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O Achado do Fotógrafo

Um conto ambientado no mundo Stone Ridge


Charlie Richards

Conto

Coby Myers encostou-se no balcão. O filme que precisava


estava pendurado na parede atrás dele, mas não se importou em
esperar. Isso deu tempo para estudar o jovem humano mostrando
sua câmera para Paul, o atendente atrás do balcão.
O homem loiro cheirava absolutamente delicioso.
E também cheirava chateado.
Como um lobo shifter, seu sentido de olfato era muito mais
agudo do que o de um humano. Sabia quando alguém estava
mentindo, quando estavam felizes ou até mesmo excitados. Um
shifter também reconhecia seu companheiro predestinado pelo
cheiro, e esse humano era dele.
Coby fez o melhor que pôde para ignorar seu pau duro e se
concentrar no loiro fofo. Tinha uma necessidade instintiva de
agradar seu companheiro, a única pessoa que era a outra metade
da sua alma. Escutou sua conversa, querendo descobrir como fazer
exatamente isso.
—Tem certeza que não pode consertar hoje? — Perguntou o
jovem. —Posso pagar um extra.
—Sinto muito, senhor. — Respondeu Paul. Como cliente
regular da loja, Coby sabia que o olhar de desculpas do atendente
era sincero. —Infelizmente, não é sobre dinheiro. Nosso técnico de
reparos já está reservado hoje. O mais cedo que poderíamos ter
essa lente arrumada seria quarta-feira.
—Droga. — O loiro olhou miseravelmente para a câmera no
balcão. —Realmente esperava poder usá-la no quarto escuro.
Passando o olhar sobre a câmera danificada, Coby a
reconheceu como uma Nikon mais velha. Parecia ter uma lente
rachada. Se perguntou por que o humano não substituiu a câmera
antiga.
Observou o loiro passar a ponta dos dedos sobre a câmera
quase amorosamente e percebeu que devia ter um valor
sentimental. Custaria mais consertar do que... espera! Inclinando-
se mais perto, avistou um selo danificado, fazendo a lente torta e
parecer estar rachada.
—Com licença. — Murmurou, chamando tanto a atenção do
humano quanto a de Paul. —Não pude deixar de ouvir. — Olhou
para os olhos azuis do seu companheiro, esperava que pudesse
descobrir uma maneira de aliviar a cautela neles. —Acho que posso
ajudar. Conserto a maioria das minhas próprias câmeras, e esta
tem uma caixa danificada. Tenho certeza que tenho uma que
caberia em casa... se não se importar em fazer um passeio. — Deu
de ombros enquanto oferecia um sorriso depreciativo. —Realmente
não tenho planos hoje. Poderia fazer isso.
—Por que, uh, por que faria isso por mim?
Coby apreciou a franqueza do jovem, então decidiu dizer a
verdade, um pouco. Inclinando-se mais perto, baixou a voz quando
ele ronronou;
—Porque acho que você é sexy, e quero saber mais sobre
você. — Ofereceu sua mão. —Sou Coby Myers.
Como se estivesse no piloto automático, o humano pegou a
sua mão. Seus olhos arregalados tinham escurecido para uma
nuvem de tempestade azul. Seu cheiro de choque misturado com
sua excitação perfumava o ar.
Hum!
— Sou Richard Steele. Rick.
Coby esfregou o polegar nas costas da mão de Rick,
provocando o que sabia ser pele sensível.
—Muito prazer em conhecê-lo, Rick. — Sorriu para seu
companheiro, sabendo que seus olhos aqueciam. —Então o que
diz? Está disposto a dar um salto de fé em um completo estranho
que é muito direto sobre o que quer?
A língua de Rick passou por seu lábio inferior, traindo seus
nervos. Olhou para o atendente da loja, depois para a câmera,
depois para as mãos ainda entrelaçadas. O pomo de Adão dele
balançou quando obviamente se esforçou para se decidir.
—Coby vem aqui muito. — Paul forneceu, obviamente
tentando ser útil. —Compra muito filme e vi algumas de suas fotos.
É um ótimo fotógrafo. E dono do seu próprio negócio. — Sorriu
largamente quando acrescentou; —Além disso, ele é gostoso. Se
fosse gay, o faria totalmente.
Coby soltou uma risada quando piscou para Paul.
— Desculpe, cara. — Apertou onde segurava a mão de Rick.
—Sou comprometido.
O rosto de Rick virou um tom atraente de rosa.
—Claro. — Finalmente respondeu. —Acho. Onde você
mora?
—Stone Ridge. Vim para Colin City para um tipo específico
de filme. — Explicou Coby, vendo a expressão surpresa de Rick.
Apontou para o que queria. —Dois rolos, Paul.
Paul pegou o que Coby queria, colocando-o no balcão.
—E algum filme para a câmera de Rick. — Coby instruiu,
apertando a mão do seu companheiro uma vez antes de finalmente
liberá-lo. —Tenho certeza que acabará precisando, afinal.
Rick pareceu um pouco chocado quando Coby assumiu o
controle, pagando pelos dois filmes e recusando o dinheiro do
humano.
—Você pode pagar pelos próximos filmes. — Coby disse
quando guardou seu troco. —Você tem um carro? Me seguirá?
Colocando a câmera de volta no estojo, Rick respondeu;
—Sim, tenho um carro. Vou segui-lo.
—Excelente. — Coby pegou a sacola plástica contendo seus
bens e descansou a outra mão na parte inferior das costas de Rick.
Esfregou o polegar sobre a espinha de Rick suavemente enquanto o
guiava em direção à porta.
Disse por cima do ombro;
—Vejo-o na próxima vez, Paul.
Paul riu.
—Tenha um ótimo quatro de julho, pessoal!
Coby sorriu feliz enquanto guiava seu companheiro para
fora. Avistou um velho hatchback verde que não reconheceu e
apontou para ele.
—Seu?
—Sim.
Assim que chegaram ao veículo, Coby deslizou a mão das
costas de Rick até a nuca. Notou o rosto corado do humano e
sentiu sua incerteza. Inclinando-se para baixo entre a altura de seu
próprio 1,98 dos 1,60 de Rick, deu um beijo em sua bochecha.
—Não acontecerá nada que você não queira. — Coby
prometeu. Seguiu dando a Rick um olhar aquecido, passando seu
olhar sobre sua forma magra apreciativamente. —Mas isso não
significa que não tentarei mudar sua ideia.
Coby recuou e caminhou ao seu próprio veículo.
—Apenas me siga.

