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Estagio Relatorio Fluidos
Estagio Relatorio Fluidos
GRADUAÇÃO EM BIOMEDICINA
Americana/SP
2021
THAIS RAMOS ARDUINI
Relatório apresentado ao
estágio supervisionado de fluidos
biológicos, sob a supervisão da
professora Ana Carolina Amaral
Lopes Marron.
Americana/SP
2021
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................. 5
4.1 Coleta……………………………………………………………………………………..20
4.2 Materiais utilizados para coleta e prática laboratorial ..................................................... 21
4.4.1 Contagem……………………………………………………………………………….22
4.4.2 Motilidade………………………………………………………………………………23
4.4.3 Morfologia e vitalidade…………………………………………………………………23
4.5 CONCLUSÃO ............................................................................................................... 24
5. URIANÁLISE ................................................................................................................. 25
5.1 Coleta…………………………………………………………………………………….25
5.2 Materiais utilizados para coleta e prática laboratorial……………………………………26
5.3 Exame físico……………………………………………………………………………...27
5.4 Análise bioquímica……………………………………………………………………….29
5.5 Exame microscópico………………………………………………………………………30
5.6 CONCLUSÃO……………………………………………………………………………35
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................. 36
4
5
1. INTRODUÇÃO
O LCR é um dos principais fluidos biológicos do corpo, pois ele é responsável por
fornecer nutrientes para o tecido nervoso e pela eliminação de resíduos metabólicos. Além
de produzir uma barreira mecânica em volta de todo o cérebro e medula espinhal contra
possíveis traumas, defesa contra agentes infecciosos e facilita a pronta difusão de
imunoglobulinas. O LCR é produzido pelos plexos coroides presentes nos ventrículos
lombares, no terceiro e no quarto ventrículos. Nos adultos, a cada hora são produzidos 20
mL de fluido. O espaço subaracnóideo localizado entre a pia-máter e a aracnoide é o local
de circulação do líquido (fig. 1) (CONFOLONIERI; DAMALIO, 2019) (STRASINGER;
LORENZO, 2009).
O volume correto do líquido na primeira infância é de 40 a 60 mL e no adulto é
de 90 a 150 mL, o equivalente a 25% do fluido será encontrado no sistema ventricular e
o restante no espaço subaracnóideo. Regularmente, ocorrerá uma renovação de 40 a 50
mL do líquido por dia. O exame realizado através da coleta do LCR, será para analisar
algumas das principais doenças neurológicas, como: hemorragias, doenças degenerativas
e doenças neoplásicas (CONFOLONIERI; DAMALIO, 2019) (STRASINGER;
LORENZO, 2009).
2.1 Coleta
A coleta do LCR é feita através de punção lombar, que ocorrerá entre a terceira,
quarta ou quinta vértebra lombar. As amostras são coletadas e armazenadas em três tubos
diferentes e estéreis, onde serão numerados em 1,2 e 3 conforme a ordem que for retirada
(STRASINGER; LORENZO, 2009).
O primeiro tubo (1), será utilizado para teste químicos e sorológicos, pois esses
testes são os menos afetados pelo sangue ou por bactérias que possam estar ali presentes
durante a punção. O segundo tubo (2), frequentemente, será destinado para exames de
microbiologia. O terceiro tubo (3) é destinado para a contagem celular, pois será o tubo
com a menor presença de células introduzidas pela punção lombar. Pode-se haver a coleta
de um quarto tubo para que o laboratório de microbiologia atinja uma melhor exclusão
de contaminação da pele ou para testes sorológicos adicionais (fig. 2). Os testes
geralmente são efetuados em caráter de urgência, caso não haja essa possibilidade, os
tubos deverão ser armazenados da seguinte forma: refrigerados (hematologia),
temperatura ambiente (microbiologia) e congelados (químico e sorológico)
(STRASINGER; LORENZO, 2009).
2.7 CONCLUSÃO
3. LÍQUIDOS CAVITÁRIOS
agentes infecciosos, também podem causar essa inflamação, como, os vírus, fungos e
parasitas. Quando ocorre o quadro de pericardite, vem acompanhado de uma inflamação
do musculo cardíaco (miocardite) (CARVALHO, 2021).
