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ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO LEI N° 1.624/2006 INSTITUI 0 CODIGO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE, DE CAXIAS, ESTADO DO MARANHAO E DA OUTRAS PROVIDENCIAS. A CAMARA MUNICIPAL DE CAXIAS, NO ESTADO DO MARANHAO, APROVOU E EU SANCIONO A SEGUINTE LEI: DISPOSICOES PRELIMINARES Art. 1° - Esta lei, fundamentada nos artigos 65, inciso V, da Lei Organica do Municipio de Caxias, Estado do Maranhdo, institui o Cédigo Municipal de Meio Ambiente e 0 Sistema Municipal de Meio Ambiente. CAPITULO! DAS FINALIDADES, PRINCIPIOS, FINALIDADES, OBJETIVOS, INSTRUMENTOS, CONCEITOS GERAIS DA POLITICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. SECAO! DAS FINALIDADES Art. 2° — A Politica Municipal de Meio Ambiente tem por finalidade a preservago, conservagdo, defesa, recuperacdo e melhoria do meio ambiente, como bem de uso comum do povo e essencial a sadia qualidade de vida, observados os seguintes principios: ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos SECAO II DOS PRINCIPIOS Art. 3° - A Politica Municipal de Meio Ambiente é orientada pelos seguintes principios: | - estabelecer critérios e padres de qualidade ambiental e de uso e manejo dos recursos naturais; II - garantia da prestag&o de informagées relativas a0 meio ambiente; Ill - promog&o do desenvolvimento integral dos seres vivos; \V - promover a racionalizagéo do uso dos recursos ambientais, naturais ou no; \V - promover a protecdo de areas ameagadas de degradacdo; VI - promover o direito de todos os cidadéos 20 meio ambiente ecologicamente equilibrado e a obrigacéo de defendé-lo e preservao para as presentes e futuras geragées; VI - promover a fungdo social e ambiental da propriedade; VIll - promover a obrigacéo de recuperar areas degradadas e indenizar pelos danos causados ao meio ambiente; IX - promover 0 controle e zoneamento das atividades potenciais ou efetivamente poluidores; X - promover a protegéo dos ecossistemas, com a preservagéo de reas representativas; XI - promover a educagéo ambiental a todos os niveis de ensino, inclusive educagéo da comunidade, adotando medidas voltadas 4 conscientizaca ecolégica, para a defesa ambiental SECAO Ill DOS OBJETIVOS Art, 4° - Sao objetivos da Politica Municipal de Meio Ambiente: | - articular e integrar as agées ¢ atividades ambientais desenvolvidas pelos diversos drgdos e entidades do Municipio, com aqueles dos érgaos federais e estaduais, quando necessario; | - articular @ integrar agées e atividades ambientais intermunicipais, favorecendo consércios ¢ outros instrumentos de cooperacao; lll = assegurar a participagéo da comunidade, mediante sua representacdo organizada, no planejamento ambiental, no controle, na fiscalizago do meio ambiente ¢ nas situagdes de interesse ecolégico: IV - controlar a produgdo, extragao, comercializacdo, transporte e 0 emprego de materiais, bens ¢ servigos, métodos e técnicas que comportem risco para a vida ou que comprometam a qualidade de vida e o meio ambiente; V - estabelecer normas, critérios e padrdes de emissdo de efluentes e de qualidade ambiental, bem como normas relativas ao uso e manejo de recursos CPPOHOPNHSSHSSHOHHSHSHSHSHSHHSHSHSHSHSHHSHSHSHSHSHSHSHHOHSHSHHSHCHEHSSECOSCEE ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO oreo ambientais, naturais ou no, adequando-os permanentemente em face da lei e de inovagées tecnolégicas; VI = estimular a aplicagéo de politicas sustentéveis com a melhor tecnologia disponivel, principalmente limpas para a constante reducdo dos niveis de poluigo (reciclagem, agricultura, saneamento ambiental, recursos hidricos, base natural, dentre outros); VII - estimular 0 desenvolvimento de pesquisas € uso adequado dos recursos ambientais, naturais ou nao; VIII - estimular a obrigagéo de recuperar ou indenizar os danos causados a0 meio ambiente, pelo degradador publico ou privado, sem prejuizo da aplicagao das sangdes administrativas e penais cabiveis; IX = exercer 0 poder de policia para condicionar ativa ou passivamente, ou restringir, 0 uso e gozo de bens e atividades, em beneficio da manuteng&o do equilibrio ecolégico; X = fixar, na forma da lei, a contribuigao dos usuarios pela utilizagdo de recursos ambientais com fins econémicos, XI - garantir 0 desenvolvimento social sustentado com a preservacéo ambiental, a qualidade de vida e 0 uso racional dos recursos ambientais naturais ou nao; XIl - identificar e caracterizar os ecossistemas do Municipio, definido as fungées especificas de seus componentes, as fragilidades, as ameacas, os riscos ¢ 0s usos compativeis; Xill - preservar e conservar as areas protegidas no municipio; XIV - promover a educac&o ambiental na sociedade e especialmente na rede de ensino municipal (transversal, multidisciplinar e interdisciplinar); XV - promover 0 zoneamento ambiental, consubstanciado ao Plano Diretor da Cidade. SECAO IV DOS INSTRUMENTOS Art, 5° - So instrumentos da Politica Municipal de Meio Ambiente: | - auditoria ambiental; II - avaliagdo de impacto ambiental; Il - criag&o e manutengéo de espacos territoriais especialmente protegidos; IV - controle e fiscalizagao ambiental; \V - Educagao Ambiental (formal, nao formal ¢ informal); VI - eqliidade de justica social e qualidade de vida; VII - estabelecimento de parametros e padrdes de qualidade ambiental; Vill - Fundo Municipal de Meio Ambiente; 1X - licenciamento e reviséo ambiental, X - Manejo Sustentavel dos Recursos Naturais; XI - Mecanismos de beneficios e incentivos, para preservacéo e conservagéo dos recursos ambientais, naturais ou nao; TRAE FonlFan, GS) STA 3 5 60.000 -CAXIAS ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos XII - monitoramento ambiental: | XII - Plano Diretor de Arborizacao de Areas Degradadas, XIV - Plano Diretor de Desenvolvimento Sustentavel; XV - Relatério da Qualidade Ambiental do Municipio; XVI - sistema municipal de informagées e cadastros ambientais; e, XVII - zoneamento ambiental; SECAO V DOS CONCEITOS GERAIS Art. 6° - SAo os seguintes os conceitos gerais para fins e efeitos deste Cédigo: Areas de Preservacéo Permanente: porgées do territério municipal, de dominio piblico ou privado, destinadas & preservagao de suas caracteristicas ambientais relevantes, assim definidas em lei; Il - Areas Verdes Especiais: areas representativas de ecossistemas criadas pelo Poder Puiblico por meio de reflorestamento e/ou compulsoriamente em terra de dominio publico ou privado; Il - conservago: uso sustentavel dos recursos naturais, tendo em vista a sua utilizagao sem colocar em risco a manutengao dos ecossistemas existentes, garantindo-se a biodiversidade; IV - degradagéo ambiental: a alteragéo adversa das caracteristicas do meio ambiente; V - ecossistemas: conjunto integrado de fatores fisicos e bidticos que caracterizam um determinado lugar, estendendo-se por um determinado espago de dimens6es varidveis. E uma totalidade integrada, sistémica e aberta, que envolve fatores abiéticos, com respeito 4 sua composic4o, estrutura e funco; VI - gestéo ambiental: tarefa de administrar e controlar os usos sustentados dos recursos ambientais, naturais ou nao, por instrumentacéo adequada - regulamentos, normatizacao e investimentos publicos — assegurando racionalmente 0 conjunto do desenvolvimento produtivo social e econémico em beneficio do meio ambiente; Vil - manejo: técnica de utilizago racional e controle de recursos ambientais mediante a aplicagao de conhecimentos cientificos e técnicos, visando atingir os objetivos de conserva¢ao da natureza; Vill - meio ambiente: a interagéo de elementos naturais e criados, s6cio-econémicos e culturais, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas; IX - poluigéo: a alteragdo da qualidade ambiental resultante de atividades humanas ou fatores naturais que direta ou indiretamente a) afetem desfavoravelmente a biota: b) afetem as condigées estéticas ou sanitérias do meio ambiente; c) criem condigées adversas ao desenvolvimento sécio-econémico; d) lancem matéria ou energia em desacordo com os padrées ambientais estabelecidos; e. €) prejudiquem a satide, a seguranga ou o bem-estar da populagdo; Praga Dias Corie, 0. Fores: (0 SITIES 0244. FaneTFax G2] SEVIER ‘CNP: 05082 20/001.8 CEP: 65.60-000-CARIAS A ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos X - poluidor: pessoa fisica ou juridica, de direito ptiblico ou privado, direta ou indiretamente responsavel por atividade causadora de poluigéo ambiental efetiva ou potencial; XI - preservacao: protecdo integral do atributo natural, admitindo apenas seu uso indireto; XII - protegdo: procedimentos integrantes das praticas de conservacdo e preservacdo da natureza; XIill - recursos ambientais: a atmosfera, as 4guas interiores, superficiais e subterraneas, os estuarios, 0 solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora; XIV - sustentabilidade: capacidade inerente ao ecossistema para absorver determinado volume de carga, nao retirando dele mais que sua capacidade de regeneracao; XV - Unidades de Conservagao de Uso Direto e Indireto: parcelas do territério municipal, incluindo as areas com caracteristicas ambientais relevantes do dominio ptiblico ou privado legalmente constituidas ou reconhecidas pelo Poder PUblico, com objetivos ¢ limites definidos, sob regime especial de administracao, as quais se aplicam garantias adequadas de protecao; CAPITULO II DO SISTEMA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE — SISMUMA SECAO! DA ORGANIZACAO E ESTRUTURA Art. 7° - O Sistema Municipal de Meio Ambiente — SISMUMA é 0 conjunto de érgaos e entidades publicas e congéneres integrados para a preservag&o, conservagao, defesa, melhoria, recuperaco, controle do meio ambiente © uso adequado dos recursos ambientais do Municipio, consoante o disposto neste Cédigo. Art. 8° - Integram o Sistema Municipal de Meio Ambiente: | - Coordenag&o Municipal de Meio Ambiente e Preservacéo dos Recursos Naturais — CMA; Il = Conselho Municipal de Meio Ambiente — COMUMA, érgéo colegiado, de assessoramento e de carater consultivo, deliberativo e normative da politica ambiental; Ill - organizagdes da sociedade civil que tenham a questao ambiental entre seus objetivos: IV - outras secretarias e autarquias afins do Municipio, definidas em ato do Poder Executivo; FonaiFan, 6) ETE ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS SA] GABINETE DO PREFEITO Governo de todos PARAGRAFO UNICO — 0 COMUMA é 0 érgao superior deliberativo da composigéo do SISMUMA, nos termos deste Cédigo. Art. 9° - Os érgdos e entidades que compéem o SISMUMA atuaréo de forma harménica e integrada, sob a coordenacéo da Coordenacéo Municipal de Meio Ambiente e Preservacéo dos Recursos Naturais - CMA SECAO I DO ORGAO EXECUTIVO Art. 10 - A Coordenagéo Municipal de Meio Ambiente e Preservagéo dos Recursos Naturais - CMA é 0 érgao de coordenacdo, controle e execugao da politica municipal de meio ambiente, com as atribuigées e competéncia definidas nesse Codigo. Art. 11 - Sao atribuigdes da CMA: |- apoiar as agdes das organizagées da sociedade civil organizada que tenham a questo ambiental entre seus objetivos; Il - articular-se com organismos federais, estaduais, municipais, organizagdes no governamentais — ONGs, nacionais e intemacionais, para a execugdo coordenada e a obtencao de financiamentos para a implantagéo de programas relativos 4 preservacdo, conservacdo e recuperagéo dos recursos ambientais, naturais ou nao; Ill - atuar em caréter permanente na recuperagao de areas e recursos ambientais poluidos ou degradados; IV - coordenar as agdes dos érgaos integrantes do SISMUMA; V - coordenar a gestéo do FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE — FEMA, nos aspectos técnicos, administrativos