Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
NT 152 Celesc 2019
NT 152 Celesc 2019
001819/2019-00
Em 8 de agosto de 2019.
Processo: 48500.002113/2019-53
I - DO OBJETIVO
II - DOS FATOS
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência.
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. Em face do DSP 1.810/2018, a CELESC efetuou novo recurso, em carta recebida na Agência
em 28/08/20183, pleiteando “recálculo do componente financeiro para o repasse de ultrapassagem das
supridas referente à Cooperaliança em função do cumprimento de determinação da própria Agência
Reguladora para ressarcimento à CELESC D no próximo evento tarifário”.
6. Esse novo requerimento administrativo foi analisado pelo Diretor André Pepitone que
decidiu não conhecer do pedido e resultou na publicação do Despacho nº 2.122, de 1 de agosto de 20194.
1
SIC nº 48513.029180/2017-00
2
SIC nº 48581.001598/2018-00
3
SIC nº 48513.029827/2018-00
4
Publicado no Diário Oficial da União em 05/08/2019.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Desta forma, não há qualquer repercussão, no presente processo tarifário, relativa a recálculo do
componente financeiro para repasse de ultrapassagem de suprimento associado ao ano civil de 2016,
estando mantida a apuração considerada no IRT 2017.
9. Esses pleitos relativos ao cálculo do RTA de 2018 foram analisados pela SGT, resultando
como efeito no atual processo tarifário de 2019 um componente financeiro de -R$5.857,25, conforme
apresentado no item IV.6 desta Nota Técnica.
5
SIC nº 48513.029762/2018-00
6
SIC nº 48581.000948/2019-00
7
SIC nº 48581.000947/2019-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
17. O Reajuste Tarifário Anual – RTA da CELESC-DIS - Celesc Distribuição S.A. conduz a um
efeito médio nas tarifas a ser percebido pelos consumidores de -10,81%, sendo de -8,07%,
em média, para os consumidores conectados na Alta Tensão e de -12,45%, em média, para os
consumidores conectados na Baixa Tensão.
8
SIC nº 48536.002454/2019-00
9
SIC nº 48536.002611/2019-00
10
SIC nº 48580.001258/2019-00
11
SIC nº 48581.001695/2019-00
12
SIC nº 48513.022106/2019-00
13
SIC nº 48513.022105/2019-00
14
SIC nº 48581.001786/2019-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
(ii) da inclusão dos componentes financeiros apurados no atual reajuste tarifário para
compensação nos 12 meses subsequentes; e
19. Desse índice de reajuste tarifário, a variação dos custos de Parcela A contribuiu para o
efeito médio em -6,20% enquanto a variação de custos de Parcela B foi responsável por 0,86%, conforme
tabela seguinte:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. O gráfico 1 abaixo demonstra a participação dos itens das Parcelas A e B na composição da
nova Receita Anual da concessionária.
Custo de Encargos
Transmissão Setoriais
11,3% Receitas
18,9% Irrecuperáveis
0,5%
Custo de
Custo de Distribuição
Energia 20,7%
48,6%
Encargos Receitas
Custo de Setoriais;Irrecuperáveis;
Transmissão; 8,4% 14,2% 0,3%
Impostos;
ICMS;
25,3%
21,3%
Custo de
Energia; PIS/COFINS;
36,3% 4,0%
Custo de
Distribuição;
15,4%
Gráfico 2: Participação dos itens das Parcelas A e B na composição da Receita Anual
com tributos
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
B1 - Residencial 520,49
IGPM
459,85
IPCA 428,81 452,78
444,36 431,42
353,49
324,99 329,74
313,80
297,72 288,68
255,80
Reajuste Reajuste Reajuste Reajuste RTE Reajuste Reajuste RTE Reajuste Revisão Reajuste Reajuste Reajuste
2009 2010 2011 2012 2013 2013 2014 2015 2015 2016 2017 2018 2019
Gráfico 3: Evolução da tarifa Residencial B1 (2009-2019)
IV - DA ANÁLISE
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
25. No cálculo da Receita Anual inicial (RA0) da distribuidora nesse processo tarifário, foram
considerados os dados de mercado disponíveis no Sistema de Acompanhamento de Informações de
Mercado para Regulação Econômica – SAMP e as tarifas homologadas no processo tarifário anterior,
representando um faturamento anual de R$8.368.682.654,72, conforme demonstrado na Tabela a seguir.
IV.4. PARCELA A
26. Os valores dos encargos setoriais considerados neste reajuste tarifário, bem como os
dispositivos legais associados estão demonstrados na tabela abaixo:
27. O total dos encargos setoriais corresponde a uma variação no efeito médio de -6,90%.
Destaca-se o aumento do orçamento da CDE – USO, decorrente da homologação das cotas anuais da CDE
para 2019, conforme a REH nº 2.510, de 18 de dezembro de 2018, que contribuiu para um efeito médio
de 0,95% no presente processo tarifário. Contudo, em março/2019 terminou o recolhimento da CDE –
Energia (Decreto 7.891) e a retirada desse encargo da cobertura tarifária representa uma variação de -
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3,41%. Adicionalmente, a consideração da quitação antecipada dos empréstimos da Conta ACR que
implicará em obrigações de pagamento até setembro/2019 contribuiu com uma variação de -4,69% no
atual reajuste.
IV.4.2. Transmissão
28. Os valores dos encargos relacionados à transmissão de energia a serem considerados neste
reajuste tarifário estão demonstrados na tabela abaixo:
31. Além disso, as Receitas Anuais Permitidas das concessionárias de transmissão e as Tarifas
de Uso do Sistema de Transmissão foram aprovadas nas Resoluções Homologatórias
nº 2.562 e 2.565, ambas de junho de 2019.
32. Com referência ao acessante ArcelorMittal – Vega do Sul, cabe reportar que com a
finalidade de migração da correspondente conexão de consumidor da Celesc para a Rede Básica, a
distribuidora distratou o CCT e o correspondente CCD, a partir de 1º de agosto de 2019, conforme
documentação enviada à SGT em 2/8/2019 15.
15
SIC nº 48581.001775/2019-00 e 48581.001776/2019-00.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
33. Como a Celesc continuará tendo a despesa correspondente a esta conexão no período de
22 de agosto de 2019 até 21 de agosto de 2020, será mantida a cobertura tarifária no RTA de 2019, não
sendo alocada na estrutura tarifária a despesa para o consumidor ArcellorMittal, uma vez que já está
distratado o CCD.
34. No reajuste tarifário de 2020 quando for atualizado o encargo de conexão da CELESC com
a correspondente devolução do valor retroativo pago, o valor será considerado integralmente em
devolução para os consumidores.
35. A tabela abaixo apresenta os valores de perdas utilizados no atual reajuste tarifário da
CELESC.
