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do GHS na indústria
de fertilizantes
Classificação de perigos e rotulagem
MINISTÉRIO
DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA.
Manual para aplicação
do GHS na indústria
de fertilizantes
Classificação de perigos e rotulagem
Gilmar da Cunha Trivelato – Fundacentro (Coord.)
São Paulo
MINISTÉRIO
DO TRABALHO E PREVIDÊNCIA.
2022
©2022 dos autores
Todos os direitos desta edição reservados à Fundacentro.
Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.
Não é permitida a venda e/ou reprodução para fins comerciais.
Disponível em: https://www.gov.br/fundacentro/pt-br
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Produção editorial
Editora-chefe: Glaucia Fernandes
Revisão de textos | TIKINET
Capa: Graciela Muramaki Soluções Inteligentes
Projeto gráfico e diagramação: Flávio Galvão
Referências normalizadas de acordo com as diretrizes da ABNT NBR 6023, 2ª edição, versão
corrigida 2, de 24 de setembro de 2020.
Agradecimentos
Lista de tabelas
Tabela 1 – Faixa de valores de toxicidade aguda obtidos experimentalmente e esti-
mativa da toxicidade aguda para categorias de perigo a serem utilizadas na aplicação
de fórmulas de aditividade para estimar e classificar a toxicidade de misturas
Tabela 2 – Limites de concentração dos ingredientes da mistura classificadas nas Ca-
tegorias 1, 2 ou 3 à pele, que determinam a classificação da mistura como corrosiva/
irritante à pele (Categoria 1, 2 ou 3).
Tabela 3 – Concentração de ingredientes de uma mistura onde não se aplicaa regra
de aditividade, que determina a classificação de uma mistura comocorrosiva/irritan-
te à pele
Tabela 4 – Limites de concentração genéricos de ingredientes de uma mistura clas-
sificados como corrosivos cutâneos da Categoria 1 e/ounas Categorias 1, 2 ou 3 em
matéria de efeitos oculares que obrigamà classificação da mistura nas Categorias 1, 2
ou 3 de efeitos oculares
Tabela 5 – Concentração de ingredientes de uma mistura quando não se aplica o
princípio de aditividade, que determina a classificação de uma mistura como peri-
gosa aos olhos
Tabela 6 – Limites de concentração genéricos de ingredientes em uma mistura, clas-
sificados como sensibilizantes respiratórios ou cutâneos, que obrigam à classificação
da mistura
Tabela 7 – Limites de concentração de ingredientes da mistura classificados como
tóxicos à reprodução ou para efeitos sobre ou via lactação que determinam a classifi-
cação da mistura
Tabela 8 – Limites de concentração de ingredientes de uma mistura classificados
como tóxicos para órgãos-alvo específico que determinam a classificação da mistura
nas Categorias 1 ou 2
Tabela 9 – Valores de corte/limites de concentração de ingredientes de uma mistura
classificados como agente tóxico para órgãos-alvo específicos que determinam a
classificação da mistura
Tabela 10 – Fatores de multiplicação para ingredientes altamente tóxicosde misturas
Siglas
Apresentação..............................................................................................................................13
Introdução...................................................................................................................................15
1. Generalidades........................................................................................................................19
2. Passos para a classificação de um fertilizante.........................................................21
3. Classificação de perigos físicos......................................................................................25
3.1. Sólidos oxidantes.........................................................................................................25
3.2. Corrosivo para metais...............................................................................................25
4. Classificação de perigos à saúde ...................................................................................27
4.1. Princípio geral..............................................................................................................27
4.2. Toxicidade aguda – oral, cutânea e inalação....................................................27
4.3. Corrosão e irritação à pele......................................................................................30
4.4. Lesão ocular grave e irritação ocular..................................................................31
4.5. Sensibilizantes respiratórios ou cutâneos........................................................33
4.6. Toxicidade à reprodução..........................................................................................34
4.7. Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição única.....................35
4.8. Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição repetida...............35
5. Perigos ao meio ambiente aquático.............................................................................37
5.1. Classificação de perigos aquáticos a curto prazo – Agudos......................38
5.2. Classificação de perigos aquáticos a longo prazo – Crônicos...................39
6. Outros perigos.......................................................................................................................41
7. Classificação final e indicação dos elementos do rótulo.....................................43
Referências..................................................................................................................................45
Apêndice 1 Classificação GHS das principais matérias-primas utilizadas
na produção de fertilizantes..........................................................................................49
Apêndice 2 Classificação das substâncias fontes de macronutrientes.............53
Apêndice 3 Classificação das substâncias fontes de micronutrientes..............67
Apêndice 4 Planilha dos resultados da classificação de fertilizantes.................77
Apêndice 5 Limites de corte específicos........................................................................85
Apresentação
Ricardo Tortorella
Diretor-executivo da Anda
Introdução
Os produtos químicos têm contribuído para avanços significativos
na qualidade de vida das sociedades humanas. Entretanto, em sua cadeia
produtiva, desde a fabricação, manuseio, transporte, aplicação e descarte,
seus resíduos podem colocar em risco a segurança e a saúde humana, bem
como o meio ambiente. Para gerenciar de forma sustentável os riscos sociais
e ambientais deles, foram desenvolvidas estratégias e sistemas adequados
para que sejam evitados, eliminados ou reduzidos.
Uma das etapas básicas do processo de gestão sustentável de riscos
relacionados a produtos químicos consiste na identificação, avaliação
e comunicação de perigos aos diferentes públicos-alvo, que inclui
trabalhadores, consumidores e a população em geral (UNITAR, 2010). Para
assegurar o direito à informação para toda a população que utiliza produtos
químicos sobre seus perigos e as respectivas medidas preventivas, foram
desenvolvidos métodos e sistemas de classificação e formas de comunicação,
principalmente por meio de rótulos e fichas com os dados de segurança. Em
cada país, a comunicação utilizava símbolos, palavras ou frases de alerta que
pudessem ser compreendidos por toda a população, a despeito do nível de
letramento dos indivíduos (WINDER; AZZI; WAGNER, 2005).
