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Publicacéie Oficial da Coral I CONVENGAO NACIONAL >*ABRC Programacéo Pag. 06 iacfio Brasileira de Regs Palesirantes Pag. 08 Projetos Projeto Orquestra e Coro do Ensino Municipal Silvia Carla Macedo Cardoso Pég. 10 Projeto "Do Aco ao Classico’ Nicolau Martins de Oliveira Pag. 10 Palestras Problemas de Execucdo e Interpretagao no Canto Coral Elédio Pérez-Gonzolez Pog. 1 Parlitura Musical - Original ov Cépia? Bohumil Med Pag. 13 © Magnificat de J. $. Bach: uma possivel leitura & luz da Doutrina dos Afetos André Luiz Muniz de Oliveira Pag. 15 A Evolucéo da Musica Coral na Europa a partir de1950 Dolf Rabus Pog. 18 Estratégios de Afinagéo no Canto em Conjunto Jocelei Bohrer Pog. 21 nies de Cor no | No] Artigos 2 | 0 Canto Coral... afinado Jameson Marvin Os objetivos da vocalizacio \) John Harold Guthmiller A Aplicando Modelos de Lideranga no Treinamento de Regentes Hilary Apfelstadt Eg Perspectivas O Movimento do Canto Coral no Brasil David Junker Canto Coral 03, © Canto Coral E TODOS os desafios associados 4 arte de cantar em coro, 0 de conseguir uma boa afinacio € provavel- mente 0 mais fagez. Enquanto outros objetivos importantes do canto em grupo podem set atingidos por meios bem diretos e de uma forma relativamente consistente, € geralmente dificil fazer com que um grupo coral eante afinado, ‘Talvez a explicacao esteja no fato de que amiisica ocorra no fempa, ‘que significa que uma boa afinacio precisa ser recriada cada vez que a miisica é ensaiada ou executada. Uma vez que os coros atingem um padrio de afinagio satisfat6rio, aio ha garantias de ‘que eles 0 fario novamente. A assimilagio de notas, ritmos, textos, dinimicas, frascados, articulagées, ete, nos ensaios € um [proceso que gera, no decorrer do tempo, um aprendizado cumu- lativo. Porém, de alguma forma, aprender a cantar afinado nao parece estar attociado a0 mesmo procesro, A aqiisigZo de urna boa afinacio nfo depende apenas de aprendizado cumulativo; inerentemente, tal habilidade parece requerer um esforco cxiativo ‘cada ensaio. Naverdade, is vezes acontece que quanto mais nés perseguimos o objetivo de cantar afinado, tanto mais dificil se tomnaalcanei-lo, Sendo assim, 0 processo de se produzir uma boa ‘entonagio continua sendo fugaz, para a frustragio de regentes € coristas Asrecompensas de uma boa afinagio ‘Quando um coro eanta afinado, 0 ouvinte pode perce be 0s conporries carats da compotion mci dia, ritmo, e textura musical. Dessa forma, uma boa afinagio ajuda a desenvolver a percepeio do ouvinte quanto a inventivida- dedo compositor ea entender como a estrurura musical se relaci- ona com 0 texto. No proceso, 0 ouvido musical dos cantores também ¢ agpado, Centundo deforma sins, os cons adquit seiices da 1a oferece a oportunidade para uma Quando um coro canta afinado, os ouvint mais capazes_de_ouvir_e compreender_o. ressivo do compositor, e assim magnificar a Canto Coral 26 Jameson Marvin Trad: Edson Carvalho “‘verdade" da obra musical. Isto torna possivel a experiéneia da ‘ranscendéncia, que é clidiva definitiva da miisica. ‘Uma boa afinacio coral é também algo esteticamente. bonito O som de um coro afinado oferece a oportunidade de se "ouvie™ imagens sonoras extraordinarlamente compungentes produzidas através de padres vasiados de timbres, texturas musi- ‘cis esonoridades. Por reforcara série harménica {um dos princi- ppios bisicos para se aprender a perceber uma boa afinagio), a ‘entonacio resultante cria uma sonoridade rica que convida 0 ‘ouvinte a penetrar na miisica e aguga sua pescepcio quanto a beleza do som produzido pelo coro. O que é cantar afinado? ‘Tom e timbre, juntos, definem « entonagio, Cantar afinado, portanto, significa unificaro tom - ou seja,levaras vozes a cantar com freqiiéncias similares e timbres compativels, No eanto coral, isto significa que um tom unifieado esté associado a uma emissio unificada das vogais. Um timbre vocal dentro de cada nape unificado por uma emissio voeilica concorde dé lugar a um continuum sonoro integrado, que serve de base para uma boa afinacio coral. Portanto, tanto as vogais como as notas devem estarafinadas. Cantar no tom também requer ouvidos agucados (por parte do regente e cantores) ¢ reforgo constante. Inicialmente, 0 coro deve ser conduzido a um bom padsio de afinagio pelo regen te, padsio este que & mensurado pelo ouvido e pelo grau de per- cepsio auditiva do regente. O ouvido é 0 canal através do qual informagdes sonoras sio transferidas; & 0 barémetzo ~ a "ilkima palavra" - 0 intermedisrio que torna possivel que o potencial do regente tragaa realidade sua concepeio da partitura. Conseqientemente, de todos os atributos musicais que ‘um regente deva possur, nenhum € mais importante do que um bom ouvido. Sem isto, 0 regente nao teri a priori a autoridade auditiva para consertar, madar refazer, ou enaiaz. Acima do tudo, ‘© regente estari debilitado na tentativa de atingie sua concepcio auditiva interna, ou imagem mental-auditiva da partitura Como abordaro problema da natureza efémera do tom? O processo de ensinar um coro a cantar no tom éessencial- mente ciclico, O regente avalia 0 som produzido pelo coro em fan- co de sua imagem mental-auditiva (parte da qual inchui padres ou sistemas de afinacio), envia informacio de volta para o coro, ¢ este por sua vez reorganiza osom. A medida que este processo continua cnsalo apés ensaiv, v suun du Loto (ea pereepeay do tom) inevitavel- mente comeca a se conformar mais claramente & concepgao mental- auditiva do regente. Quanto methor 0 ouvido do regente, mais eficiente ele ow cla seri em alcangar uma imagem mental-auditiva da partiturs. No cntanto, a responsabilidade de se manter uma boa afinacio repousa, em wltima andlise, nos cantores. Isto é muito importante. Nao importa quo bom seja 0 ouvido do tegente, se os cantores nio sabem como tectiar 0 padriio tonal que se requer deles les no serio capazes de estabclecer uma base para produzit uma boa afinagio de forma consistente. Portanto, o principio bisico para se conseguir que tum coro cante no rom é o regente deve ensinar 0s cotis- ts a se ensinarem a cantar no tom, O regente deve desenvolver nos coristas a consciéncia do processo que eles usam individualmente para alcancar um bom padtio de afinagio, Portanto, a aquisi- cio de uma boa percepgio auditiva esti integralmente associado & compreen- sio do processo pelo qual esta percep cio & obtida. Quando se ensina os coristas a se tornarem conscientes do processo que cles individualmente aplicam, a responsabilidade é langada sobre eles. Uma vez que 0 processo se jorna claro para os coristas, eles se ‘ornam indubitavelmente revigorados pelo processo mental necessé- rio para se recriar uma afinacio satisfatoria a cada ensaio, csio esti- mulados a manter 0 padrio, pelo simples fato de terem sido capazes de cantat afinados (com a ajuda de palavras de encorajamento por parte do regente). essa forma, a natureza etemera do "problema da finagio” pode ser tratada de maneicaeficiente e consistente Principais fatores que afetam a afinagio Aparentemente, existem imimeros fatores que afetam a sfinacio de um coro. Este artigo oferece virias sugest&es especificas para melhorat a entonacio; no entanto, a tentativa de enumerar cada ator que possa afetar a afinacio, e sugerir uma lista exaustiva de olugdes nio € algo pritico ou mesmo possivel. © propésito desta liscusséo é abotdat a questio central: como um regente pode auxili- it um coro a desenvolver bons habitos quanto & entonacio, a despei- 0 da causa envolvida nos problemas de afinagio, Eis uma lista de t6picos que afetam diretamente a afinasi 1) A teoriaactstica dos harménicos;, 2) Oambiente acistico (sala de ensaio, sala de concerto); 3) Oclima-temperatura eumidade; 4) Assatide total do cantor (vocal e psicolégica); 5) A habilidade dos cantores em conseguir uma coorde- inagio precisa entre vor ¢ ouvido co graude percepeio auditiva que pode ser ensinado a eles; 6) Onivelde percepgao auditwva do regente; 7) Bnergia: vores saudéveis, habitando corpos saudaveis, Cantando afinado, os coristas adguirem maior consciéncia da estrutura que sustenta a forma arquitetura da misica. Por outro lado, a compreensio da estrutura oferece a oportunidade ‘para uma comunicagio significativa, cheios de energia, produzindo um som vocal concentrado e com boa sustentagio; 8) Os componentes estruturais da composicio: harmo- ‘ia, melodia, ritmo, etextura musicals Estes fatores podem ser