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COLECAO ARTE E CULTURA VoL. Nos ISMAIL XAVIER (onpanizador) izador A EXPERIENCIA DO CINEMA antologia ‘Cap: Fernando Gomes Revue: ree Moret doe Sonos Prodgte Grafica: Orando Femandes 1 Edito Margo, 1983 Dirt ada para a ingua portuguesa por: EDIGOES GRAAL LTDA. ‘Rou Wermenegdo de Barros, 3-A — Gla 21241 Ro de Janeiro, RE Beas Fone: 528882 © Copprieh da sprsetago gel das introduc ¢ das notes by smal Xvi (0s detenores dos itor de tradogo © reproduce dos artigos que compoem ‘suranga eto Yelaionados na pagina Se colo Impreso no Bras / Printed in Bras CrP-BralCatalognto-ne forte Sindicato Nacional ds Eaitores de ios, RI TEH6 A Faperacia do numa: antaoa/ Toma Xai organizador - — Rub de Jano: Eales Gaal Embrafine, 1989. (Caio Aree eltra S13" 8) Biblograi. ow INDICE Apresenigo geral/ Ismail Xavier PRIMEIRA PARTE — A ordem do olhar: codificagio do cinema clisico, as novas dimenstes imager Inteodugo/ small Xavier 1.1, Hugo Munsters TA. A atengio 1.1.2, A meméria © © imaginagio 113. AS emogses 1.2. V. Podovkin 1.2.1, Métodos de tratamento do material (montagem es- ‘ratural) eee 2.2. Os métodos do cinema 1.2.3. 0 diretor ¢ 0 roteiro 1.3. Béla Balézs 3.1. © homem visivel 3.2, Nés estamos no filme 3.3. A face das coisas uv 19 0 36 55 s7 n 8 84 a7 341 PRAZER VISUAL E CINEMA NARRATIVO* 1 — IntRoDUGAO. |A) Um uso politico da psicentise Eoan espe tar» pani de de co ale alata pa ms Enns at SE pac S Ea una sa ow ‘She pacha Puan Spo a SETS eg Tee eaten oa tans bn we hopes Gta’ eimai ar amas SS ST apa ee ate apa SES GRATE Tass Sen Soon mpc alas apes peso et Zein pute as we daca Spm sce TASS ean tol tnt ioitmteces Tel sls momen oo es mec tes eras Sens Ete artigo € umn vedo ampli de um tablho apeetado 20 Depanamento de Pract, da Unerade de Wisoesin, Mado, ea ina won de 9D. 437 © paradoxo do falocentrsmo em totes as suas manifestagdes teside no fato de que ele depende da imagem da mulher casrada pera dat ordem e significado ao sev mundo. Pare o sisems, ji Existe uma ela de mulher como a eterna vitima: é a sia earéacia {gue produ o falo como presence simbslcs; seu deseo € compensar ota que 0 flo signi® Artigos reentes sobre cinema € pica nile, publics em Sereen, nfo tém ressaltado de forma sufciente 2 importineia da representagao da forma feminina numa ordem si blice que, em altima instinia, 36 fala a castagio c mais nada, Sumarizando rapidamente: a fungéo da mulher na formasio do inconsciene pariareal€ dupla: ela simbotiza a ameaga da eastagto pela auséncia real de um pinis e, em consegléncia, introduz seu fio na ordem simblica. Uma ver que tal fang &satseit, ter rina af 6 seu significado no process, nfo permanecendo no mundo ta Te eda linguagem exceto enquanio meméria que oscila entre & Penitude maternal ea falta. Ambas esto situadas na natureza (OU fa anatomia, conforme a famosa frase de Freud). © deseo da ‘mulher fea sujelto & sus imagem enguanto portadora da frida san~ rena, ela 6 pode exsic em relaglo a casragio fo pode trans- fendéla, Ela transforma sev filho n0 sigiieante do seu proprio Gesejo de possir um penis (a condieso mesma, ea supe, de entrada to simbolica), Ela deve gracisamente ceder & palavra, 20 Nom: 40 Pai e& Lei, ov entio Iular para manter seu flo com la, repri- ‘idos na mea luz do imagindro. A mulher, desta forma, existe ‘a cultura patriarea! como o signifiante do outro masculine, press por uma ordem simbdlca na qual o home pode exprimir suas fan= test © obsestes através do comando Tinglistico, impondo-es sobre ‘imagem silenioss da mulher, anda press seu Iugar como ports dora de significado ¢ no produtora de significado, ara feminists, ha wm interesse Sbvio nesta anise, uma beers aque conse numa tradvgio exate da frastragdo experimentada sob ‘Tordem falocentrica. Ela nos eoloca mais proxima das orgens de rossi optesio, traz uma ariculacdo mais dteta do problema © nos strona com o desfio maximo: como enfrntaro inconsiente etro- turado como lingvagem (formado erticmente no momento de ado- TNF) Far ama melhor compeeso de todos ot temas de orisem cent ve" Laplanse, 76 Ponti I. Vocab de Pande ison Marae. 197. 438 ‘0 da linguager) 20 mesmo tempo em que sinda se esté enredada ‘a Hnguagem do patiacalismo. NSo hi eto algum pelo qual 3° possa produzir uma altemativa do nada, mas podemos temat una suptur aravés do exame do patriarcalismo e com os propos intra- rmentos que ele fornece, dos quais « pscaniise, embora nto vendo © nico, & um insrumento importante, Um grands vazio ainds nos Separa dos problemas mais importantes para o iaconsiente feminino © que slo pouco relevantes para a teora flocéntcica: ma infénca, a sexualzagio da menina e sua relaeio com o simbiico, a mulher semuslmente madura como ndo-me, e maternidade fora da signif

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