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Caruaru, 11 de Janeiro de 2021

Aluna: Allana Suelen Araújo Silva


Disciplina: Língua Portuguesa
Professor: Rodrigo Pinto

Corrupção: uma questão cultural ou falta de controle?

De acordo com Gilberto Dimenstein em seu livro "O cidadão de papel" o Brasil tem várias
leis e direitos que estão apenas no papel, mas que não funcionam de forma realmente
eficiente. Mesmo existindo uma lei anticorrupção, que exige punição àqueles que a praticam,
ainda é difícil ver pessoas sendo de fato punidas por tal crime, impunidade essa que é uma
realidade triste e muitas vezes aceita pelos brasileiros que tendem a se acomodar e se
conformar com a situação.
Por conseguinte, o povo brasileiro então, se acostumou a tal problema, e a desonestidade dos
políticos é muitas vezes vista como algo já esperado pela população, pois ser desonesto no
Brasil não é nada mais do que algo natural e cultural, e embora seja um problema sério e
recorrente no país, a população naturaliza a corrupção até mesmo em suas próprias vidas,
tomando atitudes desonestas que podem parecer inocentes mas que se tornam uma bola de
neve de mentiras, e essa passividade ajuda a perpetuar o ciclo vicioso da corrupção e da
desigualdade social.
Bem como é citado pela filósofa alemã Hannah Arendt, em sua teoria sobre a banalidade do
mal, a sociedade passou por um processo de grande massificação e de alienação, então
consequentemente as pessoas não conseguem mais enxergar os problemas que estão
enraizados, fazendo com que os males sejam banalizados, e é dessa forma que se encontra o
Brasil, cega quanto os problemas sociais, por isso, o envolvimento das pessoas nas discussões
políticas e no engajamento do combate à corrupção, é de extrema importância para que a
população ganhe seu espaço e lute contra esses males.
Portanto, com o objetivo de conscientizar a população, o ministério da justiça deve atuar
nessa situação, ensinado ao povo brasileiro o que é a corrupção e qual é a sua gravidade,
através de campanhas sociais, além de incentivar as pessoas a denunciar. Os partidos políticos
devem também cumprir o seu papel em ajudar, fazendo com que renasça a crença dos
brasileiros nas instituições políticas. E é dessa forma que será possível sair das amarras da
banalidade do mal e da alienação já enraizada.

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