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ction pps te tse — ROpsie | AQoos roe Penties Eatnees em Peles Revista da SPAGESP Servigos Personalizados Versio impressa ISSN 1677-2570 artigo Rev. SPAGESP v.1 n.1 Ribeiro Preto 2000 * Ey Antigo em XML. >| Referéncias do artigo PARTE V - PERSPECTIVAS DO TRABALHO GRUPAL ] Come citar este artigo P Tradugso automstica Winnicott: conceitos que abrem novos caminhos __ndicadores Wh, Acessos Compartihar Betty Svartman? Bus Nacleo de Estudos em Satide Mental e Psicandlise das Configuracées “ Vinculares ~ NESME # Permalink Endereco para correspondancia RESUMO © objetivo deste artigo ¢ abordar alguns importantes conceltos da teoria winnicottiana, dando inicio a uma reflexéo sobre sua aplicabilidade na clinica com grupos, familias, casais e instituiges. Trata-se, mais do que tudo, de uma tentativa de estimular os psicanalistas das configuracGes vinculares a buscarem conhecer com profundidade as ricas contribuigdes deste autor. Os temas tratados neste artigo so: area de ilusdo, capacidade de estar sé, criatividade e espontaneidade, falso e verdadeiro self. ABSTRACT ‘The author offers references of some aspects with which Winnicott deals along his forty years of scientific work, trying to show the importance of certain winnicottian concepts such as the capacity of being alone, creativity and spontaneity and true and false self to the comprehension of specific situation that occurs in multipersonal psychoanalytical therapies. RESUMEN El objetivo de este articulo es tratar de algunos importantes conceptos de la teoria winnicottiana, posibilitando una reflexién acerca de su utilizacién en el contexto vincular. La intencién es estimular los psicoanalistas de configuraciones vinculares a buscaren estudiar com mas profundidad este autor. Los temas abordados son: drea de ilusién, capacidad de estar suelo, creatividad e espontaneidad y el falso y verdadero self. 1. Winnicott: um mestre, um modelo Winnicott foi um psicanalista sui generis. Disse Masud Khan, seu admirador, analisando e discipulo: "Nao conheci nenhum outro analista mais inevitavelmente ele mesmo. Foi esta qualidade de ser inviolavelmente "eu-mesmo” que Ihe permitiu ser tantas pessoas diferentes para criaturas to diversas. Cada um de nés que o conheceu tem seu préprio Winnicott e ele jamais desrespeitou a verso que o outro tinha dele, afirmando seu préprio estilo de ser. E, contudo, permaneceu sempre e inexoravelmente Winnicott.” (Winnicott, 1988, p3g. 7) ‘So inimeras as contribuigées de Winnicott & psicanélise, a comecar por esta sua caracteristica to bem colocada por Khan. Considero-o, portanto, antes de tudo, um modelo, Nunca gostou de que os discipulos o Imitassem. ‘Sempre foi muito pouco ortodoxo na técnica, o que Ihe custou muitas criticas por parte dos psicanalistas seus contempordneos. Um dos seus méritos foi nunca ter-se deixado abater por isto. Segulu, a0 longo de quarenta anos &- da década de 30 até 1971, quando faleceu - escrevendo o que pensava, discutindo construtivamente, a partir de suas idéias, com os teéricos que o rodeavam, e sem ter como meta impor-se sobre o pensamento vigente. Isto Porque nao era favordvel a que as escolas de pensamento fossem confundidas com seitas. Nunca omitiy sua opinigo, pois sempre foi a favor de que se expressasse 0 verdadeiro. Outra virtude sua, na minha opinio, foi jamais ter-se desligado das sociedades que criticou, procurando desenvolver 0 didlogo dentro das mesmas. Tendo-se em conta, portanto, Winnicott como pessoa, 0 que fazia e 0 que cultivava nas relagées interpessoais e na vida académica, sempre coerente as suas postulacdes tedricas, concluimos que aprender Winnicott nao deve ser pretender fazer como ele e sim, procurar identificar aspectos tedricos por ele formulados que possam nos ajudar a compreender nossos pacientes e orientar nossa maneira de acolhé-los, seja no atendimento individual, ou quando lidamos com grupos, familias, casais ou instituicées. Foram muitos os temas abordados por Winnicott ao longo dos seus quarenta anos de producio