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«Solucées simples, inteligentes e eficazes para os desafios que a sua crianga enfrenta.» vr. DANIEL J. SIEGEL e pror. pr TINA PAYNE BRYSON O CEREBRO DA‘GRIANCA 12 ESTRATEGIAS REVOLUCIONARIAS PARA TREINAR O CEREBRO EM DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO I Reteeee eet DANIEL J. SIEGEL licenciou-se na Faculdade de Medicina de Har vard e completou os estudos de pés-graduacdo na UCLA com uma especializagao em Pediatria e Pedopsiquiatria, Psiquiatria do Adolescente e do Adulto. E professor de Psiquiatria Clinica na Faculdade de Medicina da UCLA, codire tor do Mindful Awareness Research Center CPM Sasol Mcom ia ecole aia) Center For Culture, Brain and Development e Jiretor-executivo do Mindsight Institute, centro educativo dedicado a promoc¢ao da mindsight da compaixdo e da empatia em individuos, Cane SM Atle lero Meolaal ae lela AU Col ae) eT M IN ce Male Moe WEIN ial are M cola (a1) s/o MoM a AEN Payee Ola ee laye/ gle} Can Help You Raise Children Who Thrive. The Mindful Brain, Mindsight: The New Science of i inal Transformation, A Mente em Desen olvimento e Disciplina sem Dramas, vive em s Angeles com a mulher e dois filhos. Para mais informacces visite: www.drdansiegel.com TINA PAYNE BRYSON Pediatric and Adolesce € psicoterapeuta na at Associates em Arcadia, California gue criangas e adolescentes, e faz acon: elhamento de praticas educativas. Além de TM Cy al eee eM slate etel>) res e profissionais, é diretora do Departamento af (C) as Educativas é Jesenvolvimento no Mindsight Institute, onde estuda as r no cleo ane = TaN 7 inaTIal ce) joutorou-se na Universidade do Sul reli en Mole RUM V=cit(el-le-teolante)lelcelt) Meocltt Sie sole Ter=Te oF} an¢a ligada a r 1 € ao campo emergente da neurobiologia ui al. Vive perto de Lo: i nal marido e trés filhos aa leo RUST PMMA SIN ecela eet DR. DANIEL J. SIEGEL E PROF.® DR.® TINA PAYNE BRYSON O CEREBRO DA CRIANCA 12 ESTRATEGIAS REVOLUCIONARIAS PARA TREINAR- © CEREBRO EM DESENVOLVIMENTO DO SEU FILHO TRADUGAO ISABEL VERISSIMO Iu casadasletras Para a Maddi e 0 Alex: obrigado aos dois por tudo o que me ensinaram ao longo destes anos ¢ pela honra de ser vosso pai; e para a Caroline, pelo amor e pela viagem que estamos a fazer juntos. DJs Para os homens da minha vida: o meu marido, Scott, e os nossos trés filhos. Vocés enchem todos os dias de alegria, aventura, amor ¢ significado. TPB a ‘Todos os pormenores identificadores, incluindo nomes, foram ae com excegao dos que pertencem aos membros da familia los autores. Este livro néo se destina a substituir os conselhos de um profissional experiente, [INDICE Introdugao - Sobrevivéncia e Desenvolvimento Capitulo 1- Educar com 0 cérebro em mente Capitulo 2 - Dois cérebros pensam melhor que um: integrar 0 cérebro‘esquerdo € 0 cérebro direito Estratigia do vérebro global n.° 1: ligue-se ¢ redirecione — surfar as ondas emacionais Estratégia do cérebro global n.° 2: fale para controlar — contar historias para acalmar as emogoes fortes Capitulo 3 - Construir a escadaria da mente: integrar 0 andar de cima e o andar de baixo do cérebro Estratégia do cérebro global n.° 3: envolva-o, ndo 0 enraivera—apelar ao cérebro do andar de cima Esstratégia do cérebro global n,*4: use-o para ndo 0 perder— treinar 0 cérebro do andar de cima E:stratégja do cérebro global n.* 5: ponha-o a mexcer-se para nao 0 perder — mexer 0 corpo para evitar perder o cérebro Capitulo 4 — Mata as borboletas! Integrar a meméria para Promover o crescimento e o processo de cura 31 39 45 57 69 74 79 89 sata do crbro global n° 6: nse o\comande @ ditinca da memes reviver as recoragses 103 (TREBUORO natin do erebre soba .°7: lembrese dese embrar — fazer da da vida quotidiana da sua famiha 108 embranga xa, SOBREVIVENCIA E DESENVOLVIMENTO Capitulo $~ Ox meus estados unidos: integra as muitas partes de mim mesmo aS Est do crebrogoba n:*8: dee passara tempestae emocional = ensnar que a emogis sé @ 0 oe Estado cro global.’ 9: STE (senses, imagens, emoées, pesamentes)— resarateno ao que se passa no interior 130 atatgia do creo global n.