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Dedicatéria Este trabalho demandou muito tempo e dedicagAo ao mais preciso conteido voltado para a maxima disponibilidade do ativo seja qual for o segmento. Tudo para nfo deixar nada de fora no que hd de mais moderno nas técnicas de manutengao industrial do mundo. Por isso dedico a pessoa que mais teve paciéncia ¢ tolerancia a falta de meus cuidados para com ela “ minha esposa Adma Cristina ” O foco deste tabalho e capacitar a manutengio para ser a melhor na guerra da competitividade industrial, onde quem usufluir deste manual poderd levar a manutengdo da empresa como uma vantagem competitiva perante os concorrentes, onde o ativo poderA produzir mais com menos recurso onde 0 custo de fabricagao ficaré mais atrativo ao cliente final. Assim como em RH Idalberto Chiavenato tem trabalhado para este foco, em Marketing Philip Kotler entre outros renomados em segmentos especificos no mundo das estratégias de captacao de vantagem competitiva empresarial, Nés da Fulltreina pretendemos levar a Fulltreina a ser referencia nas téenicas apresentadas na manutencAo assim como nos trabalhos académicos de técnicos e engenheiros. WWW.FULLTREINA.COM.BR https://;www.youtube.com/user/Fulltreina Jefferson Fujara de Souza Missao da manutengao Missdo da manutengao para Fulltreina: Capacitar os mantenedores para manter os ativos da empresa disponiveis a produgdo com baixo custo, com a maxima satisfacao dos colaboradores, Oferecendo a organizagao vantagem competitiva perantes seus concorrentes fazendo mais com menos. Visao da manuten¢gao Visao da manutengao para Fulltreina : Ser referéncia mundial EM PCM VIA - SAP, com exceléncia em confiabilidade, alinhado com as diretrizes da empresa com foco ao atendimendo ao cliente. Indice Capitulo 01 — Objetivo do manual pag - 05 Capitulo 02 - TPM pag - 06 Capitulo 03 - Manutengées geral pag -13 Capitulo 04 — Lubrificacao Industrial pag - 27 Capitulo 06 - As estratégias manutengao planejada pag - 33 Capitulo 06 - SAP-PM_médulo de manutengao planejada pag - 60 Capitulo 07 — Almoxarifado de pegas de manutengao pag - 79 Capitulo 08 — Kpi’S de manutengao pag - 82 Capitulo 09 — Notas de TPM- SAP-PM pag - 94 Capitulo 10 - FLUXOGRAMA DO PCM pag ~ 105 Capitulo 11- TECNICAS DE MANUTENCAO QUEBRA ZERO. pag = 111 Capitulo 12—Normas e certificagdes da manutengao pag — 119 Capitulo 13Utilidades / EHS pag — 126 Capitulo 14— (RH) Avaliagdo de desempenho da manutengdio e mantenedores- 133, Capitulo 15 — conclusao e referencias pag - 144 CAPITULO 1 Introdugao © material apresentado 6 resultado de mais de 20 anos de desenvolvimento de técnicas administrativas voltadas para manutengao de qualquer segmento e tipo de equipamento Predial, Industrial, Transporte, Naval ou aeronautico etc, Este manual tem relacéo direta com todas as atividades de manutengdo, os exemplo sao detalhados mostrando as mais modernas técnicas de manutengao usadas nas multinacionais de todo mundo. O software de paremetro utilizado neste manual é o Sap-Pm mais utiizado no mundo pelas empresas multinacionais tais com Ford, Fiat, Embraer, GM, Johnson, Chery, Petrobras, entre outras milhares o.mundo todo. Tem 0 objetivo de registrar os processos e os procedimentos da manutengdo. Neste, seréo estabelecidos, a forma de organizagéo da manutengéo bem como as estratégias que sdo utllizadas. Serao estabelecidos e abordados também, os indicadores de desempenho, quais os documentos necessarios para registro dos eventos, qual 0 formato, como serao usados e preenchidos utilizando o SAP, médulo PM(Plant Maintenance), médulo de manutencdo da planta. Iremos oferecer as técnicas TPM, PCM, RCM, EHS na teoria com os conceitos e na prtica com formuldrios via sap transportados para formularios do Excel 2013 onde mostraremos de forma simple a programagao das atividades levando a organizacdo a zero acidentes e zero defeito/quebra: Ao final deste manual 0 leitor estaré apto a oferecer melhorias ou conduzir a organizagao a vantagem competitiva perante os demais concorrentes. Capitulo 2 TPM 2.1- OS OITOS PILARES DO PROCESSO ‘A maioria das empresas multinacionais hoje possui em seu escopo a metodologias de processo e a mais famosa e mais utilizada 6 a TPM, que 6 um método de gestdo focado na identificagao e eliminagao das perdas nos setores produtivos e administrativos; A utilizagao plena dos equipamentos, a eficdcia dos processos e o melhor desempenho do fator humano ‘que conduzem a empresa a um cenario de custos competitivos e produtos de qualidade total. A estrutura do TPM ‘esta fixada em oito pilares: EHS, ADM, CONTROLE INICIAL, QUALIDADE, CAPACITAGAO, MELHORIA, PLANEJADA, AUTONOMA. = 2 3 i 3 Figura 1 ~ Estrutura dos Pilares do TPM 2.4.1 PILAR DE EHS Deve ser tratado as condigdes inseguras e os atos inseguros com ferramentas administrativas. € software de gestéo mapeando os riscos e as condigées inseguras para tratativas com medidas. FERRAMENTAS PRATICA: Pixamide de Frank Bird. Grafico de ctiquetas vermelhas colocadas x retiradas, Projetos de melhorias com métode alcance. ART/ARA. 2.1.2 PILAR DE ADMINISTRATIVO Neste pilar deve fazer uma planilha master pontuando os pilares nos resultados de cada um individual, para ser apresentado a diretoria, ou seja cada pilar deve trazer resultados compativel as expectativas da diregdo de acordo com a implementagao. FERRAMENTAS: Planitha Master de gestao dos pilares, onde mensura os Resuttados 2.4.3 PILAR DE CONTROLE INICIAL Este pilar garante as melhorias de um projeto implementado no equipamento, ou seja a maquina deve ser entregue em perfeito estado de trabalho sem gambiarras e com todo controle de mudanga formatada e concluidos. CONTROLE LTNICIAL 2.1.4 PILAR DE MANUTENGAO DA QUALIDADE DOS PROCESSOS E PRODUTOS: Este pilar garante que todos as especificagdes do proceso e produtos esta sendo estabelecidos de acordo com controle de designer para que o processo nao deforme o produto final. 2.4.5 PILAR DE CAPACITAGAO Este pilar garante que a manutengao e operago esteja apto para executar suas fungdes de acordo com 0 mapa de habilidade, todo funcionario 6 medido sua capacidade e levantado ‘suas necessidades de treinamentos. Matriz de habilidade / Treinamentos 2.4.6 MELHORIA CONTINUA FERRAMENTAS: Dueaic com a ‘Metodologia Aleance Da Pulltreina Exemplo de um pequeno projeto de methoria 10 ALCANCE IDEIAS Este pilar gerencia os pequenos projetos de melhoria de produto, proceso e EHS, onde o funcionario identifica uma melhoria, aponta em um formulério de DMAIC. 0 D significa definir 0 problema ou a oportunidade de melhoria. ou seja os valores mensuraveis da proposta de © M caracteriza os dados de medi melhoria. © A analise de implementagéo onde deve ser usada ferramentas da qualidade para extratificar caso haja diversas melhorias envolvidas, bem como avaliar custos. © La implementagao da ideia proposta e avaliagao do sucesso com fotos de antes e depois di iplementagdo. E 0 Ga conclusao do projeto com a contabilidade dos gastos x retorno financeiro. ist 2.4.7 PILAR DE MANUTENGAO PLANEJADA Neste pilar trabalha forte na quebra zero para aumentar a disponibilidade do ativo ao menor custo com as manutengao preditiva e preventiva e corretiva programada Alcance quebra zero ( méritocracia), 2.1.8 PILAR DE MANUTENGAO AUTONOMA. Neste pilar & criado um padrao provisério de manual de limpeza e inspegao dos conjuntos que formam 0 equipamento, no passo 4 ¢ feito o padrao definitivo incluindo algumas ordens de preventiva que antes eram feitas pelos mecanicos e neste passo (4) é passado para operador incluindo no padrao definitivo de limpeza e inspegao sendo feito junto mas com tempo mais ‘espagado que no provisério, ou seja antes era feito em 2 horas, uma vez por més e no padrao definitivo fica no mesmo prazo e tempo da preventiva de acordo com o calendario master de preventiva. Para passar as atividades de manutengao para operador deve ter cuidado com a seguranga das inspegées e capacitar os operadores antes de iniciar as atividades de tranferencia. 12 Este processo ¢ importante para manutengdo, onde os técnicos passam a ser consultores dos operadores e 0s mecdnicose eletrénicos_passam a trabalhar mais com an e de vibragao, termografias e estudos estatisticos de CBM com base na identificagao dos pontos da curva PF com instrumentos de medi¢ao. FERRAMENTAS: Unspegses Ponta P/F! Tremamentos de Elementos de mdqninas, Ferramentas manuais © Informatica basica para cringe de ligdes de tun $6 ponto. Se entdo < Einstein para disseminar Esse processo se baseia na melhoria do desempenho através das pessoas, disponibilidade dos recursos produtivos, confiabilidade dos equipamentos e utilizagao da mao-de-obra e desempenno. A gestdo da manutengdo ¢ feita através de: > Controle do trabalho; > Planejamento e programagao do trabalho; > SAP: O médulo de aplicagéo PM (Plant Maintenance) apdia o planejamento, o processamento ¢ a execugo das tarefas de manutengao. > Registros dos equipamentos; 13 > Gestdo de contrato de servigos; > Gestdo do inventario de pegas; > Calibragéo; A gestdo da producdo é feita através de: > Normas de gestao de produgao e operagao; > Organizago do local de trabalho e layout; > Cuidado do ativo pelo operador; > Troca de equipamentos; > Estratégias de producéo; v Introdugao de novos produtos; A gestao da confiabilidade ¢ feita através de: > Realocacao e design de ativos; >» Manutengao centrada em confiabilidade; ‘A gestao da performance é feita através de: > Organizagao dos papéis ¢ prestagao de contas; > Desenvolvimento de habilidades e treinamentos; > Indicadores de manutengao; > Indicadores de produgao; > Eficacia global dos equipamentos; > Melhoria continua; 14 > Budget e custos; 2.2 Divisées dos centros de manutengao Nas maiorias das organizages a manutengao é mista, ou seja, cada centro produtivo, ou fabricas, possui um grupo de execugdo para realizagao das intervengées e atividades. Esses grupos seguem processos ¢ padrées definidos por um grupo centralizado formado por representantes das fabricas e o time da Engenharia de Manutengao. Os centros de Manutengdo estado divididos em: > Manutengao dos setores de produgao > Central de Utiidades; > Manutengao geral: 1. Calibragao 2. Central de Usinagem (prestadores de servigo); 3. Oficina de Empilhadeiras (prestadores de servigo); 4. Cehtral de manutengao Predial (prestadores de servico); Essa estrutura é dividida em trés grupos distintos: 1) Planejamento: Grupo de Planejamento é que define as regras e padrdes a serem seguidas pelo time de execugao, além de planejar, programar as manutengdes ndo emergenciais, so os guardises do sistema computadorizado que gerencia o processo, inserindo ou alterando dados, realizando cadastro de equipamentos, etc. 15 Inseridos nesse grupo estéo a engenharia de manutengao, o time de planejamento da manutengao, 0 almoxarifado de pegas , engenharia de confiabilidade e representantes das reas de Manufatura (execugao), para auxilio de desenvolvimentos e tomadas de decisdo. 