36. A Tabela a seguir demonstra os requisitos de energia elétrica da CELESC para atendimento
ao seu mercado de referência apurado, obtidos pela soma das perdas regulatórias com o mercado de
venda da concessionária.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
39. A Tabela e o gráfico abaixo demonstram a variação dos montantes e do custo com compra
de energia em relação ao processo anterior.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
40. Para a CELESC, os percentuais e valores de receitas irrecuperáveis considerados, por classe
de consumo, estão descritos na tabela abaixo:
IV.5. PARCELA B
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
43. Destaca-se que os valores da Parcela B foram corrigidos pelo IPCA, cuja variação para o
período de referência foi de 3,22%. A atualização da Parcela B representou 0,86% na composição do efeito
médio, refletindo a variação acumulada do IPCA no período de referência, descontada do Fator X, além
do abatimento dos valores relativos às Outras Receitas (OR), Excedente de Reativos (ER) e Ultrapassagem
de Demanda (UD).
45. Em relação aos componentes financeiros apurados, para compensação nos 12 meses
subsequentes, esses contribuíram com o efeito de 0,04% no atual reajuste da CELESC. Destaca-se a CVA
em Processamento – Energia, com efeito de 8,82% em decorrência dos custos associados ao risco
hidrológico dos contratos de Cotas de Garantia Física (CCGF) e a usina
de Itaipu.
46. Os pleitos relativos ao cálculo do RTA de 2018 citados no parágrafo 8 foram analisados pela SGT,
resultando como efeito, no atual processo tarifário de 2019, em componente financeiro de -R$5.857,25, que está
incluso no montante do item de repasse de ultrapassagem de supridas/permissionárias de energia.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
49. Essa sistemática foi reiterada na Nota Técnica nº 261/2015-SGT/ANEEL17, que subsidiou a
análise do recurso interposto pela CELESC contra o RTA de 2015 e no processo de revisão tarifária de
2016, conforme Nota Técnica nº 258/2016-SGT/ANEEL18, extratos abaixo.
“Já para os componentes financeiros de CDE estabelecidos na RTE, a reversão não foi
realizada nesse processo tarifário, pois, amparada por uma decisão judicial que suspendeu
a exigibilidade das parcelas da CDE, desde março de 2015 a CELESC não efetua os
pagamentos desse encargo. E como a CVA CDE e a Reversão do Financeiro da RTE estão
concatenadas, a reversão será realizada no primeiro processo tarifário em que forem
considerados na CVA os pagamentos correspondentes.” (ref.: Nota Técnica nº 261/2015-
SGT/ANEEL).
16
SIC nº 48581.001495/2015-00
17
SIC nº 48581.001995/2015-00
18
SIC nº 48581.002419/2016-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
“Dessa forma, está sendo revertido o valor de –R$ 55.467.946,33, devidamente atualizado
pela SELIC, referente à receita faturada nas competências maio/15 a agosto/15 proveniente
do componente financeiro de Compra de Energia estabelecido na RTE. Já para os
componentes financeiros de CDE estabelecidos na RTE, a reversão não será realizada nesse
processo tarifário, pois, conforme já mencionado, desde março de 2015 a CELESC não
efetua os pagamentos da cota de CDE. E como a CVA CDE e a Reversão do Financeiro da
RTE estão concatenadas, a reversão será realizada no primeiro processo tarifário em que
forem considerados na CVA os pagamentos correspondentes. (ref.: Nota Técnica nº
258/2016-SGT/ANEEL, destaque nosso)
50. Desse modo, com a proximidade de acordo e a consideração dos efeitos da CDE na CVA, é
entendimento da SGT que esse financeiro deve ser revertido a favor do consumidor no atual processo
tarifário.
51. Os valores históricos apurados na RTP de 2016 devem ser atualizados pela SELIC, de acordo
com o Submódulo 4.4.A – Demais Componentes Financeiros, resultando no valor de -R$812 milhões
indicado na Tabela 14.
52. Destaca-se que o Anexo II desta Nota Técnica contém o relatório de apuração do Saldo da
CVA em Processamento e dos Resultados do Mercado de Curto Prazo considerados neste processo
tarifário.
53. Ressalta-se que o financeiro de previsão para o Risco Hidrológico para os próximos 12
meses, nos termos do PRORET 4.4A, aumentou consideravelmente em relação à previsão concedida no
processo tarifário de 2018, em razão da previsão de GSF informada pela CCEE, de 85,6%, ter sinalizado
um cenário hidrológico mais severo do que aquele previsto no processo tarifário de 2018.
54. Dentre os componentes financeiros apurados, aqueles relacionados aos itens de custos
cobertos pela receita das Bandeiras Tarifárias podem ser visualizados na tabela abaixo, juntamente com
a respectiva receita de Bandeiras obtida no período e a Previsão do Risco Hidrológico concedida no
processo anterior.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
55. Pela tabela, pode-se observar que a distribuidora teria de suportar o custo de
R$ 550 milhões, caso não tivessem sido adotadas: a) as bandeiras tarifárias (receita de R$ 425 milhões e
b) a incorporação na tarifa, no processo de 2018, da previsão dos riscos hidrológicos das usinas cotistas,
repactuadas e Itaipu, conforme metodologia descrita no Submódulo 4.4/4.4A do PRORET (receita de
R$231 milhões). Com a adoção das duas medidas, observa-se que não houve déficit da distribuidora
relativo aos custos cobertos pela sistemática de bandeiras tarifárias.
56. Ademais, é importante destacar que a receita proveniente da aplicação dos adicionais das
bandeiras tarifárias amarela e vermelha e dos repasses da conta bandeiras no período contribuiu para
que a tarifa da CELESC não sofresse aumento adicional médio de 5,09%.
57. A tabela abaixo apresenta o valor mensal a ser repassado pela CCEE à distribuidora no
período de competência de agosto/2019 a julho/2020, até o 10º dia útil do mês subsequente. Esse valor
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
contempla também o ajuste referente à diferença entre os valores previstos e realizados no período de
agosto/2018 a julho/2019.
