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Direitos e Deveres do Cidadão

DIREITOS DO CIDADÃO
 Direito à vida;
 A Reputação;
Direito ao voto;
 Reserva da sua vida privada;
 Liberdade de imprensa e de expressão;
 Direito à manifestação nos termos da lei;
 Direito de fixar residência em qualquer parte do território nacional;
 Direito de indemnização e responsabilidade do Estado;
 Direito a liberdade e a segurança;
 Direito a assistência jurídica;
 Direito de exercer o poder político através do sufrágio universal;
 Direito de apresentar petições, queixas e reclamações perante a autoridade
competente para exigir o restabelecimento dos seus direitos violados ou em
defesa do interesse geral;
 Direito de acção popular (indemnização, direitos dos consumidores,
preservação do meio ambiente e o património cultural, defender os bens do
Estado e das Autarquias locais)
 Direito de propriedade;
 Direito ao trabalho;
 Direito à greve;
 Direito à educação;
 Direito à saúde;
 Direito à liberdade de criação cultural (científica, técnica, literária e
artística);
 Direito a assistência na incapacidade e na velhice;
 Direito a residir, trabalhar e estudar em qualquer país da UE;
 Direito a agregar familiares;
 Direito a pagar taxas reduzidas ou nulas em universidades europeias;

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SER CIDADÃO PORTUGUÊS
 O Cidadão Português é um ser humano como qualquer outro e, por isso, deve
ser respeitado na plenitude dos seus direitos, liberdades e garantias. Portugal continua a
viver como se estivesse isolado do Mundo e das normas internacionais que protegem os
cidadãos mais vulneráveis como as crianças, as mulheres, as minorias étnicas ou os
deficientes. É um cidadão igual aos outros com todos os direitos, deveres, liberdades e
garantias e, ao mesmo tempo, é diferente pelo facto de simplesmente não ter direito aos
seus direitos.
Os direitos dos cidadãos Portugueses são protegidos pela Carta Europeia dos
direitos fundamentais e pela constituição Portuguesa, que tem por objectivo assegurar a
igualdade entre todos os cidadãos, no acesso a justiça, dignidade e direitos. As
obrigações e direitos de um cidadão estrangeiro a partir do momento em que passa a
residir legalmente em Portugal são as mesmas de um cidadão nacional, tal como
determina o artigo 15º da constituição da república Portuguesa: “os estrangeiros e
apátridas que se encontrem ou residem em Portugal gozam os direitos e estão sujeitos
aos deveres do cidadão”. Todavia, este princípio está sujeito a algumas excepções que
decorrem, quer da própria constituição, quer das leis em vigor, designadamente no
plano dos direitos de carácter político e dos deveres específicos existentes para os
cidadãos estrangeiros.

Os Deveres do Cidadão.
     
   Direitos e deveres são como os dois lados de uma mesma moeda, não podem
andar separados.

Como cidadão você tem o dever de:


 Votar para escolher nossos governantes e nossos representantes nos poderes
executivo e legislativo;
 Cumprir as leis;
 Respeitar os direitos sociais das outras pessoas;
 Prover o seu sustento com o seu trabalho;

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 Alimentar parentes próximos que sejam incapazes de prover seus próprios
sustentos;
 Educar e proteger nossos semelhantes;
 Proteger a natureza;
 Proteger o património comunitário;
 Proteger o património público e social do país;
 Comparecer ao Dia de Defesa Nacional;
 Colaborar com as autoridades.

 O que são direitos fundamentais?