* 10: teine a mindsight — vollar ‘ex ah = ‘Teve um daqueles dias em que @ privacio de sono, as sapatilhas cheias de lama, 0 sumo espalhado no casaco novo, as puerris para Capitulo 6A ligagio cu-nés:integrarocucomos outros 147 PROP isi nadie er aranbis ckeceeoeendientls Riceaepec aire iain 1s eet fat de cro ot € 08 gritos de «Foi ela que comecouly 0 deixam a contar os minutos Seba fp ast ds Sersicgent einen 100 aque faltam para se ir deitar? Nesses dias, em que tem de tirar (outra stratgia de cerebro inkiro m1: lgue-se através do conflto ~ vezi!) uma pega de lego de uma marina, parece que a tinica coisa a ensnar as criangas a argummentar cont woes» mente 164 ‘que pode aspirar € sobresiver Porém, quando sio os scus flhos que estio em causa, deve aspirar Conclusio ~ Unir tudo 177 44 muito mais que a mera sobrevivéncia. F claro que quer sobreviver Jiqueles dificeis momentos de birta no restanrante. Mas, quer sea pa Folhas para afixar no frigorifico 183 mie ou outro dedicado cuidacor na vida de uma erianga, 0 seu objetivo principal é eduei-a de uma forma que permita que ca se deem Quer ades ¢ fases do cérebro global 187 que os seus flhos criem lagos que os realizem, que sejam atenciosos © compassivos, que tenham um bom desempenho escolar, que trba- ‘Agradecimentos 207 them muito e sejam responsaveis, © que se sintam bem consigo mesmos. Sobrevivencia, Desenvolvimento, Indice remissivo aut Ao longo dos anos fomos conhecendo milhares de pais: Quando Ihes perguntamos © que é mais importante para eles, estes dois obje- tivos, nas suas variantes, esto quase sempre no topo da lista. Querem sobreviver aos momentos diffceis € querem que os seus filhos ea sti familia se desenvolvam, Na qualidade de pais, nés proprios partilha- mos os mesmos objetives para as nossas familias. Nos nossos momentos mais nobres, calmos ¢ sensatos, preceyy mo-nos com a educacao do eérebro dos nossos filhos, enriquece . 0 seu imaginario ¢ ajudando-os a alcancaro seu potencial maximo cm todos 08 aspetos da vida. Todavia, nos momentos mais frenéticos ¢ sressantes de «suborna-o-mitido-para-ele-entrar-no-carro-e-poder mos-chegar-a-horas-10-jogo-le-futebobs, por vezes $6 queremos nig igritar nem ouvir alguém dize Pare um momento € pergunte a si mesmo: 0 que quer verdadeins mente para os seus filhos? Que qualidades espera que eles desenyol. «Nio gosto de til» vam € 08 acompanhem nas suas vidas adultas? Muito provavelmenté quer que scjam felizes, independentes e bem-sucedidos. Quer que te. ham relagdes interpessoais que os realizem que vivam uma vida plena de significado e propdsito. Agora, pense com objetividade na percentagem de tempo que dedica a0 desenvolvimento concreto dessas qualidades nos seus filhos. Se for como a maioria dos pais, preocupa-se com o facto de passar demasiado tempo a tentar chegar a0 fim do dia (¢ por vezes dos préximos cinco minutos) € nio pas- sa tempo suficiente a criar experiéncias que ajudem os seus filhos a desenvolverem-se, hoje € no futuro. ‘Talvez até se compare com algum tipo de pai ou mie perfeito que ‘nunca se esforca para sobreviver e que, aparentemente, dedica todos os minutos do tempo em que esté acordado a ajudar 0s flhos a desenvol- verem-se. Como a presidente da Associagio de Pais que prepara refei ses saudaveis enquanto lé aos filhos em latim sobre a importancia de ajudar.o proximo € depois os leva a um museu de arte no carso hibrido ‘onde ouvem misica clissica e por cujas condutas de ar condicionado sai aromaterapia de lavanda. Ninguém consegue chegar ao nivel desta ‘superpoderosa mae. Acima de tudo, quando sentimos que uma gr de parte dos nossos dias ¢ passada em modo de sobrevivéncia total, ‘em que damos por nés de olhos desvairados € rosto vermelho no fim de uma festa de anos, a gritar: «Se ouvir mais uma discussio por ca¥s* esse arco e flecha, no ha presentes para ninguéndy Se alguma destas situagées Ihe parcee familiar, temos notices fancésticas para si: os momentos om que estdé apenas a tentar sobreviver si? Somnuvivencia © Des de futo oportwnidades pare ajndar 0 sex filbo a desemolverse, Por ¥exes, tulvez sinta que os momentos preciosos ¢ importantes (como ter uma conversa profurida sobre compaixio ou cariter) estio separa- «dos dos desafios das priticas educativas (como travar mais uma ba- talha para eles fazerem 08 trabalhos de casa ou lidar com mais uma birra). Mas nio esto, Quando o seu filho € desrespeitoso ¢ lhe res- ponde mal, quando € chamado escola, quando encontra a parede riscada com lipis de cera ~ no hé divida de que sio momentos de sobrevivéncia, No entanto, 20 mesmo fempo, sio oportunidades — até presentes —, porque um momento de sobrevivéncia também é um ‘momento de desenvolvimento, em que © papel de educador assu- me todo 0 seu sentido. Por