Tabela 16: Valores dos subsídios que serão repassados pela CCEE
TIPO Ajuste (R$) Previsão (R$) Valor Mensal (R$)
Subsídio Carga Fonte Incentivada 758.225,85 17.046.572,58 17.804.798,43
Subsídio Geração Fonte Incentivada 44.271,78 1.330.910,90 1.375.182,68
Subsídio Distribuição 4.275.556,50 17.938.732,89 22.214.289,39
Subsídio Água, Esgoto e Saneamento 31.098,51 1.435.968,84 1.467.067,36
Subsídio Rural - 2.256.812,19 10.865.293,56 8.608.481,36
Subsídio Irrigante/Aquicultor 6.141,09 151.366,30 157.507,39
Total 2.858.481,55 48.768.845,07 51.627.326,62
VI - DO FUNDAMENTO LEGAL
VII - DA CONCLUSÃO
59. Com base na legislação vigente, no Contrato de Concessão nº 056/1999, no que consta do
Processo nº 48500.002113/2019-53 e nas informações contidas nesta Nota Técnica, opina-se:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
VIII - DA RECOMENDAÇÃO
De acordo:
(Assinado digitalmente)
DAVI ANTUNES LIMA
Superintendente de Gestão Tarifária
(*) Relação de participantes da SGT na elaboração desta Nota Técnica consta de tabela na página seguinte
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Equipe Atividade
André Valter Feil Coordenador Adjunto - Processos Tarifários
Ricardo Martins Técnico Responsável
Francisco de Mattos Faé
Marcelo Hlebetz de Souza
Robson Kuhn Yatsu Coordenador - Estrutura Tarifária e Mercado
Diego Luis Brancher Técnico Responsável - Estrutura Tarifária
Marco Aurélio Silva dos Santos Suporte - SAMP
Jorge Caetano Pereira Júnior Suporte - Sistemas
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
I. OBJETIVO
2. A metodologia aplicada ao cálculo deste Reajuste Tarifário Anual – RTA está descrita nos
Procedimentos de Regulação Tarifária (PRORET) 19 , os quais têm caráter normativo e consolidam a
regulamentação acerca dos processos tarifários. Os cálculos realizados correspondem ao fiel
cumprimento das disposições estabelecidas no Contrato de Concessão da concessionária e na legislação
setorial vigente.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5.5
Taxa de fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica – TFSEE 1.1 31/05/2016
5.6
Pesquisa e Desenvolvimento – P&D e eficiência Energética – EE 1.1 23/10/2018
Módulo 6 – Demais Procedimentos
6.1 Limites de Repasses de Compras de Energia 1.0 28/03/2016
6.2 Itaipu 1.0 01/06/2017
6.3 Encargos de conexão A1 1.0 18/04/2012
6.7 Centrais de Geração Angra 1 e 2 2.0 03/07/2017
6.8 Bandeiras Tarifárias 1.7 27/05/2019
Módulo 10 - Ordem e Condições de Realização dos processos Tarifários e Requisitos de Informações e
Obrigações
10.2 Reajustes tarifários de Distribuidoras e Permissionárias 1.2 23/03/2015
6. A Parcela A é a parcela da receita que contempla os custos referentes aos seguintes itens:
(i) Encargos Setoriais; (ii) Energia Elétrica Comprada; (iii) Custos de Conexão e de Uso das Instalações de
Transmissão e/ou Distribuição de Energia Elétrica; e (iv) Receitas Irrecuperáveis.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
𝑅𝑅 = 𝑉𝑃𝐴 + 𝑉𝑃𝐵
onde:
RR: Receita Requerida;
VPA: Valor da Parcela A considerando as condições vigentes na data do reajuste em processamento e o
Mercado de Referência, podendo contemplar ajustes e previsões, conforme regulação da ANEEL e legislação
setorial;
VPB: Valor resultante da aplicação da tarifa correspondente aos itens que compõem a Parcela B, vigente na
Data de Referência Anterior, ao Mercado de Referência, atualizado pela diferença entre o Índice de Variação
da Inflação (IVI) e o Fator X;
IVI: número índice obtido pela divisão dos índices do IPCA, do IBGE, ou do índice que vier a sucedê-lo, do
mês anterior à data do reajuste em processamento e o índice considerado no último reposicionamento
tarifário;
Fator X: Nos processos de revisão tarifária ordinária serão estabelecidos os valores ou a forma de cálculo
do Fator X, com o objetivo de repassar aos usuários ganhos de produtividade observados no setor de
distribuição de energia elétrica e resultados decorrentes de mecanismos de incentivos, que poderão
contemplar estímulos à melhora na qualidade do serviço e à eficiência energética, conforme regulação da
ANEEL.
Data de Referência Anterior: Data do último reposicionamento tarifário;
Mercado de Referência: composto pelos montantes de energia elétrica e de demanda de potência faturados
no Período de Referência; e
Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou revisão tarifária
periódica em processamento, quando for o caso.
9. A aludida Cláusula Sexta do citado termo aditivo estabelece que nos reajustes e revisões
tarifários ordinários a ANEEL garantirá a neutralidade aos itens da Parcela A, a ser considerada nos ajustes
da receita da distribuidora, consideradas as diferenças mensais apuradas entre os valores faturados de
cada item no Período de Referência e os respectivos valores contemplados no reposicionamento tarifário
anterior, devidamente remuneradas com base no mesmo índice utilizado na apuração do saldo da Conta
de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A – CVA.
10. O período de referência para o reajuste anual corresponde ao ciclo de doze meses, entre o
mês do processo tarifário anterior e o mês anterior ao atual processo de reajuste.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
11. No cálculo da Receita Anual inicial (RA0) da distribuidora devem ser considerados os dados
de mercado disponíveis no Sistema de Acompanhamento de Informações de Mercado para Regulação
Econômica – SAMP e as tarifas homologadas no processo tarifário anterior.
12. A Parcela A é composta pela soma dos seguintes componentes: (i) Encargos Setoriais; (ii)
Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição; (iii) Custo de aquisição de energia
elétrica e geração própria e (iv) Receitas Irrecuperáveis.
14. Os encargos setoriais, oriundos de políticas de governo para o setor elétrico, possuem
finalidades específicas e são definidos em legislação própria. Seus valores são estabelecidos pela ANEEL e
não representam ganhos de receita para a concessionária. Os encargos considerados nos processos
tarifários são:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
• prover recursos para compensar descontos tarifários aplicados nas tarifas de uso dos
sistemas elétricos de distribuição e nas tarifas de energia elétrica (regulamentado pelo
Decreto nº. 7.891, de 23/1/2013), e
• prover recursos para compensar o efeito da não adesão à prorrogação de concessões
de geração de energia elétrica, assegurando o equilíbrio da redução das tarifas das
concessionárias de distribuição;
15. A cobertura tarifária referente ao encargo de CDE considerado neste processo tarifário
incorpora os seguintes valores:
a) quota anual de CDE Uso.Essa cota é paga por todos os agentes que atendem
consumidores finais cativos e livres no Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante
encargo tarifário incluído nas tarifas de uso dos sistemas de distribuição e transmissão
de energia elétrica. Essa quota é destinada ao custeio dos objetivos da CDE, previstos
em seu orçamento anual, definido pelo Poder Executivo, conforme previsto nos §§ 2º
e 3º do art. 13 da Lei nº 10.438, de 2002, com redação dada pela Lei nº 12.783, de
2013.
b) quota anual da CDE – ENERGIA (Art. 4º-A do Dec. 7.891/2013). Essa cota é paga por
todos as concessionárias de distribuição que atendem consumidores finais cativos no
Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante encargo tarifário incluído nas tarifas
energia elétrica.
Refere-se à devolução de parcela dos recursos da CDE recebidos pelas distribuidoras
no período de janeiro de 2013 a fevereiro de 2014, nos termos do Art. 4º-A do Dec.
7.891/2013. Os recursos foram destinados à cobertura do resultado positivo da Conta
de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A - CVA decorrente do
custo de aquisição de energia elétrica, devendo os consumidores recompor a Conta
em até 5 anos, com atualização dos valores pela variação do IPCA, mediante encargo
a ser incluído nas tarifas de energia elétrica, definido na proporção dos recursos
recebidos pela distribuidora.
c) quota anual da CDE – ENERGIA (CONTA – ACR) (Art. 4º-C do Dec. 7.891/2013). Essa
cota é paga por todos as concessionárias de distribuição que atendem consumidores
finais cativos no Sistema Interligado Nacional - SIN, mediante encargo tarifário incluído
nas tarifas energia elétrica.