Contudo, mesmo quando os rótulos e fichas eram traduzidos, os sistemas
implementados em cada país não eram harmônicos, havendo diferentes
critérios de classificação de perigos e formas de comunicação. Com a
intensificação do comércio global de produtos químicos, essas disparidades
originaram uma situação análoga à “Torre de Babel” (SILK, 2003; WINDER;
AZZI; WAGNER, 2005). A comunicação deficiente dos perigos comprometia
a gestão sustentável dos riscos. Para superar tais disparidades, a Agenda 21,
documento formulado e assinado na Conferência das Nações Unidas sobre
o Meio Ambiente e Desenvolvimento (Eco-92), no Rio de Janeiro, em 1992,
propõe a criação e implementação de um sistema geral harmonizado de
classificação e comunicação dos perigos associados aos produtos químicos
(UN, 1992).
Para alcançar esse objetivo, a Organização das Nações Unidas (ONU)
desenvolveu o Sistema Globalmente Harmonizado para Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos (GHS – Globally Harmonized System of
Classification and Labelling of Chemicals) a partir do esforço colaborativo
realizado por suas diversas agências, representações governamentais e
industriais, assim como Organizações Não Governamentais (ONG).
O primeiro manual do GHS foi publicado em 2003. Versões atualizadas
foram publicadas a cada dois anos, sendo a 8ª edição publicada em 2019.
15
Aguarda-se a publicação da 9ª edição em 2021, contendo atualizações do
sistema (UN, 2019; UNECE, 2021).
O GHS contempla critérios e procedimentos para a classificação de
perigos de danos materiais [physical hazards], perigos à saúde humana
[health hazards] e perigos ao meio ambiente [environmental hazards], e, para
cada classe e categoria de perigo, propõe um pictograma, uma palavra de
advertência, frase de perigo e frases de precaução para serem utilizados nos
rótulos dos produtos classificados (UN, 2019). O GHS estabelece também
os requisitos gerais para elaboração da ficha de dados de segurança para
comunicação de perigos e medidas preventivas nos locais de trabalho,
conhecida no Brasil como Ficha de Informação de Segurança de Produtos
Químicos (FISPQ), que foi proposta pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT) em data anterior à publicação da primeira versão do
manual do GHS, em 2003.
A adoção do GHS em cada país é voluntária e seu propósito é servir
de referência para a elaboração de um marco legal para a classificação
e a comunicação dos perigos relativos aos produtos químicos. Como o
GHS foi construído na forma de blocos [building blocks], constituindo um
todo harmônico, cada país pode adotá-lo integralmente ou parcialmente.
Ademais, podem também estabelecer requisitos adicionais, desde que não
sejam conflitantes com o GHS (PRATT, 2002).
A União Europeia foi o primeiro bloco de países a implementar o
GHS por meio da publicação da diretiva denominada CLP [classification,
labelling and packaging], relativa à classificação, rotulagem e embalagem de
substâncias e misturas (EU, 2008). Essa diretiva adotou praticamente todos
os blocos constituintes do GHS e acrescentou outros não contemplados,
além de estabelecer limites de concentração para fins de classificação
de algumas substâncias diferentes daquelas estabelecidas no GHS. Para
apoiar a implementação dessa diretiva, a Agência Europeia dos Produtos
Químicos(ECHA – European Chemical Agency) publicou diversas orientações
como, por exemplo, o guia para aplicação dos critérios de classificação do
GHS (ECHA, 2017). De forma semelhante, os Estados Unidos e a Austrália
adotaram parcialmente o GHS, seguindo a mesma abordagem usada pela
diretiva europeia CLP. Outros países como Japão, Coreia do Sul, China,
Uruguai, entre outros, adotaram integralmente os blocos do GHS.
No Brasil, por ocasião da publicação do primeiro manual do GHS pela
ONU, os marcos legais existentes relativos ao gerenciamento de riscos
químicos nos locais de trabalho eram a Convenção 170 da Organização
Internacional do Trabalho (OIT) (BRASIL, 1998, 2019), a Consolidação das
Leis do Trabalho (CLT) e as respectivas normas regulamentadoras sobre
segurança e saúde no trabalho publicadas pelo então Ministério do Trabalho.
16
No que diz respeito à rotulagem de produtos químicos, o artigo 197 da
CLT estabelece que “os materiais e substâncias empregados, manipulados
ou transportados nos locais de trabalho, quando perigosos ou nocivos à
saúde, devem conter, no rótulo, sua composição, recomendações de socorro
imediato e o símbolo de perigo correspondente, segundo a padronização
internacional” (BRASIL, 1977). Esse artigo foi regulamentado por meio
da Norma Regulamentadora 26 (NR-26) cujo texto, vigente até 2011,
estabelecia requisitos para a rotulagem de produtos químicos diferentes dos
adotados pelo GHS e não exigia a elaboração e disponibilização de fichas de
dados de segurança pelo fornecedor (BRASIL, 1978, 2015). Tais conflitos e
lacunas criavam dificuldades para a indústria química brasileira devido a
sua inserção no contexto da economia mundial globalizada.
Na tentativa de solucionar tais conflitos e lacunas, a Associação
Brasileira da Indústria Química (Abiquim) liderou um esforço coletivo junto
à ABNT para elaborar uma norma técnica sobre o assunto. Assim, o GHS
foi inicialmente adotado como norma voluntária desenvolvida pela ABNT,
em 2009. Essa norma foi uma adaptação em português do manual do GHS,
adotando-se todos os seus blocos constitutivos. Atualmente, ela está em
processo de revisão e atualização, considerando as recentes revisões do
próprio manual do GHS.
Porém, a adoção voluntária dessa norma por parte dos fabricantes de
produtos químicos originou uma não conformidade legal devido às diferenças
existentes entre o GHS e os requisitos vigentes estabelecidos pela NR-26. Por
essa razão, o Ministério do Trabalho revisou o texto da NR-26, que passou a
adotar o GHS como referência para a classificação e comunicação de perigos
dos produtos químicos utilizados nos locais de trabalho (BRASIL, 2011).