tedrica. Destes, selecionei alguns a serem abordados neste artigo: conceitos cujo conhecimento e compreensao muito véem me ajudando nas diversas atividades que venho desenvolvendo como psicanalista de configuragées vinculares. Alguns temas tratados por Winnicott a. A capacidade de estar sé Em 1958, Winnicott escreveu um artigo em que expe sua constatagio de que a capacidade de estar sé é um dos sinais mais importantes de amadurecimento emocional. Nao se refere, absolutamente, a um confinamento solitario; trata-se, isto sim, de um fendmeno altamente sofisticado ao qual uma pessoa pode chegar depois de atingir o estgio triddico. Explicando melhor: Winnicott supée que anteriormente & relago diddica, que envolve o bebé e a mae (ou substituta), que é seguida pela relagao triddica, quando surge um pal diferenciado, haveria um estégio unipessoal, individual. Sua proposta difere do que conhecemos de Freud sobre o narcisismo ou 0 auto-erotismo, pols 0 que sugere é que a possibilidade de ficar sé em estado tranqullo, condicgo a que ele chama de “solidéo sofisticada", depende de uma experiéncia, enquanto lactante, de ter ficado sé, na presenga da mae. © que é, portanto, basico, na colocacdo winnicottiana, é a afirmagéo de que a capacidade de estar sé de um sujeito, depende de um outro sujeito, que permitiu-Ihe permanecer sé, na sua presenca. Trata-se, assim, de uma relacdo entre duas pessoas em que a presenca de uma delas é importante para a outra, mas uma delas, ou mesmo as duas, estdo sds, sem conexo, mas ligadas, Uma outra forma de dizé-lo é: hd uma solidao compartilhada, sem tensao no id. E aquilo que, as vezes, caracteriza © pés-coito, Nao é verdade que Winnicott atribua integralmente o alcance desta possibilidade 4 mae. Ele também leva em consideracao potencial do bebé para tal aquisicgo. Segundo seu ponto de vista, a crianca sadia pode perceber ou imaginar uma relagdo excitante entre seus pais e suportar estar excluida, Ela o faz, aproveltando a raiva gerada pela exclusdo, para a masturbacao, Estabelecendo uma répida comparaco entre Winnicott e Melanie Klein, podemos dizer o seguinte: para Klein, 0 que possibilitaria a um bebé suportar-se excluido da relacdo de seus pais seria a presenca de um bom objeto introjetado. Gratificacées instintivas repetidas permitiriam esta construcdo. A formulacéo de Winnicott tem alguma semelhanca com isto mas possui um adendo essencial. Sua hipétese é de que o fato de haver alguém perto do bebé, disponivel, sem fazer exigéncias, e nao porque o bebé precise de algo, isto permite o estabelecimento de um meio interno favoravel. E interessante observar que esta possibilidade de viver a solidao sofisticada na presenca da mae, exige que esta mae tolere a exclusao, e este é um ponto chave da questo aqui abordada. Fundamental é, também, que tal meio interno é uma situagdo anterior e mais primitiva do que uma mae introjetada Winnicott fala, assim, da import&ncia da presenca da mae em momentos de repouso do id. Por isto ele chama este fenémeno de relacao com 0 ego, Afirma que, neste contexto, quando surge um impulso, este pode ser sentido como préprio, verdadeiro. A aplicabilidade de tal hipdtese no nosso trabalho, enquantg analistas, vejo-a, por exemplo, na questo dos momentos de siléncio que possam surgir durante sess6es. € muito importante, no proceso analitico, o terapeuta poder respeitar certos siléncios. Estar preparado para no viver o siléncio do paciente como um abandono. O silncio pode ser expressivo de uma grande conquista: a conquista da capacidade de estar sé, na presenca do analista. NZo podemos pensar no siléncio sempre como uma resisténcia, mas também como momentos de um contato profundo consigo mesmo, ou mesmo de experimentar o prazer de um id em repouso, na presenca de alguém. Num grupo, por exemplo, poderdo surgir intolerancias a uma participacao silenciosa por parte de algum integrante. Isto poderd dar-se pela dificuldade de tolerar a “solidSo sofisticada” do outro, soliddo que exporé o “reclamante” 2 uma experiéncia de exclusdo intolerdvel para ele pelas suas préprias