2) Execugéo: Inseridos nesse grupo estdo todos os mantenedores e sua lideranga. Sua responsabilidade é a de executar as atividades programadas pelo grupo de planejamento, atendimento emergencial e melhorias em equipamentos com suporte de engenharia. Também sao os responsdveis em gerar informagées ¢ historico sobre os equipamentos, trabalhos voltados a melhoria da manutengao tendo como ferramenta de direcionamento as métricas de manutengao estipuladas pela engenharia de manutencao. 16 3) Controle: E © grupo responsavel em realizar auditorias nas areas de execugao dos processos, garantindo assim a padronizago e atendimento as regras internas de qualidade e requisitos de legislagao e regulatérios. Esse grupo ¢ formado por auditores do setor de qualidade com suporte da engenharia de manutengdo. Para melhor compreensdo quanto a divisdo dos responsaveis pelo planejamento e execugao da manutengao, seguem abaixo os organogramas que mostram como essas dreas estéo divididas: Planejamento e controle da manutengdo: Supervisor Engenharia de ‘Manutensso Almoxarifado cmpihadeias| Figura 3-Organograma do site Maintenance & Facilites 7 Responsdveis pela execucao da manutene: Lider 1/ Producao Supervisor de Manutengao Planejadores/ Facilitadores Facilitador TPM. Mantenedores Figura 4-Organograma dos responsdveis pela execugao da manutengso 18 Capitulo 3 Manutengao geral Até 1990 a manutengdo era vista como um cantinho sujo de reparo de pegas, onde ninguém dava atengo, além de intitular como uma area geradora de gastos. Em tempos modernos de ‘manutengao de quarta e quinta geragao onde a qualidade do produto esta diretamente ligada as manutengdes realizadas nos prazos pré-determinados, onde um atraso pode levar a um desvio de qualidade, houve um mudanga geral nos conceitos onde tiveram que se inovar com tecnicas avangadas de confiabilidade. Neste capitulo serao abordadas as areas em que a manutengao esté inserida direta ou indiretamente, serao abordados o contexto de trabalho de cada uma delas e como a manutengéo hage em cada uma destas dreas. Este capitulo também define prazos e metodologias, a fim de uniformizar as praticas em todos os setores, de forma a tornar os processos mais robustos. 3.1 Calibragao A calibragao assim como a manutengio geral passaram pela transformago de mudanga ao longo do tempo, tiveram que se adquar as normas para o cumprimento de requisitos de qualidade nos processo e produto. Isso porque um instrumento que passa de sua data de calibragdo pode comprometer a qualidade final do produto, como exemplo um termometro digital que mede a temperatura de um reator, que sua especificagdo de 100°C +02 com isso ele pode chegar a + 102° C ou— 102° C e se o termémetro estiver desrregulado esta temperatura estiver diferente do especificado vai aterar a qualidade do produto que esta em cozimento dentro do reator, com por exemplo sua viscosidade, onde acarretard em uma recusa de processo de alto valor finaceiro( Gerando Perdas, retrabalhos, Recusas de material ¢ até processos judiciais no casos de fabricagio de remedios). 19 O sistema de calibragao nas organizages ¢ documentado e descrito nos Procedimentos ( Programa de calibragdo e ajuste de instrumentos de medigao ) Calibragao 6 0 conjunto de operagées que estabelece, sob condigées especificas, a relagdo entre os valores indicados por um instrumento de medigao ou sistema de medigao ou valores representados por uma medida materializada ou um material de referéncia, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrées. As principais caracteristicas do sistema de calibragdo da Johnson &Johnson Industrial sao: > Sistema integrado interagindo em tempo real; v Gerenciamento automatico das calibragdes por Sistema informatizado; > Sistema disponibilizado.em rede para usuarios chaves com acesso ao cadastro dos ‘equipamentos e aos resultados de suas calibragdes; como exemplo Tovis/QIS (Quality Information System, sistema de qualidade integrado que gerencia o processo de calibragdovatravés do médulo metrologia). v Categorizacao de instrumentos (que permite calibrar somente instrumentos criticos otimizando recursos e reduzindo gastos); v Utiliza 0 critério de Schumaker que permite otimizar recursos da area de calibragao identificar desvios; > Opera com “Sistema de Gestéo da Medico" em conformidade com a norma ISO 10012. Principais Grandezas de medigao atendidas pela Area de calibracao » Dimensional, > Temperatura & Umidade ; > Pressao; > Forga: > Volumetria ; 20 v Peso; v Espectrometria ; > Densidade; v Vazao; y Eletricidade; O envolvimento da manutengao em relagao a calibragdo esta no conserto dos Equipamentos de Inspegao, Medigao e Ensaios (EIMES). Para as manutengées preventivas existem os planos de manutengao gerenciados pelo sistema informatizad de forma que o planejador de manutengéo da calibragéo possa programar os técnicos de calibragdo. Para as manutengées corretivas, a propria area realiza 0 conserto, o instrlimentista da fabrica verifica e parametriza o equipamento, em seguida aciona © setor de calibragdo para fazer a inspegdo final, somente entdo tal equipamento poder ser utilizado normalmente. Em auditorias de qualidade os auditores sempre buscam ver os certificados de calibragao e 08 desvios de manutengao, que s40 0s dias de atraso de execugdo das ordens de servigo. Onde se uma ordem atrasar deve ser justificada pois nao se tem garantia dos produtos que foram fabricados apés o vencimento de uma ordem, ou seja, depois do prazo final da manutengao todo produto prozuduzido deve ser quarentenado para analise de qualidade e somente depois de avalidao e aprovado deve ser liberado para mercado consumidor, 21 3.2 - Central de usinagem Nas organizagoes multinacionais, podem existir centrais de usinagens com funcionarios diretos trabalhando nos tornosd e CNC ou indiretos da mesma forma, assim como contratagées de empresas de fora da empresa para prestagao de servico direto, assim como para servigos emergenciais e planejado. Todas as especificagdes e prazos aqui determinados estéo em acordo com o SLA (Service Level Agreement) da central de usinagem, previamente aprovado pelas dreas a quem sao prestados os servicos. © objetivo da central de usinagem 6 atender a organizagéo com o processo de usinagem, agilizando o atendimento as manutengées emergenciais e preventivas, desenvolvimento de processos de melhorias com foco em qualidade e redugao de custos. Execugao das atividades de usinagem com equipamentos basicos: > Retificas cilindricas; v Retifica plana T63; > Fresadoras ferramenteiras cone Morse S030 e com cabegote chaveteiro; > Toro de 4m de barramento, altura sobre carro 600 me semacava 800 mm; v Torno Romi S20A; v Fresadora CNC com quarto eixo MH700C; v Furadeira de coluna; > Serra franho; > Esmeril; > Talhas com capacidades de acima de 300kg; > Area de soldagem (MIG / Aluminio / Ago Inox / Agos ) entre outros; Programagao de Trabalho: 22 Os principais trabalhos realizados pela central de usinagem sao: + Afiagao de cortantes, retifica de contra-faca; + Atendimentos emergenciais; + Confecgao e recuperagdo de: eixos e rolos, fusos, chavetas, polias, acoplamentos, ‘engrenagens, buchas e sedes. Segue abaixo a metodologia para a execugo dos trabalhos: 1) Area solicitante abre ordem PM06, ou outro tipo estabelecido pela empresa com ABAP do Sap solicitando servigo, na abertura da ordem deve ser colocado o CT genérico da usinagem. 2) Cabe ao solicitante enviar para area de usinagem: desenho, croqui ou pega de amostra e prazo de entrega desejado. Obs.: O prazo de'entrega deverd ser negociado com o planejador de usinagem ou de terceiro caso seja, mediante andlise da programagao semanal e didria. 3) Ao receber a. solicitagao de servigo, o planejador ira avaliar 0 tempo de entrega e disponibilidade de mao de obra e material necessario, havendo duas alterativas: > Fabricagao externa: Serao realizados trés orgamentos com fornecedores extemnos, no é 0 cumprimento de uma norma, mas uma boa pratica para futuras auditorias, ‘onde o gerenciamento do contrato de servigo, prazo de execugdo e qualidade do servigo serd de responsabilidade da oficina de usinagem v Fabricagdo interna: Para fabricagao interna é realizada uma programagao semanal e didria dos servigos gerados e cabe ao planejador de usinagem gerenciar esta atividade. E importante ressaltar que a avaliagao de necessidade de fabricagao interna ou externa deverd ser feita somente pelo planejador da central de usinagem. Programagao Diaria: 23 1) © planejador faz o levantamento das ordens que estéo programadas na semana, divide por dia e executa 0 preenchimento do quadro de programagao didria. 