exemplo, pense stuma situagio da qual tenta sair muitas vezes “Talvez quando 0s seus filhos esto. diseutit um com 0 outro pela terceira vez no espago de trés minutos. (Nao € dificil imaginar, pois io?) Em ver de separar os irmaos pugilistas € mandé-los cada um para o seu canto, pode usar a discussio como uma oportunidade de ensinar: sobre escuta teflexiva ¢ ouvir © ponto de vista da outra pes- soa; sobre comunicar os seus desejos com clareza e respeito; sobre compromisso, sacrificio, negociacio e perdiio. Nés sabemos: parece dificil pensar numa coisa dessas no calor do momento. No entanto, se compreender um pouco as necessidades emocionais € os estados ‘mentais dos seus fillhos, criari este tipo de resultado positive —mes- mo sem necessitar da intervencio de foreas de manutengio de paz das Nagdes Unidas. 'Nao hi mada de mal em separar os seus filhos quando eles estioa discutir uma boa técnica de sobrevivéncia, ¢ em algumas siruagdes talvez seja amelhor solugio, Porém, muita vezes ¢ possivel fazer me- Ihor do que apenas por fim a0 conflito e ao barulho. Podemos trans- formar a experiéneia de forma a desenvolver nto apenas o cérebto de cada crianga, mas também as suas capacidades de relacionamento€ 0 seu caniter. Com o passar do tempo, os irmaos continuario a crescer caprenderio a resolver contfitos sem a orientagio dos puis. Esta seni ‘apenas uma das muitas maneiras de os ajadar a desenvolverem-se, 43 O que esta abordagem de ssobrevivéncia e desenvolvimento» tem, de bom é que nio é necessirio tentat artanjar um momento especiy para ajudar os seus filhos a desenvolverem-se. Pode usar sada as in, teragées com eles —as tensas € zangadas, ¢ também as maravilhos,, ¢ adoriveis — como oportunidacles para os ajudar a tornarem.se 4, pessoas responsiiveis, atenciosas © capazes que quer que el Bisso que este livro aborda: usar momentos do dia a di filhos para os ajuda a ating © seu verdadeizo potencial. As paginas seguintes oferecem um antidoto para as priticas educativas parentaige as con aquisas € A perfeigio.a todo o custo. Em ver disso, apresentamos Ing mecanismos para ajudar os seus filhos a serem mais eles prdprios, 2 estarem mais & vontade no mundo, a terem maior resistencia ¢ for. ‘ca: Como é que se faz isso? A nossa resposta é simples: tem de com preender algumas noges basicas sobre o jovem cérebro que esti a ajudar a crescer e a desenvolver-se. E 0 tema de O Cérebro da Crianpa. COMO USAR ESTE LIVRO Escrevemos este livro para pais, avs, professores, terapeutas ott outros importantes cuidadores na vida de uma crianga. Usaremos a Palavra «pai» ou «mae» ao longo de todo o livro, mas estamos a re- feri-nos a todas as pessoas envolvidas no crucial trabalho de criar, apoiar e proteger criangas. O nosso objetivo é ensinar os leitores a usar 48 imteragdes didrias como oportunidades para se ajudarem a si ¢ as, ‘criancas que estio sob os seus cuidados a sobreviverem € desenvol- Nefem-se.Sebem que a maior parte do que vai let possa ser adaptado ‘cHativamente para adolescentes — na verdade, pretendemos escrever ‘uma continuagio dedicada a eles —, este livro abrange a faixa etaria ddesde'0 nascimento até aos doze anos, centrando-se acima de tudo ‘88S ctianeas que comecam a dar os primeiros passos, criancas + inl ‘CAE 0 Seu percurso escolar e pré-adolescentes, ‘Nas piginas seguintes explicamos a perspetiva do cérebro global ¢ ‘aPresentamos uma variedade de estratégias para ajudar os seus filhos Somnnvivencts Qt ae ‘a serem mais felizes, mais sauckiveis ¢ mais plenamente equilibrados. © primeiro capitulo apresenta 0 conceito de priticas educativas paren- {ais tendo em conta as especificidades do eérebro e expla o simples € poderoso conceit que esti no cerne da abordagem do cérebro como um todo: a integragao. O Capitulo 2 explica como ajudar o hemisfério esquendo e 0 hemisfétio diceito do cérebro da erianca a trabalharem juntos para que ela possa estar ligada ao seu eu logic e ao seu eu emo- ional, O Capitulo 3 realga a importincia de ligar 0 «cérebro do andar de baixon, 0 cérebro instintivo, a0 «cérebro do andar de cima», um cé- rebro mais reflexivo que ¢ responsivel pela tomada de decisées, pela perspiccia, pela empatia e pela moralidade. © Capitulo 4 mostra-the como ajudar a erianga a lidar com momentos dolorosos do passado através da compreensio, para que possam ser abordados de uma forma calma, consciente ¢ deliberada. © Capitulo 5 ajuda os pais a ensinar aos seus filhos