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“O caminho das ervilhas”: recurso didático no ensino da genética mendeliana

Article  in  Revista de Ensino de Ciências e Matemática · October 2020


DOI: 10.26843/rencima.v11i6.1878

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2 authors:

Mauricio Araújo Aracelli Leite


Universidade Federal de Viçosa (UFV) Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (IFPI)
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10.26843/rencima.v11i6.1878 eISSN 2179-426X
Recebido em 04/09/2018 / Aceito em 28/07/2020 / Publicado em 01/10/2020

“O caminho das ervilhas”: recurso didático no ensino da genética


mendeliana

“O caminho das ervilhas”: didactic resource in the teaching of mendelian genetics

Maurício dos Santos Araújo


Universidade Federal de Viçosa - UFV/Departamento de Fitotecnia, e-mail:
mauricio.araujo@ufv.br
http://orcid.org/0000-0002-7728-2590

Aracelli de Sousa Leite


Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí - IFPI/Departamento de
Biologia, e-mail: aracellileite@ifpi.edu.br
http://orcid.org/0000-0003-1187-6887

Resumo

A Genética tornou-se uma área de grande visibilidade no contexto científico e social.


Entretanto, é reportado na literatura a complexidade dos conteúdos e processos, atrelados
a carência de metodologias de ensino. Por isso, este estudo teve como objetivo verificar o
desempenho dos alunos do Ensino Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Piauí após a aplicação de um material didático, “O caminho das ervilhas”,
para a construção da aprendizagem. Utilizamos a pesquisa de campo, com abordagem
qualitativa, onde participaram 15 alunos do curso de Ciências Biológicas do Instituto Federal
do Piauí. Como atividade de intervenção pedagógica, foi desenvolvido um jogo didático-
digital para trabalhar conceitos e processos genéticos. Evidenciou-se que os alunos
apresentavam dificuldades em aplicar os conhecimentos matemáticos na resolução de
problemas genéticos, além de demonstrarem insegurança no momento da interpretação
desses dados. Por meio da atividade de intervenção, percebeu-se que a metodologia de
ensino contribuiu na aprendizagem dos alunos. Portanto, o uso de metodologias
alternativas no ensino de Genética indica a possibilidade de correlacionar teoria e prática

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de forma lúdica e interativa, além de desenvolver conteúdos vistos como teóricos no ensino
de Genética.

Palavras-chave: Ensino de Biologia. Jogos didáticos. Metodologias alternativas.

Abstract

Genetics has become a highly visible area in the scientific and social context. However, it is
reported in the literature the complexity of the contents and processes, linked to the lack of
teaching methods. Therefore, this study aimed to verify the performance of students of
Higher Education at the Federal Institute of Education, Science and Technology of Piauí
after the application of didactic material, “O Caminho das Ervilhas”, to the construction of
learning. We used the field research, with a qualitative approach, involving 15 students from
the Biological Sciences course at the Federal Institute of Piauí. As a pedagogical
intervention activity, a didactic-digital game was developed to work on genetic concepts and
processes. It was evident that students had difficulties in applying mathematical knowledge
in solving genetic problems, in addition to demonstrating insecurity when interpreting these
data. Through the intervention activity, it was noticed that the teaching methodology
contributed to the students' learning. Therefore, the use of alternative methodologies in the
teaching of Genetics indicates the possibility of correlating theory and practice in a playful
and interactive way, in addition to developing content seen as theoretical in the teaching of
Genetics.

Keywords: Biology teaching. Educational games. Alternative methodologies.