2) O planejador faz a distribuigdo das atividades por turno de trabalho e mantenedor. 3) © quadro de programagao diario é dividido por mantenedor e tempo de cada atividade. QUADRO DE PROGRAMACAO SEMANAL DAS ORDENS DE SERVICO QUINTA | SEXTA Nomes | SEGUNDA | TERCA | QUARTA JOK0 PEDRO ANTONIO ‘GERALDO ROMILDO JUNIOR UVRE Figura 7 — Programacio dria da oficna de us No quadro so colocadas etiquetas com as seguintes informagées : > Numero da ordem; > Resumo da solicitagao do servigo; Programagao Semanal: 1) De posse das informagées contidas na planilha de controle o planejador de usinagem executa a programagao semanal e distribui as atividades para os mantenedores. 24 2) As ordens ficam em um quadro de programagao semanal fixado na oficina de usinagem, de forma a garantir um facil gerenciamento visual de todas as atividades planejadas. Figura 8 -Programagao semanal da oficina de usinagem Obs.: As ordens somente so planejadas mediante a compra de material e ferramental necessario para execugao do servigo, o material seré comprado pelo sistema ARIBA & debitado na ordem PMO6 referente ao servigo. Trabalhos emergenciai 1) Para execugdo de servigos emergenciais deverd ser aberto ordem PMO6 com CT genérico. 2) O trabalho devera ser negociado com o planejador, e em caso de extrema urgéncia e a auséncia do mesmo, o trabalho poder ser negociado diretamente com o mantenedor da oficina de usinagem. Encerramento do Trabalho: 25 1) Apés encerramento do trabalho o mantenedor deve encerrar tecnicamente a ordem, para o langamento das horas trabalhadas, utilizando transagao IW42 2) A pega pronta deve ficar na prateleira a espera da retirada, que deve ser feita pelo solicitante do servigo. Afiagdo de facas: Para afiagao de facas ha a disposi¢ao de mecénicos, sendo: das 8:00h as 17: Oh, das 14:00h as 22:00h ou varia de acordo com a organizagaio E so usados os seguintes equipamentos: > Retificas cilindricas; > Retifica plana; > Fresadora CNC com quarto eixo; O planejador é responsdvel pelo recebimento das facas e contras facas que sao recebidas via sistema delivery. © sistema delivery é um sistema adotado para agilizar 0 tramite de pegas entre as fabricas e a oficina de usinagem. Um funciondrio terceiro do almoxarifado é acionado e coleta as pegas a serem trabalhadas na fabrica solicitante e apés as mesmas prontas as leva de volta da central de usinagem para o solicitante. ‘As pegas sdo armazenadas em um layout especifico, separadas da usinagem convencional. ‘Apés processo de afiagéo, 0 cortante 6 testado no dispositive proprio para verificar a eficiéneia do corte. Em seguida, o mecanico coloca o cortante na caixa correspondente ao produto e armazena no layout especifico; O planejador aciona o delivery que se encarrega de fazer a devolugao para as areas. A abertura e encerramento da ordem seguem o mesmo procedimento da usinagem convencional. 26 3.3 - Oficina de empilhadeiras A oficina de empilhadeira é uma prestadora de servigos de mnautengdo com funciondrios internos ou externos, dependendo da estrategia e tamanho da empresa. Dentre os locais que usam as empilhadeiras sao: * MAM (Movimentacao e administraao de materiais); + CRR (central de reciclagem de residuos); * DPA ( Distribuigao de Produto Acabado ) * CD (centros de distribuigdo externos e intrnos da empresa ) No MAM, so armazenadas as matérias-primas. Sao depésitos que ficam alocados préximos ou dentro de cada fabrica que atende cada um tendo seus préprios equipamentos de movimentagao de cargas. No caso de trabalhos diretos na empresa a equipe responsdvel pela oficina de empilhadeiras 6 formada por mecanicos especializados em equipamentos de movimentagao, téchi¢o responsavel pela oficina e planejador de manutengdo. Em estrutura de confiabilidade normalmente a administragao da oficina de empilhadeiras é de responsabilidade do setor de Engenharia de Manutengdo. A oficina de empilhadeira é responsavel pela manutengao dos seguintes equipamentos e setores: Empilhadeiras elétricas: Sao equipamentos versdteis em fungéo do seu desenho e de suas caracteristicas operacionais, sdo préprios para serem operados em lugares fechados, como: depésitos armazéns. Séo compactas, para que possam realizar tarefas em corredores estreitos, 27 possuem uma torre de elevagéo com grande altura aumentando consideravelmente a capacidade de armazenagem e estocagem em prateleiras. Figura 9-Empihadeira elétrica Empilhadeiras a combustéo: As empilhadeiras & combustéo GLP sao utilizadas mais comumente em patios e docas. Séo mais robustas e possuem capacidades que podem chegar a até 70 toneladas, e altura de elevagao até 6,5 metros. Além destas caracteristicas, sao disponibilizados também varios acessérios qué-podem aumentar a capacidade, autonomia e adequagéo a trabalhos espectficos. Paleteiras elétricas e manuais: Equipamentos que trabalham da mesma forma que as empilhadeiras, mas que operam de forma longitudinal. Salas de baterias: As salas de baterias sdo os locais onde as baterias das empilhadeiras elétricas sdo recarregadas e onde sao realizadas as manutengdes das mesmas. Em nosso parque que industrial ha 4 salas de baterias internas e uma localizada no depésito extemo. Sao necessarios cuidados especiais na construgdo de uma sala de recarga devido ao alto risco de explosées e contaminagao causada pelo fluido da bateria. 28 Porta palets: Prateleiras que armazenam os palets. Portas automaticas do MAM e cortinas de ar: A cortina de ar é instalada sobre a porta. Ela age criando uma barreira de vento que impede a entrada no ambiente interno de insetos, poeira, poluigao e odores. Em auditorias de qualidade para produtos que fabricam para EUA, onde FDA coloca algumas barreiras comerciais exigindo grau maximo de qaulidade para produtos que entram nos EUA, é necessario fazer analise de pressdo de ar interno a rea fabril, ou seja, mede antes da porta automatica e depois, onde a.pressdo interna deve ser maior que a intea, expulsando impurezas para fora no momento da abertura da porta. Caso seja o contrario a interna menor que a externa as impurazas vao entrar e contaminar os produtos e maquinas, com isso deve se fazer analise dos filtros de ar condicionados caso tenha e insulflamento de ar, aumentando a vazio nos dampers para aumentar a presso. Manutengdo das baterias: As baterias utilizadas aqui sao de Chumbo-acido, temos 4 tipos diferentes de baterias:24 volts, 36 volts,48 volts e 80 volts. Diariamente uma empresa terceirizada realiza a manutengo das baterias, de forma que em um ciclo de uma semana, todas as baterias passem pelos processos de: limpeza, abastecimento de agua e medicao e controle da densidade. Manutengdo das empithadeiras, paleteiras e portas automaticas do MAM: ‘A manutengao desses equipamentos ¢ feita de acordo com a estratégia G (ver o treinamento para criagéo de planos, SAP, na biblioteca técnica para detalhes). Essa estratégia é utilizada 29 para intervalos mensais ou miiltiplos do mesmo, onde também é possivel elaborar listas de tarefas com hierarquia e mais de um intervalo de execugao 3.4 Central de manutengao Predial ‘A importancia da central de manutengao predial esté na conservagao constante das instalages da empresa, garantia da funcionalidade de suas instalagdes e a seguranga dos que nela trabalham ou circulam. importante salientar que essa atividade deve ser exercida por pessoas especializadas por meio de programas especificos de acordo com a necessidade. Divisdo da manutengao predial Para a execugao da manutengao predial pode existir uma equipe interna ou externa que realiza reparos fo parque ( organizagao ) e no MAM (depésito externo); ressaltando que para execugdo de trabalhos que envolvem eletricidade, existe uma série de normas regidas pela NR10(Norma Regulamentadora de Seguranga em Instalagdes e Servigos em Eletricidade); ‘onde & necessdrio treinamentos e certificagdes para a realizagao do mesmo, devido aos riscos envolvido nesse tipo de trabalho. As principais atividades da manutengao predial séo : > Pintura de paredes, pisos e maquinas; > Substituigao de lampadas e manutengdo elétrica; > Servigos hidraulicos (4gua e esgoto); > Manutengaio em telhados; v Manutengao em forros, divisérias e pisos (laminados e carpetes); y Manutengdo civil > Servigos de marcenaria; 30 > _Funcionamento da manutencdo predial Quando é identificada a necessidade de manutengao predial, deve ser aberta no SAP, uma ordem PMO5 ou qual for o ABAP de empresa que é direcionada a Central de Manutengo Predial. (E importante salientar que a ordem deve conter todas as informagées necessarias para a execugdo do trabalho e indicar o responsdvel pela abertura da ordem e o ramal.) A seguir, a ordem sera analisada pelo planejador da central de manutengao predial, onde sera definido se a execugao do trabalho sera interna ou externa, Se o trabalho for interno, sera analisada a necessidade de compra de material. © planejador iré programar a execugao da ordem e a equipe da central de manutengao predial ira executar 0 trabalho, langar as informagées na ordem e encerrar a mesma. Se 0 trabalho for extemo, a empresa contratada ird elaborar o orgamento que passara pela andlise do planejador de manutengdo predial e aprovagao do solicitante. Apés a aprovagao, a ‘empresa contratada realiza’o trabalho e o responsdvel da area ird avaliar o trabalho realizado. © coordenador