De acordo com a NR-26, os produtos químicos utilizados nos locais de
trabalho devem ser classificados seguindo os critérios estabelecidos pelo
GHS e o disposto como norma técnica oficial. A norma prevê em seu item
26.2.1.2 que a classificação de substâncias pode ser realizada com base em
dados obtidos em ensaios previstos no GHS ou em lista harmonizada de
classificação. Diferentemente da legislação europeia, o governo brasileiro
ainda não desenvolveu nenhuma lista de classificação harmonizada de
substâncias. Mas a NR-26 prevê que, na ausência de lista nacional, pode ser
adotada a lista internacional. Tal procedimento contribui para a harmonização
no processo de classificação e reduz os custos com a realização de ensaios.
Mas a aplicação do GHS não tem sido tão bem-sucedida no Brasil.
A Fundacentro realizou um estudo, no âmbito do seu Programa de Pós-
Graduação, que analisou a classificação e os dados contidos em Fichas
de Dados de Segurança (FDS), denominadas pela ABNT como Fichas de
Informação de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ). Verificou-se que,
17
para uma amostra de dez substâncias básicas da indústria química nacional, a
classificação indicada e a comunicação de perigos apresentavam deficiências
significativas (DEVINCENTIS, 2017).
Diante dessa constatação, a Fundacentro tem realizado esforços
para promover cursos de formação sobre a aplicação do GHS e pesquisas
que possam orientar os fabricantes brasileiros de produtos químicos, por
exemplo, o estudo realizado para orientar fabricantes de tintas de pequeno
porte a classificar seus produtos (PRADO, 2018). Foi nesse contexto que
a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda) buscou apoio
da Fundacentro na organização de uma orientação básica para que os
fabricantes de fertilizantes pudessem classificar seus produtos e comunicar,
de forma mais adequada e harmonizada, os perigos aos usuários.
Este manual é fruto do esforço coletivo dos profissionais da Fundacentro
e da indústria brasileira de fertilizantes. Ele busca superar as lacunas técnicas
da regulamentação brasileira sobre o assunto e promover a aplicação correta
dos critérios do GHS, fornecendo simplificação para classificar os perigos dos
fertilizantes, tendo como referência básica o manual publicado pela ONU.
Por meio dele será apresentado uma lista com sugestões de classificação das
principais substâncias que são usadas como matéria prima dos fertilizantes,
realizada a partir de dados obtidos em bases de dados revisadas por pares
e internacionalmente reconhecidas. Apresenta também orientações práticas
de como classificar fertilizantes obtidos por meio da mistura de substâncias.
18
1. Generalidades
Os fertilizantes são substâncias químicas utilizadas para fins de nutrição
de plantas, seja por meio da sua aplicação via solo ou via foliar.
Os fertilizantes minerais são classificados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) de acordo com sua natureza física,
conforme quadro abaixo:
19
(IFA, 2020) e em outras bases relacionadas no eChemPortal (OECD, 2020) da
Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OECD – Or-
ganisation for Economic Co-operation and Development).
O inventário está disponível no Apêndice 1, que relaciona o nome de
cada matéria prima, respectivo número CAS [Chemical Abstracts Service],
no caso de substâncias ou a composição no caso de misturas, a classificação
de perigos segundo o GHS, órgãos afetados se a substância for classificada
como tóxico para órgão-alvo específico e a estimativa da toxicidade aguda
(ETA). Em complemento ao Apêndice 1, estão disponíveis nos Apêndices 2 e
3 a classificação GHS das principais substâncias fontes de macronutrientes e
micronutrientes presentes na composição dos fertilizantes.
Ao se proceder à classificação, deve-se considerar que nem todas
as classes de perigos físicos e perigos à saúde propostas pelo GHS são
aplicáveis a fertilizantes, considerando as propriedades físico-químicas e
toxicológicas de seus ingredientes. As principais classes de perigo aplicáveis
a fertilizantes são:
Perigos físicos
• Sólidos oxidantes
• Corrosivo para metais (apenas para soluções aquosas)
Perigos à saúde
• Toxicidade aguda
• Corrosão e irritação à pele
• Lesão ocular grave e irritação ocular
• Sensibilizantes respiratórios ou cutâneos
• Tóxico à reprodução (em particular os compostos de boro)
• Toxicidade para órgãos-alvo específicos – exposição única e
exposição repetida
Perigos ao meio ambiente
• Perigos para o meio ambiente aquático – agudo e crônico
20
2. Passos para a classificação
de um fertilizante
A seguir são apresentadas as etapas de classificação de fertilizantes e
os resultados de cada uma delas, que podem ser registrados no formulário
apresentado no Apêndice 4.
O primeiro passo do processo consiste em obter as seguintes informações
sobre o produto a ser classificado:
• Nome do fertilizante
• Usos recomendados pelo fornecedor
• Descrição do estado físico e embalagem que é disponibilizado no
mercado
• Composição: nome químico de cada ingrediente e respectivos
número CAS (se aplicável) e a concentração expressa em percentagem
massa/massa.
21
Ficha de Dados de Segurança (FDS) ou Ficha de Informação de Segurança de
Produtos Químicos (FISPQ).
O terceiro passo consiste na seleção dos ingredientes que possam
contribuir para o perigo da mistura como um todo.
Para fazer essa seleção devem ser excluídos os ingredientes listados
na composição que não sejam classificados como perigosos, ou aqueles
classificados que estiverem presentes em concentração inferior às
concentrações corte/limites de concentração genéricos para as classes de
perigo à saúde ou ao meio ambiente estabelecidos pelo GHS e apresentadas
no Quadro 2. Entretanto, considerando as informações toxicológicas
disponíveis, algumas substâncias podem representar um perigo à saúde
em concentrações diferentes daquelas indicadas pelo GHS. Por essa razão,
a União Europeia, na diretiva CLP, sugere os limites de concentrações
específicos para o procedimento (EU, 2008). Portanto, quando o Apêndice
5 apresentar um limite de concentração específico para um determinado
ingrediente, deve-se considerar esse valor e não o limite genérico indicado
no Quadro 2.