e financeiros, segundo as diretrizes fixadas pelo COMUMA; VI - coordenar a implantagéo do Plano Diretor de Arborizagdo e Recuperagéo de Areas Verdes com desenvolvimento sustentavel e promover sua avaliagdo e adequacéo; VIL - dar apoio técnico, administrativo € financeiro a0 COMUMA; Vill - dar apoio técnico e administrativo ao Ministério Publico, nas suas ages institucionais em defesa do Meio Ambiente; IX - desenvolver, com a participagdo dos érgéos e entidades do SISMUMA, 0 zoneamento ambiental; X - determinar a realizago de estudos prévios de impacto ambiental; - elaborar 0 Plano de Agao de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentavel do Municipio; XII - exercer 0 controle, a fiscalizaco, 0 monitoramento e a avaliagéo dos recursos naturais do Municipio; XIIl - exercer 0 poder de policia administrativa para condicionar e restringir 0 uso e gozo dos bens, atividades e direitos, em beneficio da preservacéo, conservacao, defesa, melhoria, recuperagao e controle do meio ambiente; XIV - elaborar projetos ambientais; XV = executar outras atividades correlatas atribuidas_ pela administragao publica municipal; ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos XVI - fixar diretrizes ambientais para elaboracao de projetos de parcelamento do solo urbano, bem como para a instalagéo de atividades ¢ empreendimentos no Ambito da coleta, reciclagem, manipulacdo e disposicéo dos residuos; XVII - fiscalizar as atividades produtivas e comerciais de prestagdo de servigos e 0 uso de recursos ambientais pelo Poder PUiblico e pelo particular; XVIII - implementar através do Plano de Ago, as diretrizes da politica de desenvolvimento sustentavel do municipio; XIX - licenciar a localizag&o, a instalag4o, a operaco e a ampliagdo das obras ¢ atividades consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou degradadoras do meio ambiente; XX - manifestar-se mediante estudos e pareceres técnicos sobre questées de interesse da sustentabilidade ambiental para a populagao do Municipio; XXI - participar do planejamento das politicas de desenvolvimento sustentavel do municipio; XXII - promover a educagao ambiental em todos os niveis; XXIII - propor a criagéo e gerenciar as unidades de conservacao, implementando os planos de manejo; XXIV - promover as medidas administrativas e requerer as judiciais cabiveis para coibir, punir e responsabilizar os agentes poluidores e degradadores do meio ambiente; XXV - realizar 0 controle ¢ 0 monitoramento das atividades produtivas e dos prestadores de servigos quando potencial ou efetivamente poluidores ou degradadores do meio ambiente; XXVI_- recomendar ao COMUMA normas, critérios, parametros, padrdes, limites, indices e métodos para o uso dos recursos ambientais do municipio; SECAO Ill DO CONSELHO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE Art. 12 - 0 Conselho Municipal de Meio Ambiente — COMUMA é érgao colegiado auténomo de cardter consultivo, recursivo, deliberativo e normativo do Sistema Municipal do Meio Ambiente - SISMUMA. Art. 13 — Sao atribuigdes do COMUMA: | - acompanhar e apreciar, quando solicitado, os licenciamentos ambientais; I~ acompanhar a anélise e emitir parecer sobre os EPIA/RIMA/PCA/RCA/PRAD; Il - analisar a proposta de projeto de lei de relevancia ambiental de iniciativa do Poder Executive, antes de ser submetida a deliberagéo da Camara Municipal; IV - aprovas as normas, critérios, parémetros, padrées e indices de qualidade ambiental, bem como métodos para 0 uso dos recursos ambientais do municipio, observadas as legislagdes estadual e federal; 0) ELT 005 3244 - FoniFan (0) OTTER 7 001.58. CEP: 65.600.000~ CARIAS A ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos V - aprovar os métodos e padrées de monitoramento ambiental desenvolvidos pelo Poder Puiblico e pelo particular; VI - apresentar sugestdes para a reformulagéo do Plano Diretor Municipal, no que corresponde as questées ambientais; Vil - conhecer dos processos de licenciamento ambiental do Municipio Vill - decidir em Ultima instancia administrativa sobre recursos relacionados a atos e penalidades aplicadas pela CMA, desde que aprovadas por 2/3 (dois tergos) dos presentes; IX - definir a politica ambiental do Municipio, aprovar 0 plano de agéo da CMA e acompanhar sua execuo; X - estabelecer modelo e apreciar, quando solicitado, termo de referéncia para a elaboragéo do EPIA/RIMA e decidir sobre a conveniéncia de audiéncia publica; XI - estabelecer critérios basicos e fundamentos para a elaboracéo do zoneamento ambiental, podendo referendar ou no a proposta encaminhada pelo 6rgao ambiental municipal competente; XII - examinar matéria em tramitagéo na administragéo publica municipal, que envolva questéo ambiental, a pedido do Poder Executivo, de qualquer érgao ou entidade do SISMUMA, ou por solicitagao da maioria de seus membros; XIll - fixar as diretrizes de gestéo do FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE — FEMA; XIV - propor a criagdo de unidade de conservagao; XV - propor e incentivar ages de carater educativo, para a formagéo da consciéncia publica, visando a protegdo, conservagao e melhoria da qualidade de vida; Art. 14 — As sessées plendrias do COMUMA serao sempre publicas, permitida a manifestaco oral de representantes de rgdos, entidades e empresas ou autoridades, quando convidadas pelo presidente ou pela maioria dos conselheiros PARAGRAFO UNICO - O quorum das Reuniées Plendrias do COMUMA seré de 1/3 (um tergo) de seus membros para abertura das sessées e de maioria simples para deliberagdes. Art. 15 — O COMUMA seré integrado por membros efetivos ¢ respectivos suplentes para mandato de 02 (dois) anos, obedecendo a uma composicao paritaria entre membros do Govern Municipal e membros da sociedade civil organizada. § 1° - © COMUMA sera presidido pelo Coordenador da CMA e na sua auséncia por outro membro do COMUMA indicado pelo Coordenador. § 2° - O Coordenador da CMA exercerd seu direito de voto qualitativo, em caso de empate. § 3° - As entidades civis organizada, referidas no caput do artigo 15°, deverao estar sediadas no municipio e legalmente constituidas, com no minimo 01 (um) ano de existéncia § 4° - Os membros do COMUMA e seus suplentes sero indicados por suas respectivas entidades e designados por ato do Prefeito, para mandato de 02 (dois) anos, permitida uma recondugao ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos § 5° - O mandato de conselheiro do COMUMA sera gratuito © considerado servigo relevante para o municipio. Art, 16 - O COMUMA e sua Secretaria Executiva devero dispor de cAmaras especializadas como érgao de apoio técnico as suas a¢des consultivas, deliberativas e normativas. Art. 17 - As normas de funcionamento do COMUMA sero estabelecidas no seu regimento interno. PARAGRAFO UNICO - Caberé ao COMUMA providenciar 0 pleno funcionamento das Camaras Especializadas. Art. 18 - O Presidente do COMUMA, de oficio ou por indicagao dos membros das Camaras Especializadas, poderé convidar dirigentes de érgaos pubblicos, pessoas fisicas ou juridicas, para esclarecimento sobre matéria em exame. Art, 19 - O COMUMA mantera intercambio com os demais érgéos congéneres municipais, estaduais e federais, Art. 20 - 0 COMUMA, a partir de informagao ou notificagao de medida ou ago causadora de impacto ambiental, diligenciara para que o érgao competente providencie sua apuracdo e determine as providéncias cabiveis. Art, 21 - A estrutura necessaria ao funcionamento do COMUMA sera de responsabilidade da CMA. Art, 22 - Os atos do COMUMA so de dominio publico e serao amplamente divulgados pela CMA. SECAO IV DAS ENTIDADES NAO GOVERNAMENTAIS Art, 23 - As entidades no governamentais — ONGs, sdo instituicdes da sociedade civil organizada sem fins lucrativos. SECAOV DAS SECRETARIAS AFINS Art. 24 - As secretarias afins so aquelas que desenvolvem atividades que interferem direta ou indiretamente sobre a area ambiental. ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos CAPITULO Ii DOS INSTRUMENTOS DA POLITICA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE SECAO! NORMAS GERAIS Art, 25 - Os instrumentos da Politica Municipal de Meio Ambiente elencados no capitulo |, segdo IV, deste Cédigo, serao definidos e regulados neste capitulo, ° Art, 26 - Cabe ao Municipio a implementacao dos instrumentos da politica municipal de Meio Ambiente, para perfeita consecucéo dos objetivos definidos no capitulo I, segdo Ill, deste Cédigo. Art. 27 - As Zonas Ambientais do Municipio a serem definidas, serviréo de base para a elaboracao do Plano Diretor Urbano, devendo ser classificadas minimamente de: | - zona urbana; N—zona rural; , Ill zona mista SECAO II DO ZONEAMENTO AMBIENTAL Art. 28 - O Zoneamento Ambiental consiste na definigéio de areas do territério do Municipio, de modo a regular atividade bem como definir agdes para a protecdo e melhoria da qualidade do ambiente, considerando as caracteristicas ou atributos das areas. § 1° - 0 Zoneamento Ambiental sera definido por Lei e incorporado ao Plano Diretor Urbano, no que couber, podendo o Poder Executivo alterar os seus limites, ouvida a Camara Municipal e a CMA. § 2° - 0 Zoneamento Ambiental devera instrumentalizar a elaboragéo do zoneamento do uso e ocupago do solo especifico para a sede do Municipio. Art, 29 - As zonas ambientais do Municipio so: | Zonas de Controle Especial - ZCE: éreas do Municipio submetidas a normas préprias de controle e monitoramento ambiental, em fungéo de suas caracteristicas peculiares; Il = Zonas de Protecéo Ambiental - ZPA: areas protegidas por instrumentos legais diversos devido a existéncias de remanescentes de mata nativas e ambientes associados e de sustentabilidade do meio a riscos relevantes; lll - Zonas de Recuperagéo Ambiental — ZRA: éreas em estagio significativo de degradagdo, onde é exercida a protegao temporéria e desenvolvidas 10 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos agées visando a recuperagao induzida ou natural do ambiente, com o objetivo de integra-la as zonas de protecdo; IV - Zonas de Protego Paisagistica - ZPP: areas de protegdo de paisagem com caracteristicas excepcionais de qualidade e fragilidade visual; V - Zonas de Unidades de Conservagao — ZUC: areas sob regulamento das diversas categorias de manejo; e, VI - Zonas de Uso Alternativo - ZUA: areas de potencial produtivo para 0 setor agropecuério e agroindustrial; SECAO Ill DOS ESPACOS TERRITORIAIS ESPECIALMENTE PROTEGIDOS Art. 30 - Os espagos territoriais especialmente protegidos, sujeitos 0 regime juridico especial, so os definidos neste capitulo, cabendo ao Municipio sua delimitacdo, quando nao definidos em lei Art. 31 - S40 espacos territoriais especialmente protegidos: |- as areas de preservacdo permanente; Il - as dreas verdes publicas e particulares, com vegetacdo relevante ou florestada; Ill - as unidades de conservacao; IV — morros e encostas; e, V0 rios, aquiferos de recarga, areas pantanosas, dentre outros. SUBSECAO I DAS AREAS DE PRESERVACAO PERMANENTE Art. 32 - So dreas de preservacdo permanente: | - as areas que abriguem exemplares raros, ameagados de extingdo ou insuficientemente conhecidos da flora e da fauna, bem como aquelas que servem de pouso, abrigo ou reprodugdo de espécies migratérias; Il a cobertura vegetal que contribui para a estabilidade das encostas sujeita a erosdo e a deslizamentos; Ill - As elevagdes rochosas (falésias) de valor paisagistico e a vegetacao rupestre de significativa importancia ecolégica; IV - as nascentes, olhos d'égua, as matas ciliares e as faixas marginais de protegao das aguas superficiais; e, V - As demais areas declaradas por lei. ESTADO DO MARANHAO } PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS = GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos SUBSECAO I DAS UNIDADES DE CONSERVACAO E AS DE DOMINIO PRIVADO Art. 33 - As Unidades de Conservacdo — UC sao criadas por ato do Poder Publico e definidas entre outras, segundo as seguintes categorias: | - rea de protecao ambiental; II - estagao ecolégica; Ill - monumento natural; IV - parque municipal; e, V - reserva ecolégica; PARAGRAFO UNICO — Deverao constar no ato de criagao do Poder Publico a que se refere o caput deste artigo diretrizes para a regulariza¢o fundiaria, demarcagao e fiscalizagao adequada, bem como a indicagao da respectiva area do entorno. Art. 34 - As unidades de conservagao constituem 0 Sistema Municipal de Unidades de Conservacao, o qual deve ser integrado aos sistemas estadual e federal Art. 35 - A alterago adversa, a reducdo da area ou a extingdo de unidades de conservagéo somente sera possivel mediante lei municipal Art. 36 - O Poder Puiblico poderé reconhecer, na forma da lei, unidades de conservagao de dominio privado SUBSECAO II DAS AREAS VERDES Art. 37 - As Areas Verdes Publicas e as Areas Verdes Especiais sero regulamentadas por ato do Poder Public Municipal PARAGRAFO UNICO — A CMA definiré e 0 COMUMA aprovara as formas de reconhecimento de Areas Verdes e de Unidades de Conservacao de dominio particular, para fins de integragéo ao Sistema Municipal de Unidades de Conservacao, SUBSECAO IV DOS MORROS E ENCOSTAS Art. 38 - Os morros e encostas so areas que compéem as zonas de protego ambiental ou paisagistica, definidas pelo zoneamento ambiental. Tait FoneFax 12 15000-000- CA) 0/001 98, ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos SUBSECAO V DOS PADRGES DE EMISSAO E DE QUALIDADE AMBIENTAL Art, 39 - Os padrées de qualidade séo os valores de concentracées maximas tolerdveis no ambiente para cada poluente, de modo a resguardar a satide humana, a fauna, a flora, as atividades econémicas e 0 meio ambiente em geral § 1° - Os padrées de qualidade ambiental deveréio expressos, quantitativamente, indicando as concentragdes maximas de poluentes suportaveis em determinados ambientes, devendo ser respeitados os indicadores ambientais de condigdes de auto-depuracao do corpo receptor. § 2° - Os padrées de qualidade ambiental incluiro, entre outros, a qualidade do ar, das éguas, do solo e emissao de ruidos. Art, 40 - Padréo de emissao ¢ 0 limite maximo estabelecido para langamento do poluente por fonte emissora que, ultrapassado, poderé afetar a satide, a seguranga e 0 bem-estar da populacdo, bem como ocasionar danos & fauna, @ flora, as atividades econdmicas e ao meio ambiente em geral Art. 41 - Os padrées e pardmetros de emissdo e de qualidade ambiental sao aqueles estabelecidos pelos Poderes Publicos: Municipal, Estadual Federal, podendo a CMA, ouvido 0 COMUMA, estabelecer padrées mais restritivos ou acrescentar padrées para parametros nao fixados pelos érgéos estadual e federal, ftundamentados em parecer técnico consubstanciado SECAO IV DA AVALIACAO DE IMPACTOS AMBIENTAIS Art, 42 - Considera-se impacto ambiental qualquer alteragéo das propriedades fisicas, quimicas e biolégicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia, resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem: | - as atividades sociais e econémicas; Il - a biota; Ill - a8 condigées estéticas e sanitérias do meio ambiente: IV - a qualidade e a quantidade dos recursos ambientais; V -a satide, a seguranca e 0 bem-estar da populacdo; e, VI = os costumes, @ cultura e as formas de sobrevivéncia das populagées; Art. 43 - A Avaliacéo de Impacto Ambiental - AIA é resultante do conjunto de instrumentos e procedimentos @ disposigéo do Poder Publico Municipal que possibilita a andlise e interpretacdo de impactos sobre a salide, o bem-estar da populagdo, a economia € 0 equilibrio ambiental, compreendendo: 1 - a consideragao da varidvel ambiental nas politicas, planos, programas ou projetos que possam resultar em impacto referido no caput, Il - a elaboragao de Estudo Prévio de Impacto Ambiental — EPIA, e 0 respectivo Relatorio de Impacto Ambiental — RIMA para a implantagao de empreendimentos ou atividades, na forma da lei; PragaDase it Foran 200 = CAKIAS Wa 7 13 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos Art. 44 - E de competéncia da CMA a exigéncia do EPIVAIA/RIMA para o licenciamento de atividade potencial ou efetivamente degradadora do meio ambiente no Municipio. § 1° - O EPIA/RIMAJAIA poder ser exigido na ampliagdo da atividade, mesmo quando 0 mesmo ja tiver sido aprovado. § 2° - Caso haja necessidade de inclusdo de pontos adicionais 20 Termo de Referéncia, tais inclusées deverdo estar fundamentadas em exigéncia legal ou, em sua inexisténcia, em parecer técnico consubstanciado, emitido pela CMA e/ou pelo COMUMA. §3-A deve manifestar-se conclusivamente no Ambito de sua competéncia sobre o EPIA/RIMAVAIA, em até 60 (sessenta) dias a contar da data do recebimento, excluidos os periodos dedicados a prestagao de informacées complementares. Art. 45 - O EPIA/RIMAJAIA, além de observar os demais dispositivos deste Cédigo, obedecera as seguintes diretrizes gerais | - contemplar todas as alternativas tecnolégicas apropriadas ¢ alternativas de localizacéo do empreendimento, confrontando-as coma hipétese de no execucdo do mesmo; Il - considerar os planos e programas governamentais existentes e a implantagdo na drea de infiuéncia do empreendimento e a sua compatibilidade; Il - considerar os planos € projetos governamentais, propostos e em implantagdo na area de infiuéncia do projeto, e sua compatibilidade; IV - definir os limites da érea geografica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada érea de infiuéncia do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia hidrografica na qual se localiza; V - definir medidas redutoras para os impactos negativos bem como medidas potencializadoras dos impactos positivos decorrentes do empreendimento: VI - elaborar programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos positivos ¢ negativos, indicando a freqiiéncia, os fatores e pardmetros a serem considerados, que devem ser mensuraveis ¢ ter interpretagées inequivocas. VIL - identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais que seréo gerados pelo empreendimento nas suas fases de pesquisa, planejamento, instalagdo, operagao ou utilizagao de recursos ambientais; e, Vill - realizar 0 diagnéstico ambiental da area de influéncia do empreendimento, com completa descrigao e andlise dos recursos ambientais e suas interagées, tal como existem, de modo a caracterizar a situagao ambiental da regio, antes da implantag&o do empreendimento; Art. 46 - A CMA devera avaliar os termos de referéncia produzidos pelos empreendedores e/ou firmas especializadas, em observancia com as caracteristicas do empreendimento e do meio ambiente a ser afetado, cujas instrugdes orientarao a elabora¢do do EPIA/RIMAJAIA, contendo prazos, normas & procedimentos a serem adotados. Art. 47 - O diagnéstico ambiental, assim como a anélise dos impactos ambientais, deverd considerar o meio ambiente da seguinte forma: | - meio biolégico e os ecossistemas naturais: a flora e a fauna, com destaque para as espécies indicadoras da qualidade ambiental, de valor cientifico e econémico, raras e ameagadas de extingdo e as areas de preservacdo permanente: Praga Dis Corie, 00 Fones: (0) HRTDNES 30. FonwTFan ‘CNPL- 06062 s20000188, aaa (65. 400.000- CAXIKS-N | 14 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos Il- meio-fisico: 0 solo, 0 subsolo, as aguas, o ar e o clima, destacando 0s recursos minerais, a topografia, a paisagem, os tipos e aptidées do solo, os corpos d’égua, 0 regime hidrolégico e as correntes atmostéricas; e, lil - meio sécio-econémico: 0 uso e ocupagao do solo, 0 uso da agua e a sécio-economia, destacando os sitios e monumentos arqueolégicos, histéricos culturais e ambientais e a potencial utilizagao futura desses recursos. PARAGRAFO UNICO -— No diagnéstico ambiental, os fatores ambientais devem ser analisados de forma integrada mostrando a interacdo entre eles @ a sua interdependéncia Art. 48 - Correréo por conta do proponente do projeto todas as despesas e custas referentes realizado do Estudo Prévio de Impacto Ambiental, tais como: coleta e aquisigéo dos dados e informagdes, trabalhos e inspecdes de campo, analise de laboratério, estudos técnicos e cientificos e acompanhamento e maonitoramento dos impactos, elaboragéo do RIMA e fornecimento de pelo menos 5 (cinco) cépias em papel Ad e 2 (duas) cépias em ambiente digital Art. 49 - O EPIA/RIMAJAIA sera realizado por equipe multidisciplinar habilitada, nao dependente direta ou indiretamente do proponente, sendo aquela responsavel legal e tecnicamente pelos resultados apresentados, PARAGRAFO UNICO —- A CMA podera, em qualquer fase de elaboragdo ou apreciagdo do EPIA/RIMA, mediante voto fundamentado aprovado pela maioria absoluta dos membros do COMUMA, declarar a inidoneidade da equipe multidisciplinar ou de técnico competente, recusando, se for 0 caso, os levantamentos ou conclusées de sua autoria Art. 50 - O RIMA refletira as conclusées do EPIA de forma objetiva e adequada a sua ampla divulgago, sem omissao de qualquer elemento importante para a compreensao da atividade e conterd, no minimo: | - a caracterizagéo da qualidade ambiental futura da area de influéncia, comparando as diferentes situages da adocdo do projeto e suas alternativas, bem como a hipétese de sua nao realizacdo; Il - a descri¢&o do efeito esperado das medidas mitigadoras, previstas em relag&o aos impactos negatives, mencionando aqueles que no poderem ser evitados e 0 grau de alteragdes esperado; Ill - a descrig&o do projeto de viabilidade (ou basico) e suas alternativas tecnolégicas e de localizacdo, especificando para cada um deles, nas fases de planejamento, implantac&o e operacdo, as éreas de influéncia direta e indireta, as matérias-primas, a mao-de-obra, as fontes de energia, demanda de agua, os processos @ técnicas operacionais, os provaveis efluentes, emiss6es, residuos, andlise de riscos e perda de energia, e os empregos diretos ¢ indiretos a serem gerados; IV - a descri¢o dos provaveis impactos ambientais da implantagdo e operagao da atividade, considerando 0 projeto, suas altemativas, os horizontes de tempo de incidéncia dos impacto, indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificacdo, quantificacao e interpretagao; V - a recomendagdo quanto 4 altemativa mais favoravel, conclusées e comentarios de ordem geral; VI - a sintese do resultado dos estudos de diagnésticos ambientais da rea de influéncia direta e indireta do projeto; Praga Dae Gori, 600-Fones: (9) SEI RS NB 06.082 8200004 58. CEP i 15 Bs ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS we GABINETE DO PREFEITO Governo de todos VIl_- os objetivos e justificativas do projeto, sua relacdo compatibilidade com as politicas setoriais, planos e programas governamentais; €, vill - © Programa de Acompanhamento e Monitoramentos dos impactos § 1° - O RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada & sua compreensdo, e as informagdes nele contidas devem ser traduzidas em linguagem acessivel, ilustradas por mapas e demais técnicas de comunicacao visual, de modo que a comunidade possa entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as conseqiiéncias ambientais de sua implementacao. § 2° - O RIMA, relativo a projetos de grande porte, conteré obrigatoriamente: | - a fonte de recursos necessarios @ construgdo e manutengdo dos equipamentos sociais e comunitérios e a infra-estrutura; Il- a relagdo, quantificagao e especificacao de equipamentos sociais e comunitérios e de infra-estrutura basica para o atendimento das necessidades da populagdo, decorrentes das fases de planejamento, implantagao, operaco