Apenas me siga.
—Deus, por que estou seguindo esse cara?
Rick não tinha ideia do que havia acontecido com ele.
Nunca fez nada tão estúpido em sua vida. Inferno, nunca teve que
sair do armário. Sua família o que o assumiu. A primeira vez que
sua mãe apontou um menino fofo, Rick quase caiu em estado de
choque.
Escutou as histórias de horror sobre estupro nos clubes,
então nunca deixou sua bebida desacompanhada. Recebeu a
sermões sobre DSTs, então sempre usou preservativo. Até contou a
mais de um amigo para onde estava indo e com quem quando ia a
um encontro.
Então, por que diabos estou seguindo esse absoluto
estranho? Especialmente quando minha família está fora da cidade
em uma reunião de família, não podia pagar e a maioria dos meus
amigos está em um cruzeiro... que também não podia pagar. Devo
estar louco!
Ainda assim, não se virou. Havia apenas algo sobre o
bonito Coby de cabelos escuros que o fez quebrar todas as suas
regras. Além disso, seria bom transar. Já fazia muito tempo desde
que teve um pau em sua bunda. Ter cuidado definitivamente
estragou sua vida sexual, mesmo que isso o mantivesse seguro.
Coby tinha sido muito sincero sobre o querer também.
Não foi?
Ou está apenas me levando para um local isolado para
acabar comigo?
Espere, ele me beijou, no entanto.
Fazendo caretas, Rick desligou seus pensamentos, ligou o
rádio e apenas dirigiu. Isso, pelo menos, ajudou-o a ignorar seu
pau latejante. Achou Coby muito sexy, com seu cabelo castanho
desgrenhado na altura dos ombros. O homem tinha antebraços
densamente musculosos com uma camada de cabelo castanho
escuro que queria acariciar. Quando Coby esfregou o polegar
calejado na parte de trás da sua mão, arrepios surgiram, fazendo o
cabelo do seu braço ficar em pé e seu pau se contorcer.
Não conseguia lembrar de responder dessa maneira.
E é por isso que estou seguindo-o.
Afastando-se e nunca sabendo, sempre pensando e se, não
valesse a pena jogar o jogo seguro. Não nisso. Pela primeira vez,
precisava saber mais do que precisava se proteger.
Para surpresa e alívio de Rick, Coby fez exatamente o que
prometera. Dirigiu para a cidade de Stone Ridge. Estacionou em
uma pequena área atrás de uma loja, que por acaso era uma
galeria. Rick parou seu pequeno hatchback ao lado da pick-up mais
velha do homem.
Saiu do carro, olhando ao redor da área. Havia árvores e
grama além do pequeno trecho de asfalto. Podia ver casas à
distância.
— Rick?
Virando-se para encarar Coby, observou a maneira como a
camiseta do homem grande se esticava sobre seus braços. Coby
cruzou os braços, acentuando o músculo, e Rick quase engoliu a
língua. Queria tanto esfregar as mãos sobre eles.
Bem, porque não?
Foi até Coby. Ergueu as mãos, hesitou por um instante,
depois as descansou nos antebraços do homem maior. Esfregando
as palmas das mãos sobre a pele, olhou para ele através dos cílios.
—Você me convidou aqui para sexo, certo?
Os lábios carnudos de Coby se curvaram em um largo
sorriso.
