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No caso dos autos, (I) a parte autora não é domiciliada neste país e nesta
Comarca, tendo informado em exordial que reside em Portugal; (II) a empresa aérea,
como é de conhecimento de todos, é portuguesa, tendo sua sede em Portugal; (III) a
passagem não foi adquirida nesta Comarca por intermédio da sucursal aqui localizada; e
(IV) o local de destino do voo era Portugal.
DOS FATOS.
A Autora não possui mais condições financeiras de arcar com novos valores a
título de remarcação, quanto mais na elevada importância cobrada. Além disso, vem
enfrentando grandes transtornos com sua estadia prolongada no Brasil, tendo em
vista que sua filha Andressa possui compromissos estudantis em Lisboa e a Autora
vem recebendo cobranças recorrentes da escola, que já informou que a menor se
encontra em situação de “abandono escolar” e que o caso tem de ser tratado pela
proteção de menores, fato que vem lhe gerando ansiedade.
Chega a ser inacreditável, data vênia, a postura adotada pela Acionada, vez que
inexiste cordialidade e, pior, bom senso. A Autora sempre atuou de forma
compreensiva junto a empresa demandada e concordou quando houve os cancelamentos
iniciais, no entanto, não encontrou postura semelhante quando precisou do auxílio da
AirEuropa quando enfrentou problemas inesperados que correspondem a uma questão
de saúde pública a nível internacional e de conhecimento mundial.
Desse modo, o aludido código é claro, em seu artigo 6º, VIII, ao determinar que
são direitos básicos do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive
com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério
do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as
regras ordinárias de experiências.
DO DANO MORAL.
O dano moral no caso em tela pode ser considerado presumido, ou seja, in re
ipsa. Isso porque, agir de má-fé para com o consumidor final não é uma consequência,
mas sim uma escolha.
Como visto, o valor cobrado a esse título corresponde a quase 70% do valor
pago inicialmente pelas passagens. Não se pode olvidar, também, que o desgaste
emocional que vivencia a Autora é, sem dúvidas, preocupante.
O CDC é claro, em seu artigo 6º, VIII, ao determinar que são direitos básicos
do consumidor a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do
ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for
verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras
ordinárias de experiências.
Todos os documentos acostados, bem como a narrativa dos fatos dão "ares de
verdade", ou seja, dão verossimilhança ao pedido autoral.
a. Convalidar a liminar;