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Carta ao leitor
Amigos leitores,
Definições Matemáticas:
Este número (tradicionalmente representado pela letra grega fi) tem muitas aplicações surpreendentes em
vários ramos da matemática. Abaixo segue algumas das propriedades do número de ouro:
Ao discutirmos a respeito de arte, cabe lembrarmos que a mesma nada mais é que uma criação
humana, que inclui em si valores estéticos como beleza, equilíbrio, harmonia, revolta, valores esses que
decifram ou, simplesmente, sintetizam a nossa emoção, nossa história, nossos sentimentos e nossa
cultura. Basicamente, em um conceito um pouco simplório, pode-se dizer que esta é um conjunto de
procedimentos, o qual aplicamos nosso conhecimento, para demonstrarmos como nos sentimos naquele
momento.
Por muito tempo, a perfeição foi um objetivo a se alcançar na realização de obras de arte, seja na
arquitetura, em esculturas ou em telas, mesmo nos dias de hoje esta tal de perfeição ainda é muito
desejada, por ser algo tão complexo e por caracterizar um objeto ideal, que reúna todas as qualidades e ao
mesmo tempo nenhum defeito, não é algo concreto a se alcançar, talvez por ser um conceito tão relativo e
por estar no campo das idéias, como diria nosso sábio Platão, é que ninguém de fato consiga alcançá-la.
Entretanto sempre existiram os estereótipos de belo e feio, cabe a nós criticarmos esta forma
equivocada de enxergar o mundo, é claro que os estereótipos não são os mesmos, pois conforme o mundo
evolui a ideia de perfeição muda, mas será que o que é considerado feio é realmente feio,
Retrato da oulisa
Mona o que é
mostrando
considerado bonito realmente é bonito? Esta dúvida deveria nos envolver em cemopor cento do
retângulo de nosso
Ouro.
tempo, mas todos sabemos que não é exatamente isso que acontece, nós simplesmente aceitamos essa
maneira de pensar e propagamos essa doutrina que indiretamente é imposta a nós.
A razão de ouro pode ser encontrada no templo
de Parthenon Grego, na Grécia.
Daí, tudo isso nos remete aos seguintes pensamentos: existe algo perfeito? Tudo é perfeito? Ou
nada é perfeito? A arte Greco-romana e a arte renascentista trazem em si uma ideia de perfeição, mas não
necessariamente têm de ser tidas como uma visão universal, o próprio modernismo veio pra derrubar essa
sensação de que os exemplos da arte clássica eram a representação perfeita da realidade, além de nos
mostrarem que o perfeito é algo presente no nosso subconsciente e que devemos reexaminar cada aspecto
da existência.
Na antiga Grécia, os gregos propuseram uma forma sofisticada de obtermos uma proporção que
nos remetesse a algo que se encaixava no conceito de beleza da época, entretanto esta proporção não se
restringiu àquele período e ainda é considerada importante para muitas pessoas nos dias atuais. A
proporção referida é a chamada “proporção áurea”, que desde muito tempo vem sendo aplicada na arte,
por aqueles que como os antigos gregos acreditam ser uma forma mais equilibrada e harmoniosa. Esta
proporção é alcançada quando um segmento de reta é seccionado de forma que a parte menor esteja para
maior assim como a maior está para o todo, obtendo-se pela razão o número de ouro.
Na arquitetura e na arte o número de ouro é aplicado por muitos artistas, por estes acreditarem
que aplicando tal proporção em seus trabalhos, os mesmos gozarão de uma forma visivelmente mais bela.
Há também aqueles que afirmam que o número de ouro está presente na natureza, é certo que a natureza
segue algumas sequências numéricas, mas será coincidência ou não que a proporção áurea se manifeste
nos segmentos analisados.
Com absoluta certeza podemos dizer que isso tudo é uma análise um tanto quanto complexa, não
obstante esta certeza se encerra a partir do momento em que dizemos que algo é perfeito, pois nós
humanos ainda não compreendemos esta tal de perfeição.
Aspecto matemático
Para começar, demonstraremos por meio da matemática o que vem a ser Secção Áurea e
Segmento Áureo. Temos uma reta seccionada por 3 pontos A, C e B, sendo que A e C estão mais
próximos que B e C.
Se pegarmos a razão entre BC e AC e igualar à razão entre AB e BC, temos: x/(a – x) = a/x. Essa
igualdade entre as duas razões é que denominada secção áurea, e o valor numérico dessa divisão entre as
duas grandezas é o número de ouro, que é simbolizado pela letra grega .
Para se construir um retângulo de
Se num retângulo, ao se dividir o lado maior pelo ouro, cujos lados estão na proporção áurea,
menor, tem como resultado , dizemos que estamos desenha-se um quadrado de lado [AC] e
perante um retângulo de ouro, que nos cânones marca-se o ponto médio de um dos seus
estéticos da antiga Grécia era o mesmo que dizer lados.
proporção
perfeita.
A seguir, traça-se um segmento de reta desde este ponto até ao vértice do lado oposto,
finalmente, utilizando um compasso, traça-se um arco de circunferência, marcando-se sobre o lado inicial
aquela distancia. Assim se obtém o lado maior, [AB], do retângulo de ouro. A construção baseia-se no
teorema de Pitágoras.
a) 1,618
b) 1,732
c) 1,707
d) 1,5708
e) 1,667
Resolução
A razão pedida no problema é muito famosa no mundo da Matemática e é
denominada razão áurea (ou razão divina). Tenho um livro que fala apenas
sobre esta razão: The divine proportion – a study in mathematical beauty.