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D.

Pedro, regente de Portugal é um poema que se insere na obra de Fernando Pessoa,


Mensagem. Faz parte da primeira parte - Brasão e está situado nas Quinas. D.Pedro era um
membro da "Ínclita geração" isto é filho de D. João I de Portugal e de Filipa de Lencastre. Este
poema insere-se então nas Quinas visto que nos fala sobre um dos cinco heróis sofredores
sendo este o assunto do mesmo.

Quanto à estrutura interna do poema, o poeta começa por descrever D. Pedro, sendo este um
homem honesto e inteligente que sabia aquilo que queria (vv. 1-2). Segundo o poeta D.Pedro
dava mais importância aos valores morais em relação aos valores materiais como a dignidade,
compromisso e justiça (vv. 3-4). Apesar de nunca ter sido rei, o poeta elogia-o como se o
tivesse sido (vv. 5-6). O poeta ainda afirma que nem o destino nem a sorte podiam proteger D.
Pedro pois o mesmo nunca foi rei (vv. 7-8). D. Pedro era um homem calmo e sereno, e assim
foi o seu modo de vida (vv. 9-10). O poeta termina o poema a elogiar D. Pedro como um
homem que cumpriu os seus deveres e foi fiel á palavra ,e mais só Deus (vv 11.12).

Quanto à divisão lógica, este poema, divide-se em duas partes, a primeira correspondente aos
versos 1-8, com a descrição de D.Pedro, e a segunda parte os versos 9-12, em que é feito o
elogio a D.Pedro e uma breve descrição do modo de vida do mesmo.

Quanto à análise externa o poema é composto por duas estrofes , cada uma com seis versos
hexassilábicos e decassilábicos, alternadamente, tem uma rima cruzada (ABAB; CDCD), é
composto pela rima pobre na primeira estrofe e pela rima rica na segunda estrofe;

Podemos ainda apontar três figuras de estilo no poema como a anáfora (v.6) existe a repetição
com objetivo de destacar a consistência da atitude de D. Pedro, um paradoxo, o autor afirma
que D.Pedro é grande, mas, na realidade, nunca o foi; (vv. 5-6) e uma personificação,
atribuição de características humanas ao “céu”; (v.10).

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