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©sy CURSOS José, cidadao estrangeiro, que residira durante trinta anos no Brasil e passara os Ultimos trinta anos de sua vida vivendo no exterior, sem visitar os Brasil, decidiu retornar a este pais. Apés fixar residéncia no Brasil, tomou a iniciativa de rever os conhecidos. Em uma conversa com um dos seus amigos tomou conhecimento de que consta em assentamento do Ministério X a informacao de que José havia cometido ato terrorista em territério brasileiro, trinta e cinco anos atrés. Jose decidiu averiguar a informaco e apresentou peticso a0 Ministério x, requerendo cépia de todos os documentos de posse do referido ministério em que constasse seu nome. Dentro do prazo legal, José recebei resposta indeferindo seu pedido, assinada pelo prdprio Ministro da Pasta X, em que este afirmava que o peticionado néo tinha direito de receber as informacdes por essas estarem protegidas pelo sigilo das atividades inerentes ao prdprio Ministério. Incrédulo e inconformado com a deciséo, José procurou os servicos de um advogado para tomar a providéncia judicial cabivel. Na qualidade de advogado de José, redija a peca juridica mais adequada ao caso relatado na situacao hipotética, atentando aos seguintes aspectos: a) competéncia do érgio julgador; b) legitimidade ativa e passiva; c) argumentos a favor do acesso a todas as informacdes envolvendo 0 nome de José no Ministério X; d) requisitos formais da pega judicial proposta. ©sy ‘CURSOS ONLINE AO MINISTRO PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTICA. José, estrangeiro, estado civil, profissio, RG, CPF, endereco eletrénico, residente e domiciliado na ..., por seu advogado, procurag3o em anexo, escritério na... com fundamento no art. 52, LXXII, “a”, da Constituigéo Federal e Lei n° 9.507/97, impetrar HABEAS DATA contra ato praticado pelo Ministro da Pasta X, estabelecido na... pelos fatos e fundamentos juridicos a seguir: DO CABIMENTO. E cabivel a presente acd, pois busca obter o conhecimento de informacées relativas a sua pessoa, na forma do disposto na lei 9.507/97 e no art 52, LXXII, “a”, da CRFB, vejamos: LXxII - conceder-se-4 habeas data: a) para assegurar o conhecimento de informacées relativas & pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de carater publico; ©sy CURSOS DA LEGITIMIDADE A legitimidade ativa é de José, uma vez que qualquer pessoa fisica ou juridica, pode ser titular do direito & informacao pessoal, e no presente caso, José teve negado 0 acesso a informagao de carater pessoal, ferindo as normas constitucionais e legais. A legitimidade passiva, conforme art.22 da Lei n. 9.507/97, é do Ministro da Pasta jd que é © responsavel em conceder as informacdes pessoais requeridas pelo impetrante. DA RECUSA A INFORMACAO © impetrante teve o seu pedido indeferido em todas as instancias administrativas, conforme documentacao anexa, o que comprova o requisito indispensavel para impetrar a presente ago, de acordo com o art. 8,1, da lei 9.507/97. Dos FATOS © SRAy cursos DO DIREITO O art. 52, XXXII, da CF/88 assegura a todos os individuos o direito de receber dos érgdos publicos informagées de seu interesse pessoal para defesa de direito, vejamos: XXXIIl - todos tém direito a receber dos érgios publicos informacées de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serio prestadas no prazo da lei, sob pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindivel & seguranca da sociedade e do Estado; ©sy ‘CURSOS Assim, a alegac3o de que as informagées so sigilosas em virtude do interesse ptblico, configura abuso do poder e viola dispositivos constitucionais, visto que a atividade publica pauta-se no principio da publicidade, consoante o art. 37, caput da CF/88. Importante destacar que 0 direito a informagao é um direito fundamental, conforme citado no art 5,XXXIII da CF/88, portanto protegido por clausula pétrea, conforme art. 60, § 42, IV da cr) Além disso, a negativa.do direito-arinforma¢ao"pessoal, também fere a vida intima (art. 5°, X da CF) e a personalidade do impetrante. Portanto, o Habeas data é o remédio constitucional adequado para a defesa em juizo dos dados que se pretende conhecer, sendo a competéncia definida de acordo com a autoridade coatora. Como no caso em anélise a autoridade coatora foi o Ministro de Estado, a competéncia para julgamento da presente acdo é do Superior Tribunal de Justica, de acordo com 0 art.105,1,b da CRFB e 0 artigo 20,1, “b” da lei 9.507/97. DOs PEDIDOS © spay cursos /ONLINE Em face do exposto, requer a V.Exa: a) Que se notifique*o"¢oator Ministro de Estado, a fim de que no prazo de 10 dias, preste as informagées que julgar necessdrias. b) A notificagao:do:MinistérioPublico, nos termos do art. 12 da lei 9.507/97 c) A procedéncia:dos»pedidos para marcar data e hordrio para que o coator apresente a impetrante as informagées a seu respeito, constantes de seus registros. d) a prioridade:dejulgamento'o presente feito, na forma do art. 19 da lei 9.507/97 e) Ajuntada dos documentos. Da-se a causa 0 valor d Pedeideferimento. Advogado... OAB....

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