Introdução

A Genética teve um grande reconhecimento pela sociedade, após a implantação do


projeto que visava o sequenciamento do genoma humano (SGH). O intuito era sequenciar
cerca de 3,1 bilhões de pares de bases nitrogenadas do Homo sapiens. Esse genoma
corresponde as informações genéticas dos seres vivos, que estão contidas na molécula do
Ácido Desoxirribonucleico (DNA), no qual é formado por um grupo fosfato ligado a um
açúcar chamado desoxirribose e a uma base nitrogenada podendo ser: adenina (A), timina
(T), citosina (C) e guanina (G) (GRIFFITHS et al., 2016).
O projeto teve início no ano de 1989, sob a direção de um dos representantes, o
biólogo americano James Dewey Watson, que trabalhava na área da Biologia Molecular,
Genética e Zoologia. Ele foi diretor do National Human Genome Research Institute
(NHGRI). Em 1992 foi substituído por Francis Sellers Collins, geneticista americano que em
fevereiro de 2001, juntamente com a sua equipe concluíram boa parte de seus resultados,
anunciando, então, o esboço de 3 bilhões de pares de bases, chegando à 90% do código
humano (GÓES; OLIVEIRA, 2014).

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A partir desse momento, a Genética enquanto ciência foi se consolidando,
principalmente por meio do grande número de pesquisas que foram desenvolvidas após a
conclusão do projeto (ZATZ, 2011). Os sistemas de comunicação em massa e os periódicos
contribuíram de forma efetiva para essa difusão do conhecimento científico, principalmente
temas ligados aos organismos geneticamente modificados (OGM), fecundação in vitro,
clonagem, tratamento de doença com células troncos, terapia gênica, edição gênica entre
outros (SILVA; KALHIL, 2017).
Tudo isso só foi possível graças aos conhecimentos de genes e do genoma humano
(VESTENA; SEPEL; LORETO, 2015). Por isso, a Genética, atualmente, tem se tornado um
dos temas mais trabalhados por pesquisadores, tanto na pesquisa aplicada quanto na área
educacional (SANTOS et al., 2020). Em decorrência desse conhecimento se manifestar na
área social e econômica, traz consigo várias implicações tecnológica, sociais e de cunho
ético, fornecendo às Ciências Biológicas o aparato teórico científico sobre esses processos
(SILVA; KALHIL, 2017).

Uma Breve Contextualização sobre a Genética Mendeliana

O entendimento da transmissão das características hereditárias foi identificado há


quase 150 anos por um monge chamado Gregor Johann Mendel (1822-1884), em um
Mosteiro em São Tomás na cidade de Brno, antigo Império Austro-Húngaro, hoje atual
República Tcheca. Considerado um dos precursores do estudo da Genética Clássica,
Mendel explicou de forma lógica e racional como as características herdáveis eram
transmitidas ao longo das gerações. Trabalhou com linhagem de ervilhas da espécie Pisum
sativum no qual apresentavam um fácil cultivo, grande número de descendentes, manuseio
simples, ciclo de reprodução curto, entre outras características (BAIOTTO; SEPEL;
LORETO, 2016; GRIFFITHS et al., 2016).
Após milhares de cruzamentos realizados por Mendel, observou-se que as
proporções eram constantes e típicas para cada um. Além disso, em um cruzamento de
ervilhas com sementes amarelas e verdes, ambas puras, a geração F1 apareceu somente
descendentes amarelos. Mendel concluiu que, existiam fatores sendo um de origem
materna e outro paterno, que se uniam na formação dos gametas. Entretanto, a pesquisa
de Mendel não foi aceita pela comunidade científica da época (PIERCE et al., 2016). Essa
aceitação só foi realizada mais tarde, após estudos de forma independentes por Karl
Corens, Erich Von Tschermak e Hugo De Vries. Eles fizeram observações similares em
estudos envolvendo plantas, animais, fungos e algas mostrando que as leis de Mendel eram
aplicáveis a todos os eucariotos, baseadas nas segregações cromossômicas na meiose
(GRIFFITHS et al., 2016).
Com o desenvolvimento da Genética, principalmente logo após a retomada das leis
de Mendel, houve uma ampla discussão sobre os aspectos científicos sobre o controle das
heranças genéticas. O trabalho de Mendel publicado em 1866, conhecido como
“Experimentos com Plantas Híbridas” é considerado o marco na história da Genética

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Clássica. Esses experimentos quebraram preceitos construídos durante anos, fazendo com
que algumas teorias ficassem em desuso como, por exemplo, a Pangênese que buscava
explicar a transmissão das características por meio de gêmulas (ROCHA; SILVA, 2017).
Atualmente, a Genética enquanto ciência tem se consolidado (SANTOS et al., 2020),
principalmente com o advento da Engenharia Genética e os resultados do projeto SGH
(VIEIRA, 2010).