Essa quota é destinada à quitação das operações de crédito contratadas pela Câmara
de Comercialização de Energia Elétrica – CCEE na gestão da Conta no Ambiente de
Contratação Regulada – CONTA-ACR, em atendimento ao Decreto nº 8.222, de
01/4/2014, e nos termos na Resolução Normativa nº 612, de 16/4/2014.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
ii) Taxa de Fiscalização de Serviços de Energia Elétrica – TFSEE. Instituída pela Lei nº
9.427, de 26/12/1996 e alterada pela Lei n° 12.783/2013, de 11/01/2013, destina-se à cobertura do
custeio das atividades da ANEEL e tem sua metodologia de cálculo detalhada no Submódulo 5.5 do
PRORET;
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
III.3.2. Custo com conexão e uso dos sistemas de transmissão e/ou distribuição
16. Os custos com transmissão de energia elétrica, desde as usinas até as redes de distribuição
da concessionária, são compostos por: Rede Básica (Sistêmica e Fronteira), DIT Compartilhada e de uso
exclusivo, Transporte de Itaipu, Uso da Rede Básica pela usina de Itaipu e Uso de Sistemas de Distribuição.
18. Os Custos de Rede Básica referem-se aos valores pagos pelas concessionárias de
distribuição às Transmissoras, conforme Contrato de Uso do Sistema de Transmissão – CUST celebrado
com o ONS, para acesso à rede de transmissão do sistema interligado. São calculados pelo ONS, com base
nos valores de demanda de potência multiplicados por tarifa estabelecida pela ANEEL. Essa tarifa depende
da receita anual permitida para as concessionárias de transmissão (RAP) para cobrir os custos decorrentes
da atividade de transmissão. A ANEEL fixa a Tarifa de Uso do Sistema de Transmissão (TUST) nas formas
de TUSTRB, relativa ao uso de instalações da Rede Básica, e TUSTFR, referente ao uso de instalações de
fronteira com a Rede Básica. As distribuidoras quotistas de Itaipu pagam também a parcela atribuída à
geradora Itaipu Binacional pelo Uso da Rede Básica (MUST Itaipu), de forma proporcional às suas quotas-
partes.
19. Para o cálculo dos encargos de Rede Básica Nodal e Fronteira, os MUSTs (Montantes de
Uso do Sistema de Transmissão) são obtidos no CUST - Contrato de Uso do Sistema de Transmissão,
celebrado entre o ONS, as concessionárias de transmissão e a distribuidora, disponibilizado no SACT –
Sistema de Acompanhamento dos Contratos de Transmissão, e aplicadas as tarifas vigentes.
20. O Custo de Conexão refere-se ao uso exclusivo, pelas distribuidoras, das Demais
Instalações de Transmissão (DIT) não integrantes da rede básica e pertencentes às transmissoras, para
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
conexão às instalações da rede básica de transmissão. Os valores desse custo são estabelecidos pela
ANEEL e têm reajuste anual concatenado com a data de reajuste das tarifas de fornecimento das
distribuidoras de energia elétrica.
21. Cabe esclarecer que a Receita Anual da Conexão de uso exclusivo referente às Demais
Instalações de Transmissão (DIT) presente na Resolução Homologatória do processo tarifário da
distribuidora pode diferir do custo de conexão repassado às tarifas e considerado na DRP.
22. A situação descrita acima pode ocorrer, pois de acordo com o que consta no § 12 do artigo
7º e § 3º do artigo 7º-A da Resolução Normativa nº 67/2004 e § 6º do artigo 4º-A da Resolução Normativa
nº 68/2004, os encargos de conexão associados às novas instalações de transmissão de uso exclusivo,
apesar de serem devidos pela distribuidora a partir da data de entrada em operação comercial dessas
instalações, só poderão ser considerados no cálculo da tarifa dos consumidores finais da concessionária
ou permissionária de distribuição a partir da respectiva prestação de serviço, sem efeitos retroativos.
23. Caso haja instalações de transmissão de uso exclusivo da distribuidora, autorizados com
RAP prévia e que entraram em operação comercial durante o Período de Referência, considera-se
adicionalmente para fins de cobertura tarifária dos custos associados a essas instalações, o período
compreendido entre a data de conexão da distribuidora na nova instalação e a data de aniversário da
concessionária de distribuição.
25. O Custo relativo ao Uso de Sistemas de Distribuição refere-se aos valores pagos pelas
concessionárias de distribuição a outras Distribuidoras, conforme Contrato de Uso do Sistema de
Distribuição – CUSD celebrado entre as partes, para acesso à rede de distribuição daquelas. A despesa é
calculada com base nos valores de demanda de potência, observando a Contratação Eficiente (montante
faturado contido no intervalo de 100% até 110% do MUSD contratado), multiplicados por tarifa
estabelecida pela ANEEL em resolução da distribuidora acessada.
26. O cálculo dos custos de aquisição de energia obedece aos critérios estabelecidos no
contrato de concessão e nas normas setoriais, em especial à Lei nº 10.848/2004 e ao Decreto nº
5.163/2004.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
28. Além disso, é considerado no cálculo o procedimento aprovado pelo Despacho nº 4.225,
de 10/12/2013, que estabelece que o custo de aquisição de energia seja obtido pela multiplicação da
energia requerida, líquida da energia do PROINFA, pela tarifa média dos contratos de compra de energia
vigentes na data da revisão.
• Contratos Bilaterais: são contratos de livre negociação entre os agentes, firmados antes da
publicação da Lei nº 10.848/2004; os contratos firmados para o atendimento do Sistema
Isolado antes da Medida Provisória nº 466, de 29/07/2009, e aqueles firmados por meio
de licitação realizada na modalidade de concorrência ou Contratos Bilaterais as
contratações de energia de Geração Distribuída decorrente da desverticalização, conforme
dispõe a Lei n.º 10.848, de 2004 e os contratos oriundos de licitação pública realizada por
agentes de distribuição com mercado inferior a 500 GWh/ano e contratos firmados entre
concessionária com mercado inferior a 500 GWh/ano e seu agente supridor.
• Leilões de Ajuste: são contratos realizados de acordo com o art. 26 do Decreto n° 5.163, de
2004, em decorrência de leilões específicos realizados pela ANEEL, direta ou
indiretamente, para contratações de ajuste pelas distribuidoras, com prazo de suprimento
de até dois anos, para fins de possibilitar a complementação do montante de energia
elétrica necessário para o atendimento à totalidade de suas cargas.
• Cotas de Angra I e II: refere-se à energia comercializada pelas centrais geradoras Angra I e
Angra II com as concessionárias de distribuição de energia elétrica no Sistema Interligado
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Nacional – SIN adquirentes das suas respectivas cotas-partes; conforme disposto no art. 11
Lei nº 12.111, de 9/12/2009;
30. Com a finalidade de calcular o montante de energia que deve ser repassado às tarifas dos
consumidores, a ANEEL determina o nível máximo de perdas (na distribuição – técnicas e não técnicas e
na Rede Básica) a ser admitido em função do mercado atendido pela distribuidora. A energia requerida é
definida como sendo o volume de energia elétrica e potência adquirida para o atendimento dos
consumidores cativos e das outras concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica
no período de referência, acrescido das perdas definidas pela ANEEL.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
31. São denominadas perdas na distribuição o somatório de perdas técnicas e não técnicas
dissipadas no sistema de distribuição de uma concessionária de energia. As perdas técnicas representam
o montante de energia elétrica dissipada no sistema de distribuição decorrente dos processos de
transporte, transformação de tensão e medição de energia elétrica; já as perdas não técnicas são aquelas
apuradas pela diferença entre as perdas totais na distribuição e as perdas técnicas, considerando,
portanto, todas as demais perdas, tais como fraude e furtos de energia, erros de medição, erros no
processo de faturamento, unidades consumidoras sem equipamento de medição, dentre outros.