3.4 Coletas
alternativa, a coleta de líquido pericárdico pode ser realizada por pericardiotomia, do qual
pode criar uma janela pericárdica em decorrência de uma toracotomia limitada. As
opiniões variam sobre qual dos dois procedimentos citados deve ser usado para estudos
diagnósticos. Alguns centros realizam pericardiocentese apenas em emergências, em
virtude do potencial de morbidade associada a este procedimento (HAAS;
COLTURATO; COMAR, 2017).
Campo estéril
Solução antisséptica
Lidocaína 2%
Luvas estéreis
Gaze
Agulhas 40 x 12mm e 30 x 7mm
Jelco nº 14, 16 ou 18
Seringas 20 mL, 10 mL ou 5 mL
Equipo de macrogotas
Micropore ou esparadrapo
Tubos estéreis para coleta do material
Frasco para coleta da secreção
Dilatador
Monitor cardíaco
Cateter de drenagem número 6 a 8 (pode ser pigtail ou cateter venoso
central)
Agulha introdutora de 7cm e calibre 18 (espinal)
Fio-guia flexível (no caso de utilização da técnica de Seldinger)
Dilatador (no caso de utilização da técnica de Seldinger)
Câmara de Neubauer
Centrifuga
Cito centrifuga
Lâmina e lamínula
Pipeta automática
16
Fita teste
Tubos
Microscópio
Corante Wright
Coloração de Gram (HAAS; COLTURATO; COMAR, 2017).
quanto mais células distribuídas nos quadrantes, menos quadrantes necessitam ser
contados, no caso de as células estarem distribuídas em uma quantidade menor, deverá
ser contado os 4 quadrados e todos os 16 quadrantes (HAAS; COLTURATO; COMAR,
2017).
As contagens diferenciais dos líquidos serosos são frequentemente realizadas, a
centrifugação da amostra deverá ser realizada, e assim utilizar Wright para corar a
amostra. O esfregaço deve ser analisado para glóbulos brancos, tecidos normais e células
neoplásicas e quaisquer células que forem vistas na contagem diferencial devem ser
encaminhadas ao laboratório de citologia ou de patologia. Quando há suspeita de
endocardite, peritonite bacteriana e for indicado no líquido pleural, deverá ser realizado
nos fluidos concentrados a cultura de bactéria e a coloração de Gram (STRASINGER;
LORENZO, 2009) (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
3.9 CONCLUSÃO
4. ESPERMOGRAMA
No sêmen contém quatro frações contidos pelos testículos, sendo eles, epidídimo,
vasos seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Cada uma dessas frações são
essenciais para a produção de uma amostra de sêmen normal. As células germinativas são
as responsáveis pela produção de espermatozoides, essas células estão presentes entre as
células do epitélio dos túbulos seminíferos presentes dos testículos. As células de Sertoli
especializadas apoiam e disponibilizam os nutrientes necessários para as células
germinativas concluírem a produção do esperma. Quando a espermatogênese está
concluída e os espermatozoides imaturos, vão para o epidídimo, onde ocorre a maturação
e assim desenvolvem o flagelo e assim permanecem ali até a ejaculação (STRASINGER;
LORENZO, 2009).
4.1 Coleta
Frasco de coleta
Pipeta volumétrica
Pipeta automática
Conta gotas
Lâmina e lamínula
Câmara de Neubauer
Microscópio
Solução NaCl e formol
Corante eosina-nigrosina (RECH, 2019).
Volume 2-5 mL
Viscosidade Escorre em gotas
pH 7,2 – 8,0
Concentração de espermatozoide >20 milhões mL
Contagem de espermatozoide >40 milhões mL
Motilidade >50% dentro de 1 hora
22
4.4.1 Contagem
4.4.2 Motilidade
assim observar ao microscópio. Os possíveis resultados são: as células mortas vão ser
coradas de vermelho contra um fundo azul escuro e as células vivas estarão branco
azuladas, pois não possui penetração no corante. Deverá ser contado 200 espermatozoides
e realizar duas vezes essa contagem, para uma análise completa (CONFOLONIERI;
DAMALIO, 2019
4.5 CONCLUSÃO
Conclui-se que o sêmen possui quatro frações contidos pelos testículos, sendo
eles, o epidídimo, vasos seminais, próstata e glândulas bulbouretrais. Dos quais são
importantes na produção do sêmen normal. Constatou-se que as células germinativas são
responsáveis pela produção de espermatozoide e para sua coleta necessita-se de um
período de abstinência sexual, e deve-se ser coletado em um recipiente estéril. Após a
coleta os procedimentos necessários serão a análise macroscopia e microscopia, onde
serão analisados os seguintes parâmetros: volume, viscosidade, pH, concentração de
espermatozoide, motilidade, vitalidade, qualidade, morfologia e células.