A Genética em uma Perspectiva Educacional

A Genética é vista por muitos alunos como uma disciplina abstrata e de difícil
compreensão em detrimento da complexidade dos assuntos trabalhados em sala de aula
(SOUSA et al., 2016; ARAÚJO et al., 2018; SANTOS et al., 2020). O emprego de aulas
apenas expositivas é uma realidade de muitas escolas brasileiras. Essa prática pode tornar
o ensino de Genética distante da realidade dos alunos, dificultando a assimilação dos
conteúdos essenciais para a formação desses estudantes (RIBEIRO; RIBEIRO, 2011).
A Genética possui várias subáreas, em virtude disso, há necessidade que o aluno
possua um conhecimento básico sobre determinadas áreas como, por exemplo, em
Biologia Celular, Citogenética e Matemática (ARAÚJO et al., 2018). A utilização da
Matemática nos experimentos de Mendel contribuiu de forma significativa para a construção
das leis da hereditariedade. No entanto, quando esse conhecimento chega ao Ensino Médio
e ao Ensino Superior, muitos alunos sentem dificuldades, principalmente por envolver
problemas que necessitam de conteúdos que envolvam a Estatística e Probabilidade,
podendo gerar uma certa confusão no momento da resolução de problemas (CID; CRUZ
NETO, 2005; BARNI, 2010).
Para que o aluno possa construir uma aprendizagem significativa é preciso que o
conteúdo tenha um significado para ele. Para que isso aconteça, é necessário que esses
saberes façam sentido para o aluno (MOREIRA; MASINI, 1982). Portanto, é preciso uma
organização interna dos conteúdos, “sendo que a sua complexidade depende muito mais
das relações que esses conceitos estabelecem em si que do número de conceitos
presentes” (PELIZZARI et al., 2002, p. 38).
O que se observa atualmente, é o afastamento das relações entre teoria e prática
nos conteúdos de Genética, principalmente pela falta de conhecimentos dos alunos em
algumas áreas da Biologia (ARAÚJO et al., 2018), o que pode comprometer o aprendizado
do aluno de forma substancial. Além disso, a resolução excessiva de questões que
envolvem a probabilidade em cruzamento entre híbridos (Aa X Aa), pode contribuir para
uma aprendizagem mecânica, sem a compreensão real do conteúdo (FERRO, 2016).
Em detrimento dessas dificuldades, muitos alunos, utilizam da memorização dos
conceitos e processos, ao invés de compreenderem os conteúdos trabalhados pelo
professor, por isso, deve-se buscar estratégias metodológicas que façam com que o aluno
compreenda a importância dos assuntos que está estudando. Dessa forma, o professor

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atuará como um agente motivador no processo de ensino e aprendizagem (SOUZA;
TEIXEIRA, 2014; SODRÉ-NETO; COSTA, 2016; FREITAS et al., 2020).

Metodologias Alternativas no Ensino de Genética

O ensino de Ciências e Biologia tem como propósito oferecer ao aluno a capacidade