—Oh, sim. — Ele rosnou, descruzando os braços e
estendendo a mão. Ao contrário dele, não hesitou quando passou
os braços ao seu redor. Tomando o último passo para fechar a
distância entre eles, Coby esfregou as palmas das mãos sobre as
costas de Rick e apertou os peitos juntos.
—Realmente tenho toda a intenção de seduzi-lo. —
Oferecendo um sorriso caloroso, perguntou; —Quer que eu
conserte sua câmera antes ou depois que isso acontecer?
Quase quebrando, Rick admitiu;
—Já faz um tempo, e estou duro como uma rocha. —
Empurrou seus quadris, procurando por pressão em seu pau.
Sentindo a dureza de Coby respondendo, engasgou. O pau atrás do
tecido era... enorme! —Deus, isso me faz fácil?
—Seremos fáceis juntos. — Coby rosnou, seus olhos
castanhos escurecendo com luxúria. —Pegue sua câmera. —
Ordenou. Abaixando uma mão, a trouxe ao redor do corpo de Rick
e segurou seu pau, apertando-o. —Então venha para casa comigo,
então posso chupar esse pau duro que sinto.
Rick gemeu. Seu corpo se contraiu instintivamente,
procurando mais atrito. Coby deu a ele, massageando-o através de
seu jeans. Estremecendo, torceu os dedos na camiseta do seu
amante, lutando para ganhar o controle de si mesmo.
Coby não estava facilitando.
Quando as bolas de Rick rolaram, ele assobiou. Ofegante,
pressionou a testa contra o grosso peitoral de Coby.
—Pare. — Choramingou. —Meu Deus. Você precisa parar.
—Só por um instante. — Coby sussurrou em seu ouvido
com voz rouca. —Vou levá-lo para dentro da minha casa, deitar
você na superfície plana mais próxima e sugar essa beleza.
Rick gemeu baixinho, tremendo no aperto de Coby.
—Sim por favor.
Nada parecia mais fantástico.
Coby rosnou baixinho enquanto se afastava dele. Rick
gemeu, seu pau pulsando com o estímulo. Para o seu choque, o
homem maior se inclinou para frente, passou os braços ao redor
dele e o levantou por cima do ombro. A respiração de Rick o deixou
em um whoosh.
—Vamos pegar a câmera mais tarde. — Coby rosnou.
Boquiaberto, observou o chão, então as escadas, passavam
debaixo dele. Não sabia o que mais o surpreendia, que Coby não
teve problemas para carregá-lo até as escadas, ou que seu pau
vazou com cada salto contra o ombro do homem.
Não deveria amolecer com o tratamento?
Em vez disso, seu sangue esquentou em seu sistema.
Coby chegou ao topo, abriu a porta e levou-o para dentro.
Ouvindo uma pancada, Rick prestou pouca atenção a isso, e logo
depois se viu esparramado em uma mesa. Coby olhou para ele, um
sorriso feroz nos lábios e luxúria escurecendo seus olhos quase
negros. O homem rapidamente abriu o zíper de Rick, liberando seu
pau.
Rick mal teve tempo de suspirar ao sentir o ar frio acariciar
seu comprimento latejante. Segundos depois, expeliu o mesmo ar
em um gemido profundo quando Coby engoliu seu pau quase até a
raiz. Rugindo, resistiu contra o aperto de Coby enquanto calor e
pressão úmidos e requintados cercavam seu pau.
Suas bolas rolaram quando seu orgasmo ameaçou
consumi-lo.
—C-Coby!

