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CÓD: SL-111FV-22

7908433217930

EPTV-RS
EMPRESA PÚBLICA DE TRÂNSITO DE VIAMÃO
ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL - RS

Agente de Trânsito e Transporte


CONCURSO PÚBLICO Nº 01/2022
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Leitura e compreensão de textos: Assunto. Estruturação do texto. Ideias principais e secundárias. Relação entre as ideias. Efeitos de
sentido. Recursos de argumentação. Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. Coesão e coerência textuais. . . . . . 01
2. Figuras de linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Léxico: Significação de palavras e expressões no texto. Substituição de palavras e de expressões no texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4. Estrutura e formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Aspectos linguísticos: Relações morfossintáticas. Flexões e emprego de classes gramaticais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6. Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto
7.875/12). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7. Relações entre fonemas e grafias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8. Vozes verbais e sua conversão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
9. Concordância nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
10. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
11. Inclusive emprego do acento indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
12. Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos. . . . . . . . . . . . . . . . . 30
13. Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33

Matemática/Raciocínio Lógico
1. Conjuntos Numéricos: Números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais: Operações fundamentais (adição, subtração, mul-
tiplicação, divisão, potenciação e radiciação) propriedades das operações, múltiplos e divisores, números primos, mínimo múltiplo
comum, máximo divisor comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Razões e Proporções – grandezas direta e inversamente proporcionais, divisão em partes direta e inversamente proporcionais . . 06
3. Regra de três simples e composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
4. Sistema de Medidas: comprimento, capacidade, massa e tempo (unidades, transformação de unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
5. Sistema monetário brasileiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Calculo algébrico: monômios e polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Funções: Ideia de função, interpretação de gráficos, domínio e imagem, função do 1º grau, função do 2º grau– valor de máximo e
mínimo de uma função do 2º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
8. Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
9. Triângulo retângulo: relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras e suas aplicações, relações trigonométricas no
triangulo retângulo. Teorema de Tales. Geometria Plana: cálculo de área e perímetro de polígonos. Circunferência e Círculo: compri-
mento da circunferência, área do círculo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
10. Noções de Geometria Espacial – cálculo do volume de paralelepípedos e cilindros circulares retos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
11. Matemática Financeira: porcentagem, juro simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
12. Estatística: Cálculo de média aritmética simples e média aritmética ponderada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
13. Aplicação dos conteúdos acima listados em resolução de problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
14. Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações das relações
fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos. Proposições e conectivos:
Conceito de proposição, valores lógicos das proposições, proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre prop-
osições: Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. Construção de tabelas-verdade. Tautologias,
contradições e contingências. Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e dedução lógica. Sentenças
abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quan-
tificadas. Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
ÍNDICE
Informática
1. Conhecimentos do sistema operacional Microsoft Windows 10: (1) Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela,
Gadgets) e Menu Iniciar (Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, programa Padrão, Ajuda
e Suporte, Desligar, Todos os programas, Pesquisar programa e Arquivos e Ponto de Partida): saber trabalhar, exibir, alterar, organizar,
classificar, ver as propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis, listas, caixa de pesquisa,
menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse; (2) Propriedades da Barra de Tarefas, do Menu Iniciar e do Gerenciador de Tarefas: saber
trabalhar, exibir, alterar, organizar, identificar, usar, fechar programa e configurar, utilizando as partes da janela (botões, painéis, listas,
caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (3) Janelas (navegação no Windows e o trabalho
com arquivos, pastas e bibliotecas), Painel de Controle e Lixeira: saber exibir, alterar, organizar, identificar, usar e configurar ambientes,
componentes da janela, menus, barras de ferramentas e ícones; usar as funcionalidades das janelas, programa e aplicativos utilizando as
partes da janela (botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (4) Bibliotecas,
Arquivos, Pastas, Ícones e Atalhos: realizar ações e operações sobre bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos: localizar, copiar, mover,
criar, criar atalhos, criptografar, ocultar, excluir, recortar, colar, renomear, abrir, abrir com, editar, enviar para, propriedades e etc.; e (5)
Nomes válidos: identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Word 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões, incluindo número de páginas e palavras, erros de revisão, idioma, modos de exibição do documento e zoom;
(2) Documentos: abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos, utilizado as barras de ferramen-
tas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse; (3) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os
botões e ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão
e Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos e documentos; e (4) Ajuda: saber usar
a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Excel 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões; (2) Elementos: definir e identificar célula, planilha e pasta; saber selecionar e reconhecer a seleção de células,
planilhas e pastas; (3) Planilhas e Pastas: abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar, config-
urar planilhas e pastas, utilizar fórmulas e funções, utilizar as barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de
Opções, teclado e/ou mouse; (4) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os ícones e botões das barras de ferramentas das guias
e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar células, configurar,
reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção de células; (5) Fórmulas: saber o significado e resultado de
fórmulas; e (6) Ajuda: saber usar a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Mozilla Firefox versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar o ambiente, características e componentesda
janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades do Mozilla Firefox. Internet Explorer 11: (1)
identificar o ambiente, características e componentes da janela principal do Internet Explorer; (2) identificar e usar as funcionalidades
da barra de ferramentas e de status; (3) identificar e usar as funcionalidades dos menus; (4) identificar e usar as funcionalidades
das barras de Menus, Favoritos, Botões do Modo de Exibição de Compatibilidade, Barra de Comandos, Barra de Status; e (5) utilizar
teclas de atalho para qualquer operação. Google Chrome versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar
o ambiente, características e componentes da janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades
do Google Chrome. Outlook Express: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, responder e encaminhar mensagens,
destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar mensagens. Funcionalidade
dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Microsoft Outlook 2016: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, respond-
er e encaminhar mensagens, destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar
mensagens. Funcionalidade dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Gmail: Funcionamento do serviço de e-mail Gmail, incluindo:
menus, caixas de emails, enviados, rascunhos, configurações, estrela, escrever, responder, encaminhar, inserir anexos, filtros, entre
outros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Conhecimentos Gerais
1. Cultura popular, personalidades, pontos turísticos, organização política e territorial, divisão política, regiões administrativas, regional-
ização do IBGE, hierarquia urbana, símbolos, estrutura dos poderes, fauna e flora locais, hidrografia e relevo, matriz produtiva, matriz
energética e matriz de transporte, unidades de conservação, história e geografia do Estado, do Município e da região que o cerca . 01
ÍNDICE
Legislação
1. PARTE 1: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988, com as alterações das Emen-
das Constitucionais publicadas até 21 de outubro de 2015. Título I – Dos Princípios Fundamentais – art 1º ao 4º; Título II – Dos Direitos
e Garantias Fundamentais – art 5º ao 17; Título III – Da Organização do Estado. Da Organização Político-Administrativa – art. 18 ao 31;
Da Administração Pública – art. 37 ao 41. Título VI – Da Tributação e do Orçamento – art. 145 ao 167; Título VII – Da Ordem Econômica
e Financeira – art. 170 ao 192 e Título VIII – Da Ordem Social – art. 193 ao 232. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Lei Orgânica do Município de Viamão; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3. PARTE 2: 3. Lei Municipal Nº 4481 de 03 de Abril de 2016 - Dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no Município; cria a
Empresa Pública de Trânsito de Viamão – EPTV e dá outras providências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56

Conhecimentos Específicos
Agente de Trânsito e Transporte
1. Legislação de Trânsito: Do Sistema Nacional do Trânsito. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta. Condução de Veículos por Mo-
torista Profissional. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados. Dos Equipamentos Obrigatórios. Da Educação para o
Trânsito. Da Engenharia de Tráfico, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo de Trânsito. Da Sinalização de Trânsito.
Dos Veículos. Do Registro de Veículos. Do Licenciamento. Da Condução de Escolares. Da Condução de Moto-frete. Da Habilitação. Das
Infrações. Das Penalidades e Multas. Das Medidas Administrativas. Do Processo Administrativo. Dos Crimes de Trânsito. . . . . . . 01
2. Conceitos e Definições. Sinalização de regulamentação. Sinalização de advertência. Sinalização Horizontal. Fiscalização de Trânsi-
to. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3. Código de Posturas: Da Polícia de Costumes, Segurança e Ordem Pública (Art. 104 a 148). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4. Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT II); . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5. Resoluções do CONTRAN atualizadas: Res. 219 de 14/12/06, Res. 432 de 23/01/13, Res. 254 de 26/10/2007/ 580/16, Res. 453 de
26/09/13, Res. 558 de 15/04/1980, Res. 819 de 17/03/2021 e Decreto DETRAN RS 55735 de 22/01/2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Leitura e compreensão de textos: Assunto. Estruturação do texto. Ideias principais e secundárias. Relação entre as ideias. Efeitos de
sentido. Recursos de argumentação. Informações implícitas: pressupostos e subentendidos. Coesão e coerência textuais. . . . . . 01
2. Figuras de linguagem. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
3. Léxico: Significação de palavras e expressões no texto. Substituição de palavras e de expressões no texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
4. Estrutura e formação de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
5. Aspectos linguísticos: Relações morfossintáticas. Flexões e emprego de classes gramaticais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
6. Ortografia: emprego de letras e acentuação gráfica sistema oficial vigente (inclusive o Acordo Ortográfico vigente, conforme Decreto
7.875/12). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
7. Relações entre fonemas e grafias. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
8. Vozes verbais e sua conversão. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
9. Concordância nominal e verbal. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
10. Regência nominal e verbal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
11. Inclusive emprego do acento indicativo de crase . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
12. Coordenação e subordinação: emprego das conjunções, das locuções conjuntivas e dos pronomes relativos. . . . . . . . . . . . . . . . . 30
13. Pontuação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
LEITURA E COMPREENSÃO DE TEXTOS: ASSUNTO. lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO. IDEIAS PRINCIPAIS E SE- com a não-verbal.
CUNDÁRIAS. RELAÇÃO ENTRE AS IDEIAS. EFEITOS DE
SENTIDO. RECURSOS DE ARGUMENTAÇÃO. INFORMA-
ÇÕES IMPLÍCITAS: PRESSUPOSTOS E SUBENTENDIDOS.
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAIS

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-
ou que faça com que você realize inferências. tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. este processo é intertextualidade.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz. Interpretação de Texto
Percebeu a diferença? Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
Tipos de Linguagem bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que de um texto.
facilite a interpretação de textos. A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
pode ser escrita ou oral. texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti-
ca e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta-
do, país e mundo;
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto-
gráficas, gramaticais e interpretativas;
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, - Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po-
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. lêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa-
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
– Separe fatos de opiniões. CACHORROS
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu- Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
tável). espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
– Retorne ao texto sempre que necessário. seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
enunciados das questões. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
– Reescreva o conteúdo lido. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
picos ou esquemas. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa-
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
distração, mas também um aprendizado. to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
do texto. fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- capaz de identificar o tema do texto!
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
prova. Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi- -secundarias/
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca TEXTOS VARIADOS
extrapole a visão dele.
Ironia
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia  é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo novo sentido, gerando um efeito de humor.
significativo, que é o texto. Exemplo:
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atra-
ído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

2
LÍNGUA PORTUGUESA
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes. ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! NERO EM QUE SE INSCREVE
Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
Ironia de situação de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da principal. Compreender relações semânticas é uma competência
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
morte. fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

Ironia dramática (ou satírica) Busca de sentidos


A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten- apreensão do conteúdo exposto.
ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé- citadas ou apresentando novos conceitos.
dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con- Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
da narrativa. espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao Importância da interpretação
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
Humor específicos, aprimora a escrita.
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o
rer algo fora do esperado numa situação. texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- dentes que não foram observados previamente.
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.

3
LÍNGUA PORTUGUESA
Para auxiliar na busca de sentidos do texto, pode-se também Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
retirar dele os tópicos frasais presentes em cada parágrafo, isso entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
certamente auxiliará na apreensão do conteúdo exposto. Lembre- Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo menos em de destaque sobre algum assunto de interesse.
um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar que estão,
é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma relação hie- Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
rárquica do pensamento defendido, retomando ideias já citadas ou za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
apresentando novos conceitos. crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. berdade para quem recebe a informação.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão,
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO

Diferença entre compreensão e interpretação Fato


A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
leitor tira conclusões subjetivas do texto. ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
Exemplo de fato:
Gêneros Discursivos A mãe foi viajar.
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso-
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou Interpretação
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- sas, previmos suas consequências.
dárias. Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- ças sejam detectáveis.
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações Exemplos de interpretação:
encaminham-se diretamente para um desfecho. A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
tro país.
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a do que com a filha.
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- Opinião
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
curto. que fazemos do fato.
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos
como horas ou mesmo minutos. Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
anteriores:
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin- A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
imagens. do que com a filha. Ela foi egoísta.

Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
vencer o leitor a concordar com ele. positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
mos expressando nosso julgamento.
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
analisamos um texto dissertativo.

4
LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo: NÍVEIS DE LINGUAGEM
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
com o sofrimento da filha. Definição de linguagem
Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
e o do leitor. o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
Parágrafo incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- e caem em desuso.
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto Língua escrita e língua falada
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
sentada na introdução. parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
rágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Linguagem popular e linguagem culta
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
prova. valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
o diálogo é usado para representar a língua falada.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- Linguagem Popular ou Coloquial
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto. sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con- está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
expressão dos esta dos emocionais etc.
Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto-
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais A Linguagem Culta ou Padrão
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí- se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
odo, e o tópico que o antecede. truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
para a clareza do texto. mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
sem coerência. Gíria
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores. arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
mais direto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário comportamentos, nas leis jurídicas.
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, Características principais:
“mina”, “tipo assim”. • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
Linguagem vulgar do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”. Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
Linguagem regional ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
Tipos e genêros textuais perior para formação de oficiais.
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e Tipo textual expositivo
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns pode ser expositiva ou argumentativa.
exemplos e as principais características de cada um deles. A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
Tipo textual descritivo neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma Características principais:
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
um movimento etc. • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
Características principais: mar.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
caracterizadora. de ponto de vista.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu- • Apresenta linguagem clara e imparcial.
meração.
• A noção temporal é normalmente estática. Exemplo:
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
ção. questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- terminado tema.
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
Exemplo: Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
Era uma casa muito engraçada sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não Tipo textual dissertativo-argumentativo
Porque na casa não tinha chão Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Ninguém podia dormir na rede sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Porque na casa não tinha parede apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Ninguém podia fazer pipi clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Porque penico não tinha ali tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Mas era feita com muito esmero (leitor ou ouvinte).
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Características principais: GÊNEROS TEXTUAIS
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté- de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
gestão/solução). síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e ais que neles predominam.
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Descritivo Diário
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Relatos (viagens, históricos, etc.)
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Biografia e autobiografia
Notícia
Exemplo: Currículo
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Lista de compras
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Cardápio
administração política (tese), porque a força governamental certa- Anúncios de classificados
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Injuntivo Receita culinária
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Bula de remédio
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Manual de instruções
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Regulamento
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Textos prescritivos
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Expositivo Seminários
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Palestras
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Conferências
cobrança efetiva (conclusão). Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Tipo textual narrativo Enciclopédia
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Verbetes de dicionários
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Carta de opinião
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Resenha
Artigo
Características principais: Ensaio
• O tempo verbal predominante é o passado. Monografia, dissertação de
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- mestrado e tese de doutorado
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
Narrativo Romance
onisciente).
Novela
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
Crônica
prosa, não em verso.
Contos de Fada
Fábula
Exemplo:
Lendas
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- nitos e mudam de acordo com a demanda social.
rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
Nelson S. Oliveira INTERTEXTUALIDADE
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurre- A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou
ais/4835684 seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
ambos: forma e conteúdo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri- Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
provérbios, charges, dentre outros. mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
Tipos de Intertextualidade domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen- que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se- O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- enunciador está propondo.
ticos. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
significa a “repetição de uma sentença”. admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha mento de premissas e conclusões.
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) A é igual a B.
e “graphé” (escrita). A é igual a C.
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção Então: C é igual a B.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- que C é igual a A.
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Outro exemplo:
“citação” (citare) significa convocar. Todo ruminante é um mamífero.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros A vaca é um ruminante.
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois Logo, a vaca é um mamífero.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem. também será verdadeira.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ARGUMENTAÇÃO a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
propõe. instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir outro fundado há dois ou três anos.
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
vista defendidos. pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas der bem como eles funcionam.
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
sos de linguagem. na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
escolher entre duas ou mais coisas”. não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
zado numa dada cultura.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de Argumento Argumento quase lógico
Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa- É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu- e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
mento. Exemplo: chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
Argumento de Autoridade elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur- Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver- correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
dadeira. Exemplo: tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para indevidas.
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
cimento. Nunca o inverso. Argumento do Atributo
Alex José Periscinoto. É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor- que é mais grosseiro, etc.
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
acreditar que é verdade. tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
de.
Argumento de Quantidade Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
largo uso do argumento de quantidade. dizer dá confiabilidade ao que se diz.
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
Argumento do Consenso de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não por bem determinar o internamento do governador pelo período
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- tal por três dias.
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
carentes de qualquer base científica. Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
Argumento de Existência ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas texto tem sempre uma orientação argumentativa.
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
do que dois voando”. homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa outras, etc. Veja:
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela vam abraços afetuosos.”
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na-
vios, etc., ganhava credibilidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras Desse ponto de vista, a dissertação pode ser definida como dis-
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse cussão, debate, questionamento, o que implica a liberdade de pen-
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até, samento, a possibilidade de discordar ou concordar parcialmente.
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. A liberdade de questionar é fundamental, mas não é suficiente para
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra- organizar um texto dissertativo. É necessária também a exposição
tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros: dos fundamentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am- de vista.
plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá- Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.
positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
injustiça, corrupção). seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para
ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
o argumento. ver as seguintes habilidades:
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con- - argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total-
atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por mente contrária;
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os
que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta-
uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir ria contra a argumentação proposta;
outros à sua dependência política e econômica”. - refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
ta.
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
o assunto, etc). válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
dades não se prometem, manifestam-se na ação. ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
comportamento. da verdade:
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - evidência;
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- - divisão ou análise;
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio - ordem ou dedução;
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em - enumeração.
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen-
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
mica e até o choro. e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
caracteriza a universalidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo- Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda-
particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem
silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os
uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par-
conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio
verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
o efeito. Exemplo: que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
pesquisa.
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
Fulano é homem (premissa menor = particular) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
Logo, Fulano é mortal (conclusão) todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia- síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém,
se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par- reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu
te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci- o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo: todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina-
O calor dilata o ferro (particular) das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então,
O calor dilata o bronze (particular) o relógio estaria reconstruído.
O calor dilata o cobre (particular) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
O ferro, o bronze, o cobre são metais meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, relacionadas:
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de lha dos elementos que farão parte do texto.
sofisma no seguinte diálogo: Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
- Lógico, concordo. racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
- Claro que não! por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Exemplos de sofismas: lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Dedução confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Todo professor tem um diploma (geral, universal) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Fulano tem um diploma (particular) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro- sabiá, torradeira.
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
ados nos sentimentos não ditados pela razão.

11
LÍNGUA PORTUGUESA
Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé- - deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui
tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem”
classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem);
uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais - deve ser breve (contida num só período). Quando a definição,
importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos
o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan-
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração dida;d
do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou - deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) +
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as
(Garcia, 1973, p. 302304.) diferenças).
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres- As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de
sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio- paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que
nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam. consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala-
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição vra e seus significados.
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
de vista sobre ele. pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- mentação coerente e adequada.
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
- o termo a ser definido; sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
- o gênero ou espécie; são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
- a diferença específica. expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
ma espécie. Exemplo: raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
Elemento especiediferença relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
a ser definidoespecífica nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é virtude de, em vista de, por motivo de.
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
ou instalação”; interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os assim, desse ponto de vista.
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade;
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade,
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”;

12
LÍNGUA PORTUGUESA
Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi-
elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são dade da afirmação;
frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de- Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis-
pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de- te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto-
pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente, ridade que contrariam a afirmação apresentada;
respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de-
espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí, sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes.
interior, nas grandes cidades, no sul, no leste... Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra-
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta- argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é
belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos que gera o controle demográfico”.
que, melhor que, pior que. Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se: desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- elaboração de um Plano de Redação.
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer tecnológica
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais ta, justificar, criando um argumento básico;
caráter confirmatório que comprobatório. - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli- construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse (rever tipos de argumentação);
caso, incluem-se - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
mortal, aspira à imortalidade); dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ-
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- ência);
dos e axiomas); - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- argumento básico;
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
parece absurdo). mento básico;
- Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con- partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
cretos, estatísticos ou documentais. menos a seguinte:
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau- Introdução
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência. - função social da ciência e da tecnologia;
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações, - definições de ciência e tecnologia;
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opini- - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
ões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada,
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que ex- Desenvolvimento
presse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade vimento tecnológico;
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- condições de vida no mundo atual;
gumentação: - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- desenvolvidos;
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- sado; apontar semelhanças e diferenças;
dadeira; - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
banos;

13
LÍNGUA PORTUGUESA
- como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
mais a sociedade. estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
Conclusão das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
- a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ- elementos formativos de um texto.
ências maléficas; A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
- síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
apresentados. elementos textuais.
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda- de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo-
ção: é um dos possíveis. sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de
entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na imediato a coerência de um discurso.
criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis- A coerência:
tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções - assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto;
diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela - situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
é inserida. tual;
O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento, - relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
não se restringindo única e exclusivamente a textos literários. o aspecto global do texto;
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume - estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases.
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, Coesão
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto,
textos caracterizada por um citar o outro. numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário,
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a tem-se a coesão lexical.
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala-
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo-
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema nentes do texto.
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
mencionar um provérbio conhecido. que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge-
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou- do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais.
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi- A coesão:
zá-lo ou ao compará-lo com outros. - assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum - situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial;
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- componentes do texto;
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con-
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a compre- diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
ensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de mobili- é inserida.
zar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coerente, além O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada. não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume
Coerência a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se- escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na textos caracterizada por um citar o outro.
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com
outra”).

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LÍNGUA PORTUGUESA
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro-
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex-
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos termo “citação” (citare) significa convocar.
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros
mencionar um provérbio conhecido. textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- Pastiche é uma recorrência a um gênero.
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi-
zá-lo ou ao compará-lo com outros. A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum a recriação de um texto.
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con- produtor e ao receptor de textos.
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi- A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
Tipos de Intertextualidade daquela citação ou alusão em questão.
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali- implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
dade. ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá- A intertextualidade explícita:
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as – é facilmente identificada pelos leitores;
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. – estabelece uma relação direta com o texto fonte;
– apresenta elementos que identificam o texto fonte;
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto – não exige que haja dedução por parte do leitor;
é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea- – apenas apela à compreensão do conteúdos.
firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com
outras palavras o que já foi dito. A intertextualidade implícita:
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- – não é facilmente identificada pelos leitores;
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto – não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui, – não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica te dos leitores;
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces- – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca a compreensão do conteúdo.
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- PONTO DE VISTA
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
demagogia praticada pela classe dominante. vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” servador e o narrador-personagem.
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A Primeira pessoa
cultura é o melhor conforto para a velhice”. Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
só descobrimos ao decorrer da história.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Segunda pessoa – céu da boca
O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá- – pé da montanha
logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta
quase como outro personagem que participa da história. Sinestesia: fusão harmônica de, no mínimo, dois dos cinco sen-
tidos físicos.
Terceira pessoa
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser- Exemplo:
vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em Vem da sala de linotipos a doce (gustativa) música (auditiva)
primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al- mecânica.
guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse. (Carlos Drummond de Andrade)

Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi- A fusão de sensações físicas e psicológicas também é sineste-
tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada sia: “ódio amargo”, “alegria ruidosa”, “paixão luminosa”, “indiferen-
por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para ça gelada”.
outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a
leitura não fique confuso. Antonomásia: substitui um nome próprio por uma qualidade,
atributo ou circunstância que individualiza o ser e notabiliza-o.
FIGURAS DE LINGUAGEM Exemplos
O filósofo de Genebra (= Calvino).
Figuras de Linguagem O águia de Haia (= Rui Barbosa).
As figuras de linguagem ou de estilo são empregadas para
valorizar o texto, tornando a linguagem mais expressiva. É um re- Metonímia: troca de uma palavra por outra, de tal forma que
curso linguístico para expressar de formas diferentes experiências a palavra empregada lembra, sugere e retoma a que foi omitida.
comuns, conferindo originalidade, emotividade ao discurso, ou tor-
nando-o poético. Exemplos:
Leio Graciliano Ramos. (livros, obras)
As figuras de linguagem classificam-se em Comprei um panamá. (chapéu de Panamá)
- figuras de palavra; Tomei um Danone. (iogurte)
- figuras de pensamento;
- figuras de construção ou sintaxe. Alguns autores, em vez de metonímia, classificam como siné-
doque quando se têm a parte pelo todo e o singular pelo plural.
Figuras de palavra: emprego de um termo com sentido dife-
rente daquele convencionalmente empregado, a fim de se conse- Exemplo:
guir um efeito mais expressivo na comunicação. A cidade inteira viu assombrada, de queixo caído, o pistoleiro
sumir de ladrão, fugindo nos cascos de seu cavalo. (singular pelo
Metáfora: comparação abreviada, que dispensa o uso dos co- plural)
nectivos comparativos; é uma comparação subjetiva. Normalmente (José Cândido de Carvalho)
vem com o verbo de ligação claro ou subentendido na frase.

Exemplos Figuras Sonoras


...a vida é cigana Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal, geral-
É caravana mente em posição inicial da palavra.
É pedra de gelo ao sol.
(Geraldo Azevedo/ Alceu Valença) Exemplo:
Vozes veladas veludosas vozes volúpias dos violões, vozes ve-
Encarnado e azul são as cores do meu desejo. ladas.
(Carlos Drummond de Andrade) (Cruz e Sousa)

Comparação: aproxima dois elementos que se identificam, Assonância: repetição do mesmo fonema vocal ao longo de um
ligados por conectivos comparativos explícitos: como, tal qual, tal verso ou poesia.
como, que, que nem. Também alguns verbos estabelecem a com-
paração: parecer, assemelhar-se e outros. Exemplo:
Sou Ana, da cama,
Exemplo: da cana, fulana, bacana
Estava mais angustiado que um goleiro na hora do gol, quando Sou Ana de Amsterdam.
você entrou em mim como um sol no quintal. (Chico Buarque)
(Belchior)
Catacrese: emprego de um termo em lugar de outro para o Paronomásia: Emprego de vocábulos semelhantes na forma ou
qual não existe uma designação apropriada. na prosódia, mas diferentes no sentido.

Exemplos Exemplo:
– folha de papel Berro pelo aterro pelo desterro berro por seu berro pelo seu
– braço de poltrona [erro

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LÍNGUA PORTUGUESA
quero que você ganhe que (Rubem Braga)
[você me apanhe
sou o seu bezerro gritando Pleonasmo: repetição de uma ideia já sugerida ou de um ter-
[mamãe. mo já expresso.
(Caetano Veloso)
Pleonasmo literário: recurso estilístico que enriquece a expres-
Onomatopeia: imitação aproximada de um ruído ou som pro- são, dando ênfase à mensagem.
duzido por seres animados e inanimados.
Exemplos:
Exemplo: Não os venci. Venceram-me
Vai o ouvido apurado eles a mim.
na trama do rumor suas nervuras (Rui Barbosa)
inseto múltiplo reunido
para compor o zanzineio surdo Morrerás morte vil na mão de um forte.
circular opressivo (Gonçalves Dias)
zunzin de mil zonzons zoando em meio à pasta de calor
da noite em branco Pleonasmo vicioso: Frequente na linguagem informal, cotidia-
(Carlos Drummond de Andrade) na, considerado vício de linguagem. Deve ser evitado.

Observação: verbos que exprimem os sons são considerados Exemplos:


onomatopaicos, como cacarejar, tiquetaquear, miar etc. Ouvir com os ouvidos.
Rolar escadas abaixo.
Figuras de sintaxe ou de construção: dizem respeito a desvios Colaborar juntos.
em relação à concordância entre os termos da oração, sua ordem, Hemorragia de sangue.
possíveis repetições ou omissões. Repetir de novo.

Podem ser formadas por: Elipse: Supressão de uma ou mais palavras facilmente suben-
omissão: assíndeto, elipse e zeugma; tendidas na frase. Geralmente essas palavras são pronomes, con-
repetição: anáfora, pleonasmo e polissíndeto; junções, preposições e verbos.
inversão: anástrofe, hipérbato, sínquise e hipálage;
ruptura: anacoluto; Exemplos:
concordância ideológica: silepse. Compareci ao Congresso. (eu)
Espero venhas logo. (eu, que, tu)
Anáfora: repetição da mesma palavra no início de um período, Ele dormiu duas horas. (durante)
frase ou verso. No mar, tanta tormenta e tanto dano. (verbo Haver)
(Camões)
Exemplo:
Dentro do tempo o universo Zeugma: Consiste na omissão de palavras já expressas anterior-
[na imensidão. mente.
Dentro do sol o calor peculiar
[do verão. Exemplos:
Dentro da vida uma vida me Foi saqueada a vila, e assassina dos os partidários dos Filipes.
[conta uma estória que fala (Camilo Castelo Branco)
[de mim.
Dentro de nós os mistérios Rubião fez um gesto, Palha outro: mas quão diferentes.
[do espaço sem fim! (Machado de Assis)
(Toquinho/Mutinho)
Hipérbato ou inversão: alteração da ordem direta dos elemen-
Assíndeto: ocorre quando orações ou palavras que deveriam tos na frase.
vir ligadas por conjunções coordenativas aparecem separadas por
vírgulas. Exemplos:
Passeiam, à tarde, as belas na avenida.
Exemplo: (Carlos Drummond de Andrade)
Não nos movemos, as mãos é
que se estenderam pouco a Paciência tenho eu tido...
pouco, todas quatro, pegando-se, (Antônio Nobre)
apertando-se, fundindo-se.
(Machado de Assis)
Polissíndeto: repetição intencional de uma conjunção coorde- Anacoluto: interrupção do plano sintático com que se inicia a
nativa mais vezes do que exige a norma gramatical. frase, alterando a sequência do processo lógico. A construção do
período deixa um ou mais termos desprendidos dos demais e sem
Exemplo: função sintática definida.
Há dois dias meu telefone não fala, nem ouve, nem toca, nem
tuge, nem muge.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplos:
E o desgraçado, tremiam-lhe as pernas.
(Manuel Bandeira)

Aquela mina de ouro, ela não ia deixar que outras espertas botassem as mãos.
(José Lins do Rego)

Hipálage: inversão da posição do adjetivo (uma qualidade que pertence a um objeto é atribuída a outro, na mesma frase).

Exemplo:
...em cada olho um grito castanho de ódio.
(Dalton Trevisan)
...em cada olho castanho um grito de ódio)

Silepse:

Silepse de gênero: Não há concordância de gênero do adjetivo ou pronome com a pessoa a que se refere.

Exemplos:
Pois aquela criancinha, longe de ser um estranho...
(Rachel de Queiroz)

V. Ex.a parece magoado...


(Carlos Drummond de Andrade)

Silepse de pessoa: Não há concordância da pessoa verbal com o sujeito da oração.

Exemplos:
Os dois ora estais reunidos...
(Carlos Drummond de Andrade)

Na noite do dia seguinte, estávamos reunidos algumas pessoas.


(Machado de Assis)

Silepse de número: Não há concordância do número verbal com o sujeito da oração.

Exemplo:
Corria gente de todos os lados, e gritavam.
(Mário Barreto)

LÉXICO: SIGNIFICAÇÃO DE PALAVRAS E EXPRESSÕES NO TEXTO. SUBSTITUIÇÃO DE


PALAVRAS E DE EXPRESSÕES NO TEXTO

Significação de palavras
As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação. E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos que
compõem este estudo.

Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado
de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DE PALAVRAS

ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS


As palavras são formadas por estruturas menores, com significados próprios. Para isso, há vários processos que contribuem para a
formação das palavras.

Estrutura das palavras


As palavras podem ser subdivididas em estruturas significativas menores - os morfemas, também chamados de elementos mórficos: 
– radical e raiz;
– vogal temática;
– tema;
– desinências;
– afixos;
– vogais e consoantes de ligação.
Radical: Elemento que contém a base de significação do vocábulo.
Exemplos
VENDer, PARTir, ALUNo, MAR.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Desinências: Elementos que indicam as flexões dos vocábulos. Derivação:
Formação de uma nova palavra a partir de uma primitiva. Te-
Dividem-se em: mos:

Nominais Prefixação: Formação de palavra derivada com acréscimo de


Indicam flexões de gênero e número nos substantivos. um prefixo ao radical da primitiva.
Exemplos Exemplos
pequenO, pequenA, alunO, aluna. CONter, INapto, DESleal.
pequenoS, pequenaS, alunoS, alunas.
Sufixação: Formação de palavra nova com acréscimo de um su-
Verbais fixo ao radical da primitiva.
Indicam flexões de modo, tempo, pessoa e número nos verbos Exemplos
Exemplos cafezAL, meninINHa, loucaMENTE.
vendêSSEmos, entregáRAmos. (modo e tempo)
vendesteS, entregásseIS. (pessoa e número) Parassíntese: Formação de palavra derivada com acréscimo de
um prefixo e um sufixo ao radical da primitiva ao mesmo tempo.
Indica, nos verbos, a conjugação a que pertencem. Exemplos
Exemplos EMtardECER, DESanimADO, ENgravidAR.
1ª conjugação: – A – cantAr
2ª conjugação: – E – fazEr Derivação imprópria: Alteração da função de uma palavra pri-
3ª conjugação: – I – sumIr mitiva.
Exemplo
Observação Todos ficaram encantados com seu  andar: verbo usado com
Nos substantivos ocorre vogal temática quando ela não indica valor de substantivo.
oposição masculino/feminino.
Exemplos Derivação regressiva: Ocorre a alteração da estrutura fonética
livrO, dentE, paletó. de uma palavra primitiva para a formação de uma derivada. Em ge-
ral de um verbo para substantivo ou vice-versa.
Tema: União do radical e a vogal temática. Exemplos
Exemplos combater – o combate
CANTAr, CORREr, CONSUMIr. chorar – o choro

Vogal e consoante de ligação: São os elementos que se inter- Prefixos


põem aos vocábulos por necessidade de eufonia. Os prefixos existentes em Língua Portuguesa são divididos em:
Exemplos vernáculos, latinos e gregos.
chaLeira, cafeZal.
Vernáculos: Prefixos latinos que sofreram modificações ou fo-
Afixos ram aportuguesados:  a, além, ante, aquém, bem, des,  em, entre,
Os afixos são elementos que se acrescentam antes ou depois mal, menos, sem, sob, sobre, soto.
do radical de uma palavra para a formação de outra palavra. Divi- Nota-se o emprego desses prefixos em palavras como:  abor-
dem-se em: dar, além-mar, bem-aventurado, desleal, engarrafar, maldição, me-
Prefixo: Partícula que se coloca antes do radical. nosprezar, sem-cerimônia, sopé, sobpor, sobre-humano, etc.
Exemplos
DISpor, EMpobrecer, DESorganizar. Latinos: Prefixos que conservam até hoje a sua forma latina
original:
Sufixo a, ab, abs – afastamento: aversão, abjurar.
Afixo que se coloca depois do radical. a, ad – aproximação, direção: amontoar.
Exemplos ambi – dualidade: ambidestro.
contentaMENTO, reallDADE, enaltECER. bis, bin, bi – repetição, dualidade: bisneto, binário.
Processos de formação das palavras centum – cem: centúnviro, centuplicar, centígrado.
Composição: Formação de uma palavra nova por meio da jun- circum, circun, circu – em volta de: circumpolar, circunstante.
ção de dois ou mais vocábulos primitivos. Temos: cis – aquem de: cisalpino, cisgangético.
com, con, co – companhia, concomitância: combater, contem-
Justaposição: Formação de palavra composta sem alteração na porâneo.
estrutura fonética das primitivas. contra – oposição, posição inferior: contradizer.
Exemplos de – movimento de cima para baixo, origem, afastamento: de-
passa + tempo = passatempo crescer, deportar.
gira + sol = girassol des – negação, separação, ação contrária: desleal, desviar.
dis, di – movimento para diversas partes, ideia contrária: dis-
Aglutinação: Formação de palavra composta com alteração da trair, dimanar.
estrutura fonética das primitivas. entre – situação intermediaria, reciprocidade: entrelinha, en-
Exemplos trevista.
em + boa + hora = embora ex, es, e – movimento de dentro para fora, intensidade, priva-
vossa + merce = você ção, situação cessante: exportar, espalmar, ex-professor.