dacentral de manutengao predial analisa todas as avaliagGes feitas, de forma a garantir que os fornecedores estéo cumprindo todos os requisitos dos padrées exigidos. Para que haja o controle dos trabalhos externos, cada forecedor envia semanalmente ao planejador de manutengao predial a programagao dos servigos que serao realizados com prazos e especificages dos mesmos, para prévia aprovagao de prazos. Observagées: > Para trabalhos emergenciais e que envolvam risco a seguranga, 0 solicitante deveré contatar 0 Coordenador da Central de Manuten¢ao Predial. E importante ressaltar queda mesma forma, deverd ser aberta uma ordem PMO5. > As ordens PMOS conforme ABAP da empresa que nao estiverem em Status LIOR (Livre de orgamento) ou SOAP (Solicitagao de orgamento) ficam paradas no sistema; > As ordens abertas fora dos padrées corretos sdo encerradas no sistema em 90 dias. 31 > Avaliagao dos fornecedores: Para que haja a garantia de que os servigos prestados estéo em conformidade com os padrées de qualidades exigidos pela companhia, hé uma constante avaliagéo dos fornecedores; realizada através de uma planilha que contém toda a rastreabilidade do servigo executado, desde 0 orgamento a execucdo propriamente dita Capitulo 4 Lubrificagao Industrial Dados histéricos confirmam que ha mais de mil anos A.C. o homem ja utilizava processos de diminuic&o de atrito, sem conhecer estes principios, através de sebo de animais nas bordas das rodas para evitar atrito, aumentando a vida til das rodas para viagens longas nas corroagens, como hoje, so conhecidos por lubrificagdo. Concluimos que a lubrificagao serve para evitar atritos entre duas partes. 4.1 A lubrificagdo Era necessério descobrir um meio de minimizar o atrito. O meio ambiente preferido da lubrificagdo geralmente é a drea de atrito. Da mesma maneira que existem diferentes tipos de atrito, existem diferentes tipos de lubrificantes (éleo lubrificante, graxa, etc.), Os diferentes tipos de atrito séo encontrados em qualquer tipo de movimento entre sélidos, liquidos ou gases. O atrito pode ser definide como a resisténcia que se manifesta ao se movimentar um corpo sobre uma superficie Como 0 atrito é sempre menor que o atrito sdlido, a lubrificagdo consiste na interposicao de uma substdncia fluida entre duas superficies, evitando-se assim, 0 contato sélido com sélido, produzindo-se o atrito fluido. Superficie Mevel Tipo de ensaio O que determina 0 ensaio Viscosidade Resisténcia ao escoamento oferecida pelo dleo. A viscosidade é inversamente proporcional & temperatura. O ensaio é efetuado em aparelhos denominados viscosimetros. Os viscosimetros mais utilizados so Saybolt, 0 Engler, o Redwood e o Ostwald. Indice de viscosidade Mostra como varia a viscosidade de um éleo conforme as variacées de temperatura. Os dleos minerais parafinicos sdo os que apresentam menor variacao da viscosidade quando varia a temperatura e, por isso, possuem indices de viscosidade mais elevados que os nafténicos. Desnidade relativa Relagdio entre a densidade do dleo a 20°C e a densidade da agua a 4°C ou a relago entre a densidade do 6leo a 60°F a densidade da dgua a 60°F 33 Ponto de fulgor (flash point) Ponto de comustdo Ponto de minima fluidez Residuos de carvao Temperatura minima a qual pode inflamar-se o vapor de dleo, no minimo, durante 5 segundos. O ponto de fulgor é um dado importante quando se lida com éleos que trabalham em altas temperaturas. Temperatura minima em que se sustenta a queima do dleo. Temperatura minima em que ocorre © escoamento do dleo por gravidade. O ponto de minima fluidez 6 um dado importante quando se lida com dleos que trabalham em baixas temperaturas, Residuos sdlidos que permanecem apés a destilacéo destrutiva do 6leo. 4.2 Graxas As graxas so compostos lubrificantes semi-sélidos constituidos por uma mistura de dleo, aditivos e agentes engrossadores chamados sabées metalicos, & base de aluminio, calcio, sédio, litio e bario. Elas so utilizadas onde 0 uso de dleos nao é recomendado. As graxas também passam por _O que determina 0 ensaio ensaios fisicos padronizados e os principais encontram-se no quadro a seguir. Tipo de ensaio Consisténcia Dureza relativa, resist€ncia & penetracao, Estrutura Tato, aparéncia. Filamentacao Capacidade de formar fios ou filamentos. Adesividade Capacidade de aderéncia. Ponto de fusao ou gotejo Temperatura na qual a graxa passa para o estado liquido. 4.2.1 Tipos de graxa Os tipos de graxa so classificados com base no sabio utilizado em sua fabricacio, Graxa a base de aluminio: macia; quase sempre filamentosa; resistente & Agua; boa estabilidade estrutural quando em uso; pode trabalhar em temperatu- ras de até 71°C. E utilizada em mancais de rolamento de baixa velocidade e em chassis. Graxa a base de célcio: vaselinada; resistente & dgua; boa estabilidade estrutural quando em uso; deixa-se aplicar facilmente com pistola; pode traba- Ihar em temperaturas de até 77°C. E aplicada em chassis e em bombas d’agua. Graxa a base de sédio: geralmente fibrosa; em geral nao resiste a agua; boa estabilidade estrutural quando em uso. Pode trabalhar em ambientes com temperatura de até 150°C. E aplicada em mancais de rolamento, mancais de rodas, juntas universais etc. Graxa a base de litio: vaselinada; boa estabilidade estrutural quando em uso; resistente a dgua; pode trabalhar em temperaturas de até 150°C. E utilizada em veiculos automotivos e na aviacao. Graxa a base de brio: caracteristicas gerais semelhantes as graxas a base de litio. Graxa mista: é constituida por uma mistura de sabes. Assim, temos graxas mistas a base de sédio-cdlcio, sédio-aluminio etc. Além dessas graxas, hd graxas de miltiplas aplicagdes, graxas especiais e graxas sintéticas, 4.3 Lubrificantes séli jos Algumas substancias sélidas apresentam caracteristicas peculiares que permitem a sua utilizacéo como lubrificantes, em condigées especiais de servico. Entre as caracteristicas importantes dessas substéncias, merecem ser mencionadas as seguintes - baixa resisténcia ao cisalhamento; - estabilidade a temperaturas elevadas; 4.4 Lub: “agdéo de mancais de deslizamento © tragado correto dos chanfros e ranhuras de distribuicao do lubrificante nos mancais de deslizamento é o fator primordial para se assegurar a lubrificacéo adequada. Os mancais de deslizamento podem ser lubrificados com éleo ou com graxa. No caso de dleo, a viscosidade € 0 principal fator a ser levado em consideragao; no caso de graxa, a sua consisténcia é o fator relevante Aescolha de'um dleo ou de uma graxa também depende dos seguintes fatores: - geometria do mancal: dimensées, didmetro, folga mancal/eixo; - rotacao do eixo; + carga no mancal; + temperatura de operag&o do mancal; + condigdes ambientais: temperatura, umidade, poeira e contaminantes; + método de aplicacao. 4.4.1 Lubrificagéo de mancais de rolamento Os rolamentos axiais autocompensadores de rolos s&o lubrificados, normalmente, com éleo. Todos os demais tipos de rolamentos podem ser lubrificados com éleo ou com graxa. 4.4.2 Lubrificagdo com graxa Em mancais de facil acesso, a caixa pode ser aberta para se renovar ou completar a graxa. Quando a caixa é bipartida, retira-se a parte superior; caixas inteiricas dispdem de tampas laterais facilmente removiveis. Como regra geral, a caixa deve ser cheia apenas até um terco ou metade de seu espaco livre com uma graxa de boa qualidade, possivelmente a base de litio. 4.4.3 Lubrificagao com éleo © nivel de dieo dentro da caixa de rolamentos deve ser mantido baixo, ndo excedendo o centro do corpo rolante inferior. E muito conveniente o emprego de um sistema circulatério para 0 dleo e, em alguns casos, recomenda- se 0 uso de lubrificag&o por neblina. 4.4.4 Intervalos de lubrificagao No caso de rolamentos lubrificados por banho de éleo, o periodo de troca de dleo depende, fundamentalmente, da temperatura de funcionamento do rolamento e da possibilidade de contaminac&o proveniente do ambiente. Nao havendo grande possibilidade de poluic&o, e sendo a temperatura inferior a 50°C, 0 dleo pode ser trocado apenas uma vez por ano. Para temperaturas em torno de 100°C, este intervalo cai para 60 ou 90 dias. 4.4.5 Lubrificagdo dos mancais dos motores Temperatura, rotacdo e carga do mancal s&o os fatores que vo direcionar a escolha do lubrificante. 4.5 Regra géral: + temperaturas altas: dleo mais viscoso ou uma graxa que se mantenha consistente; + altas rotacdes: usar dleo mais fino; baixas rotagdes: usar dleo mais viscoso. 4.5.1 Lubrificacgéo de engrenagens fechadas A completa separacao das superficies dos dentes das engrenagens durante o engrenamento implica presenca de uma pelicula de dleo de espessura sufici ente para que as saliéncias microscépicas destas superficies ndo se toquem. O dleo é aplicado as engrenagens fechadas por meio de salpico ou de circulagao. A selecao do dleo para engrenagens depende dos seguintes fatores: tipo de engrenagem, rotagao do pinhao, grau de redugao, temperatura de servico, poténcia, natureza da carga, tipo de acionamento, método de aplicacdo e contaminacao. 4.5.2 Lubrificagdo de engrenagens abertas Nao é pratico nem econémico encerrar alguns tipos de engrenagem numa caixa. Estas so as chamadas engrenagens abertas. As engrenagens abertas s6 podem ser lubrificadas intermitentemente e, muitas vezes, sé a intervalos regulares, proporcionando peliculas lubrificantes de espessuras minimas entre os dentes, prevalecendo as condigées de lubrificacao limitrofe. Ao selecionar o lubrificante de engrenagens abertas, é necessdrio levar em consideracao as seguintes condigées: temperatura, método de aplicaco, condigées ambientais e material da engrenagem. 