de compreender as modificações presentes na sociedade. Para isso, a escola deve
possibilitar as condições necessárias para que o aluno possa desenvolver um
posicionamento crítico sobre os fenômenos que o rodeiam (ARAÚJO; SOUSA; LEITE,
2017). Com o objetivo de tornar o ensino de Genética mais condizente com as diferentes
necessidades de aprendizado dos alunos observa-se, atualmente, a utilização de
metodologias alternativas na prática educativa, principalmente o uso de jogos didáticos no
processo de ensino e aprendizagem em Genética (FERREIRA; DARIO, 2013).
Devido aos grandes avanços tecnológicos e informativos no campo social e
educacional, os estudantes esperam que seus professores implementem metodologias
interativas que tornem o ensino de Biologia mais condizente com as suas necessidades de
aprendizagem. Os jogos atuam como instrumento pedagógico, pois aproxima o aluno do
conhecimento científico. Assim, a utilização dessa ferramenta coloca o aluno em uma
perspectiva de protagonista do processo de aprendizagem, construindo saberes científicos
por meio de uma atividade prazerosa em uma perspectiva lúdica (SOUZA, 2014).
A utilização de jogos é de grande importância para a formação dos estudantes.
Nesse sentido, o ensino de Biologia deve propiciar ao aluno a capacidade de compreender
conceitos, além de construir a habilidade de interpretá-los de uma forma crítica, podendo
aplicar esses conhecimentos no seu convívio diário (KRASILCHIK, 2016).
Logo, as metodologias alternativas em um contexto educacional despertam no aluno
a capacidade de construir sua autonomia durante esse estágio. Essas estratégias didáticas
têm como finalidade colocar o aluno em uma perspectiva central no processo de
aprendizagem através de atividades e ferramentas que contribuam para o pleno
desenvolvimento cognitivo (GEWEHR et al., 2016).
Assim, “O Caminho das Ervilhas” foi desenvolvida com o objetivo de auxiliar o
professor em sua prática pedagógica em conteúdos de Genética. São reportados na
literatura inúmeras dificuldades enfrentadas pelos alunos no ensino de Genética,
principalmente a carência de metodologias de ensino para trabalhar esses assuntos em
diferentes níveis de ensino. Além disso, essa metodologia tem a capacidade de ser
adaptada para outros conteúdos em diferentes áreas, sendo considerado fácil, prático e de
baixo custo. Portanto, o presente estudo teve como objetivo verificar o desempenho dos
alunos do Ensino Superior do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí
após a aplicação de um material didático, “O caminho das ervilhas”, para a construção da
aprendizagem.

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Metodologia

Caracterização do estudo

O estudo foi desenvolvido com 15 alunos do III módulo que cursavam a disciplina
Introdução à Genética do curso de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto Federal
de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí – IFPI, Campus Floriano. O Campus fica
situado em Floriano, Piauí (06° 46' 01” S, 43° 01' 22” O e altitude de 140 m) onde cursavam
a disciplina de Introdução à Genética. Buscou-se por meio da técnica de rapport conhecer
o lócus da investigação antes da execução da pesquisa (BARBOSA et al., 2007).
A pesquisa foi norteada por um estudo de campo, seguida por uma abordagem
qualitativa com enfoque descritivo. Segundo Fernandes et al. (2018), essa abordagem
busca entender as experiências e os significados dos eventos de cunho sociais vivenciados
pelos pesquisados. Logo após a utilização da técnica de rapport (BARBOSA et al., 2007),
identificou-se que os alunos possuíam dificuldades em conceitos e processos básicos
sobre Genética Mendeliana. A partir disso, foi desenvolvido uma proposta didática lúdica
por meio de um jogo didático-digital, chamado: “O Caminho das Ervilhas”.

Material didático-pedagógico

O Jogo foi composto por um dado com seis faces, um caminho confeccionado por
folhas de Etil Venil Acetano (EVA) formado por 28 placas com diferentes cores e numerado
de 1 à 28 (Figura 1A), e uma versão digital operacionalizada com o auxílio de um
computador (Figura 1B-H).

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Figura 1 - Apresentação das etapas que compõem o jogo “O Caminho das Ervilhas”
desenvolvido no PowerPoint versão® 2019.

A: caminho para a execução do jogo; B: tela inicial do jogo “O Caminho das Ervilhas”; C: painel
correspondente ao caminho físico; D: retângulos numerados de 1 a 28 contendo uma pergunta ou
surpresas; E: tela com as perguntas sobre os conteúdos de Genética; F: assertiva correta; G:
assertiva incorreta; H: dados de desenvolvimento do jogo.