ou expansao do projeto. Art. 51 - A CMA, ao determinar a elaboraco do EPIA e apresentacao do RIMA, por sua iniciativa ou quando solicitado por entidade civil, pelo Ministério Publico ou por cinquenta ou mais cidadaos municipes, dentro de prazos fixados em lei, promovera a realizagdo de audiéncia publica para manifestacéo da populacao sobre 0 projetos e seus impactos sécio-econémico e ambientais. § 1° - A CMA procederé a ampla publicacdo de edital, dando conhecimento e esclarecimento @ populagdo da importancia do RIMA e dos locais e periodos onde estard 4 disposicao para conhecimento, inclusive durante 0 periodo de andlise técnica § 2° - a realizagéo da audiéncia publica deverd ser esclarecida e amplamente divulgada, com antecedéncia minima de 15 (quinze) dias, necessaria & sua realizado em local conhecido e acessivel Art. 52 - A relac&o dos empreendimentos ou atividades que estarao sujeitas & elaboracéo do EPIA e respectivo RIMA sera definida por ato do Poder Executivo, ouvindo o COMUMA, além daqueles previstos nas legislagdes estadual e federal SECAOV DO LICENCIAMENTO E DA REVISAO Art. 53 - A execugdo de planos, programas, obras, a localizacdo, a instalagdo, a operagéo e a ampliagdo de atividades e 0 uso de exploracéo dos recursos ambientais de qualquer espécie, de iniciativa privada 0 do Poder Ptiblico Federal, Estadual e Municipal, consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, ou capazes, de qualquer forma, de causar degradag4o ambiental, dependerdo de prévio licenciamento municipal, com anuéncia da COMUMA, quando for 0 caso, sem prejuizo de outras licencas legalmente exigiveis. FonalFan, 9) SETS 7 16 000 = CAXIAS. MA i ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos Art. 54 - As licengas de quaisquer espécies de origem federal ou estadual nao excluem a necessidade de licenciamento pelo érgao competente do ‘SISMUMA, nos termos deste Cédigo. Art. 55 - A CMA expedira as seguintes licengas: 1— Licenga Prévia Municipal — LPM; Il Licenga de Instalago Municipal — LIM; e, Ill — Licenga de Operagéo Municipal — LOM. Art. 56 - A Licenga Prévia Municipal - LPM, sera requerida pelo proponente do empreendimento ou atividade, para verificagao de adequacao aos critérios do zoneamento ambiental, e no Ambito da area de influéncia PARAGRAFO UNICO - Para ser concedida a Licenga Prévia Municipal — LPM, a CMA deveré determinar a elaboracao do EPIA/RIMA, ou outros instrumento ambiental, PCA/RCA/PRAD, nos termos deste Cédigo, e sua regulamentagao. ‘Art. 57 - A Licenga de Instalagéo Municipal — LIM e a Licenga de Operagéo Municipal - LOM serao requeridas mediante apresentacéo do projeto competente e do EPIA/RIMA, quando nao apresentado na Licenca Prévia Municipal -LPM PARAGRAFO UNICO — A CMA definira elementos necessérios a caracterizagéo do projeto e aqueles constantes das licencas através de regulamento. Art. 58 - A LIM conteré 0 cronograma aprovado pelo érgéo do SISMUMA para implantacéo dos equipamentos e sistemas de controle, monitoramento, mitigag&o ou reparacao de danos ambientais (compensagoes). Art. 59 - A LOM sera concedida depois de concluida a instalagdo, verificada a adequacéo da obra e o cumprimento de todas as condigées previstas na LIM. Art, 60 - O inicio de instalacdo, operagao ou ampliagdo de obra ou atividade sujeita ao licenciamento ambiental sem a expedi¢ao da licenga respectiva implicaré a aplicagéo das penalidades administrativas previstas neste Cédigo e na sua regulamentagéo, a adogéo das medidas judiciais cabiveis, sob pena de responsabilizacéo funcional do érgéo fiscalizador do SISMUMA. Art. 61 - A reviséo da LOM, independente do prazo de validade, ocorrera sempre que: | - a atividade colocar em risco a satide ou a seguranca da populacao, para além daquele normalmente considerado quando do licenciamento; Il a continuidade de operacéo comprometer de maneira irremediavel recursos ambientais nao inerentes a prépria atividade; Ill - ocorrer descumprimento as condicionantes do licenciamento. Art. 62 - A renovacdo da LOM deverd considerar as modificagées no zoneamento ambiental com 0 prosseguimento da atividade licenciada e a concess4o de prazo para a adaptagdo, relocalizacao ou encerramento da atividade. Art. 63 - O regulamento estabeleceré prazos para requerimento, publicaco, prazo de validade das licengas emitidas e relacdo de atividades sujeitam ao licenciamento. 6 7 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos SECAO VI DA AUDITORIA AMBIENTAL Art. 64 - Para os efeitos deste Cédigo, denomina-se auditoria ambiental 0 desenvolvimento de um processo documentado de inspegdo, andlise e avaliacao sistematica das condicées gerais e especificas de funcionamento de atividades ou desenvolvimento de obras, causadores de impacto ambiental, com 0 objetivo de: | - analisar as condigses de operacdo e de manutencéo dos equipamentos e sistemas de controle das fontes poluidoras e degradadoras; Il = analisar as medidas adotadas para a correcao de nao conformidades legais detectadas em auditorias ambientais anteriores (intema ou externa), tendo como objetivo a preservagaio do meio ambiente e a sadia qualidade de vida; Ill - avaliar os impactos sobre o meio ambiente, causados por obras ou atividades auditadas; IV - examinar a politica ambiental adotada pelo empreendedor, bem como 0 atendimento aos padrées legais em vigor, objetivando preservar 0 meio ambiente e a sadia qualidade de vida; V - examinar, através de padrées e normas de operacao e manutengao, a capacitagéo dos operadores e a qualidade do desempenho da operagéo e manutengao dos sistemas, rotinas, instalagdes e equipamentos de protecdo do meio ambiente; VI - identificar riscos de provaveis acidentes e de emissdes continuas, que possam afetar, direta ou indiretamente, a satide da populagdo residente na area de influéncia; Vil - verificar os niveis efetivos ou potenciais de poluicéo ou degradagéo ambiental provocada pelas atividades ou obras auditadas; ¢, VIII - verificar 0 cumprimento de normas ambientais federais, estaduais municipais; § 1° - As medidas referidas no inciso II deste artigo deverao ter 0 prazo para a sua implantacdo, a partir da proposta do empreendedor, determinado pela CMA, a quem caberd, também, a fiscalizacdo e aprovacao. § 2° - O nao cumprimento das medidas nos prazos estabelecidos na forma do paragrafo primeiro deste artigo sujeitara a infratora as penalidades administrativas e as medidas judiciais cabiveis. Art. 65 - A CMA poderd determinar aos responsaveis pela atividade efetiva ou potencialmente poluidora ou degradadora a realizagéo de auditorias ambientais periddicas ou ocasionais, estabelecendo diretrizes e prazos especificos. PARAGRAFO UNICO — Nos casos de auditorias periédicas, os procedimentos relacionados a elaboragdo das diretrizes a que se refere o caput deste artigo deverao incluir a consulta aos responsaveis por sua realizacdo e a comunidade afetada, decorrentes do resultado de auditorias anteriores. Art. 66 - As auditorias ambientais serdo realizadas por conta de énus da empresa a ser auditada, por equipe técnica ou empresa de sua livre escolha, devidamente cadastrada no érgéo ambiental municipal e acompanhada, a critério do mesmo, por servidor puiblico, técnico da area de meio ambiente. Praga Dis Core, 10 - Fomes CHP: 0 SETS anon SES 18 01 8 CEP. 6 000: CAXIAS HA | ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos § 1° - Antes de dar inicio ao proceso de auditoria, a empresa comunicara a CMA a equipe técnica ou empresa contratada que realizara a auditoria. § 2° - A omisso ou sonegago de informacdes relevantes descredenciaré os responsaveis para a realiza¢ao de novas auditorias, pelo prazo minimo de 5 (cinco) anos, sendo o fato comunicado ao Ministério Publico para as medidas judiciais cabiveis. Art, 67 - Deverdo, obrigatoriamente, realizar auditorias ambientais periédicas, as atividades de elevado potencial poluidor e degradador, entre as quais: | - atividades extratoras ou extrativistas de recursos naturais; Il - as centrais termoelétricas; Ill - as instalagdes destinadas a estocagem de substancias téxicas e perigosas; IV - as industrias ferro-sideruirgicas; \V - as industrias petroquimicas; VI - as instalagdes de processamento e de disposigdo final de residuos toxicos ou perigosos; Vil - as instalagdes industriais, comerciais ou recreativas, cujas atividades gerem poluentes em desacordo com critérios, diretrizes e padroes normativos, Vill - as instalagées portuarias; e, IX - os terminais de petréleo e seus derivados, e alcool carburantes. § 1° - Para os casos previstos neste artigo, o intervalo maximo entre as auditorias ambientais periédicas sera de 3 (trés) anos. § 2° - Sempre que constatadas infragdes aos regulamentos federais, estaduais e municipais de protecéo ao meio ambiente, deverdo ser realizadas auditorias periddicas sobre os aspectos a eles relacionados, até a correcdo das irregularidades, independentemente de aplicagdo de penalidade administrativa e da provocacéo de aedo civil publica. Art. 68 - Ondo atendimento da realizagdo da auditoria nos prazos e condigdes determinados sujeitara a infratora a pena pecuniaria, sendo esta nunca inferior a0 custo da auditoria, que sera promovida por instituigdo ou equipe técnica designada pelo SISMUMA, independentemente de aplicagao de outras penalidades legais ja previstas. Art. 69 - Todos os documentos decorrentes das auditorias ambientais, ressalvados aqueles que contenham materiais de sigilo industrial, conforme definido pelos empreendedores, serao acessiveis & consulta plilica dos interessados nas dependéncias da CMA, independentemente do recolhimento de taxas ou emolumentos. SECAO Vil DO MONITORAMENTO Art. 70 - O monitoramento ambiental consiste no acompanhamento da qualidade e disponibilidade dos recursos ambientais, com o objetivo de’ 5 a4. Poncho Bi) TT IE 19 ‘CNPs: 06.062 5200001 $8 - CEP: 65 00-000 CAXIAS RA { ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos | - acompanhar e avaliar a recuperacéo de ecossistemas ou areas degradadas; Il - acompanhar o estagio populacional de espécies da flora e fauna, especialmente as ameacadas de extingao e em extingao; Ill - aferir 0 atendimento aos padrées de qualidade ambiental e aos padrées de emisso; IV - avaliar os efeitos de planos, politicas e programas de gestéo ambiental e de desenvolvimento econémico e social; V - controlar 0 uso e exploragao de recursos ambientais; VI - subsidiar medidas preventivas e agdes emergenciais em casos de acidentes ou episédios criticos de poluig&o; e, VII - subsidiar a tomada de decisdo quanto a necessidade de auditoria ambiental SECAO vill DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAGOES E CADASTROS AMBIENTAIS — SISMUCA Art. 71 - © Sistema Municipal de Informagées e Cadastros Ambientais € © banco de dados de interesse do SISMUMA serao organizados, mantidos e atualizados sob responsabilidade da CMA, para utilizagao pelo Poder Publico e pela sociedade Art, 72 - So objetivos do SISMUCA, entre outros: | - articular-se com os sistemas congéneres; II - atuar como instrumento regulador dos registros necessarios as diversas necessidades do SISMUMA; Ill - coletar e sistematizar dados e informagées de interesse ambiental; IV - coligir de forma ordenada, sistémica e interativa os registros ¢ as informagées dos érgaos, entidades e empresas de interesse para o SISMUMA; e, \V - recolher e organizar dados e informagdes de origem multidisciplinar de interesse ambiental, para uso do Poder Publico e da sociedade. Art. 73 - 0 SISMUCA contera unidades especificas para’ | - cadastro de 6rgéos e entidades juridicas, inclusive de cardter privado, com sede no Municipio ou néo, com aco na preservagao, conservacao, defesa, melhoria, recuperagao e controle