II) a empresa aérea,
como é de conhecimento de todos, é portuguesa, tendo sua sede em Portugal; (III) a
passagem não foi adquirida nesta Comarca por intermédio da sucursal aqui localizada; e
(IV) o local de destino do voo era Portugal.

A mais, corroborando com a convenção de Montreal, conforme dispõe o artigo


4º, I, da Lei n. 9.099/95:

Art. 4º É competente, para as causas previstas nesta Lei, o


Juizado do foro:

I - do domicílio do réu ou, a critério do autor, do local onde


aquele exerça atividades profissionais ou econômicas ou
mantenha estabelecimento, filial, agência, sucursal ou
escritório;

FICA ELEITO, PORTANTO, O FORO DE LAURO DE FREITAS/BA PARA


JULGAMENTO DA PRESENTE LIDE.

DOS FATOS.

A Autora, em junho de 2021, adquiriu passagens aéreas para realizar viagem


junto à Acionada entre 18.12.2021 a 15.01.2022. Na oportunidade, com o auxílio de
agência de viagens, a Autora pagou a importância de R$ 7.742,06 para a emissão de
duas passagens para o trecho Lisboa x Madrid x Salvador, ida e volta, para si e sua filha
Andressa, menor de idade (doc. 03).

No entanto, em momento anterior ao embarque, a Autora foi surpreendida com


cancelamentos unilaterais por parte da Acionada, os quais foram aceitos em razão da
grande importância na celebração da viagem em comento. Assim, em que pese as
alterações e cancelamentos sofridos, o primeiro trecho foi operado pela parte
demandada.

Ocorre, Excelência, que, seguindo as exigências da própria companhia aérea, a


Autora e sua filha realizaram testes para COVID no dia anterior ao voo, quando foram
surpreendidas com o resultado positivo da passageira Andressa, filha da Requerente
(doc. 06).
Em ato seguinte, a Autora entrou em contato com a agência de viagens
informando o ocorrido, bem como procedeu com o envio do resultado positivo da sua
filha e solicitou que fosse celebrada a remarcação da viagem, uma vez que não
poderiam mais embarcar na data originalmente contratada.

A Autora acreditou que receberia retorno positivo da Demandada, tendo em


vista que concordou, de forma compreensível e amigável, com as alterações unilaterais
que a mesma fez no primeiro trecho, mas acabou sendo duramente surpreendida com
a cobrança absurda de taxas para remarcação dos bilhetes, nos valores de € 326
euros e US$ 30 dólares (doc. 07) por passageiro.

Ora, a relação entre a Autora (Consumidora) e a Acionada (Companhia Aérea)


é, como sabido, desequilibrada. Assim, surge o seguinte questionamento: A Autora foi
compelida a “aceitar” todas as imposições da Ré, mas, por qual motivo a Acionada
se recusa a relocar a Consumidora?

Irresignada a Autora tentou contato direto com a própria Ré através da


plataforma consumidor.gov (doc. 10), mas recebeu resposta reiterando a cobrança
abusiva.

A Autora não possui mais condições financeiras de arcar com novos valores a
título de remarcação, quanto mais na elevada importância cobrada. Além disso, vem
enfrentando grandes transtornos com sua estadia prolongada no Brasil, tendo em
vista que sua filha Andressa possui compromissos estudantis em Lisboa e a Autora
vem recebendo cobranças recorrentes da escola, que já informou que a menor se
encontra em situação de “abandono escolar” e que o caso tem de ser tratado pela
proteção de menores, fato que vem lhe gerando ansiedade.

Chega a ser inacreditável, data vênia, a postura adotada pela Acionada, vez que
inexiste cordialidade e, pior, bom senso. A Autora sempre atuou de forma
compreensiva junto a empresa demandada e concordou quando houve os cancelamentos
iniciais, no entanto, não encontrou postura semelhante quando precisou do auxílio da
AirEuropa quando enfrentou problemas inesperados que correspondem a uma questão
de saúde pública a nível internacional e de conhecimento mundial.

Deste modo, tendo em vista o transtorno emocional pela negativa e pela


cobrança abusiva e, também, o dano material sofrido, não havendo oportunidade de
solicitar a remarcação gratuita para retornar a Lisboa para que sua filha possa ir à
escola, não restou alternativa à Autora, que não fosse o ajuizamento da presente ação,
com o objetivo de requerer a imediata relocação, bem como indenização pelos danos
morais experimentados. SENDO IMPERIOSO REQUERIMENTO DE TUTELA DE
URGÊNCIA ANTECIPADA.
DA TUTELA DE URGÊNCIA ANTECIPADA. DA REMARCAÇÃO
GRATUITA. DIREITO DO CONSUMIDOR. NECESSIDADE DE ANÁLISE
PRÉVIA.