dificuldades. O analista que tiver em mente a hipétese winnicottiana a respeito da capacidade de estar s6, terd condicdes de dar um encaminhamento muito interessante a tal situacdo. Também em terapias de casal e de familia, este tema é de extraordindria riqueza b. Criatividade priméria e drea de ilusdo Winnicott sempre se preocupou em entender 0 vinculo precoce mae - bebé. Um aspecto muito original de seu pensamento é a hipétese de que nesta identificagéo simbistica profunda entre a mae e o bebé cria-se uma area de ilusdo na qual o bebé acredita que o seio da mae é uma idéia sua e assim prolonga por mais algum tempo sua onipoténcia narcisica Neste momento néo ha discriminagdo entre interno e externo. H4 uma indiscriminagao, Ha também uma nao integracdo e o bebé precisa primeiro encontrar uma unidade para depois poder discriminar 0 que vem de onde. Winnicott acha precoce falar em impulsos e fantasias antes dos sels meses. Segundo ele, a crianca ainda precisa organizar-se e para isto ela precisa da mée, Considera que a prépria localizacao do self no corpo é produto de uma elaboracdo ao longo do tempo. Nao acha que isto seja inato e é a este processo que Winnicott chama de integracdo. © bebé conta com uma aparelhagem que permite que essa integracéo seja alcancada. A esta aparelhagem, ou, em outras palavras, o potencial pare atingir a condicao de integracao e a conseqilente possibilidade de localizar o self no préprio corpo, Winnicott chama de criatividade priméria, A tensSo de necessidade é um precursor de um impulso instintivo. Na sua concep¢o, 0 bebé tem uma tensdo de necessidade, uma falta. A fome poderia ser um exemplo disto. Ele cria entéo, na sua imaginacao, um objeto que pode preencher esta falta. O seio seria um exemplo disto. Se este objeto imaginado, possivel porque existe a criatividade primaria, Ihe for apresentado concretamente neste exato momento em que esté criado na sua imaginago - 0 que s6 pode ocorrer quando ha uma mae atenta, fica ali criada uma drea de ilusdo, onde o bebé vive a presenca daquele objeto como o resultado de sua criatividade e assim ele conserva um narcisismo onipotente que nao tem compromisso com a realidade externa. Para Winnicott, esta capacidade criativa ing&nua, preenchida dessa crenga de que criamos tudo de que precisamos, vai sendo modelada pela realidade material, mas varias manifestacdes adultas normais séo herdeiras desta drea de ilusao: a criatividade artistica, a capacidade de estar sé, 0 uso de objetos transicionais, o brincar e o devanear saudaveis, Este conceito de érea de iluso pode nos ser muito iitil na experiéncia como analistas, particularmente nos primérdios de uma andlise. & de se imaginar que o que conduz 0 paciente & situago analitica (seja este um individuo ou uma configuraggo vincular) é uma falta. Esté, portanto, presente uma tensdo de necessidade, na terminologia winnicottiana, € de se supor, portanto, que esteja criado na imaginagdo deste paciente um objeto que possa preencher esta falta. Ao analista atento, como mae suficientemente boa, compete, ento, ser capaz de oferecer aquele que o procura o equivalente ao objeto da fantasia do outro (ou outros, quando sao familias, casais ou outras modalidades de grupos). Obviamente, isto muitas vezes no é possivel, seja porque ndo somos capazes de criar, no plano material, tal objeto, seja porque no chegamos a apreender do que se trata. Creio, porém, que se teros em mente a hipétese winnicottiana de drea de ilusdo e sua import&ncia enquanto base da manutencao de um potencial criativo saudével, isto determina uma forma de conduzir as sessdes que pode favorecer este aspecto vital. Por outro lado, @ ignordncia de tais formulacées poderé nos levar a tender a interpretar algumas formas de expressar 0 desejo de encontrar o objeto imaginado como manipulagao, intolerancia & frustracdo, etc. Deste tipo de interpretago poderd resultar a supresséo da criatividade priméria com um prejuizo importante na condigo dos nossos pacientes de organizarem internamente e operacionalizarem bons projetos de vida. © conceito