22
O resultado desses três primeiros passos deverá ser organizado em uma
planilha que contenha:
23
como base para elaboração de uma única FISPQ e rotulagem para
todos estes produtos.
• Uma diferença maior, ou seja, que contemple as categorias de perigo
mais severas, deve-se criar uma FISPQ e rotulagem novas, não
podendo utilizar uma única FISPQ e rotulagem para todos estes
produtos.
Exemplos:
• Diferença pequena
Composição A – Toxicidade aguda 5
Composição B – Não classificada
Nesse caso, pelo fato da Categoria de perigo Toxicidade aguda 5 ser menos
severa, porém, maior do que a Composição B, pode-se usar a classificação da
composição A.
• Diferença maior
Composição A – Danos aos olhos 1 + Toxicidade aguda 5
Composição B – Toxicidade Aguda 5
Nesse caso, pelo fato da Composição A ter a categoria de perigo Danos aos
olhos 1, que é mais severa, não podemos criar uma única FISPQ e rotulagem
para os dois produtos, sendo necessário criar uma FISPQ específica para
cada composição.
24
3. Classificação de perigos físicos
25
4. Classificação de perigos à saúde
Fórmulas de aditividade:
27
Nem sempre estão disponíveis dados de ETA (DL50 ou CL50) para
todos os ingredientes. Mas se a informação sobre categoria toxicidade aguda
estiver disponível para os ingredientes, é possível estimar a toxicidade aguda
pontual. Essa estimativa é conservadora e o resultado final pode resultar na
classificação da mistura em uma categoria de maior toxicidade do que se a
classificação fosse feita com base na estimativa da toxicidade aguda obtida
experimentalmente por meio de ensaios com a mistura como um todo.
A Tabela 1 apresenta os critérios de classificação de misturas baseados
na toxicidade aguda obtida experimentalmente e a estimativa pontual da
toxicidade aguda para cada uma das categorias de perigo e respectivas vias
de exposição.
O processo de classificação da mistura quanto à toxicidade aguda deve
ser conduzido separadamente por via de exposição. Caso não haja nenhum
ingrediente classificado ou a estimativa da toxicidade aguda para mistura
não corresponda ao critério de classificação, o resultado para a mistura será
“não classificado”. Caso contrário, deve ser indicada a respectiva categoria
de perigo correspondente segundo os critérios apresentados no item 3.1 do
manual do GHS ou reproduzidos na Tabela 1.
Estimativa
Categorias de classificação
pontual da
ou faixas de toxicidade aguda
Via de exposição toxicidade
obtidas experimentalmente
ver aguda
(ver nota 1)
(ver Nota 2)
0 < Categoria 1 ≤ 50 5
50 < Categoria 2 ≤ 200 50
Dérmica
200 < Categoria 3 ≤ 1000 300
(mg/kg peso corpóreo)
1000 < Categoria 4 ≤ 2000 1100
2000 < Categoria 5 ≤ 5000 2500
( ... )
28
( ... )
Estimativa
Categorias de classificação
pontual da
ou faixas de toxicidade aguda
Via de exposição toxicidade
obtidas experimentalmente
ver aguda
(ver nota 1)
(ver Nota 2)
Nota: Concentração de gases são expressas em partes por milhão por volume (ppmV).
Nota 1: A Categoria 5 refere-se às misturas que são de toxicidade aguda relativamente baixa, mas que sob
certas circunstâncias podem representar riscos para populações vulneráveis. Dessas misturas se espera que
tenham valores de DL50 oral ou dérmica na faixa de 2000 a 5000 mg/kg de peso corpóreo ou dosagens
equivalentes para outras vias de exposição. Considerando a necessidade de proteção dos animais, testes com
estas substâncias nas faixas de Categoria 5 são desencorajados e apenas devem ser considerados quando
houver forte probabilidade dos resultados desses testes apresentarem relevância direta para a proteção da
saúde humana.
Nota 2: Esses valores são projetados para uso no cálculo da ETA (Estimativa de Toxicidade Aguda) de
uma mistura com base em seus ingredientes e não representam resultados de testes. Os valores são
conservadoramente colocados nos extremos mais baixos das faixas das Categorias 1 e 2 e em um ponto
aproximadamente 1/10 do limite mínimo das faixas para Categorias 3 a 5.
Nota 3: A Categoria 5 refere-se às substâncias que são de toxicidade aguda relativamente baixa, mas que sob
certas circunstâncias podem representar riscos para populações vulneráveis. Dessas substâncias se espera
que tenham valores de DL50 oral ou dérmica na faixa de 2000 a 5000 mg/kg de peso corpóreo ou dosagens
equivalentes para outras vias de exposição. Considerando a necessidade de proteção dos animais, testes com
estas substâncias nas faixas de Categoria 5 são desencorajados e apenas devem ser considerados quando
houver forte probabilidade dos resultados desses testes apresentarem relevância direta para a proteção da
saúde humana.
29
4.3. Corrosão e irritação à pele
30
A Tabela 3 apresenta o critério para classificação de misturas corrosivas
ou irritantes à pele baseado nos valores do pH da mistura e da concentração
dos ingredientes corrosivos ou irritantes, em que não se aplica a regra de
aditividade.
Tabela 3 – Concentração de ingredientes de uma mistura onde não se aplica
a regra de aditividade, que determina a classificação de uma mistura como
corrosiva/irritante à pele
Mistura
Ingredientes Concentração classificada
como
Ácido com pH ≤ 2 ≥ 1% Categoria 1
31
Tabela 4 – Limites de concentração genéricos de ingredientes de uma
mistura classificados como corrosivos cutâneos da Categoria 1 e/ou
nas Categorias 1, 2 ou 3 em matéria de efeitos oculares que obrigam
à classificação da mistura nas Categorias 1, 2 ou 3 de efeitos oculares
Concentração que determina a classificação
de uma mistura como
Soma dos ingredientes
Lesão ocular
classificados como Irritação ocular
grave
Categoria 1 Categoria 2/2A
Categoria 1 pele +
≥ 3% ≥1% mas < 3%
Categoria 1 oculara
10 × (Categoria 1 pele
+ Categoria 1 ocular)a + - ≥ 10%
Categoria 2 ocular
a
Se um ingrediente está classificado como Categoria 1 a pele e Categoria 1 ocular, sua concentração será
considerada somente uma vez no cálculo.
b
Uma mistura pode ser classificada como Categoria 2 ocular quando todos os ingredientes são classificados
como Categoria 2B ocular.