que sio capazes de parar e refletir sobre o seu estado de es- pirito. Quando eles conseguirem isso, poderio fazer escothas que thes permitirdo controlar 0 seu estado de espirito ¢ a maneia como reagem a0 mando que os rodeia. O Capitulo 6 destaca formas de ensinar as crianeas 0 que é felicidade e a sensagio de realizagio que resulta da li- aco aos outtos, ao mesmo tempo que mantém uma identidactetiica. ‘Uma clara compreensio destes diferentes aspetos do cézebro como ‘um todo permit que veja as priticas educativas de uma forma intei- ramente nova. Somos pais © queremos proteger os nossos filhos de todo 0 mal e da dor, mas nio é possivel. Eles vio eair, os seus senti- ‘mentos serio magoados, terio medo, sentitio tristeza e ficario zanga- dos, Na verdade, muitas vezes so estas experiéncias dificeis que lhes _permitem erescer e conhecer o mundo. Eim vez de tentarmos proteger 08 nossosfilhos das inevitiveis dificuldades da vida, podemos ajudé- -los a integrar essas experiéneias a sua compreensio.do mundo ¢ a aprender com clas. Eles compreendem as suas jovens vidas no ape- ‘nas com base no que Ihes acontece, mas também na forma como os seus pais, professores ¢ outros cuidadores reagem. Com isto em mente, um dos nossos objetivos principais foi tor- ‘nar O Ciroro da Crianga o mais iil possivel, proporcionando-the ferra- 15 «que tornam as suas priticas edueativas mais ices mentas especificas sega eagies com os seus flhos mais profundas. E um dos motivog por qu cca de metade de todos os capitulos €dedicada a eee in Fuladas «© Que Pode Fazen, onde apresentamos sugestdes excm, plospriscs de como aplicaros eoncetos cieniicos daquee capt “Além disso, no fim de cada capitulo encontrar duas seccées dest adas aajudar os Ieitores a implementar os seus novos conhecimentis facilmente. A primeira é «O Cérebro Global da Crianga», escrita pari o ajudar a ensinar aos seus filhos a base do que abor imos naquele capitulo: Talves pareca estranho falar com criancas pequenas sobre ¢ cérebro, Afinal de contas, ¢ neurociéncia. Nao obstante, descobrimos que até ascriancas pequenas—com quatro ou cinco anos — conseguem ‘compreender alguns conceitos bisicos do funcionamento do cércbro, ‘0 que hes permite compreenderem-se e entender 0 seu comporta mento € as suas emoges de formas novas © mais profundas. Este conhecimento pode ser muito poderoso para a crianga, € também para o progenitor que esta a tentar ensiné-la, disciplind-la ¢ amé-la cde formas benéficas para ambos. Escrevemos as secgdes «O Cérebro, Global da Criangay tendo em mente um piiblico-alvo de criangas a iniciar 0 seu percurso escolar, mas poder adaptar essas informacoes ao desenvolvimento do seu filho. ‘Aoutra seceio no fim de cada capitulo intinula-se «A Integracao dos Pais», Muito embora a maior parte do livro se concentre na vida interior da crianga e na sua ligacio com os pais, aqui vamos ajudi-los a aplicar ‘0s conetitos de cada capitulo as vossas vidas. A medida que as crian- sas se desenvolvem, os seus cérebros «espelham» o cérebro dos pais Dito de outra forma, o crescimento ¢ o desenvolvimento dos pais, 0% 2 falta dele, tém impacto no cérebro da crianga. A medida que os pais aoe ‘Conscientes ¢ emocionalmente saudaveis, os seus filhos fem as Tecompensas ¢ também se tornam saudaveis. Isso significs Be iisbe © caivaro seu cérebro é um dos presentes mais carinho- Cent due oderéoferecer aos seus filhos. Tasca que esperamos que seja titil é a tabela «Idades ¢ livro, onde oferecemos um simples resumo de com? mplementaras ideias aqui enpostas consoanteaidade da erianga. Cada capitulo do liveo destina-se a ajudae-vos a pOr estas eias em pritica imediatamente, com miiltiplas sugestdes para lidar com varias idades « fases de desenvolvimento infantil. Porém, para facilitar a tarefa dos pais, esta iltima secgio de referéncias categorizard as sugestbes do li- ‘vro em funcio da idade e do nivel de desenvolvimento, Se for pai ou mie de uma crianga que comesa a dat of primeiros passos, por exem- plo, encontra rapidamente um lembrete do que fazer para melhorar 2 integragio entre 0 hemisfério esquerdo ¢ 0 hemisfério dieito do cérebro do seu flho. Depois, & medida que ele vai crescendo, poder voltar ao livzo em cada idade e ver uma lista dos exemplos ¢ das su- ‘gestées mais relevantes para cada nova fase do seu filho. ‘Alem disso, antes da seceio «ldades e Fases» encontrar umas «Fo- Ihas para Afixar no Frigorifico», que destacam os