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LÍNGUA PORTUGUESA
extra – fora de, além de, intensidade: extravasar, extraordiná- Nominais
rio. Coletivos: -aria, -ada, -edo, -al, -agem, -atro, -alha, -ama.
im, in, i – movimento para dentro; ideia contraria: importar, Aumentativos e diminutivos: -ão, -rão, -zão, -arrão, -aço, -as-
ingrato. tro, -az.
inter – no meio de: intervocálico, intercalado. Agentes: -dor, -nte, -ário, -eiro, -ista.
intra – movimento para dentro: intravenoso, intrometer. Lugar: -ário, -douro, -eiro, -ório.
justa – perto de: justapor. Estado: -eza, -idade, -ice, -ência, -ura, -ado, -ato.
multi – pluralidade: multiforme. Pátrios: -ense, -ista, -ano, -eiro, -ino, -io, -eno, -enho, -aico.
ob, o – oposição: obstar, opor, obstáculo. Origem, procedência: -estre, -este, -esco.
pene – quase: penúltimo, península.
per – movimento através de, acabamento de ação; ideia pejo- Verbais
rativa: percorrer. Comuns: -ar, -er, -ir.
post, pos – posteridade: postergar, pospor. Frequentativos: -açar, -ejar, -escer, -tear, -itar.
pre – anterioridade: predizer, preclaro. Incoativos: -escer, -ejar, -itar.
preter – anterioridade, para além: preterir, preternatural. Diminutivos: -inhar, -itar, -icar, -iscar.
pro – movimento para diante, a favor de, em vez de: prosseguir,
procurador, pronome. Adverbial = há apenas um
re – movimento para trás, ação reflexiva, intensidade, repeti- MENTE: mecanicamente, felizmente etc.
ção: regressar, revirar.
retro – movimento para trás: retroceder.
satis – bastante: satisdar. ASPECTOS LINGUÍSTICOS: RELAÇÕES MORFOSSINTÁTI-
sub, sob, so, sus – inferioridade: subdelegado, sobraçar, sopé. CAS. FLEXÕES E EMPREGO DE CLASSES GRAMATICAIS
subter – por baixo: subterfúgio.
super, supra – posição superior, excesso: super-homem, super- CLASSES DE PALAVRAS
povoado.
trans, tras, tra, tres – para além de, excesso: transpor. Substantivo
tris, três, tri – três vezes: trisavô, tresdobro. São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
ultra – para além de, intensidade: ultrapassar, ultrabelo. nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
uni – um: unânime, unicelular. timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 

Grego: Os principais prefixos de origem grega são: Classificação dos substantivos


a, an – privação, negação: ápode, anarquia.
ana – inversão, parecença: anagrama, analogia. SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
anfi – duplicidade, de um e de outro lado: anfíbio, anfiteatro. apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
anti – oposição: antipatia, antagonista. sua estrutura. macaco/João/sabão
apo – afastamento: apólogo, apogeu.
arqui, arque, arce, arc – superioridade: arcebispo, arcanjo. SUBSTANTIVOS Macacos-prego/
caco – mau: cacofonia. COMPOSTOS: são formados porta-voz/
cata – de cima para baixo: cataclismo, catalepsia. por mais de um radical em sua pé-de-moleque
deca – dez: decâmetro. estrutura.
dia – através de, divisão: diáfano, diálogo. SUBSTANTIVOS Casa/
dis – dualidade, mau: dissílabo, dispepsia. PRIMITIVOS: são os que dão mundo/
en – sobre, dentro: encéfalo, energia. origem a outras palavras, ou população
endo – para dentro: endocarpo. seja, ela é a primeira. /formiga
epi – por cima: epiderme, epígrafe.
eu – bom: eufonia, eugênia, eupepsia. SUBSTANTIVOS Caseiro/mundano/
hecto – cem: hectômetro. DERIVADOS: são formados populacional/formigueiro
hemi – metade: hemistíquio, hemisfério. por outros radicais da língua.
hiper – superioridade: hipertensão, hipérbole. SUBSTANTIVOS Rodrigo
hipo – inferioridade: hipoglosso, hipótese, hipotermia. PRÓPRIOS: designa /Brasil
homo – semelhança, identidade: homônimo. determinado ser entre outros /Belo Horizonte/Estátua
meta – união, mudança, além de: metacarpo, metáfase. da mesma espécie. São da Liberdade
míria – dez mil: miriâmetro. sempre iniciados por letra
mono – um: monóculo, monoculista. maiúscula.
neo – novo, moderno: neologismo, neolatino.
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
para – aproximação, oposição: paráfrase, paradoxo.
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
penta – cinco: pentágono.
uma mesma espécie.
peri – em volta de: perímetro.
poli – muitos: polígono, polimorfo. SUBSTANTIVOS Leão/corrente
pro – antes de: prótese, prólogo, profeta. CONCRETOS: nomeiam seres /estrelas/fadas
Sufixos com existência própria. Esses /lobisomem
Os sufixos podem ser: nominais, verbais e adverbial. seres podem ser animadoso /saci-pererê
ou inanimados, reais ou
imaginários.

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUBSTANTIVOS Mistério/ • Número:


ABSTRATOS: nomeiam bondade/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
ações, estados, qualidades confiança/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
e sentimentos que não tem lembrança/ res, japonês/ japoneses.
existência própria, ou seja, só amor/ – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
existem em função de um ser. alegria branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

SUBSTANTIVOS Elenco (de atores)/ • Grau:


COLETIVOS: referem-se a um acervo (de obras – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
conjunto de seres da mesma artísticas)/buquê (de flores) rioso (do) que o seu.
espécie, mesmo quando – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
empregado no singular e rioso (do) que o seu.
constituem um substantivo – Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
comum. quanto o seu.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS – Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI! mo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
Flexão dos Substantivos moso.
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi- – Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou mais famoso de todos.
uniformes – Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta nos famoso de todos.
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina Artigo
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única É uma palavra variável em gênero e número que antecede o
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. • Classificação e Flexão do Artigos
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá- – Artigos Definidos: o, a, os, as.
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira O menino carregava o brinquedo em suas costas.
macho/palmeira fêmea. As meninas brincavam com as bonecas.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto – Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a Um menino carregava um brinquedo.
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua). Umas meninas brincavam com umas bonecas.
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, Numeral
o/a estudante, o/a colega. É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1). coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
– Singular: anzol, tórax, próton, casa. • Classificação dos Numerais
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas. – Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau – Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
diminutivo. Quinto ano. Primeiro lugar.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra. – Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme. quantidade é multiplicada:
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha O quíntuplo do preço.
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.  – Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.
Adjetivo
É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substanti-
vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão
composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo
por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um ad-
jetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
vespertino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
no: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 

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LÍNGUA PORTUGUESA
Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pou-
co, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário,
Variáveis
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser va-
riáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).

• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversativas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portan-
Conclusivas
to...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante,
Conformativas
etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
Comparativas
etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Interjeição Atenção:
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, • Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações • Permanece o acento diferencial em pôr/por.
das pessoas. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
• Principais Interjeições dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum! reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas palavras forma/fôrma.
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- Uso de hífen
der o estudo da Sintaxe. Regra básica:
Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho-
mem.
ORTOGRAFIA: EMPREGO DE LETRAS E ACENTUAÇÃO
GRÁFICA SISTEMA OFICIAL VIGENTE (INCLUSIVE O Outros casos
ACORDO ORTOGRÁFICO VIGENTE, CONFORME DECRE- 1. Prefixo terminado em vogal:
TO 7.875/12) – Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo.
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto,
ORTOGRAFIA OFICIAL semicírculo.
• Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein- – Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis-
troduzidas as letras k, w e y. mo, antissocial, ultrassom.
O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O – Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on-
PQRSTUVWXYZ das.
• Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue, 2. Prefixo terminado em consoante:
gui, que, qui. – Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário.
Regras de acentuação – Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su-
– Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das persônico.
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima – Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
sílaba)
Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra
Como era Como fica
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem
alcatéia alcateia essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade.
apóia apoia • Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano.
apóio apoio • O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento,
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas rar, cooperação, cooptar, coocupante.
continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus. • Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al-
mirante.
– Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no • Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam
u tônicos quando vierem depois de um ditongo. a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva,
pontapé, paraquedas, paraquedista.
Como era Como fica • Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró,
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar,
baiúca baiuca recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu.
bocaiúva bocaiuva
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando
Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso
posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos: vamos passar para mais um ponto importante.
tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons
– Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para
e ôo(s). indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras.
Vejamos um por um:
Como era Como fica Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
abençôo abençoo aberto.
crêem creem Já cursei a Faculdade de História.
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre
fechado.
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este Fonema: os fonemas são as menores unidades sonoras da fala.
caso afundo mais à frente). Atenção: estamos falando de menores unidades de som, não de sí-
Sou leal à mulher da minha vida. labas. Observe a diferença: na palavra pato a primeira sílaba é pa-.
Porém, o primeiro som é pê (P) e o segundo som é a (A).
As palavras podem ser: Letra: as letras são as menores unidades gráfica de uma pa-
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu- lavra.
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, Sintetizando: na palavra pato, pa- é a primeira sílaba; pê é o
sa-bo-ne-te, ré-gua...) primeiro som; e P é a primeira letra.
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima Agora que já sabemos todas essas diferenciações, vamos en-
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…) tender melhor o que é e como se compõe uma sílaba.

As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: Sílaba: A sílaba é um fonema ou conjunto de fonemas que emi-
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico, tido em um só impulso de voz e que tem como base uma vogal.
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...) A sílabas são classificadas de dois modos:
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter, Classificação quanto ao número de sílabas:
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...) As palavras podem ser:
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), – Monossílabas: as que têm uma só sílaba (pé, pá, mão, boi,
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu, luz, é...)
dói, coronéis...) – Dissílabas: as que têm duas sílabas (café, leite, noites, caí,
bota, água...)
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais – Trissílabas: as que têm três sílabas (caneta, cabeça, saúde,
(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...) circuito, boneca...)
– Polissílabas: as que têm quatro ou mais sílabas (casamento,
Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei- jesuíta, irresponsabilidade, paralelepípedo...)
nar e fixar as regras.
Classificação quanto à tonicidade
As palavras podem ser:
RELAÇÕES ENTRE FONEMAS E GRAFIAS – Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu-
-já, ra-paz, u-ru-bu...)
Muitas pessoas acham que fonética e fonologia são sinônimos. – Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
Mas, embora as duas pertençam a uma mesma área de estudo, elas sa-bo-ne-te, ré-gua...)
são diferentes. – Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
Fonética
Segundo o dicionário Houaiss, fonética “é o estudo dos sons da Lembre-se que:
fala de uma língua”. O que isso significa? A fonética é um ramo da Tônica: a sílaba mais forte da palavra, que tem autonomia fo-
Linguística que se dedica a analisar os sons de modo físico-articula- nética.
dor. Ou seja, ela se preocupa com o movimento dos lábios, a vibra- Átona: a sílaba mais fraca da palavra, que não tem autonomia
ção das cordas vocais, a articulação e outros movimentos físicos, fonética.
mas não tem interesse em saber do conteúdo daquilo que é falado. Na palavra telefone: te-, le-, ne- são sílabas átonas, pois são
A fonética utiliza o Alfabeto Fonético Internacional para representar mais fracas, enquanto que fo- é a sílaba tônica, já que é a pronun-
cada som. ciada com mais força.

Sintetizando: a fonética estuda o movimento físico (da boca, Agora que já sabemos essas classificações básicas, precisamos
lábios...) que cada som faz, desconsiderando o significado desses entender melhor como se dá a divisão silábica das palavras.
sons.
Divisão silábica
Fonologia A divisão silábica é feita pela silabação das palavras, ou seja,
A fonologia também é um ramo de estudo da Linguística, mas pela pronúncia. Sempre que for escrever, use o hífen para separar
ela se preocupa em analisar a organização e a classificação dos uma sílaba da outra. Algumas regras devem ser seguidas neste pro-
sons, separando-os em unidades significativas. É responsabilidade cesso:
da fonologia, também, cuidar de aspectos relativos à divisão silábi- Não se separa:
ca, à acentuação de palavras, à ortografia e à pronúncia. • Ditongo: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma
sílaba (cau-le, gai-o-la, ba-lei-a...)
Sintetizando: a fonologia estuda os sons, preocupando-se com • Tritongo: encontro de uma semivogal, uma vogal e uma semi-
o significado de cada um e não só com sua estrutura física. vogal na mesma sílaba (Pa-ra-guai, quais-quer, a-ve-ri-guou...)
• Dígrafo: quando duas letras emitem um único som na pala-
Bom, agora que sabemos que fonética e fonologia são coisas vra. Não separamos os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu (fa-cha-da, co-
diferentes, precisamos de entender o que é fonema e letra. -lhei-ta, fro-nha, pe-guei...)
• Encontros consonantais inseparáveis: re-cla-mar, psi-có-lo-
-go, pa-trão...)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Deve-se separar: Acento Tônico
• Hiatos: vogais que se encontram, mas estão é sílabas vizinhas Quando se pronuncia uma palavra de duas sílabas ou mais, há
(sa-ú-de, Sa-a-ra, ví-a-mos...) sempre uma sílaba com sonoridade mais forte que as demais.
• Os dígrafos rr, ss, sc, e xc (car-ro, pás-sa-ro, pis-ci-na, ex-ce- valor - a sílaba lor é a mais forte.
-ção...) maleiro - a sílaba lei é a mais forte.
• Encontros consonantais separáveis: in-fec-ção, mag-nó-lia,
rit-mo...) Classificação por intensidade
-Tônica: sílaba com mais intensidade.
A cada um dos grupos pronunciados de uma determinada pa- - Átona: sílaba com menos intensidade.
lavra numa só emissão de voz, dá-se o nome de sílaba. Na Língua - Subtônica: sílaba de intensidade intermediária.
Portuguesa, o núcleo da sílaba é sempre uma vogal, não existe síla-
ba sem vogal e nunca mais que uma vogal em cada sílaba. Classificação das palavras pela posição da sílaba tônica
Para sabermos o número de sílabas de uma palavra, devemos As palavras com duas ou mais sílabas são classificadas de acor-
perceber quantas vogais tem essa palavra. Mas preste atenção, pois do com a posição da sílaba tônica.
as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem represen-
tar semivogais. - Oxítonos: a sílaba tônica é a última. Exemplos: paletó, Paraná,
jacaré.
Classificação por número de sílabas - Paroxítonos: a sílaba tônica é a penúltima. Exemplos: fácil, ba-
nana, felizmente.
Monossílabas: palavras que possuem uma sílaba. - Proparoxítonos: a sílaba tônica é a antepenúltima. Exemplos:
Exemplos: ré, pó, mês, faz mínimo, fábula, término.

Dissílabas: palavras que possuem duas sílabas.


Exemplos: ca/sa, la/ço. VOZES VERBAIS E SUA CONVERSÃO

Trissílabas: palavras que possuem três sílabas. São três as vozes verbais: Ativa, Passiva e Reflexão.
Exemplos: i/da/de, pa/le/ta.
Voz ativa: apresenta sujeito agente, que pratica a ação expres-
Polissílabas: palavras que possuem quatro ou mais sílabas. sa pelo verbo, a qual recai em um termo paciente (objeto direto).
Exemplos: mo/da/li/da/de, ad/mi/rá/vel.
Divisão Silábica Exemplo
O professor instruiu os alunos sobre o trabalho.
- Letras que formam os dígrafos “rr”, “ss”, “sc”, “sç”, “xs”, e “xc”
devem permanecer em sílabas diferentes. Exemplos: Voz passiva: apresenta sujeito paciente, que recebe a ação ex-
des – cer pressa pelo verbo.
pás – sa – ro...
Exemplo
- Dígrafos “ch”, “nh”, “lh”, “gu” e “qu” pertencem a uma única A igreja foi construída por escravos no século 16.
sílaba. Exemplos:
chu – va Voz reflexiva: o sujeito pratica a ação expressa pelo verbo, a
quei – jo qual recai sobre o próprio sujeito.

- Hiatos não devem permanecer na mesma sílaba. Exemplos: Exemplo


ca – de – a – do O cozinheiro cortou-se com a faca.
ju – í – z
A voz reflexiva é sempre construída com o verbo acompanhado
- Ditongos e tritongos devem pertencer a uma única sílaba. de pronome obliquo de pessoa igual à que o verbo se refere.
Exemplos:
en – xa – guei Pronomes reflexivos
cai – xa
me: a mim mesmo nos: a nos mesmos
- Encontros consonantais que ocorrem em sílabas internas não te: a ti mesmo vos: a vos mesmos
permanecem juntos, exceto aqueles em que a segunda consoante se: a si mesmo  se: a si mesmos  
é “l” ou “r”. Exemplos:
ab – dô – men Voz reflexiva recíproca
flau – ta (permaneceram juntos, pois a segunda letra é repre- Podem indicar a noção de reciprocidade, ação mutua ou corres-
sentada pelo “l”) pondida. Os verbos aparecem no plural e podem vir reforçados por
pra – to (o mesmo ocorre com esse exemplo) expressões como “um ao outro”, “reciprocamente”, “mutuamente”.
- Alguns grupos consonantais iniciam palavras, e não podem
ser separados. Exemplos: Exemplo
peu – mo – ni – a Os dois abraçavam-se apaixonadamente.
psi – có – lo – ga

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os pronomes oblíquos nas construções reflexivas e reciprocas • Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na forma-
funcionam, como objeto direto ou objeto indireto, dependendo da ção de palavras compostas:
regência do verbo. Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.

Exemplos • Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de


Objeto direto reflexivo acordo com o substantivo a que se referem:
Eu me feri com o martelo. Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.

Objeto indireto reflexivo • Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando
Ela se pôs a chorar copiosamente. pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quan-
do advérbios:
Objeto direto recíproco Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou
Os torcedores abraçavam-se a cada gol marcado. meia dúzia de ovos.

Objeto indireto recíproco • Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio:
Deram-se as mãos e aguardaram o resultado. Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.

Formação da Voz Passiva • É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o


Existem dois processos: Analítico e Sintético. substantivo estiver determinado por artigo:
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.
Voz Passiva Analítica: Verbo Ser + particípio (-ado / -ido) do
verbo principal. Concordância Verbal
O jogador será substituído. O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor-
O agente da passiva geralmente é acompanhado da preposição mes.
por, e às vezes de.
A ilha ficou cercada de pássaros. Concordância ideológica ou silepse
• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne-
Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja explí- ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no
cito na frase: A loja será inaugurada em breve. contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas.
A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar “ser”, pois o Blumenau estava repleta de turistas.
seu particípio é invariável. • Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
Observe: mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con-
texto.
Ele faz o conserto. (presente do indicativo) O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau-
O conserto é feito por ele. (presente do indicativo) sos.
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
Em frases com locuções verbais, o verbo “ser” assume o mes- soa gramatical que está subentendida no contexto.
mo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. O povo temos memória curta em relação às promessas dos po-
líticos.
Voz Passiva Sintética: verbo na 3ª pessoa, seguido do pronome
apassivador “se”:
Ouviram-se as rajadas de vento. REGÊNCIA NOMINAL E VERBAL
Vendeu-se a última caixa de produtos.
• Regência Nominal 
Geralmente, o agente não vem expresso na voz passiva sinté- A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan-
tica. tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar-
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple-
mento é estabelecida por uma preposição.
CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL
• Regência Verbal
Concordância Nominal A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido). 
concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se Isto pertence a todos.
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amisto- Regência de algumas palavras
sa.
Esta palavra combina com Esta preposição
Casos Especiais de Concordância Nominal
• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio: Acessível a
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam Apto a, para
alerta.
Atencioso com, para com

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LÍNGUA PORTUGUESA

Coerente com – Expressões fixas


Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de
Conforme a, com
crase:
Dúvida acerca de, de, em, sobre à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von-
Empenho de, em, por tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às
pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à
Fácil a, de, para, direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon-
Junto a, de didas, à medida que, à proporção que.
• NUNCA devemos usar crase:
Pendente de
– Antes de substantivos masculinos:
Preferível a Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a
Próximo a, de pé.

Respeito a, com, de, para com, por – Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou
Situado a, em, entre plural) usado em sentido generalizador:
Depois do trauma, nunca mais foi a festas.
Ajudar (a fazer algo) a Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho-
Aludir (referir-se) a mem.
Aspirar (desejar, pretender) a
– Antes de artigo indefinido “uma”
Assistir (dar assistência) Não usa preposição Iremos a uma reunião muito importante no domingo.
Deparar (encontrar) com
– Antes de pronomes
Implicar (consequência) Não usa preposição Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa.
Lembrar Não usa preposição
Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela.
Pagar (pagar a alguém) a A quem vocês se reportaram no Plenário?
Precisar (necessitar) de Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
Proceder (realizar) a
– Antes de verbos no infinitivo
Responder a A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
Visar ( ter como objetivo a
pretender)
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO: EMPREGO DAS
QUE NÃO ESTÃO AQUI! CONJUNÇÕES, DAS LOCUÇÕES CONJUNTIVAS E DOS
PRONOMES RELATIVOS
INCLUSIVE EMPREGO DO ACENTO INDICATIVO DE
CRASE Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos
estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita
A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al-
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome gumas questões importantes:
demonstrativo.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) • Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
tido completo. 
• Devemos usar crase: Os jornais publicaram a notícia.
– Antes palavras femininas: Silêncio! 
Iremos à festa amanhã
Mediante à situação. • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
O Governo visa à resolução do problema. locução verbal.
Este filme causou grande impacto entre o público.
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de” A inflação deve continuar sob controle.
Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas
locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a: • Período Simples: formado por uma única oração.
Os frangos eram feitos à moda da casa imperial. O clima se alterou muito nos últimos dias.
Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti-
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase. • Período Composto: formado por mais de uma oração.
Mas... há crase, sim! O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir-
-me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante. Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
O problema da violência preocupa os cidadãos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
• Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da prepo-
sição.
A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
• Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transitivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de preposi-
ção. 
Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
• Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica um
verbo, adjetivo ou advérbio.
O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um substantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação de
um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu prédio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa nomes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicionado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas

Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito,  porém não •
passa no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela  ora  quer comer hambúr-
guer, ora quer comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar,  ou seja, ela estava João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá in-
de mau humor. veja.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações subordinadas
As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito quinta, terão aula de reforço.
anteriormente. SEMPRE serão
acompanhadas por vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de
Restringem o sentido de um termo quinta terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

Causais Estou vestida assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de
causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do
Assumem a função de advérbio de dia.
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar
Assumem a função de advérbio de na reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Orações Subordinadas Adverbiais Assumem a função de advérbio de previsto.
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que
Assumem a função de advérbio de todos tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono
Assumem a função de advérbio de tinha.
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos
Assumem a função de advérbio de saem de suas casas.
tempo

32
LÍNGUA PORTUGUESA
Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, Travessão ( — )
conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassifica- Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com
ções das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las. o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta-
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter-
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de
PONTUAÇÃO um diálogo, com ou sem aspas.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão.
Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema Parênteses e colchetes ( ) – [ ]
de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên-
funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BE- tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados
CHARA, 2009, p. 514) aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza-
A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi-
importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns rem uma nova inserção.
sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon- Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go-
to e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reti- vernador)
cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos
[ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ], Aspas ( “ ” )
travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido
retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]). particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
Ponto ( . ) apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain-
O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pau- da, para marcar o discurso direto e a citação breve.
sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo.
de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as
reticências. Vírgula
Estaremos presentes na festa. São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden-
ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
Ponto de interrogação ( ? ) disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogati- vírgula:
va ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica. 1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti-
Você vai à festa? mos” o momento certo de fazer uso dela.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em
Ponto de exclamação ( ! ) alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama- leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
tiva. cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
Ex: Que bela festa! 3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex-
tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é
Reticências ( ... ) menos importante e que pode ser colocada depois.
Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or-
porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo >
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj).
nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo. Maria foi à padaria ontem.
Ex: Essa festa... não sei não, viu. Sujeito Verbo Objeto Adjunto

Dois-pontos ( : ) Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. re por alguns motivos:
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. verbo e o adjunto.

Ponto e vírgula ( ; ) Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem


Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, é necessária:
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Ontem, Maria foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. Maria, ontem, foi à padaria.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- À padaria, Maria foi ontem.
bém uma linda decoração e bebidas caras.

33
LÍNGUA PORTUGUESA
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces- 3. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia a
sário: seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer
• Separa termos de mesma função sintática, numa enumera- exames. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas
ção. orações.
Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a (A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
serem observadas na redação oficial. sativa.
• Separa aposto. (B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva.
Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica. (C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi-
• Separa vocativo. tiva.
Brasileiros, é chegada a hora de votar. (D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
• Separa termos repetidos. tiva.
Aquele aluno era esforçado, esforçado. (E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
bial consecutiva.
• Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo, 4. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Anali-
ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com se sintaticamente a oração em destaque:
efeito, digo. “Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen-
O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara, sados” (Machado de Assis).
ou seja, de fácil compreensão. (A) oração subordinada substantiva completiva nominal.
(B) oração subordinada adverbial causal.
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen- (C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida.
tos). (D) oração coordenada sindética conclusiva.
O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula- (E) oração coordenada sindética explicativa.
res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
5. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberdades
• Separa orações coordenadas assindéticas. ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a nossa
Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase aci-
ideias na cabeça... ma, na ordem dada, as expressões:
(A) a que – de que;
• Isola o nome do lugar nas datas. (B) de que – com que;
Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006. (C) a cujas – de cujos;
(D) à que – em que;
• Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa (E) em que – aos quais.
forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor- 6. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
mações comprovam, etc. “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame- que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
nizar o problema. a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
marcada com o acento, EXCETO em:
(A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
EXERCÍCIOS (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
eleitorado pelo resultado final.
1. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
em que o hífen está corretamente empregado nas cinco palavras: (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo, ultra-violeta, infra- vel.
-vermelho. (E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrafino, in- tema.
fra-assinado.
(C) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-rogar, antihigiênico. 7. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011)
(D) extraoficial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con- Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta.
trarregra. (A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra- (B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
-mencionado. (C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que
35% deles fosse despejado em aterros.
2. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na (D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba- (E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli- de lixo.
nhados classificam-se, respectivamente, em
(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

34
LÍNGUA PORTUGUESA
8. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS – 11. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode
2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem, ser retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma
o seguinte par de palavras: padrão na seguinte sentença:
(A) estrondo – ruído; (A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(B) pescador – trabalhador; (B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
(C) pista – aeroporto; (C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
(D) piloto – comissário; (D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
(E) aeronave – jatinho. (E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.

9. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX- 12. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
CELÊNCIA - 2019) Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Con-
forme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em
Na tirinha abaixo, há dois exemplos de figura de linguagem, 2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras gra-
identifique-os e assinale a alternativa CORRETA: fadas conforme o Acordo.
I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca-
pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente.
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire-
tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação,
pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria-
-Geral.
V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró-
-ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria-
-Executiva, tenente-coronel.

Assinale a alternativa CORRETA:
(A) As afirmações I, II, III e V estão corretas.
(B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas.
(C) As afirmações II, III e IV estão corretas.
(D) As afirmações I, II e IV estão corretas.
(A) Metáfora e pleonasmo. (E) As afirmações III, IV e V estão corretas.
(B) Metáfora e antítese.
(C) Metonímia e hipérbole. 13. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018)
(D) Metonímia e ironia. Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua.
(E) Nenhuma das alternativas. Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda-
mentem esses usos.
10. (CORE-MT - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO EX- Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3:
CELÊNCIA - 2019) 1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
Em “Tempos Modernos”, fez-se o uso de figuras de linguagem, 2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª
assinale a alternativa em que os termos destacados têm a classifi- Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
cação corretamente: 3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona-
mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes
”Hoje o tempo voa, amor de desferir os golpes.
escorre pelas mãos
...Vamos viver tudo que há pra viver . INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso
..eu vejo um novo começo de era da vírgula em cada frase.
de gente fina, elegante, sincera ( ) Para destacar deslocamento de termos.
com habilidade para dizer mais sim do que não ( ) Para separar adjuntos adverbiais.
( ) Para indicar um aposto.
(A) Prosopopeia / pleonasmo / gradação / antítese.
(B) Metáfora / pleonasmo / gradação / antítese. A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
(C) Metáfora / hipérbole / gradação / antítese. (A) 1 – 2 – 3.
(D) Pleonasmo / metáfora / antítese / gradação. (B) 2 – 1 – 3.
(E) Nenhuma das alternativas. (C) 3 – 1 – 2.
(D) 3 – 2 – 1.

35
LÍNGUA PORTUGUESA
14. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade
é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO GABARITO
se fundamenta em intertextualidade é:
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido
há muito tempo.” 1 D
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se
mete onde não é chamada.” 2 B
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente 3 C
mesmo!”
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, 4 E
tudo bem.” 5 A
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.”
6 D
Leia o texto abaixo para responder a questão. 7 E
A lama que ainda suja o Brasil 8 E
Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
9 C
A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um 10 A
dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de 11 B
um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio 12 E
Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
13 C
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela 14 E
anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica- 15 C
ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de
que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro,
coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica,
sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
se tornou uma bomba relógio na região.”
Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem ris-
cos de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Se-
gundo o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos
16 barragens de mineração em todo o País apresentam condições
de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar
órgãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015,
do senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo marco
regulatório da mineração, por sua vez, também concede priorida-
de à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos ju-
diciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+-
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL

15. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:


I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um
fato.
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao
gênero textual editorial.
III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
que se trata de uma reportagem.
IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
se trata de um editorial.

Analise as assertivas e responda:


(A) Somente a I é correta.
(B) Somente a II é incorreta.
(C) Somente a III é correta
(D) A III e IV são corretas.

36
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
1. Conjuntos Numéricos: Números naturais, inteiros, racionais, irracionais e reais: Operações fundamentais (adição, subtração, mul-
tiplicação, divisão, potenciação e radiciação) propriedades das operações, múltiplos e divisores, números primos, mínimo múltiplo
comum, máximo divisor comum. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Razões e Proporções – grandezas direta e inversamente proporcionais, divisão em partes direta e inversamente proporcionais . . 06
3. Regra de três simples e composta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
4. Sistema de Medidas: comprimento, capacidade, massa e tempo (unidades, transformação de unidades) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
5. Sistema monetário brasileiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
6. Calculo algébrico: monômios e polinômios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
7. Funções: Ideia de função, interpretação de gráficos, domínio e imagem, função do 1º grau, função do 2º grau– valor de máximo e
mínimo de uma função do 2º grau. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
8. Equações de 1º e 2º graus. Sistemas de equações de 1º grau com duas incógnitas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
9. Triângulo retângulo: relações métricas no triângulo retângulo, teorema de Pitágoras e suas aplicações, relações trigonométricas no
triangulo retângulo. Teorema de Tales. Geometria Plana: cálculo de área e perímetro de polígonos. Circunferência e Círculo: compri-
mento da circunferência, área do círculo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 26
10. Noções de Geometria Espacial – cálculo do volume de paralelepípedos e cilindros circulares retos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
11. Matemática Financeira: porcentagem, juro simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
12. Estatística: Cálculo de média aritmética simples e média aritmética ponderada. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
13. Aplicação dos conteúdos acima listados em resolução de problemas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
14. Estrutura lógica de relações arbitrárias entre pessoas, lugares, objetos ou eventos fictícios; deduzir novas informações das relações
fornecidas e avaliar as condições usadas para estabelecer a estrutura daquelas relações. Diagramas lógicos. Proposições e conectivos:
Conceito de proposição, valores lógicos das proposições, proposições simples, proposições compostas. Operações lógicas sobre pro-
posições: Negação, conjunção, disjunção, disjunção exclusiva, condicional, bicondicional. Construção de tabelas-verdade. Tautologias,
contradições e contingências. Implicação lógica, equivalência lógica, Leis De Morgan. Argumentação e dedução lógica. Sentenças
abertas, operações lógicas sobre sentenças abertas. Quantificador universal, quantificador existencial, negação de proposições quan-
tificadas. Argumentos Lógicos Dedutivos; Argumentos Categóricos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 39
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Números Inteiros
CONJUNTOS NUMÉRICOS: NÚMEROS NATURAIS, Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
INTEIROS, RACIONAIS, IRRACIONAIS E REAIS: OPE- naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
RAÇÕES FUNDAMENTAIS (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, Este conjunto pode ser representado por:
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, POTENCIAÇÃO E RADICIA-
ÇÃO) PROPRIEDADES DAS OPERAÇÕES, MÚLTIPLOS E
DIVISORES, NÚMEROS PRIMOS, MÍNIMO MÚLTIPLO
COMUM, MÁXIMO DIVISOR COMUM
Subconjuntos do conjunto :
Números Naturais 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Os números naturais são o modelo matemático necessário
para efetuar uma contagem. {...-2, -1, 1, 2, ...}
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade,
obtemos o conjunto infinito dos números naturais 2) Conjuntos dos números inteiros não negativos

{0, 1, 2, ...}

3) Conjunto dos números inteiros não positivos


- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1. {...-3, -2, -1}
b) O sucessor de 1000 é 1001.
c) O sucessor de 19 é 20. Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
São exemplos de números racionais:
{1,2,3,4,5,6... . } -12/51
-3
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces-
sor (número que vem antes do número dado). -(-3)
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero. -2,333...
a) O antecessor do número m é m-1.
b) O antecessor de 2 é 1. As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
c) O antecessor de 56 é 55. portanto são consideradas números racionais.
d) O antecessor de 10 é 9. Como representar esses números?

Expressões Numéricas Representação Decimal das Frações


Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul- Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
zamos alguns procedimentos: cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações,


devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub-
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são
resolvidos primeiro.

Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7 2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas
23 lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio-
nal
Exemplo 2 OBS: período da dízima são os números que se repetem, se
40 – 9 x 4 + 23 não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que
40 – 36 + 23 trataremos mais a frente.
4 + 23
27

Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25

1
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.


Representação Fracionária dos Números Decimais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o – O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
denominador seguido de zeros. ro racional.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na-


tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por


10.
10x=3,333...
Fonte: www.estudokids.com.br
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333... Representação na reta
9x=3
X=3/9
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212... Intervalos limitados
100x = 112,1212... . Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a
e menores do que b ou iguais a b.
Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
Intervalo:[a,b]
Números Irracionais Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}
Identificação de números irracionais
– Todas as dízimas periódicas são números racionais. Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que
– Todos os números inteiros são racionais. b.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional. Intervalo:]a,b[
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número Conjunto:{xϵR|a<x<b}
racional.

2
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou Casos
iguais a A e menores do que B. 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.

Intervalo:{a,b[ 2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.


Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e


menores ou iguais a b.

3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em


um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}

Intervalos Ilimitados
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me- 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta
nores ou iguais a b. em um número negativo.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x ϵ R|x≤b} 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal
para positivo e inverter o número que está na base.
Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-
nores que b.

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x ϵ R|x<b} 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
expoente, o resultado será igual a zero.
Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores
ou iguais a A.

Propriedades
Intervalo:[a,+ ∞[ 1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
Conjunto:{x ϵ R|x≥a} base, repete-se a base e soma os expoentes.

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores Exemplos:


que a. 24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x>a} 2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
Potenciação
Multiplicação de fatores iguais Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94
2³=2.2.2=8

3
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se Então:
os expoentes.

Exemplos:
n
a.b = n a .n b
(52)3 = 52.3 = 56
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
cando.

Raiz quadrada de frações ordinárias


4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. 1 1
(4.3)²=4².3² 2 2 2 2 2
2
Observe: =  = 1 =
5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos 3 3 3
elevar separados. 32
a na
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n =
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
Radiciação radicando.
Radiciação é a operação inversa a potenciação
Raiz quadrada números decimais

Operações
Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se
mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números
primos. Veja:

64 2
Operações
32 2
16 2
Multiplicação
8 2
4 2 Exemplo
2 2
1

64=2.2.2.2.2.2=26 Divisão

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um


e multiplica.
Exemplo

Observe:
Adição e subtração
1 1 1
3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.

De modo geral, se 8 2 20 2
4 2 10 2
*
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N , 2 2 5 5

4
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

1 1 Máximo Divisor Comum


O máximo divisor comum de dois ou mais números naturais
não-nulos é o maior dos divisores comuns desses números.
Para calcular o m.d.c de dois ou mais números, devemos seguir
as etapas:
Caso tenha: • Decompor o número em fatores primos
• Tomar o fatores comuns com o menor expoente
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. • Multiplicar os fatores entre si.

Racionalização de Denominadores Exemplo:


Normalmente não se apresentam números irracionais com
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos 15 3 24 2
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. 5 5 12 2
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela
1 6 2
3 3
1

15 = 3.5 24 = 23.3

O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente.