Mistura classificada
Ingrediente Concentração
para olhos como
32
4.5. Sensibilizantes respiratórios ou cutâneos
33
4.6. Toxicidade à reprodução
Categoria
1A – Tóxico à ≥ 0,3%1 - - -
reprodução
Categoria
1B – Tóxico à - ≥ 0,3%1 - -
reprodução
Categoria 2 –
Tóxico à repro- - ≥ 3,0%1 -
dução
Categoria
adicional para
- - ≥ 0,3%1
efeitos sobre ou
via lactação
Nota 1: Se estiver presente na mistura um agente tóxico para a reprodução da categoria 1 ou da
categoria 2 ou uma substância classificada pelos seus efeitos sobre a lactação ou através dela, enquanto
ingrediente, numa concentração superior a 0,1%, o produto não será classificado mas esta informação
será disponibilizada na FDS ou FISPQ.
34
4.7. Toxicidade para órgãos-alvo específicos – Exposição única
35
Se a mistura contiver mais de um ingrediente com efeitos tóxicos em
órgãos-alvo distintos, a definição da categoria de perigo será determinada
pelo ingrediente mais perigoso.
Na Frase H correspondente, devem ser indicados as vias de exposição,
se esta for a única via pela qual a absorção da substância acontece, e os
respectivos órgãos-alvo afetados.
36
5. Perigos ao meio ambiente aquático
Quando não estiverem disponíveis dados agudos e crônicos adequados
para a mistura como um todo, deve ser aplicado o método de somatória dos
ingredientes classificados. Para isso é necessário conhecer:
• A classificação dos ingredientes quanto aos perigos aquáticos a curto
prazo (agudo), Categoria 1, 2 ou 3, e a longo prazo (crônico), Categoria 1,
2 ou 3.
• A percentagem em massa de cada um dos ingredientes e o Fator M
(fator de multiplicação).
Na aplicação do método de somatório, deve-se considerar que os critérios
de toxicidade aguda ou crônica 1, 2 e 3 diferem de um fator de 10 de uma
categoria para a outra. Isto é, os ingredientes classificados numa categoria,
cuja concentração não é suficiente para classificar a mistura nessa mesma
categoria, podem contribuir para classificá-la em uma categoria inferior.
Quando uma mistura contém ingredientes classificados como altamente
tóxicos – Categoria aguda 1 ou Crônica 1, deve-se atentar ao fato de que tais
ingredientes contribuem para a toxicidade da mistura, inclusive a baixas
concentrações, sempre que tiverem a toxicidade aguda claramente inferior
a 1 mg/L e/ou a toxicidade crônica claramente inferior a 0,1 mg/L (quando
não são rapidamente degradáveis) e a 0,01 mg/L (quando são rapidamente
degradáveis). Nesses casos, as concentrações desses ingredientes devem
ser multiplicados por um Fator M, que é definido em função de dados de
toxicidade aguda – C (E) L50 e dados de toxicidade crônica NOAEC (no
observed adverse effect concentration). A Tabela 10 apresenta os Fatores M
para os ingredientes classificados.
37
( ... )
Toxicidade crô-
Toxicidade aguda Fator M
nica
Fator M
Ingredientes Ingredientes
Valor de C (E) L50 Valor NOEC
NRDa RDb
0,00001 < C (E) L50 0,000001 < NOEC
10000 10000 1000
≤ 0,0001 ≤ 0,00001
(Contínua em intervalos de
(Contínua em intervalos de fator 10)
fator 10)
a Não rapidamente degradável.
b Rapidamente degradável.
38
os ingredientes classificados como Aguda 2 for > 25%. Se o resultado for uma
classificação da mistura na Categoria aguda 2, o processo de classificação
está concluído.
E por último, nos casos em que a mistura não é classificada nem
como Aguda 1 nem como Aguda 2, a classificação como Aguda 3 deve ser
considerada. Uma mistura é considerada Aguda 3 se 100 vezes a soma da
concentração (em %) dos ingredientes classificados como Aguda 1, mais 10
vezes a soma da concentração (em %) dos ingredientes classificados como
Aguda 2, mais a soma da concentração (em %) dos ingredientes classificados
como Aguda 3, for > 25 %.
39
6. Outros perigos
Os fertilizantes sólidos, mesmo quando não classificados como perigosos
à saúde segundo o GHS, podem provocar efeitos irritativos no sistema
respiratório se houver possibilidade de formação e inalação de poeiras
durante os usos previstos. Esse tipo de perigo, embora não resulte em
classificação, deve ser indicado na ficha de dados de segurança nas Seções
2.3 e 8.1 do GHS.
41
7. Classificação final e indicação dos
elementos do rótulo
A classificação de perigos do fertilizante deve indicar as classes de
perigos e as respectivas categorias e Frases H. A partir dessas informações e
dos Anexos I e II do manual do GHS ou da ABNT NBR 14725-3, os seguintes
elementos do rótulo devem ser indicados:
• Pictograma (no caso de exportação, será permitido a utilização de
pictogramas em preto e branco);
• Palavra de advertência;
• Frase H;
• Frases de precaução (neste caso, selecione as seis frases que melhor
se apliquem ao produto, considerando o contexto de sua utilização).
43
Referências
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14725-2:
produtos químicos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente:
parte 2: sistema de classificação de perigo. Rio de Janeiro: ABNT, 2009.
Versão corrigida, 2010.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 14725-3:
produtos químicos: informações sobre segurança, saúde e meio ambiente:
parte 3: rotulagem. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. Versão corrigida 3, 2015.