pontos mais impor tantes do livro. Pode fatocopiar essas fothas po-las no frigorifico, para que todas as pessoas que amam os seus filhos pais, bahy-siters, avs, etc. — possam trabalhar juntas para o seu bem-estar geral. Gostariamos que percebesse que fizemos tudo 0 que estava a0 nosso alcance para tornar este livro acessivel € © mais fiicil possivel de ler. Enquanto cientista, realeimos a precisio 0 rigor; enquan- to pais, privilegiimos a compreensio pritica. E debatemo-nos com este problema, decidindo com todo 0 cuidado a melhor maneira de apresentat as informagdes mais recentes € mais importantes, de uma forma clara, stile imediatamente pritica. Muito emborao livro tenha uma base cientifica, no vai sentir que esti numa aula de ciéncias ou ‘ler um trabalho académico. Sim, é neurociéneia, ¢ estamos profun- mente empenhados em manter-nos figis a0 que a investigagio € a Umdia, Marianna recebeu um telefonema no emprego adizerqu o seufilho de dois anos, Marco, sofrera um acidente de viac3o com 4 ama. Marco estava bem, mas a ama, que ia a0 volante, tinha sido le. ‘ada de ambulincia para o hospital. Marianna, diretora de uma escola do primeiro ciclo, precipitou -s¢ para 0 Jocal do-acidente, onde Ihe disseram que a ama de Marco softera um ataque epilético enquanto conduzia, Marianna encontrou © filho a0 pé de um bombeiro, que tentava, sem sucesso, consoli-la. Pegou nele a0 colo ¢ ele comecou a acalmar-se imediatamente. ‘No instante em que parou de chorar, comegou a contar 4 mae 0 {ue tinha acontecido. Na sua linguagem de bebé, que s6 0s pais ¢2 ‘ama percebiam, repetia sem parar a frase: «la, tinonim.» «la» era a sua palavra para «Sophia, © nome da adorada ama, € «tinonim» era a su versio da sirene de um carro de bombeiros (ou, neste caso, da ambu _: Ao dizer repetidamente a mae dla, tinonimy, estava a centri /Potmenor da historia que era mais importante para si: Sophi* thaisido: Jevada para longe dele. i q sa como esta, muitas pessoas sentr-se-iam tentals* ene que Sophia ia ficar bem, ¢ logo em seguida pr” sconce yi Par que a rinca disse de pensar n0 qv “uretene «Vamos comer am geladoly Nos dias seguintcs, mit Pais tentariam evi Op robe det a utPaE® flhoe no falasiam sobre o ace Rouen com 0 CANRAKO Hae Marea chicia de grandes ¢ assustadoras emogées, mas néiova deixam, nem a ajudam, a lidar com elas de uma maneira eficiente. ‘Marianna nfo cometeu esse erro. Tinha tido aulas com Tina sobre priticas edlucativas € 0 cérebro, € pés imediatamente em pratica o que sabia, Naquela noite, e ao longo da semana seguinte, Marco lembrava- se constantemente do acidente de carro © Marianna ajudou-o a con- tar a historia vezes sem conta. Dizia: «Sim, tue a Sophia tiveram um acidente de carro, iio foi?» Ao ouvir isto, Marco esticava os bragos e sacudia-os, a imitat a convulsdo de Sophia. E Marianna continuava: «Sim, a Sophia teve uma convulsdo € comecou a tremer, ¢ o.carro ba teu, no foi?» A declaracio seguinte de Marco era, como niko podia deixar de ser, o familiar «la, tinoninw, a que a mae respondia: «fi isso ‘mesmo. O tinonim veio ¢ levou a Sophia ao médico. E. agora ela esta melhor. Lembras-te de que fomos vé-la ontem? Ela esti bem, niio esti?» ‘Ao permitir que Marco contasse a hist6ria muitas vezes, Marianna estava a ajudi-lo a compreender o que tinha acontecido para que ele pudesse comecar a lidar com a situagao a um nivel emocional. Como cla conhecia a importincia de ajudar 0 cérebro do filho a processar ‘a assustadora experiencia, pediu-the para contar repetidas vezes os acontecimentos para que ele pudesse compreender 0 medo € voltas- se as rotinas diarias de uma forma saudavel ¢ equilibrada. Nos dois dias seguintes, Marco falou cada vez menos sobre o acidente, até se tomar apenas mais uma das suas experiéncias de vida —se bem que importante Nas paginas seguintes perceberi o que levou Marianna a agir da- quela forma, € porque é que a sua reagio foi tio benéfica para o filho em termos priticos € neurolégicos. Poder aplicar os novos conheci- mentos sobre 0 cérebro de imtimeras formas que tornam a educasa0 do seu filho mais fil e melhor. ‘O conceit que esta no cerne da reagao de Marianna, ¢ deste livro, 6. intgrardo. Uma compreensio clara da integragio dar-lhe-4 0 poder cle transformar por completo o que pensa sobre as priticas educati- vas do seu filho, Poder aproveitar mais a companbia dele © prepai- -lo melhor para viver uma vida emocionalmente tica e gratificante, eee