Os direitos fundamentais são as posições jurídicas básicas reconhecidas pelo
direito português, europeu e internacional com vista à defesa dos valores e
interesses mais relevantes que assistem às pessoas singulares e colectivas em
Portugal, independentemente da nacionalidade que tenham (ou até, no caso dos
apátridas, de não terem qualquer nacionalidade).
O Estado tem a obrigação respeitar os direitos fundamentais e de tomar medidas
para os concretizar, quer através de leis, quer nos domínios administrativo e judicial.
Estão obrigadas a respeitá-los tanto as entidades privadas quanto as públicas, e tanto os
indivíduos quanto as pessoas colectivas. Mesmo os cidadãos portugueses que residam
no estrangeiro gozam da protecção do Estado para o exercício dos direitos
fundamentais, desde que isso não seja incompatível com a ausência do país.
À luz da nossa Constituição, existem duas grandes categorias de direitos
fundamentais: os  direitos, liberdades e garantias, por um lado, e os direitos e deveres
económicos, sociais e culturais, por outro. Os primeiros — por ex., o direito à liberdade
e à segurança, à integridade física e moral, à propriedade privada, à participação política
e à liberdade de expressão, a participar na administração da justiça — correspondem ao
núcleo fundamental da vivência numa sociedade democrática. Independentemente da
existência de leis que os protejam, são sempre invocáveis, beneficiando de um regime
constitucional específico que dificulta a sua restrição ou suspensão.
Em contraste, os direitos económicos, sociais e culturais — por exemplo, o
direito ao trabalho, à habitação, à segurança social, ao ambiente e à qualidade de vida —
são, muitas vezes, de aplicação diferida. Dependem da existência de condições sociais,
económicas ou até políticas para os efectivar. A sua não concretização não atribui a

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um cidadão, em princípio, o poder de obrigar o Estado ou terceiros a agir, nem
o direito de ser indemnizado.

O que são deveres fundamentais?


deveres fundamentais aos quais os cidadãos estão sujeitos. Juntamente com
os direitos fundamentais, correspondem à base jurídica essencial para a vida
social, política e humana, tal como hoje se entende.
Alguns deveres – como o pagamento de impostos, a colaboração com a
administração da justiça, a obediência às ordens legítimas da autoridade – são
directamente exigíveis, pelo que o seu incumprimento pode dar origem a sanções
previstas na lei. Existem outros deveres, geralmente de carácter cívico (por ex., votar),
cuja falta de cumprimento não dá lugar a qualquer sanção.  Há ainda deveres que se
impõem aos cidadãos em virtude de alguma condição particular. Os magistrados e os
militares, por exemplo, estão sujeitos ao dever de isenção partidária, enquanto os
advogados e os médicos são obrigados ao sigilo profissional.
O cumprimento dos deveres fundamentais atende, naturalmente, à situação
específica de alguns cidadãos. Por exemplo, as pessoas com deficiência não são
obrigadas ao cumprimento de deveres para que se encontrem incapacitadas.
Tal como os direitos, é possível repartir os deveres fundamentais em dois
grandes grupos: os de carácter civil e político, e os de carácter económico, social e
cultural. Os primeiros têm como característica principal serem deveres dos cidadãos
para com o Estado: defesa da pátria, pagamento de impostos, recenseamento eleitoral.
Os segundos visam proteger valores sociais que a Constituição entende como sendo
mais relevantes: promoção da saúde, educação dos filhos, defesa do ambiente humano e
do património cultural.

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Cidadania é um conceito que possibilita uma série de significados que, de modo
geral, refere-se a tudo aquilo que está relacionado aos direitos e deveres de uma pessoa
ou povo num território.
A cidadania é a expressão máxima do direito, pois este existe para os cidadãos, e
pode ser dividida em:
 Cidadania política - garantia de direitos à participação política (votar,
ser votado, organização em sindicatos e movimentos sociais, etc.)
 Cidadania civil - garantia de direitos relativos á liberdade (liberdade de
expressão, de locomoção, de credo e outras liberdades individuais)
 Cidadania social - garantia de direitos relativos à dignidade da vida
humana (respeito aos direitos humanos, direito ao trabalho, à alimentação, à moradia, ao
lazer, à saúde, à educação, etc.)
Contudo, cidadania também significa obedecer às leis e às normas que se
relacionam com a vida em sociedade e o bem comum.
O conceito de cidadania
A palavra "cidadania" vem do latim civitas, que significa "cidade". Portanto, os
cidadãos são aqueles e aquelas que coabitam e dividem os espaços públicos. Para isso,
possuem os direitos civis, políticos e sociais que se desenvolvem a partir da ideia do que
é melhor para o grupo social.
É importante notar que a cidadania é um processo contínuo e em constante
transformação (quase sempre cumulativas). O poder emana do povo, que se submete à
organização do Estado para que esse possa garantir os seus direitos e o bem de todos.

