Você está na página 1de 6
25 Semana Olimpica - Recife Triangulos e Quadrilateros Orticos Prof. Adriano Regis Rodrigues 19 de julho de 2022 1 Triangulo Ortico Dado wm tridngulo ABC, o tridugulo cujos vértices sio os pés das alturas de ABC é chamado de Triangulo Ortico do triangulo ABC. cating Obusinulo Note que tm tridngulo ABC retangulo nao possui triéngulo értico, pois dois dos pés das alturas coincidem com o vértice do ngulo reto. No caso de ABC ser obtusingulo, seu triangulo értico coincide com o tridngulo értico do triingulo acutangulo ABH, onde H é 0 ortocentro de ABC. O triangulo értico de ABC ¢ o triéngulo pedal do ortocentro de ABC. Mais geralmente, os vértices de um tridngulo (acutingulo ou obtusingulo) ¢ seu ortocentzo possuem e seguinte propriedade: Qualquer um deles 6 0 ortocentro do trifngulo formado pelos outros trés. Propriedade: 1. O orteentro de um triangulo acutingulo 6 0 incentro do seu tr ngulo drtieo. Equivalentemente, as alturas de um, tridngulo acutangulo sio as bisetrizes internas do seu triingulo értico, 2. 0 ponto de Miquel de um triangulo ABC e seu értico ¢ 0 ortocentro de ABC. 3. Qualquer triaugulo dado o tiingulo Grtico de un tridngulo acutangul, 4. Bm tringulo obtusingulo o vértice do angulo obtuso é 0 incentro do seu triingulo értico 5. Os lndos do triingulo acutangulo sio bissetrizes externas do seu tringulo drtico 6. Os vértices de um trifngulo acutangulo sfo os exincentros do seu triéngulo értico Problemas 1. A rea de um tridngulo 6 dada pelo produto do seu circunraio pelo semiperimetro do seu triangulo értico. 2. (Problema de Fagnano) Inscrever num triangulo acutangulo um trifgulo de perimetro minim. 3, (OPEMAT - 2017) Um garoto se posiciona em um ponto @ localizado entre os pontos A e B (ver figura) e chuta ido até a parede AC e volta preeisamente ao ponte Q de ‘uma bola que bate na parede representada por BC, sex onde foi chutada (sem perder contato com 0 solo) de modo que ZAQP = ZBQR. Mostre que 0 ponto Q ¢ pé da altura relativa ao lado AB no triangulo ABC. Desafio 1, Seja R 0 raio do cireulo cireunserito ao tridngulo ABC e O 0 cireuncentro. Se DEF 6 0 triéngulo pedal de wm lore [ABC] ponto P em relagio ao tridngulo ABC, entio [DEF 2. Os citeulos exinseritos de um triangulo ABC de centros I,, [5 ¢ Ie tangenciam os lados BC, AC ¢ AB nos pontos Al, Ble C', respectivamente. Mostre que: [ABC}? = [4'B'C'|- lelole] 2 Quadrilatero Ortico O V-paralelogramo Definicdo Seja ABCD um quadrilstero qualquer. Escolhendo sobre 0 lado AB um ponto V ¢ tragando a partir desse ponto uma reta paralela A diagonal AC, determinamos sobre o lado BC um ponto V3. A partir de Vs nova paralela A diagonal BD cnja intersecgio com o lado CD determina o ponto V3. Por fim, a partir de Vj trace uma ‘tragamos uma paralela & diagonal AC e determine sobre 0 lado AD um ponto Vj. Com isso, obtermos quadrilatero ViV3V3Vi. Proposigao 2.1 Dado un quadrilétero ABCD qualquer, 0 quadrilétero ViV3V3V4 obtido a partir de ABCD é sempre ‘umn parulelogramo, 2.1 O paralelogramo de Varignon ou M-paralelogramo O que acontoce quando um dos vértiees desse V-paralelogramo é © ponto médio do lado ao qual esté eontido? O resultado ‘a seguir nos diz. que todos os outros vértices também serio 0s pontos médias de seus respeetivos lades. Proposigio 2.2 Quando 0 vértice Vi € o ponto médio do lado AB os outros vértices do V-Paralelogramo também sero 0 ponto médio dos seus respectivos lados, isto é, Vi = My para i = 1,2,3 ou 4. ‘Tal paralelogramo