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Curso Preparadores Vocais

Fga. Franceli Zimmer


Músculos intrínsecos da laringe:
 São músculos internos , de contração rápida e
resistentes á fadiga.
ABDUTORES
 Cricoaritenóideos posteriores (CAP): músculos pares.
Músculos primários da abdução e atuam durante a
respiração promovendo a abertura das pregas vocais.
Apesar de serem predominantemente abdutores os
músculos CAP também são ativados durante a fonação
através de seus compartimentos vertical e horizontal.
 A contração dos CAP durante a fonação estabiliza as
cartilagens aritenóideas prevenindo-as de serem puxadas
para frente por ação dos adutores. A atividade simultânea
do compartimento horizontal dos CAP e dos adutores
favorece a estabilidade vocal, fundamental no
canto.
 inervação = nervo laríngeo inferior (Xpar), ramo posterior
ADUTORES
 Aritenóideos (AA) ou Interaritenóideos:
Transverso-ímpar; oblíquos-pares.

Responsáveis pela adução da parte posterior das


pregas vocais, tendo papel importante não apenas na
fonação como também no mecanismo esfinctérico da
laringe.

inervação = ramo laríngeo inferior (Xpar), ramo posterior


ADUTORES
 Cricoaritenóideos laterais (CAL):
Músculos pares.
Sua contração causa a adução das pregas vocais por
rotação dos processos vocais em direção medial. Tem
importante papel na fonação e no reflexo do fechamento
glótico por aduzirem a porção média da glote.

inervação = nervo laríngeo inferior (Xpar), ramo anterior


ADUTORES
 Tireoaritenóideos externos (TA externo ou porção
muscular):
Músculos pares.

A adução é dada pelo TA externo que atua


principalmente no controle da intensidade.

inervação = nervo laríngeo inferior (Xpar), ramo anterior


TENSORES
 Tireoaritenóideos internos (TA interno ou porção
vocal):
 Controla a emissão vocal encurtando as pregas vocais
(som grave) e moderando a contração do CT no
controle da frequência.
 inervação = nervo laríngeo inferior (Xpar), ramo
anterior
TENSORES
 Cricotireóideo (CT):

Músculos tensores responsáveis pelo alongamento das


pregas vocais , portanto, alongando os TAs na emissão de
tons agudos.
Responsável pelo movimento de Báscula (aprox. cart.
Cricoide e tireóide)

inervação = RAMO LARÍNGEO SUPERIOR (Xpar), ramo


externo
Músculos Extrínsecos da Laringe:

 SUPRA HIÓIDEOS (Digástrico, Miloiódeo,


Genioiódeo, Estiloióideo): Elevam a laringe e
ancoram Sons AGUDOS.

 INFRA HIÓIDEOS (Tireoiódeo, Esternotiróideo,


Esternoióideo, Omoiódeo): Abaixam a laringe e
ancoram Sons GRAVES.
Histologia das pregas vocais:
 Do ponto de vista estrutural as ppvv são organizadas em
camadas, com propriedades estruturais e mecânicas
diferentes, sendo mais flexível na superfície, tornando-se
mais rígidas em direção ao músculo vocal , o que é
essencial para o adequado movimento vibratório das
pregas vocais.
Mecanismo de Geração do Som:
 Ao expirar é gerada uma força para o ar sair dos pulmões, passar
pela traquéia e atingir a laringe (pregas vocais).

 À medida que o ar se aproxima da laringe, as pregas vocais


aproximam-se, vibram, a corrente de ar é modificada e é gerado
um som de fraca intensidade (“buzz laríngeo”).

 Este som fraco é enviado ao trato vocal para ser amplificado e


articulado.

 Há a transformação de energia cinética em energia sonora.


Efeito Bernoulli
 No momento em que o fluxo em alta velocidade , passa
pela glote, uma pressão negativa perpendicular é
criada , desencadeando este efeito de “sucção” que
aproxima as pregas vocais e fecha a glote.
 Fisiologia:

 Cérebro dispara um comando central á laringe e articuladores


 
 Inspiração
 
 Expiração
 
 Pressão de ar abaixo das pregas vocais
 
 Pregas vocais são aduzidas (se aproximam e restringem o fluxo de ar)
 
 PPVV “sopradas” (realizam ciclos vibratórios)
 
 Produção de som “buzz laríngeo”
 
 Envio do som ao trato vocal
 
 Amplificação e articulação do som
 Durante a respiração silenciosa as pregas vocais estão
abduzidas para permitir a entrada e saída livres do ar.
 Durante a fonação as pregas vocais aproximam-se
(aduzem), vibram e produzem o buzz laringeo.
ARTICULADORES
 Mandíbula:
 único osso móvel da face.
 Devemos sempre senti-lo relaxado e/ou deixá-lo
relaxado para a fala e para o canto.
 Sempre averiguar se existe algum desconforto ou dor,
estalos na ATM.
 Abertura reduzida ou excessiva = interferência direta sobre
a articulação dos sons e projeção vocal.
 Língua:
 Quando em repouso deve se localizar rasa na
mandíbula com a ponta encostando logo atrás dos
dentes incisivos superiores.
 Para cantar, na maior parte do tempo deve estar rasa
na mandíbula, apoiada logo atrás dos incisivos
inferiores.
 Averiguar presença de aftas, ou lesões na língua,
frênulo, presença de sulcos no rebordo lingual (STME),
controle dos movimentos.
 Palato mole (véu palatino):
 Quando trabalhado, cria um espaço no fundo da
garganta (espaço que “lembra” o bocejo), aumento a
área de passagem do som deixando-o mais
“arredondado” e retirando a característica de aspereza.
 Observar: estrutura (normal/insuficiente), função
(mobilidade/tonicidade/fechamento faríngico nas
vogais e consoantes)
 Lábios:
 Devem ser bem trabalhados para poderem atuar com firmeza
(tônus), porém sem contração muscular, sem tensão.
 Observar:
-unidos/entreabertos (no repouso)
- simetria/assimetria (em sua dimensão)
- tonicidade: normal/aumentada/diminuída (em repouso)
- controle dos movimentos: normal/com dificuldade/tremor
- malformações, paralisias (desvios de comissura), lesões
 Alvéolos, dentes e palato duro: São articuladores
passivos.
 Observar a falha dentária, dentição decídua, uso de
prótese, uso de aparelho ortodôntico, dores;
 Abertura(fenda) no palato , conformação (normal ou
ogival) , lesões;
 Referencias Bibliográficas:

 ALLALI A, HUCHE FL. A Voz: anatomia e fisiologia dos órgãos
da voz e da fala. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 1999.
 BEHLAU M. Voz: O livro do Especialista – Volume I. Rio de
Janeiro: Revinter, 2004.
 NETTER, F H. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre:
Artmed, 2000.
 OLIVEIRA, D. S. F. O homem e a sua voz. In: Sampaio, T. M. M.
et al (org.), O ouvir e
 o falar, p. 119-135. Rio de Janeiro: AM3 Artes, 2003.
 PINHO S, PONTES P. Músculos intrínsecos da laringe e
dinâmica vocal. Rio de Janeiro: Revinter, 2008.

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