O jogo foi constituído por uma ferramenta digital criada por meio da interatividade
disponibilizada pelo software PowerPoint versão 2019®. Esse material didático teve como
objetivo trabalhar de forma prática os principais conteúdos de Genética, principalmente
conceitos introdutórios sobre o processo de divisão celular, 1ª e 2ª Lei de Mendel,
Probabilidade, Sistema ABO, Fator RH e interação gênica. As perguntas utilizadas no jogo
foram elaboradas pelos autores deste artigo utilizando as seguintes bibliografias: Griffiths
et al. (2016) e Pierce et al. (2016). De forma geral, eram questões analíticas,
contextualizadas, além de haver perguntas que buscavam entender de forma oral o
entendimento sobre o tema. As questões subjetivas buscavam identificar os conhecimentos
dos alunos sobre os temas pesquisados. Após a resposta do aluno, realizou-se uma
discussão em turma pelos autores do artigo, havendo o espaço destinado para sanar as
dúvidas.
O jogo é composto em um design ilustrativo. No terceiro slide continha seis números
com cores variadas que corresponde a mesmas cores presentes no caminho físico (Figura
1C). O quarto slide foi formado por 28 retângulos numerados, podendo constar uma
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pergunta ou uma surpresa, atribuído o fator “sorte” ao jogo. Em seguida, a próxima página
corresponde a pergunta referente ao número escolhido pelo jogador. Por fim, existem dois
slides destinados a resolução das questões, podendo ser correta ou incorreta dependendo
da alternativa que o aluno clicar durante a execução do jogo. Vale ressaltar que essa
ferramenta contém diversos ícones que são responsáveis para que haja uma interatividade,
para isso, utilizou-se de hiperlinks com a tela inicial (Figura 1B).

Regras do jogo

Esse material lúdico pode ser jogado por duas pessoas ou por grupos, podendo ser
adaptado para qualquer área do conhecimento. Para iniciar o jogo, cada um dos
participantes lançou o dado uma única vez; iniciou aquele que tirou a maior pontuação. Por
conseguinte, o jogador-vencedor do primeiro lançamento jogará o dado para começar a
competição. O número de pontos mostrado na face do dado corresponderá a quantidade
de passos que o jogador poderá andar sobre o caminho, caso responda de forma correta a
pergunta proposta. Como, por exemplo, o participante lançou o dado para cima e caiu a
face 1, ou seja, corresponderá a cor verde claro no caminho.
Ele teve que escolher entre os 28 retângulos numerados mostrados na (Figura 1.D);
irá aparecer uma pergunta e o participante tinha 1 min. para respondê-la. Caso acerte,
andará o número de casas descritas no lançamento realizado. Logo após, passou a vez
para o próximo jogador. Vence o jogo aquele que conseguir chegar ao final da placa número
28 primeiro.

Coleta de dados

Aplicou-se um simulado contendo 50 questões fechadas que versavam sobre os


assuntos abordados nesse estudo. Após a resolução, aplicou-se um questionário reflexivo
que buscava identificar as percepções dos alunos sobre sua aprendizagem em Genética.
Além disso, objetivou-se conhecer as sugestões que os alunos podiam apresentar a fim de
melhorar o ensino de Genética, bem como identificar as possíveis contribuições
proporcionadas pelo jogo “O Caminho das Ervilhas”, no processo de ensino e
aprendizagem.

Análise dos dados

Os dados foram analisados e interpretados tendo como parâmetro os critérios


apresentados por Bardin (2011). Através dessa categorização, buscou-se conhecer a
importância do jogo para a construção da aprendizagem, clareza nos conceitos trabalhados
no jogo e qual o conteúdo melhor assimilado pelos alunos. Para preservar a identidade dos

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pesquisados, atribuiu-se letras numeradas para todos, como, por exemplo, (A= Alunos, A1,
A2, A3, ..., A15), seguindo a ordem que apresentavam no questionário.