mais bem representados quando os agrupamos em trés categorias: Fasorescobre os quals as rgentes na tm controle: asaside ehumor dos cantotes; 0 clima (temperatura e umidade); a acistica da sala; a cigncia da acistica ea série harménica que gera a"falha" Pitagorica - ‘um problema fundamental que deve ser entendido para que se possa ajudaros cantores a desenvolver uma boa finagio, (Para seentender melhor este assunto, vejaa segunda nota 0 final deste artigo). Fatores que afta a afinagio coral sobre os quais os rgetes tim controle, quer ej imedkato ona longo praze: Imediato: a postura dos cantores; 0 ambiente actstico nas, condigdes da sala de ensaio - posiciona- mento de pé ou sentado, distribuicio dos cantores nos assentos, distincia entre os cantores; uniformidade da emissio das, vvogais; procedimentos prévios de classifi- cagio vocal para identificar vozes com problemas de entonagio muito graves que ‘impossibilitem uma correcio efetiva com o tempo. Longo prazo: escolha de cantores cujos ouvidos € coordenagio vocal-auditiva aprescatem potencial para o desenvol mento de habitos que conduzam auma boa € consistente entonagio; escolha de canto- res cujas atitudes demonstrem o esforco necessitio para tanto; fomento de bons habitos auditivos que desenvolvam a per- cepsio musical; desenvolvimento de bons habitos para a coordenacio vocal-auditiva; trabalho com uniformi- dade das vogais; desenvolvimento de suporte respisat6rio apropria- do que resulte em um som centrado, controle respiratério, longas linhas,¢ habitos vocais saudaveis. Fatores que aftam dietamente a afnagia ¢ que eta associados @ cstrutura composiciona harmonia, melodia, sitmo, textura musical, texto, © componentes expressivos (dinmica, fraseado, articulacio, rubato, ediregio linear). No ensaio, estes fatores podem ser aborda- dos através da unificacio de elementos basicos da mtsica: tom, duragio, timbre, eintensidade: Harmonia: dissonincia, cromatismo, tonalidade, modo, rogressbesharménicas. ‘Melodia: movimentos conjuntos em tons inteiros e semi- tons, escalas maiores e menores ¢ tendéncias elas eorrespondentes, fSrmulas melédicas especificas (vide alistagem musical neste mesmo artigo), segundas e tercas maiores © menores ascendentes e descen- dentes saltos melédicos,linhas voeais longas, poucas pausas. Ritmo: notas lentas, notas ripidas, velocidade das mudan- sasharménicas,andamento. ‘Textuta musical: densa/esparsa, aguda/grave, polifoni- ca/homofénica. ‘Componentes expressivos: dindmica - mudangas abruptas, dindmicas sustentadas, crescendos, diminuendos;fraseados - longas linhas, grupos de notas curtas; articulacio - staccato, legato, marcato, sostenuto; rubato e mtardandos, aecclerandos; direcionamento linear - controle respiratério para sustentar melodias. Canto Coral 27 Em vista da grande complexidade do nimero de clemen- tos que afetam a afinagio, como podemos organizar esta informa- fo de forma mais eficiente? A solugio mais simples para esta «questo parece ser a de limitar o niimero de respostas. © restante deste artigo, portanto, oferece sugesties priticas especificas, as «quais 0 autor considera valiosas na tentativa de se trabalhar com o desafio fugaz de se cantar afinado em grupo. (Os fatores mais importantes parase obteruma boa afinagao ‘Nao importa a causa dos problemas de afinagao, uma boa centonagio coral pode ser alcancada de forma mais eficiente através do desenvolvimento de uma consciéncia, entre os cantores, dos elementos especificos que, quando consistentemente aplicados por les, podem resultarem uma boa afinagio. 1) Afine as principais cadéncias de acordo com a série hharménica; desenvolva a sensbilidade dos coristas para a série hharménica nos aquecimentos e reforce isto trabalhando com acor- des maiores (sustentados por um periodo de tempo), especialmente ‘nas principais cadéncias. Aprenda a ouvir oitavas perfeitas, quintas (altas em relagio a0 piano), tergas (baixas em relagao 20 piano); s¢ stcada momento estrutural o concensus vertical esté afinado, a misica que precede estes momentos iri soar afinada, [Nao € dificil ouvir os harménieos, embora eles sejam mais perceptiveis em um ambiente de maior reverberaco acistica. Para auxiliaros coristas a ouvir os harménicos, o autor