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Para o efetivo direito à cidadania, muitas vezes, os indivíduos devem cumprir
alguns requisitos como:
 Nacionalidade - ter nascido ou estar equiparado aos nascidos em
determinado território. Por exemplo, no Brasil, todas as pessoas nascidas no Brasil ou
de pais brasileiros são considerados cidadãos, o mesmo acontece com estrangeiros que
pedem sua naturalização.
 Idade - alguns direitos e deveres estão de acordo com a idade do cidadão.
Por exemplo, obrigatoriedade da educação dos 4 aos 17, o direito ao voto nas eleições
aos 16 anos e a maioridade civil aos 18.
 Estar em conformidade com a lei - os condenados à prisão possuem seus
direitos políticos suspensos e são restritos os seus direitos à liberdade.
Por estar intrinsecamente ligada à noção de direitos, a cidadania pressupõe, em
contrapartida, deveres.
Exemplos de direitos:
 saúde,
 educação,
 moradia,
 trabalho,
 providência social,
 lazer.

Exemplos de deveres:
 cumprimento das leis,
 eleição de governantes através do voto obrigatório,
 serviço militar obrigatório (no caso dos homens)
 pagamento de impostos.
Podemos ainda classificar os direitos do cidadão (T.H. Marshall, 1950) como
sendo de natureza civil, ou seja, aqueles inerentes à liberdade individual, liberdade de
expressão e de pensamento; o direito à propriedade e à justiça.
Existem aqueles de natureza política, como o direito de participação do exercício
do poder político elegendo e sendo eleito. Por fim, os diretos de caráter social, como o
bem-estar econômico e social.

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De modo ideal, a cidadania seria o exercício pleno dos direitos políticos, civis e
sociais, numa completa liberdade participativa no meio social.

A Cidadania na História
Apesar do conceito de cidadania definir-se na Grécia clássica e na Roma antiga,
podemos notar os atributos embrionários em várias sociedades da Antiguidade.
Do mesmo modo que a cidadania tem sua origem na palavra latina civitas, que
significa cidade, para os gregos as cidades eram as pólis e deram origem à palavra
política.
De toda forma, em Atenas a prática cidadã deu início à democracia, regime
político que favorece a participação política e a cidadania.
É importante destacar que em toda Grécia, assim como Atenas, somente os
homens livres e nascidos na cidade podiam ser considerados cidadãos (a minoria da
população).
Desse modo, estrangeiros, escravos, crianças e as mulheres eram excluídos do
direito à cidadania.
No final do século XVIII, com o surgimento da Modernidade e da estruturação
do Estado-Nação, o termo "cidadão" passou a designar aqueles que habitavam a cidade.
O crescimento dos movimentos sociais, a participação popular na vida pública e
a criação do Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), os direitos sociais tornam-se
atributos necessários para a cidadania.

