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081082022 09:59, pi09%6 Presidéncia da Republica Secretaria-Geral Subchefia para Assuntos Juridicos DEGRETO N° 10.936, DE 12, DE JANEIRO DE 2022 Regulamenta a Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, ue institui a Politica Nacional de Residuos Sélidos. © PRESIDENTE DA REPUBLICA, no uso das atribuiges que Ihe confere o art. 84, caput, incisos IV e VI, alinea “a’, da Constitigao, e tendo om vista 0 disposto na Lei n? 12.308, de 2 de agosto de 2010 DECRETA TiruLo| DISPOSIGOES PRELIMINARES Art. 1° Este Decreto regulamenta a Politica Nacional de Residuos Sélidos, institulda pela Lei n® 12,305, de 2 de agosto de 2010. Pardgrafo Unico. A Politica Nacional de Residuos Sélidos integra a Politica Nacional do Melo Ambiente e articula- se com as diretrizes nacionais para o saneamento basico © com a politica federal de saneamento basico, nos termos do disposto na Lei n® 11.445, de 5 de janeiro de 2007. Art. 2° O disposto neste Decreto aplica-se as pessoas fisicas ou juridicas, de direito piiblico ou privado: | -responsaveis, direta ou indiretamente, pela geragao de residuos sélidos; © Il- que desenvalvam ages relacionadas a gestdo integrada ou ao gerenciamento de residuos sdlidos. TITULO DAS RESPONSABILIDADES DOS GERADORES DE RESIDUOS SOLIDOS E DO PODER PUBLICO CAPITULO | DISPOSICOES GERAIS Art,3°_ Os fabricantes, os importadores, os distribuidores, os comerciantes, os consumidores ¢ 0s titulares dos servigos pilblicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos sao responsaveis pelo ciclo de vida dos produtos. Paragrafo unico, A responsabilidade compartihada sera implementada de forma individualizada e encadeada. Art.4° Na hipétese de haver sistema de coleta seletiva estabelecida pelo plano municipal de gestéo integrada de residuos sélidos ou sistema de logistica reversa a que se refere o art. 18, o consumidor devera: | - acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os residuos sélidos gerados; ¢ Il- disponibilizar adequadamente os residuos sélidos reutilizaveis @ reciclaveis para coleta ou para devolugao. Art.5° O disposto noart. 4° no isenta o consumidor de observar as regras previstas na legislago do titular do servigo pilblico de limpeza urbana e manejo de residuos sélidos referentes: | - 20 acondicionamento; Ila segregagao; e Ill -& destinagao final dos residuos. Art.6® © Poder Public, 0 setor empresarial e a sociedade séo responsaveis pela efetividade das agdes destinadas a assegurar a observancia a Politica Nacional de Residuos Sélides e ao disposto na Lei n® 12.305, de 2010, e neste Decreto, ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 +120 081082022 09:59, pi09%6 Art.7° © disposto no art. 32 da Lei n® 12,305, de 2010, nao se aplica &s embalagens de produtos destinados exportagao. Pardgrafo tinico. Na hipétese prevista no caput, o fabricante atendera s exigéncias do pals importador. CAPITULO II DA COLETA SELETIVA Art. 8° A coleta seletiva sera realizada em conformidade com as determinagées dos titulares do servigo piblico de limpeza urbana e de manejo de residues sélidos, por meio da segregacao prévia dos referidos residuos, de acordo com sua constituigdo ou sua composi¢ao. § 1° O sistema de coleta seletiva, de acordo com as metas estabelecidas nos planos de residuos sélidos: | - sera implantado pelo titular do servigo puiblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos; II estabelecerd, no minimo, a separagao de residuos secos e organicos, de forma segregada dos rejeitos; © IIl- sera progressivamente estendido a separagdo dos residuos secos em suas parcelas especificas. § 2° Para fins do disposto neste artigo, os geradores de residuos sdlidos deverdo segregé-los e disponibilizé-los adequadamente, na forma estabelecida pelo titular do servigo pubblico de limpeza urbana e de manejo de residuos solids. Art.9° Os titulares do servigo piiblico de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, em sua area de abrangéncia, estabelecerao os procedimentos para o acondicionamento adequado e para a disponibilizagéo dos residuos sélidos objeto da coleta seletiva. Art.10. 0 sistema de coleta seletiva de residuos sélidos priorizard a parlicipacao de cooperativas ou de outras formas de associagdo de catadores de materiais reutiizaveis © reciclaveis constituidas por pessoas fisicas de baixa renda, Art. 11. A coleta seletiva sera implementada sem prejuizo da implementagao e operacionalizagao de sistemas de logistica reversa CAPITULO III DA LOGISTICA REVERSA Segaol Do Programa Nacional de Logistica Reversa ‘Art. 12. Fica instituido o Programa Nacional de Logistica Reversa, integrado ao Sistema Nacional de Informagées Sobre a Gestdo dos Residuos Sélidos - Sinir e ao Plano Nacional de Residuos Solidos - Planares. § 1° O Programa Nacional de Logistica Reversa 6 instrumento de coordenagao e de integragao dos sistemas de logistica reversa e tem como objetivos: |= oimizar a implementagao e a operacionalizagao da infraestrutura fsica e logistica; Il- proporcionar ganhos de escala: & I= possibiitar a sinergia entre os sistemas. § 2° © Programa Nacional de Logistica Reversa seré coordenado pelo Ministério do Meio Ambient. § 3° Ato do Ministério do Meio Ambiente estabeleceré os crilérios e as diretrizes do Programa Nacional de Logistica Reversa. Art. 13. A logistica reversa é instrumento de desenvolvimento econémico e social caracterizado pelo conjunto de ag6es, de procedimentos © de meios destinados a viabilizar a coleta © a restituigao dos residuos sdlidos ao setor empresarial, para reaproveltamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou para outra destinagao final ambientalmente adequada Art. 14. Os fabricantes, os importadores, os distribuidores os comerciantes dos produlos a que se referem os incisos I ll, V Vi.do caput do art. 33 da Lei n® 12.305, de 2010, @ dos produtos © das embalagens de que tratam os incisos |e IV do caput e 0 § 1° do art. 33 da referida Lei deverdo: ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 2120 081082022 09:59, pi09%6 | - estruturar, implementar e operar os sistemas de logistica reversa, por meio do retomo dos produtos e das embalagens apés 0 uso pelo consumidor, ¢ II assegurar a sustentabilidade econdmico-financeira da logistica reversa § 1° Para fins do disposto no caput, os fabricantes, os importadores, os distribuidores e os comerciantes ficam responsaveis pela realizag4o da logistica reversa no limite da propor¢do dos produtos que colocarem no mercado intemo, conforme metas progressivas, intermediarias e finais estabelecidas no instrumento que determinar a implementagao da logistica reversa. § 2° Na implementagao e na operacionalizagao do sistema de logistica reversa, poderao ser: | - adotados procedimentos de compra de produtos ou de embalagens usadas; & II -instituides postos de entrega de residuos reullizavels e reciclaveis. § 3° As cooperativas e as associagdes de catadores de materiais reciclaveis poderdo integrar o sistema de logistica reversa de que trata o caput: | - desde que sejam legalmente constituidas, cadastradas e habilltadas, nos termos do disposto nos art. 40 e ar. 420 Il = por meio de instrumento legal firmado entre a cooperativa ou a associagio e as empresas ou entidades ‘gestoras para prestagao dos servicos, na forma prevista na legislagao. § 4° Na hipétese de a importagéo dos produtos de que trata este artigo ser realizada por terceiro, nas modalidades por conta e ordem e por encomenda, na qual a mercadoria importada seja repassada ao adquirente ou a0, encomendante, conforme 0 caso, e este se configure como o real destinatario do produto, a estruturagdo, a implementagao e a operacionalizagao do sistema de logistica reversa de que trata o caput serdo de responsabilidade do adquirente ou do encomendante do produto, de acordo com a modalidade contratada, conforme estabelecido em regulamentos especificos. § 5° A empresa terceirizada contratada para efetuar a importagio deve apresentar, por meio eletrénico, ao érgo de controle a cépia do contrato firmado entre as partes e do termo aditivo, quando houver, que caracterize a vinculacao da entrega das unidades