é chamado de paralelogramo de Varignon ou M-paralelogramo, Sobre paralelogramo de Variguon, obtido a partir de um quadrilétero simples, temos o seguinte teorema: Teorema 2.8 Dado um quadrilétero ABCD simples, convero ou coneavo, sao vilidas as seguintes afirmagdes: (i) A dren do paratelogruma de Varignon de ABCD tem medida iqual & metade da dren do quadrititero, (ii) 0 perémetro do paralelogramo de Varignon de ABCD tem medida igual & soma das medidas das diagonais do quadrilétero 2.2 V-alturas e alturas médias de um quadrilatero simples Considere um V-paralelogramo de um quadrilétero ABCD convexo. Seja H, 0 ponto de intersecgio entre a perpendicular baixada de V; sobre o lado oposto ao que contém V;, Cada segmento ViHf;, onde i = 1, 2, 3e 4, serd chamado de V-altura de ABCD. Se as alturas estiverem associadas ao paralelogramo de Varignon, chamaremos de altura média de ABCD ou Mealtura, Exercicio 2.4 Dado wn quadrild lados opostos pela suas respectinas alturas médias, convero qualquer, prove que sua dren é igual d metade da soma do produto de dois 2.3 Quadrilateros érticos Chamamos de um quadrilitero értieo do quadrilétero convexo ABCD, ao quadvibitero formado pelos pés das V-alturas. O denotamos por Qo, (© quadrilatero értico principal ¢ aquele formado pelos pés das alturas médias. Denotamos por Quy. Para cada Vj est associada uma V-altura e consequentemente um quadrilitero értico. (@) © © Quadrilétero értico Quadrilétero értico Quadrilitero értico convexo concave entrecruzado : _-* \ . 2.4 Pontos notaveis de um quadrilateros Definigao 2.5 0 circuncentro de um quadrilétero cfclico ABCD, € 0 ponto de encontro das mediatrizes relativas a cuda lado. Denotaremos por O- Definigao 2.7 0 centréide de wn quadrititero € 0 ponto de encontro das diagonais do paralelogramo de Varignon. Denotamos por V. Definigdo 2.8 0 incentro de um quadrilétero circunseritivel ABCD é 0 ponto comum das bissetrizes internas de ABCD. Denotamos por 1 Proposigao 2.9 (Brahmagupta) Em qualquer quadrildtero efclicn © ortodiagonal, as alturas médias sao coneorrentes no ponto de encontro das diagonais de quadrititero. Teorema 2.10 As alturas médias de um quadrilétero convero ABCD siio concorrentes se, ¢ somente se 0 quadrilitero ABCD for ciclico Demonstragio Considere as alturas médias My Hy € MyH, bem como as mediatrizes Mp Kz ¢ Mak Realizando uma rotagio 180° do plano, em torno do ponto V, pereebemos que M, seré transformado em My © Ay em Ry, assim como Mz em M, e 1 em $2, Com isso, percebemos que as retas que contém as alturas médias so transformadas nas mediatrizes ¢ vice-versa. Logo as mediatrizes sio concorrentes se, ¢ somente se as alturas médias sio concorrentes. Corolério 2.11 Em um quadrildtero ABCD convero e eielico, 0 eircuncentro O € simétrico ao anticentro T, em relagéo 0 centréide V. 2.5 Quadriliteros ortodiagonais Proposigao 2.12 Seja ABCD um quadrilétero ortodiagonal. Um par de V-alturas de ABCD relativas a lados eonsecutivos, so concorrentes em um ponto da diagonal que passa pelo vértice comum a tais lados, Teorema 2.13 Sejam ABCD wn quadrilitero ortodiagonal, V wn V-paraletogramo de ABCD ¢ seja Qa 0 quadrilatero Srtieo de ABCD associado a V. Os vértices de V 08 de Qy pertencem a um mesmo céreulo P. Corolério 2.14 Se ABCD € wn quadvilitero ortodiogonal, entio todos os quadriliteros érticos de ABCD sii inscritiveis numa eireunferéneia, em particular 0 quadrildtero értico prineipal de ABCD. Cfreulo de oito pontos

Você também pode gostar