Coby gemeu com a sensação e o gosto do pau de Rick em


sua língua. Cantarolou seu prazer, engolindo o pré-sêmen do seu
companheiro. Segurando as bolas do seu humano, as rolou
suavemente, pedindo mais dos gritos inebriantes de Rick.
Nunca poderia ter imaginado uma resposta como essa. Se
divertiu, lambendo e provocando a pele sensível do pau e das bolas
de Rick. Fazendo cócegas na pele enrugada sob elas, esfregando a
veia pulsante ao longo do comprimento e passando a língua pela
cabeça inchada, aproximou seu humano do orgasmo.
Quando brincou com as pontas dos dedos por trás das
bolas de Rick, seu companheiro uivou e estremeceu. E encontrou-
se com a boca cheia de sêmen. Engolindo o líquido do seu
companheiro, tirou a metade do pau de Rick da boca e se preparou
para o próximo jato. Provou o gosto ligeiramente amargo em sua
língua, apreciando o sabor do seu amante.
Gemeu ao redor do seu pau, seu próprio pênis se
contorcendo e latejando. Moveu a mão nas bolas de Rick, para que
pudesse pressionar a palma da mão na base do seu pau, mas era
tarde demais. Os testículos de Coby se enrolaram e apertaram, e
fez algo que não fez em mais de um século.
Grunhindo, inundou seus jeans de esperma.
Deslizando a mão sob a camiseta de Rick, acariciou a
barriga lisa do seu humano e seu peito esbelto enquanto flutuava
em ondas inebriantes de felicidade. Só conseguiu se lembrar de
engolir quando Rick encheu sua boca com mais algumas explosões
de esperma. Quando seu amante parou de atirar, tirou a boca de
seu pau, em seguida, limpou a boca e o queixo com as costas da
mão.
Cantarolando, Coby lambeu os lábios de prazer. Olhou para
o corpo de Rick, sabendo que deveria ter levado as coisas um
pouco mais devagar, mas ter seu companheiro gozando sobre ele
assim... só droga. Perdeu qualquer esperança de controle.
Continuando a esfregar o torso de Rick com uma mão,
moveu a outra para o quadril e massageava suavemente sua carne.
A presunção inundou-o ao ver a expressão do seu ser humano. O
peito de Rick arfava e suas bochechas eram de um tom agradável
de rosa.
—Deuses, você é impressionante. — Coby murmurou
asperamente. Seu próprio pênis realmente se contraiu por trás do
seu ziper, pedindo para mover a festa para o quarto para outra
rodada. —Tão lindo em sua paixão.
Droga. Não amoleci nem um pouco.
Exceto, que Rick finalmente encontrou seu olhar com uma
expressão fechada. O cheiro de vergonha encheu o ar, aliviando a
necessidade de Coby. Limpando a garganta, Rick apoiou-se nos
cotovelos. Olhou ao redor da sala, suas bochechas rosadas.
—Uh, não posso acreditar que fiz isso. — Rick murmurou.
Finalmente encontrando seu olhar quando admitiu; —Normalmente
não faço, uh, isso. — Levantou uma mão e acenou entre eles. —
Normalmente sou um cara muito cuidadoso. Deveria ter usado
camisinha quando você me chupou.
Coby sorriu largamente. Imenso prazer encheu-o que a
atração para acasalar afetou tanto seu humano. Suas palavras
trouxeram à tona a lembrança que precisava dizer ao seu amante
que era paranormal, um shifter lobo.
Uma coisa de cada vez.
—Se isso faz você se sentir menos envergonhado. — Coby
começou, disposto a admitir sua própria excessiva ansiedade. —
Chupando você, saboreando-o, vendo se contorcer de prazer... —
Fez uma pausa enquanto dava ao seu amante um olhar aquecido.
—Me fez gozar também.
Boquiaberto, os olhos de Rick se arregalaram em óbvio
assombro.
—Vo-você gozou de me chupar?
Sorrindo ao ouvir o choque do seu amante, assentiu
descaradamente.
—Oh, sim, Rick. — Cantou. —Tem um gosto delicioso.
Limpando a garganta, Rick admitiu;
—Nunca ninguém me engoliu antes. Sempre joguei tudo
tão seguro.
Coby percebeu rapidamente que Rick estava fora de sua
zona de conforto. Quando se endireitou lentamente, massageou as
pontas dos dedos através do cabelo da virilha do seu amante.
—Não tenho nada que possa te passar. — Coby o assegurou
suavemente. Percebendo que poderia ser algo mais, perguntou; —
Existe algo que preciso saber sobre você?
Os olhos de Rick se arregalaram.
—Ah não! Não tenho nada!
—Bom. — Respondeu Coby. Decidindo mudar de assunto,
se moveu para cintura de Rick. Suavemente, o tirou da mesa. —
Agora que nós esclarecemos isso. — Comentou, mantendo o olhar
focado na tarefa de fechar o zíper do seu companheiro sexy, muito
ruim. —Vá pegar sua câmera. E vou me limpar. Então podemos
conhecer mais um sobre o outro enquanto a conserto.
Depois de fechar o jeans de Rick, Coby deslizou as mãos
pelos lados, envolvendo ao redor da sua cintura para puxá-lo para
perto. Segurou sua mandíbula. Abaixando a cabeça, deu um beijo
lento nos lábios de Rick, depois colocou distância suficiente entre
eles para sussurrar;
—Vamos conversar. Conhecer um ao outro. Então, mais
tarde, nos conheceremos melhor ainda.