32. Já as perdas na Rede Básica são definidas como aquelas externas à rede de distribuição da
concessionária, representando a energia dissipada no sistema de transmissão e nas Demais Instalações
de Transmissão de uso compartilhado em decorrência dos processos de transporte, transformação de
tensão e medição de energia elétrica20.
33. As perdas regulatórias na distribuição são definidas a cada revisão tarifária, enquanto as
perdas na Rede Básica são estimadas, todos os anos, em cada processo tarifário, utilizando-se os valores
contabilizados nos últimos 12 meses e informados pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica –
CCEE, aí incluindo-se as perdas das DIT de uso compartilhado.
34. O artigo 36 do Decreto n° 5.163, de 30/7/2004, estabelece que a ANEEL autorize o repasse
dos custos de aquisição de energia elétrica previstos nos contratos de que tratam os artigos 15, 27 e 32
do mesmo Decreto, pelos agentes de distribuição às tarifas de seus consumidores finais, assegurando a
neutralidade no repasse dos custos de aquisição de energia elétrica.
35. O cálculo dos valores econômicos para a compra de energia na DRP obedece aos critérios
estabelecidos no contrato de concessão e nas normas setoriais, em especial a Lei nº 10.848/2004 e o
Decreto nº 5.163/2004.
36. Para o cálculo da despesa com energia elétrica comprada para revenda, elabora-se o
Balanço Energético da concessionária, que apura as sobras ou déficits 21 considerando o período de
referência em questão.
20
De acordo com o § 2° do art. 8° da Resolução Normativa nº. 67, de 8/6/2004, com redação alterada pela Resolução Normativa
nº. 210, de 13/2/2006, as perdas provenientes das DIT de uso compartilhado deverão ser atribuídas a cada acessante da
referida instalação.
21
As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia contratada e de energia requerida, ambos
relativos ao período de referência.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
37. As sobras ou déficits são calculados a partir da diferença entre os totais de energia
contratada e de energia requerida, ambos relativos ao período de referência. A energia contratada
disponível corresponde ao somatório de CCEAR’s, Contratos de Leilão de Ajuste, Contratos Bilaterais,
Geração Própria, cotas de energia de Itaipu, do Proinfa, de Angra I e II, e das Usinas com Contratos
Renovados, e Contratos de Suprimento.
𝑅𝑅 +𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠+𝑅𝑒𝑐𝑒𝑖𝑡𝑎 𝑑𝑒 𝐵𝑎𝑛𝑑𝑒𝑖𝑟𝑎𝑠
𝑉𝑅𝐼 = × {∑𝐶 (𝜌𝑐 × 𝑅𝐼𝑐 )}
(1−𝐼𝐶𝑀𝑆−𝑃𝐼𝑆−𝐶𝑂𝐹𝐼𝑁𝑆)
Onde:
𝑉𝑅𝐼 : valor a ser considerado de receitas irrecuperáveis;
𝑅𝑅: receita requerida (Parcela A + Parcela B), sem incluir os valores correspondentes à RI;
𝐹𝑖𝑛𝑎𝑛𝑐𝑒𝑖𝑟𝑜𝑠 : Componentes Financeiros das Tarifas de Distribuição, conforme definidos no PRORET
submódulo 4;
Receita de Bandeiras: receita faturada de bandeira tarifária nos últimos 12 meses;
𝜌𝑐 : participação da classe de consumo C na receita total verificada no ano teste;
𝑅𝐼𝑐 : percentual de receitas irrecuperáveis regulatórias, relativo à classe C, do grupo ao qual pertence à
empresa.
40. O cômputo da Parcela B é efetuado conforme o Submódulo 3.1A do PRORET que estabelece
que o Valor da Parcela “B”, considerando-se as condições vigentes e o Mercado de Referência, (VPB0).
Dessa forma, o valor final de aplicação da Parcela “B” na Data do Reajuste em Processamento (VPB1) são
calculados da seguinte forma:
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Onde:
VPB0i: Valor da Parcela B, considerando as tarifas de aplicação vigentes e o mercado de referência;
TUSD fio B Vigente: Valor vigente econômico correspondente ao componente tarifário do Fio B;
Mercado Ref: Mercado de referência composto pelos montantes de energia elétrica e de demanda de
potência faturados no Período de Referência;
Período de Referência: 12 (doze) meses anteriores ao mês do reajuste tarifário anual ou revisão tarifária
periódica em processamento, quando for o caso;
VPB1i :Valor da Parcela B econômico na data do reajuste em processamento;
Fator 𝑷𝒃 𝒊−𝟏 : Fator de recomposição da Parcela B integral, que retira os valores de Receita Irrecuperável e
inclui os valores de OR, UD e ER da Receita Fio B que foram contemplados no processo tarifário anterior,
ORDR1: Valores de Outras Receitas apurados no período de referência, atualizados conforme o Submódulo
2.7A; e
UD, ERDR1: Valores de Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos, apurados entre a Data
Referência de Alteração Contratual e DR1, atualizados conforme o Submódulo 2.1ª.
41. Portanto, são necessários ajustes na Receia Fio B (VPB0), de modo a retirar os efeitos da
presença do componente Receitas Irrecuperáveis (RI) na Parcela B e isolar os efeitos das parcelas
correspondentes a Outras Receitas (OR), Ultrapassagem de Demanda (UD) e Excedente de Reativos (ER),
que são apurados considerando o que for efetivamente realizado.
42. Assim, para fazer os ajustes relacionados acima na Receita Fio B (VPB0), aplica-se o Fator
Pb i−1, definido como:
Onde,
VPBRi-1: Valor da Parcela B de aplicação, calculada no último processo tarifário; e
OR, UD, ERi-1: Valores de Outras receitas, Ultrapassagem de Demanda e Excedente de Reativos, apurados
no último processo tarifário.
43. O Fator X22 é estabelecido no momento da Revisão Tarifária Periódica, conforme consta na
Cláusula Sexta do Contrato de Concessão, e tem por objetivo principal garantir que o equilíbrio entre
receitas e despesas eficientes se mantenha ao longo do ciclo tarifário. Para atingir essa finalidade, o Fator
X é composto por três componentes, conforme fórmula abaixo:
22
Para maiores detalhamentos do Fator X consultar Submódulo 2.5 do PRORET.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Fator X = Pd + Q + T
onde:
Pd = Ganhos de produtividade da atividade de distribuição;
Q = Qualidade do serviço; e
T = Trajetória de custos operacionais.
46. Por fim, o valor da componente Q é resultado da qualidade dos serviços técnicos e
comerciais prestados por cada distribuidora aos seus consumidores. Seu cálculo leva em conta a variação
de sete indicadores e o atendimento aos padrões de qualidade estabelecidos pela ANEEL.