Resultados e Discussão

A Genética é uma área que permeia várias áreas do conhecimento científico


(ARAÚJO et al., 2018). Por isso, buscou-se identificar se os alunos do III módulo do curso
de Ciências Biológicas do IFPI-Campus Floriano possuíam alguma dificuldade no processo
de aprendizagem em Genética. Evidenciou-se que a grande maioria apresentavam
dificuldades em aplicar os conhecimentos provenientes da Matemática em conteúdos de
Genética. A realização de cruzamentos entre as características e a capacidade de
interpretação dos problemas foi uma das dificuldades reportada por eles. Assim como, o
tipo de herança estudada, ou seja, o número de características trabalhadas por vez, sendo
um fator que dificultava no processo de aprendizagem (Figura 2).

Figura 2 - Dificuldades apresentadas pelos alunos do curso de Ciências Biológicas do


Instituto Federal do Piauí – IFPI, Campus Floriano na disciplina de Genética.

14

12
Alunos (fi)

10

0
Cruzamentos Falta de Matemática Dificuldades Divisão Falta de Não tenho Em branco'
genéticos base teórica em celular atenção dificuldades
interpretação
Dificuldades dos alunos

Fonte: dados da pesquisa.

Estes resultados corroboram com os encontrados por Sousa et al. (2016), no qual
identificaram que a maioria dos alunos possuíam dificuldades em aplicar a Matemática em
conteúdos de Genética, principalmente a probabilidade em cruzamentos genéticos. Os
autores ainda afirmaram que esse problema influenciava negativamente na aprendizagem
dos alunos nesse conteúdo, havendo algumas limitações em interpretação de questões,
devido a simbologia e a complexidade de determinados conteúdos, apontando como um
fator limitante da aprendizagem.

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Araújo et al. (2018), apontaram que esse conhecimento é importante para o
entendimento de conteúdos provenientes da Genética. Os autores avaliando o
conhecimento básico de genética de alunos da rede pública no interior do Piauí,
observaram certa dificuldade na resolução de cruzamento genéticos envolvendo mais de
duas características, por conta, principalmente da falta de conhecimento em Matemática.
Portanto, é necessário que o professor de Genética reoriente sua prática pedagógica,
avaliando a forma como alguns conteúdos serão abordados em sala de aula e quais as
estratégias serão empregadas para esse fim, desse modo, poderá construir uma
aprendizagem mais efetiva (SILVA; CABRAL; CASTRO, 2019).
Nesse sentido, os alunos apresentaram a hereditariedade, em sua maioria, como um
dos principais legados que a Genética deixou para a sociedade, principalmente os
processos que envolvem a transmissão de características ao longo das gerações. O
conhecimento das doenças genéticas foi outro aspecto mais apresentado por eles, no qual
está relacionada diretamente com a terapia genética, pois a partir dela é possível identificar
os genes defeituosos e buscar tratamento por meio da Genética médica. Por fim, a Genética
em uma perspectiva educacional foi evidenciada como forma de consolidação desses
legados (Figura 3).

Figura 3 - Concepções dos alunos de Licenciatura em Ciências Biológicas do Instituto


Federal do Piauí – IFPI, Campus Floriano sobre os legados da Genética para a
sociedade.

14
12
Alunos em (fi)

10
8
6
4
2
0
Hereditariedade Doenças Genética Transgenia Educação
genéticas médica

Legados da Genética

Fonte: dados da pesquisa.

A Genética tornou-se uma área do conhecimento de grande importância para a


sociedade, principalmente por trabalhar determinadas temáticas, como, por exemplo,
hereditariedade, herança genética, expressão gênica, mutações, clonagem, teste de DNA,
entre outros. Esses conhecimentos atuam diretamente na vida das pessoas, por ser uma

