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Aluna: Carolina Ramos Ottaviano - RA: 201.127.351


3º ano de Administração Pública - Noturno
Tecnologia da Informação na Administração Pública
Professor: Me. Cristiano Parra Duarte
Data de entrega: 24 de junho

Resenha: Aulas 13 e 14 (dias 09/06 e 10/06)


A temática da semana trouxe a definição apresentada por Oszlak (2014), onde governo
aberto não é tido como uma nova tecnologia, mas sim uma filosofia de governo na qual o Estado
e os cidadãos atuam em conjunto na administração pública, buscando a criação de valor público e
trazendo resultados mais efetivos. Sendo assim, no conceito de governo aberto, o cidadão passa a
ser compreendido não apenas como um mero cliente, mas sim um ator social revestido de direitos
políticos e sociais e que deve ser co-produtor das ações públicas.
Outro ponto importante abordado foi a Nova Gestão Pública que ocorreu com grande
destaque de Bresser-Pereira no Ministério da Reforma Do Estado (MARE), olhando para seu
resultado relacionado a Administração de Empresas versus Administração Pública. Pois, foi um
processo possível de observar a maximização de recursos, mirando no resultado e na privatização
sendo o Estado um prestador de serviços.
O governo eletrônico e as TICs melhoram os serviços e os processos de tomada de
decisão, ressignificando a interação entre Estado-cidadão. Isso implica na prática diretamente na
integração, descentralização das informações e na adaptação à nova realidade, por parte dos
usuários. Podemos dizer que os administradores públicos não estão prontos para essa
transformação, devido a resistência à mudança, a falta de capacitação e falta de investimento em
software e hardware.
Consideramos que a Governança é primordial, visto que, todas as relações do governo
para implementar sua agenda são envolvidas no processo de condição política. Assim, como
principal diferença podemos destacar que o governo aberto visa a participação e o governo
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eletrônico a colaboração (e-participação), dessa forma, as principais necessidades para adesão do


governo aberto seriam as mudanças: nas segmentações culturais; dos procedimentos oferecidos;
da organização da administração pública e das formas de relação.
Na administração pública indireta o governo aberto possui um processo colaborativo,
chamado de ciclo de políticas, partindo da formação de agenda (estabelecendo prioridades),
passando pela sua formulação, a tomada de decisão (e-participação), implementação, avaliação e
chegando a avaliação e monitoramento. Ademais, podemos relembrar de um dos assuntos
estudados em Introdução ao Direito, o famigerado “Check Balance”, ou seja, “pesos e
contrapesos” entre os três poderes, para que haja equilíbrio de autoridade entre eles.
Também vimos os “4 Princípios”, são eles: em primeiro lugar melhorar a disponibilidade
das informações a respeito das atividades do governo para todos os cidadãos; segundo apoiar a
participação cívica; terceiro implementar os mais altos padrões de integridade profissional nas
administrações e quarto favorecer o acesso a novas tecnologias que facilitem a abertura e a
prestação de contas. Foi citado os três pilares do governo aberto: transparência; colaboração;
participação e por fim vimos alguns exemplos de governo aberto, dentre eles, podemos citar os
Conselhos, e-cidadania, e-democracia, Dataprev, PPA, LDO e LOA.
Na aula seguinte “Desafios ao Governo Aberto e a Modelos Organizacionais Aplicados
ao E-Gov e às Tic” podemos constatar que os órgãos públicos estão avançando para criar maior
conexões entre os sistemas, trazendo mais mobilidade urbana, assistência social, como o Prodesp,
por exemplo de ferramenta utilizada na administração pública.
O foco central no tema abordado foram “as cinco dimensões que afetam modelos
organizacionais públicos ligados a TIC e e-gov, são eles: aspectos legais e políticos: para
identificar a estrutura legal da prestação de serviços e políticas públicas, descrevendo o aspecto
político da criação de legislação para a inovação e alocação orçamentária; recursos humanos:
refere-se a uma das partes mais importantes dos governos, e que é, por vezes, ignorada pelos
administradores públicos, pois os servidores públicos são elementos cruciais; sistemas de
informação: envolve novos sistemas e também sistemas legados. Essa dimensão também
compreende os processos de negócios necessários para a prestação de serviços e execução de
políticas; arquitetura de sistemas: orienta o planejamento e a criação de funcionalidades e outros
aspectos da operação de modelos organizacionais públicos e infraestrutura de TIC: contém as
principais bases técnicas. Com implicações políticas que podem esbarrar em recursos humanos e
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sistemas de comunicação integrado e infraestrutura. Governos que já possuem infraestruturas TIC


podem reduzir os custos para novos projetos devido à capacidade natural de elementos já
existentes, que podem reduzir custos de manutenção.

Resenha: Análise Crítica


A sintetização dos conceitos básicos neste trabalho dos temas estudados na semana dessas
aulas, são apontados de forma precisa como principais assuntos do que temos aprendido ao longo
do tempo na disciplina, chegando à seguinte conclusão: que é preciso modernizar, para
transformar!
Embora a passos lentos presenciamos a mudança acontecer no mundo do governo digital
para aperfeiçoamento e experimentação, simetria de informação, dimensão de recursos humanos,
discricionariedade, capacidade de interpretar a norma que o burocrata tem, assim ele tem um
espaço de liberdade para agir.
Sendo assim, podemos deduzir que a falta de prioridades, a deficiente capacitação de
servidores, e o excesso de burocracia, a falta priorização de investimento na educação para uso
das tecnologias, resultam em um problema de grande parte dos sistemas eletrônicos do governo
não integram-se entre si. Com isso, infelizmente ao nos deparar com essas limitações, nós como
cidadãos não devemos nos esquecer da relevância da democracia e assim não desistir dela para
assegurar a legitimidade na tomada de decisão pública.

Referências Bibliográficas
Aula 13 (09/06) – Governo aberto no Brasil. Leitura obrigatória: DIAS, T. F. et al. Governo
aberto ou Estado aberto: transparência, participação e colaboração. In: DIAS, T.F. et al. (Org.).
Inovação e tecnologias da comunicação e informação na administração pública. Brasília: Enap,
2019. p. 67-88.
Aula 14 (10/06) – Desafios para o governo aberto no Brasil. Leitura obrigatória: MATHEUS, R.;
JANSSEN, M. Fatores que impactam o desenvolvimento de modelos organizacionais públicos:
infraestrutura de governo eletrônico como base. In: BARBOSA, Alexandre F. (Org.). Pesquisa
sobre o uso das tecnologias de informação e comunicação no setor público brasileiro: TIC
governo eletrônico 2015. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, 2016. p. 83-90.

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