do meio ambiente; Il - cadastro de pessoas fisicas ou juridicas que se dediquem a prestacdo de servigos de consultoria sobre questées ambientais, bem como a elaboraco de projetos na area ambiental; III - cadastro de pessoas fisicas ou juridicas que cometerem infracées &s normas ambientais incluindo as penalidades a elas aplicadas: IV - organizacéo de dados e informagées técnicas, bibliogréficas, literérias, joralisticas e outras de relevancia para os objetivos do SISMUMA; V - registro de empresas ¢ atividades cuja ago, de repercusso no Municipio, comporte risco efetivo ou potencial para o meio ambiente; ‘CNP: 0622 20 ESTADO DO MARANHAO j PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS SA GABINETE DO PREFEITO Ge VI - registro de entidades ambientais com ago no Municipio; VII - registro de entidades populares com jurisdigao no Municipio, que incluam, entre seus objetivos, a aco ambiental; e, Vill - outras informagdes de carater permanente ou tempordrio. PARAGRAFO UNICO - A CMA fornecera certidées, relatério ou copia dos dados e proporcionaré consultas as informagées de que dispée, observados os direitos individuais e sigilo industrial mo de todos, SECAO IX FUNDO MUNICIPAL DO MEIO AMBIENTE Art_74 - O Municipio, mediante lei, instituiré o FUNDO ESPECIAL DO MEIO AMBIENTE - FEMA, normatizando as diretrizes para sua administracao. SECAO xX DO PLANO DIRETOR DE ARBORIZACAO E RECUPERACAO DE AREAS DEGRADADAS Art. 75 - A elaboragéo, reviséo @ atualizagao do Plano Diretor de Arborizagéo © Recuperacéo de Areas Degradadas caberéo a CMA, em conjunto com a Secretaria Municipal de Urbanismo, cabendo-Ihe ainda sua execugao e o exercicio do poder de policia, nos termos da lei. Art. 76 - Sao objetivos do Plano Diretor de Arborizagéo e Recuperacéo de Areas Degradadas e Verdes estabelecerem diretrizes para | - arborizagao de ruas, pracas, avenidas e margens de rios e cérregos, comportando programas de plantio, manutencdo e monitoramento; Il - éreas verdes puiblicas, compreendendo programas de implantacéo @ recuperago, de manutene&o e de monitoramento; lll - areas verdes particulars, consistindo de programas de uso pUblico, de recuperagdo e protegdo de encostas e de monitoramento e controle: IV - desenvolvimento de programas de cadastramento, de implementacao de parques municipais, areas de lazer plblicas e de educacdo ambiental; V - desenvolvimento de programas de pesquisas, capacitagéio técnica, cooperagao, revisdo e aperfeigoamento da legislacao; e, VI - unidades de conservacdo, englobando programas de plano de manejo, de fiscalizagao e de monitoramento. Art. 77 - A lei definiré as atribuigdes para execuc&o, acompanhamento, fiscalizagdo e infragdes do Plano Diretor de Arborizagéo e Recuperacdo de Areas Degradadas e Verdes de Caxias, além do previsto neste Codigo. at ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governorteteter SECAO XI DA EDUCACAO AMBIENTAL Art. 78 - A Educagdo Ambiental, em todos os niveis de ensino da rede municipal, e a conscientizac&o publica para a preservag&o e conservacao do meio ambiente, s&o instrumentos essenciais e imprescindiveis para a garantia do equilibrio ecolégico e da sadia qualidade de vida da populacao. Art. 79 - O Poder Publico, na rede municipal e na sociedade, devera: | - apoiar agdes voltadas para a introducdo da educagao ambiental em todos os niveis de educagao formal e nao formal; Il - articular-se com entidades juridicas e néo governamentais para o desenvolvimento de ages educativas na area ambiental no municipio, incluindo a formago e capacitagao de recursos humanos; Il - desenvolver ages de educagao ambiental junto a populagéo do municipio; IV - fornecer suporte técnico/coneeitual nos projetos ou estudos interdisciplinares das escolas da rede municipal voltados para a questéo ambiental; e, V - promover a educagao ambiental em todos os niveis de ensino da rede municipal SECAO Xi DO SELO VERDE MUNICIPAL Art. 80 - O Selo Verde Municipal 6 © instrumento pelo qual é concedido, somente a produtos fabricados no territério do municipio, um certificado de qualidade ambiental Art. 81 - Sao objetivos do Selo Verde Municipal: | - criar nas pessoas o habito Preservacionista, conservacionista e critico com relagao aos produtos por elas consumidos; | - incentivar as empresas a manterem padrées de qualidade ambiental adequados; Ill - promover o desenvolvimento sustentavel Art. 82 - O Selo Verde Municipal sera concedido pela CMA, apds anélise e parecer do COMUMA. PARAGRAFO UNICO ~ A CMA poder exigir laudos, visitas e andlises, inclusive feitas por outros érgéos federais e estadual ou, até mesmo, da iniciativa privada, porém com habilitagdo técnica para tanto, sendo que todas as custas serao por conta do interessado. Art. 83 - E vedada a concessdo de Selo Verde para |- empresas que utilizarem de embalagens a base de PVC, amianto ou produzida a partir de gazes do tipo freon (CFC); Ml- empresas que sofreram penalidades ou adverténcias ambientais no periodo de sua existéncia, cujo passivo nao tenha sido recuperado e aprovado pelo 6rgao licenciador; Praga ba G a 3821 005 1244 FonsiFan. 82 FZNONO 38 - CEP. 65 800-000 CA T 22 , ESTADO DO MARANHAO } PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS we GABINETE DO PREFEITO ‘Governiorietodoe Il - produtos que utilizem metais pesados ou substancias altamente toxicas em qualquer uma de suas fases de producdo ou que contenham estes materiais em seu contetido; e, IV - produtos vegetais de origem e manipulacéo a base de OGM - Organismos Geneticamente Modificados. Art. 84 - Sdo condicionantes favoraveis 4 obtencdo do Selo Verde Municipal | - campanhas internas de limpeza, reciclagem de lixo e economia de Agua e energia; II - desenvolvimento de programas intemnos de qualidade total; Ill - desenvolvimento de projetos de educagao ambiental com os funcionrios e mesmo com familiares dos funcionarios da empresa; IV - existéncia de programas de seguranga no trabalho; V - a existéncia de técnico ou equipe técnica responsavel pelo controle ambiental na empresa; VI - existéncia de certificado de qualidade como os padrées ISO 9000 e ISO 14000 ou prémios de eficiéncia a sustentabilidade do meio: VII - financiamento de projetos ambientais no municipio; ¢, VII - tecnologias limpas e mecanismos de desenvolvimento limpo. Art. 85 - O produto indicado para o Selo Verde recebera um certificado de qualidade ambiental, com validade de 01 (um) ano, juntamente com o simbolo que podera ser utilizado pela empresa em embalagens e/ou no produto, Art. 86 - Qualquer desrespeito as normas ou aos padrées de qualidade e gerenciamento ambiental por parte da empresa podera acarretar a suspensao do Selo, por prazo indeterminado, nao excluindo as penalidades cabiveis. Art. 87 - A empresa que tiver seu pedido de concess4o do Selo Verde indeferido recebera relat6rio informando sobre sua situagdo e qual (ais) a (s) causa (s) da reprovagao do produto. CAPITULO IV DO CONTROLE AMBIENTAL SECAOI DA QUALIDADE AMBIENTAL E DO CONTROLE DA POLUICAO Art. 88 - A qualidade ambiental seré determinada nos termos dos artigos 39, 40 e 41 deste Cédigo. Art. 89 - E vedado o lancamento ou a liberago nas dguas, no ar ou no solo, de toda e qualquer forma de matéria ou energia que cause comprovada 23 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos poluico ou degradagao ambiental, ou acima dos padrées estabelecidos pela legislagao. Art. 90 - Sujeitam-se ao disposto neste Cédigo todas as atividades, que, direta ou indiretamente, causem ou possam causar poluic¢éo ou degradagao do meio ambiente. Art. 91- O Poder Executivo, através da CMA, tem o dever de determinar medidas de emergéncia a fim de evitar episédios criticos de poluigéo ou degradagéio do meio ambiente ou impedir sua continuidade, em casos de grave ou iminente risco para a sade publica e para o meio ambiente, observada a legisla¢éo vigente. f PARAGRAFO UNICO - Em caso de episédio critico e durante o periodo em que esse estiver em curso podera ser determinada a redugdo ou paralisacdo de quaisquer atividades nas areas abrangidas pela ocorréncia, sem prejuizo da aplicacao das penalidades cabiveis. ‘Art. 92 - A CMA € 0 6rgdo competente do Poder Executive Municipal para o exercicio do poder de policia nos termos e para os efeitos deste Cédigo, cabendo-Ihe entre outras: | - dimensionar e quantificar 0 dano visando a responsabilizar o agente poluidor ou degradador; Il- estabelecer exigéncias técnicas relativas a cada estabelecimento ou atividade efetiva 0 potencialmente poluidora ou degradadora; Ill - estabelecer penalidades pelas infragdes as normas ambientais; e, IV - fiscalizar 0 atendimento as disposigdes deste Cédigo, seus regulamentos e demais normas dele decorrentes, especialmente as resolugdes do COMUMA. Art. 93 - As pessoas fisicas ou juridicas, inclusive as empresas e entidades publicas da administragéo direta e indireta, cujas atividades sejam potencial ou efetivamente poluidoras, ficam obrigadas ao cadastro do SISMUCA. Art, 94 - Nao sera permitida a implantaco, ampliacao ou renovacdo de quaisquer licengas ou alvarés municipais de instalagdes ou atividades em débito com 0 Municipio, em decorréncia da aplicacao de penalidades por infragSes a legislagao ambiental. Art. 95 - As revisées periédicas dos critérios e padrées de lancamento dos efluentes poderéo conter novos padrées, bem como substancias ou parametros nao incluidos anteriormente no ato normativo, SECAO I DA EXPLORACAO DE RECURSOS MINERAIS Art. 96 - A extragao mineral de saibro, areia, argilas e terra vegetal séo reguladas por esta secdo e pela norma ambiental pertinente. Art. 97 - A exploragao de jazidas das substancias minerais dependera sempre de EPIA/RIMA, quando couber e PCA para o seu licenciamento. PARAGRAFO UNICO — Quando do licenciamento, sera obrigatéria a apresentacdo de Projeto de Recuperacao da Area Degradada - PRAD pelas atividades de lavra. onaFax 5) a 24 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos Art, 98 - O requerimento de licenga municipal para a realizacao de obras, instalag4o, operago e ampliacdo de extracao de substancias minerais sera instruido pelas autorizagées federais, estaduais e municipal. SECAO II DO AR Art, 99 - Na implementaao da politica municipal de controle da poluigdo atmosférica, deverao observadas as seguintes diretrizes: 1 - adogao de sistema de monitoramento periédico ou continuo das fontes por parte das empresas responsdveis, sem prejuizo das atribuicdes de fiscalizagéo da CMA; Il - exigéncia da adogéo das melhores tecnologias de processo industrial e de controle de emissao, de forma a assegurar a reducdo progressiva dos niveis de poluicdo; Ill - implantacao de procedimentos operacionais adequados, incluindo a implementagéo de programas de manutengao preventiva e corretiva dos equipamentos de controle da poluicao; IV - integragao dos equipamentos de monitoramento da qualidade do ar, numa Unica rede, de forma a manter um sistema adequado de informagdes; V - melhoria na qualidade ou substituigéo dos combustiveis ¢ otimizago da eficiéncia do balango energético; VI - proibi¢éo de implantacao ou expansdo de atividades que possam resultar em violagao dos padrées fixados; e, VII - selegdo de areas mais propicias a disperséo atmosférica para a implantagdo de fontes de emisséo, quando do processo de licenciamento, e a manutenco de disténcias minimas em relac&o a outras instalagdes urbanas, em particular hospitais, creches, escolas, residéncias e dreas naturais protegidas. Art. 100 - Deverdo ser respeitados, entre outros, os seguintes procedimentos gerais para o controle de emissao de material particulado: |= as areas adjacentes as fontes de emisséo de poluentes atmosféricos, quando descampadas, deveréo ser objetos de programa de