importadas & empresa contratante, com mengdo @ responsabilidade do adquirente ou do encomendante pelo cumprimento da legistagao que trata do sistema de logistica reversa. § 6° Na hipétese de inobservancia ao disposto no § 5°, a empresa terceirizada contratada para efetuar a importagao observara o disposto no caput quanto a estruturagao, a implementagao e a operacionalizagao do sistema de logistica reversa § 7° A empresa importadora terceirizada incluiré na declaracao de importagdo, para as autoridades competentes a informagao do responsével por estruturar, implementar e operacionalizaro sistema de logistica reversa do importador, conforme definido em contrato, na forma prevista no § 4°. Art. 15. Os sistemas de logistica reversa deverdo ser integrados ao Sini contado da data de publicagao deste Decreto. no prazo de cento e citenta dias, § 1° Fica instituido 0 manifesto de transporte de residuos, documento autodeclaratorio © valido no territério nacional, emitido pelo Sinir, para fins de fiscalizacao ambiental dos sistemas de logIstica reversa de que trata o art. 14. § 2° Além das informagSes sobre o transporte de residuos, os responsaveis pelos sistemas de logistica reversa integrardio e manterao atualizadas as informagées, entre outras solicitadas pelo Ministério do Meio Ambiente, sobre: | -a localizagao de pontos de entrega voluntaria; I-08 pontos de consolidacao; ¢ IIl- 0s resultados obtidos, consideradas as metas estabelecidas. § 3° Ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente poderé definir as normas e os critérios para atendimento ao disposto neste artigo. Art, 16, A fiscalizagao do cumprimento das obrigagées previstas em instrumentos de logistica reversa cabera aos 6rgaos executores, seccionals e locais do Sistema Nacional do Meio Ambiente - Sisnama, estabelecidos pela Lei n° 6,938, de 31 de agosto de 1981, e pelos seus regulamentos, sem prejuizo do exercicio das competéncias de outros ‘rgaos e entidades publicos. ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 3120 081082022 09:59, pi09%6 Art. 17. 0 sistema de logistica reversa de agrot6xicos, seus residuos e suas embalagens, observaré o disposto em legislaco especifica sobre a matéria. Segao Il Dos instrumentos e da forma de implantagao da logistica reversa Art, 18, Os sistemas de logistica reversa serao implementados © operacionalizados por meio dos seguintes instrumentos: |--acordos setoriais; Il-regulamentos editados pelo Poder Publico; ou Ill-termos de compromisso. § 1° Os instrumentos de que trata o caput dispordo, no minimo, sobre: | - definigoes IN objeto; IIL - estruturagao da implementacao do sistema de logistica reversa; 1V-- operacionalizagao do sistema de log(stica reversa e do seu plano aperativo; V- financiamento do sistema de logistica reversa; VI- govemanga para acompanhamento de performance; VII- entidades gestoras; VIII - forma de participagao dos consumidores no sistema de logistica reversa; IX - obrigagées dos fabricantes, dos importadores, dos distribuidores e dos comerciantes; X- planos de comunicagao e de educagéo ambiental; XI- objetivos, metas e cronograma; XII - monitoramento e avaliagao do sistema; Xill -viabilidade técnica e econémica do sistema de logistica reversa; @ XIV - gestio de riscos e de residuos perigosos. § 2° As propostas de acordo setorial e de termo de compromisso serao acompanhadas: |-dos atos constitutivos das entidades participantes e da relacao dos associados de cada entidade, se for 0 caso; I-dos documentos comprobatérios de identificagdo © qualificagdo dos representantes @ dos signatarios da proposta e cépia dos respectivos mandatos; e Ill-da cépia de estudos, de dados e de informagdes que embasarem a proposta. §3° Os instrumentos de que trata o caput serao avaliados com, no minimo, cento @ oitenta dias de antecedéncia ‘quanto ao prazo estabelecido no instrument ou em termo aditivo correspondente, Art. 19, Os instrumentos de que trata o ar, 18 estabelecidos: |= em Ambito nacional prevalecem sobre os firmados em ambito regional, dstital ou estadual: © II em ambito regional, dstital ou estadual prevalecem sobre as firmados em Ambito municipal. Pardgrafo Unico, Os instrumentos de que trata o art. 18 com menor abrangéncla geogrdtica | nao alteram as obrigagSes dos fabricantes, dos importadores, dos distrbuidores e dos comerciantes na forma prevista no art. 14; @ ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 4120 081082022 09:59, pi09%6 l= devem ser compativeis com as normas previstas em acordos setoriais, regulamentos e termos de compromisso estabelecidas com maior abrangéncia geografica. Art.20. Os sistemas de logistica reversa serdo estendidos, por meio da utilizagdo dos instrumentos previstos no art. 18, aos: | - produtos comercializados em embalagens plastica, metdlicas ou de vidro; € II demais produtos e embalagens, considerados prioritariamente o grau e a extensdo do impacto a satide publica a0 meio ambiente dos residuos gerados, § 1° Ato do Ministério do Meio Ambiente definird os produtos e as embalagens a que se refere o caput. § 2° Para fins do disposto no § 1°, serdo ouvidos previamente: | -0 Ministério da Saude; Il-0 Ministério da Agricultura, Pecudria e Abastecimento; IIL- 0 Ministério da Economia; e IV - 0 Ministério do Desenvolvimento Regional. § 3° Os drgaos a que se refere 0 § 2° terdo 0 prazo de trinta dias para se manifestar, contado da data de envio de oficio pelo Ministério do Meio Ambiente por meio eletrénico. ‘Subsegao I Dos acordos setoriais Art.21. Os acordos setoriais a que se refere o inciso | do caput do art. 18 sao atos de natureza contratual, firmados entre o Poder Puiblico e os fabricantes, os importadores, os distribuidores ou os comerciantes, com vistas & implantacao da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto. Art. 22. A implementagao ou 0 aprimoramento de sistema de logistica reversa por meio de acordo setorial de Ambito nacional observaré 0 seguinte procedimento: |= apresentagao de proposta formal pelos fabricantes, pelos importadores, pelos distribuidores ou pelos comerciantes dos produtos e das embalagens a que se refere o art. 14, a0 Ministério do Meio Ambiente, com as informagées estabelecidas no § 1° do art. 18 e os documentos de que trata o § 2° do referido artigo; II submissao da proposta consulta pitblica, pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo prazo de trinta dias, contado da data da sua divulgagao; IIL- oitiva dos érgaos federais com competéncias relacionadas matéria, apés 0 encerramento da consulta publica de que trata 0 inciso II, que deverao se manifestar no prazo de trinta dias; © IV - consolidagao e andlise das manifestagées a que se refere o inciso Ill e das contribuigdes recebidas por meio da consulta publica, pelo Ministério do Meio Ambiente, que podera: a) aceitar a proposta, hipétese em que convidard os representantes do setor empresarial para assinatura do acordo setorial, com a publicagao de seu extrato no Diario Oficial da Unido; ») solicitar aos representantes do setor empresarial a complementagao ou o ajuste da proposta de acordo setorial, com subsequente encaminhamento para a hipétese prevista na alinea “a ou “c"; ou ©) determinar o arquivamento do processo, quando nao houver consenso na negociagao do acordo. Subsecao Il Do regulamento Art.23. A logistica reversa podera ser implementada ou aprimorada diretamente por meio de regulamento editado pelo Poder Executivo Art, 24, A implementagao ou 0 aprimoramento de sistema de logistica reversa por meio de regulamento editado pelo Poder Executivo federal observara o seguinte procedimento: | - elaboragao de proposta de regulamento pelo Ministério do Meio Ambiente, com as informages estabelecidas. no § 1°do art. 18; ww planato.gov.rieciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/010996.ntmart91 20 081082022 09:59, pi09%6 II- submissdo da proposta & consulta pilblica, pelo Ministério do Meio Ambiente, pelo prazo de trinta dias, contado da data da sua divulgagao; Ill - oitiva dos érgaos federais com competéncias relacionadas A matéria, apés o encerramento da consulta piiblica, que deverdo se manifestar no prazo de trinta dias; @ IV - consolidagao ¢ andlise das manifestagdes dos érgaos federais com competéncias relacionadas 4 matéria a que se refere o inciso Ill e das contribuigses recebidas por meio da consulta publica, pelo Ministério do Meio Ambiente, que podera: a) ajustar @ encaminhar a proposta de regulamento ao Presidente da Repiblica; ou ) determinar o arquivamento do proceso, na hipétese de concluir pela inviabilidade da proposta. § 1° Os fabricantes, os importadores, 05 distribuidores ¢ os comerciantes devergo apresentar, no prazo estabelecido para a realizago da consulta publica, estudo de viabilidade técnica e econémica do sistema de logistica reversa objeto do regulamento, de forma a contribuir para o aprimoramento da proposta. § 2° O estudo de que trata 0 § 1° nao vincula a decisao final do Ministério do Meio Ambiente ¢ a auséncia de seu envio, no prazo estabelecido, nao obsta a continuidade do procedimento previsto no caput ou a edicao do regulamento. Subsegao Ill Dos termos de compromisso Art.25. © Poder Pliblico podera firmar os termos de compromisso de que trata 0 inciso Ill do caput art. 18 com os fabricantes, os importadores, os distribuidores ou os comerciantes a que se refere o art. 14, com vistas ao estabelecimento de sistema de logistica reversa: | - nas hipéteses em que ndo houver, na mesma Area de abrangéncia, o acordo setorial ou o regulamento especifico de que trata o art. 18, nos termos do disposto neste Decreto; ou Il - para 0 estabelecimento de compromissos e metas mais exigentes do que aqueles previstos no acordo setorial ‘0u no regulamento de que trata o art. 18. Art. 26. A implementacao ou o aprimoramento de sistema de logistica reversa por meio de termo de compromisso de mbito nacional observaré o seguinte procedimento: | ~ apresentagao de proposta formal pelos fabricantes, pelos importadores, pelos distribuidores ou pelos comerciantes dos produtos e das embalagens a que se refere o art. 14, a0 Ministério do Melo Ambiente, com as informagoes estabelecidas no § 1° do art, 18 © os documentos de que trata 0 § 2° do referido artigo; Il- citiva dos érgos federais com competéncias relacionadas a matéria, que deverdo se manifestar no prazo de quinze dias; e IIL- andlise das manifestagdes a que se refere o inciso I, pelo Ministério do Meio Ambiente, que podera: a) aceltar a proposta, hipétese em que convidara os representantes do setor empresarial para assinatura do termo de compromisso, com a publicagao de seu extrato no Diario Oficial da Uniao; b) solicitar aos representantes do setor empresarial a complementacao ou 0 ajuste da proposta de termo de compromisso, com subsequente encaminhamento para a hipdtese prevista na alinea “a” ou “c’; ou ©) determinar 0 arquivamento do processo, quando nao houver consenso na negociagao do termo de compromisso. Pardgrafo tnico, Os sistemas de logistica reversa estabelecidos por termo de compromisso nao sero precedidos de consulta piblica ‘Subsecdo V Da isonomia Art, 27. Fica assegurada a isonomia na fiscalizagao e no cumprimento das obrigagdes imputadas aos fabricantes, aos importadores, aos distribuidores e aos comerciantes de produtos, de seus res{duos e de suas embalagens sujeltos & logistica reversa obrigatéria, Art. 28. Os fabricantes, os importadores, os distribuidores @ os comerciantes de produtos, de seus residuos ¢ de suas embalagens aos quais se refere o caput do art, 33 da Lei n° 12.305, de 2 de agosto de 2010, e de outros produtos, de seus residuos ou de suas embalagens que sejam objeto de logistica reversa na forma prevista no § 1° do referido wen planato.gov.r/civ_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.ntmiar91 6120 081082022 09:59, pi09%6 artigo, nao signatarios de acordo setorial ou termo de compromisso firmado com a Uniao deverdo estruturar © implementar sistemas de logistica reversa, consideradas as obrigagées Imputavels aos signatérios e aos aderentes de acordo setorial ou ao termo de compromisso firmado com a Unido, § 1° As obrigacdes a que se refere o caput incluem os dispositives referentes: | - 8 operacionalizagao, aos prazos, as metas, aos controles e aos registros da operacionalizagao dos sistemas de logistica reversa; Il-aos planos de comunicagao, as avaliagdes @ ao monitoramento dos sistemas de logistica reversa; @ Ill - 5 penalidades e as obrigagdes especificas imputavels aos fabricantes, aos importadores, aos distribuidores & aos comerciantes. § 2° Eventual reviséo dos termos & das condiges previstos em acordo setorial ou em termo de compromisso firmado com a Unido, consubstanciada em termos aditivos e que altere as obrigagdes de que trata este artigo, sera atendida pelos fabricantes, pelos importadores, pelos distribuidores e pelos comerciantes a que se refere o caput. Art. 29. Na hipétese de descumprimento das obrigagées previstas em acordo setorial ou em termo de compromisso de que trata o art. 18, inclusive daquelas decorrentes do disposto no art. 28, seréo aplicadas aos signatarios, aos aderentes e aos nao signatarios as penalidades previstas na legislagao ambiental. TITULO IN DAS DIRETRIZES APLICAVEIS A GESTAO E AO GERENCIAMENTO DOS RESIDUOS SOLIDOS: Art.30. Na gestio e no gerenciamento de residuos sdlidos, serd observada a seguinle ordem de prioridade: | -no geragao de residuos sélidos; Il - redugao de residuos sélidos; Il - reutilzagéo de residuos sélidos; IV -reciclagem de residuos s6ldos; V-- tratamento de residues sélidos; & VI- disposigéo final ambientalmente adequada dos rejeitos. § 1° A sustentabilidade econémico-financeira dos servigos de limpeza urbana e de manejo de residuos sdlidos serd assegurada por meio de instrumento de remuneragéo, com cobranga dos usuérios, garantida a recuperagéo dos custos decorrentes da prestacao dos servigos essenciais @ especializados. § 2° Na gestio © no gerenciamento de residuos sélidos, serdo incentivados o desenvolvimento cientifico tecnolégico, a inovagao © 0 empreendedorismo, de forma a desenvolver a cadeia de valor dos residuos sdlidos. Art. 31. A recuperagao energética dos residuos sélidos urbanos a que se refere a § 1° do art. 9° da Lei n® 12,305, de 2010, qualificados nos termos do disposto na alinea “c’ do inciso | do caput do art. 13 da referida Lei, sera disciplinada, de forma especifica, em ato conjunto dos Ministros de Estado do Meio Ambiente, de Minas e Energia e do Desenvolvimento Regional. Paragrafo Unico. O disposto neste artigo nao se aplica ao aproveitamento energético dos gases gerados na biodigestao e na decomposigao da matéria organica dos residuos sdlidos urbanos em aterros sanitarios. Art.32. Compete ao Distrito Federal aos Municipios a gestdo integrada de residuos sélidos gerados em seus terrtérios, sem prejuizo do exercicio das competéncias de controle e de fiscalizagao dos érgaos federais e estaduais do Sisnama,, do Sistema Nacional de Vigilancia Sanitaria - SNVS e do Sistema Unificado de Atencéo & Sanidade ‘Agropecuaria - Suasa e da responsabilidade do gerador pelo gerenciamento de residuos, nos termos do disposto na Lei no 12.305, de 2010, Art. 33. Observado 0 disposto na Lei n’ 12,305, de 2010, e neste Decreto, compete aos Estados e ao Distrito Federal | - promover a integragao da organizagao, do planejamento e da execugdo das fungées pliblicas de interesse comum relacionadas a gestao dos residuos sélidos nas regides metropolitanas, aglomeragdes urbanas @ microrregiées, nos termos do disposto na lei complementar a que se refere 0 § 3° do art. 25 da Constitul ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 120 081082022 09:59, pi09%6 Il controlar e fiscalizar as atividades dos geradores de residuos sélidos sujeitas a licenciamento ambiental pelo 6rgo estadual ou distrital do Sisnama; e IIL - incentivar a regionalizagao dos servigos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos, por meio de consércios piblicos e arranjos de prestagdo regionalizada, nos termos do disposto no inciso VI do caput do art. 3° da Lei n° 11.445, de 2007, principalmente quanto implantagao de unidades regionalizadas, que atendam a mais de um Municipio, para a destinago final ambientalmente adequada de residuos em seu territério. Art,34, Os geradores de residuos sélidos deverdo