sugere 0 seguinte: a) Toque um Dé grave no piano, forte, ¢ deixe os harméaicos soasem. b) aca os estadantes ouvisem o harménicos resultan- tes; toque o Dé grave novamente, ¢ deixe-os ouvir € cantaros harménicos que eles percebem -0 resultado seri um acorde maior. Desta forma, o coro ina perce- ber que 0 "ouvido" integrado de seus membros capta, tum acorde maior "no at" - provando que a nota fundamental (neste caso, 0 Dé grave) produz, tal acorde. Compare a terga maior do "som no at" com a terga maior do piano. A terca do piano seri claramente aguda em selagio & terca da série harmonica. Cxtifique-se de que os coristas pereebem isso. 4) Toque 0 Dé grave fundamental novamente ¢ compa- tea quinta "soando no ar" com aquinta do piano. A quinta do piano soar um pouco baixa em relagio & quinta da série harménica. Certifique-se de que os coristas estio detectando a diferenga. ©) Peca 20 naipe dos baixos para que cantem um Sol grave usando uma vogal "a" uniforme; pega sos coristas para que ougam a3 eS’ (e8) da série harmd- nica "no at", Dependendo da aetistica da sala e do posicionamento dos coristas, alguns harmdnicos itio soar mais fortes do que outros. Os coristas que esto cantando 0Sol grave podem ter dificuldades em ouvie ‘os harménicos. Aqueles que estio ouvindo podem posicionar suas mos em forma de concha por detris das orcthas, pois isso tende a amplificar os harméni- 0s, tornando-os mais perceptives. {Pega ao naipe dos baixos (ou qualquer outro naipe que desejat) para que cantem as oito notas de uma escala maior e deixe que o resto do coro apenas ouca. Bles (¢ voc’) deverio ouvir quintas patalelas ou ‘quartas, por inversio. Com freqiiéacia, os ouvintes Canto Coral 28 Ouviso uma contramelodia (as vezes, mais de uma) que no esta em paralelismo com a escala maior; a impressfo € de uma "vieada" literal - um fendmeno actistico criado aparentemente pela relagio da fre- giiéncia da nota fundamental (@ medida que ela ascende ou descende) com aactistica da sala € com o local ande nonvinte se encanta no expago. Harménicos sio percebidos primeiramente através do timbre. A5 soa como uma concha céncava ea 3 como um apito um pouco abaixo do tom. Com freqiiéncia, oitavas miltiplas, tergas e quintas podem ser ouvidas "no at" formando um belo e ressonante acorde dobrado muitas vezes sobre o som fundamen- tal. Ao ouvir esses sons com freqiiéncia, 0 coro aprender a eaptar os harménicos prontamente - uma aventura intrigante © muito agradavel. Harménicos servem como um medidor sempre presente ¢ absolutamente consistente através do qual se podeavaliara afinagao vertical 2) Desenvolva a habilidade de ouvir e cantar tons e semi- tons ascendentes mais dilatados (em selacio & afinagio temperada do piano), € tons e semitons descendentes mais estrcitos (em rela- io 4 afinagio temperada do piano). ‘Torne os coristas sensiveis a estes "apropriados" intervalos dlatados e estreitos, tanto nos aque- «iments quanto no momento do aprendizado de novas pecas. Os resultados da "falha Pitagériea" parecem se revelarnestes intervalos de tons inteitos ¢ semitons. Os dois sistemas de afinacio, um baseado sobre quintas puras (acusticamente perfeitas), € 0 outro sobre tercas puras (acusticamente perfeitas) sio, como vimos, irreconcilifveis. «As diferencas nas freqiiéncias das notas sio parti- cularmente audiveis quando se compara as segundas maiores ¢ -menores ¢ as tergas maiores ¢ menores de ambos os sistemas. As imperfeigbes destes dois sistemas, portanto, se manifestam mais, claramente em passagens em escala ou formulas melédicas que ‘contém estas escalas. O resultado € que os coristas ito inevitavel- mente cantar nos intersticios das notas. Quando a isto se adiciona a tendéncia de se cantar para baixoas notas em uma seqiénecia deseendente,e de aso usas cneegia suficiente (resultando novamente em notas baixas) quando se canta ‘uma passagem ascendente, a énfase com a qual os coristas devem ser ensinados a pensar, assim como a cantar os graus de uma escala de forma mais dilatada na ascendente e de forma mais estreita na descendente no pode ser subestimada, elas mesmas ra26es, os coristas devem prestar bastante atengio & entonacio apropriada de tergas menores, ¢ especialmente tercas maiores descendentes,seja durante o petfodo de aquecimen- toouenquanto seensaia as pecas individalmente. 