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+ Bras Hsia — vol. 4 — A Ex de Vargas — A. Mendes ETB. Maran forgs) + 8 Damo hos — tle Aino ‘ 1 Saniora Oar Passo Berger O GOLPE DE 1954: Colpo Primstos Passos A BURGUESIA CONTRA 10. ramca Wg eo Maar eo 10h Rot" neban Pomarces sted 198 Colpo Tudo 6 Metin 2 edigho + 0 Governo J. Kubitschek ~ Maran {0 Poputemo na America Latina ~ Maria igs Prado 1984 ip (01223 ~ r. general jardim, 160 ‘fo paulo ~ brasil INDICE Introdugdo 1 Critica algumas andlises do gotpe de 1954"... 9 © populismo, as classes sociais ¢ 0 golpe de a fu seondmica (1951-1930) a) A classe operéria desencadeia a crise smo 7 Abburocracia de 6 A burguesia e 0 imperialismo unem-se contra 0 populismo Concluséo Indicagdes para etura Estcentio fo escrito capeciaimeate para a esepSo Tudo UUNICAMP, 1976), fi fitanciada pela Fundagto de Am- pare Pesquisa do Estado de Sto Paulo — FAPESP. A Segunda pesquisa, eetunda no arquivo de documentos do movimento opeiro exstnte no Testo Maurice “Thorer de Pais fo pose pragas bls de stud que tvemos da Coordento do Aperfegoament de Pes Seal de Nive Superior CAPES. INTRODUCAO 'Nés iremos examinar, de maneira detalhada, ‘uma erise da politica populist. ‘Muitos autores consideram que o populismo nao existe e, por isso, tentam analisar a historia politica recente de nosso pals sem utilizar 0 conceito de popu- lismo, Outros estudiosos reconhecem a existéncia do ‘populism, mas possuem uma concepedo formalista ddesse fendmeno. Véem no populism uma pritica politica alheia &luta de classes, desprovida de conted- ‘doideolbgicoe conduzida por individuos carisméticos — Getilio Vargas, Janio Quadros et. 'Nosso estudo se contrapte a esses dois tipos de anélise, Partindo do trabalho de alguns autores que fstabeleceram as bases para uma anélise cient do populismo, nés examinaremos uma conjuntura historica especifiea com 0 objetivo de acrescentar alguns elementos que contribuam para provar: 1) impostivel analisar o bloco no poder e as crises polticas do perfodo 1930-1964 sem ter em conta 0 fenmeno do populismo; 2) que 0 populismo possui ‘um cariter de classe e € resultado, nilo das caracte- Fisticas pessoais deste ou daquele dirigente politico, mas, sim, de condiebes historicas particulares nas ‘quais se desenvolve aluta de classes. CRITICA A ALGUMAS ANALISES ‘DO GOLPE DE 1954 Getitio Vargas iniciou © seu tiltimo mandate presidencial em janeiro de 1951. Trés anos © meic ‘depois, em 24 de agosto de 1954, o ex-dirigente de Revolusto de 1930 ¢ ex-chefe da ditadura do Estade Novo foi deposto por um golpe de Estado. No mesm¢ dia 24 de agosto, ao invés de organizar a resisténcir ‘05 golpistas, Getélio Vargas suicidov-se. Foi ume apitulagto sem luta, Seus ex-companheiros de 0 ‘yerno, 0 Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), pel {qual Vargas elegera-se presidente, e o jornal Ultime Hora, porta-vor do governo Vargas junto 2 opinia« pblica, tampouco esbocaram qualquer rea¢i0 fpoipe de Estado, Ao contririo, esforgaram-se, con ‘astante esmero, para conter o protesto popular que na forma de quebra-quebras, alastrara-se por todo pals contra 0 novo governo. No inicio de setembro Armando Boto Jr. © governo Café Filho, constituido pelos golpistas, ‘estava consolidado no poder. 1) A ets politica desencadeada pela grande areve operiria de margo-abril de 1953 © 0 desfecho dessa ctise, 0 golpe de Estado de agosto de 1954, constituem 0 objeto deste nosso estudo. Tentaremos responder um conjunto de perguntas inter-relacio- nnadas: 1. quais interesses de classe © de fraglo sgoverno Vargas representava? 