adotar medidas que promovam a reducdo da geracao dos residuos, principalmente dos residuos perigosos, na forma prevista nos planos de residuos sélidos de que trata o art. 44 e a legislagao aplicavel. Art. 36. Observard o estabelecido nas normas do Sisnama, do SNVS e do Suasa o gerenciamento: | - de residuos sélidos presumidamente veiculadores de agentes eliolégicos de doengas transmissiveis ou de pragas; Il de residuos de servigos de transporte gerados em portos, em aeroportos e em passagens de fronteira; e Ill - de material apreendido proveniente do exterior. TITULO IV DA PARTICIPAGAO DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLAVEIS E REUTILIZAVEIS Art.36. © sistema de coleta seletiva de residuos sélidos priorizaré a participagao de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutiizaveis e recicléveis, constituidas por pessoas fisicas de baixa renda, com vistas | - 8 formalizagao da contratagao; II a0 empreendedorismo; Ill -& inclusdo social; e IV--& emancipagao econdmica Paragrafo nico. A participagao de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e de reciclaveis em sistemas de logistica reversa observara o disposto no § 3° do art. 14. Art.37. Os planos municipais de gestdo integrada de residuos sélidos definiréo programas e agées para a participacao dos grupos interessados, em especial das cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis reciclaveis constituldas por pessoas fisicas de baixa renda, Art.38. As agées desenvolvidas pelas cooperativas ou por outras formas de associagao de catadores de materiais reutilizaveis e reciclaveis, no ambito do gerenciamento de residuos sélidos das atividades a que se refere o art. 20 da Lei n® 12.305, de 2010, deverdo estar descritas, quando couber, nos planos de gerenciamento de residuos sélidos. Art. 39, As politicas puiblicas destinadas aos catadores de materiais reutlizaveis e recicléveis deverao observar: |-a possibilidade de dispensa de licitagao, nos termos do disposto no inciso XXVil do caput do art, 24 da Leiin® 8,666, de 21 de junho de 1993, enquanto estiver em vigor, e na alinea *j” do inciso IV do caput do art, 75 da Lei n® 14.133, de 1 de abril de 2021, para a contratagao de cooperativas ou de associacdes de catadores de materials reutlizaveis e reciclaveis; I-quanto as cooperativas, 0 estimulo: a) a capacitagao; ) ao fortalecimento institucional, ©) formalizagao; € 4) ao empreendedorismo; Illa melhoria das condigdes de trabalho dos catadores de materiais reutilizaveis @ reciclaveis. Paragrafo unico. Para fins do disposto nos incisos II ¢ Ill do caput, poderdo ser firmados contratos, convénios ou ‘outros instrumentos congéneres com pessoas juridicas de direito piblico ou privado que atuem na criacdo e no ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 2120 081082022 09:59, pi09%6 desenvolvimento de cooperativas ou de outras formas de associagdo de catadores de materiais reutlizavels e reciclavels, observada a legislagao aplicavel. Art. 40. Fica instituido 0 Programa Coleta Seletiva Cidad, por meio do qual os érgaos e as entidades da administragao pablica federal, direta e indireta, deverao: | - separar os res/duos reutlizavels e reciclavels; e II destinar residuos reutlizaveis reciclaveis, prioritariamente, as associagdes e as cooperativas de catadores de materiais reciclaveis. Paragrafo Unico. Estardo aptas a coletar os residuos reciclaveis descartados pelos drgdos e pelas entidades da administrago piblica federal, direta e indireta, as associages e as cooperativas de catadores de materiais reciclaveis, que’ | - sejam formaimente constituidas por catadores de materiais reutilzaveis e reciclaveis; II- possuam infraestrutura para realizar a triagem e a classificagao dos residuos reciclaveis descartados; IIl- apresentem o sistema de rateio entre os associados © os cooperados; € IV-- estejam regularmente cadastradas e habilitadas no Sinir. Art. 41, Cabera aos érgaos e as entidades da administragao publica federal, direta e indireta, realizar os procedimentos necessarios para a selecdo de associagées e de cooperativas cadastradas no Sinir, observado o disposto na legislagao, com vistas a firmar termo de compromisso. Art. 42. As associagées e as cooperalivas de catadores de materiais reciclaveis deverdo realizar a destinagao final ambientalmente adequada dos residuos nao reaproveitados para reutilizagao ou reciclagem. Paragrafo tnico, A inobservancia ao disposto no caput podera acarretar: | - a revogago da habiltagéio da associagao e da cooperativa no Sinir; & Il -@ impossibilidade de participagao no Programa Coleta Seletiva Cidada, sem prejuizo da aplicagao das sangées previstas na legislagao. Art. 43, © Ministério do Meio Ambiente adotaré as medidas complementares necessarias & execugdo do Programa Coleta Seletiva Cidada, com vistas a fomentar a melhoria das condigdes de trabalho, incluidas: | a formalizagao da contratagao; II as oportunidades de empreendedorismo; e IIl- a incluso social e a emancipagao econémica dos catadores de maleriais reullizavels e reciclavels. TITULOV DOS PLANOS DE RESIOUOS SOLIDOS CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Ait. 44, S40 planos de residuos sélidos: 1-0 Plano Nacional de Residuos Solidos; IL-0 planos estaduais e cistrital de residuos sélidos, Ill-os planos microrregionais de residuos sélidos ¢ os planos de residuos sdlidos de regides metropolitanas ou aglomeragdes urbanas; IV-0s planes intermunicipais de residuos sélidos; \V- 08 planos municipais de gestao integrada de residuos sélidos; © Vi-os planos de gerenciamento de residuos sélidos. ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 9120 081082022 09:59, pi09%6 Paragrafo nico, Os planos de residuos sélidos com menor abrangéncia geografica serdo compativeis com os planos com maior abrangéncia geogréfica, hipétese em que apresentarao, no que couber, a contribui¢do do recorte ‘geografico considerado para o plano com maior abrangéncia geografica, observada a precedéncia estabelecida nos incisos | @ V do caput. CAPITULO II DOS PLANOS DE RESIDUOS SOLIDOS ELABORADOS PELO PODER PUBLICO Segdo! Do Plano Nacional de Residuos Sélidos Art. 45. © Plano Nacional de Residuos Sélidos serd elaborado pela Unido, sob a coordenagéio do Ministério do Meio Ambiente, vigera por prazo indeterminado e teré horizonte de vinte anos. Pardgrafo Unico. O plano de que trata o caput serd atualizado a cada quatro anos. Art. 46. A elaboracao do Plano Nacional de Residuos Sélidos considerar o contetido minimo estabelecido no art, 15 da Lei n? 12.305, de 2010, e observara o seguinte procedimento: | -formulagao e divulgago da proposta preliminar, Il-submisso da proposta consulta piiblica, pelo prazo de sessenta dias, contado da data da sua divulgacao; lll-realizagao de uma audiéncia publica em cada Regio do Pals e uma audiéncia piiblica de ambito nacional, no Distrito Federal, simultaneamente ao periodo de consulta piblica referido no inciso Il; V- oitiva: a) do Ministério da Satide; b) do Ministerio da Agricultura, Pecuaria e Abastecimento; ) do Ministério da Economia; 4) do Ministério de Minas e Energia; €) do Ministério do Desenvolvimento Regional; € £) do Ministério da Ciéncia, Tecnologia e Inovagoes; \V-analise das contribuigSes recebidas por meio da consulta e das audiéncias publicas ¢ das manifestagées dos ‘rgdos a que se refere o inciso IV pelo Ministério do Meio Ambiente; € Vi-encaminhamento, pelo Ministro de Estado do Meio Ambiente, ao Presidente da Reptiblica, da proposta de decreto que aprova o Plano Nacional de Residuos Sélidos. Art. 47. Apés a publicagao do plano nacional de residuos sélidos, o Ministério do Meio Ambiente encaminhard ao Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama o relatério anual sobre a implementaco do Plano Nacional de Residuos Sélidos. Paragrafo tinico, Caberé ao Conama monitorar a execugao do Plano Nacional de Residuos Sélidos © sugerir os aperfeigoamentos necessérios, consideradas as informagées do relatério a que se refere o caput, Art. 48, Nos termos do disposto no art. 45, as atualizagées do Plano Nacional de Residuos Sélidos observardo 0 seguinte procedimento: | -formulagao e divulgagao da