Rick observou com admiração quando Coby removeu


cuidadosamente várias peças da carcaça e da lente da sua câmera.
Nenhum homem deveria parecer sexy usando um par de lupas,
mas o grande homem definitivamente ficou. Também foi
impressionante como Coby trabalhou e conversou ao mesmo
tempo... na verdade, parecendo prestar atenção às respostas de
Rick.
—Tenho vinte e três anos e comecei a fazer aula de
fotografia. Trabalho em uma mercearia para pagar as contas e
colocar todas as economias que posso para mais aulas. — Rick
explicou de onde estava observando-o trabalhar. —E você? Ganha a
vida como fotógrafo? Há quanto tempo você está tirando fotos?
Coby fez uma pausa em seu trabalho, olhou para ele e
começou a reconstruir cuidadosamente a lente com o novo
invólucro.
—Possuo a galeria no andar de baixo, então acho que,
tecnicamente, a fotografia é o meu hobby. — Revelou lentamente,
em seguida, acrescentou; —Mas faço muito das minhas fotos
também. Tenho um grande instinto para farejar animais reclusos. —
Disse, sorrindo. —E tenho tirado fotos há... — Fez uma pausa
enquanto colocava a câmera arrumada na mesa perto do braço de
Rick e as lupas próximas. —Muito tempo. — Afirmou, virando-se
para encarar Rick. —Você está pronto para testá-la?
Rick pegou a câmera, inspecionando-a. Ergueu o olho,
espiando pela lente. Vendo a imagem cristalina do rosto sorridente
de Coby, não resistiu e tirou uma foto.
—Uau. — Rick sussurrou, impressionado. —Como você fez
isso?
Encolhendo os ombros, Coby disse a ele;
—Estou nisso há muito tempo. Depois de quebrar algumas
câmeras, descobri que odiava esperar no prazo de outro para
concerta-las. Além disso, algumas dessas câmeras mais antigas
tiram fotos melhores, na minha opinião. — Se encostou na mesa e
sorriu. —Então aprendi a consertar a minha. Agora estou feliz que
fiz, porque trouxe você aqui.
Lutando contra um rubor, o calor em suas bochechas
dizendo que falhou, Rick sorriu timidamente para o homem mais
velho.
—Uh, obrigado. — Murmurou. —Não sou muito assim.
Coby riu baixinho, virando a cadeira para encará-lo.
Inclinando-se para frente, agarrou os joelhos de Rick com firmeza.
Usou o joelho para espalhar as coxas de Rick enquanto rolava suas
cadeiras juntas, até que as pernas de Rick se encaixaram nas dele.
Quando deslizou as mãos até o topo de suas coxas, arrepios
surgiram em sua pele.
—Sabia que você era especial no momento em que vi você,
Rick. — Afirmou Coby, seu tom suave e soando tão malditamente
sincero que Rick realmente desejava que pudesse acreditar nele.
Coby moveu uma das mãos para a nuca e insistiu com ele. —E vou
demorar muito tempo provando isso para você.
Coby pressionou seus lábios contra os de Rick. Esfregou
suavemente a princípio, o toque suave. Então Rick sentiu o homem
mais velho mordiscar seu lábio inferior, enviando uma sugestão de
dor através dele. Quando engasgou, Coby passou a língua em sua
boca, aproveitando-se.
Rick agarrou os braços de Coby, pendurado enquanto seu
novo amante passava sua língua ao redor da sua boca. Seguindo a
gentil insistência dos dedos do homem maior, Rick inclinou a
cabeça. Seu sangue se incendiou quando Coby aprofundou o beijo,
sugando sua língua. Seu amante moveu as mãos para a cintura de
Rick, em seguida, colocou-o em seu colo, tudo sem quebrar o beijo.
Não conseguiram testar a câmera naquela noite, mas Rick
não podia dizer que se importava.