2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. m.d.c
(15,24) = 3

Mínimo Múltiplo Comum


O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais números é
o menor número, diferente de zero.
Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de
quadrados no denominador: Para calcular devemos seguir as etapas:
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si

Exemplo:
Múltiplos
Um número é múltiplo de outro quando ao dividirmos o pri- 15,24 2
meiro pelo segundo, o resto é zero.
15,12 2
Exemplo 15,6 2
15,3 3
5,1 5
1

Para o mmc, fica mais fácil decompor os dois juntos.


Basta começar sempre pelo menor primo e verificar a divisão
O conjunto de múltiplos de um número natural não-nulo é in- com algum dos números, não é necessário que os dois sejam divisí-
finito e podemos consegui-lo multiplicando-se o número dado por veis ao mesmo tempo.
todos os números naturais. Observe que enquanto o 15 não pode ser dividido, continua
M(3)={0,3,6,9,12,...} aparecendo.

Divisores Assim, o mmc (15,24) = 23.3.5 = 120


Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é divisor de
12 e 15. Exemplo
D(12)={1,2,3,4,6,12} O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16 m, será
D(15)={1,3,5,15} revestido com ladrilhos quadrados, de mesma dimensão, inteiros,
de forma que não fique espaço vazio entre ladrilhos vizinhos. Os
Observações: ladrilhos serão escolhidos de modo que tenham a maior dimensão
– Todo número natural é múltiplo de si mesmo. possível.
– Todo número natural é múltiplo de 1.
– Todo número natural, diferente de zero, tem infinitos múlti-
plos.
- O zero é múltiplo de qualquer número natural.

5
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Na situação apresentada, o lado do ladrilho deverá medir
RAZÕES E PROPORÇÕES – GRANDEZAS DIRETA E IN-
(A) mais de 30 cm. VERSAMENTE PROPORCIONAIS, DIVISÃO EM PARTES
(B) menos de 15 cm. DIRETA E INVERSAMENTE PROPORCIONAIS
(C) mais de 15 cm e menos de 20 cm.
(D) mais de 20 cm e menos de 25 cm.
(E) mais de 25 cm e menos de 30 cm. Razão
Resposta: A.
Chama-se de razão entre dois números racionais a e b, com b
352 2 416 2 0, ao quociente entre eles. Indica-se a razão de a para b por a/bou
a : b.
176 2 208 2
88 2 104 2 Exemplo:
Na sala do 1º ano de um colégio há 20 rapazes e 25 moças.
44 2 52 2
Encontre a razão entre o número de rapazes e o número de moças.
22 2 26 2 (lembrando que razão é divisão)
11 11 13 13
1 1

Devemos achar o mdc para achar a maior medida possível


E são os fatores que temos iguais:25=32 Proporção
Exemplo Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016) No aero- A/B e C/D é a igualdade:
porto de uma pequena cidade chegam aviões de três companhias
aéreas. Os aviões da companhia A chegam a cada 20 minutos, da
companhia B a cada 30 minutos e da companhia C a cada 44 mi-
nutos. Em um domingo, às 7 horas, chegaram aviões das três com-
panhias ao mesmo tempo, situação que voltará a se repetir, nesse Propriedade fundamental das proporções
mesmo dia, às: Numa proporção:
(A) 16h 30min.
(B) 17h 30min.
(C) 18h 30min.
(D) 17 horas.
(E) 18 horas. Os números A e D são denominados extremos enquanto os nú-
meros B e C são os meios e vale a propriedade: o produto dos meios
Resposta: E. é igual ao produto dos extremos, isto é:

20,30,44 2 AxD=BxC
10,15,22 2
Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:
5,15,11 3
5,5,11 5
1,1,11 11
1,1,1 Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja
em proporção com 4/6.
Mmc(20,30,44)=2².3.5.11=660
Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:
1h---60minutos
x-----660
x=660/60=11

Então será depois de 11horas que se encontrarão


7+11=18h Segunda propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos dois
primeiros termos está para o primeiro, ou para o segundo termo,
assim como a soma ou a diferença dos dois últimos termos está
para o terceiro, ou para o quarto termo. Então temos:

6
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Ou Quanto MAIS eu ando, MAIS combustível?
Diretamente proporcionais
Se eu dobro a distância, dobra o combustível

Grandezas Inversamente Proporcionais

Ou Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente pro-


porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual
ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...

Exemplo
Ou Velocidade x Tempo a tabela abaixo:

VELOCIDADE (M/S) TEMPO (S)


5 200
8 125
Terceira propriedade das proporções
Qualquer que seja a proporção, a soma ou a diferença dos an- 10 100
tecedentes está para a soma ou a diferença dos consequentes, as- 16 62,5
sim como cada antecedente está para o seu respectivo consequen-
20 50
te. Temos então:
Quanto MAIOR a velocidade MENOS tempo??
Inversamente proporcional
Se eu dobro a velocidade, eu faço o tempo pela metade.

Ou Diretamente Proporcionais
Para decompor um número M em partes X1, X2, ..., Xn direta-
mente proporcionais a p1, p2, ..., pn, deve-se montar um sistema
com n equações e n incógnitas, sendo as somas X1+X2+...+Xn=M e
p1+p2+...+pn=P.

Ou

A solução segue das propriedades das proporções:

Ou

Exemplo
Carlos e João resolveram realizar um bolão da loteria. Carlos
Grandezas Diretamente Proporcionais entrou com R$ 10,00 e João com R$ 15,00. Caso ganhem o prêmio
de R$ 525.000,00, qual será a parte de cada um, se o combinado
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente pro- entre os dois foi de dividirem o prêmio de forma diretamente pro-
porcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza é igual a porcional?
razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira
mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....

Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto

DISTÂNCIA (KM) COMBUSTÍVEL (LITROS)


13 1
26 2 Carlos ganhará R$210000,00 e Carlos R$315000,00.
39 3
52 4

7
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Inversamente Proporcionais 480x=1200
Para decompor um número M em n partes X1, X2, ..., Xn inver- X=25
samente proporcionais a p1, p2, ..., pn, basta decompor este número
M em n partes X1, X2, ..., Xn diretamente proporcionais a 1/p1, 1/p2, Regra de três composta
..., 1/pn. A montagem do sistema com n equações e n incógnitas, Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de
assume que X1+X2+...+ Xn=M e além disso duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.

Exemplos:
1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?

cuja solução segue das propriedades das proporções: Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as
grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
pécies diferentes que se correspondem:

HORAS CAMINHÕES VOLUME


8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↑
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA 5↑ ----- X↓ ----- 125 ↑

A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde


Regra de três simples está o x.
Regra de três simples é um processo prático para resolver pro-
blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três Observe que:
deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi-
conhecidos. nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente
proporcional (seta para cima na 1ª coluna).
Passos utilizados numa regra de três simples: Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta
espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o
espécies diferentes em correspondência. termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen- das setas.
te proporcionais. Montando a proporção e resolvendo a equação temos:
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h,
HORAS CAMINHÕES VOLUME
faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria
esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h? 8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↓
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↓
Solução: montando a tabela:
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:
1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)
HORAS CAMINHÕES VOLUME
400 ----- 3
8 ----- 20 ----- 160
480 ----- X
5 ----- X ----- 125
2) Identificação do tipo de relação:

VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↑
Logo, serão necessários 25 caminhões
480 ↓ ----- X↑

Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú-


meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna
ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na
segunda coluna vai para cima

VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↓
480 ↓ ----- X↓

8
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

SISTEMA DE MEDIDAS: COMPRIMENTO, CAPACIDADE, MASSA E TEMPO (UNIDADES,


TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES)

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

9
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?

11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------

10
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for- O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, transformou
ma que conta de subtração. o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo – NCr$, na base de NCr$ 1,00 por
1hora=60 minutos Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 e até 27 de fevereiro de
1986, a unidade monetária foi novamente o cruzeiro (Cr$).
15h 66 minutos 25 segundos Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da Fa-
zenda, anunciou o Plano Cruzado (Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de
15h 35 minutos fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou em cruzado –
-------------------------------------------------- Cz$, na base de Cz$ 1,00 por Cr$ 1.000 (vigorou de 28 de fevereiro
de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Em novembro do mesmo ano, o
0h 31 minutos 25 segundos
Plano Cruzado II tentou novamente a estabilização da moeda. Em
junho de 1987, Luiz Carlos Brésser Pereira, ministro da Fazenda,
Multiplicação
anunciou o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado” avaliou
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo-
Mário Henrique Simonsen.
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, ministro da
Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida Provisória nº 32, de 15
2h 40 minutos de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se transformou em cruzado
x2 novo – NCz$, na base de NCz$ 1,00 por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16
de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990).
----------------------------
4h 80 minutos OU Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, ministra da
5h 20 minutos Fazenda, anunciou o Plano Collor (Medida Provisória nº 168, de 15
de março de 1990): o cruzado novo – NCz$ se transformou em cru-
Divisão zeiro – Cr$, na base de Cr$ 1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de
5h 20 minutos : 2 março de 1990 a 28 de julho de 1993). Em janeiro de 1991, a infla-
ção já passava de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente
a estabilização da moeda.
5h 20 minutos 2 A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, transfor-
mou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real – CR$, na base de CR$ 1,00
1h 20 minutos 2h 40 minutos por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho de 1993 a 29 de junho de
80 minutos 1994).
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ministro
0
da Fazenda, anunciou o Plano Real: o cruzeiro real – CR$ se trans-
formou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$ 2.750,00 (Medida
1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu-
Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994, convertida na Lei nº
tos
9.069, de 29 de junho de 1995).
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO delegou ao Banco Central do Brasil competência para emitir papel-
-moeda e moeda metálica, competência exclusiva consagrada pelo
artigo 164 da Constituição Federal de 1988.
O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante
Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e do
muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercado-
Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o Tesouro Nacional desempe-
rias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
nhavam o papel de autoridade monetária.
As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chega-
A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por
ram com o início da colonização portuguesa. A unidade monetária
finalidade exercer o controle monetário. A SUMOC fixava os per-
de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período co-
centuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas
lonial. Assim, tudo se contava em réis (plural popular de real) com
do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem como os
moedas fabricadas em Portugal e no Brasil. O Real (R) vigorou até 07
juros. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais,
de outubro de 1833. De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro
orientava a política cambial e representava o País junto a organis-
de 1833, entrou em vigor o Mil-Réis (Rs), múltiplo do real, como
mos internacionais.
unidade monetária, adotada até 31 de outubro de 1942.
O Banco do Brasil executava as funções de banco do governo, e
No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou
o Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel-moeda.
nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro,
cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real).
Cruzeiro
Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942,
1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942
uma nova unidade monetária, o cruzeiro – Cr$ veio substituir o mil-
O Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942 (D.O.U. de 06
-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis.
de outubro de 1942), instituiu o Cruzeiro como unidade monetária
A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de ouro (pe-
brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, cor-
sadas em gramas ao título de 900 milésimos de metal e 100 milési-
respondente à centésima parte do cruzeiro.
mos de liga adequada), emitidas na forma do Decreto nº 5.108, de
Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinquenta
18 de dezembro de 1926, no regime do ouro como padrão mone-
mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro
tário.
mil setecentos e cinquenta cruzeiros e quarenta centavos)

11
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Cruzeiro Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquen-
(sem centavos) 02.12.1964 ta centavos) passou a expressar-se NCz$ 1,30 (um cruzado novo e
A Lei nº 4.511, de 01de dezembro de1964 (D.O.U. de 02 de de- trinta centavos).
zembro de 1964), extinguiu a fração do cruzeiro denominada centa-
vo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser Cruzeiro
escrito sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil setecentos e cinquenta De NCz$ para Cr$ (com centavos) 16.03.1990
cruzeiros). A Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990 (D.O.U.
de 16 de março de 1990), convertida na Lei nº 8.024, de 12 de abril
Cruzeiro Novo de 1990 (D.O.U. de 13 de abril de 1990), restabeleceu a denomi-
Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967 nação Cruzeiro para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um
O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de1965 (D.O.U. de 17 cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi
de novembro de 1965), regulamentado pelo Decreto nº 60.190, de regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18 de março de 1990,
08 de fevereiro de1967 (D.O.U. de 09 de fevereiro de 1967), insti- do Conselho Monetário Nacional.
tuiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória, equiva- Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos)
lente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Con- passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).
selho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08 de fevereiro
de 1967, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do Cruzeiro Real
novo padrão. Cr$ 1000 = CR$ 1 (com centavos) 01.08.1993
Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta cru- A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de 1993 (D.O.U. de
zeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cruzeiros novos e 29 de julho de 1993), convertida na Lei nº 8.697, de 27 de agosto
setenta e cinco centavos). de 1993 (D.O.U. de 28 agosto de 1993), instituiu o Cruzeiro Real, a
partir de 01 de agosto de 1993, em substituição ao Cruzeiro, equi-
Cruzeiro valendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do
De NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970 centavo. A Resolução nº 2.010, de 28 de julho de 1993, do Conselho
A Resolução nº 144, de 31 de março de 1970 (D.O.U. de 06 de Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema
abril de 1970), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a de- monetário.
nominação Cruzeiro, a partir de 15 de maio de 1970, mantendo o Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e qui-
centavo. nhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e
Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco setecentos cruzeiros reais e cinquenta centavos).
centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta
e cinco centavos). Real
CR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) 01.07.1994
Cruzeiros A Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994 (D.O.U. de
(sem centavos) 16.08.1984 30 de junho de 1994), instituiu o Real como unidade do sistema mo-
A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984 (D.O.U. de 16.08.84), netário, a partir de 01 de julho de 1994, com a equivalência de CR$
extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo. Assim, a im- 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinquenta cruzeiros reais), igual à
portância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30 de junho
centavos), passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os de 1994. Foi mantido o centavo.
algarismos que a sucediam. Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a
URV - Unidade Real de Valor - prevista na Medida Provisória nº 434,
Cruzado publicada no D.O.U. de 28 de fevereiro de 1994, reeditada com os
Cr$ 1000 = Cz$1 (com centavos) 28.02.1986 números 457 (D.O.U. de 30 de março de 1994) e 482 (D.O.U. de 29
O Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986 (D.O.U. de de abril de 1994) e convertida na Lei nº 8.880, de 27 de maio de
28 de fevereiro de 1986), posteriormente substituído pelo Decreto- 1994 (D.O.U. de 28 de maio de 1994).
-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986 (D.O.U. de 11 de março de Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais)
1986), instituiu o Cruzado como nova unidade monetária, equiva- passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
lente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de
padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28 de fevereiro Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País
de 1986, do Conselho Monetário Nacional. responsável pela execução da política financeira do governo. Cuida
Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhen- ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de to-
tos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$ 1.300,50 (um mil e trezen- dos os bancos no País.
tos cruzados e cinquenta centavos).
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão in-
Cruzado Novo ternacional que visa ajudar países subdesenvolvidos e em desenvol-
Cz$ 1000 = NCz$1 (com centavos) 16.01.1989 vimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está
A Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989 (D.O.U. de sediada em Washington, nos Estados Unidos.
16 de janeiro de 1989), convertida na Lei nº 7.730, de 31 de janeiro
de 1989 (D.O.U. de 01 de fevereiro de 1989), instituiu o Cruzado Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de
Novo como unidade do sistema monetário, correspondente a um Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é conhecido. Órgão inter-
mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16 de nacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países
janeiro de 1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a im- subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
plantação do novo padrão.

12
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN- Exemplo
DES) - Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desen-
volvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo
financiar empreendimentos para o desenvolvimento do Brasil.

CALCULO ALGÉBRICO: MONÔMIOS E POLINÔMIOS

Denomina-se polinômio a função:

Multiplicação de Polinômios
Para obter o produto de dois polinômios, multiplicamos cada
termo de um deles por todos os termos do outro, somando os co-
Grau de um polinômio eficientes.
Se an ≠0, o expoente máximo n é dito grau do polinômio. Indi-
camos: gr(P)=n Exemplo
Exemplo
P(x)=7 gr(P)=0
P(x)=7x+1 gr(P)=1

Valor Numérico
O valor numérico de um polinômio P(x), para x=a, é o número
que se obtém substituindo x por a e efetuando todas as operações.
Exemplo
P(x)=x³+x²+1 , o valor numérico para P(x), para x=2 é:
P(2)=2³+2²+1=13
O número a é denominado raiz de P(x). Divisão de Polinômios
Considere P(x) e D(x), não nulos, tais que o grau de P(x) seja
Igualdade de polinômios maior ou igual ao grau de D(x). Nessas condições, podemos efetuar
Os polinômios p e q em P(x), definidos por: a divisão de P(x) por D(x), encontrando o polinômio Q(x) e R(x):
P(x) = ao + a1x + a2x² + a3x³ +...+ anxn P(x)=D(x)⋅Q(x)+R(x)
Q(x) = bo + b1x + b2x² + b3x³ +...+ bnxn P(x)=dividendo
Q(x)=quociente
São iguais se, e somente se, para todo k = 0,1,2,3,...,n: D(x)=divisor
ak = bk R(x)=resto

Redução de Termos Semelhantes Método da Chave


Assim como fizemos no caso dos monômios, também podemos Passos
fazer a redução de polinômios através da adição algébrica dos seus 1. Ordenamos os polinômios segundo as potências decrescen-
termos semelhantes. tes de x.
No exemplo abaixo realizamos a soma algébrica do primeiro 2. Dividimos o primeiro termo de P(x) pelo primeiro de D(x),
com o terceiro termo, e do segundo com o quarto termo, reduzindo obtendo o primeiro termo de Q(x).
um polinômio de quatro termos a um outro de apenas dois. 3. Multiplicamos o termo obtido pelo divisor D(x) e subtraímos
3xy+2a²-xy+3a²=2xy+5a² de P(x).
4. Continuamos até obter um resto de grau menor que o de
Polinômios reduzidos de dois termos também são denomina- D(x), ou resto nulo.
dos binômios. Polinômios reduzidos de três termos, também são
denominados trinômios. Exemplo
Divida os polinômios P(x)=6x³-13x²+x+3 por D(x)=2x³-3x-1
Ordenação de um polinômio
A ordem de um polinômio deve ser do maior para o menor
expoente.
4x4+2x³-x²+5x-1
Este polinômio não está ordenado:
3x³+4x5-x²

Operações
Adição e Subtração de Polinômios
Para somar dois polinômios, adicionamos os termos com expo-
entes de mesmo grau. Da mesma forma, para obter a diferença de
dois polinômios, subtraímos os termos com expoentes de mesmo
grau.

13
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Método de Descartes
Consiste basicamente na determinação dos coeficientes do quociente e do resto a partir da identidade:

Exemplo
Divida P(x)=x³-4x²+7x-3 por D(x)=x²-3x+2

Solução
Devemos encontrar Q(x) e R(x) tais que:

Vamos analisar os graus:

Como Gr( R) < Gr(D), devemos impor Gr(R )=Gr(D)-1=2-1=1

Para que haja igualdade:

Algoritmo de Briot-Ruffini
Consiste em um dispositivo prático para efetuar a divisão de um polinômio P(x) por um binômio D(x)=x-a

Exemplo
Divida P(x)=3x³-5x+x-2 por D(x)=x-2

Solução
Passos
– Dispõem-se todos os coeficientes de P(x) na chave
– Colocar a esquerda a raiz de D(x)=x-a=0.
– Abaixar o primeiro coeficiente. Em seguida multiplica-se pela raiz a e soma-se o resultado ao segundo coeficiente de P(x), obtendo
o segundo coeficiente. E assim sucessivamente.

14
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

Portanto, Q(x)=3x²+x+3 e R(x)=4

Produtos Notáveis

1. O quadrado da soma de dois termos.


Verifiquem a representação e utilização da propriedade da potenciação em seu desenvolvimento.
(a + b)2 = (a + b) . (a + b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.

Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos

2. O quadrado da diferença de dois termos.


Seguindo o critério do item anterior, temos:
(a - b)2 = (a - b) . (a - b)
Onde a é o primeiro termo e b é o segundo.

Ao desenvolvermos esse produto, utilizando a propriedade distributiva da multiplicação, teremos:

Exemplos:

15
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
3. O produto da soma pela diferença de dois termos. Agrupamento:
Se tivermos o produto da soma pela diferença de dois termos, Ex.: ax + ay + bx + by
poderemos transformá-lo numa diferença de quadrados.
Agrupar os termos de modo que em cada grupo haja um fator
comum.
(ax + ay) + (bx + by)

Colocar em evidência o fator comum de cada grupo


a(x + y) + b(x + y)

Exemplos Colocar o fator comum (x + y) em evidência (x + y) (a + b) Este


(4c + 3d).(4c – 3d) = (4c)2 – (3d)2 = 16c2 – 9d2 produto é a forma fatorada da expressão dada
(x/2 + y).(x/2 – y) = (x/2)2 – y2 = x2/4 – y2
(m + n).(m – n) = m2 – n2 Diferença de Dois Quadrados: a² − b² = (a + b) (a − b)

4. O cubo da soma de dois termos. Trinômio Quadrado Perfeito: a²± 2ab + b² = (a ± b)²

Consideremos o caso a seguir: Trinômio do 2º Grau: Supondo x1 e x2 raízes reais do trinômio,


(a + b)3 = (a + b).(a + b)2 → potência de mesma base. temos: ax² + bx + c = a (x - x1) (x - x2), a≠0
(a + b).(a2 + 2ab + b2) → (a + b)2
MDC e MMC de polinômios
Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anterio- Mínimo Múltiplo Comum entre polinômios, é formado pelo
res, teremos: produto dos fatores com os maiores expoentes.
(a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 Máximo Divisor Comum é o produto dos fatores primos com o
menor expoente.
Exemplos: Exemplo
(2x + 2y)3 = (2x)3 + 3.(2x)2.(2y) + 3.(2x).(2y)2 + (2y)3 = 8x3 + 24x2y X²+7x+10 e 3x²+12x+12
+ 24xy2 + 8y3
(w + 3z)3 = w3 + 3.(w2).(3z) + 3.w.(3z)2 + (3z)3 = w3 + 9w2z + 27wz2 Primeiro passo é fatorar as expressões:
+ 27z3 X²+7x+10=(x+2)(x+5)
(m + n)3 = m3 + 3m2n + 3mn2 + n3 3x²+12x+12=3(x²+4x+4)=3(x+2)²
Mmc=3(x+2)²(x+5)
5. O cubo da diferença de dois termos Mdc=x+2

Acompanhem o caso seguinte: Operação com frações algébricas


(a – b)3 = (a - b).(a – b)2 → potência de mesma base.
(a – b).(a2 – 2ab + b2) → (a - b)2 Adição e subtração de frações algébricas
Da mesma forma que ocorre com as frações numéricas, as fra-
Aplicando a propriedade distributiva como nos casos anterio- ções algébricas são somadas ou subtraídas obedecendo dois casos
res, teremos: diferentes.
(a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3
Caso 1: denominadores iguais.
Exemplos Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denomina-
(2 – y)3 = 23 – 3.(22).y + 3.2.y2 – y3 = 8 – 12y + 6y2 – y3 ou y3– 6y2 dores iguais, as mesmas regras aplicadas às frações numéricas aqui
+ 12y – 8 são aplicadas também.
(2w – z)3 = (2w)3 – 3.(2w)2.z + 3.(2w).z2 – z3 = 8w3 – 12w2z + (2x2-5)/x2 -(x2+3)/x2 +(9-x2)/x2
6wz2 – z3 (2x2-5-x2-3+9-x2)/x2 =1/x2

(c – d)3 = c3 – 3c2d + 3cd2 – d3 Caso 2: denominadores diferentes.


Para adicionar ou subtrair frações algébricas com denominado-
Fatoração res diferentes, siga as mesmas orientações dadas na resolução de
Fatorar uma expressão algébrica significa escrevê-la na forma frações numéricas de denominadores diferentes.
de um produto de expressões mais simples. (3x+1)/(2x-2)-(x+1)/(x-1)
(3x+1)/2(x-1) -2(x+1)/2(x-1)
Casos de fatoração (3x+1-2x-2)/(2(x-1))=(x-1)/2(x-1) =1/2

Fator Comum: Multiplicação de frações algébricas


Ex.: ax + bx + cx = x (a + b + c) Para multiplicar ou dividir frações algébricas, usamos o mesmo
processo das frações numéricas. Fatorando os termos da fração e
O fator comum é x. simplificar os fatores comuns.
Ex.: 12x³ - 6x²+ 3x = 3x (4x² - 2x + 1) 2x/(x-4)∙3x/(x+5)

O fator comum é 3x Multiplica-se os denominadores e os numeradores.


(6x2)/((x-4)(x+5))=(6x2)/(x2+x-20)

16
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Divisão de frações algébricas O conjunto A é denominado domínio da função, indicada por D.
Multiplica-se a primeira pelo inverso da segunda. O domínio serve para definir em que conjunto estamos trabalhan-
7x/(3-4x) ∶x/(x+1) do, isto é, os valores possíveis para a variável x.
7x/(3-4x)∙((x+1))/x O conjunto B é denominado contradomínio, CD.
7x(x+1)/(3-4x)x=(7x2+7x)/(3x-4x²) Cada elemento x do domínio tem um correspondente y no con-
tradomínio. A esse valor de y damos o nome de imagem de x pela
função f. O conjunto de todos os valores de y que são imagens de
FUNÇÕES: IDEIA DE FUNÇÃO, INTERPRETAÇÃO DE valores de x forma o conjunto imagem da função, que indicaremos
GRÁFICOS, DOMÍNIO E IMAGEM, FUNÇÃO DO 1º por Im.
GRAU, FUNÇÃO DO 2º GRAU– VALOR DE MÁXIMO E
MÍNIMO DE UMA FUNÇÃO DO 2º GRAU Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}criamos
a função f: A→B. definida por f(x) = x + 5 que também pode ser
Diagrama de Flechas representada por y = x + 5. A representação, utilizando conjuntos,
desta função, é:

Gráfico Cartesiano
No nosso exemplo, o domínio é D = {1, 4, 7}, o contradomínio é
= {1, 4, 6, 7, 8, 9, 12} e o conjunto imagem é Im = {6, 9, 12}

Classificação das funções


Injetora: Quando para ela elementos distintos do domínio
apresentam imagens também distintas no contradomínio.

Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio fo-


Muitas vezes nos deparamos com situações que envolvem uma rem imagens de pelo menos um elemento do domínio.
relação entre grandezas. Assim, o valor a ser pago na conta de luz
depende do consumo medido no período; o tempo de uma viagem
de automóvel depende da velocidade no trajeto.
Como, em geral, trabalhamos com funções numéricas, o domí-
nio e a imagem são conjuntos numéricos, e podemos definir com
mais rigor o que é uma função matemática utilizando a linguagem
da teoria dos conjuntos.

Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f uma rela-


ção de A em B.
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada elemen- Bijetora: Quando apresentar as características de função inje-
to x do conjunto A está associado um e apenas um elemento y do tora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, elementos dis-
conjunto B. tintos têm sempre imagens distintas e todos os elementos do con-
tradomínio são imagens de pelo menos um elemento do domínio.
Notação: f: A→B (lê-se função f de A em B)
Domínio, contradomínio, imagem
O domínio é constituído por todos os valores que podem ser
atribuídos à variável independente. Já a imagem da função é forma-
da por todos os valores correspondentes da variável dependente.

17
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Raiz da função
Calcular o valor da raiz da função é determinar o valor em que a
reta cruza o eixo x, para isso consideremos o valor de y igual a zero,
pois no momento em que a reta intersecta o eixo x, y = 0. Observe a
representação gráfica a seguir:

Função 1º grau
A função do 1° grau relacionará os valores numéricos obtidos
de expressões algébricas do tipo (ax + b), constituindo, assim, a fun-
ção f(x) = ax + b.

Estudo dos Sinais


Definimos função como relação entre duas grandezas repre- Podemos estabelecer uma formação geral para o cálculo da raiz
sentadas por x e y. No caso de uma função do 1º grau, sua lei de de uma função do 1º grau, basta criar uma generalização com base
formação possui a seguinte característica: y = ax + b ou f(x) = ax + na própria lei de formação da função, considerando y = 0 e isolando
b, onde os coeficientes a e b pertencem aos reais e diferem de zero. o valor de x (raiz da função).
Esse modelo de função possui como representação gráfica a figura X=-b/a
de uma reta, portanto, as relações entre os valores do domínio e da
imagem crescem ou decrescem de acordo com o valor do coeficien- Dependendo do caso, teremos que fazer um sistema com duas
te a. Se o coeficiente possui sinal positivo, a função é crescente, e equações para acharmos o valor de a e b.
caso ele tenha sinal negativo, a função é decrescente.
Exemplo:
Função Crescente: a > 0 Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
De uma maneira bem simples, podemos olhar no gráfico que os
valores de y vão crescendo. F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b

Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II

3(3-b)+b=5
Função Decrescente: a < 0 9-3b+b=5
Nesse caso, os valores de y, caem. -2b=-4
b=2

Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2

Função Quadrática ou Função do 2º grau


Em geral, uma função quadrática ou polinomial do segundo
grau tem a seguinte forma:
f(x)=ax²+bx+c, onde a≠0
f(x)=a(x-x1)(x-x2)

É essencial que apareça ax² para ser uma função quadrática e


deve ser o maior termo.

18
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Concavidade Veja os gráficos:
A concavidade da parábola é para cima se a>0 e para baixo se
a<0

Discriminante(∆)
∆ = b²-4ac
∆>0

A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois pontos dis-


tintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da equação ax²+bx+c=0

∆=0

Quando ∆=0 , a parábola y=ax²+bx+c é tangente ao eixo x, no


ponto

Repare que, quando tivermos o discriminante ∆ = 0, as duas


raízes da equação ax²+bx+c=0 são iguais
∆<0

A função não tem raízes reais

Equação Exponencial
Raízes É toda equação cuja incógnita se apresenta no expoente de
uma ou mais potências de bases positivas e diferentes de 1.

Exemplo
Resolva a equação no universo dos números reais.

Vértices e Estudo do Sinal


Quando a > 0, a parábola tem concavidade voltada para cima e
um ponto de mínimo V; quando a < 0, a parábola tem concavidade
voltada para baixo e um ponto de máximo V.

Em qualquer caso, as coordenadas de V são .

19
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Solução A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)

O número e é um número irracional e positivo e em função da


definição da função exponencial, temos que:
Ln(e) = 1

Este número é denotado por e em homenagem ao matemático


suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primeiros a estudar as
propriedades desse número.

O valor deste número expresso com 10 dígitos decimais, é:


e = 2,7182818284

Se x é um número real, a função exponencial exp(.) pode ser


escrita como a potência de base e com expoente x, isto é:
ex = exp(x)
Função exponencial
A expressão matemática que define a função exponencial é Propriedades dos expoentes
uma potência. Nesta potência, a base é um número real positivo e Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um número
diferente de 1 e o expoente é uma variável. racional, então:
- ax ay= ax + y
Função crescente - ax / ay= ax - y
Se a > 1 temos uma função exponencial crescente, qualquer - (ax) y= ax.y
que seja o valor real de x. - (a b)x = ax bx
No gráfico da função ao lado podemos observar que à medida - (a / b)x = ax / bx
que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Graficamente vemos - a-x = 1 / ax
que a curva da função é crescente.
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos, com a
≠1, existe um número c tal que:

A esse expoente c damos o nome de logaritmo de N na base a

Ainda com base na definição podemos estabelecer condições


de existência:

Função decrescente

Se 0 < a < 1 temos uma função exponencial decrescente em


todo o domínio da função. Exemplo
Neste outro gráfico podemos observar que à medida que x au-
menta, y diminui. Graficamente observamos que a curva da função
é decrescente.

20
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Consequências da Definição

EQUAÇÕES DE 1º E 2º GRAUS. SISTEMAS DE EQUA-


Propriedades ÇÕES DE 1º GRAU COM DUAS INCÓGNITAS

Equação 1º grau
Equação é toda sentença matemática aberta representada por
uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que represen-
tam números desconhecidos.
Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível
à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi-
cientes, com a≠0.

Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x


que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º
membro.

Nada mais é que pensarmos em uma balança.

Mudança de Base

Exemplo
Dados log 2=0,3010 e log 3=0,4771, calcule:
a) log 6 A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação
b) log1,5 também.
c) log 16 No exemplo temos:
3x+300
Solução Outro lado: x+1000+500
a) Log 6=log 2⋅3=log2+log3=0,3010+0,4771=0,7781 E o equilíbrio?
3x+300=x+1500

Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal


3x-x=1500-300
2x=1200
X=600

Função Logarítmica

Uma função dada por , em que a constante


a é positiva e diferente de 1, denomina-se função logarítmica.

21
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo
(PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A idade Se for negativo, não há solução no conjunto dos números
de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades de reais.
seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do que
Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade Se for positivo, a equação tem duas soluções:
que Pedro tem hoje.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
(A) 72;
(B) 69;
(C) 66;
(D) 63; Exemplo
(E) 60.

Resolução
A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin-
guagem matemática o que está no texto.
“Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
, portanto não há solução real.
“Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade
que Pedro tem hoje.”

A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das


idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa

Lembrando que:
Pi=Pa+3

Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Se ∆ < 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada real de


Pa+3+10=2Pa+3 um número negativo.
Pa=10
Pi=Pa+3 Se ∆ = 0, há duas soluções iguais:
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Se ∆ > 0, há soluções reais diferentes:
Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral:

ax2+bx+c=0 Relações entre Coeficientes e Raízes

Onde a, b e c são números reais, a≠0. Dada as duas raízes:

Discussão das Raízes

Soma das Raízes

22
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Produto das Raízes O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da equa-
ção, onde temos que organizar os termos semelhantes em cada
membro, realizando as operações indicadas. No caso das inequa-
ções, ao realizarmos uma multiplicação de seus elementos por
–1com o intuito de deixar a parte da incógnita positiva, invertemos
Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes o sinal representativo da desigualdade.

Podemos escrever a equação da seguinte maneira: Exemplo 1


4x + 12 > 2x – 2
x²-Sx+P=0 4x – 2x > – 2 – 12
2x > – 14
Exemplo x > –14/2
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau. x>–7

Solução Inequação - Produto


S=x1+x2=-2+7=5 Quando se trata de inequações - produto, teremos uma desi-
P=x1.x2=-2.7=-14 gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portanto,
Então a equação é: x²-5x-14=0 surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada
função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto
Exemplo resposta das funções.
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das
idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua- Exemplo
drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos a)(-x+2)(2x-3)<0
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos

Resolução
A+J=44
A²+J²=1000
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0

Dividindo por2:
J²-44J+468=0 Inequação -Quociente
∆=(-44)²-4.1.468 Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções
∆=1936-1872=64 fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo
a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função
que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero.
Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve-
rá ser diferente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à resolução de
uma inequação - produto, de modo que devemos analisar o sinal
das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções.

Exemplo
Resolva a inequação a seguir:
Substituindo em A
A=44-26=18
Ou A=44-18=26
Resposta: B. x-2≠0
Inequação x≠2
Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma
ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal
de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de
desigualdade:
>: maior
<: menor
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual

23
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que pode ser
escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0

Exemplo
Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0.
Sistema de Inequação do 1º Grau
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por duas ou Resolvendo Inequações
mais inequações, cada uma delas tem apenas uma variável sendo Resolver uma inequação significa determinar os valores reais
que essa deve ser a mesma em todas as outras inequações envol- de x que satisfazem a inequação dada.
vidas. Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau: tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa.

Vamos achar a solução de cada inequação.


4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
x≤-4:4
x≤-1

S1 = {x ϵ R | x ≤ - 1}

Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:


x+1≤0
x≤-1

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual. S = {x ϵ R / –7/3 < x < –1}

S2 = { x ϵ R | x ≤ - 1} Sistema do 1º grau
Um sistema de equação de 1º grau com duas incógnitas é for-
Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequação mado por: duas equações de 1º grau com duas incógnitas diferen-
Temos: tes em cada equação. Veja um exemplo:
S = S1 ∩ S2

• Resolução de sistemas
Existem dois métodos de resolução dos sistemas. Vejamos:

• Método da substituição
Portanto: Consiste em escolher uma das duas equações, isolar uma das
incógnitas e substituir na outra equação, veja como:
S = { x ϵ R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Dado o sistema , enumeramos as equações.