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área que está em constante movimento, ou seja, em decorrência das inúmeras pesquisas
e descobertas no âmbito científico (BERTOCCHI et al., 2016).
É de extrema importância buscar estratégias metodológicas para o ensino de
Genética, principalmente recursos didático-pedagógicos, que busquem facilitar o processo
educativo, e, com isso, melhorar o ensino na educação brasileira (SILVA; KALHIL, 2017).
A linguagem científica foi um dos problemas apresentados pelos estudantes no trabalho
desenvolvido por Cid e Cruz Neto (2005), sobre as dificuldades enfrentadas por alunos do
Ensino Médio no processo de ensino e aprendizagem em Genética.
A utilização de metodologias alternativas, como, por exemplo, o uso de jogos
didáticos no processo de aprendizagem pode ser uma ferramenta que o professor pode
utilizar na sala. O jogo, além de trabalhar a ludicidade, desenvolve várias competências e
habilidades, tais como: o trabalho em equipe, desenvolvimento do raciocínio lógico-
matemático, concentração, liderança, entre outros (BERTOCCHI et al., 2016).
Por conta disso, buscou-se saber as possíveis contribuições que a utilização do jogo-
didático propiciou na construção da aprendizagem em Genética. Observou-se que essa
metodologia contribuiu para a compreensão de conceitos, processos, correlação entre o
conhecimento teórico e prático, além do processo de interpretação de questões, foi uma
das principais dificuldades apresentadas por eles. Desse modo, grande parte dos alunos
consideram o jogo um mecanismo que auxilia no processo de fixação dos conteúdos,
contribuindo dessa forma com a prática pedagógica do educador:

“O jogo didático revisou alguns conteúdos trabalhados em sala de


aula. Além disso, pude compreender conceitos que não ficou bem
claro de forma dinâmica e interativa." (A3)

“Considero que o jogo foi muito bom, por meio dele pude relacionar
alguns conceitos com a prática, além de deixá-los mais claros.” (A07)

“O jogo ajuda bastante na fixação dos conteúdos, facilitando o


processo de ensino-aprendizagem em Genética." (A09)

“O jogo despertou a curiosidade sobre alguns temas trabalhados


durante a operacionalização, principalmente em saber mais sobre a
Genética." (A09)

“Ajudou a compreender mais a fundo o processo de divisão celular,


raciocínio lógico, e, principalmente como interpretar uma questão de
Genética." (A14)

Os alunos, em sua maioria, relataram que o jogo didático possibilitou um


esclarecimento maior de determinados conteúdos trabalhados em sala aula. Corroborando

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com esse resultado, Jesus, Neres e Dias (2014), observaram que o jogo didático
possibilitou aos alunos do Ensino Médio a capacidade de revisar conceitos e processos
ligados a Biologia, reafirmando a importância dos jogos didáticos no contexto educacional.
Por isso, Belmiro e Barros (2017), afirmam que o ensino de Genética enfrenta vários
desafios no processo de ensino. Assim, os autores reportam a necessidade de investigar
os conhecimentos prévios dos alunos antes da realização das atividades em sala de aula.
Essas concepções prévias possibilitam o planejamento de situações-problemas
favorecendo a construção do conhecimento científico.
Em um estudo similar utilizando um jogo didático-pedagógico no ensino de Biologia
com alunos do Ensino Médio em uma escola pública do Rio de Janeiro, Jann e Leite (2010),
observaram que após a aplicação do material didático, os alunos apresentaram-se
motivados e o emprego dessa metodologia contribuir para a construção do conhecimento
no conteúdo de ácidos nucleicos.
Muitos dos alunos relataram a importância do jogo na construção do raciocínio lógico
e sua aplicação na interpretação das questões. Por isso, Souza et al. (2016), enfatizam que
a utilização de jogos no ensino de Genética pode promover o contato direto com situação
problema. A partir disso, possibilita o desenvolvimento do raciocínio lógico-matemática,
além dos conteúdos e objetivos contemplados pelo jogo.
Tendo em vista as implicações e as possibilidades presentes no ensino de Genética,
assim como, a necessidade em mitigar problemas relacionados a prática pedagógica, torna-
se um desafio enfrentado por muitos professores na educação brasileira. Portanto, os
alunos apresentaram o jogo didático como uma alternativa prática, que pode facilitar o
processo de ensino e aprendizagem. Por isso, a inclusão de metodologias alternativas
podem potencializar a aprendizagem em conteúdos de Genética. Desse modo, a utilização
de jogos didáticos, torna-se a prática mais atrativa, havendo a capacidade de trabalhar os
conceitos e processos genéticos, tanto em um contexto qualitativo quanto quantitativo
(BRÃO; PEREIRA, 2015).
Logo após a aplicação do jogo, aplicou-se um simulado com os alunos, pois buscou-
se identificar o desempenho deles durante a resolução das questões. O simulado foi
construído seguindo um nível de dificuldades, desde questões mais fáceis até aquelas
consideradas mais difíceis. Logo após a execução do jogo, aplicou-se o simulado com as
questões propostas. Foi possível observar que os alunos obtiveram um resultado
satisfatório durante a resolução das questões. Foram em torno de 40 acertos nas questões
o que confirmou o bom desempenho na parte prática da Genética. Com relação aos erros
e as questões deixadas em branco foram consideradas um número baixo em comparação
as questões corretas (Figura 4).