Caminhando pela floresta com Coby, mesmo depois de duas


horas, Rick não podia acreditar em como se sentia confortável com
o homem. Seu amante parecia conhecer todas as rochas e árvores,
todas as pegadas de pássaros e animais. Apontou teias de aranha
únicas para fotografar e mostrou técnicas para capturar a melhor
iluminação.
Rick desejou poder passar todos os dias assim com ele.
Infelizmente, a única razão pela qual concordou em ficar a noite foi
porque teve o dia de folga devido ao quatro de julho. Quando
finalmente chegaram ao estacionamento, Rick estava coberto de
suor e ofegava baixinho.
—Oh Deus. Obrigado. — Rick disse, pegando a garrafa de
água que Coby entregou. Depois de beber metade do líquido, soltou
um suspiro. Passou a mão sobre a testa suada e sorriu
alegremente. —Uau. Muito obrigado por me trazer aqui. Dia quente
ou não, isso foi fantástico. Uma área tão bonita. Posso ver porque
você gosta de viver aqui.
Os lábios de Coby se curvaram em um meio sorriso.
—Sim?
Assentindo ansiosamente, Rick tomou outro gole de água.
—Este é definitivamente o lugar para estar. — Coby
confirmou, em seguida, endireitou-se de onde se inclinou contra
seu caminhão. —Estou faminto. Está pronto para um churrasco?
Enquanto seu estômago roncava com a ideia, Rick hesitou.
—Um churrasco? Onde?
—Na casa do meu amigo. Seu nome é Declan McIntire. Ele
e o marido, Lark, estão fazendo uma festa de quatro de julho. —
Coby olhou para o relógio. —E provavelmente está em pleno
andamento. — Quando Rick continuou hesitando, Coby sorriu e
cutucou seu ombro. —Vamos lá, amante. — Bajulou. —Haverá
hambúrgueres, cachorros-quentes, com todos os
acompanhamentos. — Cantarolou, lambendo os lábios. —Meu
amigo Cliff e a esposa, o nome dela é Lisa, faz um creme de
banana muito bom e Lark sempre faz a melhor torta de maçã.
Quando o estômago de Rick roncou novamente, olhou para
Coby através de seus cílios.
—Você, você quer me apresentar para seus amigos?
Coby sorriu largamente, puxando-o para os braços.
—Oh, sim. — Confirmou, dando um beijo em seus lábios. —
Não só isso, estou ansioso para mostrar-lhe, Rick sexy. —
Estendendo a mão, Coby abriu a porta do passageiro. —Vamos nos
enrolar em um cobertor e ver os fogos de artifício explodindo no
vale. Você aceita?
Ainda sentindo-se tímido, e um pouco sobrecarregado, Rick
assentiu.
—Ok. — Isso rendeu outro beijo de Coby, que amava e se
perguntou o que poderia fazer para ganhar mais deles. Depois de
enroscar a tampa de volta em sua garrafa de água, entrou no
veículo.