Dúvidas não restam da aplicação do Código de Defesa do Consumidor ao caso


em comento, na medida em que de um lado temos a Autora, consumidora, e do outro
termos a Acionada, ora fornecedora dos serviços adquiridos.

Desse modo, o aludido código é claro, em seu artigo 6º, VIII, ao determinar que
são direitos básicos do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.

Observa-se das tratativas em anexo que a Acionada se recusa a realizar a


realocação gratuita da Autora e de sua filha Andressa, as quais apenas não puderam
embarcar no voo contratado em razão de resultado positivo para a COVID, demanda de
saúde pública e de conhecimento mundial. O que é um absurdo.

Ato contínuo, a negativa da Acionada gera, inegavelmente, transtornos, vez que,


como comprovado, a filha menor da Autora não está comparecendo à escola e já se
encontra em situação de “abandono escolar”, demanda que envolve o sistema de
proteção de menores e o tribunal local.

Resta demonstrado o periculum in mora e fumus boni iuris, sendo certo,


assim, o preenchimento dos requisitos autorizados da tutela de urgência antecipada, à
intelecção do quanto disposto no artigo 300 do CPC.

Isso porque, faz-se necessário destacar:

A um, o voo originalmente contratado seria realizado


em 15 de janeiro de 2022;
A dois, a Autora e sua filha apenas não embarcaram em
razão de a menor Andressa ter testado positivo para
COVID;
A três, a filha da Autora encontra-se matriculada em
escola sediada em Lisboa e não está podendo
comparecer às aulas por estar “presa” no Brasil por
ação da Acionada;
A quatro, a Autora foi informada que sua filha está em
situação de “abandono escolar” e que o fato precisará
ser tratado pela proteção de menores e envolve os
tribunais locais;
A cinco, a Acionada vem adotando uma conduta
abusiva, realizando a cobrança de taxas extremamente
elevadas e abusivas em momento de pandemia,
utilizando da situação de COVID da filha da Autora
para incidir a cobrança de multas;
A AUTORA ESTÁ HÁ MAIS DE UM MÊS DO PREVISTO NO BRASIL,
ENFRENTANDO GASTOS INESPERADOS E TRANSTORNOS DE ORDEM EMOCIONAL, UMA
VEZ QUE A PRORROGAÇÃO DE SUA ESTADIA DE FORMA NÃO PLANEJADA ACARRETOU
A AUSÊNCIA DA SUA FILHA NO RETORNO À ESCOLA E A MESMA JÁ SE ENCONTRA EM
SITUAÇÃO DE ABANDONO ESCOLAR.

DECISÃO LIMINAR ESSA QUE FOI CONCEDIDA PELA MAGISTRADA, A DRA.


MARINA KUMMER DE ANDRADE, NO PROCESSO TOMBADO SOB O N. 0013566-
32.2022.8.05.0001 EM TRÂMITE NA 15ª VJSE DO CONSUMIDOR DESTA COMARCA,
VEJAMOS:

Da análise detida dos Autos, conclui-se pela concessão da


antecipação da tutela, posto que os requisitos necessários se
encontram presentes (art.300, CPC/15), especialmente
considerando que os documentos trazidos pela parte Autora
no evento n°1 sustentam, de maneira suficiente, a
probabilidade do direito necessária à concessão da medida,
posto que a parte autora junta comprovação do pleito de
reagendamento da passagem através do e-mail, acompanhado
do teste positivo de Covid, que o impedia de voar no dia
inicialmente programado, bem como junta matrícula na
faculdade de PORT, carta de aceitação da universidade e
comprovação da compra das passagens, de sorte que, ao que
tudo indica, o autor tem direito ao reagendamento da
passagem sem multa, mostrando-se abusiva a conduta da
acionada.

Ademais, restou configurado o periculum in mora, há


indicação de possível dano de difícil reparação, caso a
medida não seja concedida.

Ante o exposto, DEFIRO parcialmente a antecipação da


tutela para determinar que a Acionada, no prazo de 48
(quarenta e oito) horas, efetue o reagendamento do vôo da
parte autora para o dia 05/02/2022, em cobrança de multa.

O fumus boni iuris resta evidenciado na medida a Consumidora tem direito à


remarcação gratuita da sua passagem uma vez que pleiteou a sua realocação em razão
de teste positivo para a COVID, o qual foi devidamente encaminhado à Acionada.