25
5. URIÁNALISE
5.1 Coleta
A amostra de urina deve ser coletada (fig. 5) em frasco limpo, seco e a prova de
vazamento. Frascos descartáveis são recomendados para eliminar a possibilidade de
contaminação por causa de lavagem inadequada. Os recipientes para análise devem ter
bocas largas para facilitar a coleta do paciente. O frasco deve ser transparente para
analisar a cor e o aspecto da urina. Os recipientes esterilizados, devem ser utilizados para
estudos microbiológicos da urina, todos os recipientes com amostras devem ser
adequadamente sinalizados com etiquetas constando o nome do paciente, o número de
identificação, a data e hora de coleta, idade do paciente, localização e o nome do médico
solicitante, conforme exigido pelo protocolo institucional. Essas etiquetas devem ser
coladas aos recipientes e não as tampas, e junto as informações das etiquetas deve-se
enviar um formulário de requisição, com as mesmas informações das etiquetas. Deve
conter no formulário informações como, o modo de coleta, tipo de amostra, medicações
interferentes, as informações clínicas do paciente e horário do recebimento da amostra ao
laboratório (STRASINGER; LORENZO, 2009).
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Sabonete
Frasco para coleta
Seringa se necessário
Etiqueta de identificação
Comadre ou papagaio
Cuba rim se necessário
Saco coletor para crianças
Tubos
Centrifuga
Câmara de Neubauer
Microscópio
Fita teste (LUZ,2010)
glóbulos vermelhos que ficam presentes na urina ácida por um longo período, produzem
urina marrom pelo fato da oxidação da hemoglobina em metemoglobina, porém quando
a amostra da urina é recente pode indicar hemorragia glomerular. As causas não
patológicas de urina vermelha incluem, contaminação menstrual, ingestão de alimentos
altamente pigmentados e medicações; as cores castanha/preta pode haver presença de
melanina ou ácido homogentisico. A melanina é um produto da oxidação do pigmento
incolor, melanogênico, produzido em excesso quando há presença de melanoma maligno
e a cor negra alcalina ocorre através do ácido homogentisico resultado do metabolismo
da fenilanina, isso ocorre quando a pessoa é portadora de um erro inato do metabolismo,
chamado alcaptonúria. Porémm alguns medicamentos também podem contribuir para a
urina dessas cores; as cores azul/verde estão relacionadas com infecções bacterianas,
incluindo a infecção no trato urinário proveniente da espécie pseudomonas ou pela
ingestão de alguns medicamentos (STRASINGER; LORENZO, 2009) (MUNDT;
SHANAHAN, 2012).
No exame físico da urina também inclui a análise do aspecto urinário, que se refere
a transparência e turvação. Para esses parâmetros serem analisados necessita-se da
amostrar estar em recipiente transparente. As terminologias utilizadas para a descrição do
aspecto incluem: límpido, opalescente, ligeiramente turvo, turvo e leitoso (tabela 6)
(STRASINGER; LORENZO, 2009).
A análise bioquímica consiste no uso das tiras de reagentes, das quais analisam, o
pH, proteínas, glicose, cetonas, sangue, bilirrubina, urobilinogênio, nitrito, leucócitos e
gravidade específica. As tiras possuem uma almofada absorvente contendo substâncias
químicas aderidas a uma tira de plástico, após mergulhado na amostra de urina, ocorre
uma reação química. E assim, as reações serão interpretadas pela comparação de cor
produzida pela almofada com a tabela fornecida pelo fabricante. Através da comparação
minuciosa das cores da tabela e das almofadas, um valor semiquantitativo, de traços, 1+,
2+, 3+ e 4+, podem ser relatados (STRASINGER; LORENZO, 2009) (MUNDT;
SHANAHAN, 2012).