de area de iluséo exige dos analistas nao apenas aceitar a expectativa dos pacientes de encontrar, na situac3o analitica, 0 objeto ideal, mas também a tolerancia a que o paciente (individuo, ou qualquer modalidade de grupo) acredite que tal objeto foi criagdio sua, e nao produto de investimento do analista. Isto ¢ fundamental, até que chegue o momento em que se torne possivel discriminar 0 que vem de onde. Assim como o bebé, uma vez que 0 processo analitico favorece uma regresso, nossos pacientes precisam acreditar que podem criar com a imaginacao tudo de que precisam, até atingirem a possibilidade de dispensar tal fantasia onipotente. Nas abordagens multipessoais, podemos nos confrontar com situagdes em que, no grupo, os varios integrantes, em diferentes estégios de maturidade emocional, exprimam os fenémenos relacionados as questdes acima referidas (tensdo de necessidade, érea de ilusdo) de forma muito complexa, em funcdo da rede vincular que se estabelece, exigindo do analista muita habilidade e delicadeza. Num casal, por exemplo, podemos incluir a hipétese winnicottiana da area de ilusdo na compreensdo do seguinte texto “Os casais sentem, sem querer, nem poder evitar, que tendem a colocar 0 outro na posigo de objeto ilusério... enquanto 0 outro, inevitavelmente diferente nao se superpée totalmente aquele lugar de lluséo, vivido como intruso perde o encanto que sabia ter, Esta produgao vincular deriva de um funcionamento primitivo...” (Puget, 1992, pég.188). c. Falso e verdadeiro self Assim, no primeiro estagio do desenvolvimento do bebé a figura materna é de importancia primordial. A presenca de uma me atenta na vida do bebé cria um ambiente suficientemente bom que permite ao bebé alcancar, conforme as necessidades do momento que esté vivendo, as satisfacdes apropriadas e também vivenciar sem temor de desintegrar-se, as angiistias, ansiedades e conflitos. (© ambiente no suficientemente bom distorce o desenvolvimento. © mesmo pode ser dito dos primeiros estagios de uma andlise, estabelecendo-se uma analogia entre o analista e a mae. Varias so as possibilidades de um desenvolvimento distorcido. Selecionei, neste artigo, abordar a questo do que Winnicott denomina de falso-self ‘Trata-se de um conceito que tenho observado com uma certa freqUéncia, ser mal utilizado. Meu objetivo, neste momento, & procurar transmiti-lo, da forma como me foi possivel compreendé-lo, acrescido de alguma reflexo sobre sua utilidade, na pratica clinica. No inicio da vida, 0 bebé passa a maior parte do tempo néo integrado: a coeséo dos varios elementos sensério- motores resulta de agies da mae como: envolver o lactante, 8s vezes concretamente (“handling”), as vezes simbolicamente (parte do “holding”). De vez em quando, de um impulso, surge um gesto espontaneo, que é um potencial do self verdadeiro. A fonte do gesto esponténeo é, portanto, o self verdadeiro, que “provém da vitalidade dos tecidos corporais e de atuacao das funcdes do corpo, incluindo a aco do coragio e'a respiracao” (Winnicott,1979, pag. 136), sendo, no entanto um pouco mais do que o mero viver sensério-motor, pois j@ inclu uma nog ténue de limites do préprio corpo. O self verdadeiro sé se torna uma realidade viva se a mae responder adequadamente ao gesto espontineo. © que quer dizer isto? Se o bebé esté na fase em que precisa ter sua onipoténcia alimentada, a mae Ihe disponibiliza os objetos de tal forma a criar a drea de ilusao, Quando a mae, ao lidar com 0 bebé, substitui 0 gesto espontaneo do bebé pelo seu préprio gesto, este se submete, este é 0 estagio inicial do falso-self. ‘A mie suficientemente boa nao pode colidir com a onipoténcia do lactante. ele que vai, no momento certo, atingir a possibilidade de renunciar & onipoténcia self verdadeiro tem espontaneidade. Depois de gozar suficientemente a ilusdo onipotente é que ele pode, gradativamente, reconhecer 0 momento ilusério e ai brincar e imaginar. Isto é a base do simbolo que, de inicio é, ao mesmo tempo, espontaneidade e alucinagao, e também o objeto criado e finalmente catexizado. Quando