4.6 Lubrificagao de motorredutores A escolha de um éleo para lubrificar motorredutores deve ser feita considerando-se os seguintes fatores: tipo de engrenagens; rotacao do motor; temperatura de operagao e carga. No geral, 0 dleo deve ser quimicamente estavel para suportar oxidagées e resistir oxidagao. 4.6.1 Lubrificagdo de maquinas-ferramenta Existe, atualmente, um numero consideravel de maquinas-ferramenta com uma extensa variedade de tipos de'modelos, dos mais rudimentares aqueles mais sofisticados, fabricados segundo as tecnologias mais avangadas Diante de tao grande variedade de maquinas-ferramenta, recomenda-se a leitura atenta do manual do fabricante do equipamento, no qual serao encontradas indicagées precisas, para lubrificagao-e produtos a serem utilizados. Para equipamentos mais antigos, e nao se dispondo de informagées mais precisas, as seguintes indicages genéricas podem ser obedecidas: Sistema de circulagao forgada- dleo lubrificante de primeira linha com numero de viscosidade S 215 (ASTM). Lubrificago intermitente (oleadeiras, copo conta-gotas etc.) dleo mineral puro com ntimero de viscosidade S 315 (ASTM) Fusos de alta velocidade (acima de 3000 rpm)- éleo lubrificante de primeira linha, de base parafinica, com niimero de viscosidade S 75 (ASTM). Fusos de velocidade moderada (abaixo de 3000 rpm)- éleo lubrificante de primeira linha, de base parafinica, com nimero de viscosidade S 105 (ASTM). Guias e barramentos- éleos lubrificantes contendo aditivos de adesividade e inibidores de oxidagdo e corrosao, com ntimero de viscosidade S 1000 (ASTM). Caixas de redugao- para servigos leves podem ser utilizados éleos com ntimero de viscosidade S 1000 (ASTM) aditivados convenientemente com antioxidantes, antiespumantes etc. Para servigos pesados, recomendam-se dleos com aditivos de extrema pressdo e com ntimero de viscosidade $ 2150 (ASTM). Lubrificagao a graxa- em todos os pontos de lubrificacao a graxa pode-se utilizar um mesmo produto. Sugere-se a utilizagao de graxas a base de sabao de litio de multipla aplicagao e consisténcia NLGI 2. Observagées: S = Saybolt;A ST M ASTM = American Society of Testing Materials (Sociedade Americana de Materiais de Teste). NLGI = National Lubricating Grease Institute (Instituto Nacional de Graxa Lubrificante). Em resumo, por mais complicada que uma maquina parega, hd apenas trés elementos a lubrificar: 1. Apoios de varios tipos, tais como: mancais de deslizamento ou rolamento, guia ete 2. Engrenagens de dentes retos, helicoidais, parafusos de rosca sem-fim etc., que podem estar descobertas ou encerradas em caixas fechadas. 3. Cilindros, como os que se encontram nos compressores e em toda a espécie de motores, bombas ou outras maquinas com émbolos. Capitulo 5 As estratégias e programas de gerenciamento da manutengao planejada E necessério 0 planejamento da manutengao para que os eventos ocorram dentro de parametros aceitaveis e desejados, tanto em tempo, quanto no uso de recursos e seu custo.A seguir sero apresentadas as estratégias e programas de gerenciamento utilizadas para a manutengao planejada, 5.1 Tipos de Manutengao 5.1.1 Manutengdo Corre! a: ‘A manutengdo corretiva aquela que somente atua quando hd uma perda de fungdo parcial ou total de um equipamento (quebra ou falha) que ocorre inesperadamente, 0 que torna o proceso produtivo pouco confidvel; ndo permite uma preparagao prévia, pois nao é possivel saber com preciso quando a mesma ird ocorrer ou quanto tempo seré necessério para sua correcdo. Esse tipo de manutengéo causa uma carga de trabalho inconstante, baixa confiabilidade e custo elevado. Existem dois tipos de Manutengao Corretiva: 1) Manutengao Corretiva no Planejada (Emergencial): A corregao da falha ¢ feita somente depois que ela acontece, causando altos custos devido ao impacto no volume de produgéo, qualidade e custos operacionais, além dos custos diretos do reparo; podem causar danos maiores, pois sua ocorréncia pode afetar outras partes do equipamento (danos secundérios). 2) Manutengao Corretiva Planejada: E a manutengao feita em carater “detectivo", ou seja, quando uma falha potencial é detectada por uma inspegdo e ela indica uma possivel parada por quebra, um planejamento para o reparo ¢ feito visando solucionar © problema e, por esse motivo, obtém-se um resultado mais eficiente e menos dispendioso que a emergencial..Esses dois tipos de manutengéo também sao conhecidos como manutengao emergencial e manutengdo corretiva programada. 5.1.2 Manutengao Preventiva; E a manutengdo realizada para-reduzir e/ou evitar falhas e/ou queda no desempenho, obedecendo a um planejamento baseado em intervalos definidos de tempo. © grau de eficiéneia da manutengao preventiva depende da determinagao dos intervalos de tempo corretos e um roteiro de atividades bem definido, que podem ser feitos através da experiéncia dos mantenedores, histérico de ocorréncias, manual do fabricante ou andlises de confiabilidade, como RCM, FMECA ou outros métodos. A aplicagao do sistema de Manutengao Preventiva, além da redugéo de perdas provocadas Por falhas, também traz outros beneficios como: > Aumento na disponibilidade do ativo para a produgao: v Manutengao da confiabilidade intrinseca; > Redugdo nos riscos de acidentes e danos ambientais; > Redugdio dos custos totais de manutengdo; v Melhor previsdo orgamentaria; 40 > Melhor gestao de estoque de pegas sobressalentes; Como a Manutengao Preventiva esta baseada em intervalos de tempo, é conhecida também como TIME BASED MAINTENANCE — TBM, Manutengao Baseada no Tempo, Tarefa Programada de Recuperacdo, Tarefa Programada de Descarte e Tarefa Programada de Localizagao de Falha. Em auditorias de seguranga ou qualidade, sempre e visto os desvios de tempo, ou seja qual foi o tempo entre 0 programado ¢ 0 executado, isso porque se passar da tolerancia + dias _conforme mostra a tabela abaixo pode causar acidentes ou N.C ( Nao conformidades de qualidade). Como exemplo um plano de lubrificagao semanal que na tabela diz 7 dias, onde com isso tem somente 01 diapara + ou para — 01 dia, com isso se fizer em 02 dias depois da data jaesta N.C nao conforme, asim para todos os planos de maior tolerancias, Segue abaixo a tabela de tolerdncia para execugdo de manutengdes preventivas: DIAS | % | TOLERANCIAS 7 15 +1010 as [45 | #2DIAs 30 | a5 | aspias 6o | 15 | ¢8pias 120 | 15 | #18pIAs aso | 15 | +27 p1IAas 365__| 1s | +54 Dias 74 DE TABELA DE TOLERANGIA AO PLANO 41 5.1.3 Manutengao Preditiva: Baseada no acompanhamento de efeitos de falhas potenciais (efeitos dindmicos, efeitos de particulas, efeitos quimicos, efeitos fisicos, efeitos de temperatura e efeitos elétricos) que indicam 0 desempenho dos equipamentos, de forma sistemdtica, pode-se definir a necessidade ou no de uma intervengdo, onde podemos identificar com base na condigao do atual momento do equipamento o inicio da ruptura ou desgaste, identificando © ponto inicial da falha, a curva PF. Na ultima geragao da manutengao com bases no homem para adquirir 0 resultados é utilizado a TPM com base para estes resultados, onde 0 homem com seus conhecimentos do equipamento e 5 sentidos identifique anomalias em um 1° momento e quando a anomalia é oculta aos seus 5 sentidos, entram entéo os instrumentos de medigéo de vibrago, térmica, ferrografica e ultra som para auxiliar na deteceao das anomalias. ‘Alem da inspegdo humana podemos fazer esses acompanhamentos por (A) Termografica, (8) Analises de vibracao,(C) Ferrografia, inspegdes periédicas baseadas em um roteiro pré- determinado, etc. Pela andlise desses resultados & possivel detectar com antecedéncia a falha potencial e planejar uma intervengao sem causar prejuizos maiores a produtividade. Esse tipo de manutengdo & também conhecido como Manutengao Baseada em Condicao, Tarefa sob Condigéo ou CBM (CONDITION BASED MANTENANCE). 42 Quando se fala em inspecao néo podemos deixar de fora a curva PF. Onde P é 0 ponto que se inicia a falha e o F a falha total do equipamento. x: Uma correia que se desfiada como ponto P e rompimento como F ( Quebra ). LaFalla alta ‘comianiza aqui Potencial Detinicion de Fal i Moy 3 i Equipe f descompuesto Probabiidad Condiciomal da Falla Tiompo 43 A) Temografia ‘A Inspegao Termogréfica ¢ a técnica de inspegao ndo destrutiva realizada com a utlizagéo de sistemas infravermelhos, para a medigéo de temperaturas ou observagao de padrées diferenciais de distribuigéo de calor, com 0 objetivo de Propiciar informagdes relativas condigéo operacional de um componente, equipamento ou processo. Ordem de manutengao preven! a 7 Aa SS cone Sree a noe ‘© mantenedor recebe uma ordem de manutengao com frequéncia pré determinada normalmente mensal e se for preciso em alguns casos pode ser ajustado para semanal ou didrio, dependendo do processo de cada empresa. ‘Apés fazer a analise de cada painel devendo estar energizado para assim poder identificar anomalias de super aquecimento o mantenedor encerra a ordem se néo encontrar nada anormal e faz um relatério padrao de encerramento. Caso encontre super aquecimento ele faz um relatério com as fotos do componente e foto super aquecida onde 0 proprio instrumento fornece as duas fotos assim como o relatério padréo, neste relatério ele inclui um sub ordem da preventiva, ou seja, encerra a 44 ordem de preventiva e abre uma ordem de corretiva programada para troca na préxima preventiva ou troca por oportunidade em uma parada. Esta analise nao 6 possivel ser feita por sentidos humanos, somente por instrumentos precisos e de alta tecnologia. Esta analise visa identificar componentes que esto com desgaste excessivo, mal contato, falta de fase entre outras, onde aquece o miolo do componente