reflorestamento e arborizacdo, por espécies e manejos adequados, Il as chaminés, equipamentos de controle de poluigao do ar e outras, instalagdes que se constituam em fontes de emissdo, efetivas ou potenciais, deverao ser construidas ou adaptadas para permitir 0 acesso de técnicos encarregados de avaliagées relacionadas ao controle da poluicao, Ill - na estocagem a céu aberto de materiais que possam gerar emiss&o por transporte eélico: a) ~~ a arborizacdo das dreas circunvizinhas compativel com a altura das pilhas, de modo a reduzir a velocidade dos ventos incidentes sobre as mesmas; b) - disposigao das pilhas feita de modo a tornar minimo o arraste edlico; e, CEP: 65400000. CAXIAS A / 25 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO See onto ¢) - umidade minima da superficie das pilhas, ou cobertura das superficies por materiais ou substancias selantes ou outras técnicas comprovadas que impecam a emissdo visivel de poeira por arraste edlico. IV - sempre que tecnicamente possivel, os locais de estocagem e transferéncia de materiais que possam estar sujeitos ao arraste pela acdo dos ventos, deverao ser mantidos sob cobertura, enclausurados ou outras técnicas comprovadas; e, V - as vias de tréfego interno das instalagSes comerciais ¢ industriais deverao ser pavimentadas, ou lavadas, ou umectadas com a frequéncia necessaria para evitar acimulo de particulas sujeitas a arraste edlico. Art, 101 - Ficam vedadas | - a emissao de fumaca preta acima de 20% (vinte por cento) da Escala Ringelman, em qualquer tipo de processo de combustao, exceto durante os 02 (dois) primeiro minutos de operacdo, para os veiculos automotores, e até 05 (cinco) minutos de operagao para outros equipamentos; Il - a emissdo visivel de poeiras, névoas e gases, excetuando-se o vapor d’égua, em qualquer operacdo de britagem, moagem e estocagem; lll - a emissdo de odores que possam criar incémodos & populacao; IV - a emisséo de substancias toxicas, conforme enunciado em legislagdo especifica; V - a queima ao ar livre de materiais que comprometam de alguma forma o meio ambiente ou a sadia qualidade de vida; e, VI - a transferéncia de materiais que possam provocar emiss6es de poluentes atmosféricos acima de padrées estabelecidos pela legislagao. PARAGRAFO UNICO — 0 periodo de 05 (cinco) minutos referidos no inciso | poderé ser ampliado até o maximo de 10 (dez) minutos, nos casos de justificada limitago tecnologica dos equipamento: Art. 102 - As fontes de emisséo deveréo, a critério técnico fundamentado da CMA, apresentar relat6rio periddico de medi¢ao, com intervalo néo superior a 01 (um) ano, dos quais deverao constar os resultados dos diversos parémetros ambientais, a descrigo da manuten¢&o dos equipamentos, bem como a representatividade destes parémetros em relacdo aos niveis de producao. PARAGRAFO UNICO — Deverd ser utilizadas metodologias de coleta ¢ andlises estabelecidas pela ABNT ou pela Coordenacéo Municipal de Meio Ambiente e Preservacdo dos Recursos Naturais - CMA, homologada pelo COMUMA Art. 103 - So vedadas a instalagdo e a ampliacdo de atividades que nao atendam as normas, critérios, diretrizes e padrées estabelecidos por esta lei § 1° - Todas as fontes de emissao existente no Municipio devera se adequar a0 disposto neste Cédigo, nos prazos estabelecidos pela CMA, nao podendo exceder 0 prazo maximo de 24 (vinte e quatro) meses a partir da vigéncia desta lei, § 2°- ACMA poderd reduzir este prazo nos casos em que os niveis de emiss&o ou os incémodos causados a populacao sejam significativos. § 3° - A CMA podera ampliar os prazos por motivos que néo dependem dos interessados desde que devidamente justificados Art. 104 - A CMA, baseado em parecer técnico, procederé a elaboracéo periddica de proposta de revisdo dos limites de emissdo previstos neste Cédigo, sujeito a apreciagao do COMUMA, de forma a incluir outras substancias e ana 26 NP. 6,082.8201000% 56. CEP: 65.600000- CARAS tA | ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos adequé-los aos avancos das tecnologias de processo industrial e controle da poluigao. SECAO IV DA AGUA Art. 105 - A Politica Municipal de Controle de Poluigéo e Manejo dos Recursos Hidricos objetiva: 1 - 0 adequado tratamento dos efluentes liquidos, visando preservar a qualidade dos recursos hidricos; Il - assegurar 0 acesso € 0 uso piiblico as Agua especiais, exceto em reas de nascentes e outras de preservacdo permanente, quando expressamente dispostos em norma especifica; Ill - compatibilizar e controlar os usos efetivos e potenciais da agua, tanto qualitativa quanto quantitativamente; IV - controlar os processos erosivos que resultem no transporte de sélidos, no assoreamento dos corpos d'agua e da rede ptiblica de drenagem; \V - proteger a satide, o bem-estar e a qualidade de vida da populagdo; VI - proteger e recuperar os ecossistemas aquaticos, com especial atengdo para as areas de nascentes e outras relevantes para a manutengao dos ciclos bioldgicos; e, Vil - reduzir, progressivamente, a toxidade e as quantidades dos poluentes lancados nos corpos d’agua. Art. 106 - A ligagéo de esgoto sem tratamento adequado a rede de drenagem pluvial equivaleré a transgredir a este Codigo, bem com implicagdes de degradacao da satide, do bem-estar e da qualidade de vida da populacao. Art. 107 - Toda edificagao fica obrigada a ligar 0 esgoto doméstico, no sistema pUblico de esgotamento sanitario, quando da sua existéncia, observando a caracterizacéo do feito e sua mitigagéo ou, mesmo, seu tratamento na fonte geradora. § 1° - Quando néo existir rede publica de coleta de esgoto, as habitagdes, deverd dispor de fossa séptica e/ou de fossa negra com sistema de filtragem, § 2° - Nos casos de implantagao de fossa negra com sistema de filtragem s6 poderao ser implantadas para as seguintes aguas: a) - utilizadas em lavagem de utensilios domésticos; b) - aguas de drenagem de chuvas; ¢, c) - lavagem de terragos, pisos roupas. Art. 108 - As diretrizes deste Cédigo aplicam-se a langamentos de quaisquer efluentes liquidos provenientes de atividades efetivas e potencialmente poluidoras instaladas no Municipio de Caxias, em aguas superficiais ou subterraneas, diretamente ou através de quaisquer meio de langamento, incluindo redes de coleta e emissérios. Praga ins Carnabo, 600- Fores: (0) SET AIDS 3004-FoneTPan 8 CHS 08.092 8200008-46- CEP. 68 400.00: CARIN 27 ESTADO DO MARANHAO \ J PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS iS GABINETE DO PREFEITO eter eee, Art. 109 - Os critérios e padrées estabelecidos em legislagdo deveréo ser atendidos, também, por etapas ou areas especificas do processo de producdo ou geracao de efiuentes, de forma a impedir a sua diluicéo e assegurar a redugao das cargas poluidoras totais. Art. 110 - Os langamentos de efluentes liquidos nao poderao conferir aos corpos receptores caracteristicas em desacordo com os critérios e padrées de qualidade de agua em vigor, ou que criem obstaculo ao transito de espécies migratérias, exceto na zona de mistura Art. 111 - Ser&o consideradas, de acordo com o corpo receptor, com critérios estabelecidos pela CMA, ouvindo o COMUMA, as éreas de mistura fora dos padrées de qualidade. Art. 112 - A captagéo de dgua, superficial ou subterranea, devera atender aos requisitos estabelecidos pela legislacao especifica, sem prejuizos das demais exigéncias legais, a critério técnico da CMA. Art. 113 - As atividades efetivas ou potencialmente poluidoras ou degradadoras e de captacao de agua, implementaréo programas de monitoramento de efluentes e da qualidade embiental em suas areas de influéncia, previamente estabelecidos ou aprovados pela CMA, integrando aos programas o Sistema Municipal de Informagées e Cadastros Ambientais — SISMUCA. § 1° - A coleta e andlise dos efluentes liquidos deverao ser baseadas em metodologias aprovadas pela CMA. § 2° - Todas as avaliagées relacionadas aos lancamentos de efluentes liquidos deverao ser feitas para as condigdes de disperséo mais desfavoraveis, sempre incluida a previsao de margem de seguranga § 3° - Os técnicos da CMA teréo acesso a todas as fases do monitoramento a que se refere o caput deste artigo, incluindo procedimentos laboratoriais Art. 114 - A critério da CMA, as atividades efetivas ou potencialmente poluidoras deveréo implantar bacias de acumulacdo ou outro sistema com capacidade para as aguas de drenagem, de forma a assegurar o seu tratamento adequado. § 1° - O disposto no caput deste artigo aplica-se as aguas de drenagem correspondentes precipitacéo de um periodo inicial de chuvas a ser definido em fungao das concentragées e das cargas de poluentes, § 2° - A exigéncia da implantacdo de bacias de acumulagdo podera estender-se as aguas eventualmente utilizadas no controle de incéndios. SECAOV DO SOLO Art. 115 - A protegao do solo no Municipio visa: | — garantir 0 uso racional do solo urbano, através dos instrumentos de gest&o competente observada as diretrizes ambientais contidas no Plano Diretor Urbano; aya Dine Cameo, TERT OUDS 44. Fonorax 8) Sa 6.000900 - CAKIAS-HA 28 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos ll — garantir a utilizagéo do solo cultivavel, através de adequados planejamentos, desenvolvimento, fomento e disseminagéo de tecnologias e manejos; Ill = priorizar 0 controle da erosdo, a contengdo de encostas e o reflorestamento das areas degradadas; e, IV - priorizar a utilizacao de controle biolégico de pragas. Art. 116 - O Municipio devera implantar adequado sistema de coleta, tratamento de destinag&o dos residuos sélidos urbanos, incluindo coleta seletiva, segregacao, reciclagem, compostagem e outras técnicas que comprovam a redugao do volume total dos residuos sdlidos gerados. Art. 117 - A disposigao de quaisquer residuos no solo sejam liquidos, gasosos ou sélidos, sé sera permitida mediante comprovac4o de sua degradabilidade e da capacidade do solo de autodepurar-se, levando-se em conta os seguintes aspectos: 1 capacidade de percolagao; I garantia de nao contaminagao dos aquiiferos subterraneos; Ill - limitagao e controle da area afetada; \V -reversibilidade dos efeitos negativos; V -restauragdo ambiental da érea. SECAO VI DO CONTROLE DA EMISSAO DE RUIDOS Art. 118 - O controle da emissao de ruidos no Municipio visa garantir 0 sossego e bem-estar piiblico, evitando sua perturbacdo por emissdes excessivas ou incémodas de sons de qualquer natureza ou que contrariem os niveis maximos fixados em lei ou regulamento. Art 119 - Para os efeitos deste Cédigo consideram-se aplicaveis as seguintes definigées: |= poluigéo sonora: é toda emisséo de som que, direta ou indiretamente, seja ofensiva ou nociva a satide, a seguranca e ao bem-estar pubblico ou transgrida as disposigdes fixadas na norma competente; Il - ruidos: qualquer som que cause ou possa causar perturbagdes ao sossego piiblico ou produzir efeitos psicolégicos negativos em seres humanos: Ill - som: fenémeno fisico provocado pela propagacéo de vibracdes mec4nicas em um meio eldstico, dentro da faixa de frequéncia de 16 Hz a 20 kHz e passivel de excitar o aparelho auditivo humano; e, IV = zona sensivel a ruidos: séo as areas situadas no entorno de hospitais, escolas, creches, unidades de satde, biblictecas, asilos e éreas de preservagao ambiental Art. 120 - Compete a CMA | - aplicar sangées e interdiges, parciais ou integrais, previstas na legislagéo vigente; Il - elaborar a carta actistica do Municipio de Caxias; Ill - estabelecer o programa de controle dos ruidos urbanos e exercer 0 poder de controle e fiscalizacao das fontes de poluicao sonora; Praga Dis Corea, 00- Forex 29 200 CAXIA ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos IV - exigir das pessoas fisicas ou juridicas, responsaveis por qualquer fonte de poluicéo