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TEXTO: FORMA CASEIRA E FORMA INDUSTRIAL

Em nossa caminhada como pastores e/ou formadores temos a formação como uma
forma que serve para dar as nossas ovelhas uma forma ordenada, visando evitar que elas
cresçam deformadas, ou com deficiências no que é essência do evangelho, mas é preciso que
façamos uma reflexão, pois a partir do pecado original, muitas vezes, com o dedo humano,
acabamos por afastar a graça daquilo que era movimento de Deus, perdendo ali a eficácia,
seria bom que façamos uma reflexão carismática a respeito do serviço que prestamos ao guiar
nossas ovelhas neste caminho de crescimento, cuidando para a nossa formação, as formas que
aplicamos, tenha um aspecto caseiro e não adquira um aspecto industrial na sua aplicação,
essa ideia vai ser abordada abaixo.

A forma caseira, podemos trazer em mente aquele bolo que nossa mão ou nossa avó,
está produz sempre um bolo com sabor especial, a essência é sempre a mesma, mas trás
aspectos diferentes, por que na produção cada um tem uma história, uma característica que se
molda de maneira diferente o aspecto final, ainda que a essência, o sabor e a forma onde foi
produzida seja o mesmo, isto por que, na prática, a produção caseira é motivada por algo
especial, toda produção tem um destino de um momento ou pessoa especial, toda vez que a
mãe ou a avó vai fazer seu bolo, ela o faz por que tem motivo especial para fazer, seja pro seu
neto ou filho, seja para aquela visita que nos vem visitar, cada bolo tem uma história própria.

A escala industrial produz tudo minuciosamente igual, tem método articulado, tem
números precisos, tudo instituído de maneira padrão, a qual não deve ser alterada, tudo
matematicamente calculado, a quantidade de cada ingrediente é aplicada sistematicamente
igual, busca que a margem de erro seja zerada, excluindo, por vezes, o trabalho humano e
aplicando robustos maquinários, toda essa perfeição é buscada em torno de um objetivo
egoísta de aumentar o lucro, não se deseja nada diferente, nem os erros que podem gerar algo
novo, tudo gira em torno de um resultado que gera benefício particular.

Assim, podemos dizer, que que nosso serviço de pastoreio e/ou formação deve levar a
considerar que cada pessoa é única, amada por Deus na sua individualidade, ama-se o
indivíduo, existe um risco de transformamos nosso serviço em escala industrial, almejando
números, isso deve ser evitado, não que não tenhamos uma receita, nos a temos, mas
devemos estar prontos para aceitar, com paciência e amor, os desafios que se apresentam na
diversidade, o tempo que deve ser aplicado para que cada um esteja pronto no tempo que é
necessário, diante das circunstâncias, é preciso temperar cada um conforme seu próprio
sabor. Só conseguiremos agir assim, tendo em mente, claramente o que é essencial, para que
não cânhamos na motivação industrial, aproveite e cresça com cada serviço, transforme cada
um em um momento especial, conduzido, sempre, pelo Espírito Santo de Deus, aceitemos os
erros, abracemos o simples, amemos o pequeno.

Afinal, “o corpo não consiste em um só membro, mas em muitos. Se o pé dissesse: ‘eu


não sou a mão, por isso não sou o corpo [...] se todos fossem um só membro, onde estaria o
corpo’ 1Cor 12, 14-15.19. Logo devemos ter ciência que nossa formação é de forma caseira,
que existe uma essência, a forma que aplica-se é a mesma, mas cada um viverá uma história e
tem algo a acrescentar em nós, como um todo, isso é motivado por algo: O AMOR! Assim
tocamos o eterno, sabendo que no tempo presente nossa ciência é imperfeita e o Amor Jamais
acabara! Ele que é Perfeito! (Cf. 1Cor 13).

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