eletrénico ou seus terminais mostrando no visor do termégrafo. Isso identifica a necessidade de troca do componente ou reaperto dos terminais aquecido, Em alguns casos a troca dos bornes devido a alta carbonizagao, © relatério abaixo mostra as fotos do componente aquecido e normal, para ser incluida no relatério, para com isso qualquer técnico possa efetuar a manutencao corretiva programada pelo planejador de manutengao, desde de que esteja de posse do novo componente. E possivel também fazer analise de termografia em tubulagées de vapor, para ser exato em purgadores, onde em uma condigéo ideal 6 néo dar passagem de vapor evitando perdas. Para isso mede a temperatura antes do purgador ¢ depois dele, onde nunca pode ser a 45 mesma temperatura de entrada e saida em condigées normais. Seguindo o mesmo processo de abertura de ordem para corretiva programada em casos de anom: B) analise de vibragao Ordem de manutengdo gerada pelo Sap-Pm PICADOR DA USINA DE ETANOL e 40 00@ cawionse an OR Mate Maratnsoprevenva 820388 eabgahacetal peugee Rearo™ =. Soe Um corpo vibrando em movimento de oscilagao em tomo de uma posigao de refrencia inimeras vezes, em movimentos completos é determinado (Ciclos). Inumeras volta em ‘segundo é determinda frequéncia com a formula 1/60, medido em Hz(Hertz). Esta analise também 6 dificil ser identificada por sentidos humanos, alguns mantenedores antigos usam canetas comum de escrever colocando na orelha e nos pontos motor, sentindo uma pequena vibracéo do componente, outros mais modernos usam instrumentos Estetoscopio, semelhantes ao dos médicos que houvem o batimento do coragdo/ pulmao (auscultag4o), assim identificado ruidos anormais, Com a modernizagéo da manutengao e exigéncias de relatérios cada vez mais eficientes e eficazes, surgiram aparelhos mais modemos que geram relatérios automaticos apés as medigées através de rotas de medigao pré fixadas no instrumento. 46 Estes aparelhos mais modernos recebe as rotas especificadas pela area, onde o técnico vai ao campos e coleta os dados dos equipamentos( bombas, rolamentos, maneais, bases de corte e outros cadastrados relacionado a rota, com isso 0 técnico descarrega a coleta dos dados de medigao no computador e analisa os harmonios (espectros) para abrir um ordem de manutengdo corretiva ou néo dependendo da condigao do rolamento/mancal/bomba seja qual for o mecanismo. Com estes novos instrumentos Ex: Vibtron de fabricago (BR) nacional, conseguimos ter banco de dados onde monitoramos por histéricos de coleta, ou seja, més a més qual evolugao da vibragéo do componente, até o ponto em que necessite a troca programada. A troca programada nao nos atrapalha na entrega do indice da disponibilidade do equipamento, ou seja a manutengdo troca o componente antes que ele quebre. Da mesma forma que os demais quando chega no ponto P da curva PF, abre a ordem de corretiva programada agendando a troca na preventiva ou por oportunidade de parada. Neste exemplo a 1a observamos que o componente vinha em picos de harmonios fora das condigées basicas do componente e apés a troca os picos dos harmonios ficaram dentro dos parémetros basicos do componente. 47 Analise de vibragao ¢ importante para monitorar os harmonios até 0 ponto de maximo que um componente, usufluindo ao maximo do recurso, onde muitas empresas trocam antes da hora e outras no trocam e sofrem com quebras inesperadas.No exemplo abaixo mostra um monitoramento ate o maximo de vibragao, em seguida houve uma desaceleragao'dos harmonios onde mostra que toda estrutura das pistas das esferas viraram cavacos/fuligem. Até o fim da zona A o rolamento estava em desgastes soltando fuligem, no meioda zona B jé ndo havia mais a pista das esferas, com isso 0 ruido diminui, isso porque ja no tem muito atrito das esferas e pistas de deslize. 48 Uma das causas ¢ a falta de lubrificante dentro do rolamento, uso de rolamentos inadequado, grxa ou éleo lubrificante inadequado. C) Ferrografia A andlise dos éleos permite identificar 0 desgaste de particulas (limalhas) encontradas em amostras de lubrificantes @ possibilita que se determine tipos de desgaste, contaminantes, desempenho do lubrificante, entre outros dados, tomando possivel a tomada de decisao quanto ao tipo e urgéncia de intervengao. A ferrografia é classificada como uma técnica de [Imanutengao preditiva, embora possua intimeras outras aplicagdes, tais como desenvolvimento de materiais e lubrificantes. A frequéncia basica é de 6 meses dependendo de cada aplicagao, onde o laboratério fornece em media 03 frascos para coleta de em media 100m! em cada frascos. eae oe aunicvee Boe Meter Manutnsso provera s208Htcabgane cea! peugpe ROdeas | Te =a (SS 49 © controle pode ser feito através do Sao-Pm com plano de manutengao semestral incluindo na operagao o laboratério na qual se costuma fazer, para ganhar tempo quando a ordem aparcer na programagao. Caso 0 dleo esteja aceitdvel deve esperar por mais 6 meses para fazer outra analise, caso esteja em nivel rejeitavel entao deve abrir um ordem de corretiva programada para fazer a aquisigaéo do novo éleo e programar a troca com uma parada programada emergencial ou na preventiva Neste procedimento uma amostra de leo € colocada numa placa de vidro montada num plano inclinado e submetida a um campo magnético intenso. As particulas existentes de maior dimenséo seréo retidas em primeiro lugar relativamente a outras de menor dimenso que, entretanto, continuardo a fluir segundo o plano inclinado, sendo retidas em outro local. Através deste método é possivel identificar diferentes grupos com diferentes dimensées e concentragées. Em algumas empresas multinacional existem dezenas de geradores industriais que dovem estarem disponivel em uma parada de energia inesperada, com isso suas propriedades devem estarem em maxima confiabilidade, e para nao fazer a troca prematura do leo ¢ feita analise ferrografica. Outras Aplicages: Geradores industriais, Redutores, Turbo-geradores, Sistemas hidraulicos, Mancais em geral, Motores diesel, Compressores de parafuso, centrifugos ou alternativos. 50 5.2 Definigdo do Tipo de Manutengao A definigo do tipo de manutengao baseia-se na andlise do impacto ou importancia, numero de ocorréncias, intervalos e tempo médio decorrido para solugao. Para essa definicao é montado um grupo com mecanicos, operadores ¢ o planejamento de manutengao, além de levantar dados do histérico de manutengéo dos equipamentos em andlise. A primeira etapa para definigéo do tipo de manutengao 6 a definigéo de quais sdo os ‘equipamentos, ou linhas criticas dentro das diferentes areas produtivas. Para isso utilizamos uma ferramenta de andlise de criticidade do equipamento, que através da avaliagdo e pontuagao de seu impacto no processo, recebe a classificagéo A, B ou C; Através dessa classificagao 6 definido o tipo de abordagem de confiabilidade a ser aplicada Os Itens analisados nessa classificagao sao: > Impacto na Produgao; > Utiizagdo do Equipamento; > Qualidade; v Seguranga ou Meio Ambiente; S Freqiiéncia de Falhas (MTBF); > Média de tempo de reparo (MTTR); v Potencial de geragao de Perdas; A anilise de criticidade 6 feita através do preenchimento da tabela de andlise critica, A pontuagdo é feita através da tabela de classificagao de criticidade (Vide anexo 1). O calcula € feito da seguinte forma: pontuagdo geral= (A x B x C x D) x(E x F x G) 51 A seguir devera ser realizada a definigao da classificagéo ABC. Os critérios utllizados para essa definigao sao: Criticidade A: Até 15% dos ativos com maior pontuagao do total geral; Crit lade B: Acima de 15% até 25% dos ativos com a 2" maior pontuagao; Criticidade C: Ativos restantes. A equipe que esta realizando a anélise tem autonomia para ajustar a distribuigéo do percentual de criticidade de acordo com a linha de corte desejada Segue abaixo a tabela de andlise e 0 gréfico gerado a partir da andlise: nhs cnn cawonaros ms, 9 Ita bela 4- Andlise critica de equipamentos Figura 15: Gratico de pareto para classificagao ABC 52 Na biblioteca técnica esta disponivel o treinamento detalhado para a realizagao da andlise de criticidade ABC. 5.3 Andlise de Quebra/Falha ‘Além das manutengées periédicas, um processo de manutengao robusto também deve ser capaz de analisar as falhas ou quebras inesperadas, de forma a entendé-las, apurar a causa ou as causas que levaram a falha e tomar agées para evitar sua recorréncia. Para isso & necessario um levantamento minucioso de como a falha ocorreu, quais seus sintomas, qual a situagao de mantenabilidade do equipamento, etc. A ferramenta utilizada em nossa empresa para andlise das quebras, ou falhas, consiste na uiizagao de duas ferramentas amplamente conhecidas nas indtistrias, 0 SW2H e os 5 porqués. © 5W2H normaimente € utilizado para organizar e gerenciar etapas de atividades que precisam ser deSenvolvidas. Em nosso caso utilizamos as perguntas para definir o fenémeno da quebra, de forma a orientar a segunda parte da analise com os 5 porqués. Fazemos as perguntas da seguinte forma: > O que (What): Que fato ou problema ocorreu? v Quando (When): Em que momento se evidenciou 0 problema? y (Onde (Where): Em que parte ou componente o problema ocorreu? > Quem (Who): O problema esta relacionado a habilidade do profissional? v Qual (Which): Qual a tendéncia de voltar a ocorrer? % Como (How): Como o padrao ficou fora do normal? > Quanto (How much): Qual a frequéncia desse problema? 53 Essas perguntas sao feitas de forma a explorar uma analise mais profunda do fenémeno em questo, Os 5 porqués ¢ utilizado de forma a complementar e investigagao da quebra, onde através de perguntas subseqiientes procuramos chegar a causa raiz do problema, e assim propor ages que possam eliminar a recorréncia da quebra/falha. 