Se OT EET © Cenunao pa Cranes © QUE E A INTEGRACAO E PORQUE E IMPORTANTE? ‘A maioria das pessoas no tem conseiéncia de que no cétebra ‘muitas partes diferentes, cada qual com uma funcio especifiey, Por ‘exemplo,o lado esquendo do eérebto ajuda-108 a pensar lopicamenn, © @ organizar os pensamentos em frases, enquanto 0 lado diteito no, ajuda a sentir emogdes € perceber sinais no-verbais. Temos umryee ebro reptilian» que nos permite agir por instinto © tomar decisge, de sobrevivéncia em fragies de segundos, e um «érebro limbicos ‘que incentiva a criagdo de lagos. Uma parte do nosso eérebro é ded, cada a tudo © que diz respeito a memoria; outra dedica-se a tomady de decisdes morais ¢ éticas, Ei quase como se 0 nosso eérebro tivesse ‘miiltiplas personalidades ~ algumas racionais, outras irracionais; al gums reflexivas, otras reativas. Nao admira que possamos parecer pessoas diferentes em momentos distintos! O segredo para o desenvolvimento é ajudar essas partes a trabathar ‘bem juntas ~integri-las. A integracio permite que as diferentes par tes do cérebro trabalhem juntas, como um todo, E semelhante ao que acontece no corpo, que tem diferentes Srgios para desempenhar virias fangSes: os pulmdes respiram af, 0 coragio bombeia sangue, 0 est ‘mago digere alimentos. Para que o corpo seja saudavel, todos esses Or. ‘ios tém de estar inteyrados, Dito de outra forma, eada um deles tem de fazer 0 seu trabalho a0 mesmo tempo que trabalham juntos como uum todo. A integracao isso: unir diferentes elementos para formar um todo que funcione bem. Como acontece com 0 funcionamento stu Alive do compo, o eérebro ni esti no seu melhor a menos que as st3* dferentes partes trabalhem juntas de uma forma coordenada € cau | oe eect poeta onas do cérebro que une, E ficil perceber quando os nossos filhos ‘ilo esto integrados ~ ficam dominados pelas suas emoyées, confusos € cadticos. Nao conseguem reagir com ealma e competéncia i situacio ‘que enfrentam. Birras, choro, agressio ¢ a maioria das exigentes ©P& lencas de parentildade ~e de vida ~sio 0 resultado de perds se” 22 ne ee ee cow 0 Conenno sie nossos filhos a integrarem-se adequadamen- todo o cérebro de uma forma coordenada. estcjam horigontalent intgrades, para que ak ica do hemisfério esquerdo possa trabalhar bem com a emogao a direito, Também quetemoe que! estejam parinaninears trgedst, para que a8 partes fsicamente mais ates dovsen cérebroy que thes permitem reflec sobre 0s seus a1ns, Funcionem em harmonia com ax partes mais baixa, que esto mais preneupadas com o instin- to, com as reagdes instintivas € com a sobrevivéncia, ‘A integragio acontece de uma forma fascinante, a maaior parte das pessoas no tem consciéncia disso. Nos iitimos anos, alguns cientistas desenvolveram uma tecnologia de tomografia cerebral que permite aos investigadores estudar 0 eérebro de tums forma que nunca antes foi pos- sivel, Esta nova tecnologia confirmou muito do que pensévamos sobre co cérebro, Porém, uma das surpresas que abalaram os fundamentos da neurociéneia foi a descoberta de que 0 cérebro € «plistico», ou moldi- ‘vel Isto significa que mada fisicamente ao longo da nossa vida, € no apenas durante a infineia, como pensivamos até entiio. ‘O que molda 0 nosso cérebro? A experiéncia. Mesmo numa idade avangada, as nossas experiéncias mudam a estratura fisica do ¢érebro. {Quando vivemos uma expetiéncia, as células do nosso cérebro — 03. neurdnios ~ sio ativadas, ou sdisparan, O cérebro possui com mil _milhdes de neurénios, cada um dos quais tem uma média de dez mil lt gagSes a outros neurdnios. A forma como determinados circuitos ce- rebrais sii ativados determina a natureza da nossa atividade mental, ‘que vai desde a percegio de imagens ou sons até ao dominio mais abs- trato do pensamento ¢ do mciocinio. Quando os neurénios disparam Queremos ajudar os te para que possum usar Por exemplo, queremos que __ juntos, criam novas ligagdes entre si. Ao longo do tempo, as ligagdes y, ou-mandé-lo voltarimedats ‘mente para a cama, Tina conteve-se. Em: vez disso, uso 4 técnic dle ligar-e-redirecionar, Puxou-o para si, acariciou-lhe as costs ¢ disse, num tom earinhoso: «As vezes ¢ dificil, no 6? Eu nunca me ‘esqueceria de ti ‘Tw estas sempre no mew pensamento e quero 4° saibas que és muito especial pata mim.» Abragou-o enquanto ek ‘explicava que por vezes parece que o irmio mais novo recebe m8 ‘tengo € que os trabalhos de casa ocupam uma grande parte