Ante o exposto, REQUER seja concedida a tutela de urgência antecipada


inaudita altera pars, para compelir a acionada a: ( A) REMARCAR AS PASSAGENS DA
AUTORA E DA SUA FILHA, ANDRESSA AMPARO, EM VOO QUE OCORRA ENTRE OS DIAS
22/02 A 25/02/2022 PARA CIDADE DE LISBOA/PORTUGAL; sob a pena de multa diária
em valor não inferior a R$ 1.000,00 (mil reais).

PORQUÊ ASSISTE RAZÃO À AUTORA.


DA RELAÇÃO DE CONSUMO. DESEQUILÍBRIO. DA ABUSIVA TAXA
DE REMARCAÇÃO. DA OBRIGAÇÃO DE FAZER.

É límpida a relação de consumo existente no caso em tela, na medida em que de


um lado temos a Autora (Consumidora final) e de outro a Acionada (Prestadora dos
serviços contratados).

A natureza de tal relação, por consectário lógico, é o desequilíbrio das partes.


Isso porque, a Acionada detém de maior poderio financeiro e informacional, motivo
pelo qual, compele a Autora a “aceitar” tudo que é imposto, contudo, sem prestar
qualquer contrapartida.

Considerando a relação consumerista, imperiosa se faz a aplicação do código de


defesa do consumidor. O referido diploma legal dispõe em seu artigo 39, IV e V:

Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou


serviços, dentre outras práticas abusivas:

IV - prevalecer-se da fraqueza ou ignorância do


consumidor, tendo em vista sua idade, saúde,
conhecimento ou condição social, para impingir-lhe
seus produtos ou serviços;

V - exigir do consumidor vantagem manifestamente


excessiva;

A Acionada, quando alterou unilateralmente o trecho da Autora, fez com


que essa fizesse uma nova programação diante do novo itinerário imposto. Contudo,
quando da ocorrência de fato fortuito e superveniente, qual seja o diagnóstico positivo
da COVID-19 da filha da Autora, essas se recusou em realizar a gratuita relocação.
E, assim, impôs à Consumidora o pagamento de uma taxa no valor de € 326 euros e
US$ 30 dólares por passageiro.

O valor imposto na cotação atual corresponde à R$ 2.040,60 (...) por


passageiro, ou seja, totalizando o valor de R$ 4.081,20 (...). Considerando que a Autora
pagou o valor de R$ 7.742,06 (...) pelas duas passagens inicialmente, tem-se que
somente a taxa de remarcação imposta pela Acionada corresponde a quase 70% DO
VALOR PAGO.

O que se mostra uma vantagem manifestadamente excessiva imposta pela


Acionada e, principalmente, uma tentativa de onerar a Consumidora final.

A conduta vem causando grande constrangimento e aflição à Consumidora


Autora, que precisa retornar à Lisboa para levar sua filha de volta às atividades
escolares.
Destarte, REQUER seja realizada a REMARCAÇÃO DAS PASSAGENS DA AUTORA
E DA SUA FILHA, ANDRESSA AMPARO, EM VOO QUE OCORRA ENTRE OS DIAS 22/02 A
25/02/2022 PARA CIDADE DE LISBOA/PORTUGAL, SEM QUALQUER TAXA A TÍTULO
DE REMARCAÇÃO.

Sendo imperiosa, ainda, a reparação pelos danos morais sofridos.

DO DANO MORAL.
O dano moral no caso em tela pode ser considerado presumido, ou seja, in re
ipsa. Isso porque, agir de má-fé para com o consumidor final não é uma consequência,
mas sim uma escolha.

A cobrança da taxa de remarcação, ainda que consubstanciada por inúmeros


argumentos trazidos à discussão pela Acionada não pode funcionar como uma forma de
enriquecer de forma ilícita.

Como visto, o valor cobrado a esse título corresponde a quase 70% do valor
pago inicialmente pelas passagens. Não se pode olvidar, também, que o desgaste
emocional que vivencia a Autora é, sem dúvidas, preocupante.

A filha da Autora permanece sem poder frequentar as aulas do colégio e, pior,


sofrendo ameaças de “abandono escolar”, o que não é verdade, pois, devido a
imposição da Acionada, a Autora permanece no Brasil há mais de um mês tendo gastos
inesperados.