5.4 Métodos analiticos — Confiabilidade A disponibilidade de métodos analiticos modemos trouxe maior seguranga @ atividade de manutengao,mas também introduziu novos desafios ao profissional desta area.Cabe a ele selecionar a técnica mais apropriada para tratar cada tipo de falha. Possuimos um time focado em trabalhos relacionados a confiabilidade de ativos.Além de executar os estudos de confiabilidade para os ativos.esse time ministra treinamentos palestras a fim de sensibilizar os colaboradores da empresa a importéncia desse tipo de estudo e treinar pessoas capazes de auxiliarem na realizagao desses estudos. Abaixo sero abordadas as técnicas utlizadas na companhia: RCM, FMEA, FMECA e FTA. 5.4.1 RCM-Manutenco Centrada em Confiabilidade Reliability Centred Maintenance (RCM), ou em portugués, Manutengéo Centrada em Confiabilidade (MCC), € 0 processo utllizado para a determinagao do tipo de estratégia de manutengao mais efetivo para o tratamento de falhas potenciais. O processo de desenvolvimento do RCM envolve a identificagéo de agdes que quando executadas iréo reduzir a probabilidade de falha de um equipamento, bem como seus custos de manutengao, Para a elaboragdo do processo de RCM em um equipamento é necessério fazer as seguintes Perguntas em relagéio ao mesmo: > Quais sdo suas fungées (0 que os usudrios desejam que ele faga )? > De que forma ele pode falhar? 54 > O que o faz falhar? > Oque acontece quando ele falha? > Quanto importa se ele falhar? > Ha algo que se possa fazer para prever ou prevenir a falha? > O que acontece se nao pudermos prever nem prevenir a falha? A partir das respostas & essas perguntas ,a planilha de informagées do RCM devera ser preenchida(como no exemplo abaixo) Tabela 5- Exemplo de planitha para andlise de modo de falhas (RCM) Funcao Falha Funcional Modo de Falha(causa de Efeito da falha (O que ‘ falha) acontece quando falha) © motor para eo alarme } Pe associado soa na sala de 5 controle.Tempo para fae " control Bombear bombear emcee substituigo do rolament 1 | aguado A | quantidade eos begs alguma de Acoplamento paraoB,a agua cisalhado uma taxa de 300 ltros 5 por minuto | Bombear 3 | menos que 300 ltros por minuto Nessa planilha acima sao exploradas as funges do equipamento, sao definidas as fronteiras dos mods de falhas que sero analisadas e quais os efeitos da falha. A partir dessa planitha, deverd ser alimentada a planilha de decisses RCM: 35 FFD |S J©)° |? 2 — [he | taretaproponta JFrequsncia | Pode cer ‘ncial | feito por afal af s| nf nfs] s Verficara tensa na Mensat | Mecénice cone acoradera principal sf al 2 s{ nf ont on] njwls ‘Sabsttar olen de reso ganos | Mecénico afl af s{nfnfs|s \Verficarnvel do 6leo da caixa | semanal | Operader ie engrenagens afal a{s{ x] on} nl nfn[n Nenhuma manulene3o Tabela 6- Planilha de decisées RCM O tipo de atividade proposta e a frequéncia serdo determinadas pelo diagrama de deciséo do RCM (ver anexo 2).0 proceso de RCM busca a melhor combinagao entre tarefas pré- ativas.e ages default. 1) Tarefas Pré-ativas: Sdo aquelas tarefas rotineiras (ciclicas) projetadas para prever ou prevenir a falha Dentro desse grupo temos: > Tarefas sob Condigao: Verificagao de falha em curso. > Restauracdo programada: Recuperacdo a intervalos fixos,independentemente da sua condigao, v Descarte programado: Substituigéo a intervalos fixos, independentemente da sua condigao, 2) Ages Default: Sao agées executadas caso uma tarefa Pré-ativa nao seja encontrada. Dentro desse grupo temos: > Agées de localizagao de falha: Quando hd a constatagao de falha ja ocorrida. > Reprojeto: Alteragao do equipamento ou proceso. > Nenhuma manutengao programada : O dispositivo opera até a falha, Grupo de RCM: 56 A figura a seguir mostra como deve ser a composi¢ao do grupo para realizar 0 estudo de RCM: ees a ee eee) racy Figura6-Grupo para realizacao do estudo de RCM E importante.que esse estudo seja feito em grupo, pois assim ha um histérico mais consistente a respeito do item da instalagdo, ha a otimizagdo de tempo e ‘compartilhamento generalizado dos resultados. ‘© RCM proporciona outros beneficios como: Capacitagao profissional, maior lucratividade da empresa, maior produtividade, manutengao do emprego, redugdo do consumo de pegas de reposicao e fornece ao pessoal de manutengao e produgéo um conjunto de valores e uma linguagem comum. 37 5.4.2 FMECA- Andlise de Efeitos de Modos de Falha e Criticidade Outro método utilizado para a andlise dos equipamentos 6 o FMECA (Failure mode effects and criticality analysis), andlise de efeitos de modos de falha e crticidade. © FMECA & um método estruturado, para determinar a criticidade do equipamento, falha funcional e avaliagao das causas destas falhas e seus defeitos. E necessério o envolvimento de toda a equipe: supervisdo, operacional, manutengao e administrago. A equipe de trabalho deve ter conhecimento da planta de operagao, do histérico de falhas, experiéncia para efetuar reparos e habilidades para determinar a causa raiz das falhas. Para a realizagdo do FMECA 6 necessario a utilizacdo da ferramenta FMEA, que 6 um proceso utilizado para identificar as falhas potenciais e eliminar suas causas ou minimizar a possibilidade de falha e seus impacts. O processo do FMEA deve ser aplicado para ‘equipamentos de alta criticidade. O procedimento geral é completar a tabela que registra os resultados e decisées para cada item do equipamento. O procedimento geral em analise de falhas 6: Identificar componentes problematicos e falhas, fazendo trés perguntas: 1) Como cada componente falha?(modo de falha), 2) Que efeito isto acarretara?(efeito da falha), 3) Quais as causas da falha?(causa da falha). 4) Conduzir as analises usando 0 processo de decisao formal. E importante nao confundir modos de falha, efeitos das falhas e causa das falhas. Segue abaixo as devidas definigdes de cada um: a) Modos de falha: Como o componente falha. Exemplos: quebrado, fraturado, falha para fechar, falha para abrir, rompido, erupgao, etc. b) Efeitos das falhas: O efeito imediato da falha do componente. 58 Exemplos; vibragao, mudanga de temperatura, ruido, dano visual, vazamentos, perda de energia, alta corrente, processo parado, etc. c) Causas das falhas: As circunstancias que levam a falha. Exemplos: sobrecarga, corrosao, erosdo, desgaste, riscado, contaminagao, etc. Fatores considerados: > Caracteristicas de Deterioragao: Quais so os avisos antes da falha? Em casos raros. no haveré nenhum aviso, mas em quase todos certamente haverd uma indicago de fala. Caracteristicas de deterioracdo, freqiientemente apontam para uma especifica tarefa de manutengao. > MTBF: Expresso em semanas - E 0 tempo médio entre falhas baseado nas praticas correntes (se houver) de manutengdo. > MTBF Projetado: Se um plano de manutengao mais apropriado for adotado, qual pode ser a expectativa de vida razoavel de um item sob um exame mais apurado. > Classificagao por ocorréncia (Vide anexo 3): usa os critérios para ocorréncia:remota,baixa,moderada,alta,muito alta. > Classificagao por severidade (Vide anexo 4): usa os critérios para severidade:minima,baixa,moderada,alta,muito alta,catastréfica, > Numero de risco de prioridade: Conhecido por RPN é uma medida de criticidade e é obtida pela multiplicagao de dois fatores: ocorréncia x severidade Opgdes de manuten¢éio: O FMECA tem basicamente quatro opgées de Manutengao que so determinadas pela Arvore de Deciséo do FMECA 59 > FTM— Manutengao por Tempo Fixo: Manutengao por Tempo Fixo 6 uma tarefa que pode ser realizada, apesar da condigao do componente, em especifico intervalo de tempo. v CBM - Manutengao baseada em condigao: Manutengao baseada em condigéo é uma tarefa que envolve inspegdo de um componente em um especifico intervalo de tempo. Aagao de manutencdo realizada seré dependente do resultado da inspecao. v OTF - Operar até falhar: Alguns itens sao também classificados como consumivel ou podem ser determinados como tendo uma conseqiiéncia de falha negligencidvel. (Usado quando um enfoque no FTM ou CBM é considerado pouco pratico ou sem custo efetivo. Os itens séo simplesmente substituidos quando ocorre a falha.) 5.4.3 FTA-Fault tree Analysis (Andlise por arvore de falhas) ‘A Andlise por Arvore de Falhas (FTA) 6 um proceso de analise dedutivo que busca todas as ‘combinagdes d陓cauusas basicas" que podem levar 4 ocorréncia de um evento indesejado (falha de um sistema) A arvore propriamente dita é uma representacao grafica das combinacdes de eventos que podem resultar na falha de um sistema. © processo de andlise se inicia com a definigao de um “evento indesejado’(falha)para 0 sistema.A partir dai,séo buscadas todas as combinagdes de “causas basicas'(falhas de ‘subsistemas, componentes, etc.)que podem levar a ocorréncia desse evento. Utilizagao: > Compreender a légica que conduz ao evento topo ou estada indesejado > Mostrar a conformidade com o sistema de seguranga ou requisitos de confiabilidade. > Priorizar os eventos criticos que conduzem para o evento topo. > Listar os equipamentos, pegas ou eventos por diferentes medidas de importancia, 60 v y Monitorar e controlar 0 desempenho de um sistema complexo (ex.: 0 quanto ainda é seguro continuar voando com a valvula do combustivel em falha? Qual o tempo permitido para 0 vo com a valvula travada fechada?) Minimizar e aperfeigoar os recursos. Auxiliar na concepeao de um sistema, ajudando na criagdo dos requisitos. Funcionar como uma ferramenta de diagnéstico para identificar e corrigir as causas do evento topo. Ajudar na criagéo de manual de diagnéstico e solugdo de problemas © treinamento detalhado sobre a metodologia FTA esta disponivel da biblioteca técnica, na pasta de confiabilidade. 