47. Os componentes tarifários financeiros não fazem parte da base tarifária econômica e se
referem a valores a serem pagos ou recebidos pelos consumidores em cada período de 12 meses
subsequentes aos reajustes ou revisões tarifárias, em função de obrigação legais e regulamentares
impostas às distribuidoras. Descrições detalhadas e formas de cálculo encontram-se nos Submódulos 4.1,
4.2A, 4.3 e 4.4A do PRORET23.
23
Maiores detalhes a respeito dos componentes financeiros constam dos Submódulos 4.1 a 4.4 do PRORET em
http://www.aneel.gov.br/procedimentos-de-regulacao-tarifaria-proret
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
• Os valores da CVA do 5º dia útil anterior à data do reajuste tarifário anual são atualizados
pela Selic24.
• Em observância ao Submódulo 4.2A e 6.8 do PRORET, na apuração da CVA ENERGIA e na
CVAESS/ERR, é efetuada a reversão da receita decorrente da aplicação dos adicionais das
24Em conformidade com os §§ 2° e 3° do Art. 3° da Portaria Interministerial MF/MME n° 25, de 24 de janeiro de 2002, e os §§ 1° e 2º do Art.
6° da Resolução n° 89, de 18 de fevereiro de 2002, os valores das CVA até o 5º (quinto) dia útil anterior à data do reajuste tarifário são
atualizados pela aplicação da menor taxa obtida na comparação entre a taxa média ajustada dos financiamentos diários apurados no Sistema
Especial de Liquidação e de Custódia - SELIC para títulos públicos federais e a projeção de variação indicada no mercado futuro da taxa
média de depósitos interfinanceiros negociados na Bolsa de Mercadorias e Futuros para o prazo de 12 meses, ambos referentes aos 30 dias
anteriores à data do reajuste.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
49. Os adicionais de bandeiras tarifárias são definidos pela ANEEL anualmente conforme
previsão das variações relativas aos custos de geração por fonte termelétrica e à exposição aos preços de
liquidação no mercado de curto prazo que afetem os agentes de distribuição de energia elétrica
conectados ao Sistema Interligado Nacional – SIN.
50. Os recursos provenientes da aplicação das bandeiras tarifárias pelas distribuidoras são
revertidos à Conta Centralizadora dos Recursos de Bandeiras Tarifárias – Conta Bandeiras, a qual foi criada
pelo Decreto nº 8.401/2015 e regulamentada por meio do Submódulo 6.8 do PRORET.
25 http://www2.aneel.gov.br/cedoc/aren2016703_Proret_Submod_4_3_V0.pdf
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
51. Uma vez arrecadados na Conta Bandeiras, os recursos são repassados às distribuidoras,
considerando os custos efetivamente realizados de geração por fonte termelétrica e de exposição aos
preços de liquidação no mercado de curto prazo e a respectiva cobertura tarifária vigente.
53. Nos termos do inciso VII do artigo 13º da Lei nº 10.438/2002, e conforme dispõe o Decreto
nº 7.891/2013, a CDE, além de suas demais finalidades, deve custear descontos incidentes sobre as tarifas
aplicáveis aos: geradores e consumidores de fonte incentivada; serviço de irrigação e aquicultura em
horário especial; serviço público de água esgoto e saneamento; distribuidoras com mercado próprio
inferior a 500 GWh/ano; classe rural; subclasse cooperativa de eletrificação rural e; serviço público de
irrigação.
55. Desde meados de 2015, uma grande quantidade de agentes do setor elétrico vem
ajuizando ações judiciais com o objetivo de desobrigá-los do pagamento de parcelas consideradas
controversas no orçamento anual da CDE.
56. Com o aumento substancial de processos judiciais contestando o encargo da CDE, visando
uma simplificação operacional benéfica tanto para a ANEEL quanto para as distribuidoras , a Diretoria da
ANEEL decidiu por meio da Resolução Homologatória nº 2.083/201626, de 14 de junho de 2016, publicar
as tarifas com os efeitos das liminares e a lista de consumidores beneficiados, de tal forma que as
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
distribuidoras realizem o faturamento do encargo da CDE considerando as novas tarifas publicadas, com
vigência da decisão judicial até quando perdurar os seus efeitos.
57. Ou seja, as distribuidoras recolherão mensalmente à CCEE, atual gestora da Conta CDE, as
cotas da CDE fixadas pela ANEEL descontado o efeito mensal das liminares, relativos à mesma
competência, e observando a diferenciação entre CDE – USO e CDE – ENERGIA, dando ciência à CCEE
sobre as glosas realizadas.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
1. O saldo da CVA consiste no resultado da apuração das variações dos valores dos itens da
Parcela A (encargos setoriais, transporte e compra de energia) que ocorrem no período entre os eventos
tarifários, sendo calculado conforme os procedimentos definidos no Submódulo 4.2 A do PRORET27. No
reajuste tarifário em processamento, foram obtidos os seguintes resultados:
27
Conforme definido no Submódulo 4.2 do PRORET, o saldo da CVA é apurado pela aplicação dos Método 1, 2 e 3. Pela
aplicação do Método 1, é apurada a diferença entre a cobertura concedida em reais e os custos realizados. Já pelo Método 2,
é apurada a diferença entre o preço praticado e a tarifa média de cobertura concedida no processo tarifário. Já pelo Método
3, são repassados os custos cuja a cobertura tarifária já foi retirada pelo Método 1 ou 2.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Destaca-se que as bandeiras tarifárias contribuíram com 5,09% de redução no reajuste das
tarifas.
5. A seguir serão detalhados a apuração do saldo da CVA cujos impactos foram significativos
no processo tarifário e/ou pontos específicos da CVA em questão.
CDE
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
9. Nesse sentido, a partir de julho de 2017 a Celesc já vem repassando ao fundo da CDE o
parcelamento dos pagamentos de CDE Uso e CDE Decreto. Assim, a SFF/ANEEL fiscalizou os pagamentos
que ocorreram até junho de 2019, referentes as competências de março de 2015 a setembro de 2016
(CDE Uso) e de março de 2015 a dezembro de 2016 (CDE Decreto), restando assim os pagamentos até
maio de 2017.
10. Destaca-se aqui a sentença proferida pela terceira vara cível de Brasília em 07 de agosto de
2017, a qual decidiu:
11. Desta forma, os deltas entre pagamento e cobertura foram apurados nas datas de
pagamentos originais, como se adimplente estivesse para que não houvesse a aplicação de penalidade à
Celesc. Além disso, foram incluídos os pagamentos para o restante do período até maio de 2017,
finalizando assim a apuração do saldo da CVA para esse período. Por fim, ressalta-se que foram
desconsiderados multas e juros, sendo observado somente o valor do pagamento da cota definido em
resolução.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
12. As tabelas a seguir apresentam os valores apurados para o saldo da CVA CDE entre março
de 2015 a maio de 2017.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
13. Para fins de repasse tarifário, tais valores foram incluídos no saldo da CVA CDE apurado
para o período de julho de 2018 a junho de 2019.