2. quais classes e fra- ‘qbes de classe integram a oposicio golpista? 3. com ‘Quais objetivos? 4. quem dirige a frente golpista? 5. como o golpe de Estado tornou-se possivel? Das cinco questdes enumeradas acima, as trés primeiras sto as mais importantes. Vejamos, endo, ‘como a bibliografia existente responde a essas trés {questoes. Isso permitiré confrontar a nossa proposta de anilise do golpe de 1954 com as teses existentes sobre o tema. 2) Existe uma primeira tese sobre o caréter do sgoverno Vargas e dos setores burgueses, represen- tados pela Unio Demoeratica Nacional (UDN), que Ihe faziam oposigio, que se encontra praticamente ‘esquecida hoje em dia. Trata-se da antiga tese defen- dida pelo Partido Comunista do Brasil até 0 final do ‘ano de 1954, jé que, no ano seguinte, os comunistas alteraram a sua antiga andlise. Segundo antiga tese dos comunistas, o governo Vargas seria “um inst ‘mento servil dos imperialistas norte-americanos’ conforme afirmagio de Diégenes Arruda, dirigente comunista, no jornal Voz Operéria de 6 de margo de 1954, Dessa Stica, a oposigio burguesa e pré-impe- 0 Golpe de 1954 rialista ao governo Vargas, capitaneada pela UDN € ‘por amplos setores da oficialidade, era colocada no ‘mesmo campo politico do governo contra o qual ela Tutava, Diferenciar-se-ia dele, apenas, pelo fato, irre- Tevante, de se constituir numa clique rival. Era o que assegurava o jomnal Noticias de Hoje, um difrio edi tado pelo Partido Comunista em Sio Paulo. Na sua cedigho de 12 de agosto de 1954, esse 6rgio comunista ‘firmava que a luta entre Vargas ¢ a UDN era uma “Tuta entre dois bandos perfeitamente idénticos” que Pagamentos, convertia a politica de industrializagio, Saalternatiaburguesa mais fier pars supers daqoela cre, E.claro, contudo, que a constituigio das eépulas daburocacacitile das Forgas Armadas, ov de seus Principas stores, em forga socal Industralista ‘io sgifica qe ess fore soil, assim cont 0 Golpe de 1954 possa dirigir a politica de industrializagto do Estado brasileiro, A média oficialidade do Exéreito, apoiada principalmente na classe média assalariada, agiu, através do movimento tenentista, como forca social antioligirquica ao longo de toda'a década de 1920, porém, nem por isso, logrou definir, ao longo dos ‘anos 20, a politica de desenvolvimento do Estado/A. bburoeracia de Estado, consttuida em forga social industrialist, s6logra obter a diregio da politica de desenvolvimento em razio da crise de hegemonia politica que a Revolugao de 1930 instaura no bloco Fe longo da Primera Replica. (18891930, a grande burgusia comercial exprtadorse impor. tatora deta hegemonia plies no sip do bloco no poder, Vale Gier,esta rag DorguesaIogra ‘etre implementa, através do contol do aP=- relho de Estado, uma pola de desenvolvimento (uma politica econémica e uma politica social) que Mende, prioniariaments, ao seus infereses expect feos defrag, rlegando um plano secundirio 0s intereses cxpecticos das Somals frases classes fuploradorss que exer 0 poder de Estado. A Segemonia politica da burguesa comercial € des truida om 1930, A este epsidio nfo corresponde, ontudo, x afimagao de uma nora frao burguesa fopemOnica, A dependéncia ds borgusia industial frente a imperiaimo ¢ bargueia comercial pede-a de atsumir a diegto do Estado, embora'¢ Pollen de desnverimente do ps0 forsee, pro. gressivamente, a posi¢do politica da inddstria no in- terior do bloco no poder. A partir de 1930, 0 que se verifica é uma situagio que perdurara até 1964, na ‘qual a correlasio politica de forgas entre as classes e fragbes dominantes