Coby sabia que seu plano poderia sair pela culatra. Levando
seu recém-descoberto, companheiro completamente inconsciente
para um churrasco shifter poderia enlouquecer completamente seu
jovem amante. Ainda assim, tinha a permissão do seu alfa, Alfa
Declan. Conversou com ele na noite anterior depois que Rick
adormeceu. Sabia que seus companheiros de matilha teriam suas
costas.
Embora soubesse que deveria dar algum aviso a Rick.
Depois de entrar na garagem de Declan, Coby desacelerou
a caminhonete. Fazendo o seu caminho ao longo da pista de
cascalho, estendeu a mão e pegou a mão de Rick. Espremendo
levemente, olhou para seu companheiro, dando-lhe um sorriso.
—Devo avisá-lo. — Coby começou devagar. —Você verá
coisas que podem surpreendê-lo. Podem chocá-lo.
Vendo a calçada arborizada se abrindo para a vasta clareira
em frente à grande casa do Alfa Declan, passou o olhar sobre a
dúzia de veículos. Uma vez que estacionou, levou a mão de Rick à
boca, pressionando um beijo no interior de seu pulso. Coby segurou
o olhar de Rick quando disse;
—Lembre-se sempre. Você não está em perigo aqui entre
os meus amigos. São minha família e ficarão felizes por ter
encontrado você.
Assim que as palavras saíram da boca de Coby, as
sobrancelhas de Rick franziram. Seus ombros se apertaram quando
seus lábios se comprimiram.
—Uh, agora estou preocupado. — Rick murmurou a
admissão enquanto suas bochechas coravam. —Vocês todos se
envolvem em orgias sexuais selvagens nesses churrascos ou algo
assim?
Ladrando uma risada, Coby imediatamente sacudiu a
cabeça. Soltou ambos os cintos de segurança e puxou Rick pelo
banco. Envolvendo-o em um abraço apertado, capturou sua boca e
empurrou sua língua.
Coby sempre gostou da intimidade de beijar, mas alguma
coisa sobre beijar Rick só levou isso para outro nível. Tinha seu
corpo preparado em segundos. Sua libido pediu-lhe para ligar seu
caminhão e levar seu companheiro para casa o mais rápido
possível, para que pudesse reivindicá-lo corretamente. Enquanto
Coby ansiava por mais do que a brincadeira que haviam feito na
noite anterior, se forçou a dar um fim ao beijo.
Sorrindo para seu humano mais uma vez flexível, Coby
balançou a cabeça.
—Sem orgias sexuais. — Prometeu. —O único com quem
planejo fazer sexo pelo resto da minha vida é você.
—Uau. — Rick ofegou suavemente, suas bochechas
brilhando. —Isso soa sério. Acabamos de nos conhecer.
Continuando a sorrir, Coby abriu a porta. Mantendo o
controle sobre Rick, saiu e pediu que o seguisse. Uma vez que seu
humano ficou no chão ao lado dele, fechou a porta e pressionou
seu amante contra o lado da porta do seu caminhão.
Coby apoiou a mandíbula de Rick na palma da mão e
pressionou outro beijo nos lábios do seu humano. Sorrindo para
ele, sussurrou;
—Existe essa crença entre minha família e amigos. Uma
crença em conhecer nossa alma gêmea. Nós os reconhecemos
quase imediatamente. — Continuou, olhando profundamente nos
grandes olhos azuis de Rick. —Então fazemos o nosso melhor para
conquistar e ganhar essa pessoa, querendo apenas agradá-lo e
cuidar dele.
—Uau. — Rick sussurrou, olhando para ele em estado de
choque. —Você está falando de amor à primeira vista?
Sabendo que havia mais, muito mais, Coby deu de ombros.
—Não muito amor. — Mantendo um braço ao redor do seu
companheiro, pediu para Rick caminhar, indo ao redor da casa. A
sensível audição de Coby escutou com facilidade os sons de adultos
rindo, pais gritando, crianças gritando e ganidos de filhotes de lobo.
Pronto ou não…
—Você vê. — Coby retumbou, segurando Rick perto. —Não
amamos imediatamente, mas sabemos que será fácil se apaixonar
pela nossa alma gêmea, porque somos feitos um para o outro.
— Eu-eu nunca ouvi falar de alguém acreditando em algo
assim. — Rick respondeu lentamente, soando incerto quando
encontrou seu olhar. —Muitas pessoas acreditam assim?