a adaptacao da mae ndo é suficientemente boa, no inicio da vida, os objetos externos nao sao catexizados. (© que Winnicott considera como um objeto catexizado é um objeto que surgiu primeiramente na vida do bebé na rea de iluso, ou seja, como criacdo onipotente, e que depois passou a ser admitide como algo do mundo externo, no momento em que este bebé péde desistir da onipoténcia naturalmente, Um mundo material povoado de objetos nao catexizados tem como conseqiléncia para o sujeito uma existéncia falsa. Surge uma irritabilidade generalizada, que pode ser entendida como um sinal de protesto a uma existéncia falsa Assim, a predominncia do self verdadeiro, que tem origem na vitalidade dos tecidos corporais e nas funcdes vitais, vaiese tornando complexo e comeca gradativamente a estabelecer contato com a realidade, sempre através da mediacdo da mae (ou substituta), de quem se espera 0 handling, o holding, que inclui o favorecimento das reas de iluso. Neste contato com a realidade, segundo Winnicott, restos de fantasia onipotente perduram por muitos anos. A idéia de que as coisas possam dcorrer sem ser por uma aco ou desejo do préprio self demora anos para ser atingida, © que Winnicott chama de falso-self normal é a adaptacdo do ego ao ambiente. Seria o equivalente a uma submisso saudavel ao principio de realidade, na terminologia freudiana. Da mesma forma, diz Winnicott, o self verdadeiro, num viver normal, tem que ter um certo grau de submissdo. Sé que esta adaptagdo sé pode ser bem sucedida se tiver havido um periodo suficiente durante o qual o ambiente se adaptou as necessidades do bebé. © falso-self ndo é, portanto, em si, um problema. Ele protege o verdadeiro self do aniquilamento quando hd qualquer interrupcgo deste curso natural. O problema existe quando existe o splitting muito grande entre o self verdadeiro e 0 falso-self e 0 falso oculta 0 verdadeiro, impedindo a criatividade e a espontaneidade. Cito 0 préprio Winnicott para salientar os riscos da desatengo a este fenémeno no processo analitico: Um paciente que teve muita andlise indtil na base de um falso-self, cooperando vigorosamente com um analista que pensava ser aquele o seu self integral, me disse: ‘a Unica vez que senti esperanca foi quando vocé me disse no ver esperanca’, e continuou com a andlise.” (Winnicott, 1979, pag.139). Num grupo, a abertura de caminhos para a comunicacéo com o self verdadeiro, pode ser muito facilitada se o analista souber aproveitar a sensibilidade dos participantes do grupo, que podem captar e denunciar a espontaneldade ¢ a criatividade aprisionadas de seus companheiros, Devemos nos lembrar também de que a consténcia de um humor irritado pode ser a expresso de um falso self hipertrofiado, massacrando a possibilidade de uma expressao criativa; de um sujeito pedindo socorro para poder viver. 3. Conclusao: Neste artigo, abordo uma fracdo muito pequena das contribuigdes de Winnicott. Espero, porém, ter sido capaz de transmitir que a riqueza de suas contribuicdes e a possibilidade que criam de construirmos hipsteses férteis, que podem modificar nossa forma de acolher as comunicacdes daqueles que nos procuram, precisando de ajuda, fazem valer & pena mergulhar mais profundamente em sua obra REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS Puget, J. e Berenstein, 1. (1988) - Psicoanal is de la pareja matrimor I. Paidés, Bs. As., 1992, [ Links ] Winnicott. D.W. (1978) - Textos Selecionados da Pediatria a Psicanilise. Livraria Francisco Alves Ed. S. A . Rio de Janeiro, RJ.1988. [Links ] Winnicott, D.W. (1979) - O ambiente e os processos de maturacao. Ed Artes Médicas Sul, Ltda, Porto Alegre, R5, 1979. [Links J [Blendereco para correspondéncia Betty Svartman Rua Mario Mello 109. CEP 01249-040 - Sao Paulo - SP E-mail: bsvartman@uol.com.br 1 Membro do NESME e da SPAGESP; Diretora e Docente do CEPPV &- NESME ; Docente do NUF &- SPAGESP. Rua Visconde de Inhadma, 2111, 3d. Sumaré '14025-100 Ribeiréo Preto - SP Tes +55 16 3618-7119 nail contato@spagesp.org.br

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