sonora, apresentacdo dos resultados de medigées e relatérios, podendo, para a consecugéo dos mesmos, serem utilizados recursos proprios ou de terceiros; e, V - impedir a localizacéo de estabelecimentos industriais, fabricas, oficinas ou outros que produzam ou possam vir a produzir ruidos em unidades territoriais residenciais ou em zonas sensiveis a ruidos: a) causas, defeitos e métodos de atenuagdio e controle de ruidos e vibragées; b) esclarecimentos sobre as proibigdes relativas as atividades que possam causar poluigo sonora. Art. 121 - A ninguém é licito ago ou omissdo, da causa ou contribuir para a ocorréncia de qualquer ruido. Art. 122 - Fica proibida a utilizagdo ou funcionamento de qualquer instrumento ou equipamento, fixa ou mével, que produza, reproduza ou amplifique o som, no periodo diumo ou noturno, de modo que crie ruido além do limite real da propriedade ou dentro de uma zona sensivel a ruidos, observado o disposto em Lei Especifica Art. 123 - Os niveis maximos de som nos periodos diumo e noturno sero fixados pela CMA, observados os critérios definidos pelo CONAMA e pela legislacao Estadual e Federal em vigor. SECAO VII DO CONTROLE DA POLUICAO VISUAL Art. 124 - A exploragéo ou utilizagdo de veiculos de divulgacéo presentes na paisagem urbanas e visiveis dos logradouros publicos podera ser promovida por pessoas fisicas ou juridicas, desde que autorizadas pelo drgéo competente. - . PARAGRAFO UNICO — Todas as atividades que industrializarem, fabrique ou que comercializem veiculos de divulgacao ou seus espacos, devem ser cadastradas no érgao competente. Art. 125 - O assentamento fisico dos veiculos de divulgago nos logradouros puiblicos s6 seré permitido nas seguintes condigdes: 1 — quando contiver anuincio institucional; Il quando contiver antincio orientador. Art. 126 - Sao considerados antincios quaisquer indicagdes executadas sobre veiculos de divulgacdo presentes na paisagem urbana, visiveis dos logradouros publicos, cuja finalidade seja a de promover estabelecimentos comerciais, industriais ou profissionais, empresas, produtos de quaisquer espécies, idéias, pessoas ou coisas, classificam-se em: || — antncio indicativo: indica ou identifica estabelecimentos, propriedades ou servigos; raga Das Carve, 610 Fone 9) SSDT O08 | TMt- Fone NPS 06 Baas DOGO 58 CEP 65 00.000 - CAXIAS- fA 30 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO ‘Governo de todos Il = andncio promocional: promove estabelecimentos, empresas, produtos, marcas, pessoas, idéias ou coisas Ill — andncio institucional: transmite informagdes do Poder Publico, organismos culturais, entidades representativas da sociedade civil, entidades beneficentes e similares, sem finalidade comercial; IV = antincio orientador: transmite mensagens de orientagdes, tais como de trafego ou de alerta; V = antncio misto: € aquele que transmite mais de um dos tipos anteriormente definidos. ‘Art. 127 - Considera-se paisagem urbana a configuragao resultante da continua e dinamica interag4o entre os elementos naturais, os elementos edificados ou criados e 0 proprio homem, numa constante relagao de escala, forma, fungaio e movimento. Art, 128 - So considerados veiculos de divulgagao, ou simplesmente veiculos, quaisquer equipamentos de comunicagao visual ou audiovisual utilizados para transmitir andncios ao ptiblico, segundo a classificagéo que estabelecer a resolugéo do COMUMA. Art. 129 - E considerada poluigéo visual qualquer limitacéo a visualizag&o publica de monumento natural e de atributo cénico do meio ambiente natural ou criado, sujeitando o agente, a obra, o empreendimento ou a atividade ao controle ambiental, nos termos deste Cédigo, seus regulamentos e normas decorrentes. SECAO vill DO CONTROLE DAS ATIVIDADES PERIGOSAS Art. 130 - E dever do Poder Publico controlar e fiscalizar a produg&o e estocagem, transporte, a comercializacao e a utilizago de substancias ou produtos perigosos, bem como as técnicas, os métodos e as instalacées que comportem risco efetivo ou potencial para a sadia qualidade de vida e do meio ambiente. Art. 131 - Sdo vedados no Municipio: | - a explorag&o de recursos minerais sem 0 devido licenciamento ambiental; Il - a disposig&o de residuos perigosos sem os tratamentos adequados a sua especificidade (assegurados pela ABNT); Ill = a fabricagée, comercializagao, transporte, armazenamento e utilizagao de armas quimicas e biolégicas; IV - a instalagao de depdsitos de explosivos, para uso civil: V - 0 langamento de esgoto in natura, em corpos d’égua; VI - @ producéio, distribuigéo e venda de aeroséis que contenham clorofiuorcarbono; VIL - a produgéo, 0 transporte, a comercializagéo e 0 uso de medicamentos, biéxidos, agrotoxicos, produtos quimicos ou biolégicos, cujo Praca Dias Goat, 10 Fores (0) ERNE 44. FonelFax i) RATIO 31 ‘NPS: 0608282000018 CEP. 65 600-000: CAXIAS- HA / ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Donen emprego seja proibido no territério nacional, por razdes _toxicologicas, farmacoldgicas ou de degradagdo ambiental; VIIl- a produgdo ou 0 uso, 0 depésito, a comercializagao e o transporte de materiais e equipamentos ou artefatos que facam uso de substancias radioativas, observadas as outorgas emitidas pelos érgdos competentes e devidamente licenciados e cadastrados pelo érgéio competente; e, IX - a utilizago de metais pesados em quaisquer processos de extrag&o, produgéo e beneficiamento que possam resultar na contaminagao do meio ambiente natural. SUBSECAO I DO TRANSPORTE DE CARGAS PERIGOSAS Art. 132 - As operagées de transporte, manuseio e armazenagem de cargas perigosa, 0 territorio do Municipio, sero reguladas pelas disposigdes deste Cédigo e da norma ambiental competent. Art, 133 - So consideradas cargas perigosas, para os efeitos deste Cédigo, aquelas constituidas por produtos ou substancias efetivas ou potencialmente nocivas 4 populacdo, aos bens e ao meio ambiente, assim definidas e classificadas pela Associagéo Brasileira de Normas e Técnicas — ABNT, e outras que o COMUMA considerar. Art. 134 - Os veiculos, as embalagens e os procedimentos de transporte de cargas perigosas devem seguir as normas pertinentes da ABNT ¢ da legislacao em vigor, e encontrar-se em perfeito estado de conservacéo, manutengo © regularidade e sempre devidamente sinalizados. PARAGRAFO UNICO — Quando inevitavel, o transporte de carga perigosa no Municipio de Caxias sera precedido de autorizagao expressa da CMA 6 da Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA, que estabelecerao os critérios especiais de identificagéo © as medidas de seguranga que se fizerem necessérias em func da periculosidade. FooolFar 9) SEIS 1 32 (CNP; 06082 800-000» CAXIAS- WA | POOSOOHOHHOOSAORAHSHSSOHEHSHSSHSOHHSHHSHSHHSHHOHHOEHEELE f ESTADO DO MARANHAO \ PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos CAPITULO V DO PODER DE POLICIA AMBIENTAL SECAO! DO PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO Art. 135 - A fiscalizagao do cumprimento das disposigdes deste Codigo e das normas dele decorrentes seré realizada pelos agentes de protegao ambiental, pelos demais servidores puiblicos para tal fim designados e pelas entidades néo governamentais, nos limites da lei. Art. 136 - Consideram-se para os fins deste capitulo os seguintes conceitos: | - Adverténcia: € a intimacao do infrator para fazer cessar a irregularidade sob pena de imposigao de outras sancdes; Il - Apreenséo: ato material decorrente do poder de policia e que consiste no privilégio do poder ptiblico de assenhorear-se de objeto ou de produto da fauna ou da flora silvestre; Ill - Auto: instrumento de assentamento que registra, mediante termo circunstanciado, os fatos que interessam ao exercicio do poder de policia; IV - Auto de constatacdo: registra a irregularidade constatada no ato da fiscalizagdo, atestando o descumprimento preterido ou iminente de norma ambiental e adverte o infrator das sangdes administrativas cabiveis; V - Auto de infragéo: registra o descumprimento de norma ambiental ¢ consigna a sang&o pecunidria cabivel: VI - Demolicao: destruigéo forgada de obra no compativel com a norma ambiental; VII - Embargo: 6 a suspensdo ou proibigéo da execugdo de obra ou implantagao de empreendimento; VIlll - Fiscalizagao: toda e qualquer aco de agente fiscal credenciado visando a0 exame e verificacao do atendimento as disposigées contidas na legislagéo ambiental, neste regulamento nas normas dele decorrentes; IX = Infragéo: € 0 ato ou omissao contrario a legisla¢éo ambiental, a este Cédigo e as normas dele decorrentes; X - Infrator. 6 a pessoa fisica ou juridica cujo ato ou omissao, de carter material ou intelectual, provocou ou concorreu para o descumprimento das normas ambientais; XI = Interdigao: € a limitagéo, suspensao ou proibigo do uso de construgo, exercicio de atividade ou condugdo de empreendimento; XII - Intimag&o: € a ciéncia ao administrado da infracéo cometida, da sangéo imposta e das providencias exigidas, consubstanciada no préprio auto ou edital; ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO XIll - Multa: € a imposigdo pecuniaria singular, diaria ou cumulativa, de natureza objetiva a que se sujeita o administrado em decorréncia da infragdo cometida; XIV - Poder de policia: é a atividade da administrag&o que, limitando ou disciplinado direito, interesse, atividade ou empreendimento, regula a pratica de ato ou abstengéo de fato, em raz&o de interesse publico concernente a protecdo, controle ou conservagao do meio ambiente e melhoria da qualidade de vida; e, XV - Reincidéncia: é a perpetragdo de infragdo da mesma natureza ou de natureza diversa, pelo agente anteriormente autuado por infragdo ambiental. No primeiro caso trata-se de reincidéncia genérica. A reincidéncia observaré um prazo maximo de 05 (cinco) anos entre uma ocorréncia e outra. Art. 137 - No exercicio da ago fiscalizadora seréo assegurados aos agentes fiscais credenciados o livre acesso e a permanéncia, pelo tempo necessario, nos estabelecimentos puiblicos ou privados Art. 138 - Mediante requisicao da CMA, 0 agente credenciado poderé ser acompanhado por forca policial no exercicio da ago fiscalizadora ‘Art. 139 - Aos agentes de prote¢o ambiental credenciados compete: | - efetuar visitas e vistorias; Il - elaborar relatério de vistoria; lll = exercer atividade orientadora visando @ adocdo de atitude ambiental positiva; IV - lavrar 0 auto correspondente a penalidade cabivel, fomecendo cépia ao autuado; e, V - verificar a ocorréncia da infragéo; Art. 140 - A fiscalizac&o a aplicagao de penalidades de que trata este regulamento dar-se-4o por meio de: | - auto de apreensao e deposito; Il - auto de devolugo/compromisso; Ill - auto de doagao/soltura; IV - auto de embargo/interdigao; V - auto de incineragao/demoligao; VI - auto de infragao; e, VI auto de notificacao/constatacao. PARAGRAFO UNICO - Os autos serao lavrados em 03 (trés) ou 04 (quatro) vias destinadas: a) a primeira, ao autuado; b) @ segunda, ao processo administrativo; ©) a terceira, ao arquivo; e, d) aquarta ao bloco, Art. 141 - Constatada a irregularidade, serd lavrado o auto correspondente, dele constando: 1-0 nome da pessoa fisica ou juridica autuada, com respectivo enderego; Il - 0 fato constitutivo da infrag&o e 0 local, hora e data respectiva; Ill - 0 fundamento legal da autuagao; Praga Dae Corer 6 mr i Fonaax () SOTO 34 00.000 - CAKAS HA ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO IV - a penalidade aplicada e, quando for o caso, 0 prazo para corrego da irregularidade V - nome, fungdo e assinatura do autuante; VI - prazo para apresentacéo da defesa; Art. 142 - Na lavratura do auto, as omissées ou incorrecées nao acarretaréo nulidade, se do processo constar elementos suficientes para determinago da