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Ah se ela pudesse...

Se pudesse, com um grito, expelir a infinitude que dentro dela habita... borbulha e saltita
(euforicamente, a propósito)

Se pudesse, desavergonhadamente, livrar-se das vestes e dos bons modos; da necessidade de


ser comedida, melindrada, cautelosa, sútil...

Se pudesse, vorazmente, desatar nós, rasgar linhas rígidas que lhe prendem, revirando-as e
emaranhando a seu gosto...

Se pudesse, inevitavelmente, vir ao mundo e ser quem é, com suas falhas e trejeitos...com seu
próprio e único jeito...

Ah se ela pudesse...

E ela pode!
Nós todas podemos!

Ser mulher é entender que podemos tudo isso e muito além!

Somos seres capazes de coisas que muitos duvidam, desacreditam e tentam impedir!

Mas, depois de séculos de sentimento reprimido, de tanto ar sufocado, de tantas opiniões


mastigadas... sobrevivemos e vencemos!

Transcendemos! Finalmente!

Sem arrependimentos ou amargura, sejamos gratas às que vieram antes de nós, às que
honrosamente dividem conosco este tempo e espaço e às que serão adiante de nós...

Engajemos nossas almas nessa dança solene, palco de pausas e silêncios, mas, também, de
superação e crescimento, de poder e delicadeza... de feminilidade e sabedoria!

Então, descobriremos nosso lar! E nos recantos mais profundos, erupções de um EU,
eternamente em evolução!

Estamos vivas! E não pode haver discurso, força, conceito, teoria ou métrica, nesse tempo e
espaço (vastos), que possam nos definir como não sendo o NOSSO próprio lar!

Podemos ser o que quisermos!

Aliás, DEVEMOS!

Feliz dia da mulher, sagradas!

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