proposta preliminar; |I-submissao da proposta 4 consulta piiblica, pelo prazo de trinta dias, contado da data da sua divulgagao; Ill-realizagao de audiéncla publica de Ambito nacional, no Distrito Federal, simultaneamente ao periodo de consulta publica a que se refere o inciso Il; IV-analise das contribuig6es recebidas por meio da consulta e da audiéncia publica pelo Ministério do Meio Ambiente; € \V--aprovagao em ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente, ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 10120 081082022 09:59, pi09%6 Segao Il Dos planos estaduais e distrital e dos planos regionais de residuos sélidos Art. 49. Os planos estaduais de residuos sélidos vigerdo por prazo indeterminado e terdo horizonte de vinte anos. § 1° Os planos de que trata o caput serdo atualizados ou revistos a cada quatro anos. § 2° Os planos estaduals e distrital de residuos sélidos abrangerao 0 terriério do Estado ou do Distrito Federal considerardo 0 contetido minimo estabelecido no art. 17 da Lei n® 12.305, de 2010. Art.50. Além dos planos estaduais ¢ distrtal, os Estados @ 0 Distrito Federal poderdo elaborar planos microrregionais de residuos sélidos e planos de regies metropolitanas ou aglomeracées urbanas. § 1° Na elaborago @ na implementagao dos planos a que se refere ocaput, os Estados incentivario a Participagao dos Municipios que integram a microrregiao, a regio metropolitana ou a aglomeracao urbana. § 2° O contetido dos planos a que se refere ocaput serd estabelecido em conjunto com os Municipios que integram a microrregiao, a regiéo metropolitana ou a aglomeragao urbana, vedada a exclusdo ou a substituigao de quaisquer das prerrogativas relativas aos Municipios. Segao Ill Dos planos municipais de gestao integrada de residuos sélidos Art.51. Os planos municipais de gestao integrada de residuos sélidos serdo elaborados nos termos do disposto noart, 19 da Lei n® 12.305, de 2010. § 1° Os planos municipais de gestdo integrada de residuos sélidos serdo atualizados ou revistos, priortariamente, de forma concomitante a elaboragéo dos planos plurianuais municipais. § 2° Os planos municipais de gestéo integrada de residuos sélidos identificardo e indicar8o medidas saneadoras para os passivos ambientais originados, dentre outros, de: reas contaminadas, inclusive lixdes e aterros controlados; -empreendimentos sujeitos 4 elaboragao de planos de gerenciamento de residuos sélidos, nos termos do disposto na Lei n® 12.305, de 2010. § 3° Os planos municipais de gestao integrada e os planos intermunicipals de residuos sélidos deverdo demonstrar 0 atendimento ao disposto nos ari, 29 art, 35 da Lei n° 11,445, de 2007, quanto sustentabilidade econémico-financeira decorrente da prestagao de servicos de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos e aos mecanismos de cobranca dos referidos servicos. ‘Art.52. Os Municipios com populaco total inferior a vinte mil habitantes, apurada com base nos dados demograficos do censo mais recente da Fundacdo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica - IBGE, poderao adotar planos municipais simplificados de gestdo integrada de residuos sélidos. § 1° Alo do Ministro de Estado do Meio Ambiente definira normas e critérios para atendimento ao disposto no caput. § 2° O disposto neste artigo nao se aplica aos Municipios: |-integrantes de areas de especial interesse turistico ll-inseridos na area de influéncia de empreendimentos ou de atividades com impacto ambiental significative de Ambito regional ou nacional; ou INl-cujo territrio abranja, total ou parcialmente, unidades de conservagao, Art,53, Os Municipios que optarem por solugdes consorciadas intermunicipais para gestdo de residuos sdlidos ficarao dispensados da elaborago do plano municipal de gestao integrada de residuos sélides, desde que o plano intermunicipal observe o conteiido minimo previsto no art. 19 da Lei n° 12.305, de 2010 Art. 54. Os planos municipais de gestéo integrada de residuos sédlidos e os planos intermunicipais de residuos Sélidos poderdo ser elaborados por meio do Sinir, a partir de informagdes deciaradas pelos responsaveis pela sua elaboragao, Segao IV ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 no 081082022 09:59, pi09%6 Da relagao entre os planos de residuos sélidos e dos planos de saneamento basico quanto ao componente de limpeza urbana e de manejo de residuos sélides urbanos Art.55. Os servigos piblicos de Iimpeza urbana e de manejo de residuos sélidos urbanos, compostos pelas atividades a que se refere a alinea “c” do inciso | do caput do art. 3° e o art, 7° da Lei n® 11.445, de 2007. serio prestados em conformidade com os planos de saneamento basico previstos na referida Lei e no seu regulamento. Art. 58. Na hipétese dos servigos de que trata o art. 85, os planos de residuos sélidos serio compativeis com os planos de saneamento basico previstos na Lein® 11.445, de 2007, e no seu regulamento Paragrafo unico. © componente de limpeza urbana e de manejo de residuos sélidos urbanos dos planos municipais de gestdo integrada de residuos sélidos poder constar dos planos de saneamento basico previstos no art, 19 da Lei n® 11.445, de 2007, observado o contetido minimo a que se refere oart. 19 da Lei n® 12.305, de 2010, ou 0 disposto no art. 51 deste Decreto, conforme o caso. CAPITULO II DOS PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESIDUOS SOLIDOS Segdo! Das regras aplicaveis aos planos de gerenciamento de residuos sélidos Art.57. Os empreendimentos sujeitos elaboragao de plano de gerenciamento de residuos sélidos poderdo optar pela apresentago do plano de forma coletiva e integrada, desde que: | - estejam localizados no mesmo condominio, Municipio, microrregié urbana; , regio metropolitana ou aglomeragéo Il- exergam atividades caracteristicas do mesmo setor produtivo; & III - possuam mecanismos formalizados de governanga coletiva ou de cooperagao em alividades de interesse comum, Paragrafo unico. 0 plano de gerenciamento de residuos sélidos apresentado na forma prevista no caput conteré a indicagao individualizada das atividades e dos residuos sélidos gerados e as agdes e as responsabilidades atribuidas a cada um dos geradores. Art.58. Os responsaveis pelo plano de gerenciamento de residuos sélidos disponibilizaréo ao érgéo municipal competente, a0 6rgo licenciador do Sisnama e as demais autoridades competentes, com periodicidade anual, informagdes completas e atualizadas sobre a implementagao e a operacionalizagao do plano sob sua responsabilidade, por meio eletrénico, conforme as regras estabelecidas pelo Ministério do Meio Ambiente. §1° © plano de gerenciamento de residuos sélidos podera ser gerado no Sinir a partir das informagées declaradas pelos responsaveis pela sua elaboragdo. §2° Ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente podera definir normas e crtérios para atendimento ao disposto no caput. Art,59. No processo de elaboraco @ execugo do plano de gerenciamento de residuos sélidos, serd assegurada a utiizagao dos subprodutos e residuos de valor econémico nao descartados, de origem animal ou vegetal, a que se referem Lei n? 8.171, de 17 de janeiro de 1991, e a Lei n® 9.972, de 25 de maio de 2000, como insumos de cadeias produtivas, Paragrafo unico. Seréo assegurados 0 aproveitamento de biomassa na produgdo de energia eo rerrefino de les lubrificantes usados, na forma prevista na legislagao aplicavel. Segio Il Do contetide dos planos de gerenciamento de residuos sélidos quanto a participagao das cooperativas e as outras formas de associagao de catadores de materiais reciclaveis Art.60. © plano de gerenciamento de residuos sélidos dos empreendimentos a que se refere art. 20 da Lei n® 12,308, de 2010, podera prever a participagao de cooperativas ou de associagoes de catadores de materiais reciclaveis, ino gerenciamento dos residuos sélidos reciclaveis ou reutiizaveis, quando: I-houver cooperativas ou associagées de catadores com capacidade técnica e operacional para gerenciar os residuos sélidos; ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 12120 081082022 09:59, pi09%6 Il- a contratagao de cooperativas e de associagdes de catadores para