24
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplos:
(SABESP – APRENDIZ – FCC) Em uma gincana entre as três equi-
pes de uma escola (amarela, vermelha e branca), foram arrecada-
dos 1 040 quilogramas de alimentos. A equipe amarela arrecadou
50 quilogramas a mais que a equipe vermelha e esta arrecadou 30
Escolhemos a equação 1 (pelo valor da incógnita de x ser 1) e quilogramas a menos que a equipe branca. A quantidade de alimen-
isolamos x. Teremos: x = 20 – y e substituímos na equação 2. tos arrecadada pela equipe vencedora foi, em quilogramas, igual a
3 (20 – y) + 4y = 72, com isso teremos apenas 1 incógnita. Re- (A) 310
solvendo: (B) 320
60 – 3y + 4y = 72 → -3y + 4y = 72 -60 → y = 12 (C) 330
Para descobrir o valor de x basta substituir 12 na equação x = (D) 350
20 – y. Logo: (E) 370
x = 20 – y → x = 20 – 12 →x = 8
Portanto, a solução do sistema é S = (8, 12) Resolução:
Amarela: x
Método da adição Vermelha: y
Esse método consiste em adicionar as duas equações de tal Branca: z
forma que a soma de uma das incógnitas seja zero. Para que isso x = y + 50
aconteça será preciso que multipliquemos algumas vezes as duas y = z - 30
equações ou apenas uma equação por números inteiros para que a z = y + 30
soma de uma das incógnitas seja zero.

Dado o sistema

Para adicionarmos as duas equações e a soma de uma das in- Substituindo a II e a III equação na I:
cógnitas de zero, teremos que multiplicar a primeira equação por
– 3.

Substituindo na equação II
Teremos: x = 320 + 50 = 370
z=320+30=350
A equipe que mais arrecadou foi a amarela com 370kg

Resposta: E

(SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILIDADE – FCC) Em


um campeonato de futebol, as equipes recebem, em cada jogo, três
Adicionando as duas equações: pontos por vitória, um ponto em caso de empate e nenhum ponto
se forem derrotadas. Após disputar 30 partidas, uma das equipes
desse campeonato havia perdido apenas dois jogos e acumulado 58
pontos. O número de vitórias que essa equipe conquistou, nessas
30 partidas, é igual a
(A) 12
(B) 14
Para descobrirmos o valor de x basta escolher uma das duas (C) 16
equações e substituir o valor de y encontrado: (D) 13
x + y = 20 → x + 12 = 20 → x = 20 – 12 → x = 8 (E) 15
Portanto, a solução desse sistema é: S = (8, 12).
Resolução:
Vitórias: x
Empate: y
Derrotas: 2
Pelo método da adição temos:

25
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Lei dos Cossenos
A lei dos cossenos é uma importante ferramenta matemática
para o cálculo de medidas dos lados e dos ângulos de triângulos
quaisquer.

Resposta: E

TRIÂNGULO RETÂNGULO: RELAÇÕES MÉTRICAS NO


TRIÂNGULO RETÂNGULO, TEOREMA DE PITÁGORAS E
SUAS APLICAÇÕES, RELAÇÕES TRIGONOMÉTRICAS NO
TRIANGULO RETÂNGULO. TEOREMA DE TALES. GEO-
METRIA PLANA: CÁLCULO DE ÁREA E PERÍMETRO DE Lei dos Senos
POLÍGONOS. CIRCUNFERÊNCIA E CÍRCULO: COMPRI-
MENTO DA CIRCUNFERÊNCIA, ÁREA DO CÍRCULO

Fórmulas Trigonométricas
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

Neste triângulo, temos que: c² = a² + b²


Dividindo os membros por c²

Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo

Considerando o triângulo retângulo ABC.

!": ℎ!"#$%&'() = !
!": !"#$#%!!"!#$!!!!!!!!!"#!$%&'%!!!! = !
!": !"#$#%!!"#!$%&'%!!!!!!!!"!#$!!!!! = !
!

26
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Temos: Circunferência Trigonométrica

cateto!oposto!a!! !
sen!α = =
hipotenusa !

cateto!adjacente!a!! !
cos ! = =
hipotenusa !

cateto!oposto!a!! !
tg!α = =
!"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!
1 !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
!"#$!! = = =
!"!! !"#$#%!!"!#$!!!!! !

1 ℎ!"#$%&'() !
sec ! = = = Redução ao Primeiro quadrante
cos ! !"#$#%!!"#!$%&'%!!!! !
Sen (π - x) = senx
1 ℎ!"#$%&'() ! Cos (π - x) = -cos x
!"#$!!! = = = ! Tg (π - x) = -tg x
!"#$ !"#$#%!!"!#$!!!!! !
Sen (π + x) = -sen x
!
Cos (π + x) = -cos x
Teorema de Pitágoras Tg (π + x) = tg x
Sen (2π - x) = -sen x
c² = a² + b² Cos (2π - x) = cos x
Tg (2π - x) = -tg x
Considere um arco , contido numa circunferência de raio r,
tal que o comprimento do arco seja igual a r. Funções Trigonométricas

Função seno
A função seno é uma função !: ! → ! ! que a todo arco
de medida x ϵ R associa a ordenada y’ do ponto M.

! ! = !"#!! !

D=R e Im=[-1,1]

Dizemos que a medida do arco é 1 radiano(1rad)

Transformação de arcos e ângulos

Determinar em radianos a medida de 120°

!"#$ = 180°!

π ---- 180 Exemplo


Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem da
X ---- 120 função f(x)=2sen x.

120! 2! Solução
!= = !"# -1 ≤ sen x ≤ 1
180 3
! -2 ≤ 2 sen x ≤ 2
-2 ≤ f (x) ≤ 2

Im = [-2,2]

27
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Função Cosseno Duplicação de arcos
A função cosseno é uma função !: ! → ! ! que a todo arco
de medida x ϵ R associa a abscissa x do ponto M.
!"#2! = 2!"#$! ∙ !"#$

!"#2! = !"! ! ! − !"!! !

2!"#
!"2! =
1 − !!! !
!

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se-
D=R mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la-
Im = [-1,1] dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Exemplo
Determine o conjunto imagem da função f (x) = 2 + cos x.

Solução
-1 ≤ cos x ≤ 1
-1 + 2 ≤ 2 + cos x ≤ 1 + 2
1 ≤ f (x) ≤ 3

Logo, Im = [1,3]

Função Tangente Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.
A todo arco de medida x associa a ordenada yT do pon-
toT. O ponto T é a interseção da reta com o eixo das tangen-
tes.

! ! = !"!! !

Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

!
!= !∈!!≠ + !", ! ∈ ! !
2
Im = R

Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e b, as ope-


rações da soma e da diferença entre esses arcos será dada pelas
seguintes identidades: Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.
!"# ! + ! = !"#!! ∙ cos ! + cos ! ∙ !"#!!

cos ! + ! = cos ! ∙ cos ! − !"#!! ∙ !"#!!

!"!! + !"!!
!" ! + ! =
1 − !"!! ∙ !"!!
!

28
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Ângulo Reto: Na figura, é uma altura do .
- É o ângulo cuja medida é 90º;
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares. Um triângulo tem três alturas.

Triângulo
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
Elementos esse segmento pelo seu ponto médio.
Mediana Na figura, a reta m é a mediatriz de .
Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo
lado oposto que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de Um triângulo tem três mediatrizes.
um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um


ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado.

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

29
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que
a soma dos outros dois.Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.


Triângulo equilátero: três lados iguais.

- é paralelo a
Quanto aos ângulos - Losango: 4 lados congruentes
- Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos - Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
- No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a


medida da base menor e h é medida da altura.

2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a


medida da altura.

Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso 3 - Retângulo: A = b.h

4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d


é a medida da diagonal menor.

5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

30
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Polígono Ângulos Internos
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do vexo de n lados é (n-2).180
polígono. Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos
internos dos n-2 triângulos.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades


são vértices não-consecutivos desse polígono.
Ângulos Externos

A soma dos ângulos externos=360°


Número de Diagonais Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:

Exemplo

31
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Semelhança de Triângulos Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os Considerando o triângulo retângulo ABC.
lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado) Temos:


Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio-
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL (lado - lado - lado)


Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio- Fórmulas Trigonométricas
nais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

32
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Posições Relativas de Duas Retas
Dividindo os membros por c² Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano.
Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não
estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever-
sas.

Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum

Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian-


gulo retângulo. -Duas retas concorrentes podem ser:
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

a: hipotenusa b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci-


b e c: catetos dentes.
h: altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa


pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela


altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos


catetos sobre a hipotenusa. NOÇÕES DE GEOMETRIA ESPACIAL – CÁLCULO DO VO-
LUME DE PARALELEPÍPEDOS E CILINDROS CIRCULARES
RETOS

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos Cilindros


catetos (Teorema de Pitágoras). Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de centro O
contido num deles, e uma reta s concorrente com os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião de to-
dos os segmentos paralelos a s, com extremidades no círculo e no
outro plano.

33
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Classificação
-Reto: eixo VO perpendicular à base;
Pode ser obtido pela rotação de um triângulo retângulo em tor-
no de um de seus catetos. Por isso o cone reto é também chamado
de cone de revolução.
Quando a geratriz de um cone reto é 2R, esse cone é denomi-
nado cone equilátero.

Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando as geratri-
zes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é equilá- g2 = h2 + r2
tero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base. -Oblíquo: eixo não é perpendicular

Área
Área
Área da base: Sb=πr²

Volume
Volume

Cones Pirâmides
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α, um pon- As pirâmides são também classificadas quanto ao número de
to V que não pertence ao plano. lados da base.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os segmen-
tos de reta que tem uma extremidade no ponto V e a outra num
ponto do círculo denomina-se cone circular.

34
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Área e Volume Classificação

Área lateral: Sl = n. área de um triângulo Reto: Quando as arestas laterais são perpendiculares às bases
Oblíquo: quando as faces laterais são oblíquas à base.
Onde n = quantidade de lados
PRISMA RETO PRISMA OBLÍQUO
Stotal = Sb + Sl

Prismas
Considere dois planos α e β paralelos, um polígono R contido
em α e uma reta r concorrente aos dois.

Classificação pelo polígono da base

TRIANGULAR QUADRANGULAR

Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião de todos


os segmentos paralelos a r, com extremidades no polígono R e no
plano β.

E assim por diante...

Paralelepípedos
Os prismas cujas bases são paralelogramos denominam-se pa-
ralelepípedos.

PARALELEPÍPEDO RETO PARALELEPÍPEDO OBLÍQUO

Assim, um prisma é um poliedro com duas faces congruentes e


paralelas cujas outras faces são paralelogramos obtidos ligando-se
os vértices correspondentes das duas faces paralelas.
Cubo é todo paralelepípedo retângulo com seis faces quadra-
das.

35
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Prisma Regular M=C+J
Se o prisma for reto e as bases forem polígonos regulares, o M = montante
prisma é dito regular. C = capital inicial
As faces laterais são retângulos congruentes e as bases são con- J = juros
gruentes (triângulo equilátero, hexágono regular,...) M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
Área
Área cubo: St = 6a2 Juros Simples
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo em-
Área paralelepípedo: St = 2(ab + ac + bc) préstimo de um capital financeiro, a uma taxa combinada, por um
prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial.
A área de um prisma: St = 2Sb + St Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado
é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo de aplicação.
Onde: St = área total A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações
Sb = área da base envolvendo juros simples é a seguinte:
Sl = área lateral, soma-se todas as áreas das faces laterais. J = C i n, onde:
J = juros
Volume C = capital inicial
Paralelepípedo: V = a . b . c i = taxa de juros
Cubo: V = a³ n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre,
ano...)
Demais: V = Sb . h
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplica-
MATEMÁTICA FINANCEIRA: ção devem ser referentes a um mesmo período. Ou seja, os dois
PORCENTAGEM, JURO SIMPLES devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O
que não pode ocorrer é um estar em meses e outro em anos, ou
qualquer outra combinação de períodos.
Matemática Financeira Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JU-
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual ROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidia- Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser tra-
no das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações balhada de várias maneiras para se obter cada um de seus valores,
de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou
aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre seja, como exemplo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C)
outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para
na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um emprés- qualquer combinação.
timo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais
acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é Exemplo
superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista.
nome de juros. Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a
oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de
Capital R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa de
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação finan- juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de:
ceira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Pre- (A) 5,0%
sente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado (B) 5,9%
pela tecla PV nas calculadoras financeiras). (C) 7,5%
(D) 10,0%
Taxa de juros e Tempo (E) 12,5%
A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro Resposta Letra “e”.
emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente
expressa da forma percentual, em seguida da especificação do perí- O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a pri-
odo de tempo a que se refere: meira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria R$40 (85-45) e a
8 % a.a. - (a.a. significa ao ano). parcela a ser paga de R$45.
10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre). Aplicando a fórmula M = C + J:
45 = 40 + J
Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que J=5
é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %: Aplicando a outra fórmula J = C i n:
0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês). 5 = 40 X i X 1
0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre) i = 0,125 = 12,5%
Juros Compostos
Montante o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo
Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi- no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in-
tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo. tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render
Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver juros também.
questões.

36
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Quando usamos juros simples e juros compostos? Desconto
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com- No caso de haver um decréscimo, o fator de multiplicação será:
postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras Fator de Multiplicação =1 - taxa de desconto (na forma decimal)
com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan- Veja a tabela abaixo:
ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de DESCONTO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO
juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro-
cesso de desconto simples de duplicatas. 10% 0,90
25% 0,75
O cálculo do montante é dado por:
34% 0,66
M = C (1 + i)
t
60% 0,40
90% 0,10
Exemplo
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses Exemplo: Descontando 10% no valor de R$10,00 temos:
C = 25000
i = 25%aa = 0,25 10 X 0,90 = R$ 9,00
i = 72 meses = 6 anos
Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
M = C (1 + i)
t venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
M = 25000 (1 + 0,25)6 Lucro=preço de venda -preço de custo
M = 25000 (1,25)6
M = 95367,50 Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas
formas:
M=C+J
J = 95367,50 - 25000 = 70367,50

Porcentagem é uma fração cujo denominador é 100, seu sím-


bolo é (%). Sua utilização está tão disseminada que a encontramos
nos meios de comunicação, nas estatísticas, em máquinas de cal-
cular, etc.

Os acréscimos e os descontos é importante saber porque ajuda Exemplo


muito na resolução do exercício. (DPE/RR – Analista de Sistemas – FCC/2015) Em sala de aula
com 25 alunos e 20 alunas, 60% desse total está com gripe. Se x%
Acréscimo das meninas dessa sala estão com gripe, o menor valor possível
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10% a um determina- para x é igual a
do valor, podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse (A) 8.
valor por 1,10, que é o fator de multiplicação. Se o acréscimo for (B) 15.
de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante. Veja a tabela (C) 10.
abaixo: (D) 6.
(E) 12.

ACRÉSCIMO OU LUCRO FATOR DE MULTIPLICAÇÃO Resolução


10% 1,10 45------100%
X-------60%
15% 1,15 X=27
20% 1,20
O menor número de meninas possíveis para ter gripe é se to-
47% 1,47
dos os meninos estiverem gripados, assim apenas 2 meninas estão.
67% 1,67

Exemplo: Aumentando 10% no valor de R$10,00 temos:

10 x 1,10 = R$ 11,00
Resposta: C.

37
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Solução:
ESTATÍSTICA: CÁLCULO DE MÉDIA ARITMÉTICA SIM- Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
PLES E MÉDIA ARITMÉTICA PONDERADA (3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
entre os dois termos centrais do rol.

Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se Logo:


obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos
do conjunto. Resposta: Md=15
Representemos a média aritmética por .
A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida na Moda (Mo)
pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média aritméti- Num conjunto de números: x1 , x2 , x3 , ... xn, chama-se moda
ca para variáveis quantitativas. aquele valor que ocorre com maior frequência.
Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre diferen-
tes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais fácil estabe- Observação:
lecer uma comparação entre esses grupos e perceber tendências. A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos
jogadores é: Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
1,85 + 1,85 + 1,95 + 1,98 + 1,98 + 1,98 + 2,01 + 2,01+2,07+2,07 isto é, Mo=8.
+2,07+2,07+2,10+2,13+2,18 = 30,0
Exemplo 2:
Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores, obte- O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
remos a média aritmética das alturas:
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de tendência
central semelhantes podem apresentar características diversas.
Necessita-se de outros índices numéricas que informem sobre o
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m. grau de dispersão ou variação dos dados em torno da média ou de
qualquer outro valor de concentração. Esses índices são chamados
Média Ponderada medidas de dispersão.
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à adi-
ção e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é chama- Variância
da média aritmética ponderada. Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos de um
conjunto de números em relação à sua média aritmética, e que é
chamado de variância. Esse índice é assim definido:
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua
média aritmética. Chama-se variância desse conjunto, e indica-se
por , o número:
Mediana (Md)
Sejam os valores escritos em rol: x1 , x2 , x3 , ... xn

Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo xi tal que o núme-


ro de termos da sequência que precedem xi é igual ao número de
termos que o sucedem, isto é, xi é termo médio da sequência (xn) Isto é:
em rol.
Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela média arit-
mética entre os termos xj e xj +1, tais que o número de termos que
precedem xj é igual ao número de termos que sucedem xj +1, isto é,
a mediana é a média aritmética entre os termos centrais da sequ-
ência (xn) em rol. E para amostra

Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresentou o se-
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7, 10, guinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo: Md=12
Resposta: Md=12. JOGO NÚMERO DE PONTOS
Exemplo 2: 1 22
Determinar a mediana do conjunto de dados: 2 18
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
3 13

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

4 24
5 26
6 20
7 19
8 18 Sendo o desvio padrão, tem-se:

a) Qual a média de pontos por jogo?


b) Qual a variância do conjunto de pontos?

Solução:

a) A média de pontos por jogo é:

APLICAÇÃO DOS CONTEÚDOS ACIMA LISTADOS EM


RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS

Prezado Candidato, o conteúdo relacionado ao tópico acima supra-


b) A variância é: citado será abordado ao final do conteúdo no tópico “Exercícios”.

ESTRUTURA LÓGICA DE RELAÇÕES ARBITRÁRIAS EN-


TRE PESSOAS, LUGARES, OBJETOS OU EVENTOS FICTÍ-
CIOS; DEDUZIR NOVAS INFORMAÇÕES DAS RELAÇÕES
FORNECIDAS E AVALIAR AS CONDIÇÕES USADAS PARA
ESTABELECER A ESTRUTURA DAQUELAS RELAÇÕES.
Desvio médio DIAGRAMAS LÓGICOS. PROPOSIÇÕES E CONECTIVOS:
Definição CONCEITO DE PROPOSIÇÃO, VALORES LÓGICOS DAS
Medida da dispersão dos dados em relação à média de uma se- PROPOSIÇÕES, PROPOSIÇÕES SIMPLES, PROPOSIÇÕES
quência. Esta medida representa a média das distâncias entre cada COMPOSTAS. OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE PROPOSI-
elemento da amostra e seu valor médio. ÇÕES: NEGAÇÃO, CONJUNÇÃO, DISJUNÇÃO, DISJUN-
ÇÃO EXCLUSIVA, CONDICIONAL, BICONDICIONAL.
CONSTRUÇÃO DE TABELAS-VERDADE. TAUTOLOGIAS,
CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS. IMPLICAÇÃO
LÓGICA, EQUIVALÊNCIA LÓGICA, LEIS DE MORGAN.
Desvio padrão ARGUMENTAÇÃO E DEDUÇÃO LÓGICA. SENTENÇAS
Definição ABERTAS, OPERAÇÕES LÓGICAS SOBRE SENTENÇAS
Seja o conjunto de números x1 , x2 , x3 , ... xn, tal que é sua mé- ABERTAS. QUANTIFICADOR UNIVERSAL, QUANTIFI-
dia aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto, e indica-se CADOR EXISTENCIAL, NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES
por , o número: QUANTIFICADAS. ARGUMENTOS LÓGICOS DEDUTI-
VOS; ARGUMENTOS CATEGÓRICOS

RACIOCÍNIO LÓGICO MATEMÁTICO

Isto é: Este tipo de raciocínio testa sua habilidade de resolver proble-


mas matemáticos, e é uma forma de medir seu domínio das dife-
rentes áreas do estudo da Matemática: Aritmética, Álgebra, leitura
de tabelas e gráficos, Probabilidade e Geometria etc. Essa parte
consiste nos seguintes conteúdos:
- Operação com conjuntos.
- Cálculos com porcentagens.
Exemplo: - Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geomé-
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: tricos e matriciais.
2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular: - Geometria básica.
a) A estatura média desses jogadores. - Álgebra básica e sistemas lineares.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas. - Calendários.
- Numeração.
Solução: - Razões Especiais.
- Análise Combinatória e Probabilidade.
Sendo a estatura média, temos: - Progressões Aritmética e Geométrica.

39
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
RACIOCÍNIO LÓGICO DEDUTIVO

Este tipo de raciocínio está relacionado ao conteúdo Lógica de Argumentação.

ORIENTAÇÕES ESPACIAL E TEMPORAL

O raciocínio lógico espacial ou orientação espacial envolvem figuras, dados e palitos. O raciocínio lógico temporal ou orientação tem-
poral envolve datas, calendário, ou seja, envolve o tempo.
O mais importante é praticar o máximo de questões que envolvam os conteúdos:
- Lógica sequencial
- Calendários

RACIOCÍNIO VERBAL

Avalia a capacidade de interpretar informação escrita e tirar conclusões lógicas.


Uma avaliação de raciocínio verbal é um tipo de análise de habilidade ou aptidão, que pode ser aplicada ao se candidatar a uma vaga.
Raciocínio verbal é parte da capacidade cognitiva ou inteligência geral; é a percepção, aquisição, organização e aplicação do conhecimento
por meio da linguagem.
Nos testes de raciocínio verbal, geralmente você recebe um trecho com informações e precisa avaliar um conjunto de afirmações,
selecionando uma das possíveis respostas:
A – Verdadeiro (A afirmação é uma consequência lógica das informações ou opiniões contidas no trecho)
B – Falso (A afirmação é logicamente falsa, consideradas as informações ou opiniões contidas no trecho)
C – Impossível dizer (Impossível determinar se a afirmação é verdadeira ou falsa sem mais informações)

ESTRUTURAS LÓGICAS
Precisamos antes de tudo compreender o que são proposições. Chama-se proposição toda sentença declarativa à qual podemos atri-
buir um dos valores lógicos: verdadeiro ou falso, nunca ambos. Trata-se, portanto, de uma sentença fechada.

Elas podem ser:


• Sentença aberta: quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova? - Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.
Proposições simples e compostas
• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições
simples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R..., também chamadas letras proposicionais.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Proposições Compostas – Conectivos


As proposições compostas são formadas por proposições simples ligadas por conectivos, aos quais formam um valor lógico, que po-
demos vê na tabela a seguir:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Em síntese temos a tabela verdade das proposições que facilitará na resolução de diversas questões

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Exemplo:
(MEC – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS POSTOS 9,10,11 E 16 – CESPE)

A figura acima apresenta as colunas iniciais de uma tabela-verdade, em que P, Q e R representam proposições lógicas, e V e F corres-
pondem, respectivamente, aos valores lógicos verdadeiro e falso.
Com base nessas informações e utilizando os conectivos lógicos usuais, julgue o item subsecutivo.
A última coluna da tabela-verdade referente à proposição lógica P v (Q↔R) quando representada na posição horizontal é igual a

( ) Certo
( ) Errado

Resolução:
P v (Q↔R), montando a tabela verdade temos:

R Q P [P v (Q ↔ R) ]
V V V V V V V V
V V F F V V V V
V F V V V F F V
V F F F F F F V
F V V V V V F F
F V F F F V F F
F F V V V F V F
F F F F V F V F

Resposta: Certo

Proposição
Conjunto de palavras ou símbolos que expressam um pensamento ou uma ideia de sentido completo. Elas transmitem pensamentos,
isto é, afirmam fatos ou exprimem juízos que formamos a respeito de determinados conceitos ou entes.

Valores lógicos
São os valores atribuídos as proposições, podendo ser uma verdade, se a proposição é verdadeira (V), e uma falsidade, se a proposi-
ção é falsa (F). Designamos as letras V e F para abreviarmos os valores lógicos verdade e falsidade respectivamente.
Com isso temos alguns aximos da lógica:
– PRINCÍPIO DA NÃO CONTRADIÇÃO: uma proposição não pode ser verdadeira E falsa ao mesmo tempo.
– PRINCÍPIO DO TERCEIRO EXCLUÍDO: toda proposição OU é verdadeira OU é falsa, verificamos sempre um desses casos, NUNCA
existindo um terceiro caso.

“Toda proposição tem um, e somente um, dos valores, que são: V ou F.”

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Classificação de uma proposição
Elas podem ser:
• Sentença aberta:quando não se pode atribuir um valor lógico verdadeiro ou falso para ela (ou valorar a proposição!), portanto, não
é considerada frase lógica. São consideradas sentenças abertas:
- Frases interrogativas: Quando será prova?- Estudou ontem? – Fez Sol ontem?
- Frases exclamativas: Gol! – Que maravilhoso!
- Frase imperativas: Estude e leia com atenção. – Desligue a televisão.
- Frases sem sentido lógico (expressões vagas, paradoxais, ambíguas, ...): “esta frase é falsa” (expressão paradoxal) – O cachorro do
meu vizinho morreu (expressão ambígua) – 2 + 5+ 1

• Sentença fechada: quando a proposição admitir um ÚNICO valor lógico, seja ele verdadeiro ou falso, nesse caso, será considerada
uma frase, proposição ou sentença lógica.

Proposições simples e compostas


• Proposições simples (ou atômicas): aquela que NÃO contém nenhuma outra proposição como parte integrante de si mesma. As
proposições simples são designadas pelas letras latinas minúsculas p,q,r, s..., chamadas letras proposicionais.
Exemplos
r: Thiago é careca.
s: Pedro é professor.

• Proposições compostas (ou moleculares ou estruturas lógicas): aquela formada pela combinação de duas ou mais proposições sim-
ples. As proposições compostas são designadas pelas letras latinas maiúsculas P,Q,R, R...,também chamadas letras proposicionais.
Exemplo
P: Thiago é careca e Pedro é professor.

ATENÇÃO: TODAS as proposições compostas são formadas por duas proposições simples.

Exemplos:
1. (CESPE/UNB) Na lista de frases apresentadas a seguir:
– “A frase dentro destas aspas é uma mentira.”
– A expressão x + y é positiva.
– O valor de √4 + 3 = 7.
– Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira.
– O que é isto?
Há exatamente:
(A) uma proposição;
(B) duas proposições;
(C) três proposições;
(D) quatro proposições;
(E) todas são proposições.

Resolução:
Analisemos cada alternativa:
(A) “A frase dentro destas aspas é uma mentira”, não podemos atribuir valores lógicos a ela, logo não é uma sentença lógica.
(B) A expressão x + y é positiva, não temos como atribuir valores lógicos, logo não é sentença lógica.
(C) O valor de √4 + 3 = 7; é uma sentença lógica pois podemos atribuir valores lógicos, independente do resultado que tenhamos
(D) Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira, também podemos atribuir valores lógicos (não estamos considerando a quantidade
certa de gols, apenas se podemos atribuir um valor de V ou F a sentença).
(E) O que é isto? -como vemos não podemos atribuir valores lógicos por se tratar de uma frase interrogativa.
Resposta: B.

Conectivos (conectores lógicos)


Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos. São eles:

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA TABELA VERDADE

Negação ~ Não p

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

Conjunção ^ peq

Disjunção Inclusiva v p ou q

Disjunção Exclusiva v Ou p ou q

Condicional → Se p então q

Bicondicional ↔ p se e somente se q

Exemplo:
2. (PC/SP - Delegado de Polícia - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B.

44
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Tabela Verdade
Quando trabalhamos com as proposições compostas, determinamos o seu valor lógico partindo das proposições simples que a com-
põe. O valor lógico de qualquer proposição composta depende UNICAMENTE dos valores lógicos das proposições simples componentes,
ficando por eles UNIVOCAMENTE determinados.

• Número de linhas de uma Tabela Verdade: depende do número de proposições simples que a integram, sendo dado pelo seguinte
teorema:
“A tabela verdade de uma proposição composta com n* proposições simples componentes contém 2n linhas.”

Exemplo:
3. (CESPE/UNB) Se “A”, “B”, “C” e “D” forem proposições simples e distintas, então o número de linhas da tabela-verdade da propo-
sição (A → B) ↔ (C → D) será igual a:
(A) 2;
(B) 4;
(C) 8;
(D) 16;
(E) 32.

Resolução:
Veja que podemos aplicar a mesma linha do raciocínio acima, então teremos:
Número de linhas = 2n = 24 = 16 linhas.
Resposta D.

Conceitos de Tautologia , Contradição e Contigência


• Tautologia: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), V (verdades).
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma tautologia, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma tautologia, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contradição: possui todos os valores lógicos, da tabela verdade (última coluna), F (falsidades). A contradição é a negação da Tauto-
logia e vice versa.
Princípio da substituição: Seja P (p, q, r, ...) é uma contradição, então P (P0; Q0; R0; ...) também é uma contradição, quaisquer que sejam
as proposições P0, Q0, R0, ...

• Contingência: possui valores lógicos V e F ,da tabela verdade (última coluna). Em outros termos a contingência é uma proposição
composta que não é tautologia e nem contradição.

Exemplos:
4. (DPU – ANALISTA – CESPE) Um estudante de direito, com o objetivo de sistematizar o seu estudo, criou sua própria legenda, na qual
identificava, por letras, algumas afirmações relevantes quanto à disciplina estudada e as vinculava por meio de sentenças (proposições).
No seu vocabulário particular constava, por exemplo:
P: Cometeu o crime A.
Q: Cometeu o crime B.
R: Será punido, obrigatoriamente, com a pena de reclusão no regime fechado.
S: Poderá optar pelo pagamento de fiança.

Ao revisar seus escritos, o estudante, apesar de não recordar qual era o crime B, lembrou que ele era inafiançável.
Tendo como referência essa situação hipotética, julgue o item que se segue.
A sentença (P→Q)↔((~Q)→(~P)) será sempre verdadeira, independentemente das valorações de P e Q como verdadeiras ou falsas.
() Certo
() Errado

Resolução:
Considerando P e Q como V.
(V→V) ↔ ((F)→(F))
(V) ↔ (V) = V
Considerando P e Q como F
(F→F) ↔ ((V)→(V))
(V) ↔ (V) = V
Então concluímos que a afirmação é verdadeira.
Resposta: Certo.

45
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Equivalência
Duas ou mais proposições compostas são equivalentes, quando mesmo possuindo estruturas lógicas diferentes, apresentam a mesma
solução em suas respectivas tabelas verdade.
Se as proposições P(p,q,r,...) e Q(p,q,r,...) são ambas TAUTOLOGIAS, ou então, são CONTRADIÇÕES, então são EQUIVALENTES.

Exemplo:
5. (VUNESP/TJSP) Uma negação lógica para a afirmação “João é rico, ou Maria é pobre” é:
(A) Se João é rico, então Maria é pobre.
(B) João não é rico, e Maria não é pobre.
(C) João é rico, e Maria não é pobre.
(D) Se João não é rico, então Maria não é pobre.
(E) João não é rico, ou Maria não é pobre.
Resolução:
Nesta questão, a proposição a ser negada trata-se da disjunção de duas proposições lógicas simples. Para tal, trocamos o conectivo
por “e” e negamos as proposições “João é rico” e “Maria é pobre”. Vejam como fica:

Resposta: B.

Leis de Morgan
Com elas:
– Negamos que duas dadas proposições são ao mesmo tempo verdadeiras equivalendo a afirmar que pelo menos uma é falsa
– Negamos que uma pelo menos de duas proposições é verdadeira equivalendo a afirmar que ambas são falsas.

ATENÇÃO
As Leis de Morgan exprimem que NEGAÇÃO CONJUNÇÃO em DISJUNÇÃO
transforma: DISJUNÇÃO em CONJUNÇÃO

46
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
CONECTIVOS
Para compôr novas proposições, definidas como composta, a partir de outras proposições simples, usam-se os conectivos.

OPERAÇÃO CONECTIVO ESTRUTURA LÓGICA EXEMPLOS


Negação ~ Não p A cadeira não é azul.
Conjunção ^ peq Fernando é médico e Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Inclusiva v p ou q Fernando é médico ou Nicolas é Engenheiro.
Disjunção Exclusiva v Ou p ou q Ou Fernando é médico ou João é Engenheiro.
Condicional → Se p então q Se Fernando é médico então Nicolas é Engenheiro.
Bicondicional ↔ p se e somente se q Fernando é médico se e somente se Nicolas é Engenheiro.

Conectivo “não” (~)


Chamamos de negação de uma proposição representada por “não p” cujo valor lógico é verdade (V) quando p é falsa e falsidade (F)
quando p é verdadeira. Assim “não p” tem valor lógico oposto daquele de p. Pela tabela verdade temos:

Conectivo “e” (˄)


Se p e q são duas proposições, a proposição p ˄ q será chamada de conjunção. Para a conjunção, tem-se a seguinte tabela-verdade:

ATENÇÃO: Sentenças interligadas pelo conectivo “e” possuirão o valor verdadeiro somente quando todas as sentenças, ou argumen-
tos lógicos, tiverem valores verdadeiros.
Conectivo “ou” (v)
Este inclusivo: Elisabete é bonita ou Elisabete é inteligente. (Nada impede que Elisabete seja bonita e inteligente).

Conectivo “ou” (v)


Este exclusivo: Elisabete é paulista ou Elisabete é carioca. (Se Elisabete é paulista, não será carioca e vice-versa).

47
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
• Mais sobre o Conectivo “ou”
– “inclusivo”(considera os dois casos)
– “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplos:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa
No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeira

Ele pode ser “inclusivo”(considera os dois casos) ou “exclusivo”(considera apenas um dos casos)

Exemplo:
R: Paulo é professor ou administrador
S: Maria é jovem ou idosa

No primeiro caso, o “ou” é inclusivo,pois pelo menos uma das proposições é verdadeira, podendo ser ambas.
No caso da segunda, o “ou” é exclusivo, pois somente uma das proposições poderá ser verdadeiro

Conectivo “Se... então” (→)


Se p e q são duas proposições, a proposição p→q é chamada subjunção ou condicional. Considere a seguinte subjunção: “Se fizer sol,
então irei à praia”.
1. Podem ocorrer as situações:
2. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
3. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade)
5. Não fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade, pois eu não disse o que faria se não fizesse sol. Assim, poderia ir ou não ir à praia).
Temos então sua tabela verdade:

Observe que uma subjunção p→q somente será falsa quando a primeira proposição, p, for verdadeira e a segunda, q, for falsa.

Conectivo “Se e somente se” (↔)


Se p e q são duas proposições, a proposição p↔q1 é chamada bijunção ou bicondicional, que também pode ser lida como: “p é con-
dição necessária e suficiente para q” ou, ainda, “q é condição necessária e suficiente para p”.
Considere, agora, a seguinte bijunção: “Irei à praia se e somente se fizer sol”. Podem ocorrer as situações:
1. Fez sol e fui à praia. (Eu disse a verdade)
2. Fez sol e não fui à praia. (Eu menti)
3. Não fez sol e fui à praia. (Eu menti)
4. Não fez sol e não fui à praia. (Eu disse a verdade). Sua tabela verdade:

Observe que uma bicondicional só é verdadeira quando as proposições formadoras são ambas falsas ou ambas verdadeiras.

ATENÇÃO: O importante sobre os conectivos é ter em mente a tabela de cada um deles, para que assim você possa resolver qualquer
questão referente ao assunto.

48
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Ordem de precedência dos conectivos:
O critério que especifica a ordem de avaliação dos conectivos ou operadores lógicos de uma expressão qualquer. A lógica matemática
prioriza as operações de acordo com a ordem listadas:

Em resumo:

Exemplo:
(PC/SP - DELEGADO DE POLÍCIA - VUNESP) Os conectivos ou operadores lógicos são palavras (da linguagem comum) ou símbolos (da
linguagem formal) utilizados para conectar proposições de acordo com regras formais preestabelecidas. Assinale a alternativa que apre-
senta exemplos de conjunção, negação e implicação, respectivamente.
(A) ¬ p, p v q, p ∧ q
(B) p ∧ q, ¬ p, p -> q
(C) p -> q, p v q, ¬ p
(D) p v p, p -> q, ¬ q
(E) p v q, ¬ q, p v q

Resolução:
A conjunção é um tipo de proposição composta e apresenta o conectivo “e”, e é representada pelo símbolo ∧. A negação é repre-
sentada pelo símbolo ~ou cantoneira (¬) e pode negar uma proposição simples (por exemplo: ¬ p ) ou composta. Já a implicação é uma
proposição composta do tipo condicional (Se, então) é representada pelo símbolo (→).
Resposta: B

CONTRADIÇÕES
São proposições compostas formadas por duas ou mais proposições onde seu valor lógico é sempre FALSO, independentemente do
valor lógico das proposições simples que a compõem. Vejamos:
A proposição: p ^ ~p é uma contradição, conforme mostra a sua tabela-verdade:

Exemplo:
(PEC-FAZ) Conforme a teoria da lógica proposicional, a proposição ~P ∧ P é:
(A) uma tautologia.
(B) equivalente à proposição ~p ∨ p.
(C) uma contradição.
(D) uma contingência.
(E) uma disjunção.