dose? |_ tempo livre. Ao falar, comegou a desconteair ¢ a acalmar-se. Sentit'S¢ _ Ouvido € acatinhado, Em seguida, ¢ agora que cle estava mais ree teh, Dow Canes ‘Num momento eomo\ ceaté realmente carente ou se [ [As priticas educativas que tém em et nf Como um : significam que 0 edlucador se deixe manipular ou que incentive oma wee Pelo contri ao eompreender 0 funcionamento do cérebro do seu filho, pode criar um estado de eolaboragio muito mais depressa e com muito menos drama. Neste caso, como compreendea oo que estava a acontecer no eérebro do filho, Tina soube que a respos- ta mais eficaz sea ligi-lo a0 eérebro direito. Escutou-o-¢ consolow-o, usando 0 seu proprio cérebro dircito, e menos de cinco minutos de- pois cle estava de novo na cama, Se, por outro lado, the tivesse ralhado porter satdo da cama, usando a légica do cérebro esquerdo e a letra da lei, teriam ficado ambos cada vez mais perturbados —e ele teria levado ‘muito mais que cinco minutos a acalmar-se 0 suficiente pars ir dormir. ‘Mais importante, a resposta de Tina foi carinhosa e compreensiva. Apesar de as questdes do filho parecerem disparatadas e até ilégicas, | cle estava genuinamente convencido de que aquelas coisas nao eram ~ justas e que tinha queixas legitimas. Ao ligar-se a ele, eérebro dircito ‘com cérebro direito, consegui comunicar que estava sintonizada no. Shc onen mas pn pormn érebro direito foi a abordagem mais eficaz, porque Ihe permicix no ir ao encontro da necessidade de ligagao do filho, como o re- i ionow para a cama com maior rapide. Em ver de lutar contra ao cérebro direito do filha, Esta historia realga outro importante conhecimento: quando ma erianea esté perturbada, a higica, regra geral, mio resultari enguanto nia as nectssidade emacionais da seu cérebre dirta. Chamnamses 4 Me a outra pessoa ¢ lhe permitmos «sentir-se reconhecida». ‘Quando pais ¢ filhos esto sintonizados uns com os outros, sentem que estio juntos, 2a ameicapie Somer fos a weatirem-se reconhecidoss antes de tentarmos rey) . eae aver problemas cu lidarcom asinmagiode formalégies. Fis como fay,” Passo I: ligar-se a0 cérebro direito Nanossa sociedad somos tteimalos para resolver as coisas das palavrase da Kigica, Porém, quando 0 nosso filho de quaten sy esti fuibundo porque nao consepue andar no tet0 como 0 Hong, ‘Aranha (como aconteceu uma vez.com 0 filho de Tina), talver scjaa melhor altura para the dar uma palestra sobre as leis da fg, E-quando 0 seu filho de onze anos se sente magoado porque pen, «que a irmi esti a receber um tratamento preferencial (comoo filha, Dan pensava de vez em quando), a tesposta adequada nio ¢ expla -the que trata todos os seus filhos da mesma maneira, Em vez disso, use essas oportunidades para perceber que, nesses momentos, a logica nio € 0 nosso principal vefculo para trazer i. ‘gum tipo de sanidade & conversa. (Parece contraintuitivo, no pare ‘2 Também é fundamental terem mente que, por muito absuntase frustrantes que as emocdes do nosso filho possam pareecr-nos, io reais ¢ importantes para ele, E vital que as tratemos assim. Durante a conversa que Tina teve com o filho, apclou ao cérebco direito reconhecendo as suas emogées. Também usou sinais nic -verbais, como 0 toque fisico, expressées faciais empiticas, um om de vor carinhoso, ¢ escurow-o sem fazer comentirios. Dito de out forma, usou o cérebro direito para se ligar ao cérebro direito do fo © comunicar com ele. Esta sintonizacio direito-com-direito ajudous ‘equilibrar o cérebro da crianca, ou a levé-la para um estado mais tegrado. Depois pode comecar a apelar ao seu cérebro esquerdo ¢ a dar com as questées especificas que ele referira. Por outras palav, _chegou 0 momento do Passo 2, que ajuda a integrar o hemistéro e co dircito, 12: rodineclomer coo 0 sigwerds ‘esponder com a cérebto direito, Tina pode rete?” e Redireciono-o explicando-Ihe de wma for™ Doss 6 Légica como se esforga para seF} ‘um bilhete enquanto ele dorme ¢ do provi festa de aniverstio« como toms oF eaaliio Ge cx as iecrtdos. (Algumas daquclas coisas foram ditas messa noite, mas a grande conversa acontecew no dia seguinte:) ‘Depois de ligar 0 seu cérebro direito a0 cérebro direito do filho, foi muito mais faci ligar 0 esquerdo a0 esquerdo © resolver 08 pro- bblemas de uma forma racional. Ao ligarse primeiro ao cérebro dieito do filho, ela conseguiu redirecomar com 0 cérebro esquerdo através de cexplcagoes lies e planeamento, que necessitavam