o gerenciamento dos residuos sélidos for economicamente vidvel; e Ill-nao houver confito com a seguranca operacional do empreendimento. Art.61. Para fins do disposto no art. 60, 0 plano de gerenciamento de residuos sélidos deverd especificar as atividades atribuldas as cooperativas ¢ as associagSes, considerado o contetido minimo de que trata ort. 21 da Lei n® 12,308, de 2010, Art. 62. Ato do Ministro de Estado do Meio Ambiente poderd dispor sobre a exigibilidade e 0 contetido do plano de gerenciamento de residuos solidos relativo a atuagao de cooperativas ou de outras formas de associagao de catadores de materiais reutllzaveis e reciclavels. Segao Ill Dos planos de gerenciamento de residuos sélidos relativos as microempresas e as empresas de pequeno porte ‘Art.63. Ficam dispensadas de apresentar 0 plano de gerenciamento de residuos sélidos as microempresas © as empresas de pequeno porte a que se referem os incisos | e II do caput do art_ 3° da Lei Complementar n® 123, de 14 de dezembro de 2006, que gerem somente residuos sdlidos domicliares ou, nos termos do disposto no pardgrafo Unico ° 1de 2010, que gerem residuos sélidos equiparados aos residuos sélidos domiciliares pelo Poder Publico municipal até o volume de duzentos litros por empreendimento por dia. § 1° O volume previsto no caput também sera aplicado aos Municipios que nao dispuserem de norma especifica & equiparacao de que trata o paragrafo Unico do art. 13 da Lei n® 12.305, 2010. § 2° Os geradores de residuos sélidos de que trata a alinea “d” do inciso | do caput do art. 13 da Lei n’ 4 de 2010, caracterizados como ndo perigosos podem ser equiparados aos res{duos domiciliares pelo Poder Pu municipal, em decorréncia de sua natureza, sua composigao ou seu volume. Art,64, © plano de gerenciamento de residuos sélidos das microempresas @ das empresas de pequeno porte, quando exigivel, poderd constar do plano de gerenciamento de empresas com as quais operem de forma integrada, desde que estejam localizadas na rea de abrangéncia da mesma autoridade de licenciamento ambiental. Paragrafotinico. Os planos de gerenciamento de residues sélidos apresentados na forma prevista no caput conterdo a indicagao individualizada das atividades © dos residuos sélidos gerados @ as agdes © as, responsabilidades atribuidas a cada um dos empreendimentos. Art, 65, Os planos de gerenciamento de residuos sdlidos das microempresas e das empresas de pequeno porte poderdo ser apresentados por meio de formulirio eletrénico simplificado disponivel no Sinir, conforme estabelecido em ato do Ministério do Meio Ambiente. Paragrafo tnico. © disposto no caput aplica-se as microempresas e as empresas de pequeno porte nao enquadradas no disposto no art. 63. Art. 68. O disposto nesta Seco ndo se aplica as microempresas as empresas de pequeno porte geradoras de residuos perigosos. Paragrafo tinico. Para fins do disposto nesta Segdo, ndo s80 considerados geradores de residuos perigosos aqueles que gerarem, em peso, mais de noventa e cinco por cento de residuos no perigosos em relacéo ao total dos residuos sdlidos gerados. Att. 67. A dispensa ou a simplficagao referente ao plano de gerenciamento de residuos sélidos ndo exime as microempresas @ as empresas de pequeno porte de realizar a destinacao final ambientalmente adequada dos residuos sblides gerados. TITULO VI DOS RESIDUOS PERIGOSOS CAPITULO | DISPOSIGOES GERAIS Art.68. Para fins do disposto neste Decreto, consideram-se geradores ou operadores de residuos perigosos os empreendimentos ou as atividades: | -cujo processo produtivo gere residuos perigosos; ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 19120 081082022 09:59, pi09%6 ll-cuja atividade envolva 0 comércio de produtos que possam gerar residuos perigosos e cujo risco seja significativo, a critério do érgao ambiental, Ill-que prestem servigos que envolvam a operacao com produtos que possam gerar residuos perigosos e cujo risco seja significativo, a critério do érgao ambiental; IV-que prestem servigos de coleta, transporte, transbordo, armazenamento, tratamento, destinagdo e disposigo final de residuos ou rejeitos perigosos; ou \V--que exergam atividades classificadas como geradoras ou como operadoras de residuos perigasos em normas editadas pelos orgaos do Sisnama, do SNVS ou do Suasa. Art. 69. As pessoas juridicas que operam com residuos perigosos, em qualquer fase do seu gerenciamento, sao obrigadas a elaborar plano de gerenciamento de residuos perigosos e submeté-lo ao 6rgao competente do Sisnama e, ‘quando couber, do SNVS e do Suasa, observadas as exigéncias estabelecidas neste Decreto ou em normas técnicas especificas. Paragrafo unico. O plano de gerenciamento de residuos perigosos poderd constar do plano de gerenciamento de residuos sélidos. Art.70. A instalagao © 0 funcionamento de empreendimento ou de atividade que gere ou opere com residuos perigosos somente podem ser autorizados ou licenciados pelas autoridades competentes se o responsavel comprovar, | - capacidade técnica; II capacidade econémica: e Ill - ter condigoes para prover os culdados necessarios ao gerenciamento dos referidos residuos. Paragrafotinico, Para fins de comprovagao das condig6es estabelecidas nos incisos | e II docaput, empreendimentos ou atividades deverdo: | ~ dispor de meios técnicos e operacionais adequados para o atendimento da respectiva etapa do processo de gerenciamento dos residuos sob sua responsabilidade, observados as normas e os outros critérios estabelecidos pelo ‘rgao ambiental competente; & Il = na hipétese de concesstio ou de renovagio do licenciamento ambiental, apresentar, resguardado o sigilo das informagoes: a) as demonstragées financeiras do ultimo exercicio social; b) a certiddo negativa de faléncia; e ) a estimativa de custos anuais para o gerenciamento dos residuos perigosos. Art.71. No licenciamento ambiental de empreendimentos ou de atividades que operem com residuos perigosos, 0 érgio licenciador do Sisnama poder exigir a contralagéo de seguro de responsabllidade civil por danos causados 20 meio ambiente ou a satide publica, observadas as regras sobre a cobertura e os limites maximos de contratagao estabelecidos pelo Conselho Nacional de Seguros Privados. Paragrafo unico. A aplicagao do disposto no caput considerara o porte e as caracteristicas da empresa. Art. 72, Observada a ordem de prioridade estabelecida no art. 9° da Lei n® 12.305, de 2010, e no art. 30 deste Decreto, os tesiduos perigosos que apresentem caracteristicas de inflamabilidade seréo destinados @ recuperagao energética: | - obrigatoriamente, quando houver instalagées devidamente licenciadas para recuperago energética a até cento © cinquenta quilometros de distancia da fonte de geragao dos residuos; © Il- preferencialmente, em condicao distinta da estabelecida no inciso | § 1° Para fins do disposto no caput, consideram-se residuos perigosos com caracteristicas de inflamabilidade, entre outros: | -borras oleosas; Il- borras de processos petroquimicos; ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 saiza 081082022 09:59, pi09%6 Ill- borras de fundo de tanques de combustiveis e de produtos inflamaveis; IV = elementos fitrantes de fitros de combustiveis ¢ de lubrficantes; V- solventes e borras de solventes; VI- borras de tintas & base de solventes; VII- ceras que contenham solventes; VIII - panos, estopas, serragem, equipamentos de protegao individual, elementos filrantes e absorventes contaminados com éleos lubrficantes, solventes ou combustiveis, tais como dlcool, gasolina e éleo diesel: IX - lodo de caixa separadora de éleo com mais de cinco por cento de hidrocarbonetos derivados de petréleo; e X-- solo contaminado com combustiveis ou com um dos componentes a que se referem os incisos | a IX. § 2° 0 disposto no caput nao se aplica as hipéteses em que o transporte para as instalagées de recuperagdo energética seja considerado inviavel pelo 6rga0 ambiental competente. Art. 73. © disposto no art. 72 nao se aplica ao leo lubrificante usado ou contaminado que sera destinado a reciclagem por meio do proceso de rerrefino, de acordo com as metas estabelecidas em ato do Poder Executivo. § 1° A reciclagem