Resolução:
Montando a tabela teremos que:

P ~p ~p ^p
V F F
V F F
F V F
F V F

Como todos os valores são Falsidades (F) logo estamos diante de uma CONTRADIÇÃO.
Resposta: C

49
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
A proposição P(p,q,r,...) implica logicamente a proposição Q(p,- Regras de Inferência obtidas da implicação lógica
q,r,...) quando Q é verdadeira todas as vezes que P é verdadeira.
Representamos a implicação com o símbolo “⇒”, simbolicamente
temos:

P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...).

ATENÇÃO: Os símbolos “→” e “⇒” são completamente distin-


tos. O primeiro (“→”) representa a condicional, que é um conec-
tivo. O segundo (“⇒”) representa a relação de implicação lógica • Silogismo Disjuntivo
que pode ou não existir entre duas proposições.

Exemplo:

• Modus Ponens

Observe:
- Toda proposição implica uma Tautologia:

• Modus Tollens
- Somente uma contradição implica uma contradição:

Propriedades
• Reflexiva:
– P(p,q,r,...) ⇒ P(p,q,r,...)
– Uma proposição complexa implica ela mesma.

• Transitiva:
– Se P(p,q,r,...) ⇒ Q(p,q,r,...) e Tautologias e Implicação Lógica
Q(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...), então • Teorema
P(p,q,r,...) ⇒ R(p,q,r,...) P(p,q,r,..) ⇒ Q(p,q,r,...) se e somente se P(p,q,r,...) → Q(p,q,r,...)
– Se P ⇒ Q e Q ⇒ R, então P ⇒ R

Regras de Inferência
• Inferência é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas
de proposições conhecidas ou decididamente verdadeiras. Em ou-
tras palavras: é a obtenção de novas proposições a partir de propo-
sições verdadeiras já existentes.

50
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Observe que: • Universal afirmativa (Tipo A) – “TODO A é B”
→ indica uma operação lógica entre as proposições. Ex.: das Teremos duas possibilidades.
proposições p e q, dá-se a nova proposição p → q.
⇒ indica uma relação. Ex.: estabelece que a condicional P →
Q é tautológica.

Inferências
• Regra do Silogismo Hipotético

Tais proposições afirmam que o conjunto “A” está contido no


conjunto “B”, ou seja, que todo e qualquer elemento de “A” é tam-
bém elemento de “B”. Observe que “Toda A é B” é diferente de
Princípio da inconsistência “Todo B é A”.
– Como “p ^ ~p → q” é tautológica, subsiste a implicação lógica
p ^ ~p ⇒ q • Universal negativa (Tipo E) – “NENHUM A é B”
– Assim, de uma contradição p ^ ~p se deduz qualquer propo- Tais proposições afirmam que não há elementos em comum
sição q. entre os conjuntos “A” e “B”. Observe que “nenhum A é B” é o mes-
mo que dizer “nenhum B é A”.
A proposição “(p ↔ q) ^ p” implica a proposição “q”, pois a Podemos representar esta universal negativa pelo seguinte dia-
condicional “(p ↔ q) ^ p → q” é tautológica. grama (A ∩ B = ø):

Lógica de primeira ordem


Existem alguns tipos de argumentos que apresentam proposi-
ções com quantificadores. Numa proposição categórica, é impor-
tante que o sujeito se relacionar com o predicado de forma coeren-
te e que a proposição faça sentido, não importando se é verdadeira
ou falsa.

Vejamos algumas formas:


- Todo A é B. • Particular afirmativa (Tipo I) - “ALGUM A é B”
- Nenhum A é B. Podemos ter 4 diferentes situações para representar esta pro-
- Algum A é B. posição:
- Algum A não é B.
Onde temos que A e B são os termos ou características dessas
proposições categóricas.

• Classificação de uma proposição categórica de acordo com


o tipo e a relação
Elas podem ser classificadas de acordo com dois critérios fun-
damentais: qualidade e extensão ou quantidade.

– Qualidade: O critério de qualidade classifica uma proposição


categórica em afirmativa ou negativa.
– Extensão: O critério de extensão ou quantidade classifica
uma proposição categórica em universal ou particular. A classifica-
ção dependerá do quantificador que é utilizado na proposição.

Essas proposições Algum A é B estabelecem que o conjunto “A”


tem pelo menos um elemento em comum com o conjunto “B”. Con-
tudo, quando dizemos que Algum A é B, presumimos que nem todo
A é B. Observe “Algum A é B” é o mesmo que “Algum B é A”.

Entre elas existem tipos e relações de acordo com a qualidade


e a extensão, classificam-se em quatro tipos, representados pelas
letras A, E, I e O.

51
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
• Particular negativa (Tipo O) - “ALGUM A não é B” Resolução:
Se a proposição Algum A não é B é verdadeira, temos as três Temos um quantificador particular (alguns) e uma proposição
representações possíveis: do tipo conjunção (conectivo “e”). Pede-se a sua negação.
O quantificador existencial “alguns” pode ser negado, seguindo
o esquema, pelos quantificadores universais (todos ou nenhum).
Logo, podemos descartar as alternativas A e E.
A negação de uma conjunção se faz através de uma disjunção,
em que trocaremos o conectivo “e” pelo conectivo “ou”. Descarta-
mos a alternativa B.
Vamos, então, fazer a negação da frase, não esquecendo de
que a relação que existe é: Algum A é B, deve ser trocado por: Todo
A é não B.
Todos os gatos que são pardos ou os gatos (aqueles) que não
são pardos NÃO miam alto.
Resposta: C

(CBM/RJ - CABO TÉCNICO EM ENFERMAGEM - ND) Dizer que a


Proposições nessa forma: Algum A não é B estabelecem que o afirmação “todos os professores é psicólogos” e falsa, do ponto de
conjunto “A” tem pelo menos um elemento que não pertence ao vista lógico, equivale a dizer que a seguinte afirmação é verdadeira
conjunto “B”. Observe que: Algum A não é B não significa o mesmo (A) Todos os não psicólogos são professores.
que Algum B não é A. (B) Nenhum professor é psicólogo.
(C) Nenhum psicólogo é professor.
• Negação das Proposições Categóricas (D) Pelo menos um psicólogo não é professor.
Ao negarmos uma proposição categórica, devemos observar as (E) Pelo menos um professor não é psicólogo.
seguintes convenções de equivalência:
– Ao negarmos uma proposição categórica universal geramos Resolução:
uma proposição categórica particular. Se a afirmação é falsa a negação será verdadeira. Logo, a nega-
– Pela recíproca de uma negação, ao negarmos uma proposição ção de um quantificador universal categórico afirmativo se faz atra-
categórica particular geramos uma proposição categórica universal. vés de um quantificador existencial negativo. Logo teremos: Pelo
– Negando uma proposição de natureza afirmativa geramos, menos um professor não é psicólogo.
sempre, uma proposição de natureza negativa; e, pela recíproca, Resposta: E
negando uma proposição de natureza negativa geramos, sempre,
uma proposição de natureza afirmativa. • Equivalência entre as proposições
Em síntese: Basta usar o triângulo a seguir e economizar um bom tempo na
resolução de questões.

Exemplo:
Exemplos: (PC/PI - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - UESPI) Qual a negação
(DESENVOLVE/SP - CONTADOR - VUNESP) Alguns gatos não lógica da sentença “Todo número natural é maior do que ou igual
são pardos, e aqueles que não são pardos miam alto. a cinco”?
Uma afirmação que corresponde a uma negação lógica da afir- (A) Todo número natural é menor do que cinco.
mação anterior é: (B) Nenhum número natural é menor do que cinco.
(A) Os gatos pardos miam alto ou todos os gatos não são par- (C) Todo número natural é diferente de cinco.
dos. (D) Existe um número natural que é menor do que cinco.
(B) Nenhum gato mia alto e todos os gatos são pardos. (E) Existe um número natural que é diferente de cinco.
(C) Todos os gatos são pardos ou os gatos que não são pardos
não miam alto.
(D) Todos os gatos que miam alto são pardos.
(E) Qualquer animal que mia alto é gato e quase sempre ele é
pardo.

52
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
Do enunciado temos um quantificador universal (Todo) e pede-
-se a sua negação.
O quantificador universal todos pode ser negado, seguindo o
esquema abaixo, pelo quantificador algum, pelo menos um, existe
ao menos um, etc. Não se nega um quantificador universal com To-
dos e Nenhum, que também são universais.
Existe pelo menos um elemento co-
mum aos conjuntos A e B.
Podemos ainda representar das seguin-
tes formas:
ALGUM
I
AéB

Portanto, já podemos descartar as alternativas que trazem


quantificadores universais (todo e nenhum). Descartamos as alter-
nativas A, B e C.
Seguindo, devemos negar o termo: “maior do que ou igual a
cinco”. Negaremos usando o termo “MENOR do que cinco”.
Obs.: maior ou igual a cinco (compreende o 5, 6, 7...) ao ser
negado passa a ser menor do que cinco (4, 3, 2,...).
Resposta: D

Diagramas lógicos
Os diagramas lógicos são usados na resolução de vários proble-
mas. É uma ferramenta para resolvermos problemas que envolvam
argumentos dedutivos, as quais as premissas deste argumento po-
dem ser formadas por proposições categóricas.

ATENÇÃO: É bom ter um conhecimento sobre conjuntos para


conseguir resolver questões que envolvam os diagramas lógicos.

Vejamos a tabela abaixo as proposições categóricas: ALGUM


O
A NÃO é B
TIPO PREPOSIÇÃO DIAGRAMAS

Perceba-se que, nesta sentença, a aten-


TODO ção está sobre o(s) elemento (s) de A que
A não são B (enquanto que, no “Algum A é
AéB
B”, a atenção estava sobre os que eram B,
ou seja, na intercessão).
Se um elemento pertence ao conjunto A, Temos também no segundo caso, a dife-
então pertence também a B. rença entre conjuntos, que forma o con-
junto A - B

Exemplo:
(GDF–ANALISTA DE ATIVIDADES CULTURAIS ADMINISTRAÇÃO
– IADES) Considere as proposições: “todo cinema é uma casa de
NENHUM cultura”, “existem teatros que não são cinemas” e “algum teatro é
E
AéB casa de cultura”. Logo, é correto afirmar que
(A) existem cinemas que não são teatros.
Existe pelo menos um elemento que (B) existe teatro que não é casa de cultura.
pertence a A, então não pertence a B, e (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro.
vice-versa. (D) existe casa de cultura que não é cinema.
(E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema.

53
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução: (B) existe teatro que não é casa de cultura. – Errado, pelo mes-
Vamos chamar de: mo princípio acima.
Cinema = C (C) alguma casa de cultura que não é cinema é teatro. – Errado,
Casa de Cultura = CC a primeira proposição já nos afirma o contrário. O diagrama
Teatro = T nos afirma isso
Analisando as proposições temos:
- Todo cinema é uma casa de cultura

(D) existe casa de cultura que não é cinema. – Errado, a justifi-


cativa é observada no diagrama da alternativa anterior.
- Existem teatros que não são cinemas (E) todo teatro que não é casa de cultura não é cinema. – Cor-
reta, que podemos observar no diagrama abaixo, uma vez que
todo cinema é casa de cultura. Se o teatro não é casa de cultura
também não é cinema.

- Algum teatro é casa de cultura


Resposta: E

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO
Chama-se argumento a afirmação de que um grupo de propo-
sições iniciais redunda em outra proposição final, que será conse-
quência das primeiras. Ou seja, argumento é a relação que associa
um conjunto de proposições P1, P2,... Pn , chamadas premissas do
argumento, a uma proposição Q, chamada de conclusão do argu-
mento.

Visto que na primeira chegamos à conclusão que C = CC


Segundo as afirmativas temos:
(A) existem cinemas que não são teatros- Observando o último
diagrama vimos que não é uma verdade, pois temos que existe
pelo menos um dos cinemas é considerado teatro.

Exemplo:
P1: Todos os cientistas são loucos.
P2: Martiniano é louco.
Q: Martiniano é um cientista.

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MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
O exemplo dado pode ser chamado de Silogismo (argumento
formado por duas premissas e a conclusão).
A respeito dos argumentos lógicos, estamos interessados em
verificar se eles são válidos ou inválidos! Então, passemos a enten-
der o que significa um argumento válido e um argumento inválido.

Argumentos Válidos
Dizemos que um argumento é válido (ou ainda legítimo ou bem
construído), quando a sua conclusão é uma consequência obrigató-
ria do seu conjunto de premissas.

Exemplo:
O silogismo... Será sempre assim a representação gráfica de uma sentença
P1: Todos os homens são pássaros. “Nenhum A é B”: dois conjuntos separados, sem nenhum ponto em
P2: Nenhum pássaro é animal. comum.
Q: Portanto, nenhum homem é animal. Tomemos agora as representações gráficas das duas premissas
vistas acima e as analisemos em conjunto. Teremos:
... está perfeitamente bem construído, sendo, portanto, um
argumento válido, muito embora a veracidade das premissas e da
conclusão sejam totalmente questionáveis.

ATENÇÃO: O que vale é a CONSTRUÇÃO, E NÃO O SEU CONTE-


ÚDO! Se a construção está perfeita, então o argumento é válido,
independentemente do conteúdo das premissas ou da conclusão!

• Como saber se um determinado argumento é mesmo váli-


do?
Para se comprovar a validade de um argumento é utilizando
diagramas de conjuntos (diagramas de Venn). Trata-se de um mé-
todo muito útil e que será usado com frequência em questões que
pedem a verificação da validade de um argumento. Vejamos como Comparando a conclusão do nosso argumento, temos:
funciona, usando o exemplo acima. Quando se afirma, na premissa NENHUM homem é animal – com o desenho das premissas
P1, que “todos os homens são pássaros”, poderemos representar será que podemos dizer que esta conclusão é uma consequência
essa frase da seguinte maneira: necessária das premissas? Claro que sim! Observemos que o con-
junto dos homens está totalmente separado (total dissociação!) do
conjunto dos animais. Resultado: este é um argumento válido!

Argumentos Inválidos
Dizemos que um argumento é inválido – também denominado
ilegítimo, mal construído, falacioso ou sofisma – quando a verdade
das premissas não é suficiente para garantir a verdade da conclu-
são.

Exemplo:
P1: Todas as crianças gostam de chocolate.
P2: Patrícia não é criança.
Q: Portanto, Patrícia não gosta de chocolate.

Este é um argumento inválido, falacioso, mal construído, pois


as premissas não garantem (não obrigam) a verdade da conclusão.
Observem que todos os elementos do conjunto menor (ho- Patrícia pode gostar de chocolate mesmo que não seja criança, pois
mens) estão incluídos, ou seja, pertencem ao conjunto maior (dos a primeira premissa não afirmou que somente as crianças gostam
pássaros). E será sempre essa a representação gráfica da frase de chocolate.
“Todo A é B”. Dois círculos, um dentro do outro, estando o círculo Utilizando os diagramas de conjuntos para provar a validade
menor a representar o grupo de quem se segue à palavra TODO. do argumento anterior, provaremos, utilizando-nos do mesmo arti-
Na frase: “Nenhum pássaro é animal”. Observemos que a pa- fício, que o argumento em análise é inválido. Comecemos pela pri-
lavra-chave desta sentença é NENHUM. E a ideia que ela exprime é meira premissa: “Todas as crianças gostam de chocolate”.
de uma total dissociação entre os dois conjuntos.

55
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Por este método, fácil e rapidamente demonstraremos a vali-
dade de um argumento. Porém, só devemos utilizá-lo na impossibi-
lidade do primeiro método.
Iniciaremos aqui considerando as premissas como verdades.
Daí, por meio das operações lógicas com os conectivos, descobri-
remos o valor lógico da conclusão, que deverá resultar também em
verdade, para que o argumento seja considerado válido.

4º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos, conside-


rando premissas verdadeiras e conclusão falsa.
É indicado este caminho quando notarmos que a aplicação do
terceiro método não possibilitará a descoberta do valor lógico da
conclusão de maneira direta, mas somente por meio de análises
mais complicadas.
Analisemos agora o que diz a segunda premissa: “Patrícia não é
criança”. O que temos que fazer aqui é pegar o diagrama acima (da Em síntese:
primeira premissa) e nele indicar onde poderá estar localizada a Pa-
trícia, obedecendo ao que consta nesta segunda premissa. Vemos
facilmente que a Patrícia só não poderá estar dentro do círculo das
crianças. É a única restrição que faz a segunda premissa! Isto posto,
concluímos que Patrícia poderá estar em dois lugares distintos do
diagrama:
1º) Fora do conjunto maior;
2º) Dentro do conjunto maior. Vejamos:

Finalmente, passemos à análise da conclusão: “Patrícia não


gosta de chocolate”. Ora, o que nos resta para sabermos se este ar-
gumento é válido ou não, é justamente confirmar se esse resultado
(se esta conclusão) é necessariamente verdadeiro!
- É necessariamente verdadeiro que Patrícia não gosta de cho-
colate? Olhando para o desenho acima, respondemos que não! Exemplo:
Pode ser que ela não goste de chocolate (caso esteja fora do círcu- Diga se o argumento abaixo é válido ou inválido:
lo), mas também pode ser que goste (caso esteja dentro do círculo)!
Enfim, o argumento é inválido, pois as premissas não garantiram a (p ∧ q) → r
veracidade da conclusão! _____~r_______
~p ∨ ~q
Métodos para validação de um argumento
Aprenderemos a seguir alguns diferentes métodos que nos Resolução:
possibilitarão afirmar se um argumento é válido ou não! -1ª Pergunta) O argumento apresenta as palavras todo, algum
1º) Utilizando diagramas de conjuntos: esta forma é indicada ou nenhum?
quando nas premissas do argumento aparecem as palavras TODO, A resposta é não! Logo, descartamos o 1º método e passamos
ALGUM E NENHUM, ou os seus sinônimos: cada, existe um etc. à pergunta seguinte.
2º) Utilizando tabela-verdade: esta forma é mais indicada
quando não for possível resolver pelo primeiro método, o que ocor- - 2ª Pergunta) O argumento contém no máximo duas proposi-
re quando nas premissas não aparecem as palavras todo, algum e ções simples?
nenhum, mas sim, os conectivos “ou” , “e”, “” e “↔”. Baseia-se A resposta também é não! Portanto, descartamos também o
na construção da tabela-verdade, destacando-se uma coluna para 2º método.
cada premissa e outra para a conclusão. Este método tem a des- - 3ª Pergunta) Há alguma das premissas que seja uma proposi-
vantagem de ser mais trabalhoso, principalmente quando envolve ção simples ou uma conjunção?
várias proposições simples. A resposta é sim! A segunda proposição é (~r). Podemos optar
3º) Utilizando as operações lógicas com os conectivos e consi- então pelo 3º método? Sim, perfeitamente! Mas caso queiramos
derando as premissas verdadeiras. seguir adiante com uma próxima pergunta, teríamos:

56
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
- 4ª Pergunta) A conclusão tem a forma de uma proposição
simples ou de uma disjunção ou de uma condicional? A resposta
também é sim! Nossa conclusão é uma disjunção! Ou seja, caso
queiramos, poderemos utilizar, opcionalmente, o 4º método!
Vamos seguir os dois caminhos: resolveremos a questão pelo
3º e pelo 4º métodos.

Resolução pelo 3º Método


Considerando as premissas verdadeiras e testando a conclusão
verdadeira. Teremos:
- 2ª Premissa) ~r é verdade. Logo: r é falsa! A condicional só será F quando a 1ª for verdadeira e a 2ª falsa,
- 1ª Premissa) (p ∧ q)r é verdade. Sabendo que r é falsa, utilizando isso temos:
concluímos que (p ∧ q) tem que ser também falsa. E quando uma O que se quer saber é: Se Maria foi ao cinema, então Fernando
conjunção (e) é falsa? Quando uma das premissas for falsa ou am- estava estudando. // B → ~E
bas forem falsas. Logo, não é possível determinamos os valores Iniciando temos:
lógicos de p e q. Apesar de inicialmente o 3º método se mostrar 4º - Quando chove (F), Maria não vai ao cinema. (F) // A → ~B
adequado, por meio do mesmo, não poderemos determinar se o = V – para que o argumento seja válido temos que Quando chove
argumento é ou NÃO VÁLIDO. tem que ser F.
3º - Quando Cláudio fica em casa (V), Maria vai ao cinema (V).
Resolução pelo 4º Método // C → B = V - para que o argumento seja válido temos que Maria
Considerando a conclusão falsa e premissas verdadeiras. Tere- vai ao cinema tem que ser V.
mos: 2º - Quando Cláudio sai de casa(F), não faz frio (F). // ~C → ~D
- Conclusão) ~p v ~q é falso. Logo: p é verdadeiro e q é verda- = V - para que o argumento seja válido temos que Quando Cláudio
deiro! sai de casa tem que ser F.
Agora, passamos a testar as premissas, que são consideradas 5º - Quando Fernando está estudando (V ou F), não chove (V).
verdadeiras! Teremos: // E → ~A = V. – neste caso Quando Fernando está estudando pode
- 1ª Premissa) (p∧q)r é verdade. Sabendo que p e q são ver- ser V ou F.
dadeiros, então a primeira parte da condicional acima também é 1º- Durante a noite(V), faz frio (V). // F → D = V
verdadeira. Daí resta que a segunda parte não pode ser falsa. Logo:
r é verdadeiro. Logo nada podemos afirmar sobre a afirmação: Se Maria foi ao
- 2ª Premissa) Sabendo que r é verdadeiro, teremos que ~r é cinema (V), então Fernando estava estudando (V ou F); pois temos
falso! Opa! A premissa deveria ser verdadeira, e não foi! dois valores lógicos para chegarmos à conclusão (V ou F).
Resposta: Errado
Neste caso, precisaríamos nos lembrar de que o teste, aqui no
4º método, é diferente do teste do 3º: não havendo a existência si- (PETROBRAS – TÉCNICO (A) DE EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO
multânea da conclusão falsa e premissas verdadeiras, teremos que JÚNIOR – INFORMÁTICA – CESGRANRIO) Se Esmeralda é uma fada,
o argumento é válido! Conclusão: o argumento é válido! então Bongrado é um elfo. Se Bongrado é um elfo, então Monarca
é um centauro. Se Monarca é um centauro, então Tristeza é uma
Exemplos: bruxa.
(DPU – AGENTE ADMINISTRATIVO – CESPE) Considere que as Ora, sabe-se que Tristeza não é uma bruxa, logo
seguintes proposições sejam verdadeiras. (A) Esmeralda é uma fada, e Bongrado não é um elfo.
• Quando chove, Maria não vai ao cinema. (B) Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
• Quando Cláudio fica em casa, Maria vai ao cinema. (C) Bongrado é um elfo, e Monarca é um centauro.
• Quando Cláudio sai de casa, não faz frio. (D) Bongrado é um elfo, e Esmeralda é uma fada
• Quando Fernando está estudando, não chove. (E) Monarca é um centauro, e Bongrado não é um elfo.
• Durante a noite, faz frio.
Resolução:
Tendo como referência as proposições apresentadas, julgue o Vamos analisar cada frase partindo da afirmativa Trizteza não é
item subsecutivo. bruxa, considerando ela como (V), precisamos ter como conclusão
Se Maria foi ao cinema, então Fernando estava estudando. o valor lógico (V), então:
( ) Certo (4) Se Esmeralda é uma fada(F), então Bongrado é um elfo (F)
( ) Errado →V

Resolução: (3) Se Bongrado é um elfo (F), então Monarca é um centauro


A questão trata-se de lógica de argumentação, dadas as pre- (F) → V
missas chegamos a uma conclusão. Enumerando as premissas: (2) Se Monarca é um centauro(F), então Tristeza é uma bruxa(F)
A = Chove →V
B = Maria vai ao cinema (1) Tristeza não é uma bruxa (V)
C = Cláudio fica em casa
D = Faz frio Logo:
E = Fernando está estudando Temos que:
F = É noite Esmeralda não é fada(V)
A argumentação parte que a conclusão deve ser (V) Bongrado não é elfo (V)
Lembramos a tabela verdade da condicional: Monarca não é um centauro (V)

57
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Como a conclusão parte da conjunção, o mesmo só será verdadeiro quando todas as afirmativas forem verdadeiras, logo, a única que
contém esse valor lógico é:
Esmeralda não é uma fada, e Monarca não é um centauro.
Resposta: B

LÓGICA MATEMÁTICA QUALITATIVA


Aqui veremos questões que envolvem correlação de elementos, pessoas e objetos fictícios, através de dados fornecidos. Vejamos o
passo a passo:

01. Três homens, Luís, Carlos e Paulo, são casados com Lúcia, Patrícia e Maria, mas não sabemos quem ê casado com quem. Eles tra-
balham com Engenharia, Advocacia e Medicina, mas também não sabemos quem faz o quê. Com base nas dicas abaixo, tente descobrir o
nome de cada marido, a profissão de cada um e o nome de suas esposas.
a) O médico é casado com Maria.
b) Paulo é advogado.
c) Patrícia não é casada com Paulo.
d) Carlos não é médico.

Vamos montar o passo a passo para que você possa compreender como chegar a conclusão da questão.
1º passo – vamos montar uma tabela para facilitar a visualização da resolução, a mesma deve conter as informações prestadas no
enunciado, nas quais podem ser divididas em três grupos: homens, esposas e profissões.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia
Patrícia
Maria

Também criamos abaixo do nome dos homens, o nome das esposas.

2º passo – construir a tabela gabarito.


Essa tabela não servirá apenas como gabarito, mas em alguns casos ela é fundamental para que você enxergue informações que ficam
meio escondidas na tabela principal. Uma tabela complementa a outra, podendo até mesmo que você chegue a conclusões acerca dos
grupos e elementos.

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos
Luís
Paulo

3º passo preenchimento de nossa tabela, com as informações mais óbvias do problema, aquelas que não deixam margem a nenhuma
dúvida. Em nosso exemplo:
- O médico é casado com Maria: marque um “S” na tabela principal na célula comum a “Médico” e “Maria”, e um “N” nas demais
células referentes a esse “S”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos
Luís
Paulo
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

ATENÇÃO: se o médico é casado com Maria, ele NÃO PODE ser casado com Lúcia e Patrícia, então colocamos “N” no cruzamento
de Medicina e elas. E se Maria é casada com o médico, logo ela NÃO PODE ser casada com o engenheiro e nem com o advogado (logo
colocamos “N” no cruzamento do nome de Maria com essas profissões).

58
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
– Paulo é advogado: Vamos preencher as duas tabelas (tabela gabarito e tabela principal) agora.
– Patrícia não é casada com Paulo: Vamos preencher com “N” na tabela principal
– Carlos não é médico: preenchemos com um “N” na tabela principal a célula comum a Carlos e “médico”.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

Notamos aqui que Luís então é o médico, pois foi a célula que ficou em branco. Podemos também completar a tabela gabarito.
Novamente observamos uma célula vazia no cruzamento de Carlos com Engenharia. Marcamos um “S” nesta célula. E preenchemos
sua tabela gabarito.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N
Maria S N N

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro
Luís Médico
Paulo Advogado

4º passo – após as anotações feitas na tabela principal e na tabela gabarito, vamos procurar informações que levem a novas conclu-
sões, que serão marcadas nessas tabelas.
Observe que Maria é esposa do médico, que se descobriu ser Luís, fato que poderia ser registrado na tabela-gabarito. Mas não vamos
fazer agora, pois essa conclusão só foi facilmente encontrada porque o problema que está sendo analisado é muito simples. Vamos con-
tinuar o raciocínio e fazer as marcações mais tarde. Além disso, sabemos que Patrícia não é casada com Paulo. Como Paulo é o advogado,
podemos concluir que Patrícia não é casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N
Patrícia N N
Maria S N N

Verificamos, na tabela acima, que Patrícia tem de ser casada com o engenheiro, e Lúcia tem de ser casada com o advogado.

Medicina Engenharia Advocacia Lúcia Patrícia Maria


Carlos N S N
Luís S N N
Paulo N N S N
Lúcia N N S

59
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

Patrícia N S N
Maria S N N

Concluímos, então, que Lúcia é casada com o advogado (que é Paulo), Patrícia é casada com o engenheiro (que e Carlos) e Maria é
casada com o médico (que é Luís).
Preenchendo a tabela-gabarito, vemos que o problema está resolvido:

HOMENS PROFISSÕES ESPOSAS


Carlos Engenheiro Patrícia
Luís Médico Maria
Paulo Advogado Lúcia

Exemplo:
(TRT-9ª REGIÃO/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC) Luiz, Arnaldo, Mariana e Paulo viajaram em janeiro, todos
para diferentes cidades, que foram Fortaleza, Goiânia, Curitiba e Salvador. Com relação às cidades para onde eles viajaram, sabe-se que:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;
− Mariana viajou para Curitiba;
− Paulo não viajou para Goiânia;
− Luiz não viajou para Fortaleza.

É correto concluir que, em janeiro,


(A) Paulo viajou para Fortaleza.
(B) Luiz viajou para Goiânia.
(C) Arnaldo viajou para Goiânia.
(D) Mariana viajou para Salvador.
(E) Luiz viajou para Curitiba.

Resolução:
Vamos preencher a tabela:
− Luiz e Arnaldo não viajaram para Salvador;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N
Arnaldo N
Mariana
Paulo

− Mariana viajou para Curitiba;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N

− Paulo não viajou para Goiânia;

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador


Luiz N N
Arnaldo N N
Mariana N N S N
Paulo N N

− Luiz não viajou para Fortaleza.

60
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador Observe que a palavra todo representa uma relação de inclusão
de conjuntos, por isso está associada ao operador da condicional.
Luiz N N N
Arnaldo N N Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Agora, se escrevermos da for-
Mariana N N S N
ma ∀ (x) ∈ N / x + 2 = 5 ( lê-se: para todo pertencente a N temos x
Paulo N N + 2 = 5), atribuindo qualquer valor a x a sentença será verdadeira?
A resposta é NÃO, pois depois de colocarmos o quantificador,
Agora, completando o restante: a frase passa a possuir sujeito e predicado definidos e podemos jul-
Paulo viajou para Salvador, pois a nenhum dos três viajou. En- gar, logo, é uma proposição lógica.
tão, Arnaldo viajou para Fortaleza e Luiz para Goiânia
• Quantificador existencial (∃)
Fortaleza Goiânia Curitiba Salvador O símbolo ∃ pode ser lido das seguintes formas:

Luiz N S N N
Arnaldo S N N N
Mariana N N S N
Paulo N N N S

Resposta: B Exemplo:
“Algum matemático é filósofo.” O diagrama lógico dessa frase
Quantificador é:
É um termo utilizado para quantificar uma expressão. Os quan-
tificadores são utilizados para transformar uma sentença aberta ou
proposição aberta em uma proposição lógica.

QUANTIFICADOR + SENTENÇA ABERTA = SENTENÇA FECHADA

Tipos de quantificadores
O quantificador existencial tem a função de elemento comum.
• Quantificador universal (∀) A palavra algum, do ponto de vista lógico, representa termos co-
O símbolo ∀ pode ser lido das seguintes formas: muns, por isso “Algum A é B” possui a seguinte forma simbólica: (∃
(x)) (A (x) ∧ B).

Aplicando temos:
x + 2 = 5 é uma sentença aberta. Escrevendo da forma (∃ x) ∈
N / x + 2 = 5 (lê-se: existe pelo menos um x pertencente a N tal que x
+ 2 = 5), atribuindo um valor que, colocado no lugar de x, a sentença
Exemplo: será verdadeira?
Todo homem é mortal. A resposta é SIM, pois depois de colocarmos o quantificador,
A conclusão dessa afirmação é: se você é homem, então será a frase passou a possuir sujeito e predicado definidos e podemos
mortal. julgar, logo, é uma proposição lógica.
Na representação do diagrama lógico, seria:
ATENÇÃO:
– A palavra todo não permite inversão dos termos: “Todo A é B”
é diferente de “Todo B é A”.
– A palavra algum permite a inversão dos termos: “Algum A é
B” é a mesma coisa que “Algum B é A”.

Forma simbólica dos quantificadores


Todo A é B = (∀ (x) (A (x) → B).
Algum A é B = (∃ (x)) (A (x) ∧ B).
Nenhum A é B = (~ ∃ (x)) (A (x) ∧ B).
ATENÇÃO: Todo homem é mortal, mas nem todo mortal é ho- Algum A não é B= (∃ (x)) (A (x) ∧ ~ B).
mem.
A frase “todo homem é mortal” possui as seguintes conclusões: Exemplos:
1ª) Algum mortal é homem ou algum homem é mortal. Todo cavalo é um animal. Logo,
2ª) Se José é homem, então José é mortal. (A) Toda cabeça de animal é cabeça de cavalo.
(B) Toda cabeça de cavalo é cabeça de animal.
A forma “Todo A é B” pode ser escrita na forma: Se A então B. (C) Todo animal é cavalo.
A forma simbólica da expressão “Todo A é B” é a expressão (∀ (D) Nenhum animal é cavalo.
(x) (A (x) → B).

61
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Resolução:
A frase “Todo cavalo é um animal” possui as seguintes conclusões:
– Algum animal é cavalo ou Algum cavalo é um animal.
– Se é cavalo, então é um animal.
Nesse caso, nossa resposta é toda cabeça de cavalo é cabeça de animal, pois mantém a relação de “está contido” (segunda forma de
conclusão).
Resposta: B

(CESPE) Se R é o conjunto dos números reais, então a proposição (∀ x) (x ∈ R) (∃ y) (y ∈ R) (x + y = x) é valorada como V.

Resolução:
Lemos: para todo x pertencente ao conjunto dos números reais (R) existe um y pertencente ao conjunto dos números dos reais (R) tal
que x + y = x.
– 1º passo: observar os quantificadores.
X está relacionado com o quantificador universal, logo, todos os valores de x devem satisfazer a propriedade.
Y está relacionado com o quantificador existencial, logo, é necessário pelo menos um valor de x para satisfazer a propriedade.
– 2º passo: observar os conjuntos dos números dos elementos x e y.
O elemento x pertence ao conjunto dos números reais.
O elemento y pertence ao conjunto os números reais.
– 3º passo: resolver a propriedade (x+ y = x).
A pergunta: existe algum valor real para y tal que x + y = x?
Existe sim! y = 0.
X + 0 = X.
Como existe pelo menos um valor para y e qualquer valor de x somado a 0 será igual a x, podemos concluir que o item está correto.
Resposta: CERTO

LÓGICA SEQUENCIAL

As sequências podem ser formadas por números, letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se estabelecer uma sequência,
o importante é que existem pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua formação, entretanto algumas séries necessitam
de mais elementos para definir sua lógica1. Um bom conhecimento em Progressões Algébricas (PA) e Geométricas (PG), fazem com que
deduzir as sequências se tornem simples e sem complicações. E o mais importante é estar atento a vários detalhes que elas possam ofe-
recer. Exemplos:

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um mesmo número.

Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente um mesmo número.

Sequência de Figuras: Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir. Exemplos:

01. Analise a sequência a seguir:

1 https://centraldefavoritos.com.br/2017/07/21/sequencias-com-numeros-com-figuras-de-palavras/

62
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Admitindo-se que a regra de formação das figuras seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a figura que ocuparia a 277ª
posição dessa sequência é:

Resolução:
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A figura de número 277 ocu-
pa, então, a mesma posição das figuras que representam número 5n + 2, com nN. Ou seja, a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é
representada pela letra “B”.
Resposta: B.

02. (Câmara de Aracruz/ES - Agente Administrativo e Legislativo - IDECAN) A sequência formada pelas figuras representa as posições,
a cada 12 segundos, de uma das rodas de um carro que mantém velocidade constante. Analise-a.

Após 25 minutos e 48 segundos, tempo no qual o carro permanece nessa mesma condição, a posição da roda erá:

Resolução:
A roda se mexe a cada 12 segundos. Percebe-se que ela volta ao seu estado inicial após 48 segundos.
O examinador quer saber, após 25 minutos e 48 segundos qual será a posição da roda. Vamos transformar tudo para segundos:
25 minutos = 1500 segundos (60x25)
1500 + 48 (25m e 48s) = 1548
Agora é só dividir por 48 segundos (que é o tempo que levou para roda voltar à posição inicial)
1548 / 48 = vai ter o resto “12”.