ESS/EER
14. Na apuração do saldo da CVA ESS/EER são considerados os acrônimos TAJ_AR (Alívio
Retroativo), RES_EXCD_ER (Excedente da CONER), e VL_E_DESC (Custos decorrentes da operação de
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
usinas termelétricas despachadas por ordem de mérito, que se enquadram na situação onde
PLD<CVU≤CMO), por estarem associados aos custos de ESS e EER. A tabela a seguir apresenta o
detalhamento dos custos apurados pela CCEE para o período da CVA.
15. Para fins de monitoramento, foi comparada a cobertura tarifária concedida no processo
tarifário, segregada por ESS e EER, com os pagamentos realizados. Os resultados estão apresentados nos
Gráficos II.2. II.3 e Tabela II.3.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
R$15
Milhões
R$10
R$5
R$0
-R$5
-R$10
-R$15
-R$20
-R$25
-R$30
R$20
Milhões
R$15
R$10
R$5
R$0
-R$5
-R$10
-R$15
-R$20
-R$25
-R$30
-R$35
Tabela II.5 – Comparativo dos valores totais de cobertura e pagamento de ESS e EER
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Compra de Energia
16. A tabela a seguir apresenta a participação dos tipos de contratos no portfólio de compra
de energia da distribuidora.
17. O gráfico a seguir apresenta a formação do saldo da CVA Energia apurada pela aplicação
do Método 2. As barras representam o comparativo entre a tarifa média de cobertura tarifária concedida
e o preço realizado (sem os efeitos dos custos apurados pelo Método 3). Já a área em cinza representa o
saldo acumulado da CVA Energia ao longo do período de apuração. Milhões
240 150
228
225 100
220
211 211 211 211 211 211 211 211 211 50
198 197 -
200 194
190 190 190 191 189
(50)
181 180
180 175 172 (100)
171
167
(150)
160
(200)
(250)
140
(300)
120 (350)
mai-18 jun-18 jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov-18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19
Saldo Acumulado Preço Médio Tarifa de Cobertura
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. A Tabela II.7 apresenta os custos de compra de energia apurados por meio do Método 3,
cujos valores são liquidados na CCEE. Já a Tabela II.8 apresenta os deltas, dos itens da Energia apurados
pelo Método 3, decorrentes das recontabilizações da CCEE.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
20. O gráfico a seguir apresenta o comparativo entre o preço médio dos contratos de compra
de energia, por modalidade, considerando os custos apurados por meio dos Métodos 2 e 3, e a cobertura
tarifária econômica concedida.
21. O impacto da CVA Energia no índice de reajuste de 8,82% pode ser segregado para cada
tipo de contrato, observando a respectiva cobertura concedida no processo tarifários e alocação da
receita de bandeiras destinada para a cobertura dos custos do Efeito Disponibilidade dos CCEAR-D, Risco
Hidrológico de Itaipu, Risco Hidrológico de CCGF e Risco Hidrológico das Usinas Repactuadas, conforme
custos apurados no âmbito da Conta Bandeiras. Os resultados estão detalhados no gráfico a seguir.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Gráfico II.6 – Impacto da CVA Energia no processo tarifário por modalidade de compra de energia
Tabela II.9 – Impacto da CVA Energia no processo tarifário por modalidade de compra de energia,
segregado em Método 2 e 3
Item Impacto
Diferença entre preço realizado e tarifa de cobertura 1,11%
CCEAR-Q/MCSD 0,08%
MCSD EN -0,14%
CCEN 0,12%
Itaipu 0,93%
Bilateral -0,01%
CCGF 0,13%
Método 3 7,72%
Efeito Disponibilidade CCEN -0,29%
Risco Hidrológico e CCEAR-D* 5,80%
Demais Custos 2,21%
Total 8,82%
* Efeito conjungado do Método 2 e 3 para o CCEAR-D
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
c. Dos demais custos considerados por meio do Método 3, 2,41% refere-se ao impacto da
diferença de preços entre submercados.
Glosa de Energia
25. Tendo em vista que a distribuidora apresentou, para o período em questão, uma carga real
superior à energia requerida regulatória, houve aplicação do ajuste da glosa de energia.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
• O resultado das compras e vendas de energia no mercado de curto prazo para a distribuidora entre
01/06/2018 e 01/05/2019, com base em dados fornecidos pela CCEE, foi calculado em R$ -
113.885.847,82 a preços de agosto/2019.
• Para o ano civil de 2018: Sobrecontratação de energia de 338.237,21 MWh, que representa 1,86%
do Mercado Regulatório. Por estar dentro do limite de 5% do Mercado Regulatório definido no
Decreto nº 5.163/2004, não há ajuste a ser realizado no respectivo repasse do resultado do
mercado de curto prazo.
• Destaca-se que os resultados do Repasse de Sobrecontratação de Energia e Exposição ao Mercado
de Curto Prazo serão recalculados a cada processo tarifário, a partir do ano civil de 2015, limitado
a um período de 5 anos, com a finalidade de considerar recontabilizações de carga, contratos e
PLD percebido, informadas pela CCEE. Neste processo, o resultado financeiro decorrente das
recontabilizações da CCEE totalizou R$ 233.138,81.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2.500
2.000
1.500
GWh
1.000
500
0
jul-18 ago-18 set-18 out-18 nov-18 dez-18 jan-19 fev-19 mar-19 abr-19 mai-19
29. O Gráfico a seguir apresenta o comparativo entre o Preço Médio dos Contratos de Compra
de Energia e o valor do PLD percebido pela distribuidora, bem como o resultado financeiro no mercado
de curto prazo28 dado a diferença entre esses preços e a posição contratual da distribuidora, descrita no
gráfico anterior.
10 600
R$ MILHÕES
R$/MWH
5 500
R$ 4,5 R$ 5,7
R$ 3,6 R$ 1,7
0
-R$ 2,8 -R$ 4,3 400
-R$ 7,0
-5
-R$ 13,1 300
-10 -R$ 19,6 -R$ 19,2
-R$ 22,3
200
-15
-20 100
-25 0
jul/18 ago/18 set/18 out/18 nov/18 dez/18 jan/19 fev/19 mar/19 abr/19 mai/19
28
Embora o procedimento de apuração do resultado financeiro do MCP, para fins de repasse tarifário, seja obtido com base
na diferença entre PLD e tarifa média de cobertura (uma vez que a CVA já captura o efeito da diferença entre preço e tarifa
média), o custo ou receita decorrente das compras e vendas no MCP se dá pela diferença entre o PLD e o Preço Médio dos
contratos (Pmix).
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Conta Bandeira
30. Por fim, para o monitoramento da adequabilidade das coberturas concedidas para os
custos de CCEAR-D e os riscos hidrológicos de CCGF, Itaipu e Usinas Repactuadas, deve-se observar as
previsões de risco hidrológico consideradas no processo tarifário como componente financeiro. Também
devem ser considerados os saldos positivos nas rubricas “Resultado MCP” e “ESS” da Conta Bandeira, pois
pela sistemática de apuração dos repasses da conta, resultados positivos desses itens de custos são
considerados como cobertura para os custos de CCEAR-D e risco hidrológico. Desta forma, a tabela a
seguir apresenta o resultado dessa comparação.