da intervencio ido hemistério esquerdo. Esta abordagem permitiu que 0 filho wsas- ‘se 08 dais lados do cérebro de uma forma integrada ¢ coordenada. [Nao estamos a dizer que «ligar-se e redirecionar» resolveri todos » os problemas. Afinal de contas, hi: momentos em que a ctianga ja ul- srapassou 6 ponto de nao retorno eas ondas emocionais tém de re- ‘pentar até a tempestade passar. Talvez a crianga necessite apenas de ‘comer ou de dormir um pouco. Como Tina, o leitor poderi optar por ‘Gperar até o seu filho estar num estado de espirito ‘mais integrado spira conversar com ele de uma forma légica sobre as suas emogies ‘ecomportamentos. © Também nao recomendamos que seja permissive nem que esque- "clos limites que impés apenas porque o seu flho nio esti a pensar logicatnente. Regras sobre respeito ¢ bom comportamento no sio sdctadas pela janela s6 porquc'0 hemisfério esquerdo do eérebro da cerianga esta desligado. Por exemplo, todos os comportamentos que = sernartolAN"? EMVEZDEM ANDAR E EXIGIR pow Caxsnnon Pm novo a funcionar ¢ por con Ti como se fosse um nadador-salv ‘ihe. coloca os beagona volun dele aiaaeeeteePas See ‘antes de Ibe dizer para naio se afastar tanto da prOxima ver. ‘0 segredo neste cso & que, quando 0 seu ilbo eaves a afogar «se num dtivio emocional do eérebeo den fark um grande favor wr ea ele) ses liga anten de reditecionat. sts abordagem pode 2 2 on tibon de salvago para judara mantera-cabesa do seu filo \ a rona c evitar que va para o fundo com ele. Ca Estrategia do cérebro global n.° 2: fale para controlar ~ contar histérias para acalmar emocbes ei sane ps mes ajudar a erazer © hemis- fério esquetdo para a equacia, para que a crianga compreenda 0 que CS ae ‘af “a contar mais do. tt os , que mas da expe- Bella, por exemple, tinha nove anos quando a sanit Ee é que foi tio eficaz recontar o que The tinha acon Porque € que foi tio efic a Aeonteci, ae eaquendo €0 cérebro direto para que ela pudesse compreen, «que tinha acontecido. Quando Bella falou sobre 0 momento ex, a ga comego 4 eat no chio ¢ como se sent Preocupada ¢ sme os dois hemisfrios do eézebro stavam a teabalh jun, uma forma integrads. Ela envolveu o hemisferio esquerdo do cents ordenando os pormenotes ¢ expressando verbalmente a expen, em seuida usou o hemisfério dieito para revistar as emocie sents. Desta forma, Doug ajudou a filha a falar sobre 05 seus me eas suas emogées para os controlar. Talvez haja momentos em que os n03808 filhos niio querem conn a hiswia quando thes pedimos. Temos de tespeitar a sua vontae Tima das competéncias mais importantes que podemos ersn, sos nossos flhos € a tomarem boas decisGes em situagSes de en Goes fortes como a que Grant viveu Queremos que eles fagam um pasa antes de agit, que pensem nas consequéncias dos scus toy gi ponderem os sentimentos dos outros, que fagam julgamentos ev» ‘e momsis, Por vezes tém um comportamento que nos deixa orgulh» ‘sos. Outras vezes nfo. ‘0 que levaas criancas a fazerem escolhas.tio sensatas em determ: _naclos momentos ¢ tio més noutros? Porque é que certas situagoes 5 Jevam a dar palmadinhas nas costas dos nossos filhos ¢ outras nos -zem levar.as maos A cabega? Bem, hi algumas boas razdes, bascadis ‘que se passa pas partes mais altas€ mais baixas do eérebro das rane _AESCADARIA MENTAL: INTEGRAR © CEREBRO DO ANDAR DE CIMA E © CEREBRO DO ANDAR DE BANC falar sobre o cérebro de muitas mancitas. No Capit? nos dois hemisférios, o esquerdo © 0 diteito. AE” para ele de cima a baixo, ou, mis concrete 16s do chao e pane” cerebro 8°™ cowsrnors « BxcaDansn OA Men 10 pLANEAMEN! f — Bos Cortes pré-frontal ‘MEDO Pestanejar * a Amigdala ose es ttn its dt aime do pescogo até 20 nivel da cana do nariz. Os cienisins diaem 4 eas inferiores sio mais primitivas porque sio responsives “Wralas fungdes basicas (como respirar e pestanejat), pelas reages € 05 impulsos inaeos (como. mecanismo de lota ou fuga) ¢ pelas emo- fortes (como mvs e medo). Sempre que se encolhe por instinto ‘uma bola voa para as bancadas quando esti a ver ojogode fatebol 0 responsivel é 0 eérebro do andar de baixo. O mesmo ‘0 seu rosto fica vermelho de fia porque, depos -vinte minutos a convencer a sua filha de trés anos de que ‘ consultétio do dentista no é um sitio assustador, « higienists €o- tta.na sala ¢ anuncia a frente dela: Vamos te de lhe dar uma inieri0 pata anestesiar a boca» A sua miva ~ como.

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