apraxima-se de uma situacdo de ‘equilibrio. Nenbuma dessas classes ¢ fragies possi ccondigbes de definir, de acordo com os seus inte- estes especificos, a politica de desenvolvimento. Nos izemos, entio, que se instaura uma crise de hege- ‘monia no interior do bloco no poder. Nessas condi- ‘8es, a burocracia de Estado, apoiada em amplos setores das classes populares, pide manobrar entre ‘os interesses conflitantes das diversas fragBes burgue- sas, adquirindo, desse modo, a condicdo de defini, ‘em ditima instincia, a politica de desenvolvimento doEstado/ 2) Até aqui, ao caracterizarmos a politica © a ‘deotogia populistas no perigdo 1930-1964, tratamos, mais detidamente, da relagdo do populismo com a8 classes populares, Resta, agora, caracterizar melhor as diferenciagbes eos interesses existentes no interior das classes efragbes dominantes. Sem isso, nko pode remos entender de que maneira a burguesia une-5e contra a politica populista em 1954, No perfodo aberto pela Revolucto de 1930 e, particularmente, na fase representada pelo éltimo mandato presidencial de Gettlio Vargas, & possivel versio mudar de comportamento ¢ cede. Essas concessbes, porém, ndo representavam ‘medidas de defesa passiva, um recuo puro e simples fem funcdo da nova correlacao de forgas que a greve dos 300 mil comegara a estabelecer. O governo uli Tizava-as, na verdade, como expediente tético para simular solidariedade com a luta reivindicatéria dos ‘rabathadores. No dia 15 de junho de 1953, dia em 0 Golpe de 1954 ‘que Goulart assumin o Ministério do Trabalho, ti- vera inicio uma greve nacional de 100 mil maritimos ‘que paralisou os portos, etaleiros e navios mercantes de todo o pals. Dois dias apés 0 término dessa greve, Toko Goulart compareceu pessoalmente, no dia 29 de Junho, & sede do sindicato oficial dos operdrios na- vais. Nessa ocasifo, na qualidade de Ministro do ‘Trabalho, proferiu um discurso elogiando a “uni- dade demonstrada na greve dos maritimes, unidade ‘tho indispensivel ao desenvolvimento do sindicalismo brasileiro”. O leitor nfo deve perder de vista a functo ideotbgica dessa sibita declaragio de simpatia do -governo para com a luta popular. Dois meses depois ‘dessa declaracio, quando os. maritimes tentaram realizar uma segunda greve nacional, Goulart desen- ‘cadeou uma repressio brutal contra os trabalhadores ‘e conseguiu impedir a reslizago do movimento. Teve ‘cuidado, apenas, para resguardar a sua imagem de “defensor’ dos pequeninos", de tirar uma licen¢a temporaria e providencial do Ministerio, desapare- cendo de circulagio durante o perfodo em que as forcas policiais agiam contra os trabalhadores. ‘Mas, além da pressio reivindicat6ria, surgiam indicios de que alguns setores da classe operdria es- oravam um rompimento com a ideologia populista. Uma das manifestagdes da ideologia populista no seio das classes populares 0 apego ao sindicato oficial, ou de Estado. As classes populares aceitam 0 sindicato de Estado por entenderem que o Estado, ‘concebido como uma entidade protetora, deve-se in- ‘cumbir de organizar os trabalhadores em sindicatos. Armani Boia tr (O-Golpe de 1954 ao essa forma, esperam que o Estado assogure a uni- dade do movimento sindical, mantendo a unicidade sindical (sindicato nico imposto por le, fornega a0 sindicalsmo os meios matriis para a sua sobre- Vivéncia, através da arrecadacto, cetralizagho e dis: tebuigdo do imposto sindical. Dai o medo da liber dade de organizaco sndical, expresso na resis do dirt so resto plualismo snd «dees do impos |, com base no argumenta de que ot trabathadores slo