63
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto, após 25 minutos e 48 segundos, a roda vai estar na Sabe-se também que, desses funcionários, exatamente 64 têm
posição dos 12 segundos. nível médio. Desses funcionários, o número de homens com nível
Resposta: B. superior é:
(A) 30;
PROBLEMAS DE RACIOCÍNIO LÓGICO, PROBLEMAS USANDO (B) 32;
AS QUATRO OPERAÇÕES (C) 34;
(D) 36;
É possível resolver problemas usando o raciocínio lógico e asso- (E) 38.
ciar ao mesmo, questões matemáticas básicas. No entanto, ele não
pode ser ensinado diretamente, mas pode ser desenvolvido através Resolução:
da resolução de exercícios lógicos que contribuem para a evolução São 160 funcionários
de algumas habilidades mentais. No nível médio temos 64, como 30 são homens, logo 64 – 30
Exemplos: = 34 mulheres
01. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Em Somando todos os valores fornecidos temos: 15 + 13 + 30 + 34
um prédio há três caixas d’água chamadas de A, B e C e, em certo + 36 = 128
momento, as quantidades de água, em litros, que cada uma contém 160 – 120 = 32, que é o valor que está em branco em homens
aparecem na figura a seguir. com nível superior.
Resposta: B.

03. (Pref. Petrópolis/RJ – Auxiliar de coveiro- Fundação Dom


Cintra) Um elevador pode transportar, no máximo, 7 adultos por
viagem. Numa fila desse elevador estão 45 adultos. O número míni-
mo de viagens que esse elevador deverá dar, para que possa trans-
portar todas as pessoas que estão na fila, é:
(A) 4;
(B) 5;
Abrindo as torneiras marcadas com x no desenho, as caixas fo- (C) 6;
ram interligadas e os níveis da água se igualaram. (D) 7;
Considere as seguintes possibilidades: (E) 8.

1. A caixa A perdeu 300 litros. Resolução:


2. A caixa B ganhou 350 litros. Dividindo 45/7= 6,42. Como 6.7 = 42 sobram 3 pessoas para
3. A caixa C ganhou 50 litros. uma próxima viagem. Logo temos 6 + 1 = 7 viagens
Resposta: D.
É verdadeiro o que se afirma em:
04. (Pref. Marilândia/ES – Aux. Serviços Gerais – IDECAN) Anel
(A) somente 1; está para dedo, assim como colar está para
(B) somente 2; (A) papel
(C) somente 1 e 3; (B) braço
(D) somente 2 e 3; (C) perna
(E) 1, 2 e 3. (D) pescoço

Resolução: Resolução:
Somando os valores contidos nas 3 caixas temos: 700 + 150 + O Anel usa-se no dedo, logo o colar usa-se no pescoço.
350 = 1200, como o valor da caixa será igualado temos: 1200/3 = Resposta: D.
400l. Logo cada caixa deve ter 400 l.
Então de A: 700 – 400 = 300 l devem sair 05. (DPU – Agente Administrativo – CESPE) Em uma festa com
De B: 400 – 150 = 250 l devem ser recebidos 15 convidados, foram servidos 30 bombons: 10 de morango, 10 de
De C: Somente mais 50l devem ser recebidos para ficar com cereja e 10 de pistache. Ao final da festa, não sobrou nenhum bom-
400 (400 – 350 = 50). Logo As possibilidades corretas são: 1 e 3 bom e
Resposta: C. •quem comeu bombom de morango comeu também bombom
de pistache;
02. (TJ/PI – Analista Judiciário – Escrivão Judicial – FGV) Cada • quem comeu dois ou mais bombons de pistache comeu tam-
um dos 160 funcionários da prefeitura de certo município possui bém bombom de cereja;
nível de escolaridade: fundamental, médio ou superior. O quadro a • quem comeu bombom de cereja não comeu de morango.
seguir fornece algumas informações sobre a quantidade de funcio-
nários em cada nível: Com base nessa situação hipotética, julgue o item a seguir.
É possível que um mesmo convidado tenha comido todos os 10
Fundamental Médio Superior bombons de pistache.
() Certo ( ) Errado
Homens 15 30
Mulheres 13 36 Resolução:
Vamos partir da 2ª informação, utilizando a afirmação do enun-
ciado que ele comeu 10 bombons de pistache:

64
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
- quem comeu dois ou mais bombons (10 bombons) de pista- 5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)
che comeu também bombom de cereja; - CERTA. João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem
Sabemos que quem come pistache come morango, logo: duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se
- quem comeu bombom de morango comeu também bombom que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afir-
de pistache; - CERTA mar que o término das aulas de João se dá às:
Analisando a última temos: (A) 22h30min
- quem comeu bombom de cereja não comeu de morango. – (B) 22h40min
ERRADA, pois esta contradizendo a informação anterior. (C) 22h50min
Resposta: Errado. (D) 23h
(E) Nenhuma das anteriores

EXERCÍCIOS 6. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-


FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km em
1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em 1h20min.
1. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCI- Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com a época
ÁRIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de em que era jovem, Arquimedes precisa de mais:
100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000 (A) 10 minutos;
folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funciona- (B) 7 minutos;
mento, a máquina A quebra e o serviço restante passa a ser fei- (C) 5 minutos;
to pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O (D) 3 minutos;
tempo que a máquina B levará para imprimir o restante do lote de (E) 2 minutos.
folhetos é
(A) 14 horas e 10 minutos. 7. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
(B) 14 horas e 05 minutos. FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horário de
(C) 13 horas e 45 minutos. trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso,
(D) 13 horas e 30 minutos. Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h
(E) 13 horas e 20 minutos. maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) (A) 36;
Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela saiu de sua (B) 40;
casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou durante uma (C) 48;
hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsito, no trajeto (D) 50;
de ida e volta, foi igual a (E) 60.
(A) 1/2h.
(B) 3/4h. 8. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016)
(C) 1h. Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total
(D) 1h 15min. de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia
(E) 1 1/2h. é:
(A) 1840
3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017) (B) 1620
Uma indústria produz regularmente 4500 litros de suco por dia. Sa- (C) 1780
be-se que a terça parte da produção diária é distribuída em caixi- (D) 2120
nhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada uma. Nessas condi-
ções, é correto afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma 9. (ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2016)
quantidade de caixinhas P igual a Um caminhão-tanque chega a um posto de abastecimento com
(A) 25000. 36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte dessa gasolina
(B) 24500. é transferida para dois tanques de armazenamento, enchendo-os
(C) 23000. completamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3
(D) 22000. m3, e estavam, inicialmente, vazios.
(E) 20500. Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no
caminhão-tanque?
4. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV- (A) 35.722,00
GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de (B) 8.200,00
uma substância líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se (C) 3.577,20
que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade (D) 357,72
de toneladas que representa todos os recipientes cheios com essa (E) 332,20
substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

65
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
10. (DPE/RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC/2015) 7ª expressão: █ x 9 + ▲
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele
precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de com- Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no
primento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será
de comprimento e assim conseguiu obter
(A) 6 pedaços. (A) 1 111 111.
(B) 8 pedaços. (B) 11 111.
(C) 9 pedaços. (C) 1 111.
(D) 5 pedaços. (D) 111 111.
(E) 7 pedaços. (E) 11 111 111.

11. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL 16. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Durante um
SUPERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 can- treinamento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comer-
didatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio. cial informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nun-
Sabe-se que: ca houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, fe-
• dentre os candidatos, 82 são homens; lizmente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam
de mulheres de nível médio; sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa-
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres. ções de risco geradas por displicência,

O número de candidatos homens de nível médio é − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada-
(A) 42. mente;
(B) 45. − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
(C) 48. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e;
(D) 50. − As demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
(E) 52.
De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré-
12. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio
- MSCONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
José foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor (A) 3/20.
que obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incremen- (B) 1/4.
tados 6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, (C) 13/60.
Maria Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, (D) 1/5.
Raoni fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a (E) 1/60.
colocação, é correto afirmar que o vencedor foi:
(A) José 17. (ITAIPU BINACIONAL - PROFISSIONAL NÍVEL TÉCNICO
(B) Isabella I - TÉCNICO EM ELETRÔNICA – NCUFPR/2017) Assinale a alterna-
(C) Maria Eduarda tiva que apresenta o valor da expressão
(D) Raoni

13. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -


MSCONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222...
(B) 0,6666...
(C) 0,1616... (A) 1.
(D) 0,8888... (B) 2.
(C) 4.
14. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2017) (D) 8.
Se, numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, (E) 16.
sendo esse resto o maior possível, então o dividendo é
(A) 131. 18. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
(B) 121. GO/2017)
(C) 120.
(D) 110. Qual o resultado de ?
(E) 101.
(A) 3
15. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) As expressões (B) 3/2
numéricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão (C) 5
específico: (D) 5/2

1ª expressão: 1 x 9 + 2
2ª expressão: 12 x 9 + 3
3ª expressão: 123 x 9 + 4
...

66
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
19. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI- − Inicialmente, sem que os demais vissem, cada um deveria
SOR – FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b . escrever em um papel três porcentagens, indicando sua avaliação
sobre o valor de cada joia com relação ao valor total da herança.
Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a: − A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas avaliações.
(A) 1; − Uma partilha seria considerada boa se cada um deles rece-
(B) 2; besse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da herança toda
(C) 3; ou mais.
(D) 4; As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das joias foi a
(E) 6. seguinte:

20. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI- ANDRÉ Bracelete: 40% Colar: 50% Brincos: 10%
SOR – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada
empresa tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa BEATRIZ Bracelete: 30% Colar: 50% Brincos: 20%
manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram CLARICE Bracelete: 30% Colar: 20% Brincos: 50%
para um atendimento externo.
Assim, uma partilha boa seria se André, Beatriz e Clarice rece-
Desses que foram para o atendimento externo, a fração de mu- bessem, respectivamente,
lheres é: (A) o bracelete, os brincos e o colar.
(A) 3/4; (B) os brincos, o colar e o bracelete.
(B) 8/9; (C) o colar, o bracelete e os brincos.
(C) 5/7; (D) o bracelete, o colar e os brincos.
(D) 8/13; (E) o colar, os brincos e o bracelete.
(E) 9/17.
24. (UTFPR – TÉCNICO DE TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO
21. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – UTFPR/2017) Um retângulo de medidas desconhecidas foi alte-
- MSCONCURSOS/2017) Um aparelho de televisão que custa rado. Seu comprimento foi reduzido e passou a ser 2/ 3 do com-
R$1600,00 estava sendo vendido, numa liquidação, com um des- primento original e sua largura foi reduzida e passou a ser 3/ 4 da
conto de 40%. Marta queria comprar essa televisão, porém não ti- largura original.
nha condições de pagar à vista, e o vendedor propôs que ela desse Pode-se afirmar que, em relação à área do retângulo original, a
um cheque para 15 dias, pagando 10% de juros sobre o valor da área do novo retângulo:
venda na liquidação. Ela aceitou e pagou pela televisão o valor de: (A)foi aumentada em 50%.
(A) R$1120,00 (B) foi reduzida em 50%.
(B)R$1056,00 (C) aumentou em 25%.
(C)R$960,00 (D) diminuiu 25%.
(D) R$864,00 (E)foi reduzida a 15%.

22. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) A equipe de 25. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)
segurança de um Tribunal conseguia resolver mensalmente cerca Paulo, dono de uma livraria, adquiriu em uma editora um lote de
de 35% das ocorrências de dano ao patrimônio nas cercanias desse apostilas para concursos, cujo valor unitário original é de R$ 60,00.
prédio, identificando os criminosos e os encaminhando às autorida- Por ter cadastro no referido estabelecimento, ele recebeu 30% de
des competentes. Após uma reestruturação dos procedimentos de desconto na compra. Para revender os materiais, Paulo decidiu
segurança, a mesma equipe conseguiu aumentar o percentual de acrescentar 30% sobre o valor que pagou por cada apostila. Nestas
resolução mensal de ocorrências desse tipo de crime para cerca de condições, qual será o lucro obtido por unidade?
63%. De acordo com esses dados, com tal reestruturação, a equipe (A) R$ 4,20.
de segurança aumentou sua eficácia no combate ao dano ao patri- (B) R$ 5,46.
mônio em (C) R$ 10,70.
(D) R$ 12,60.
(A) 35%.
(E) R$ 18,00.
(B) 28%.
(C) 63%.
26. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO/2017) Joana
(D) 41%.
foi fazer compras. Encontrou um vestido de R$ 150,00 reais. Des-
(E) 80%.
cobriu que se pagasse à vista teria um desconto de 35%. Depois de
muito pensar, Joana pagou à vista o tal vestido. Quanto ela pagou?
23. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Três irmãos, An-
(A) R$ 120,00 reais
dré, Beatriz e Clarice, receberam de uma tia herança constituída pe-
(B) R$ 112,50 reais
las seguintes joias: um bracelete de ouro, um colar de pérolas e um (C) R$ 127,50 reais
par de brincos de diamante. A tia especificou em testamento que (D) R$ 97,50 reais
as joias não deveriam ser vendidas antes da partilha e que cada um (E) R$ 90 reais
deveria ficar com uma delas, mas não especificou qual deveria ser
dada a quem. O justo, pensaram os irmãos, seria que cada um re-
cebesse cerca de 33,3% da herança, mas eles achavam que as joias
tinham valores diferentes entre si e, além disso, tinham diferentes
opiniões sobre seus valores. Então, decidiram fazer a partilha do
seguinte modo:

67
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
27. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU- 31. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão de re- NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centímetros,
ceitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o primeiro tri- mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual
mestre é de 180 milhões de reais, valor que é 10% inferior ao da se destaca a região retangular R, onde x > y.
receita prevista para o trimestre seguinte. A receita prevista para o
primeiro semestre é 5% inferior à prevista para o segundo semes-
tre. Nessas condições, é correto afirmar que a receita média trimes-
tral prevista para 2018 é, em milhões de reais, igual a
(A) 200.
(B) 203.
(C) 195.
(D) 190.
(E) 198.

28. (CRM/MG – TÉCNICO EM INFORMÁTICA- FUNDEP/2017)


Veja, a seguir, a oferta da loja Magazine Bom Preço:

Aproveite a Promoção!
Forno Micro-ondas
De R$ 720,00 Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspon-
Por apenas R$ 504,00 dentes do retângulo ABCD e da região R é igual a 5/2 , é correto
afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, in-
Nessa oferta, o desconto é de: dicadas por x e y na figura, são, respectivamente,
(A) 70%. (A) 80 e 64.
(B) 50%. (B) 80 e 62.
(C) 30%. (C) 62 e 80.
(D) 10%. (D) 60 e 80.
(E) 60 e 78.
29 (CODAR – RECEPCIONISTA – EXATUS/2016) Considere
que uma caixa de bombom custava, em novembro, R$ 8,60 e pas- 32. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
sou a custar, em dezembro, R$ 10,75. O aumento no preço dessa NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento,
caixa de bombom foi de: foi totalmente coberto por 108 placas quadradas de porcelanato,
(A) 30%. todas inteiras. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem
(B) 25%. exatamente 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que
(C)20%. o perímetro desse piso é, em metros, igual a
(D) 15% (A) 20.
(B) 21.
30. (ANP – TÉCNICO EM REGULAÇÃO DE PETRÓLEO E DE- (C) 24.
RIVADOS – CESGRANRIO/2016) Um grande tanque estava vazio (D) 27.
e foi cheio de óleo após receber todo o conteúdo de 12 tanques (E) 30.
menores, idênticos e cheios.
Se a capacidade de cada tanque menor fosse 50% maior do que 33. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) Seis livros diferentes
a sua capacidade original, o grande tanque seria cheio, sem exces- estão distribuídos em uma estante de vidro, conforme a figura abai-
sos, após receber todo o conteúdo de xo:
(A) 4 tanques menores
(B) 6 tanques menores
(C) 7 tanques menores
(D) 8 tanques menores
(E) 10 tanques menores

Considerando-se essa mesma forma de distribuição, de quan-


tas maneiras distintas esses livros podem ser organizados na estan-
te?
(A) 30 maneiras
(B) 60 maneiras
(C) 120 maneiras
(D) 360 maneiras
(E) 720 maneiras

68
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
34. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação – 39. (MRE – OFICIAL DE CHANCELARIA – FGV/2016) Em uma
UTFPR/2017) Em um carro que possui 5 assentos, irão viajar 4 pas- urna há quinze bolas iguais numeradas de 1 a 15. Retiram-se ale-
sageiros e 1 motorista. Assinale a alternativa que indica de quantas atoriamente, em sequência e sem reposição, duas bolas da urna.
maneiras distintas os 4 passageiros podem ocupar os assentos do
carro. A probabilidade de que o número da segunda bola retirada da
(A) 13. urna seja par é:
(B) 26. (A) 1/2;
(C) 17. (B) 3/7;
(D) 20. (C) 4/7;
(E) 24. (D) 7/15;
(E) 8/15.
35. (UTFPR - Técnico de Tecnologia da Informação –
UTFPR/2017) A senha criada para acessar um site da internet é for- 40. (CASAN – ADVOGADO – INSTITUTO AOCP/2016) Lançan-
mada por 5 dígitos. Trata-se de uma senha alfanumérica. André tem do uma moeda não viciada por três vezes consecutivas e anotando
algumas informações sobre os números e letras que a compõem seus resultados, a probabilidade de que a face voltada para cima
conforme a figura. tenha apresentado ao menos uma cara e ao menos uma coroa é:
(A) 0,66.
(B) 0,75.
(C) 0,80.
Algarismo Algarismo Algarismo (D) 0,98.
Vogal Vogal
Ímpar Ímpar Ímpar (E) 0,50.

Sabendo que nesta senha as vogais não se repetem e também 41. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA -
não se repetem os números ímpares, assinale a alternativa que in- MSCONCURSOS/2017) O dobro do quadrado de um número na-
dica o número máximo de possibilidades que existem para a com- tural aumentado de 3 unidades é igual a sete vezes esse número.
posição da senha. Qual é esse número?
(A) 3125. (A) 2
(B) 1200. (B) 3
(C) 1600. (C) 4
(D) 1500. (D) 5
(E) 625.
42. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017)
36. (PREF. DE PIRAUBA/MG – ASSISTENTE SOCIAL – MS- Um carro parte da cidade A em direção à cidade B pela rodovia que
CONCURSOS/2017) A probabilidade de qualquer uma das 3 crian- liga as duas cidades, percorre 1/3 do percurso total e para no ponto
ças de um grupo soletrar, individualmente, a palavra PIRAÚBA de P. Outro carro parte da cidade B em direção à cidade A pela mesma
forma correta é 70%. Qual a probabilidade das três crianças soletra- rodovia, percorre 1/4 do percurso total e para no ponto Q. Se a
rem essa palavra de maneira errada? soma das distâncias percorridas por ambos os carros até os pontos
(A) 2,7% em que pararam é igual a 28 km, então a distância entre os pontos
(B) 9% P e Q, por essa rodovia, é, em quilômetros, igual a
(C) 30% (A) 26.
(D) 35,7% (B) 24.
(C) 20.
37. (UFTM – TECNÓLOGO – UFTM/2016) Lançam-se simulta- (D) 18.
neamente dois dados não viciados, a probabilidade de que a soma (E) 16.
dos resultados obtidos seja nove é:
(A) 1/36 43. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO -VUNESP/2017)
(B) 2/36 Nelson e Oto foram juntos a uma loja de materiais para construção.
(C) 3/36 Nelson comprou somente 10 unidades iguais do produto P, todas
(D) 4/36 de mesmo preço. Já Oto comprou 7 unidades iguais do mesmo pro-
duto P, e gastou mais R$ 600,00 na compra de outros materiais. Se
38. (CASAN – TÉCNICO DE LABORATÓRIO – INSTITUTO os valores totais das compras de ambos foram exatamente iguais,
AOCP/2016) Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu então o preço unitário do produto P foi igual a
dinheiro no interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de (A) R$ 225,00.
uso, que mantinha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se (B) R$ 200,00.
gabava de sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, (C) R$ 175,00.
enquanto um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão ti- (D) R$ 150,00.
nha tempo suficiente para escolher aleatoriamente apenas um dos (E) R$ 125,00.
pneus, retirar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de
ele ter roubado o pneu certo?
(A) 0,20.
(B) 0,23.
(C) 0,25.
(D) 0,27.
(E) 0,30.

69
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
44. (TRT – 14ªREGIÃO -TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2016)
Carlos presta serviço de assistência técnica de computadores em
empresas. Ele cobra R$ 12,00 para ir até o local, mais R$ 25,00 por
hora de trabalho até resolver o problema (também são cobradas
as frações de horas trabalhadas). Em um desses serviços, Carlos re-
solveu o problema e cobrou do cliente R$ 168,25, o que permite
concluir que ele trabalhou nesse serviço
(A) 5 horas e 45 minutos. 2. Resposta: C.
(B) 6 horas e 15 minutos. Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
(C) 6 horas e 25 minutos. demorou 1 hora.
(D) 5 horas e 25 minutos.
(E) 5 horas e 15 minutos. 3. Resposta: A.
4500/3=1500 litros para as caixinhas
45. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) No sis- 1500litros=1500000ml
tema de coordenadas cartesianas da figura abaixo, encontram-se 1500000/300=5000 caixinhas por dia
representados o gráfico da função de segundo grau f, definida por 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
f(x), e o gráfico da função de primeiro grau g, definida por g(x).
4. Resposta: A.
14400litros=14400000 ml

200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas

5. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos de in-
tervalo=4horas
18:40+4h=22h:40

6. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos
15km-------105
1--------------x
X=7 minutos
1h20min=60+20=80min
Os valores de x, soluções da equação f(x)=g(x), são 8km----80
(A)-0,5 e 2,5. 1-------x
(B) -0,5 e 3. X=10minutos
(C) -1 e 2. A diferença é de 3 minutos
(D) -1 e 2,5.
(E) -1 e 3. 7. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
GABARITO Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente)

1. Resposta: E.
3h 20 minutos-200 minutos
5000-----40
x----------200 80v=48V+960
x=1000000/40=25000 32V=960
V=30km/h
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000 30km----60 min
4500-------48 x-----------80
75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h
13 horas e 1/3 hora
13h e 20 minutos 60x=2400
X=40km
8 Resposta: B.

70
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos

9. Resposta: B.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros

10.Resposta: E. 18. Resposta: D.


1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7

11. Resposta: B. 19. Resposta: C.


150-82=68 mulheres 2-2(1-2N)=12
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de 2-2+4N=12
nível médio. 4N=12
Portanto, há 37 homens de nível superior. N=3
82-37=45 homens de nível médio.
20. Resposta: E.
12. Resposta: D. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.

13. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444.... Dos homens que saíram:
10x=4,444...
9x=4

Saíram no total

14. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que
é igua o quociente.
11x11=121+10=131 21. Resposta: B.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do produto.
15. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111 1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais:
16. Resposta: D. 960⋅1,1=1056

22. Resposta: E.
63/35=1,80
Portanto teve um aumento de 80%.
Gerado por descuidos ao cozinhar:
23. Resposta: D.
Clarice obviamente recebeu o brinco.
Beatriz recebeu o colar porque foi o único que ficou acima de
30% e André recebeu o bracelete.
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13)
24. Resposta: B.
A=b⋅h

17. Resposta: C.

71
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
Portanto foi reduzida em 50% X=80
25. Resposta: D.
Como ele obteve um desconto de 30%, pagou 70% do valor:
60⋅0,7=42
Ele revendeu por:
42⋅1,3=54,60 32. Resposta: B.
Teve um lucro de: 54,60-42=12,60 108/4=27m²
6x=27
26. Resposta: D. X=27/6
Como teve um desconto de 35%. Pagou 65%do vestido
150⋅0,65=97,50 O perímetro seria

27. Resposta: C.
Como a previsão para o primeiro trimestre é de 180 milhões e é
10% inferior, no segundo trimestre temos uma previsão de
180-----90% 33. Resposta: E.
x---------100 P6=6!=6.5.4.3.2.1=720
x=200
34. Resposta: E.
200+180=380 milhões para o primeiro semestre P4=4!= 4.3.2.1=24
380----95
x----100 35. Resposta: B.
x=400 milhões Vogais: a, e, i, o, u
Números ímpares: 1,3,5,7,9
Somando os dois semestres: 380+400=780 milhões
780/4trimestres=195 milhões 5 5 4 4 3
28. Resposta: C. Algarismo Algarismo Algarismo
Vogal Vogal
Ímpar Ímpar Ímpar

5.5.4.4.3=1200

36. Resposta: A.
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de 30%. A probabilidade de uma soletrar errado: 0,3
OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não errar con- __ __ __
forme a pergunta feita. 0,3.0,3.0,3=0,027=2,7%

29. Resposta: B. 37. Resposta: D.


8,6(1+x)=10,75 Para dar 9, temos 4 possibilidades
8,6+8,6x=10,75 3+6
8,6x=10,75-8,6 6+3
8,6x=2,15 4+5
X=0,25=25% 5+4

30. Resposta: D. P=4/36


50% maior quer dizer que ficou 1,5
Quantidade de tanque: x 38. Resposta: C.
A quantidade que aumentaria deve ficar igual a 12 tanques A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro
1,5x=12 está em 1.
X=8 1/4=0,25

31. Resposta: A 39. Resposta: D.


Temos duas possibilidades
As bolas serem par/par ou ímpar/par
Ser par/par:

Os números pares são: 2, 4, 6, 8, 10, 12, 14


5y=320
Y=64

Ímpar/par:
5x=400 Os números ímpares são: 1, 3, 5, 7, 9, 11 ,13, 15

72
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO
42. Resposta: C.

A probabilidade é par/par OU ímpar/par MMC (3,4)=12


4x+3x=336
7x=336
X=48
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km
40. Resposta: B. 48-28=20 km entre P e Q.
São seis possibilidades:
Cara, coroa, cara 43. Resposta: B.
Sendo x o valor do material P
10x=7x+600
3x=600
X=200

Cara, coroa, coroa 44.Resposta: B.


F(x)=12+25x
X=hora de trabalho

168,25=12+25x
25x=156,25
Cara, cara, coroa X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos

Então ele trabalhou 6 horas e 15 minutos


Coroa, cara, cara
45. Resposta: E.
Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
(x-2)(x+2)=x²-4
A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
Y=ax+b
Coroa, coroa, cara -1=b
3=2a-1
2a=4
A=2
Y=2x-1

Coroa, cara, coroa Igualando a função do primeiro grau e a função do segundo


grau:
X²-4=2x-1
X²-2x-3=0
∆=4+12=16

41. Resposta: B.
2x²+3=7x
2x²-7x+3=0
∆=49-24=25

Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém.

73
MATEMÁTICA-RACIOCÍNIO LÓGICO

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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74
INFORMÁTICA
1. Conhecimentos do sistema operacional Microsoft Windows 10: (1) Área de Trabalho (Exibir, Classificar, Atualizar, Resolução da tela,
Gadgets) e Menu Iniciar (Documentos, Imagens, Computador, Painel de Controle, Dispositivos e Impressoras, programa Padrão, Ajuda
e Suporte, Desligar, Todos os programas, Pesquisar programa e Arquivos e Ponto de Partida): saber trabalhar, exibir, alterar, organizar,
classificar, ver as propriedades, identificar, usar e configurar, utilizando menus rápidos ou suspensos, painéis, listas, caixa de pesquisa,
menus, ícones, janelas, teclado e/ou mouse; (2) Propriedades da Barra de Tarefas, do Menu Iniciar e do Gerenciador de Tarefas: saber
trabalhar, exibir, alterar, organizar, identificar, usar, fechar programa e configurar, utilizando as partes da janela (botões, painéis, listas,
caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (3) Janelas (navegação no Windows e o trabalho
com arquivos, pastas e bibliotecas), Painel de Controle e Lixeira: saber exibir, alterar, organizar, identificar, usar e configurar ambientes,
componentes da janela, menus, barras de ferramentas e ícones; usar as funcionalidades das janelas, programa e aplicativos utilizando as
partes da janela (botões, painéis, listas, caixa de pesquisa, caixas de marcação, menus, ícones e etc.), teclado e/ou mouse; (4) Bibliotecas,
Arquivos, Pastas, Ícones e Atalhos: realizar ações e operações sobre bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos: localizar, copiar, mover,
criar, criar atalhos, criptografar, ocultar, excluir, recortar, colar, renomear, abrir, abrir com, editar, enviar para, propriedades e etc.; e (5)
Nomes válidos: identificar e utilizar nomes válidos para bibliotecas, arquivos, pastas, ícones e atalhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Word 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões, incluindo número de páginas e palavras, erros de revisão, idioma, modos de exibição do documento e zoom;
(2) Documentos: abrir, fechar, criar, excluir, visualizar, formatar, alterar, salvar, configurar documentos, utilizado as barras de ferramen-
tas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de Opções, teclado e/ou mouse; (3) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os
botões e ícones das barras de ferramentas das guias e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Referências, Correspondências, Revisão
e Exibição, para formatar, personalizar, configurar, alterar e reconhecer a formatação de textos e documentos; e (4) Ajuda: saber usar
a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Conhecimentos sobre o programa Microsoft Excel 2016: (1) Ambiente e Componentes do Programa: saber identificar, caracterizar,
usar, alterar, configurar e personalizar o ambiente, componentes da janela, funcionalidades, menus, ícones, barra de ferramentas,
guias, grupos e botões; (2) Elementos: definir e identificar célula, planilha e pasta; saber selecionar e reconhecer a seleção de células,
planilhas e pastas; (3) Planilhas e Pastas: abrir, fechar, criar, visualizar, formatar, salvar, alterar, excluir, renomear, personalizar, configu-
rar planilhas e pastas, utilizar fórmulas e funções, utilizar as barra de ferramentas, menus, ícones, botões, guias e grupos da Faixa de
Opções, teclado e/ou mouse; (4) Barra de Ferramentas: identificar e utilizar os ícones e botões das barras de ferramentas das guias
e grupos Início, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição, para formatar, alterar, selecionar células, configurar,
reconhecer a formatação de textos e documentos e reconhecer a seleção de células; (5) Fórmulas: saber o significado e resultado de
fórmulas; e (6) Ajuda: saber usar a Ajuda. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
4. Mozilla Firefox versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar o ambiente, características e componentesda
janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades do Mozilla Firefox. Internet Explorer 11: (1)
identificar o ambiente, características e componentes da janela principal do Internet Explorer; (2) identificar e usar as funcionalida-
des da barra de ferramentas e de status; (3) identificar e usar as funcionalidades dos menus; (4) identificar e usar as funcionalidades
das barras de Menus, Favoritos, Botões do Modo de Exibição de Compatibilidade, Barra de Comandos, Barra de Status; e (5) utilizar
teclas de atalho para qualquer operação. Google Chrome versão atualizada: (1) Ambiente e Componentes do Programa: identificar
o ambiente, características e componentes da janela principal; (2) Funcionalidades: identificar e saber usar todas as funcionalidades
do Google Chrome. Outlook Express: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, responder e encaminhar mensagens,
destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar mensagens. Funcionalidade
dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Microsoft Outlook 2016: Contas de e-mail, endereços de e-mail, escrever, enviar, respon-
der e encaminhar mensagens, destinatário oculto, arquivos anexos, organizar e selecionar mensagens recebidas. Importar e exportar
mensagens. Funcionalidade dos menus, ferramentas e teclas de atalho. Gmail: Funcionamento do serviço de e-mail Gmail, incluindo:
menus, caixas de emails, enviados, rascunhos, configurações, estrela, escrever, responder, encaminhar, inserir anexos, filtros, entre
outros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
INFORMÁTICA
No caso da figura acima temos quatro pastas e quatro arquivos.
CONHECIMENTOS DO SISTEMA OPERACIONAL MICRO-
SOFT WINDOWS 10:(1) ÁREA DE TRABALHO (EXIBIR, Arquivos e atalhos
CLASSIFICAR, ATUALIZAR, RESOLUÇÃO DA TELA, GA- Como vimos anteriormente: pastas servem para organização,
DGETS) E MENU INICIAR (DOCUMENTOS, IMAGENS, vimos que uma pasta pode conter outras pastas, arquivos e atalhos.
COMPUTADOR, PAINEL DE CONTROLE, DISPOSITIVOS • Arquivo é um item único que contém um determinado dado.
E IMPRESSORAS, PROGRAMAS PADRÃO, AJUDA E SU- Estes arquivos podem ser documentos de forma geral (textos, fotos,
PORTE, DESLIGAR, TODOS OS PROGRAMAS, PESQUI- vídeos e etc..), aplicativos diversos, etc.
SAR PROGRAMAS E ARQUIVOS E PONTO DE PARTIDA): • Atalho é um item que permite fácil acesso a uma determina-
SABER TRABALHAR, EXIBIR, ALTERAR, ORGANIZAR, da pasta ou arquivo propriamente dito.
CLASSIFICAR, VER AS PROPRIEDADES, IDENTIFICAR,
USAR E CONFIGURAR, UTILIZANDO MENUS RÁPIDOS
OU SUSPENSOS, PAINÉIS, LISTAS, CAIXA DE PESQUI-
SA, TECLAS DE ATALHO, MENUS, ÍCONES, JANELAS,
TECLADO E/OU MOUSE; (2) PROPRIEDADES DA BARRA
DE TAREFAS E DO MENU INICIAR E GERENCIADOR
DE TAREFAS: SABER TRABALHAR, EXIBIR, ALTERAR,
ORGANIZAR, IDENTIFICAR, USAR, FECHAR PROGRA-
MAS E CONFIGURAR, UTILIZANDO AS PARTES DA
JANELA (BOTÕES, PAINÉIS, LISTAS, CAIXA DE PESQUI-
SA, CAIXAS DE MARCAÇÃO, MENUS, ÍCONES E ETC.),
TECLADO E/OU MOUSE. (3) JANELAS PARA FACILITAR
A NAVEGAÇÃO NO WINDOWS E O TRABALHO COM
ARQUIVOS, PASTAS E BIBLIOTECAS, PAINEL DE CON-
TROLE E LIXEIRA: SABER EXIBIR, ALTERAR, ORGANI-
ZAR, IDENTIFICAR, USAR E CONFIGURAR AMBIENTES,
COMPONENTES DA JANELA, MENUS, BARRAS DE FER-
RAMENTAS E ÍCONES; USAR AS FUNCIONALIDADES
DAS JANELAS, PROGRAMAS E APLICATIVOS UTILIZAN-
DO AS PARTES DA JANELA (BOTÕES, PAINÉIS, LISTAS, Área de trabalho
CAIXA DE PESQUISA, CAIXAS DE MARCAÇÃO, MENUS,
ÍCONES E ETC.), TECLADO E/OU MOUSE; (4) REALIZAR
AÇÕES E OPERAÇÕES SOBRE BIBLIOTECAS, ARQUIVOS,
PASTAS, ÍCONES E ATALHOS: LOCALIZAR, COPIAR, MO-
VER, CRIAR, CRIAR ATALHOS, CRIPTOGRAFAR, OCUL-
TAR, EXCLUIR, RECORTAR, COLAR, RENOMEAR, ABRIR,
ABRIR COM, EDITAR, ENVIAR PARA, PROPRIEDADES E
ETC.; E (5) IDENTIFICAR E UTILIZAR NOMES VÁLIDOS
PARA BIBLIOTECAS, ARQUIVOS, PASTAS, ÍCONES E
ATALHOS

WINDOWS 10

Conceito de pastas e diretórios


Pasta algumas vezes é chamada de diretório, mas o nome “pas- Área de transferência
ta” ilustra melhor o conceito. Pastas servem para organizar, armaze- A área de transferência é muito importante e funciona em se-
nar e organizar os arquivos. Estes arquivos podem ser documentos gundo plano. Ela funciona de forma temporária guardando vários
de forma geral (textos, fotos, vídeos, aplicativos diversos). tipos de itens, tais como arquivos, informações etc.
Lembrando sempre que o Windows possui uma pasta com o – Quando executamos comandos como “Copiar” ou “Ctrl + C”,
nome do usuário onde são armazenados dados pessoais. estamos copiando dados para esta área intermediária.
Dentro deste contexto temos uma hierarquia de pastas. – Quando executamos comandos como “Colar” ou “Ctrl + V”,
estamos colando, isto é, estamos pegando o que está gravado na
área de transferência.

1
INFORMÁTICA
Manipulação de arquivos e pastas
A caminho mais rápido para acessar e manipular arquivos e
pastas e outros objetos é através do “Meu Computador”. Podemos
executar tarefas tais como: copiar, colar, mover arquivos, criar pas-
tas, criar atalhos etc.

– Ferramentas do sistema
• A limpeza de disco é uma ferramenta importante, pois o pró-
prio Windows sugere arquivos inúteis e podemos simplesmente
confirmar sua exclusão.

Uso dos menus

• O desfragmentador de disco é uma ferramenta muito impor-


tante, pois conforme vamos utilizando o computador os arquivos
ficam internamente desorganizados, isto faz que o computador fi-
que lento. Utilizando o desfragmentador o Windows se reorganiza
internamente tornando o computador mais rápido e fazendo com
que o Windows acesse os arquivos com maior rapidez.

