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Quando se trata de alimentos, deve ser observado o binômio possibilidade x

possibilidade, e no caso percebe-se que a requerente possui uma situação


financeira muito inferior à do requerido. Necessitando de sustento, habitação
roupas e principalmente alimentos e remédios.
Neste sentido preleciona o artigo 1694 do Código civil afirma que os cônjuges
possuem o direito de pedir alimentos reciprocamente, quando for necessário
para atender e manter a mesma condição.
Conforme o princípio da igualdade de direitos entre homens e mulheres,
quando um dos cônjuges não puder se sustentar ou quando um deles sofrer
prejuízo será cabível alimentos.
Desta forma preleciona o artigo 1.695 do Código Civil.
Artigo 1695: São devidos os alimentos quando
quem os pretende não tem bens suficientes, nem
pode prover, pelo seu trabalho, à própria mantença,
e aquele, de quem se reclamam, pode fornecê-los,
sem desfalque do necessário ao seu sustento.

O pagamento da pensão neste caso visa conceder, um pouco de dignidade a


requerente que além de ter um bebê de 1 ano de 10 meses de vida, possui
depressão não tendo condições de trabalhar e promover seu sustento.

Neste sentido entendeu o Tribunal de Justiça de Minas Gerais;

EMENTA: AGRAVO DE INSTRUMENTO - ALIMENTOS PROVISÓRIOS - EX-


CÔNJUGE - FUNDAMENTO - SOLIDARIEDADE HUMANA - ONUS DA PROVA DA
ALIMENTADA - DEMONSTRAÇÃO DA NECESSIDADE E INCAPACIDADE DE
AUTOSUBSISTÊNCIA.
- Os alimentos entre ex-cônjuges fundamentam-se no dever de solidariedade familiar e
de mútua assistência, objetivando garantir o mínimo existencial quando demonstrada a
efetiva necessidade e dependência econômica - na forma prevista no art. 1.694 do
Código Civil.
- Havendo elementos que indiquem a necessidade alimentar e a incapacidade para
suprir por esforço próprio o seu sustento, justifica-se a concessão de alimentos ao ex-
cônjuge/companheiro.  (TJMG -  Agravo de Instrumento-Cv  1.0000.21.090821-6/001,
Relator(a): Des.(a) Renato Dresch , 4ª CÂMARA CÍVEL, julgamento em 02/12/2021,
publicação da súmula em 03/12/2021)

Diante o exposto requer desde já o deferimento do pedido de pensão


alimentícia em favor da requerente no valor de 40% do salário mínimo. Tendo
em vista que a mesma não tem condições de trabalhar e de sustentar.

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