ineapazes de Manter finance. mente, pela sua propria iicatva, os sindicato, ne cesta, entio, do socorre provdencial da ent- dade protetora dos “pobres” que seria 0 Estado, Pois bem, especialmente alguns setores prole- trios tomaram, na conjuntura de 1953-1954, algo- sas inicatvas que podiam indicar as demais classes Populares que o sindicato deveria ser organizado elas prOprias clases trabathadoras, dispensando 0 reconhecimento legal (oficializagao) do Estado, De fato, tanto a greve dos 300 mil operirios paulistas, quanto a greve nacional dos 100 mil martimos, que teve nos opeiris dos estaleros navals& mia prin inal fora, foram preparadas e dirigdas fora dos sindicats oficiis deses categoria. Os operirios erlaram, sob a orientagio do Partido Comunista do Brasil, centenas de comissSes de empresa e organi. zaram uma imprensasindical independent do sindi- cato oficial para centalizar esse trabalho de orga nizagdo nas bases. Jofo Amazonas, no artigo jc {ado,afirma que, apenas nas fabrcas da cidade de Sto Paulo, foram eriadas 500 comistes de empresa no decorrer dos meses que antecederam a greve dos 300 mil, Dennis L. Barsted, em sew livro sobre a ‘greve nacional dos maritimos, mostra que o jornal ‘Orla Maritima, mantido pelos trabathadores que se ‘organizavam fora dos sindicatos oficiais do setor © ‘sob a direcio dos comunistas, tirava, regularmente, 10 mil exemplares por edigio. Foi, portanto, com base nesse sindicato livre (08 populistas de hoje em. dia prefeririam usar o termo pejorativo de “sindicato paralelo”) que os operirios organizaram os dois movimentos grevistas mais importantes daquela con- juntura, (© governo tinha de abortar, a todo custo, esse esboro de rompimento com a ideologia populista, ‘Mas ele nto podia, simplesmente, reprimir a inicis ‘iva sindical independente das massas. A radicali- zagio do populismo visava sufocar 0 movimento de ‘massa de uma maneira especifica: de maneira a re- ‘compor a base de sustentacio da politica populista do governo, Desse modo, © governo iré combinar a repressio de carater exemplar contra essas iniciativas. ‘populares que fuigiam do coatrole da politica popu- Tista com a premiagao dos setores populares que se ‘mantinham submissos ao sindicato de Estado. Con- cretamente, Goulart tratou de expandir, fortalecer © prestigiar o sindieato oficial: aparelho cuja fun¢ao fundamental e geral é a de permitir 0 controle pol tico do Estado burgués sobre a luta sindical das ‘massas e que, nas condides particulares do bloco no poder vigente até 1964, servia, ademais, como instrumento de ligacto orginica entre a forca social dirigente da politica populista, a burocracia de Es- tado, ¢ 0s setores populares penetrados pela ideolo- ia populista pequeno-burguesa. No seu diseurso de ‘posse no Ministério do Trabalho, Goulart conclamou No proletariado (a se uni) através das célulasvivas © ‘palpitantes do seu organismo que so os sindicatos”. Ele se referia, € claro, aos sindicatos oficiais. Em seguida, Goulart deu inicio a organizacao de sindica- tos oficiais no campo, abrindo uma nova frente de uta pelo controle-integraglo politica das classes populares. Tratou de garantir a participagio dos Girigentes dos sindicatos oficiais na comisso que estudava oreajuste do salério minimo e tentou, nesse caso sem sucesso, atribuir a0s sindicatos oficiais a funcdo de fiscalizar a aplicagio de certas medidas ‘governamentais, como o tabelamento de pregos. Se esquecfssemos 0 cardter e as fungdes do sin- icato de Estado e a atividade sindical independente que os operirios comegavam a empreender, esas it ‘iativas de Goulart poderiam parecer vantajosas para 05 trabalhadores. De resto, atf os dias de hoje, a ‘maioria das correntes sindicais, ainda saudosas dos ‘governos populistas, lutem, exatamente, para obter aquilo que Goulart dispunha-se a fazer na conjun- tura de 1953-1954. Mas o conteddo da politica de Goulart era apenas um: fortalecer 0 sindicato de Es tado, recompore fortalecer o populismo e abortar a iniciativa independente das massas. 