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Figura 4 - Número de questões sobre Genética resolvidas pelos alunos de Licenciatura
em Ciências Biológicas do Instituto Federal do Piauí – IFPI, Campus Floriano.
50

40
Questões (fi)

30

20

10

0
Acertos Erros Em branco

Questões propostas aos alunos sobre Genética

Fonte: dados da pesquisa.

Com relação aos resultados encontrados, observou-se que os alunos demonstraram


um desempenho satisfatório nas questões. Dentre os conteúdos trabalhados, os alunos
acertaram mais questões que envolviam Ciclo Celular, Divisão Celular (Mitose e Meiose),
Leis de Mendel e Sistema ABO. Portanto, evidenciou-se por meio do alto índice de acertos
que o jogo se mostrou importante para o entendimento desses conteúdos. Com relação aos
erros, observou-se que as questões provenientes do conteúdo de interação gênica foram
mais reportados pelos alunos.
Em um estudo similar desenvolvido por Belmiro e Barro (2017) identificaram que os
estudantes tinham dificuldades na interpretação dos casos genéticos, problemas em
Matemática (fração, probabilidade e multiplicação). Além disso, observou-se que os alunos
resolviam as questões de forma mecânica, aplicando a regra do “e” ou “ou” durante a
resoluções de problemas sem real compreensão dos processos básicos.

Considerações Finais

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A Genética ao logo dos anos vem se tornando uma área do conhecimento presente
no dia a dia das pessoas, e o principais avanços fazem parte da vida da população. Com
relação a ensino de Genética, os alunos apresentaram a Matemática, aliada aos
cruzamentos genéticos e a dificuldade em interpretação como um dos principais fatores
que dificultam em seu aprendizado. Eles ressaltaram os legados deixados para a
sociedade, tais como: a forma com que as características hereditárias são transmitidas ao
longo das gerações, o sequenciamento do genoma humano que contribui dentro do campo
da engenharia genética com o objetivo de curar determinadas doenças deram subsídio para
uma maior difusão desse conhecimento científico.
O jogo “O Caminho das Ervilhas” propiciou aos alunos uma melhor assimilação dos
conteúdos. Nesse sentido, o jogo mostrou uma possibilidade para o ensino de forma geral,
pois apresenta o programa PowerPoint não como plataforma de apresentações, mas um
ambiente virtual disponível para criação de materiais educativos. Portanto, existe inúmeras
possibilidades no ensino de Genética, principalmente através de metodologias alternativas
como, por exemplo, a utilização de jogo-didático. Isso foi possível observar através das
falas dos alunos, além do alto índice de acertos nas questões desenvolvidas durante a
execução do jogo. Desse modo, a utilização dessa ferramenta alternativa no ensino de
Genética contribuiu de forma significativa para a compreensão dos assuntos abordados,
propiciando aos alunos uma melhor interação entre o conhecimento e a prática.

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