Programas e aplicativos e interação com o usuário


Vamos separar esta interação do usuário por categoria para en-
tendermos melhor as funções categorizadas.
– Música e Vídeo: Temos o Media Player como player nativo
para ouvir músicas e assistir vídeos. O Windows Media Player é uma
excelente experiência de entretenimento, nele pode-se administrar
bibliotecas de música, fotografia, vídeos no seu computador, copiar
CDs, criar playlists e etc., isso também é válido para o media center.

2
INFORMÁTICA
• O recurso de backup e restauração do Windows é muito importante pois pode ajudar na recuperação do sistema, ou até mesmo
escolher seus arquivos para serem salvos, tendo assim uma cópia de segurança.

Inicialização e finalização

Quando fizermos login no sistema, entraremos direto no Windows, porém para desligá-lo devemos recorrer ao e:

CONHECIMENTOS SOBRE O PROGRAMA MICROSOFT WORD 2013:(1) SABER IDENTIFICAR, CARACTERIZAR, USAR,
ALTERAR, CONFIGURAR E PERSONALIZAR O AMBIENTE, COMPONENTES DA JANELA, FUNCIONALIDADES, MENUS,
ÍCONES, BARRA DE FERRAMENTAS, GUIAS, GRUPOS E BOTÕES, TECLAS DE ATALHO, INCLUINDO NÚMERO DE PÁGI-
NAS E PALAVRAS, ERROS DE REVISÃO, IDIOMA, MODOS DE EXIBIÇÃO DO DOCUMENTO E ZOOM; (2) ABRIR, FECHAR,
CRIAR, EXCLUIR, VISUALIZAR, FORMATAR, ALTERAR, SALVAR, CONFIGURAR DOCUMENTOS, UTILIZADO AS BARRAS
DE FERRAMENTAS, MENUS, ÍCONES, BOTÕES, GUIAS E GRUPOS DA FAIXA DE OPÇÕES, TECLADO E/OU MOUSE; (3)
IDENTIFICAR E UTILIZAR OS BOTÕES E ÍCONES DAS BARRAS DE FERRAMENTAS DAS GUIAS E GRUPOS INÍCIO, INSE-
RIR, LAYOUT DA PÁGINA, REFERÊNCIAS, CORRESPONDÊNCIAS, REVISÃO E EXIBIÇÃO, PARA FORMATAR, PERSONALI-
ZAR, CONFIGURAR, ALTERAR E RECONHECER A FORMATAÇÃO DE TEXTOS E DOCUMENTOS; (4) SABER IDENTIFICAR
AS CONFIGURAÇÕES E CONFIGURAR AS OPÇÕES DO WORD; E (5) SABER USAR A AJUDA

Conhecido como o mais popular editor de textos do mercado, a versão 2013 do Microsoft Word traz tudo o que é necessário para
editar textos simples ou enriquecidos com imagens, links, gráficos e tabelas, entre outros elementos1.
A compatibilidade entre todos os componentes da família Office 2013 é outro dos pontos fortes do Microsoft Word 2013. É possível
exportar texto e importar outros elementos para o Excel, o PowerPoint ou qualquer outro dos programas incluídos no Office.
Outra das novidades do Microsoft Word 2013 é a possibilidade de guardar os documentos na nuvem usando o serviço SkyDrive. Dessa
forma, é possível acessar documentos do Office de qualquer computador e ainda compartilhá-los com outras pessoas.

1 https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/4685295/mod_resource/content/1/Apostila%20de%20Word.pdf

3
INFORMÁTICA

Os menus e as barras de ferramentas foram substituídos pela Faixa de Opções (Guias e Comandos) e pelo modo de exibição Backstage
(área de gerenciamento de arquivo)3.

Barra de Ferramentas de Acesso Rápido


Esta barra permite acesso rápido para alguns comandos que são executados com frequência: como iniciar um novo arquivo, salvar um
documento, desfazer e refazer uma ação, entre outros.

Na parte superior do Word 2013 você encontra uma faixa de opções, que também é organizada por guias. Cada guia tem várias faixas
de opções diferentes. Estas faixas de são formadas por grupos e estes grupos têm vários comandos. O comando é um botão, uma caixa
para inserir informações ou um menu.

2 Fonte: http://www.etec.sp.gov.br/view/file/wv_file.aspx?id=84AFA42DFAD089D53534D753C0488CE2E8CCFF5EC8324596BE-
CE07A8164EDF12521C97DA04C93379CD1A503BE1561B8D7DFDD0202571B27264EF62AF01F952C6
3 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/20/word-2013-estrutura-basica-dos-documentos/

4
INFORMÁTICA
Botão Arquivo
Ao clicar sobre ele será exibido opções como Informações, Novo, Abrir, Salvar, Salvar como, Imprimir, etc. Portanto, clique sobre ele e
visualize essas opções.

Página inicial
Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e Edição.

Inserir
Páginas, Tabelas, Ilustrações, Aplicativos, Links, comentários, Cabeçalho e Rodapé, Texto e Símbolos.

Design
Formatação do documento.

5
INFORMÁTICA
Layout da Página
Configurar Página, Parágrafo e Organizar.

Referências
Sumário, Notas de Rodapé, Citações e Bibliografia, Legendas e Índice.

Correspondências
Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.

Exibição
Modo de Exibição, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.

Formatos de arquivos Word 2013


Formatos de arquivo suportados e suas extensões4:
.doc: documento do Word 97-2003
.docm: documento para macro do Word. Baseado em XML par macro do Word 2019, 2016, 2013 2010 e 2007
.docx: padrão Word 2019, 2016, 2013, 2010 e 2007 e Documento Strict de Open XML
.htm e .html: página da Web Página da Web, Filtrado
.mht e .mhtml: página da Web de Arquivo Único
.odt: texto do OpenDocument. Este é a extensão do LibreOffice, mas o Word dá suporte para que os arquivos salvos do Word 2019,
2016 e 2013 possam ser abertos no Writer do LibreOffice e arquivos do Writer possam ser abertos no Word 2019, 2016 e 2013, mas aten-
ção, a formatação do documento pode ser perdida.
.dot: modelo do Word 97-2003
.dotm: modelo habilitado para macro do Word
.dotx: modelo do Word
.pdf: arquivos que usam o formato de arquivo PDF podem ser visualizados, editados e salvos em .docx ou .pdf usando o Word 2019,
o Word 2016 e o Word 2013. Atenção: Os arquivos PDF podem não ter uma correspondência perfeita de página para paginação com o
original.
.rtf: formato Rich Text . Formato para ser multiplataforma. Os documentos criados em diferentes sistemas operacionais e aplicativos
de software podem ser utilizados entre eles.
.txt: texto simples. Quando o documento é salvo perde sua formatação. É o formato do bloco de notas e WordPad.
.xml: documento XML do Word 2003 e Word 2019, 2016, 2013 e 2007 (Open XML). É também chamado de MetaFile e arquivo de
MetaDados (arquivos com informações extras).
.xps: XML Paper Specification, um formato de arquivo que preserva a formatação do documento e habilita o compartilhamento de
arquivos.
.wps: documento Works 6-9. Este é o formato de arquivo padrão do Microsoft Works, versões 6.0 a 9.0.

4 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/17/word-2013-formatos-de-arquivos/

6
INFORMÁTICA
Criando um documento
Ao criar um documento no Word 2013, é possível começar com um documento em branco ou deixar que um modelo faça a maior
parte do trabalho5.

Iniciando um documento
A maioria das pessoas costuma criar um documento a partir de uma página em branco, apesar de o Word ter vários modelos com
temas e estilos pré-definidos, assim só é preciso adicionar conteúdo.

Abrir um documento
Ao iniciar o Word, aparece uma galeria de modelo separado por categorias. É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda
melhor seu objetivo.
Aparecerá do lado esquerdo (ver imagem anterior) uma lista com os documentos recentes que você usou.
É só clicar em uma delas e escolher um modelo que atenda melhor seu objetivo.
Caso queira outro documento que não está nesta lista você verá bem abaixo desta coluna a opção abrir outros documentos.

Se já estiver trabalhando no Word e quiser abrir um arquivo é só ir na Barra de Opções e clicar em Arquivo > Abrir e navegar até o local
onde se encontra o arquivo.
Caso você esteja abrindo um documento criado em versões anteriores do Word, você verá Modo de Compatibilidade na barra de título
da janela do documento. Você pode trabalhar no modo de compatibilidade ou atualizar o documento e usar os recursos do Word 2013.
Ctrl + O: atalho para abrir um documento novo documento.
Ctrl + A: atalho para abrir um documento já existente.

5 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/21/edicao-e-formatacao-de-textos-word-2013/

7
INFORMÁTICA
Salvando e Fechando o Arquivo
Para salvar um documento digitado, clique na guia Arquivo.

Em seguida, clique na opção Salvar como.

Após o clique, a caixa de diálogo Salvar como será aberta, onde devemos informar o nome do arquivo e o local onde será salvo.
É possível também salvar na nuvem (on-line) clicando em OneDrive e assim podendo compartilhar o arquivo em vários dispositivos
como no celular ou outros computadores.
O Word já salva automaticamente o arquivo no formato .docx mas caso queira salvar em outro formato, logo abaixo do nome do ar-
quivo tem uma lista de tipos de arquivos suportados pelo Word 2013.

No Word tem uma barra de acesso rápido no topo do editor na qual o documento pode ir sendo salvo
conforme se vai trabalhando nele.
Ctrl + B: atalho para salvar documento.

Funções básicas em um editor de texto


Ctrl + C (Copiar): é quando copiar um texto para repetir no mesmo texto ou colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com direito
do mouse e clique em Copiar.
Ctrl + X (Recortar): recurso para tirar o texto selecionado e colar em outro lugar. Selecione o texto e clique com botão direito do mouse
e selecione Recortar. Este arquivo copiado ou recortado irá para a área de transferência.
Área de transferência: área separada do sistema operacional para guardar uma pequena quantidade de dados.
Ctrl + V (Colar): recurso para colar o texto que foi copiado ou recortado. Selecione o local que quer colar e clique no botão direito do
mouse e selecione o tipo de colagem.

Cabeçalho e rodapé
Para colocar números das páginas, título ou data em todas as páginas de seu documento, você deve adicionar um cabeçalho ou ro-
dapé6.
Basta clicar na aba Inserir e em adicionar Cabeçalho ou rodapé.
Seleciona o formato clicando no modelo de seu interesse. Abrirá o cabeçalho para editar a parte interna dele.

6 https://centraldefavoritos.com.br/2019/06/28/cabecalho-e-rodape-word-2013/

8
INFORMÁTICA

Digite o Título e feche o cabeçalho.

Todas as páginas do documento terão o mesmo cabeçalho.

Parágrafos
No Word 2013 tem dois lugares em que encontramos funções para formatarmos parágrafos7.

Guia Página Inicial

Guia Layout de Páginas

A formatação propriamente dita é feita na página inicial.

7 https://centraldefavoritos.com.br/2019/10/28/paragrafos-word-2013/

9
INFORMÁTICA
Escolhe o espaçamento entre linha ou parágrafos.
Clicando na seta de opções tem os valores de espaçamento.
Quanto maior o número maior o espaçamento.
Sombreamento de parágrafo

Alinhamento de parágrafos

Alinhar à esquerda (Ctrl+Q): alinha todo parágrafo na margem


esquerda do documento.
Centralizar (Ctrl+E): centraliza o texto no centro da página, Para realçar o texto, parágrafo ou célula de tabela selecionada.
dando ao documento uma aparência mais formal Ele simplesmente muda a cor atrás dando maior destaque.
Alinhar à direita (Ctrl+G): alinha o conteúdo à margem direita
do documento. Bordas
Justificar (Ctrl+J): distribui o texto uniformemente entre as Além do sombreamento, você pode dar um destaque a um tex-
margens to colocando uma borda. E clicando na seta você poderá alterar o
estilo da borda.
Espaçamento de linhas e parágrafos

Para colocar a borda basta selecionar o texto ou parágrafo e


clica na borda desejada.

10
INFORMÁTICA
Classificar

Nesta opção, pode-se classificar itens selecionado em ordem


alfabética ou numérica.
Ex.: Lista de animais
Vaca
Elefante
Porco
Girafa

Ao selecionar a lista e clica na opção ela fica em ordem


alfabética; Na janela que abrir, pode-se colocar a lista em ordem Selecionando-se uma sequência de quadradinhos, é possível
crescente ou decrescente. inserir uma tabela automaticamente, após soltar o mouse.
Exemplo: Na figura abaixo, é possível notar a seleção de alguns
Recuos quadradinhos e a indicação Tabela 3x2, o que significa que ao soltar
o botão do mouse, será inserida no documento uma tabela com 3
colunas e 2 linhas.

A primeira opção o parágrafo vai para mais perto da margem


(DIMINUIR RECUO)
A segunda opção o parágrafo vai para mais longe da margem
(AUMENTAR RECUO)
É só selecionar o parágrafo e clicar na opção. Cada clicada ele
salta 1,25 cm.

Mostrar tudo (Ctrl+*)

Inserir Tabela: permite inserir uma


tabela na posição do cursor. Note que
a opção tem reticências no final, o que
significa que será aberta uma janela de
opções, para que sejam feitas as confi-
gurações da tabela que será inserida no
documento.
Mostra as marcas de parágrafo e outros símbolos de formata-
ção ocultos. É útil para formatação de layouts avançados.

Guia Inserir (Grupo Tabelas)

Tabela: permite inserir e trabalhar com tabelas no


documento8. Ao clicar na setinha logo abaixo do botão
Tabela, abre-se um menu com opções.

8 https://bit.ly/2BH2KiN

11
INFORMÁTICA

Neste quadro é possível configurar o número de colunas e o número de linhas da tabela, além de largura de coluna fixa, ajustada auto-
maticamente.

CONHECIMENTOS SOBRE O PROGRAMA MICROSOFT EXCEL 2013: (1) SABER IDENTIFICAR, CARACTERIZAR, USAR,
ALTERAR, CONFIGURAR E PERSONALIZAR O AMBIENTE, COMPONENTES DA JANELA, FUNCIONALIDADES, MENUS,
ÍCONES, BARRA DE FERRAMENTAS, TECLAS DE ATALHO, GUIAS, GRUPOS E BOTÕES; (2) ELEMENTOS : DEFINIR E
IDENTIFICAR CÉLULA, PLANILHA E PASTA; SABER SELECIONAR E RECONHECER A SELEÇÃO DE CÉLULAS, PLANILHAS E
PASTAS; (3) PLANILHAS E PASTAS: ABRIR, FECHAR, CRIAR, VISUALIZAR, FORMATAR, SALVAR, ALTERAR, EXCLUIR, RE-
NOMEAR, PERSONALIZAR, CONFIGURAR PLANILHAS E PASTAS, UTILIZANDO AS BARRA DE FERRAMENTAS, MENUS,
ÍCONES, BOTÕES, GUIAS E GRUPOS DA FAIXA DE OPÇÕES, TECLADO E/OU MOUSE; (4) BARRA DE FERRAMENTAS:
IDENTIFICAR E UTILIZAR OS ÍCONES E BOTÕES DAS BARRAS DE FERRAMENTAS DAS GUIAS E GRUPOS INÍCIO, IN-
SERIR, LAYOUT DA PÁGINA, FÓRMULAS, DADOS, REVISÃO E EXIBIÇÃO, PARA FORMATAR, ALTERAR, SELECIONAR
CÉLULAS, CONFIGURAR, RECONHECER A FORMATAÇÃO DE TEXTOS E DOCUMENTOS E RECONHECER A SELEÇÃO DE
CÉLULAS; E (5) AJUDA : SABER USAR A AJUDA

É o principal software de planilhas eletrônicas entre as empresas quando se trata de operações financeiras e contabilísticas9.
O Microsoft Excel 2013 tem um aspeto diferente das versões anteriores.

Tela inicial do Excel 2013.


9 http://www.prolinfo.com.br

12
INFORMÁTICA
As cinco principais funções do Excel são:
– Planilhas: Você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
– Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
– Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
– Apresentações: Você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
– Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Barra de ferramentas de acesso rápido


Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.

Guia de Planilhas.

13
INFORMÁTICA
– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical. As colunas do Excel são representadas em letras de acordo com a ordem
alfabética crescente sendo que a ordem vai de “A” até “XFD”, e tem no total de 16.384 colunas em cada planilha.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal. As linhas de uma planilha são representadas em números, formam um total
de 1.048.576 linhas e estão localizadas na parte vertical esquerda da planilha.

Linhas e colunas.

– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 4 e a coluna B, então a célula será chamada B4, como mostra na caixa de nome logo acima da
planilha.

Células.

Faixa de opções do Excel (Antigo Menu)


Como na versão anterior o MS Excel 2013 a faixa de opções está organizada em guias/grupos e comandos. Nas versões anteriores ao
MS Excel 2007 a faixa de opções era conhecida como menu.
1. Guias: existem sete guias na parte superior. Cada uma representa tarefas principais executadas no Excel.
2. Grupos: cada guia tem grupos que mostram itens relacionados reunidos.
3. Comandos: um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu.

Faixa de opções do Excel.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.

14
INFORMÁTICA
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de prioridade de cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ () ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

15
INFORMÁTICA
Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

16
INFORMÁTICA
• Função MÁXIMO e MÍNIMO
Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

• Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

17
INFORMÁTICA
Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.

Na planilha
FIREFOX acima,ATUALIZADA:(1)
VERSÃO na célula C9 digitaremos a funçãoO=CONT.SE
IDENTIFICAR (B2:B7;”M”)
AMBIENTE, para obter a quantidade
CARACTERÍSTICAS de vendedores.
E COMPONENTES DA JANELA PRIN-
CIPAL DO FIREFOX;(2) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DAS BARRAS DE MENUS, FERRAMENTAS, TECLAS
DE ATALHO, FAVORITOS, BARRA DE COMANDOS E BARRA DE STATUS; (3) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDA-
DES DOS MENUS ARQUIVO, EDITAR, EXIBIR, HISTÓRICO, FAVORITOS, FERRAMENTAS E AJUDA. GOOGLE CHROME
VERSÃO ATUALIZADA:1) IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL,
TECLAS DE ATALHO; (2) IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS AS FUNCIONALIDADES DO GOOGLE CHROME; MOZILLA
FIREFOX VERSÃO ATUALIZADA: (1) AMBIENTE E COMPONENTES DO PROGRAMA: IDENTIFICAR O AMBIENTE, CA-
RACTERÍSTICAS E COMPONENTESDA JANELA PRINCIPAL; (2) FUNCIONALIDADES: IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS
AS FUNCIONALIDADES DO MOZILLA FIREFOX. INTERNET EXPLORER 11: (1) IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTE-
RÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL DO INTERNET EXPLORER; (2) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONA-
LIDADES DA BARRA DE FERRAMENTAS E DE STATUS; (3) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DOS MENUS;
(4) IDENTIFICAR E USAR AS FUNCIONALIDADES DAS BARRAS DE MENUS, FAVORITOS, BOTÕES DO MODO DE EXI-
BIÇÃO DE COMPATIBILIDADE, BARRA DE COMANDOS, BARRA DE STATUS; E (5) UTILIZAR TECLAS DE ATALHO PARA
QUALQUER OPERAÇÃO. GOOGLE CHROME VERSÃO ATUALIZADA: (1) AMBIENTE E COMPONENTES DO PROGRAMA:
IDENTIFICAR O AMBIENTE, CARACTERÍSTICAS E COMPONENTES DA JANELA PRINCIPAL; (2) FUNCIONALIDADES:
IDENTIFICAR E SABER USAR TODAS AS FUNCIONALIDADES DO GOOGLE CHROME. OUTLOOK EXPRESS: CONTAS DE
E-MAIL, ENDEREÇOS DE E-MAIL, ESCREVER, ENVIAR, RESPONDER E ENCAMINHAR MENSAGENS, DESTINATÁRIO
OCULTO, ARQUIVOS ANEXOS, ORGANIZAR E SELECIONAR MENSAGENS RECEBIDAS. IMPORTAR E EXPORTAR MENSA-
GENS. FUNCIONALIDADE DOS MENUS, FERRAMENTAS E TECLAS DE ATALHO. MICROSOFT OUTLOOK 2016: CONTAS
DE E-MAIL, ENDEREÇOS DE E-MAIL, ESCREVER, ENVIAR, RESPONDER E ENCAMINHAR MENSAGENS, DESTINATÁRIO
OCULTO, ARQUIVOS ANEXOS, ORGANIZAR E SELECIONAR MENSAGENS RECEBIDAS. IMPORTAR E EXPORTAR MENSA-
GENS. FUNCIONALIDADE DOS MENUS, FERRAMENTAS E TECLAS DE ATALHO. GMAIL: FUNCIONAMENTO DO SERVI-
ÇO DE E-MAIL GMAIL, INCLUINDO: MENUS, CAIXAS DE EMAILS, ENVIADOS, RASCUNHOS, CONFIGURAÇÕES, ESTRE-
LA, ESCREVER, RESPONDER, ENCAMINHAR, INSERIR ANEXOS, FILTROS, ENTRE OUTROS.

Tipos de rede de computadores


• LAN: Rele Local, abrange somente um perímetro definido. Exemplos: casa, escritório, etc.

18
INFORMÁTICA

• MAN: Rede Metropolitana, abrange uma cidade, por exemplo.

• WAN: É uma rede com grande abrangência física, maior que a MAN, Estado, País; podemos citar até a INTERNET para entendermos
o conceito.

Navegação e navegadores da Internet

• Internet
É conhecida como a rede das redes. A internet é uma coleção global de computadores, celulares e outros dispositivos que se comu-
nicam.

19
INFORMÁTICA
• Procedimentos de Internet e intranet
Através desta conexão, usuários podem ter acesso a diversas informações, para trabalho, laser, bem como para trocar mensagens,
compartilhar dados, programas, baixar documentos (download), etc.

• Sites
Uma coleção de páginas associadas a um endereço www. é chamada web site. Através de navegadores, conseguimos acessar web
sites para operações diversas.

• Links
O link nada mais é que uma referência a um documento, onde o usuário pode clicar. No caso da internet, o Link geralmente aponta
para uma determinada página, pode apontar para um documento qualquer para se fazer o download ou simplesmente abrir.

Dentro deste contexto vamos relatar funcionalidades de alguns dos principais navegadores de internet: Microsoft Internet Explorer,
Mozilla Firefox e Google Chrome.

Internet Explorer 11

• Identificar o ambiente

O Internet Explorer é um navegador desenvolvido pela Microsoft, no qual podemos acessar sites variados. É um navegador simplifi-
cado com muitos recursos novos.
Dentro deste ambiente temos:
– Funções de controle de privacidade: Trata-se de funções que protegem e controlam seus dados pessoais coletados por sites;
– Barra de pesquisas: Esta barra permite que digitemos um endereço do site desejado. Na figura temos como exemplo: https://www.
gov.br/pt-br/
– Guias de navegação: São guias separadas por sites aberto. No exemplo temos duas guias sendo que a do site https://www.gov.br/
pt-br/ está aberta.
– Favoritos: São pastas onde guardamos nossos sites favoritos
– Ferramentas: Permitem realizar diversas funções tais como: imprimir, acessar o histórico de navegação, configurações, dentre ou-
tras.

Desta forma o Internet Explorer 11, torna a navegação da internet muito mais agradável, com textos, elementos gráficos e vídeos que
possibilitam ricas experiências para os usuários.

• Características e componentes da janela principal do Internet Explorer

20
INFORMÁTICA

À primeira vista notamos uma grande área disponível para visualização, além de percebemos que a barra de ferramentas fica automa-
ticamente desativada, possibilitando uma maior área de exibição.

Vamos destacar alguns pontos segundo as indicações da figura:


1. Voltar/Avançar página
Como o próprio nome diz, clicando neste botão voltamos página visitada anteriormente;

2. Barra de Endereços
Esta é a área principal, onde digitamos o endereço da página procurada;

3. Ícones para manipulação do endereço da URL


Estes ícones são pesquisar, atualizar ou fechar, dependendo da situação pode aparecer fechar ou atualizar.

4. Abas de Conteúdo
São mostradas as abas das páginas carregadas.

5. Página Inicial, favoritos, ferramentas, comentários

6. Adicionar à barra de favoritos

Mozila Firefox

Vamos falar agora do funcionamento geral do Firefox, objeto de nosso estudo:

21
INFORMÁTICA
Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Voltar para a página inicial do Firefox

5 Barra de Endereços

6 Ver históricos e favoritos


Vejamos de acordo com os símbolos da imagem:
Mostra um painel sobre os favoritos (Barra,
7
Menu e outros)
Sincronização com a conta FireFox (Vamos 1 Botão Voltar uma página
8
detalhar adiante)
2 Botão avançar uma página
9 Mostra menu de contexto com várias opções
3 Botão atualizar a página
– Sincronização Firefox: Ato de guardar seus dados pessoais na
internet, ficando assim disponíveis em qualquer lugar. Seus dados 4 Barra de Endereço.
como: Favoritos, históricos, Endereços, senhas armazenadas, etc.,
sempre estarão disponíveis em qualquer lugar, basta estar logado 5 Adicionar Favoritos
com o seu e-mail de cadastro. E lembre-se: ao utilizar um computa-
dor público sempre desative a sincronização para manter seus da- 6 Usuário Atual
dos seguros após o uso.
Exibe um menu de contexto que iremos relatar
7
Google Chrome seguir.

O que vimos até aqui, são opções que já estamos acostuma-


dos ao navegar na Internet, mesmo estando no Ubuntu, percebe-
mos que o Chrome é o mesmo navegador, apenas está instalado
em outro sistema operacional. Como o Chrome é o mais comum
atualmente, a seguir conferimos um pouco mais sobre suas funcio-
nalidades.

• Favoritos
No Chrome é possível adicionar sites aos favoritos. Para adi-
O Chrome é o navegador mais popular atualmente e disponi- cionar uma página aos favoritos, clique na estrela que fica à direita
biliza inúmeras funções que, por serem ótimas, foram implementa- da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido, e
das por concorrentes. pronto.
Vejamos: Por padrão, o Chrome salva seus sites favoritos na Barra de Fa-
voritos, mas você pode criar pastas para organizar melhor sua lista.
• Sobre as abas Para removê-lo, basta clicar em excluir.
No Chrome temos o conceito de abas que são conhecidas tam-
bém como guias. No exemplo abaixo temos uma aba aberta, se qui-
sermos abrir outra para digitar ou localizar outro site, temos o sinal
(+).
A barra de endereços é o local em que se digita o link da página
visitada. Uma outra função desta barra é a de busca, sendo que ao
digitar palavras-chave na barra, o mecanismo de busca do Google é
acionado e exibe os resultados.

22
INFORMÁTICA
• Histórico
O Histórico no Chrome funciona de maneira semelhante ao Firefox. Ele armazena os endereços dos sites visitados e, para acessá-lo,
podemos clicar em Histórico no menu, ou utilizar atalho do teclado Ctrl + H. Neste caso o histórico irá abrir em uma nova aba, onde pode-
mos pesquisá-lo por parte do nome do site ou mesmo dia a dia se preferir.

• Pesquisar palavras
Muitas vezes ao acessar um determinado site, estamos em busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso, utilizamos o atalho
do teclado Ctrl + F para abrir uma caixa de texto na qual podemos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de algum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.). Neste caso,
o Chrome possui um item no menu, onde podemos ver o progresso e os downloads concluídos.

• Sincronização
Uma nota importante sobre este tema: A sincronização é importante para manter atualizadas nossas operações, desta forma, se por
algum motivo trocarmos de computador, nossos dados estarão disponíveis na sua conta Google.
Por exemplo:
– Favoritos, histórico, senhas e outras configurações estarão disponíveis.
– Informações do seu perfil são salvas na sua Conta do Google.

No canto superior direito, onde está a imagem com a foto do usuário, podemos clicar no 1º item abaixo para ativar e desativar.

23
INFORMÁTICA

Safari

O Safari é o navegador da Apple, e disponibiliza inúmeras funções implementadas.


Vejamos:

• Guias

– Para abrirmos outras guias podemos simplesmente teclar CTRL + T ou

Vejamos os comandos principais de acordo com os símbolos da imagem:

1 Botão Voltar uma página

2 Botão avançar uma página

3 Botão atualizar a página

4 Barra de Endereço.

24
INFORMÁTICA
• Histórico e Favoritos
5 Adicionar Favoritos

6 Ajustes Gerais

7 Menus para a página atual.

8 Lista de Leitura

Perceba que o Safari, como os outros, oferece ferramentas bas-


tante comuns.
Vejamos algumas de suas funcionalidades:

• Lista de Leitura e Favoritos


No Safari é possível adicionar sites à lista de leitura para pos-
terior consulta, ou aos favoritos, caso deseje salvar seus endere-
ços. Para adicionar uma página, clique no “+” a que fica à esquerda
da barra de endereços, digite um nome ou mantenha o sugerido e • Pesquisar palavras
pronto. Muitas vezes, ao acessar um determinado site, estamos em
Por padrão, o Safari salva seus sites na lista de leitura, mas você busca de uma palavra ou frase específica. Neste caso utilizamos o
pode criar pastas para organizar melhor seus favoritos. Para remo- atalho do teclado Ctrl + F, para abrir uma caixa de texto na qual po-
vê-lo, basta clicar em excluir. demos digitar parte do que procuramos, e será localizado.

• Salvando Textos e Imagens da Internet


Vamos navegar até a imagem desejada e clicar com o botão
direito do mouse, em seguida salvá-la em uma pasta.

• Downloads
Fazer um download é quando se copia um arquivo de um al-
gum site direto para o seu computador (texto, músicas, filmes etc.).
Neste caso, o Safari possui um item no menu onde podemos ver o
progresso e os downloads concluídos.

25
INFORMÁTICA
Correio Eletrônico • Preparo e envio de mensagens
O correio eletrônico, também conhecido como e-mail, é um
serviço utilizado para envio e recebimento de mensagens de texto
e outras funções adicionais como anexos junto com a mensagem.

Para envio de mensagens externas o usuário deverá estar co-


nectado a internet, caso contrário ele ficará limitado a sua rede lo-
cal.
Abaixo vamos relatar algumas características básicas sobre o
e-mail
– Nome do Usuário: é o nome de login escolhido pelo usuário
na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é
nome do usuário;
– @ : Símbolo padronizado para uso em correios eletrônicos;
– Nome do domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria • Boas práticas para criação de mensagens
das vezes, a empresa; – Uma mensagem deverá ter um assunto. É possível enviar
mensagem sem o Assunto, porém não é o adequado;
Vejamos um exemplo: joaodasilva@gmail.com.br / @hotmail. – A mensagem deverá ser clara, evite mensagens grandes ao
com.br / @editora.com.br extremo dando muitas voltas;
– Caixa de Entrada: Onde ficam armazenadas as mensagens – Verificar com cuidado os destinatários para o envio correto
recebidas; de e-mails, evitando assim problemas de envios equivocados.
– Caixa de Saída: Onde ficam armazenadas as mensagens ainda
não enviadas; • Anexação de arquivos
– E-mails Enviados: Como o próprio nome diz, é onde ficam os
e-mails que foram enviados;
– Rascunho: Guarda as mensagens que você ainda não termi-
nou de redigir;
– Lixeira: Armazena as mensagens excluídas.

Ao escrever mensagens, temos os seguintes campos:


– Para: é o campo onde será inserido o endereço do destinatá-
rio do e-mail;
– CC: este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar esse campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos;
– CCO: sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior, no
entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos da Uma função adicional quando criamos mensagens é de ane-
mensagem; xar um documento à mensagem, enviando assim juntamente com
– Assunto: campo destinado ao assunto da mensagem; o texto.
– Anexos: são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, textos e outros); • Boas práticas para anexar arquivos à mensagem
– Corpo da Mensagem: espaço onde será escrita a mensagem. – E-mails tem limites de tamanho, não podemos enviar coisas
que excedem o tamanho, estas mensagens irão retornar;
• Uso do correio eletrônico – Deveremos evitar arquivos grandes pois além do limite do
– Inicialmente o usuário deverá ter uma conta de e-mail; e-mail, estes demoram em excesso para serem carregados.
– Esta conta poderá ser fornecida pela empresa ou criada atra- Computação de nuvem (Cloud Computing)
vés de sites que fornecem o serviço. As diretrizes gerais sobre a cria-
ção de contas estão no tópico acima; • Conceito de Nuvem (Cloud)
– Uma vez criada a conta, o usuário poderá utilizar um cliente
de e-mail na internet ou um gerenciador de e-mail disponível;
– Atualmente existem vários gerenciadores disponíveis no
mercado, tais como: Microsoft Outlook, Mozila Thunderbird, Opera
Mail, Gmail, etc.;
– O Microsoft outlook é talvez o mais conhecido gerenciador
de e-mail, dentro deste contexto vamos usá-lo como exemplo nos
tópicos adiante, lembrando que todos funcionam de formas bas-
tante parecidas.

A “Nuvem”, também referenciada como “Cloud”, são os servi-


ços distribuídos pela INTERNET que atendem as mais variadas de-
mandas de usuários e empresas.

26
INFORMÁTICA

A internet é a base da computação em nuvem, os servidores remotos detêm os aplicativos e serviços para distribuí-los aos usuários
e às empresas.
A computação em nuvem permite que os consumidores aluguem uma infraestrutura física de um data center (provedor de serviços
em nuvem). Com acesso à Internet, os usuários e as empresas usam aplicativos e a infraestrutura alugada para acessarem seus arquivos,
aplicações, etc., a partir de qualquer computador conectado no mundo.
Desta forma todos os dados e aplicações estão localizadas em um local chamado Data Center dentro do provedor.
A computação em nuvem tem inúmeros produtos, e esses produtos são subdivididos de acordo com todos os serviços em nuvem,
mas os principais aplicativos da computação em nuvem estão nas áreas de: Negócios, Indústria, Saúde, Educação, Bancos, Empresas de
TI, Telecomunicações.

• Armazenamento de dados da nuvem (Cloud Storage)

A ideia de armazenamento na nuvem ( Cloud Storage ) é simples. É, basicamente, a gravação de dados na Internet.
Este envio de dados pode ser manual ou automático, e uma vez que os dados estão armazenados na nuvem, eles podem ser acessados
em qualquer lugar do mundo por você ou por outras pessoas que tiverem acesso.
São exemplos de Cloud Storage: DropBox, Google Drive, OneDrive.
As informações são mantidas em grandes Data Centers das empresas que hospedam e são supervisionadas por técnicos responsáveis
por seu funcionamento. Estes Data Centers oferecem relatórios, gráficos e outras formas para seus clientes gerenciarem seus dados e
recursos, podendo modificar conforme a necessidade.
O armazenamento em nuvem tem as mesmas características que a computação em nuvem que vimos anteriormente, em termos de
praticidade, agilidade, escalabilidade e flexibilidade.
Além dos exemplos citados acima, grandes empresas, tais como a IBM, Amazon, Microsoft e Google possuem serviços de nuvem que
podem ser contratados.

27
INFORMÁTICA
OUTLOOK
O Microsoft Outlook é um gerenciador de e-mail usado principalmente para enviar e receber e-mails. O Microsoft Outlook também
pode ser usado para administrar vários tipos de dados pessoais, incluindo compromissos de calendário e entradas, tarefas, contatos e
anotações.

Funcionalidades mais comuns:

PARA FAZER ISTO ATALHO CAMINHOS PARA EXECUÇÃO


1 Entrar na mensagem Enter na mensagem fechada ou click Verificar coluna atalho
2 Fechar Esc na mensagem aberta Verificar coluna atalho
3 Ir para a guia Página Inicial Alt+H Menu página inicial
4 Nova mensagem Ctrl+Shift+M Menu página inicial => Novo e-mail
5 Enviar Alt+S Botão enviar
6 Delete Excluir (quando na mensagem fechada) Verificar coluna atalho
7 Pesquisar Ctrl+E Barra de pesquisa
8 Responder Ctrl+R Barra superior do painel da mensagem
9 Encaminhar Ctrl+F Barra superior do painel da mensagem
10 Responder a todos Ctrl+Shift+R Barra superior do painel da mensagem
11 Copiar Ctrl+C Click direito copiar
12 Colar Ctrl+V Click direito colar
13 Recortar Ctrl+X Click direito recortar
14 Enviar/Receber Ctrl+M Enviar/Receber (Reatualiza tudo)
15 Acessar o calendário Ctrl+2 Canto inferior direito ícone calendário
16 Anexar arquivo ALT+T AX Menu inserir ou painel superior
17 Mostrar campo cco (cópia oculta) ALT +S + B Menu opções CCO

Endereços de e-mail
• Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: joaodasilva, no caso este é nome
do usuário;
• @ – Símbolo padronizado para uso;
• Nome do domínio – domínio a que o e-mail pertence, isto é, na maioria das vezes, a empresa. Vejamos um exemplo real: joaodasil-
va@solucao.com.br;
• Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens recebidas;
• Caixa de Saída – Onde ficam armazenadas as mensagens ainda não enviadas;
• E-mails Enviados – Como próprio nome diz, e aonde ficam os e-mails que foram enviados;
• Rascunho – Guarda as mensagens que ainda não terminadas;
• Lixeira – Armazena as mensagens excluídas;

28
INFORMÁTICA
Escrevendo e-mails Criar nova mensagem de e-mail
Ao escrever uma mensagem, temos os seguintes campos:
• Para – é o campo onde será inserido o endereço do destina-
tário do e-mail;
• CC – este campo é usado para mandar cópias da mesma men-
sagem. Ao usar este campo os endereços aparecerão para todos os
destinatários envolvidos.
• CCO – sua funcionalidade é semelhante ao campo anterior,
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos;
• Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem.
• Anexos – são dados que são anexados à mensagem (imagens,
programas, música, textos e outros.)
• Corpo da Mensagem – espaço onde será escrita a mensagem.