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ccivil_03/decreto/D2657.htm. Acesso em: 7 ago. 2018.
BRASIL. Decreto nº 10.088, de 5 de novembro de 2019. Consolida atos
normativos editados pelo Poder Executivo Federal que dispõem sobre a
promulgação de convenções e recomendações da Organização Internacional
do Trabalho (OIT) ratificadas pela República Federativa do Brasil. Diário
Oficial da União, Brasília, DF, 6 nov. 2019. Disponível em: http://www.
planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Decreto/D10088.
htm#art5. Acesso em: 12 dez. 1020.
BRASIL. Lei nº 6.514, de 22 de dezembro de 1977. Altera o Capítulo V do Título
II da Consolidação das Leis do Trabalho, relativo a segurança e medicina do
trabalho e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 23
dez. 1977. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l6514.
htm. Acesso em: 18/11/2021.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução
Normativa nº 39, de 8 de agosto de 2018. Diário Oficial da União,
Brasília, DF, 10 ago. 2018. Disponível em: http://www.agricultura.gov.
br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-agricolas/fertilizantes/
legislacao/in-39-2018-fert-minerais-versao-publicada-dou-10-8-18.pdf.
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inspecao/seguranca-e-saude-no-trabalho/normas-regulamentadoras/nr-26.
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45
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Terrestres – ANTT. Resolução nº 5947, de 1 de junho de 2021. Diário Oficial
da União, Brasília, DF, 2 jun. 2021.
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Aprova as Normas Regulamentadoras – NR – do Capítulo V, Título II, da
Consolidação das Leis do Trabalho, relativas à Segurança e Medicina do
Trabalho. NR 26 – Sinalização de Segurança. Diário Oficial da União, Brasília,
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pt-br/composicao/orgaos-especificos/secretaria-de-trabalho/inspecao/
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2005.
47
Composição química Rota de GHS
Matéria-
Classe GHS Categoria GHS exposição efeito Valores ETA
prima % de substâncias Nº CAS GHS em
Toxicidade aguda
Categoria 5, H303
Perigoso ao ambiente
SSP 100% superfosfatos 8011-76-5 aquático (agudo) Categoria 3, H402 Oral 2500 mg/kg
Danos aos olhos/irritação Categoria 1, H318
aos olhos
Toxicidade aguda
Categoria 5, H303
Perigoso ao ambiente
TSP 100% superfosfato triplo 65996-95-4 aquático (agudo) Categoria 3, H402 Oral 2500 mg/kg
Danos aos olhos/irritação Categoria 1, H318
aos olhos
Toxicidade aguda
100% dihidrogenortofos- Categoria 5, H303
MAP 7722-76-1 Perigoso ao ambiente Oral 2500 mg/kg
fato de amônio Categoria 3, H402
aquático (agudo)
15% dihidrogenortofosfato
de amônio 7722-76-1
DAP Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral 2500 mg/kg
85% hidrogenortofosfato 7783-28-0
de diamônio
Apêndice 1 Classificação GHS das principais matérias-primas
(...)
49
50
(...)
Composição química Rota de GHS
Matéria-
Classe GHS Categoria GHS exposição efeito Valores ETA
prima % de substâncias Nº CAS GHS em
Rocha
100% fluorapatita 1306-05-4 Não classificado NA
fosfática
D: 2500 mg/
Toxicidade aguda Categoria 5, H313 Dérmica
kg
AS (SAM) 100% sulfato de amônio 7783-20-2
O: 4250 mg/
Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral
kg
5% dihidrogenortofosfato
7722-76-1 Toxicidade aguda Categoria 5, H303
de amônio
Oral
03 17 00 Perigoso ao ambiente aquá-
12% sulfato de amônio 7783-20-2 Categoria 3, H402 2630 mg/kg
tico (agudo)
(...)
(...)
Composição química Rota de GHS
Matéria-
Classe GHS Categoria GHS exposição efeito Valores ETA
prima % de substâncias Nº CAS GHS em
Ácido
sulfúrico 2% água 7732-18-5 Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral
2140 mg/kg
Corrosão/irritação à pele Categoria 1A, H314
Amônia 100% amônia aquosa 1336-21-6 Corrosão/irritação à pele Categoria 1B, H314
Irrita-
Toxicidade sistêmica para ção do
certos órgãos-alvo (exposi- Categoria 3, H335 trato NA
ção única) respira-
tório
(...)
51
52
(...)
Composição química Rota de GHS
Matéria-
Classe GHS Categoria GHS exposição efeito Valores ETA
prima % de substâncias Nº CAS GHS em
Ácido
25% água 7732-18-5 Corrosão/irritação à pele Categoria 1B, H314 3562 mg/kg
fosfórico
Gás comprimido,
Gases sob pressão
H280
Perigoso ao
ambiente aquático Categoria 1, H400 1
(agudo)
Perigoso ao
ambiente aquático Categoria 2, H411
(crônico)
(...)
Apêndice 2 Classificação das substâncias fontes de macronutrientes
53
54
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Categoria 5,
Toxicidade aguda Oral > 2.000 mg/kg
H303
Dihidrogenortofosfa-
7722-76-1 01-2119488166-29
to de amônio
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H402
(agudo)
Categoria 3,
Sólido oxidante
H272
Categoria 5,
Toxicidade aguda Oral 2.950 mg/kg
H303
6484-52-2 Nitrato de amônio 01-2119490981-27
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral 4.250 mg/kg
aguda H303
7783-20-2 Sulfato de amônio 01-2119455044-46
Toxicidade Categoria 5,
Dérmica > 2.000 mg/kg
aguda H313
Toxicidade sistê-
Irritação
mica para certos Categoria 3,
1336-21-6 Amônia aquosa 01-2119488876-14 do trato
órgãos-alvo (ex- H335
respiratório
posição única)
Perigoso ao am-
Categoria 1,
biente aquático 1
H400
(agudo)
Perigoso ao am-
Categoria 2,
biente aquático
H411
(crônico)
(...)