Questões sobre cidadania


É, portanto, evidente que toda Cidade está na natureza e que o homem é
naturalmente feito para a sociedade política. Aquele que, por sua natureza e não por
obra do acaso, existisse sem nenhuma pátria seria um indivíduo detestável, muito acima
ou muito abaixo do homem, segundo Homero: Um ser sem lar, sem família e sem leis
(Aristóteles, Política)

1. Em relação à cidadania as palavras de Aristóteles permitem afirmar que:


a) é possível viver fora da sociedade, sem prejuízos para o lar, a família e as leis.
b) a vida em sociedade e a cidadania dá sentido aos indivíduos em sua relação com o
lar, a família e as leis.
c) O lar, a família e as leis estão diretamente ligados ao conceito de cidadania por

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permitir que os indivíduos vivam livremente apartados da sociedade.
d) a cidadania é a forma do indivíduo tornar-se acima ou abaixo dos outros seres
humanos.
resposta: Alternativa correta: b) a vida em sociedade e a cidadania dá sentido a
relação dos indivíduos com o lar, a família e as leis.
Ao definir os seres humanos como animais políticos, Aristóteles afirma que a
cidade é anterior aos indivíduos.
Dessa forma, é a atuação desse indivíduo na cidade, a cidadania, é a realização
de sua própria natureza.
Para Aristóteles, o indivíduo que decidisse viver fora da sociedade negaria a sua
própria natureza humana, sendo comparado a um animal selvagem ou um deus.

2. A cidadania civil, a cidadania política e a cidadania social estão


relacionadas, respetivamente aos:
a) direitos às liberdades individuais, à participação política e à dignidade da vida
humana.
b) direitos à liberdade de expressão, à liberdade religiosa e à liberdade de locomoção.
c) direitos à liberdade religiosa, a participar dos pleitos eleitorais, a assumir cargos no
governo.
d) direitos a uma vida digna, de ir e vir e de votar e ser votado.
resposta: Alternativa correta: a) direitos às liberdades individuais, à participação
política e à dignidade da vida humana.
Como dito no texto, as cidadanias pode ser divididas entre: Cidadania civil -
garantia de direitos relativos á liberdade; Cidadania política - garantia de direitos à
participação política; e Cidadania social - garantia de direitos relativos à dignidade da
vida humana.

3. São constrangimentos à cidadania, exceto:


a) a restrição a direitos existentes na sociedade.
b) a instituição de um governo autoritário que limite a participação política.
c) condições de vida insalubre.
d) movimentos sociais e reivindicação de direitos.
Ver Resposta
Alternativa correta: d) movimentos sociais e reivindicação de direitos.

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Os movimentos sociais e a reivindicação de direitos representam uma cidadania
ativa ligada à participação na vida política da sociedade.

O que é cidadania portuguesa?


Num sentido amplo, a cidadania é reconhecida como o «direito a ter
direitos». Por isso, há quem a entenda como um estatuto que confere um leque de
direitos constitucionalmente previstos.
Embora a Constituição da República Portuguesa não o defina, a cidadania pode
ser compreendida como um direito fundamental ligado a uma nacionalidade: o «direito
a ser membro da República Portuguesa». Exige, portanto, um vínculo ou conexão
relevante a Portugal — ter nascido em território português, ser filho ou neto de
portugueses, casar-se com um cidadão português — que justifique tal estatuto de
inclusão/pertença à comunidade política e jurídica portuguesa. De qualquer forma,
a Constituição não admite distinções entre cidadãos originários e cidadãos
naturalizados; excetua-se a exigência de que o presidente da República seja português
de origem.
Importa notar que a Constituição adota o termo «cidadania» em detrimento de
«nacionalidade» ou «nação», a fim de escapar à carga antidemocrática que o Estado
Novo lhes imprimiu. Assim, a cidadania portuguesa não deve se interpretada num
sentido exclusivo (ou seja, distintivo do «nós» e dos «outros») porque a Constituição
reconhece aos estrangeiros e apátridas que se encontrem ou residam em Portugal os
mesmos direitos do cidadão português. Neste sentido, todos os cidadãos portugueses —
e estrangeiros a eles equiparados pelo princípio da universalidade — gozam dos direitos
e estão sujeitos aos deveres consignados na Constituição. Há, todavia, direitos
exclusivos dos portugueses (sobretudo direitos políticos) e direitos exclusivos dos
estrangeiros (como o direito de asilo).

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