a que se refere 0 caput poderd ser realizada, a critério do érgao ambiental competente, por meio de outro proceso tecnolégico com eficdcia ambiental comprovada equivalente ou superior ao rerrefino § 2° O processamento do éleo lubrificante usado ou contaminado serd admitide para a fabricacdo de produtos a serem consumidos exclusivamente pelos geradores industrias. § 3° Na hipétese de comprovagaio da inviabllidade das destinagées previstas no caput e no § 1°, junto ao érgao ambiental competente, qualquer outra utilizagao do éleo lubrificante usado ou contaminado dependeré de licenciamento ambiental § 4° Os processos utiizados para a reciclagem do dleo lubrificante deverao estar licenciados pelo érgao ambiental competente. CAPITULO I DO CADASTRO NACIONAL DE OPERADORES DE RESIDUOS PERIGOSOS Art.74, As pessoas juridicas que operam com residuos perigosos, em qualquer fase de seu gerenciamento, deverdo se cadastrar no Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos. Paragrafo unico. As pessoas juridicas de que trata o caput indicarao 0 responsavel técnico pelo gerenciamento dos residuos perigosos, que deverd estar habilitado e cujos dados seréo mantidos atualizados no Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos. Art.75. 0 Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturals Renovaveis - Ibama sera responsavel por coordenar 0 Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos, que sera implantado de forma conjunta pelos ‘rgdos federais, estaduais, distritais e municipais competentes. § 1° O Ibama adotara medidas com vistas a assegurar a disponibilidade e a publicidade do cadastro a que se refere 0 caput aos drgaos e as entidades interessados, § 2° 0 Ibama promovera a integracao do Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos com 0 Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utiizadoras de Recursos Ambientais © com 0 Sinir. Art.76. Entre outras fontes, o Cadastro Nacional de Operadores de Residuos Perigosos seré constituldo com as informagées: | -dos planos de gerenciamento de residuos perigosos; Il = do relatério especifico anual do Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utlizadoras de Recursos Ambientais; e Ill - sobre a quantidade, a natureza e a destinagao temporaria ou final dos residuos sob responsabilidade da pessoa juridica ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 16120 081082022 09:59, pi09%6 TITULO Vil DO SISTEMA NACIONAL DE INFORMACOES SOBRE A GESTAO DOS RESIDUOS SOLIDOS Art.77. © Sistema Nacional de Informagées sobre a Gestéo dos Residuos Sblidos-Sinir, instituide sob a coordenagao e a articulagao do Ministério do Meio Ambiente, tem como objetivos: |-coletar © sistematizar os dados relativos a prestagao dos servigos piiblicos © privados de gestéo e de gerenciamento de residuos sélidos, inclusive dos sistemas de logistica reversa implementados |l-promover o ordenamento adequado para a geracao, o armazenamento, a sistematizagao, compartilhamento, ‘© acesso ea disseminacao dos dados e das informacées de que trata o inciso I; lll-classificar os dados e as informagées, de acordo com sua importancia e sua confidencialidade, em conformidade com o disposto na legislagao; V-disponibilizar estatisticas, indicadores e outras informagées relevantes, com vistas a caracterizago da domanda ¢ da oferta de servigos de gestao e de gerenciamento de residuos sélidos; V- permitir e facilitar o monitoramento, a fiscalizagao e a avaliagio da eficiéncia da gestio e do gerenciamento de residuos sélidos nos diversos niveis, inclusive nos sistemas de logistica reversa implementados; VI-possibilitar a avaliacao dos resultados © 0 acompanhamento das metas dos planos e das agbes de gestao de gerenciamento de residuos sélidos nos diversos niveis, inclusive dos sistemas de logistica reversa implantados; Vil-informar a sociedade sobre as atividades realizadas no ambito da implementacao da Politica Nacional de Residuos Sélidos; VIll-disponibiizar periodicamente a sociedade o diagnéstico da situagao dos residuos sélidos no Pais, por meio do inventario nacional de residuos sélidos; e IX-agregar as informagdes sob a esfera de compeléncia da Unido, dos Estados, do Distrito Federal © dos Municipios sobre a gestdo e o gerenciamento dos residuos sélidos. Art. 78. O Sinir conteré informagées publicamente disponibilizadas em outras bases de dados oficiais que possam contribuir para a melhoria da gestao e do gerenciamento ambientalmente adequado de residuos sélidos. Art. 79. Os Estados, o Distrito Federal e os Municipios disponibilizaréo anualmente ao Sinir as informagdes necessarias sobre os residuos sdlidos em seu Ambito de competéncia. Art, 80. Os planos de gesto de residuos sélidos de que trata o art, 44 serdo disponibilizados pelos seus responsaveis no Sinire ficardo disponiveis para acesso publico. Art.81. Os dados, as informagdes, os relatérios, os estudos, os inventérios e os instrumentos equivalentes referentes a regulagao ou a fiscalizago dos servicos relacionados & gestéo dos residuos sblidos e aos direitos e aos, deveres dos usudrios @ dos operadores serao disponibilizados pelo Sinir em sitio eletrénico oficial § 1° A publicidade das informagées divulgadas por meio do Sinir observaré o siglo comercial, industrial, financelro ‘0u de qualquer outro tipo previsto na legislacao. § 2° As pessoas fisicas @ juridicas que fornecerem informagdes de cardter sigiloso aos érgaos @ as entidades da administragao publica deverao indicar essa circunstancia, de forma expressa e fundamentada, a fim de que seja resguardado o sigilo a que se refere 0 § 1°. TITULO Vill DA EDUCAGAO AMBIENTAL NA GESTAO DOS RESIDUOS SOLIDOS Art, 82. A educagao ambiental na gestdo dos residuos sélidos 6 parte integrante da Politica Nacional de Residuos Sélidos e tem como objetivo o aprimoramento do conhecimento, dos valores, dos comportamentos e do estilo de vida relacionados com a gestao © com o gerenciamento ambientalmente adequado de residuos sélidos, § 1° A educacao ambiental na gesto dos residuos sélidos observard: | as diretrizes gerais estabelecidas na Lei n° 9.795, de 27 de abril de 1999, e no Decrelo n® 4.281, de 25 de junho do 2002; e Il-as regras especificas estabelecidas na Lei n° 12.305, de 2010. e neste Decreto. ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 16120 081082022 09:59, pi09%6 § 2° 0 Poder Publico adotard as seguintes medidas, entre outras, com vistas ao cumprimento do objetivo de que trata o caput: | -incentivar atividades de carater educativo e pedagégico, em colaboragao com entidades do setor empresarial e da sociedade civil, ll-promover a articulagao da educagao ambiental na gesto de residuos sélides com a Politica Nacional de Educagao Ambiental, institulda pela Lei n® 9.795, de 1999; Ill-realizar ages educativas destinadas aos fabricantes, aos importadores, aos comerciantes @ aos distribuidores, com enfoque diferenciado para os agentes envolvidos direta e indiretamente com os sistemas de coleta seletiva e de logistica reversa; IV-desenvolver agdes educativas destinadas a conscientizagdo dos consumidores quanto a0 consumo sustentavel e as suas responsabllidades, no Ambito da responsabilidade compartihhada de que trata a Lei n® 12.305, de 2010; \V- promover a capacitagio dos gestores piblicos para que atuem como multiplicadores nos diversos aspectos da gestio integrada de residues sélidos; ¢ Vi-divulgar os conceitos relacionados com: a) a coleta seletiva; b) a logistica reversa; ©) 0 consumo consciente; & 4) a minimizagao da geragao de residuos sélidos, §3° As agdes de educagao ambiental estabelecidas neste artigo ndo excluem as responsabilidades dos fomecadores quanto a0 daver de formar o consumidor sobre o cumprimento dos sistemas de logistic reversa e colta TITULO Ix DAS CONDICOES DE ACESSO A RECURSOS Art. 83. A elaboragao dos planos de residuos sélidos de que tratam o art. 44 deste Decreto e os art. 16 e art. 18 da Lei n® 12.305, de 2010, € condigao para que os Estados, o Distrito Federal e os Municipios tenham acesso a recursos da Unido ou por ela controlados destinados: |-aos empreendimentos e aos servigos relacionados & gestdo de residuos sélidos; ou II-a limpeza