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A IGREJA E O SOCIALISMO

Autor: Pr. Cravo

O comunismo é uma ideologia política e socio-econômica que tem a pretensão de estabelecer uma sociedade
igualitária, por meio da abolição da propriedade privada, das classes sociais, da família, da religião e do
próprio Estado.

As idéias de uma sociedade igualitária existem desde a era dos filósofos gregos. Em uma de suas obras mais
importantes, intitulada A República, o filósofo Platão formula um modelo de sociedade ideal, baseada na
extinção da propriedade privada e da família. Segundo essa idéia, o fim da propriedade privada causaria o fim
do conflito entre o Estado e o cidadão em particular, e a abolição da família teria como resultado uma maior
devoção do indivíduo ao bem público.

Na sociedade idealizada por Platão, não existiriam vínculos matrimoniais e os filhos gerados pelos
cidadãos, além de desconhecerem os seus pais, ficariam sob o cuidado permanente do Estado, que
garantiria seu sustento e educação.

Com o passar dos séculos esses ideais foram sendo reformulados, atualizados. Entre os séculos XII e XV,
grupos dissidentes da Igreja Católica pregavam o repúdio à propriedade privada e aos bens materiais em
geral, a convivência humana em padrões de uma vida simples e a necessidade de uma vida comunitária, onde
todos deveriam trabalhar e conviver em igualdade.

No século XIX, a Revolução Industrial mudou o sistema econômico e social dos países europeus. Ao mesmo
tempo em que ocorria um pleno desenvolvimento do novo sistema - o capitalista - boa parte da população
vivia em condições de miséria e exploração. Buscando uma solução para os diversos problemas que atingiam
as sociedades na Europa, intelectuais da época passaram a propor sistemas políticos e econômicos que fossem
uma alternativa ao sistema capitalista. Uma dessas proposições foi o comunismo, ideologia concebida pelo
chamado marxismo.

O marxismo é uma corrente de pensamento sócio-política criada por Karl Marx (filósofo, economista,
historiador, sociólogo teórico da política) e Friedrich Engels. Para eles, em todas as épocas da história a
sociedade foi marcada por uma luta de classes, como um embate entre uma classe opressora e uma oprimida.
A classe opressora seria a chamada “burguesia” (de “burgo” = castelo, cidadelas), que era detentora dos
meios de produção e da riqueza gerada por eles (ex: comerciantes, políticos, juízes e reis), e a classe oprimida
seria formada pelo chamado “proletariado” (de “proletário” = trabalhador), que nada possuiam além da
própria mão de obra.

O socialismo marxista defende a extinção da propriedade privada, a distribuição igualitária dos meios de
produção, o fim da divisão de classes e a extinção da exploração do trabalho. Para Marx e Engels, quando a
classe proletária fosse capaz de tomar consciência da sua situação e buscar uma organização de luta,
assumindo o poder e administrando o sistema de forma justa e em prol de todos, as classes sociais seriam
abolidas e com ela chegaria ao fim também o Estado.

Para essa teoria, a única forma de atingir esses objetivos (TOMADA DO PODER) seria através da
REVOLUÇÃO DO PROLETARIADO. O marxismo defende que esta revolução teria que ser pela luta
armada. Outro marxista italiano, chamado Antônio Gramsci, tempos mais tarde, passou a defender que a
REVOLUÇÃO DO PROLETARIADO deveria ocorrer não por guerra ou revoluções, mas pela doutrinação e
infitração (tomada de controle) das instituições oficiais do Estado (aparelhamento) e não oficiais (militância)
tais como, partidos políticos, agremiações de estudantes, associações de classes profissionais, ou
representativas da sociedade.

A partir desse momento, a sociedade estaria preparada para o sistema comunista. O comunismo seria uma
espécie de Estado funcionaria como uma grande cooperativa. Ao mesmo tempo, esse Estado socialista
controlam todos os aspectos da vida social e individual.
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ECONÔMICAS ENTRE COMUNISMO E SOCIALISMO
SÍMBOLOS DO SOCIALISMO E DO COMUNISMO

A estrela de cinco pontas é um símbolo do mundo antigo, usado em tradições místicas, esoteristas e pagãs,
inclusive no ocultismo e satanismo.
Esses símbolos foram escolhidos pelos filósofos para representar a ideia herege que o sagrado é inerente à
humanidade, a partir da idéia representada pela figura do criada por Leonardo Da Vinci, do homem vitruviano
(um homem de braços abertos).
Essa foi a razão pela qual Marx e Engels, como humanistas radicais, foram atraídos por esse símbolo. Eles
caracterizaram o vermelho como o sangue perdido em luta proletária.
Esse símbolo passou a ser bastante utilizado pelos satanistas medievais como uma forma de representar o
oposto dos dogmas do cristianismo.
Ao contrário do modelo convencional, o pentagrama invertido apresenta uma das pontas para baixo e duas
pontas para cima, uma clássica representação a Baphomet, uma divindade pagã que é associada ao ocultismo
e satanismo.
Estrela de Davi (Magen David)
(Ap.22:16)

2 estrelas – 6 pontas – 12 lados

O símbolo é constituído por dois triângulos porque, no alfabeto hebraico usado na época do Rei Davi, o nome
"Davi" era composto por 3 letras: Dalet, Vav e Dalet, sendo que esta última tinha uma forma triangular.
Assim, a Estrela de Davi é formada pela sobreposição de duas das três letras do nome Davi.

