Resistência

(Música: ¡Efecto! Letra: Gustavo Wildes)

Cubram de açúcar os caixões no Nordeste

Apaguem com borracha os índios em Manaus
Tapem com algodão cicatrizes do Norte
A morte é celebrada com café e cacau.

12 Capitães pra 12 cemitérios...

Como não ver? Como ser conivente?
12 Capitães pra 12 cemitérios...
Como não ver? Como não ver? Como...

Quanto mais e mais cobiçado

e mais lucrativo aos reis do mercado
maior é a desgraça que um produto atrai
ao povo sofredor que o tem cultivado!

Reinos e impérios foram levantados,

à base de suor e sangue escravizado,
que o grito de guerra passe da fronteira:
Criem sua Bandeira!

Resistência! (Criem resistência)

Resistência! (Criem resistência)

A nova encomenda não se trata de índios!

A nova escravidão não se trata de negros!

12 Capitães pra 12 cemitérios...

Como não ver? Como ser conivente?
12 Capitães pra 12 cemitérios...
Como não ver? Como não ver? Como...

Quanto mais e mais necessária,

e mais lucrativa a indústria monetária,
maior o sofrimento que a máquina atrai,
ao povo sofredor de vida precária!

Muitos latifúndios, poucos proprietários.

Poucos cemitérios, muitos operários.
Que o grito de guerra passe da fronteira:
Criem sua bandeira!

Resistência! (Criem resistência)

Resistência! (Criem resistência)

Camponês, Índios, Operários: Criem sua bandeira!

Camponês, Negros, Operários: Criem sua bandeira!
Camponês, Pobres, Operários: Criem sua bandeira!
Camponês, Prole, Operários: Criem sua bandeira!

Criem sua bandeira! (4x)