3) Dé atencio particular a formulas melédicas especificas «que sempre causam problemas de afinacio. Leve os coristasa ouvir com freqiiéncia estas formulas (veja.a lista das 22 ftmulas melédi- casespeciticas que induzem a problemas de afinasio). 4) Utilize formages que permitam a cada corista assumir responsabilidade por sua prépria entonacio, sem a interferéncia de outro corista do mesmo naipe. Cante em quartetos (STCB, BCTS) ‘ouem outto tipo de formacio mista, Bste um pré-tequisito paraa aguisigio de bons habitos individuais quanto & entonagio. Os cantores ouver melhor quando colocados em citculos concéntti- os, de frente um para.o outro, Eles também ouvem bem em semi- citculos, ou em outta posigio coneéntrica ("ferradura", etc), Mesmo 20 at livre, um semicitculo ou uma formagio em U agem como uma "concha actistica" natural, promovendo um som coral cfeevescente ¢ que ressoa com sentimento s¢ 0s coristas estio colo- cados em posigio mista e se hi espago entre os cantores. Em salas de concerto, refletores acisticos so usados como forma de com- [Pensacio para que se consiga este efeito, Eu descobri que coloearo ‘coro em uma posicio acistica concéntrica (semicirculo ou ferradu- 19) € uma forma muito mais eficiente de promover uma ressonincia ‘natural do que simplesmente colocarrefletores actsticos por detris do coro, Obviamente, se 0 refletor € colocado por detrés de um coro que ji esti posicionado de forma concéntrica, a projecio sonora, especialmente em uma grande sala de concertos com uma acistica seca, sera ainda mais reforgada. 5) Trabalhe constantemente no sentido da produgio uuniforme dao vogais - nos aquecimentos c cin toxlas us cadencias Afine as vogais assim como as notas. Nos aquecimentos, concen- tre-se nas vogais puras: u, 0, a, ei. no permita que ditongos ou sotaques tegionais violem a pureza do colorido vocilico. Uma boa afinagio nao pode set aleancada até que as vogais estejam unificadas entre os membros de um naipe eentre os naipes. 6) lnsista na importin- cia de um suporte vocal/respiratério apropriado: um canto cheio de energia e boa articulagio, e queestejaa servigo dalinha mel6dica 7) Embora o piano possa ser usado nos estigios iniciais, caso isto apresse 0 processo de aprendizado das hotas, remova 0 piano o mais cedo possfvel como foate de apoio para os coristas. Quando 0 piano esti tocando, o regente Gea imposzibilieado de ouvie com precisio os problemas de afinacio, Da mesma forma, os cantores nio ouvirio os demais naipes (ou o seu préptio naipe) de maneira tio acurada quando o piano esta dobrando as partes vocais. Além disso, a afinagio do piano é temperada, para acomodat as, "falhas" em aciistica. Tons inteitos e semitons dilatados ¢ estreitos em passagens ascendentes e descendentes no podem ser cantados com precisio contra a afinagio fixa do piano. Oitavas, quintas, © tergas perfeitas (que esto em consonincia com a série hatimdnica) nio estio ajustadas com o piano; portanto, uma entonacio vertical sproptiada nfo pode seralcancada, Algumas sugestées especificas adicionais para aperfeigoar a afinagio 1) Cotistas adquirem habitos errados de entonacio nos 'stigios iniciais de aprendizado de notas e de leitura musical. EE durante esse perfodo que problemas associativos de entonacio se Jesenvolvem (ie., aqueles problemas relacionados sutil coordena- io vocal/auditiva que se requer para o canto). Quando, de maneira onsistente, ndo se permite que 2 voz aporte (ou sustente com rrecisio) ao centro de uma nota, hibitos pobres de associacio Altura e timbre, juntos, definem a entonagéia. Cantar afinado, portanto, significa unificar 0 tom - on seja, levar 45 vOxeS a cantar com Sreqiiéncias similares ¢ timbres compativeis susgems coristas invariavelmente (¢ ineonscientemente) perpetuam «esses hibitos por muito tempo depois que as notas so aprendidas Portanto, nos estigios iniciais, corsja as notas assim como a afina- sfodasnotas, 2) Nao permita que os cantores "misturem fungSes". A execugio de um ritardando ou de um diminuendo deve set separada dda tendéncia natural que the € associada: a de cantar em ima fro-

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