Partindo-se do pressuposto da dificuldade de se definir concretamente conceitos para
“instituição” é possível citar a etimologia da palavra que vem do latim: “instituere” com o sentido de “definir ou estabelecer”. Portanto, a princípio, é possível entende-la como um agrupamento de pessoas que se estabelecem mantendo vínculos pautados no princípio do estado civil ou social, logo, sua função seria a de estabelecer ligações entre atividades e meios sociais distintos, a funcionalidade das relações humanas e estabelecer um sistema de normas, todavia como foi exposto anteriormente, há um empasse em sua definição absoluta uma vez que podem ser analisadas dos pontos de vista políticos, econômicos e/ou sociais. Para uns pode ser, arte do legislador que estabelece leis e o reflexo delas na sociedade (parafraseando um trecho do livro: Dicionário de Sociologia do autor Raymond Boudon). Já para os seguidores de Émile Durkheim cujas características centrais da instituição consistem em padrões de comportamentos, sentimentos e pensamentos solidificados, externos, coercitivos e que geralmente, implicam em sanções. Devido aos movimentos de institucionalização, a incompatibilidade entre o sistema e os indivíduos, a formação de “contra-sociedades” e a generalização que permite a abrangência do termo para condutas públicas ou privadas definir com precisão um conceito definitivo torna-se uma tarefa complexa.