55
56
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral 3.986 mg/kg
aguda H303
Toxicidade Categoria 5,
Oral 3.986 mg/kg
aguda H303
Dihidrogenortofos-
10031- Toxicidade Categoria 5,
fato de cálcio, mo- 01-2119490065-39 Dérmica > 2.000 mg/kg
30-8 aguda H313
nohidratado
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral 2.301 mg/kg
aguda H303
10043-
Cloreto de cálcio 01-2119494219-28
52-4
Danos aos olhos/
Categoria 2A,
irritação aos
H319
olhos
Dihidrogenortofos-
Toxicidade Categoria 5,
7789-77-7 fato de cálcio dihi- 01-2119490064-41 Oral 3.986 mg/kg
aguda H303
dratado
Corrosão/irrita- Categoria 2,
ção à pele H314
Toxicidade sistê-
Irritação do
mica para certos Categoria 3,
trato respi-
órgãos-alvo (ex- H335
ratório
posição única)
(...)
57
58
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 4,
Oral 500 mg/kg
aguda H302
Toxicidade Categoria 4,
Oral 500 mg/kg
aguda H302
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Toxicidade Categoria 5,
Dérmica > 2.500 mg/kg
aguda H313
Corrosão/irrita- Categoria 2,
1305-78-8 Óxido de cálcio 01-2119475325-36 ção à pele H315
Toxicidade sistê-
Irritação do
mica para certos Categoria 3,
trato respi-
órgãos-alvo (ex- H335
ratório
posição única)
10103-
Fosfato de cálcio Não registrado Não classificado.
46-5
10101-
Sulfato de cálcio 01-2119444918-26 Não classificado.
41-4
(...)
59
60
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Hidrogenortofosfato
7758-11-4 01-2119493919-15 Não classificado.
dipotássico
16389-
Dolomita NA Não classificado.
88-1
Bis (dihidrogenor-
13092- Toxicidade Categoria 5,
to-fosfato) de mag- 01-2119970165-36 Oral > 2.000 mg/kg
66-5 aguda H303
nésio
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
(...)
61
62
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 4,
Oral 500 mg/kg
aguda H302
Corrosivo a Categoria 1,
metais H290
Toxicidade Categoria 5,
Oral 2.600 mg/kg
aguda H303
7664-38-2 Ácido fosfórico 01-2119485924-24
Corrosão/irrita- Categoria 1B,
ção à pele H314
Toxicidade Categoria 5,
7447-40-7 Cloreto de potássio 01-2119539416-36 Oral 3.020 mg/kg
aguda H303
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Dihidrogenortofos-
7778-77-0 01-2119490224-41
fato de potássio
Toxicidade Categoria 5,
Dérmica > 2.000 mg/kg
aguda H313
Toxicidade Categoria 4,
Oral > 333 mg/kg
aguda H302
Categoria 3,
Sólido oxidante
H272
7757-79-1 Nitrato de potássio 01-2119488224-35
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
7778-80-5 Sulfato de potássio 01-2119489441-34
Toxicidade Categoria 5,
Dérmica > 2.000 mg/kg
aguda H313
(...)
63
64
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
7647-14-5 Cloreto de sódio 01-2119485491-33 Oral > 3.000 mg/kg
aguda H303
Dihidrogenorto-fos-
7558-80-7 01-2119489796-13 Não classificado.
fato de sódio
Corrosivo a Categoria 1,
metais H290
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H402
(agudo)
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H412
(crônico)
(...)
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Categoria 3,
Sólido oxidante
H272
Toxicidade Categoria 5,
7631-99-4 Nitrato de sódio 01-2119488221-41 Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Toxicidade Categoria 5,
Oral 2.140 mg/kg
aguda H303
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H402
(agudo)
(...)
65
66
(...)
Rota de
Categoria GHS Efeito Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS exposição LD 50
GHS em M
GHS
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H402
(agudo)
Toxicidade Categoria 5,
Oral > 2.000 mg/kg
aguda H303
Perigoso ao am-
Categoria 3,
biente aquático
H402
(agudo)
Toxicidade Categoria 5,
Oral 2.600 mg/kg
aguda H303
Perigoso ao ambiente
Ácido bórico, sal de aquático Categoria 1, H400 1
138265-88-0 01-2119691658-19 (agudo)
zinco
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H411
aquático (crônico)
Apêndice 3 Classificação das substâncias fontes de micronutrientes
(...)
67
68
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
Corrosão/irritação
Categoria 2, H315
à pele
Perigoso ao ambiente
aquático Categoria 1, H400 10
(agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
(...)
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Toxicidade aguda Categoria 4, H302 Oral > 400 mg/kg
Toxicidade aguda Categoria 5, H313 Dérmica > 2.000 mg/kg
Corrosão/irritação
Categoria 2, H315
à pele
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
(...)
69
70
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Molibdato dissó-
10102-40-6 Não registrado Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral 2.689 mg/kg
dico
Perigoso ao ambiente
Categoria 3, H402
aquático (agudo)
(...)
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Carbonato de man-
598-62-9 01-2119442695-32 Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral > 2.000 mg/kg
ganês
(...)
71
72
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Toxicidade aguda Categoria 4, H302 Oral Não disponível
Toxicidade sistêmica
para certos órgãos-
Categoria 2, H361 Inalatória Cérebro
-alvo (exposição re-
Dicloreto de man- petida)
38639-72-4 01-2119934899-15
ganês dihidratado
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H401
aquático (agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H411
aquático (crônico)
1344-43-0 Óxido de manganês 01-2119446291-44 Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral > 2.000 mg/kg
Toxicidade sistêmica
para certos órgãos-
Categoria 2, H373
-alvo (exposição re-
Sulfato de man- petida)
7785-87-7 01-2119456624-35
ganês
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H401
aquático (agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H411
aquático (crônico)
(...)