urbana ao manejo de residuos sélidos. § 1° 0 disposto neste artigo aplica-se ao recebimento de beneficios por incentivos ou por financiamentos de entidades federais de crédito ou de fomento. § 2 O acesso aos recursos de que trata o caput fica condicionado & comprovagao da regularidade fiscal perante a Uniao. § 3° Quando destinados 4 gestdo de residuos sélidos urbanos, a alocagao de recursos publicos federais @ os financiamentos com recursos da Uniao ou com recursos geridos ou operados por érgaos ou entidades da Unido serao feitos nos termos do disposto na Lein® 11.445, de 2007, na Lei n® 14.026, de 2020, e nos seus regulamentos. Art, 84, A disponibilizagao de informagdes atualizadas no Sinir € condi¢ao para que os Estados, o Distrito Federal fe 0s Municipios tenham acesso a recursos da Unido, ou por ela controlados, destinados a empreendimentos, equipamentos e servicos relacionados a gestao de residuos sélidos. Paragrafo unico. A situagao de regularidade om relagao ao disposto no caput podera ser verificada a partir de Telatério gerado automaticamente pelo Sinir e considerara a conformidade dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios quanto ao ciclo de declaragao mais recente, abservados os prazos estabelecidos em ato do Ministério do Meio Ambiente. TITULO x DOS INSTRUMENTOS ECONOMICOS ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 ‘ri20 081082022 09:59, pi09%6 Art.85. As iniciativas a que se refere oart. 42 da Lei n® 12.305, de 2010, seréo fomentadas por meio das seguintes medidas: |-incentivos fiscais, financeiros e crediticios; ll-cessao de terrenos piblicos; Ill-destinagéio dos residuos recicléveis descartados pelos érgaios e pelas entidades da administragdo publica federal as associacdes e as cooperativas dos catadores de materiais reullizavels e recicléveis, nos termos do disposto nos art. 40 a art. 42; IV-subvenges econdmica: \V-estabelecimento de critérios, metas e outros dispositivos complementares de sustentabilidade ambiental para as aquisigdes e contratagées piblicas; VI-pagamento por servigos ambientais, na forma prevista na legislagao; e VIl-apoio & elaboracao de projetos no Ambito de mecanismos decorrentes da Convencao-Quadro das Nagoes Unidas sobre Mudanga do Clima, promulgada pelo Decreto n° 2.652, de 1° de julho de 1998, Paragrafo nico. © Poder Publico poderd estabelecer outras medidas indutoras além daquelas previstas no caput. Art. 86. As instituigées financeiras federals poderdo criar linhas especiais de financiamento para: | - aquisigao de maquinas e equipamentos utlizados na gestéo de res{duos sOlidos, realizada por cooperativas ou por outras formas de assaciacao de catadores de materiais reutiizaveis e reciclaveis; Il - atividades relacionadas a gestdo e ao gerenciamento de residuos sélidos, incluidas: a) triagem mecanizada; b) reutiizagao; ©) reciclagem; ) compostagem; €) recuperagdo e aproveitamento energético; £) tratamento de residuos e disposieAo final ambientalmente adequada de rejeitos; 9) atividades de inovagao e desenvolvimento; IIL - projetos de investimentos em gestao e gerenciamento de residuos sélidos; & IV = recuperagio de areas contaminadas por atividades relacionadas disposiao inadequada de residuos sélidos. TITULO XI DISPOSIGOES TRANSITORIAS Art. 87. Na hipétese de haver, na data de publicagdo deste Decreto, sistema de logistica reversa com 0 procedimento a que se refere 0 art. 24 em andamento, o prazo de que trata 0 § 1° do referido artigo sera de trnta dias, contado da data de publicagao deste Decreto. Paragrafo Unico, Para fins do disposto no caput, aplica-se 0 disposto no § 2° do art. 24 TITULO xi DISPOSIGOES FINAIS Art.88. Para fins do disposto no inciso | do caput do art. 47 da Lei n° 12,305, de 2010,0 deslocamento de material do Ieito de corpos d’agua por meio de dragagem: | - no serd considerado langamento; e Il serd objeto de licenciamento ou de autorizacdo do 6rgéo ambiental competente, ww planato.gov.rlecivi_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/010996.htmHart91 18120 081082022 09:59, pi09%6 Art, 89. Na hipétese de decretagaio de emergéncia sanitaria, a queima de residuos podera ser realizada a céu aberto, Paragrafo Unico. A queima de residuos de que trata o caput dever ser e autorizada e acompanhada pelos érgtios competentes do Sisnama, do SNVS e, quando couber, do Suasa. Art.90. 0 Decreto n? 6.514, de 22 de julho de 2008, passa a vigorar com as seguintes alteragdes: "art. 62. IX = langar residuos sélidos ou rejeitos em praias, no mar ou em quaisquer recursos hidricos; X-langar residuos sélidos ou rejeitos in natura a céu aberto, excetuados os residuos de mineragao, ou deposité-los em unidades inadequadas, ndo licenciadas para a atividade; X1-queimar residuos sélidos ou rejeitos a céu aberto ou em recipientes, instalagdes e ‘equipamentos nao licenciados para a atividade; XII-descumprir obrigagao prevista no sistema de logistica reversa implementado nos termos do disposto na Lei n° 12.305, de 2010, em conformidade com as responsabilidades especificas estabelecidas para o referido sistema; Xill-deixar de segregar residuos sélidos na forma estabelecida para a coleta seletiva, quando a referida coleta for institulda pelo titular do servigo puiblico de limpeza urbana e manejo de residuos sdlidos; XIV - destinar residuos sélidos urbanos @ recuperagao energética em desconformidade: ‘com o disposto no § 1° do art, 9° da Lei n® 12.305, de 2010, e no seu regulamento; XV-deixar de atualizar e disponibilizar ao 6rgéio municipal competente @ a outras autoridades informagdes completas sobre a execugdo das agdes do sistema de logistica reversa sobre sua responsabilidade XVI- deixar de atualizar e disponibilizar ao érgao municipal competente, ao 6rgao licenciador do Sisnama e a outras auloridades informagées completas sobre a implementagao e a operacionalizagao do plano de gerenciamento de residuos sdlidos sob a ‘sua responsabilidade; € XVII-deixar de cumprir as regras sobre registro, gerenciamento e informagao de que trata 0 § 2° do art, 39 da Lei n® 12.305, de 2010. § 1° As multas de que tratam os incisos | a XI do caput serdo aplicadas apés laudo de constatagao. § 2° Os consumidores que descumpriram as obrigagées previstas nos sistemas de logistica reversa e de coleta seletiva ficarao sujeitos a penalidade de adverténcia § 3° Na hipétese de reincidéncia no cometimento da infragao prevista no §2°, poderd ser aplicada a penalidade de muita no valor de R$ 50,00 (cinquenta reais)a RS 500,00 (quinhentos reais). § 4° Amutta a que se refere 0 § 3° podera ser convertida em servigos de preservagao, melhoria e recuperagao da qualidade do meio ambiente. § 5° Nao estéo compreendidas na infragao de que trata o inciso IX do caput as atividades de deslocamento de material do leito de corpos d'agua por meio de dragagem, devidamente licenciado ou aprovado. § 6 As bacias de decantacao de residuos ou rejeltos industrials ou de mineragao, devidamente licenciadas pelo érgao competente do Sisnama, nao sero consideradas corpos, hidricos para fins do disposto no inciso IX do caput.” (NR) ‘Act. 71-A. Importar residuos sélidos perigosos e rejeitos, bem como residuos sélidos ‘cujas caracteristicas causem dano ao meio ambiente, a satide publica e animal e a sanidade vegetal, ainda que para tratamento, reforma, retiso, reutlizagdo ou recuperagao: ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 19120 081082022 09:59, pi09%6 Multa de R§ 500,00 (quinhentos reais)a R$ 10.000.000,00 (dez milhdes de reais)."(NR) Art. 91. Ficam revogados: 1-0 Decroto n® 5,940, de 25 de outubro de 2006; Il- 0 Decreto n° 7.404, de 23 de dezembro de 2010: IIl- 0 Decreto n° 9.177, de 23 de outubro de 2017; IV- 0 inciso IV do caput do art. 5° do Decreto n® 10.240, de 12 de fevereiro de 2020. Art. 92. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicagao. Brasilia, 12 de janeiro de 2022; 201° da Independéncia 134° da Repiiblica. JAIR MESSIAS BOLSONARO Joaquim Alvaro Pereira Leite Este texto nao substitui o publicado no DOU de 12.1.2022 - Edicao extra ww planato.gov.riciv_09)_Ato2019-2022/2022/Decreto/O10996.htmHart91 20120

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