infragao e do infrator Art. 143 - A assinatura do infrator ou do seu representante nao constitui formalidade essencial a validade do auto, nem implica confisso, tomando a recusa ato agravante. Art. 144 - Do auto serd intimado o infrator: | - pelo autuante, mediante assinatura do infrator, II - por via postal, fax ou telex, com prova de recebimento; Il - por edital, nas demais circunstancias. PARAGRAFO UNICO — O edital sera publicado uma Unica vez, em ‘6rg&o de imprensa oficial, ou em jornal de grande circulacdo. Art. 145 - Sao critérios a serem considerados pelo autuante em classificagao de infragdo: | - a maior ou menor gravidade; Il - as circunstancias atenuantes e agravantes; Ill - os antecedentes do infrator. Art. 146 - Sao consideradas circunstancias atenuantes: | - arrependimento eficaz do infrator, manifestado pela esponténea Teparagéo de dano causado, em conformidade com normas, critérios @ especificagdes determinada pela CMA; ll — comunicac&o prévia do infrator as autoridades competentes, em relag&o ao perigo iminente de degradacdo ambiental; Il - colaborar com os agentes e técnicos encarregados da fiscalizagéo e do controle ambiental; 1V ~ 0 infrator nao ser reincidente e a falta cometida ser de natureza leve; ¢, V— 0s antecedentes do infrator. Art. 147 - So consideradas circunstancias agravantes: | atingir a infragao areas sob protecao legal, Il — atingir a infragdo a areas sensiveis, tais como: hospitais, creches, escolas, etc.; Ill - cometer o infrator reincidéncia especifica ou infrago continuada; | — coagir outrem para a execuco material da infracdo: \V - deixar 0 infrator de tomar as providéncias cabiveis ao seu alcance, quando tiver conhecimento do ato lesivo ao meio ambiente; VI — ter cometido a infrag&o para obter vantagem pecuniéria; VII - ter a infrag&o conseqiiéncia grave ao meio ambiente: e, VIII = ter 0 infrator agido com dolo, Art. 148 - Havendo concurso de circunstancias atenuante e agravante, @ pena sera aplicada levando-as em consideragao, bem como 0 contetido da vontade do autor. Foes) 35 Fanaa BITE 3s CHP oases 5 AKASH ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos SECAO II DAS PENALIDADES Art. 149 - Os responsdveis pela infrac&o ficam sujeitos as seguintes penalidades, que poderéo ser aplicadas independentemente’ 1 adverténcia por escrito em que o infrator sera intimado para fazer cessar a imregularidade sob pena de imposicao de outras sangées; - multa simples, diaria ou cumulativa, de 10 a 20.000 VRM (Valor de Referencia Municipal) ou outra que venha a sucedé-la: Ill — apreensao de produtos e subprodutos da fauna e flora silvestres, instrumentos, apetrechos e equipamentos de qualquer natureza utilizados na infragdo; IV — embargo ou interdigo temporaria de atividade até correcdio da imregularidade; V — cassagéo de alvarés e licengas, e a consequente interdicao definitiva do estabelecimento autuado, a serem efetuadas pelos érgaos competentes do Executivo Municipal, em cumprimento a parecer técnico homologado pelo titular da CMA; VI — perda ou restrigéo de incentivos e beneficios fiscais concedidos pelo Municipio; VII — reparagao, requisigéo ou reconstituigéo do recurso ambiental danificado, de acordo com suas caracteristicas e com as especificagdes definidas pela CMA § 1° - Quando o infrator praticar, simultaneamente, 02 (duas) ou mais infragées, ser-lhe-4o aplicadas cumulativamente as penas cominadas. § 2° - A aplicacdo das penalidades previstas neste Cédigo no exonera 0 infrator das cominagées civis e penais cabiveis. § 3° - Sem obstar a aplicacao das penalidades previstas neste artigo, 6 © infrator obrigado, independentemente de existéncia de culpa, a indenizar ou recuperar os danos causados ao meio ambiente ¢ a terceiros, afetados por sua atividade. Art. 150 - As penalidades poderdo incidir sobre: 1-0 autor material; Ilo mandante; Ill - quem de qualquer modo concorra a pratica ou dela se beneficie. Art, 11 - As penalidades previstas neste capitulo sero objetos de regulamentago por meio de ato do Poder Executivo Municipal, ouvido o COMUMA, Art. 152 - Fica o Poder Executivo Municipal, através da CMA, autorizado a prever classificagéo e graduacdo das infragdes e penalidades aplicaveis, fundamentado nas previsibilidades desta lei e demais legislacSo pertinente, considerando essencialmente a especificidade de cada recurso ambiental 36 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO SECAO III DOS RECURSOS Art. 153 - O autuado poderé apresentar defesa no prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento do auto de infracao. Art. 154 - A defesa da sanc&o ou da agdo fiscal instaura 0 processo de contencioso administrativo em primeira instancia. PARAGRAFO UNICO - A defesa mencionara: | — autoridade julgadora a quem é dirigida; ll — a qualificacao do impugnante; lil os motivos de fato e de direito em que se fundamentar; IV — os meios de prova que o impugnante pretenda produzir, expostos Os motivos que as justifiquem. Art. 155 - Oferecida a defesa, o processo ser encaminhado ao fiscal autuante ou servidor designado pela CMA, que sobre ela se manifestard, no prazo de 10 (dez) dias, dando ciéncia ao autuante ‘Art. 156 - O julgamento do processo administrativo, e os relativos a0 exercicio do poder de policia serao de competéncia: |— em primeira instancia, da Camara Técnica de Defesa Fiscal (CTDF) Nos processos que versarem sobre toda e qualquer aco fiscal decorrente do exercicio do poder de policia; § 1° - O processo sera julgado no prazo de 30 (trinta) dias a partir de sua entrega na CTDF. § 2°- A CTDF dara ciéncia da decisao ao sujeito passivo, intimando-o, quando for 0 caso, a cumpri-la no prazo de 20 (vinte) dias contados da data de seu recebimento, Il - em segunda e ultima instancia administrativa, do Conselho Municipal do Meio Ambiente - COMUMA, érgao consultivo, deliberativo e normative do SISMUMA, nos recursos relacionados a atos e penalidades aplicadas pela CMA, desde que aprovados por 2/3 (dois tergos) dos presentes. § 1°- O COMUMA proferira deciséio no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, contados da data do recebimento do processo, no plenario do conselho. § 2° - Se 0 processo depender de diligéncia, este prazo passara a ser contado a partir da conclusao daquela § 3° - Fica facultado ao autuante e ao autuado juntar provas no decorrer do periodo em que 0 processo estiver em diligéncia Art. 157 - A CTDF sera composta de 02 (dois) membros desiginados pelo Coordenador Municipal de Meio Ambiente e 01 (um) presidente, que sera sempre 0 Chefe do Departamento de Licenciamento ‘Art. 158 - Compete ao presidente da CTDF: | - presidir e dirigir todos os servigos da CTDF, zelando pela sua regularidade; I- determinar as diligéncias solicitadas; III - proferir voto ordinario e de qualidade, sendo este fundamentado; IV - assinar as resolugdes em conjunto com os membros da camara: \V - recorrer de oficio ao COMUMA, quando for o caso. Art. 159 - Sao atribuigdes dos membros da CTDF: (BH Sea 00158 - CEP: 68800 37 ESTADO DO MARANHAO PREFEITURA MUNICIPAL DE CAXIAS GABINETE DO PREFEITO Governo de todos | - examinar os processos que Ihe forem distribuidos, apresentando, por escrito, no prazo estabelecido, relatorio com pareceres conclusivos; Il - solicitar esclarecimentos, diligéncias ou visitas, se necessério; Ill - proferir voto escrito e fundamentado; IV - redigir as resolugdes, nos processos em que funcionar como relator, desde que vencedor o seu voto; V - redigir as resolugdes quando vencido o voto do relator. Art. 160 - A CTDF deverd elaborar o regime interno, para disciplinamento e organizagdo dos seus trabalhos, submetendo-o ao exame e sango do Coordenador da CMA. Art. 161 - Sempre que houver impedimento do membro titular da CTDF, 0 presidente devera convocar o seu respectivo suplente, com antecedéncia de 24 horas. Art. 162 - A CTDF realizaré 01 (uma) sesso ordindria semanal, e tantas extraordinarias quanto necessario, dependendo do fluxo de processos. Art. 163 - O presidente da CTDF recorrera de oficio ao COMUMA sempre que a decisdo exonerar 0 sujeito passivo do pagamento do tributo ou de sang&o fiscal, do valor originério nao corrigido monetariamente, superior a 5,000(cinco mil) VRM (Valor de Referencia Municipal). Art. 164 - N&o sendo cumprida, nem impugnada a sango fiscal, sera declarada a revelia e permanecerd o processo na CMA, pelo prazo de 20 (vinte) dias para cobranga amigavel de crédito constituido. § 1° - A autoridade preparadora poderé discordar da exigéncia néo impugnada, em despacho fundamentado, o qual ser submetido @ CTDF. § 2° - Esgotado 0 prazo de cobranga amigavel, sem que tenha sido pago 0 crédito constituido, o 6rgéo preparador declarara o sujeito passivo devedor ‘omisso e encaminharé o processo a Secretaria Municipal da Fazenda, para inscri¢o do débito em divida ativa e promog4o de cobranga executiva, quando nao for caso de reparacdo de dano ambiental. Art. 185 - So definitivas as decisées: § 1° - De primeira instancia: | - quando esgotado 0 prazo para recurso voluntério sem que este tenha sido interposto; II - quando a parte ndo for objeto de enfoque no recurso voluntario. § 2° - De segunda e ultima instancia recursal administrativa. Art. 166 - Todos os recursos financeiros provenientes de sansées, sero creditados no FUNDO ESPECIAL DE MEIO AMBIENTE — FEMA. CAPITULO VI DAS DISPOSICOES FINAIS Art. 167 - O Poder Executivo Municipal regulamentara esta Lei no prazo de 180 (cento e oitenta dias) dias, contados da data de sua publicacdo, devendo seu regulamento, além de outras disposicSes: 38 DOCSHSSSSHSSHOHHSHOHSHOHOHHOSHHOHHOHHHSHHHHHHCHOHCHOHCOSESCOSECE f ESTADO DO MARANHAO a ‘ GABINETE DO PREFEITO Govenne Hetiter | — indicar os érgéos ou entidades da administracao direta ou indireta competente para sua execugéo Il — estabelecer critérios para a apuragdo dos custos a cargo dos interessados, pela analise de estudo de impactos ambientais ou por quaisquer outras analises ou diligencias destinadas ao cumprimento ou exigéncias técnicas; Ill - estabelecer os procedimentos administrativos a serem observados na imposigdo das penalidades prevista nesta lei; e, IV = definir as atividades ou empreendimentos considerados efetiva ou potencialmente poluidores ou degradadores sujeitos ao licenciamento ambiental § 1° - 0 municipio, mediante lei, fixara as taxas destinadas a cobrir os custos decorrentes do exercicio do poder de policia, originados da aplicago desta lei e de seu regulamento; e, § 2° - 0 regulamento mencionado no “caput” poder ser editado através de diferentes atos do Govero Municipal atendendo as peculiaridades dos diversos setores ambientais, observando a necesséria articulagao entre si, e considerando as caracteristicas do Sistema Municipal de Meio Ambiente — SISMUMA, conforme o disposto nesta lei. Art. 168 - O Municipio através de seu érgo competente poderd participar de consércios e celebrar convénios com a Unido, os Estados e demais Municipios, com os entes publicos e privados, nacionais ou estrangeiros, objetivando a execugao desta lei e seu regulamento e dos servigos deles decorrentes. PARAGRAFO UNICO — Sempre que possivel, 0 Municipio, observado © disposto neste artigo, celebrara convénios com os demais municipios, visando especialmente as questdes ambientais. Art. 169 - O Poder Executivo teré um prazo maximo de 01 (um) ano para implementar as medidas administrativas necessérias fiel execucdo da presente lei Art. 170 - Esta lei entraré em vigor na data de sua publicagdo, revogadas as disposigdes em contrario. r GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE CAXIAS, ESTADO DO MARANHAO, AOS 25 DIAS DO MES DE ABRIL DE 2006. Humberto Ivar Prefeito Municipal Te 39

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