A importância da análise do pH urinário, é para auxiliar na identificação de
doenças sistêmicas acidobásico de origem metabólica ou respiratória; a proteína
aumentada nas análises bioquímicas, nem sempre significa doença renal, porém com sua
presença se torna necessário o pedido de exames adicionais para determinar se o aumento
é normal ou patológico; a quantidade de glicose na urina depende da concentração de
glicose no sangue, da taxa de filtração glomerular e do grau de reabsorção tubular. Assim
quando a glicose sanguínea ultrapassa o limite linear renal, os túbulos renais são
incapazes de reabsorver toda a glicose filtrada, ocorrendo assim a glicosuria; a cetona
representa três produtos do metabolismo da gordura, o aumento do metabolismo lipídico
inclui, incapacidade para metabolizar hidratos de carbono, como ocorre no diabetes
mellitus, aumento da perda de carboidratos pelo vômito, inadequada ingestão de hidratos
de carbono associados com jejum e má absorção. Muitas vezes é um indicador precoce
de insuficiência da dosagem de insulina no diabete tipo 1; a presença de sangue na urina
detectada pelas tiras reagentes, indica a presença de hemácias, hemoglobina ou
mioglobina, que podem indicar doenças de origem renal, a lise dos glóbulos vermelhos
produzida no sistema urinário e a destruição muscular; a bilirrubina aumentada na urina
pode indicar precocemente a doença hepática (obstrução do ducto biliar), ocasionado por
cálculos biliares ou câncer; o urobiliogênio presente na urina, pode ser útil na detecção
precoce de doença hepática e nos transtornos hemolíticos; o nitrito é um indicativo rápido
para presença de infecção do trato urinário, necessitando posteriormente de uma cultura
da urina para saber qual bactéria presente; ao indicativo de leucócitos na tira reagentes,
também indicará prenseça de infecção do trato urinário (STRASINGER; LORENZO,
2009) (MUNDT ; SHANAHAN , 2012).
30
Os cristais não são visualizados em urina recém eliminada, porém podem aparecer
caso a urina seja mantida em repouso por determinado período. Quando a urina se
encontra supersaturada por um composto cristalino em particular, ou quando as
propriedades do composto estão alteradas, há formação de cristais. Os cristais possuem
pequena importância clínica, exceto em caso de distúrbios metabólicos, formação de
cálculos e regulação de medicação. Os cristais mais importantes que podem estar
presentes consistem em cistina, tirosina, leucina, colesterol e sulfa (STRASINGER;
LORENZO, 2009) (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
Os cristais (fig. 8) mais frequentes encontrados na urina ácida, são o ácido úrico,
oxalato de cálcio e uratos amorfos, os encontrados com menor frequência incluem sulfato
de cálcio, uratos de sódio, ácido hipúrico, cistina, leucina, tirosina, colesterol e sulfa. Em
urina alcalina os cristais incluem fosfatos triplos (fosfato amônio magnesiano), fosfatos
amorfos, carbonato de cálcio, fosfato de cálcio e biuratos de amônio (uratos de amônio)
(STRASINGER; LORENZO, 2009) (MUNDT; SHANAHAN, 2012).
Os cilindros presentes na urina são produzidos no lúmen dos túbulos renais, eles
podem ser formados como resultado da precipitação ou gelificação da mucoproteína de
Tamm-Horsfall, da agrefação de células ou outro material no interior da matriz proteica,
da adesão de células ou pela conglutinação de material no interior do lúmen. Os túbulos
renais são os responsáveis por secretarem uma mucoproteína denominada proteína de
34
5.6 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
Comar SR, Machado NA, Dozza TG, Haas P. Análise citológica do líquido
cefalorraquidiano. Citological analysis of cerebroespinal fluid, Estud. Biol, 2009.
Disponível em: file:///C:/Users/thais/Downloads/22844-40258-1-
SM%20analise%20citologica%20LCR.pdf. Acesso em: 2 set. 2021.
NERY, Dr. Breno. Líquor: o que Todo Pediatra Deve Saber. Portal PED, 2019.
Disponível em: https://www.portalped.com.br/especialidades-da-
pediatria/infectologia/liquor-o-que-todo-pediatra-deve-saber/. Acesso em: 1 set. 2021.