Outra interpretação é que um dos triângulos representa o homem e suas três vertentes (corpo, alma e espírito),
e o outro remete a Deus e à Santíssima Tri-Unidade (Deus Pai, Filho e Espírito Santo).

Na Cabala, por exemplo, a Estrela de Davi faz uma alusão ao confronto do bem contra o mal, do espiritual
contra o físico. Além disso, os doze lados da estrela podem representar as doze tribos de Israel.

CUIDADO: Não é qualquer desenho de 2 triângulos que formam a estrela de Davi. No ocultismo também
existe o HEXAGRAMA, formado da mesma forma, a partir de 2 triângulos. A diferença é que os triângulos
que formam a estrela de Daví ESTÃO SOBREPOSTOS, formam uma só figura. Nos triângulos que formam o
hexagrama ocultista/satanista, estão ENTRELAÇADOS, ou seja, são independentes.
RESUMO

- O socialismo pode ser uma fase que precede o comunismo, um momento de reeducação e abandono da
influência do modo de vida capitalista.
- Os socialistas distribuem a riqueza com base nos esforços produtivos de cada indivíduo, enquanto os
comunistas o fazem em função das necessidades de cada um.
- No socialismo podem existir resquícios de propriedade privada (favorecimentos, privilégios), enquanto no
comunismo a propriedade privada é extinta e todos os bens são coletivos.
- O socialismo permite que alguns traços do capitalismo existam no meio de si, enquanto o comunismo, como
fase posterior, é uma nova forma de organização da sociedade e que se torna incompatível com a filosofia
capitalista.
- Todas essas ideologias acabam criando castas, oligarquias, grupos privilegiados, sectarismo, exclusão social
a pretexto de priorizar o social, mais pobreza para que o povo esteja sempre mantido refém no cárcere da
necessidade, das falsas promessas, e da dependência da boa vontade desses dominadores.
QUAL DEVE SER A POSIÇÃO DO CRENTE E DA IGREJA ?

A ideologia política de esquerda, de uma forma em geral no mundo e também no Brasil, tem uma visão de
mundo (cosmo visão) que é informada por uma série de ideologias como marxismo, do socialismo, do
comunismo, e outras filosofias e movimentos q têm marcado a sociedade moderna ocidental por mais de 2 mil
anos.

Em termos práticos essas infuências acabam gerando determinadas políticas e ações q tem a ver com a relação
do Estado com o povo, com a família e com os direitos individuais.

A igreja deve lidar com a ideologia de esquerda da mesma forma que há séculos lidou e vem lidando com
qualquer outro movimento ou qualquer outra tendencia cultural, ou seja com a cosmo visão bíblica.

Saber tudo o que a Bíblia me orienta a respeito de áreas da convivência humana, como cultura, sociedade,
política, economia, relacionamento, vida, patrimônio, e etc. Tudo que diz respeito a relação Estado-povo, a
relação Estado-Igreja, e também, sobre mim, como ser humano, enquanto indivíduo titular de direitos e
obrigações.

O crente deve analisar as posturas e proposições da esquerda a partir da interpretação bíblica como um todo,
da visão histórica e Evangelicalista das Sagradas Escrituras.

Se isso for feito, veremos que tem muita coisa q é defendida pela visão esquerdista que não bate com os
ensinos da Palavra de Deus.

De início pode até parecer biblico as reivindicações de políticas voltadas para os pobres, mas essa analise não
se sustenta quando você faz uma leitura completa das Sagradas Escrituras, porque as Escrituras não excluem
nenhum seguimento social, inclusive, os ricos.

O problema do pobre não é a pobreza, mas sim, o seu coração corrompido, que é o mesmo coração
corrompido do rico, do empresário, do profissional liberal, do político, dos líderes, dos religiosos, dos
dirigentes e dos governantes.

A primeira abordagem da igreja com relação a pobreza, deve ser identificar a causa da pobreza, da opressão,
da injustiça a partir da compreensão dos efeitos nefastos que o coração corrompido do homem pode causar.

A solução a ser apresentada ou planejada, deve ser sempre aquela apresentada pelo Evangelho do Messias,
Jesus de Nazaré, que transforma, que constrói, que converte, que salva e é capaz de fazer com q o homem se
arrependa.

Por outro lado, do ponto de vista da vida secular, nada disso é impedimento para que a igreja entre com ajuda
social, suporte financeiro, com orientações que visem a resolução de problemas imediatos, com amparo a
família, aos jovens, crianças, aos idosos, homens e mulheres.

Tradicionalmente, a visão esquerdista é concebida a partir de um modelo protecionista de Estado, de


sociedade totalmente tutelada, de um Estado que tem que dar tudo a todos, e que por isso, acaba
transformando pobre em sacramento, pobreza em dogma, e resume a missão da igreja como sendo
exclusivamente social.

A igreja e o crente devem confrontar esse tipo de visão com a visão Bíblica, a partir da compreensão da
situação do homem, de que forma ele chegou nesse ponto, da sua queda em relação a Deus, ou seja, a igreja
deve priorizar a visão biblica escatológica da queda do homem e da solução final do Reino de Deus mediante
O Messias, Jesus de Nazaré.

A igreja deve enfrentar o pensamento esquerdista ou qualquer ideologia, usando as Sagradas Escrituras como
seu único e suficiente referencial.

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