Nesse sentido, faz-se necessário destacar:

A um, o voo originalmente contratado seria realizado


em 15 de janeiro de 2022;
A dois, a Autora e sua filha apenas não embarcaram em
razão de a menor Andressa ter testado positivo para
COVID;
A três, a filha da Autora encontra-se matriculada em
escola sediada em Lisboa e não está podendo
comparecer às aulas por estar “presa” no Brasil por
ação da Acionada;
A quatro, a Autora foi informada que sua filha está em
situação de “abandono escolar” e que o fato precisará
ser tratado pela proteção de menores e envolve os
tribunais locais;
A cinco, a Acionada vem adotando uma conduta
abusiva, realizando a cobrança de taxas extremamente
elevadas e abusivas em momento de pandemia,
utilizando da situação de COVID da filha da Autora
para incidir a cobrança de multas;
A pandemia da COVID-19 atingiu e atinge o mundo inteiro diariamente, mas, é
muito estarrecedor observar que a Acionada “aproveita-se” do momento para
enriquecer de forma ilícita. Como dito anteriormente, não pode o consumidor ser
obrigado a realizar as imposições da prestadora de serviço.

A situação, portanto, vem causando grande constrangimento e sofrimento


psicofísico. Pelo que faz jus a devida reparação.

A mais, ainda que haja na relação consumerista uma flexibilização dos


pressupostos do dever de indenizar, imperioso se faz destacar que no caso em tela existe
o preenchimento dos artigos 186 c/c 927 do Código Civil, restando límpido, assim, o ato
ilícito, o nexo causal e, principalmente, o dano, esse último material e moral.

Destarte, estando configurados os danos morais suportados pela Autora no caso


em comento, no que diz respeito ao quantum indenizatório, necessário observar o
caráter pedagógico e punitivo da demanda, além a teoria da reparação integral, em
vistas à condição financeira da Acionada, não sendo cabível, portanto, uma condenação
que não desperte a sensação de punir, entendendo-se, assim, como razoável o valor de
R$ 10.000,00 (dez mil reais).

DA INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA.

O CDC é claro, em seu artigo 6º, VIII, ao determinar que são direitos básicos
do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências.

Todos os documentos acostados, bem como a narrativa dos fatos dão "ares de
verdade", ou seja, dão verossimilhança ao pedido autoral.

Além disso, segundo o Princípio da Isonomia, todos devem ser tratados de


forma igual perante a lei, mas sempre na medida de sua desigualdade. Ou seja, no caso
ora debatido, a parte autora deve realmente receber a supracitada inversão, visto que se
encontra, outrossim, em estado de hipossuficiência, uma vez que disputa a lide com
uma instituição de grande porte, que possui maior facilidade em produzir as provas
necessárias para a cognição do excelentíssimo magistrado.

DOS REQUERIMENTOS FINAIS.

Por todo o exposto, REQUER a Autora:

1. A citação da Acionada para responder nos termos da presente ação, se


assim quiser, sob a pena de revelia e consequente aplicação de confissão ficta quanto à
matéria de fato;
2. Que seja concedida a INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA;

3. O deferimento da tutela de urgência antecipada com o fito de


compelir a acionada a: (A) REMARCAR AS PASSAGENS DA AUTORA E DA SUA FILHA,
ANDRESSA AMPARO, EM VOO QUE OCORRA ENTRE OS DIAS 22/02 A 25/02/2022 PARA
CIDADE DE LISBOA/PORTUGAL; sob a pena de multa diária em valor não inferior a R$
1.000,00 (mil reais).

4. No mérito, que seja JULGADA PROCEDENTE A AÇÃO para:

a. Convalidar a liminar;

b. Compelir a Acionada na obrigação de fazer de


REMARCAR AS PASSAGENS DA AUTORA E DA SUA
FILHA, ANDRESSA AMPARO, EM VOO QUE
OCORRA ENTRE OS DIAS 22/02 A 25/02/2022
PARA CIDADE DE LISBOA/PORTUGAL SEM
QUALQUER TAXA DE REMARCAÇÃO;

c. Condenar a Acionada ao pagamento de R$


10.000,00 (dez mil reais) a título de indenização
por danos morais;

Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos


artigos 369 e seguintes do NCPC, em especial a prova documental, testemunhal e
depoimento do réu.

DÁ-SE À CAUSA O VALOR DE R$ 10.000,00 (DEZ MIL REAIS)

Termos em que pede PROCEDÊNCIA.


Salvador, 14 de March de 2022.

ALEXANDRE DE CARVALHO VICENTE LINNA BRESCOVICI BORGES


OAB/BA 69.190 OAB/BA 69.208

Você também pode gostar