Contornando a última esquina da casa, Coby observou
dezenas de homens, mulheres e crianças sobre a enorme clareira
atrás da casa de Declan.
Surpreendentemente respondeu Coby, acenando com a
mão para indicar as massas.
—Mais do que você pensa.
—Ei, Coby! — Uma voz profunda, levemente irlandesa
chamou. —Você veio!
Virando-se, Coby observou seu amigo e colega shifter Cliff
MacDougal se aproximar do convés e caminhar na direção deles.
Um sorriso largo vincou suas feições bronzeadas, e seus olhos
escuros brilharam com interesse. Abertamente passou o olhar sobre
Rick antes de voltar a se concentrar em Coby.
—Este é meu bom amigo, Cliff MacDougal. — Coby disse a
Rick. Quando Cliff parou e se juntou a eles, acrescentou; —Ele é
um guarda do parque. Quando se depara com bons cenários, faz
uma anotação e me avisa.
—Ouvi dizer que você pode estar trazendo um novo amigo.
— Cliff estendeu a mão para Rick. —Bem-vindo. — Depois de
apertar a mão de Rick, Cliff apontou para o convés. —A loira
acenando e chamando meu nome é minha esposa, Lisa. — Piscou
quando começou a se afastar novamente. —Acho que você chegou
na hora certa. É hora de comer. Vamos.
Apreciando a recepção amigável de Cliff, Coby pediu a Rick
que o seguisse. Assim que Rick deu o primeiro passo, olhou para a
direita e congelou. Sua mandíbula se abriu e seus olhos se
arregalaram. Choque saiu do cheiro dele.
Coby seguiu seu olhar, não surpreso ao ver um adolescente
nu, talvez quatorze anos, puxando um moletom. Perto dali, mais
dois filhotes de shifter lutam juntos em forma de lobo. Vários
filhotes de lobos entraram e saíram da floresta, fazendo um jogo de
perseguição.
Envolvendo os braços em volta de Rick por trás, Coby
sussurrou;
—Disse a você que veria coisas que você nunca viu antes.
Rick olhou para ele, depois para os filhotes de lobo e depois
para ele.
—Aquele menino? Não! — Imediatamente respondeu a si
mesmo. —Isso não pode ser.
—Ele fez. — Respondeu Coby. —E é isso. — Decidido a ser
franco, disse ao companheiro; —Muitas das pessoas aqui, homens e
mulheres, compartilham seu espírito com um animal.
Principalmente lobos, mas alguns outros animais também.
Rick ficou boquiaberto com ele por vários segundos que
pareciam uma eternidade.
—Por que está... — Fez uma pausa, franzindo as
sobrancelhas. —Por que você está me contando isso?
Traçando as pontas dos dedos direito sobre a mandíbula de
Rick, Coby sorriu para seu companheiro, derramando cada pedaço
de sinceridade como podia no olhar.
—Porque você é meu companheiro, Richard Steele. — Falou
suavemente. —Disse a você quando meu povo conhece a outra
metade da nossa alma, nós sabemos. Bem, você é para mim.
Suspirando suavemente, Rick balançou a cabeça. De seu
cheiro, Coby sabia que não estava em rejeição, mas em
descrença... talvez até uma pequena maravilha.
—Você realmente acredita nisso.
Não era uma pergunta, mas Coby assentiu de qualquer
maneira.
—Sim.
—Como você espera que eu responda?
Coby deu um beijo suave nos lábios entreabertos de Rick.
—Espero que você considere as últimas vinte e quatro
horas. Se lembrará das minhas ações, tentando agradá-lo em
prazer e consertar sua câmera. — Fez uma pausa, procurando as
palavras certas. Finalmente, continuou; —Espero que você tenha
gostado de conversar comigo, tendo-me segurando você, tanto
quanto apreciei essas coisas. — Não tendo certeza se estava se
aproximando do seu companheiro, acrescentou; —Vai me dar uma
chance? para explicar tudo?
Depois de outro longo momento, para o alívio eterno de
Coby, Rick assentiu. Um sorriso tímido curvou seus lábios enquanto
olhava para ele através dos cílios.
—Considerando todas essas coisas, mais do que uma
chance, diria. — Pressionando um beijo nos lábios de Coby,
sussurrou; —Vou dar esse salto de fé com você.
Para Coby, nada parecia melhor.

Fim

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