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Toxicidade aguda Categoria 5, H303 Oral 2.150 mg/kg
Toxicidade sistêmica
para certos órgãos-
Categoria 2, H373 Inalatória cérebro
-alvo (exposição re-
Sulfato de manga-
10034-96-5 01-2119456624-35 petida)
nês monohidratado
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H401
aquático (agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H411
aquático (crônico)
(...)
73
74
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Perigoso ao ambiente
Categoria 2, H411
aquático (crônico)
Perigoso ao ambiente
1314-13-2 Óxido de zinco 01-2119463881-32 Categoria 1, H400 1
aquático (agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
(...)
(...)
Rota de GHS Fator
Nº CAS Nome químico Registro REACH Classe GHS Categoria GHS exposi- Efeito LD 50
M
ção GHS em
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H400 1
aquático (agudo)
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
Perigoso ao ambiente
Categoria 1, H410 1
aquático (crônico)
75
Identidade e faixa de concentração dos ingredientes classificados de acordo com o GHS
Nome do ingrediente Número CAS % em massa
Perigos à saúde
nas para soluções aquosas)
Toxicidade aguda
• Usos recomendados pelo fornecedor:
77
aquático – Crônico
Classificação final da mistura: (Classe/Categoria/Frase H)
Elementos do rótulo:
Pictogramas:
Palavra de advertência:
Frases H:
Frases P:
Exemplo 1
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
• Nome do produto (mistura): 20 00 30
• Usos recomendados pelo fornecedor: Fertilizantes – aplicações
profissionais
• Descrição do estado físico e embalagem que é disponibilizado no
mercado: Sólido, granel, big bag 1000 kg e sacaria 50 kg
• Composição: 50% KCl + 38% Ureia + 12% SAM
Para identificar quais ingredientes contribuem para o perigo do fertili-
zante como um todo é necessário verificar, no Apêndice 1, quais substâncias
estão presentes em cada matéria-prima do fertilizante 20 00 30. Para iden-
tificar se elas são classificadas como perigosas, deve-se consultar os Apêndi-
ces 2 e 3. A faixa de concentração dos ingredientes que contribuem para o
perigo são obtidos com base na percentagem de cada matéria-prima e das
substâncias que as compõem. O resultado está indicado abaixo.
78
Classificação
da mistura
Classes de perigo Cloreto de potássio Sulfato de amônio
(categoria e
Frase H)
Perigos físicos
Sólidos oxidantes
Perigos à saúde
Categoria 5 – Oral
Categoria 5 – Oral e Categoria 5 –
Não classificada,
Dérmico/Pode ser
Toxicidade aguda Pode ser nocivo se pois a ETA >
nocivo se inalado/
inalado 5000 mg/kg
Pode ser nocivo em
contato com a pele
Corrosão e irritação à pele
Lesão ocular grave e
irritação ocular
Tóxico à reprodução
Toxicidade sistêmica
para certos órgãos-alvo –
Exposição única
Toxicidade sistêmica
para certos órgãos-alvo –
Exposição repetida
79
Exemplo 2
INFORMAÇÕES GERAIS SOBRE O PRODUTO
• Nome do produto (mistura): 16 06 24
• Usos recomendados pelo fornecedor: Fertilizantes – aplicações
profissionais
• Descrição do estado físico e embalagem que é disponibilizado no
mercado: Sólido, granel, big bag 1000 kg e sacaria 50 kg
• Composição: 43,5% NAM + 40% KCl + 9,4% MAP + 7,1% 03 17 00
Dihidrogenoortofosfato de
7722-76-1 7-10
amônio
(...)
80
(...)
Composição MAP Classificação das
% ingredientes na mistura
(Apêndice 1) substâncias (Apêndice 2)
Cloreto de sódio e sulfato de amônio não aparecem na tabela porque 0,2% e 0,852% são
menores que 1% (limite de corte para toxicidade aguda – Quadro 2)
Classificação
Classes de Nitrato de Cloreto de Fosfato mo- da mistura
03 17 00
perigo amônio potássio noamônico (categoria e
Frase H)
Perigos
físicos
3
Não classifi-
Pode
Sólidos oxi- cado, pois a
intensificar
dantes concentração <
o fogo
70%
Oxidante
Corrosivo
para metais
(apenas para
soluções
aquosas)
(...)
81
(...)
Classificação
Classes de Nitrato de Cloreto de Fosfato mo- da mistura
03 17 00
perigo amônio potássio noamônico (categoria e
Frase H)
Perigos
físicos
Perigos à
saúde
Corrosão
e irritação
à pele
Categoria
2A Categoria 1
Lesão ocular
grave e irri- Causa Causa sérios Categoria 1
tação ocular sérias irri- danos aos
tações aos olhos
olhos
Tóxico à
reprodução
Toxicidade
sistêmica
para certos
órgãos-alvo
– Exposição
única
Toxicidade
sistêmica
para certos
órgãos-alvo
– Exposição
repetida
Perigos ao 3 3
meio am-
biente aquá- Nocivo à vida Nocivo à vida
tico – Agudo aquática aquática
(...)
82
(...)
Classificação
Classes de Nitrato de Cloreto de Fosfato mo- da mistura
03 17 00
perigo amônio potássio noamônico (categoria e
Frase H)
Perigos
físicos
Perigos
ao meio
ambiente
aquático –
Crônico
Pictogramas:
Frases P:
P280 Use luvas de proteção e proteção ocular.
83
Apêndice 5 Limites de corte específicos
Nota: Para misturas contendo mais de uma fonte dessas substâncias de boro, será
considerado o teor total de boro, não a concentração individual das substâncias.
Limites de corte
Classe GHS Categoria GHS Substância
específicos
85
INFORMAÇÕES SOBRE OS AUTORES
Revisores técnicos
Arline Sydineia Abel Arcuri é química e doutora em Ciências (Fisico-
química).
Marcela Gerardo Ribeiro é química e doutora em Ciências (Química
Inorgânica).
87
Sobre o livro
Composto em Cambra 11 (textos)
Formato 16x23 cm
em papel offset 90g/m² (miolo)
e cartão supremo 250g/m² (capa)
www.fundacentro.gov.br
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