4) Quais eram as possiblidades de o governo ‘obter sucesso na sua tentativa de recompor a sua base social através da radicalizagdo do populismo? No plano ttico, as dificuldades que © governo cenfrentava eram muito grandes. A pressto reivindi- ‘atria das classes populares vinha crescendo desde a igreve dos 300 mil. N6s jé nos referimos ao fato de ‘Que, apenas dois meses ap6s a greve operiria de Sto Pano, os maritimos haviam sustentado a primeira ‘reve nacional do setor. E essas duas grandes greves 0 ano de 1953 no constitulam um fato isolado. ‘0s dados apresentados pela revista Le Mow vement. Syndical Mondial, em seus exemplares, de rmargo de 1953, de abril de 1954 e de margo de 1955, ‘ontmero de trabalhadores grevistas, que no ultra- passara a casa dos 300 mil no decorrer do ano de 1951, salta para 800 mil no ano de 1953. Em 1954, essa fendéncia acentua-se, pois, apenas de janeiro ‘outubro desse ano, entraram em greve nada menos ‘Que um milhio e 600 mil trabalhadore, isto é, exa- tamente 0 dobro do nimero de grevistas de todo 0 ‘ano anterior. ‘Além do ascenso da luta grevista, © governo defrontava-se com a oposicto do Partido Comunista do Brasil e de indimeras diretorias de sindicatos ofi- ‘iais que, principalmente quando se encontravam sob a influgneia dos comunistas, negavamse a cola~ borar com 0 governo Vargas e com seu Ministro do ‘Trabalho, Esses setores tentavam desmascarar a nova politica que o governo adotara apés a greve dos 300 mil. E bastante ilustrativo, nesse sentido, 0 edi- torial do exemplar de nsimero 50, publicado em agos- to de 1953, do érgio sindical Fotha Bancéria: “Nao conseguindo éxito pela violéacia, vem agora 0 g0- Armand Boi (0 Golpe de 1954 verno mudando de titica. Procura cercear os direitos dos sindicatos, especialmente os mais ativos © mais fortes, (cercando-os) de um ambiente de camarada- ‘gem, de convites constantes para a participago em ‘almogos, em reunibes e até acenando com a entrega ‘de alguns postos aos mesmos. A primeira vista, pa rece que a politica governamental em relacio 205 trabalhadores modificou-se radicalmente. Porém, se ‘hd algum dirigente sindicaliludido pela nova politica do governo, que atente para as leis em trinsito pela Camara dos Deputados e no Senado e verfique se clas correspondem 4s nossas necessidades". ‘A pressfo e a insatisfagdo popular forcavam 0 sgoverno a avangar, perigosamente, na sua politica de ‘oncessdes, de radicalizacao verbal e de estimulo & atividade sindical no interior dos sindicatos oficias. Colocava-o no limite além do qual as suas contradi- ‘gées com a burguesia industrial poderiam atingir um ‘Ponto de ruptura. Porém, apesar dessa enorme difi- tuldade no plano tético, a politica de radicalizagio {0 populismo dispunha, contudo, de um importante ‘runto frente as classes populares. E que, embora 0 ‘movimento popular tenha-se mostrado capaz de pro- ‘yocar, com a sua luta reivindicatéria, a crise da poli- tica populista do governo Vargas, nem por isso ele se mostrava em condigBes de romper de mancira mas~ siva ¢ aberta com a ideologia populista. Nos nio

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