Tabela II.11 – Impacto dos custos de CCEAR-D e do Risco Hidrológico após o desconto da previsão de
risco hidrológico considerada no processo tarifários e de saldos positivos na Conta Bandeira
Itens Impacto
I - Impacto na CVA* 5,80%
Risco Hidrológico de CCGF 1,10%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas 2,21%
Risco Hidrológico de Itaipu 1,78%
CCEAR-D (RRV + Efeito disponibilidade) 0,71%
II - Reversão da Previsão de Risco Hidrológico -2,77%
Risco Hidrológico de CCGF -0,72%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas -1,26%
Risco Hidrológico de Itaipu -0,79%
III - Receitas de MCP e ESS -4,31%
Resultado MCP -R$113.652.709,02
ESS + CONER -R$247.000.367,83
V - Custos não cobertos pela bandeira e previsão (I + II + III) -1,28%
Risco Hidrológico de CCGF -0,16%
Risco Hidrológico de Usinas Repactuadas -0,40%
Risco Hidrológico de Itaipu -0,41%
CCEAR-D (RRV + Efeito disponibilidade) -0,30%
* Já descontada as receitas da Conta Bandeira
31. Pode-se concluir, que após o desconto da previsão de risco hidrológico considerada no
processo tarifários e de saldos positivos do resultado de MCP e ESS (ESS + CONER) na Conta Bandeira, os
custos de CCEAR-D e risco hidrológico de CCGF, Itaipu e Usinas Repactuadas foram completamente
cobertos, pois o impacto foi de -1,28%.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
32. Nesse sentido, a tabela a seguir apresenta o impacto de cada modalidade contratual, já
descontada a reversão da previsão do risco hidrológico e da alocação das receitas de MCP e ESS/CONER,
chegando a um percentual líquido de 3,02%29.
33. Cabe aqui ressalvar que o resultado do MCP considerado para fins de apuração dos
impactos de CCEAR-D e Risco Hidrológico não contempla o limite de repasse da sobrecontratação, de
forma que parte desse resultado poderá ser repassado à distribuidora quando homologado o limite de
sobrecontratação involuntária para o período. Para o período de junho de 2018 a maio de 2019, o nível
de contratação apurado em relação à carga real foi de 2,34%.
CVA 2018
29
A receita de MCP e ESS é limitada até cobrir os custos de CCEAR-D e do Risco Hidrológico de CCGF, Itaipu e Usinas
Repactuadas.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
• Correção dos valores de julho e agosto de 2017 relativos ao ponto Foz de Chapecó,
glosados na CVA Rede Básica.
36. Já o custo do ponto de Foz de Chapecó de junho e agosto de 2017 foi corrigido de acordo
com anexo 2 do ONS, conforme tabela a seguir:
37. Por fim, a alteração do MW de Rede Básica de julho de 2017 foi analisada e considerada
não pertinente. Isto porque no reajuste tarifário de 2017 foi dada a cobertura para o ponto de Foz de
Chapecó para o mês de julho de 2017, no valor de R$ 702.835,38, de forma equivocada pois o ponto não
havia sido conectado pela distribuidora. Dada a cobertura tarifária concedida no reajuste, a CVA deve
observar exatamente os valores considerados para que os processos sejam harmônicos entre si.
38. Em termos práticos, ao considerar na CVA a cobertura tarifária para o ponto Foz de
Chapecó, dada de forma equivocada para o mês de julho de 2017, e ao glosar os respectivos custos
incorridos para o pagamento desse ponto, a CVA de forma corrige a cobertura tarifária.
40. Os efeitos das correções aqui mencionadas serão tratados na CVA Saldo a Compensar de
2019.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
III.1 Análise de Pleitos para o Cálculo do Reajuste Tarifário Anual de 2019 da Celesc
1. Conforme já descrito nesta Nota Técnica, tópico II - Fatos, a Celesc apresentou pedido de
reconsideração face à Resolução Homologatória nº 2.286/2017, que homologou o Reajuste Tarifário de
2017 da distribuidora. Após resultado daquele pedido, conforme Despacho nº 1.810/2018, que lhe negou
provimento, a Celesc entrou com novo pleito, desta feita em face do citado despacho. Com a decisão da
ANEEL conforme Despacho nº 2.122, de 1º de agosto de 201930 , não há nenhuma repercussão no cômputo
do atual processo tarifário.
5. Nos itens a seguir, são apresentadas análises dos pleitos da Celesc de maior destaque e/ou
específicos, visto que os demais guardam compatibilidade com os procedimentos previstos nos
Submódulos do PRORET correlacionados ao cálculo de processos de reajuste tarifário das concessionárias,
sendo, portanto, já considerados no cálculo tarifário efetuado pela SGT.
30
Publicado no Diário Oficial da União em 05/08/2019.
31
SIC nº 48581.001695/2019-00
32
SIC nº 48513.022106/2019-00
33
SIC nº 48513.022105/2019-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
10. No reajuste tarifário de 2020 quando for atualizado o encargo de conexão da CELESC com
a correspondente devolução do valor retroativo pago, o valor será considerado integralmente em
devolução para os consumidores.
III.3 Excedente de Consumo de Energia de agentes supridos com mercado inferior a 500GW/ano
Que a CVA CDE para o período entre as competências março de 2015 a maio de 2017, bem como o
financeiro de RTE CDE do ano de 2015 sejam tratados no reajuste tarifário de 2019 de forma concatenada
e considerados como de mesma natureza e finalidade;
34
SIC nº 48581.001775/2019-00 e 48581.001776/2019-00.
35
SIC nº 48513.022106/2019-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Que para o cálculo da CVA CDE os pagamentos sejam considerados em suas datas de vencimento
original, resultando na aplicação da Taxa SELIC sobre o delta já a partir de suas competências originais, já
que as determinações judiciais suspenderam os pagamentos e indeferiram o pedido de depósito em juízo.”
13. A SGT considera pertinente o pleito apresentado, tendo em vista sobretudo que,
relativamente aos pagamentos em questão, a distribuidora não foi declarada inadimplente com suas
obrigações intrassetoriais, o que possibilitou o reajuste de seus níveis de tarifas nos processos tarifários
desde 2016, haja vista o disposto no art. 10 da Lei n° 8.631, de 04/03/1993, com redação dada pela Lei n°
10.848, de 15/03/2004. O detalhamento de análise desse pleito se encontra nos parágrafos de 6 a 13 do
Anexo II desta Nota Técnica.
III.6 Diferimento da aplicação dos efeitos de impactos tarifários decorrentes de exposição contratual
de 2014
16. Por meio de correspondência dirigida ao diretor relator do processo de reajuste tarifário
da Celesc, datada de 26/07/201937, a distribuidora “requer o diferimento do efeito financeiro da exposição
contratual de 2014 com reflexo em cinco processos tarifários anuais subsequentes, a contar a partir do
Reajuste Tarifário de 2019”.
36
SIC nº 48581.001706/2019-00
37
SIC nº 48513.022105/2019-00
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
18. A SGT registra que não tem autonomia para definir procedimento de reajuste tarifário de
concessionárias de distribuição considerando o diferimento de valores no cálculo tarifário. Assim, nesta
nota técnica não está considerado atendimento do pleito relacionado aquele diferimento.
* A Nota Técnica é um documento emitido pelas Unidades Organizacionais e destina-se a subsidiar as decisões da Agência
__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________