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Profecia

Encontrou-se enquanto se desfazia


Da imensa disfasia que sentia durante o dia
Vivia de azia sem experiência de alegria
Quase sempre em veemência, mas ninguém ouvia

Parecia ironia, mas não havia melhoria


Sempre insistia numa profecia de agonia
Onde a ignorância do coletivo era uma razia
A pequena maioria que promovia a alegoria

Sem importância à abundância assistia


Dela fugia, mas o destino vinha e insistia
Da ciência à consciência nenhuma se fundia
Acabou-se acomodando, doía... doía...

Lutou contra a hegemonia de uma falsa supremacia


Que dispare da sua utopia nunca defendia
Sentiu a eminência da consequência da sua analogia
Cheio de sapiência, escória, pisou a nostalgia

A militancia da redundância da sua etiologia


Advinha do silencio da sua afasia
Que sublinhando em papel a sua profecia
Esta agora já não doía... apenas morria.

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