5.5 Responsabilidades do Planejador de Manutengao > v v Responsdvel pelo cadastro de informagées de Manutengao no SAP: Este item se refere a todo e qualquer tipo de cadastro no SAP, planos de manutengdo, ordens e fins: Planejamento das Manutengées Programadas: O planejador deverd planejar as manutengées planejadas, de forma que as mesmas estejam em harmonia com o processo produtivo. Aquisigao de Materias para Manutengdes Programadas: Diversas vezes ocorre a necessidade de compra de materiais para o atendimento de ordens de servigo de manutengées programadas, o planejador devera emitir a requisigao de compras no sistema Monitoramento do Atendimento da Manutengao Programada: Cabe ao planejador fazer 0 monitoramento do atendimento da manutengdo programada, reportando os 61 atrasos a lideranga da rea e preenchendo toda documentagao necessdria para os mesmos; v Solicitagéo de Incorporagdes no Almoxarifado: Cabe ao Planejador de Manutengao fazer a andlise e preenchimento da matriz de decisdo, contida no capitulo 6 desse manual. Essa agao tem por objetivo a melhor utilizagao dos recursos de Almoxarifado Central, além de evitarmos custos desnecessarios com pegas as quais raramente sero utilizadas. v Monitoramento semanal de Etiquetas TPM (vencimento): Cabe ao planejador realizar ‘© monitoramento semanal das etiquetas, reportando os resultados a lideranga de manutengao da drea, a fim de garantir que as devidas agdes esto sendo realizadas para solucionar os problemas apontados durante a abertura das etiquetas. a projeto, operagao, manutengao e inspegao de caldeiras e vasos de pressao. 5.6 Auditorias O objetivo de uma auditoria interna é assessorar a organizago no desempenho efetivo de suas fungées e responsabilidades, fomecendo-Ihe anélises, apreciagdes, recomendagées, pareceres e informagées relativas as atividades examinadas, promovendo assim, um controle efetivo a um custo razoavel. Para tal, a Engenharia de manutencdo realiza juntamente com a qualidade, auditando os assuntos que envolvem a manutengao dentro do sistema de qualidade, tornando esse processo mais eficaz, devido ao envolvimento de pessoas com alto conhecimento técnico para a realizacdo dessas auditorias. 62 5.7 Verificagao e validagao para novos equipamentos Verificagao validagao séo processos para checar se 0 produto, servigo ou sistema, se encontram de acordo com as especificagdes e cumprem com a finalidade a que foram destinados. A verificagao de maquinas e equipamentos, usualmente consiste nos processos de: * DQ- Design Qualification (Qualificagao de design); + IQ- Installation Qualification(qualificagao de instalacao); + 0Q- Operational Qualification (qualificagao operacional); + PQ - Performance Qualification. * CM-—Controle de mudanga Aqui sero abordados os processos que envolvem a manutengao (DQ, 1, OQ) Esses processos séo de suma importancia para a manutengdo, pois garantem que o equipamento seja instalado da forma correta, utiizado conforme as especificagdes do fabricante e garante rastreabilidade das informagées, documentos e todos os dados necessarios para o planejamento da manutengao do equipamento. Seguem abaixo as etapas necessarias a verificagdo e qualificagao de equipamentos: 1) A primeira etapa desse proceso é 0 DQ (design qualification) - Qualificagao de design € 0 primeiro passo e o mais importante do processo. Quando é realizado corretamente, pode poupar bastante tempo para outras fases posteriores de qualificagao, © DQ contempla: 63 + Desenhos/ P&ID (piping and instrumentation diagram - é um diagrama bastante utilizado em processos industriais que exibe a instrumentagdo e os dispositivos de controle do proceso); © Diagramas; + Manual de manutengéo; 2) Asegunda etapa desse processo é 0 10 (Installation Qualification) - Qualificagao de instalagdo de equipamentos é a evidéncia documentada de que um dado equipamento ou sistema esta instalado em seu local e conectado as respectivas utilidades, conforme especificagées de projeto/fabricante. Confirma a existéncia e propriedades especificas de componentes criticos, itens de seguranga, desenhos, manuais, planos de manutengao.¢ limpeza, laudos de calibragao, etc. * Os processos FAT (Factory asseptance tests) e SAT (Site asseptance tests). © FATISAT sao inspegdes para certificar se a montagem esta dentro do escopo do projetoEx:Certificar que todos os itens contidos no P& ID estéo na montagem do equipamento.A diferenga entre os dois é que o FAT é realizado no fomecedor do ‘equipamento, o SAT é internamente. + Planos de manutengdo, listas de spare parts (pecas de reposigao), relagdo dos EIMES (Equipamentos de Inspegao, Medico e Ensaios), criticos a qualidade do produto e seguranga. * As condigées de manutengao devem ser avaliadas no projeto quanto ao acesso para manutengéo, exemplo: interferéncia de tubulagdes para 0 acesso ao dispositivo a ser realizada a manutencdo.Também devem ser analisado a necessidade de dispositivos auxiliares,exemplo: Talhas, Monovias, ete. 64 3) A terceira etapa desse processo é 0 OQ (Operational qualification) - Qualificagao ‘operacional é a evidéncia documentada de que um dado equipamento seja capaz de operar consistentemente dentro dos limites e tolerancias pré-determinadas. Identifica todos os parametros operacionais criticos e suas faixas de trabalho, o critério de aceitagéo, bem como os testes para demonstrar que 0 equipamento satisfaz este critério. © processo de OQ é regido internamente pelo POP-BR-121-017, 4) C.M controle de mudanga ‘Sempre que houver uma modificagao no equipamento abre um CM, somente depois de passar por todas as areas envolvidas e devidamente aprovado, ocorre a mudanga no equipamento, isso deve ocorrer sempre que for instalado ou tirado qualquer pega mecanica’ou elétrica do equipamento seja ela qual for para ndo descaracterizar a maquina. Assim como também andlise se havera descarcterizacao do designer do produto ou afetara a qualidade do produto. 5.8 Gestao téc :a de contratos ‘A engenharia de manutengao gerencia os contratos para as tecnologias em comum entre as fabricas; entre elas: motores, seladores, sistemas de aplicago de hot melt e servigos de usinagem. Portanto, todos os problemas relacionados a esses tipos de tecnologias, devem ser direcionados a engenharia de manutengéo, a qual ira selecionar a empresa que melhor se adéqua as necessidades da companhia para o cumprimento das atividades desejadas. A partir da centralizagao desses servigos, possivel um poder de negociagao maior, uma vez que a mesma empresa pode atuar em mais de uma fabrica, 65 CAPITULO 6 SAP R/3 Médulo Manutengao (PM) Um dos itens fundamentais para 0 bom gerenciamento do processo de manutengao é a geracao de dados e histéricos dos equipamentos, pois a partir deles 6 que sao feitos os estudos de confiabilidade, propostas de melhoria, geragéo das métricas, etc. Para isso Utiizamos 0 SAP R/3 Médulo PM (Plant Maintenance), onde sao feitos os cadastros dos equipamentos, langamentos das ordens de manutengao, apontamento de horas dos mantenedores, etc. Nesse capitulo seréo abordadas as funcionalidades e padrées para geragéo dessas informagées. 6.1 Cadastros de equipamentos Para cada equipamento (ativo) existe um cadastro no SAP elaborado de forma hierérquica, ou ‘como chamado internamente, arvore hierarquica do equipamento. A importancia do cadastro detalhado do equipamento esta na criagdo de informagdes especificas para determinado Conjunto ou parte de um equipamento, como por exemplo, histérico de quebras, custos, ‘substituigées de componentes, etc. 66 © cadastro de uma maquina ou fabrica deve seguir os seguintes niveis: 1) Local de Instalacdo: E 0 local ou planta onde 0 equipamento esta instalado dentro das dependéncias da organizagao as transagao usadas sao ILO1- ILO2-ILO3 onde ILO1 CRIA, ILO2 MODIFICA E ILO3 EXIBE 0 local de instalagao. TELA INICIALDO SAP Won 102 2) Equipamento: Nome ou definigao que 0 equipamento recebe dentro da planta, pode ser 0 nome do fabricante, modelo ou outra designagao qualquer pela qual se possa distinguir 0 équipamento dentro da planta, usando as transag&o IE01, IE02 E IE03 TELA INICIAL DO SAP Neon 3) Conjunto | Subconjunto: Divisées do equipamento de forma a se ter informagées mais precisas do histérico de manutengao do equipamento, usando as transagao 1E01 PARA CRIAR, IE02 MODIFICAR E IE03 EXIBE. 67 4) Partes ou Pecas: Componentes que constituem os conjuntos e subconjuntos, cadastrados para facilitar a definigéo das pegas utilizadas em uma possivel necessidade de substituigao, usando as transagao 1B01 CRIA, IB02 MODIFICA E 1B03 EXIBE. Representestrutura local instalaio: Lista de estrutura SQB EE 7 cee of Moms rr Sr a are Toemean Sues oe Et Luu apenas Bacon fees A rr ey Gwe Sse = ppeuns esse ea ange a eee Bisse Seine “opera Bowne ss Biase gums Exemplo de cadastro hierdrquico para equipamento no sistema SAP A visualizagdo da érvore cadastrada para um equipamento é feita na transagao IH01, 0 treinamento sobre a utilizagéo dessa transagao esta contido na biblioteca técnica_da Fulltreina. importante salientar que a explosao da arvore de equipamento deve ser feita mandatoriamente no minimo em 3 niveis, ndo considerando 0 das pecas. Através desse cadastro ¢ possivel o rastreamento em cada intervengao ocorrida, onde ela aconteceu, quando, 0 qué aconteceu e quanto tempo durou. Todas essas informagées séo registradas nas Ordens de Manutengao (OM) no sistema. Para cada intervengao relevante ao proceso é registrada uma OM. 68

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