Contas de e-mail Ao clicar em novo e-mail é aberto uma outra janela para digita-
É um endereço de e-mail vinculado a um domínio, que está ção do texto e colocar o destinatário, podemos preencher também
apto a receber e enviar mensagens, ou até mesmo guarda-las con- os campos CC (cópia), e o campo CCO (cópia oculta), porém esta
forme a necessidade. outra pessoa não estará visível aos outros destinatários.

Adicionar conta de e-mail


Siga os passos de acordo com as imagens:

Enviar
De acordo com a imagem a seguir, o botão Enviar fica em evi-
dência para o envio de e-mails.

A partir daí devemos seguir as diretrizes sobre nomes de e-mail,


referida no item “Endereços de e-mail”.

29
INFORMÁTICA
Encaminhar e responder e-mails Adicionar assinatura de e-mail à mensagem
Funcionalidades importantes no uso diário, você responde a Um recurso interessante, é a possibilidade de adicionarmos
e-mail e os encaminha para outros endereços, utilizando os botões assinaturas personalizadas aos e-mails, deixando assim definida a
indicados. Quando clicados, tais botões ativam o quadros de texto, nossa marca ou de nossa empresa, de forma automática em cada
para a indicação de endereços e digitação do corpo do e-mail de mensagem.
resposta ou encaminhamento.

Adicionar, abrir ou salvar anexos


A melhor maneira de anexar e colar o objeto desejado no corpo
do e-mail, para salvar ou abrir, basta clicar no botão corresponden-
te, segundo a figura abaixo:

30
INFORMÁTICA
Imprimir uma mensagem de e-mail 5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
Por fim, um recurso importante de ressaltar, é o que nos pos- res e armazenamento compartilhados, com software disponível e
sibilita imprimir e-mails, integrando-os com a impressora ligada ao localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso
computador. Um recurso que se assemelha aos apresentados pelo presencial, chamamos esse serviço de:
pacote Office e seus aplicativos. (A) Computação On-Line.
(B) Computação na nuvem.
(C) Computação em Tempo Real.
(D) Computação em Block Time.
(E) Computação Visual

6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
Youtube (http://www.youtube.com).
() Certo
EXERCÍCIOS () Errado

7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a


1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as danos ao computador do usuário.
versões em papel para o formato digital, é denominado ( ) Certo
(A) joystick. ( ) Errado
(B) plotter.
(C) scanner. 8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail
(D) webcam. com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
(E) pendrive. cia de vírus.
Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um adotado no exemplo acima.
novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou ao administrador de rede.
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna- (B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo
tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou de vírus.
adicionada para resolver o problema constatado por João. (C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
(A) Placa de som (D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
(B) Placa de fax modem toramento.
(C) Placa usb (E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
(D) Placa de captura analisá-lo posteriormente.
(E) Placa de vídeo
9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída são para processadores de 64 bits.
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta ( ) Certo
um exemplo de periférico somente de entrada. ( ) Errado
(A) Monitor
(B) Impressora 10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do
(C) Caixa de som Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é
(D) Headphone uma versão oficial do Microsoft Windows
(E) Mouse (A) Windows 7
(B) Windows 10
4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado- (C) Windows 8.1
res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi- (D) Windows 9
bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados (E) Windows Server 2012
URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende-
reço válido na Internet é: 11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do
(A) http:@site.com.br Windows:
(B) HTML:site.estado.gov (A) Windows Gold.
(C) html://www.mundo.com (B) Windows 8.
(D) https://meusite.org.br (C) Windows 7.
(E) www.#social.*site.com (D) Windows XP.

31
INFORMÁTICA
12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e 18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe- ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
cuta? na Inicial” do Word 2010.
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho. (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
(C) Capturar uma janela inteira do documento.
(D) Capturar uma seção retangular da tela. (C) Definir o alinhamento do texto.
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou (D) Inserir uma tabela no texto
uma caneta eletrônica
19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, 2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
assinale a alternativa INCORRETA: cativo.
(A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
pela Microsoft.
(B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
pre visível ao usuário.
(C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
Kapersky.
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado-
res x86 e 64 bits. ( ) Certo
( ) Errado
14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi-
tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as 20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora. noros à apresentação em elaboração.
( ) Certo ( ) Certo
( ) Errado ( ) Errado
15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de
um diretório, arquivos ou subdiretórios é o GABARITO
(A) init 0.
(B) init 6.
(C) exit 1 C
(D) ls.
(E) cd. 2 E
3 E
16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou
4 D
minúsculas
( ) Certo 5 B
( ) Errado
6 ERRADO
17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo 7 CERTO
(A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô- 8 C
nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú- 9 CERTO
meros e letras. 10 D
(B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração 11 A
e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é 12 B
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos 13 D
que o Excel.
14 CERTO
(D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
gens de correio eletrônico. 15 D
(E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio 16 CERTO
e recebimento de páginas web.
17 A
18 D
19 CERTO
20 CERTO

32
CONHECIMENTOS GERAIS
1. Cultura popular, personalidades, pontos turísticos, organização política e territorial, divisão política, regiões administrativas, regionali-
zação do IBGE, hierarquia urbana, símbolos, estrutura dos poderes, fauna e flora locais, hidrografia e relevo, matriz produtiva, matriz
energética e matriz de transporte, unidades de conservação, história e geografia do Estado, do Município e da região que o cerca . 01
CONHECIMENTOS GERAIS
→ Distribuição de renda: A Região Sul apresenta distribui-
CULTURA POPULAR, PERSONALIDADES, PONTOS TU- ção de renda menos desigual que a média do Brasil. Enquanto a
RÍSTICOS, ORGANIZAÇÃO POLÍTICA E TERRITORIAL, parcela da população com rendimento mensal de até um salário
DIVISÃO POLÍTICA, REGIÕES ADMINISTRATIVAS, RE- mínimo é de aproximadamente 5,8% menor que a nacional, os
GIONALIZAÇÃO DO IBGE, HIERARQUIA URBANA, SÍM- percentuais das outras classes de rendimento dessa região são
BOLOS, ESTRUTURA DOS PODERES, FAUNA E FLORA
maiores do que os brasileiros.
LOCAIS, HIDROGRAFIA E RELEVO, MATRIZ PRODUTI-
VA, MATRIZ ENERGÉTICA E MATRIZ DE TRANSPORTE,
Essa distribuição de renda da população é similar à da Re-
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO, HISTÓRIA E GEOGRA-
FIA DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA REGIÃO QUE O gião Sudeste. Aproximadamente um quarto das pessoas possui
CERCA rendimento mensal entre um e dois salários mínimos.
→ Distribuição populacional: A distribuição populacional da
Região Sul é a mais homogênea do País devido à área reduzida
Rio Grande do Sul dessa região e à sua ocupação em pequenas propriedades com
Aspectos Políticos produções diversificadas, o que pode ser relacionado com o pro-
À nível de Brasil, o Rio Grande do Sul situa-se na Região Sul cesso de ocupação e desenvolvimento de núcleos populacionais
do País. no interior dos estados.
A população é bem distribuída no território e a estrutura
fundiária é a menos desigual do País. As terras parceladas em
pequenas propriedades são características da agricultura fami-
liar.

No tocante ao Rio Grande do Sul, a repartição constitucional


dos três poderes, no respectivo Estado, tem o Poder Executivo
representado pelo Governador, Eduardo Figueiredo Cavalheiro
Leite. Sua sede é o Palácio Piratini, que desde 1921, faz-se a sede
do governo gaúcho.
O Poder legislativo, é unicameral, sendo representado pela
Assembleia Legislativa, localizada no Palácio Farroupilha.
Já o Poder Judiciário é representado pelo Tribunal de Justiça
do Estado, bem como seus demais tribunais e juízes. Sua sede
está localizada no centro de Porto Alegre.
Além dos três poderes, o estado também permite a partici-
pação popular nas decisões do governo através de referendos e
plebiscitos.
Sua atual Constituição foi promulgada em 3 de outubro de
1989.
O Rio Grande do Sul está dividido em 497 municípios. O mais
populoso deles é a capital, Porto Alegre, que de acordo com da-
dos de 2019, do IBGE1, possui aproximadamente 1.483.771 ha-
Herdeira de um padrão de colonização baseado em peque- bitantes, sendo a cidade mais rica do estado.
nas propriedades voltadas para os mercados internos, a Região
Sul atualmente se destaca na produção industrial e agrícola e São Símbolos do Estado do Rio grande do Sul2:
apresenta indicadores sociais acima da média nacional.
→ Domínios naturais: Entre os aspectos naturais da Região Bandeira
Sul destacam-se o clima subtropical, o relevo predominante-
mente planáltico e a presença de formações vegetais caracterís-
ticas, como a Mata das Araucárias e as Pradarias.
→ Ocupação territorial: Iniciada pelos portugueses no sé-
culo XVII, a colonização da Região Sul ganhou impulso no século
XIX, quando se estabeleceram os principais núcleos de povoa-
mento fundados por imigrantes europeus.
→ Dinâmica e diversificação econômica: Na Região Sul, os
ramos industriais que mais se desenvolveram utilizam como ma-
téria-prima os produtos da Agropecuária. Porto Alegre e Curitiba,
porém, destacam-se pela diversidade de seus parques industriais,
que incluem também os setores metalúrgico e automobilístico.

A diversificação em diferentes setores econômicos acarre-


tou transformações sociais na Região Sul. A modernização da
agricultura e o fortalecimento da agroindústria aceleraram o
êxodo rural, aumentando a migração para outros estados e a 1https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/porto-alegre/panorama
ocupação de áreas urbanas. 2https://estado.rs.gov.br/simbolos

1
CONHECIMENTOS GERAIS
Fontes literárias indicam que a Bandeira do Rio Grande do Existe o registro de três letras para a composição, desde os
Sul é originária da época da Guerra dos Farrapos, em 1835, mas tempos do Decênio Heroico (como também se conhece a Revo-
sem o brasão de armas até então. Sua autoria é controversa: lução Farroupilha) até agora. Num espaço de tempo de quase
enquanto alguns apontam Bernardo Pires, outros falam em José um século, as três letras diferentes foram utilizadas até que uma
Mariano de Mattos. comissão abalizada definisse o formato final.
Algumas de suas características são de evidente inspiração O ano de 1933 era auge dos preparativos para a Semana do
maçônica, como as duas colunas que ladeiam o losango inverti- Centenário da Revolução Farroupilha. Aproveitando o momento
do, idênticas às encontradas em todos os templos maçônicos. de celebrações, um grupo de intelectuais reuniu-se para esco-
Foi adotada como símbolo oficial do Estado logo nos primei- lher a versão que se tornaria a letra definitiva do Hino do Rio
ros anos da república, sendo promulgada pela Constituição Esta- Grande do Sul.
dual em 14 de julho de 1891. No entanto, nenhuma lei posterior
foi criada regulamentando seu uso ou descrição. A partir daí, o Instituto Histórico e a Sociedade Rio-Granden-
Durante o Estado Novo (1937 a 1946), Getúlio Vargas sus- se de Educação colaboraram para sua harmonização. A adoção
pendeu o uso dos símbolos estaduais e municipais, incluindo viria em 1934, com a letra igual à escrita pelo autor no século
bandeiras e brasões. O restabelecimento viria somente em 5 de passado, levando ao desuso os demais poemas.
janeiro de 1966 pela lei nº 5.213. A lei 5.213 oficializou o Hino Farroupilha, ou Hino Rio-Gran-
Não há um consenso sobre o que representam as cores da dense, em 5 de janeiro de 1966. A letra é de Francisco Pinto da
bandeira rio-grandense. Uma versão, possivelmente mais próxi- Fontoura, a música de Comendador Maestro Joaquim José Men-
ma da real, diz que a faixa verde significa a mata dos pampas, a danha e a harmonização de Antônio Corte Real.
vermelha simboliza o ideal revolucionário e a coragem do povo,
e a amarela representa as riquezas nacionais do território gaú- Aspectos Históricos
cho. Quanto à ocupação do território que hoje pertence aos
Algumas fontes, entretanto, alegam que as cores expressa- estados da Região Sul, inicialmente não fazia parte da Améri-
riam o auriverde do Brasil separado pelo vermelho da guerra. ca portuguesa, tendo ficado fora dos limites estabelecidos pelo
Outras mencionam que o vermelho seria o ideal republicano. Tratado de Tordesilhas.
Expedições exploradoras haviam percorrido a costa no sé-
Brasão culo XVI, mas somente no século XVII começaram as atividades
colonizadoras na região.
Com o domínio espanhol sobre Portugal (1580 – 1640), o
Tratado de Tordesilhas perdeu sua validade, uma vez que todas
as terras pertenciam ao monarca espanhol.
Colonos portugueses então se estabeleceram em territó-
rios espanhóis, adquirindo para Portugal soberania sobre essas
áreas.
Jesuítas ultrapassaram a linha de Tordesilhas ao sul, fundan-
do missões em áreas da campanha gaúcha, onde índios aldeados
criavam gado, trazidos dos territórios que formaram o Uruguai e
a Argentina, e plantavam erva-mate.
Outros povoados também foram fundados, como o de Nos-
sa Senhora do Desterro, atual Florianópolis.
Ainda no século XVII, os bandeirantes paulistas iniciaram o
apresamento dos índios aldeados nas missões, que se destina-
vam à sua proteção e catequese, para vende-los às capitanias
luso-espanholas, produtoras de açúcar.
Com a expulsão dos holandeses do Nordeste (1654), o trá-
fico negreiro voltou a estabelecer os engenhos. No entanto,
quando o domínio espanhol chegou ao fim, as missões estavam
praticamente destruídas; o gado, solto, começou a se reproduzir
Sabe-se que tanto o lema, Liberdade, Igualdade e Humani- nos campos do sul.
dade, quanto os símbolos estão diretamente ligados ao Positi- Tropeiros paulistas, índios aldeados e pessoas errantes pas-
vismo. saram então a se dedicar á caça do gado selvagem e ao comércio
À época, a elite gaúcha militar e política, em sua maioria, era de couro.
ligada à Religião da Humanidade, como também era conhecido Com a descoberta de ouro e o desenvolvimento das minas
o Positivismo de Auguste Comte. A colocação do termo Huma- gerais durante o século XVIII, os tropeiros desenvolveram um
nidade coube a Júlio de Castilhos, governador do Rio Grande do novo negócio, caçavam os animais, reuniam estes em currais e
Sul e autor da sua constituição, que era considerado um grande os transportavam até as áreas mineradoras.
seguidor das ideias do filósofo francês. À Coroa Portuguesa, porém, interessava garantir a posse
das terras ao sul. Para isso, na metade do século XVIII, Portugal
Hino enviou casais de açorianos ao território do atual Rio Grande do
O Hino Rio-Grandense que hoje é cantado possui uma histó- Sul e de Santa Catarina, especialmente para a faixa litorânea,
ria bastante peculiar. A partir de sua criação, muitas controvér- com o objetivo de povoar a região. Lotes de terra também foram
sias se apresentaram no caminho até o formato atual. doados à tropeiros, que, além de se fixar na área, deram início

2
CONHECIMENTOS GERAIS
à criação do gado em grandes estâncias, atividade que se trans- Aspectos Geográficos
formaria numa das mais importantes do atual Rio Grande do Sul.
No século XIX, surgiram diversos núcleos de povoamento na
Região Sul. Em 1808, famílias de açorianos fundaram a cidade de
Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Os primeiros imigrantes alemães se dirigiram para a atual ci-
dade de São Leopoldo, no Vale do Rio dos Sinos, em 1824. Os ita-
lianos chegaram a partir de 1875 e foram assentados em Caxias
do Sul, Bento Gonçalves e Garibaldi.
Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, os alemães for-
maram colônias de povoamento baseadas no cultivo de trigo e
da policultura, ao passo que os italianos dedicaram-se ao cultivo
da uva.
No Paraná, imigrantes eslavos voltaram-se para o extrati-
vismo de madeira. Estavam lançadas as raízes de uma economia
rural diversificada, baseada na policultura e no trabalho familiar.
Especificamente sobre o Rio Grande do Sul, alguns autores
apontam que a identidade regional dos estados do Sul é fruto da
formação social e territorial, única no Brasil, constituída social-
mente no século XIX e politicamente entre 1892 e 19303.
O principal período de constituição dessa formação foi o sé-
culo XIX e a formação especificamente do Rio Grande do Sul foi
fruto do fato da fronteira estar em guerra, envolvido pelas dis-
putas militares entre Portugal e Espanha pela posse da Colônia
de Sacramento no século XVII. Seu território mesmo ora perten-
ceu à Espanha, ora a Portugal. Rio Grande do Sul no mapa do Brasil
A partir de um dado momento, a fronteira ficava entre Por-
to Alegre e Rio Pardo e o Uruguai incorporado como Província Posição
Cisplatina. Depois veio a Revolução Farroupilha e as infindáveis O Rio Grande do Sul é o estado mais meridional do Brasil,
guerras contra os Estados do Prata, que só terminaram em 1870. localiza-se no extremo sul do país. Tem um território de 282.062
Nessas guerras, foi sempre o Rio Grande do Sul que forne- km², ou seja, 3,30% da área do país. É o maior estado da região
ceu os importantes contingentes em homens mesmo com a po- sul, sendo o nono maior Estado brasileiro, o que corresponde
pulação desorganizada nas mobilizações militares. O território a 6% da população nacional. O volume populacional fica atrás
do estado era passagem obrigatória para que as tropas brasilei- apenas de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia4.
ras atingissem os países do Prata.
Na época da substituição do trabalho escravo pelo livre, Situação Geográfica
questão de grande importância na economia brasileira no século A situação geográfica de um território é definida pela sua
XIX, teve início uma relação importante entre abolição e imigra- posição em relação a fatos ou elementos externos capazes de
ção no Rio Grande do Sul. A imigração sufocou o setor escravista influir em sua história e em seu desenvolvimento. Assim, pode-
com falta de mão de obra, pois os imigrantes possuíam um des- -se afirmar que a situação geográfica do Rio Grande do Sul re-
tino em outro lugar que não o do trabalho ao lado dos escravos. veste-se de grande importância geopolítica em razão da extensa
Em meados do século XIX, o governo imperial estabeleceu a fronteira com a Argentina e o Uruguai e da proximidade com o
colonização não ibérica como um mundo diferente do escravis- Paraguai.
ta tradicional e que deveria inclusive opor-se a ele. O objetivo As fronteiras do estado formaram-se em meio a intensas
era iniciar a formação de uma classe média rural proprietária e disputas entre portugueses e espanhóis, às quais se seguiram
não escravista para se contrapor ao poder dos latifundiários e sucessivos conflitos entre o Brasil e seus vizinhos platinos. Ou
escravistas. seja, são áreas nas quais sempre predominou a preocupação
com a preservação e a defesa e que por isso marcam de modo
concreto a separação entre o território brasileiro e dos países
vizinhos.
Hoje, no estágio de capitalismo globalizado e sob patrocínio
do Mercosul, as fronteiras que outrora eram elementos de se-
paração, tendem a se tornar espaços onde avança a pretendida
integração.
Nesse sentido, o Rio Grande do Sul tem uma situação po-
tencialmente favorável por sua proximidade com Montevidéu,
Assunção, Buenos Aires, Santiago, São Paulo, Rio de Janeiro e
Brasília.

3https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/historico 4https://geovest.files.wordpress.com/2012/09/rio-grande-do-sul-21.pdf

3
CONHECIMENTOS GERAIS
numerosas lagoas, cuja água é salobra, isto é, salgada. Por se
comunicarem diretamente com o oceano algumas delas tem o
nome de lagunas, em vez de lagoas.
Esse é o caso da Laguna dos patos, a maior do Brasil, que se
comunica com o atlântico através do canal de Rio Grande. Além
da laguna dos Patos, a lagoa Mirim e a lagoa Mangueira também
merecem destaque por sua extensão.
A região oeste e sudoeste do Rio Grande do Sul tem o nome
de campanha. Em seus terrenos predominam elevações suaves
e alongadas. As elevações suaves e compridas do estado rece-
beram o nome de coxilhas, primitivamente cobertas por uma
vegetação rasteira, de campos limpos, são os elementos predo-
minantes nas paisagens da Campanha, mas também aparecem
em outras áreas do estado.

O Clima
O clima do Rio Grande do Sul é classificado como subtropi-
cal. O ar atmosférico varia muito no decorrer do ano. Isso acon-
tece devido à posição geográfica do estado, que o torna ora do-
minado por massas de ar tropicais, ora por massas de ar polares.

Rio Grande do Sul As Paisagens Vegetais


No Rio Grande do Sul as condições de clima e solo favorece-
População ram tanto a formação de matas quanto a de campos. No litoral,
De acordo com dados extraídos do IBGE5, a população do porém, a vegetação é escassa e pobre devido à presença de solos
Rio Grande do Sul, no último censo, em 2010, era de 10.693.929 arenosos e com muito sal. A vegetação litorânea é formada por
habitantes. Com densidade demográfica, na mesma época, de plantas baixas e arbustos, adaptados ao ambiente em que vivem.
37,96 hab./km².
No ano de 2019, essa população estimada evoluiu para Os campos
aproximadamente 11.377.239 habitantes. Há dois tipos de campos no Rio Grande do Sul: as campinas
e os campos do planalto. As campinas são campos limpos, que
O Relevo e os Solos cobriam quase toda a metade sul e o oeste do estado.
O relevo do Rio Grande do Sul assemelha-se ao do resto do Nas áreas remanescentes dessa vegetação no Rio Grande do
Sul forma-se um verdadeiro tapete de gramíneas, que se esten-
Brasil pois possui um substrato rochoso muito antigo, que há mi-
de pelas terras onduladas das coxilhas.
lhões de anos não sofre manifestações tectônicas expressivas.
Os campos do planalto, ou de cima da serra, aparecem em
Por isso mesmo, o relevo é relativamente suave.
solos relativamente pobres, em comparação aos solos ricos de
Possui diferentes unidades, cada qual com suas altitudes, ti-
origem vulcânica do planalto Norte-Rio-Grandense.
pos de rochas e formas predominantes: o planalto Sul-Rio-Gran-
dense, o planalto Norte-Rio-Grandense, a depressão central, a
No Nordeste do estado, nos campos de Bom Jesus e de vaca-
planície litorânea e a campanha.
ria, os solos são arenosos. Além disso o frio rigoroso do inverno
O planalto Sul-Rio-Grandense constitui-se de rochas muito
contribui para a ocorrência e vegetação campestre.
antigas, por este motivo as paisagens geralmente apresentam
morros arredondados e somente em alguns lugares as altitudes As matas
ultrapassam 300 metros. Nessas partes mais altas os morros são A mata subtropical ocupava a encosta do planalto e o alto
mais salientes e aparecem agrupados formando serras, são as vale do rio Uruguai, onde a pluviosidade é farta e o inverno não
serras Sul-Rio-Grandenses. é muito frio. Ela é parecida com as florestas tropicais, possui
O planalto Norte-Rio-Grandense constitui-se terrenos mais grande variedade de árvores, de folhas largas e perenes, que
ou menos elevados. Trata-se da extremidade sul do planalto Me- estão entrelaçadas por cipós.
ridional do Brasil, que se estende desde o sul de Goiás até o Rio No entanto, as árvores são de menor porte que as das flo-
Grande do Sul. restas tropicais, e algumas delas perdem as folhas durante o in-
As maiores elevações do planalto estão na sua parte leste verno. Por isso é do tipo subtropical.
e nordeste, onde chegam a mais de mil metros de altitude. É A devastação da floresta Subtropical começou no início do
nessa parte que se encontra o ponto mais elevado do território século XIX, para a extração da madeira, e prosseguiu com a vinda
rio-grandense: o monte Negro. dos imigrantes europeus, que passaram a cultivar as áreas que
A depressão central, uma faixa de terras relativamente bai- receberam para colonizar.
xas, planas ou levemente onduladas. Assemelha-se a uma pla- A mata dos Pinhais é formada pelo pinheiro-do-paraná,
nície, que se estende de leste a oeste e sobre o qual corre o rio também chamada de floresta ou mata de Araucária. Os pinhei-
mais importante do estado, o rio Jacuí. ros são árvores que preferem as baixas temperaturas.
A Planície Litorânea, o litoral rio-grandense, isto é, a fai- Antigamente os pinhais cobriam boa parte do território rio-
xa de terra que fica junto ao oceano Atlântico, é uma planície, -grandense. No entanto, devido ao intenso desmatamento para
pois seus terrenos são baixos e planos. No seu interior existem a exploração de madeira, restam hoje poucos lugares onde as
5https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/panorama araucárias podem ser encontradas.

4
CONHECIMENTOS GERAIS
Sistemas naturais O maior centro industrial da Região Sul é Porto Alegre. Bas-
O Rio Grande do Sul possui uma das redes hidrográficas tante diversificado, conta com indústrias alimentícias, de fiação
com maior disponibilidade de água do Brasil, com densa malha e tecelagem, de produtos minerais não metálicos, siderúrgicas,
hidrográfica superficial, dividida em três grandes bacias, a do mecânicas, de material eletrônico, químicas, de couros e de be-
Uruguai, que drena cerca de 57% da área total do Rio Grande do bidas.
Sul; a do Guaíba, 30%; e a Litorânea, abrangendo cerca de 13% Rio Grande, Pelotas e Caxias do Sul destacam-se nos setores
do território. de alimentos, tecidos, móveis e calçados. O complexo metalme-
O estado possui grandes reservas de água subterrânea, den- cânico desenvolveu-se em Gravataí, Canoas, Guaíba e Cachoei-
tre elas, o Aquífero Guarani, uma das maiores reservas de água rinha.
subsuperficial do mundo, abrigando cerca de 18% do total de São Leopoldo e Novo Hamburgo são importantes polos da
sua área neste estado. cadeia produtiva de artigos de couro. Além de, no primeiro, des-
taques como polo de informática.
Aspectos Culturais A indústria automobilística também ganhou força com a
Com paisagens variadas e os invernos mais rigorosos do instalação de fábricas, como por exemplo, em Gravataí, Porto
país, a Região Sul do Brasil atrai grande número de turistas. Alegre.
Possui cidades com características europeias, como Canela No Rio Grande do Sul, as aglomerações industriais se carac-
e Gramado, ou centros produtores de vinho, como Bento Gon- terizam por empresas que inovam e diferenciam produtos, ou
çalves e Caxias do Sul, são lugares procurados pela culinária e seja, a dinâmica industrial nessa região é influenciada por em-
atrativos culturais no Rio Grande do Sul. presas de maior conteúdo tecnológico. Pequenas e médias em-
Durante o verão, os litorais de Santa Catarina e do Paraná presas têm se destacado na busca de alternativas competitivas.
recebem muitos turistas estrangeiros. O setor industrial de Santa Catarina também é muito im-
Tradições e festas típicas são eventos que tornam concor- portante, porém, ao contrário das outras capitais de estado no
ridos lugares como Blumenau, onde se realiza, em outubro, a Brasil, a cidade de Florianópolis não ocupa o primeiro lugar na
festa da cerveja, chamada Oktoberfest, de origem alemã. economia do estado. Essa posição cabe a Joinville, município
No Rio Grande do Sul, as ruínas das povoações jesuítas do mais populoso no norte catarinense, importante polo metalme-
século XVII, em São Borja e São Miguel das Missões, foram trans- cânico, além de centro de serviços.
formadas pela Unesco em patrimônio da humanidade. Com grandes empresas dos setores metalmecânico, quími-
Em Ponta Grossa, no Paraná, o Parque Estadual de Vila Ve- co, plástico e têxtil, tornou-se um dos mais dinâmicos polos in-
lha apresenta interessantes formações rochosas esculpidas pela dustriais do sul do país.
erosão causada pelas chuvas e pelos ventos. No Vale do Itajaí, onde se situam as cidades de Brusque,
Todos os estados da Região Sul contam com zonas de fron- Blumenau, Pomerode, entre outras, estabeleceu-se um dos mais
teira, ou seja, faixas territoriais localizadas de cada lado de um importantes parques têxteis do país, a partir de pequenas unida-
limite internacional. Nas zonas de fronteira desenvolveram-se des fabris dos imigrantes europeus, sobretudo alemães.
diversas cidades cortadas por limites internacionais. Blumenau destaca-se também por desenvolver um polo tec-
Essas cidades-gêmeas geralmente apresentam grande fluxo nológico. No eixo Chapecó – Seara – Concórdia, a produção in-
de pessoas e mercadorias e integração econômica e cultural. dustrial voltou-se para o setor alimentício de processamento de
produtos suínos e avícolas.
Aspectos Econômicos Apresentam ainda índice de industrialização alto, os muni-
cípios de Criciúma, Lages e Joaçaba. A estrutura portuária con-
Agropecuária centra-se nos portos de Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul.
Na Região Sul do Brasil, a produção agropecuária pode estar Curitiba é o segundo maior centro industrial da Região Sul,
associada à indústria. É o caso da cultura da uva à fabricação de com destaque para os estabelecimentos do setor mecânico e,
vinhos, do cultivo de milho à criação de frangos e porcos ou da mais recentemente, para as indústrias de ponta geradoras de
pecuária leiteira às usinas de leite e fábricas de laticínios. maior valor agregado.
A modernização da agropecuária tem provocado mudanças Regiões em Desenvolvimento
na estrutura agrária em toda a Região Sul, com o aumento da O Rio Grande do Sul é dividido em 28 regiões definidas como
concentração fundiária e dos movimentos de luta pela terra, a Conselhos Regionais de Desenvolvimento, os populares Core-
partir da década de 1980. des, criados em 1994.
Pequenos proprietários e trabalhadores rurais perderam Assim foram determinadas para promover o desenvolvi-
suas terras e trabalho, tendo como consequência o aumento de mento regional e sustentável, integrando recursos e ações de
boias-frias e de migrações para as cidades, para outras regiões governo nas localidades para uma distribuição mais equilibra-
ou mesmo para outros países, como Portugal. da das riquezas. A regionalização serve como referência para o
Nas pastagens naturais da Região Sul desenvolve-se a pe- planejamento e elaboração do Plano Plurianual e Orçamento do
cuária extensiva de corte, geralmente em grandes propriedades Estado6.
e com poucos trabalhadores. A economia gaúcha é bastante diversificada, com grande
tradição na exportação, tendo como base a agricultura, a pecuá-
Indústria e Tecnologia ria e a indústria.
Os ramos industriais na Região Sul evoluíram inicialmente Baseado no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH/
graças às matérias-primas fornecidas pela agropecuária, couro e PNUD), o Rio Grande do Sul possui seu próprio indicador para
calçados (pecuária), móveis (pinho), têxteis (algodão) e bebidas avaliar o desenvolvimento dos municípios em educação, saúde
(uva, mate). e renda: o Índice de Desenvolvimento Socioeconômico (Idese).
6https://estado.rs.gov.br/geografia

5
CONHECIMENTOS GERAIS
Entre as cidades com melhores indicadores estão Carlos Formação Administrativa
Barbosa, Nova Bassano, Água Santa, Três Arroios, Aratiba, Nova Distrito criado com a denominação de Viamão, por Provisão
Araçá, Garibaldi, Veranópolis, Horizontina e Bento Gonçalves. de 14-09-1741, subordinado ao município de Porto Alegre.
Elevado à categoria de vila com a denominação de Viamão,
Referências Bibliográficas: por Lei Provincial n.º 1.247, de 11-06-1880, desmembrado de
TERRA, Lygia; ARAÚJO, Regina; e GUIMARÃES, Raul Borges. Porto Alegre. Foi sede provisória do governo da antiga capitania
Conexões – Estudos de Geografia Geral e do Brasil. 2ª edição – em 1763. Constituído do distrito sede. Instalado em 16-10-1880.
São Paulo: Moderna. Por Ato Municipal n.º 07, de 07-02-1895, foram criados os
distritos de Lombas, Estiva e Itapuan e anexados ao município
de Viamão.
VIMÃO Em divisão administrativa referente ao ano de 1911, o muni-
História cípio é constituído de 3 distritos: Viamão, Itapuan e Lombas, não
No século XVIII o território do atual Rio Grande do Sul já dei- figurando o distrito de Estiva.
xara de ser apenas uma zona de passagem entre Laguna e Colô- Por Ato Municipal n.º 14, de 31-01-1925, é criado o distrito
nia do Sacramento. A riqueza de seus campos já fizera com que de Passo da Areia e anexado ao município de Viamão.
colonizadores aqui se fixassem. E entre esses, inclusive um dos Em divisão administrativa referente ao ano de 1933, o muni-
integrantes da frota de João de Magalhães, Cosme da Silveira, cípio é constituído de 4 distritos: Viamão, Estiva, Itapuan e Passo
que já em 1725 se teria localizado em terras do atual município da Areia, não aparecendo o distrito de Lombas.
de Viamão. Assim permanecendo em divisões territoriais datadas de 31-
Em 1741, Francisco Carvalho da Cunha estabelece-se nos XII-1936 e 31-XII-1937.
campos de Viamão, no sítio chamado Estância Grande, onde Pelo Decreto Estadual n.º 7.199, de 31-03-1938, Passo da
ergueu a capela dedicada à Nossa Senhora da Conceição. Com Areia figura como simples zona do distrito de Itapuã. Sob o mes-
a vinda de elementos açorianos, a quem foram doadas várias mo decreto Estiva figura como simples zona do distrito de Via-
sesmarias, o povoamento recebeu grande impulso. mão.
Elevada à categoria de freguesia em 1747, por ocasião da No quadro fixado para vigorar no período de 1944-1948, o
invasão castelhana (1766) se instalava nela a sede do governo município é formado por 2 distritos: Viamão e Itapuã.
da capitania. E em 1880 desmembra-se de Porto Alegre para tor- Em divisão territorial datada de 1-VII-1950, o município é
nar-se vila e sede do município. A importância histórica e social constituído de 2 distritos: Viamão e Itapuã.
de Viamão iniciou quando foi sede das primeiras estâncias de Pela Lei Municipal n.º 216, de 22-09-1952, é criado o distrito
criação de gado. Os grandes rebanhos de gado e cavalos, que de Passo do Feijó e anexado ao município de Viamão.
existiam na campanha do Rio do Prata, transitavam por Viamão Pela Lei Municipal n.º 282, de 03-12-1953, é criado o distrito
para serem comercializados em Laguna (SC). de Passo do Sabão e anexado ao município de Viamão.
A partir de 1732, O Rio Grande de São Pedro – como era co- Em divisão territorial datada de 1-VII-1955, o município é
nhecido o Rio Grande do Sul – passou a atrair colonizadores que constituído de 4 distritos: Viamão, Itapuã, Passo do Feijó e Passo
se radicaram na região de Viamão. O município, portanto, foi do Sabão.
um dos primeiros núcleos de povoamento do Estado (formado Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-
por lagunenses, paulistas, escravos e portugueses). Só a apartir 1960.
de 1752 chegaram os primeiros casais de imigrantes açorianos, Pela Lei Estadual n.º 736, de 20-06-1962, foram criados os
que desembarcaram na região de Itapuã. Esses açorianos são os distritos de Águas Claras, Capão da Porteira, Espigão e Passo da
mesmos que colonizaram a região dos Porto dos Casais, atual Areia e anexados ao município de Viamão.
capital do Estado. Além de Porto Alegre, a população de Viamão Em divisão territorial datada de 31-XII-1963, o município é
originou cidades como Santo Amaro, Triunfo, Rio Pardo, Taquari constituído de 8 distritos: Viamão, Águas Claras, Capão da Por-
e as cidades do litoral norte. Os habitantes primitivos foram os teira, Espigão, Itapuã, Passo da Areia, Passo do Feijó e Passo do
índios mbyá-guaranis e kaingangs. Sabão.
Em 1763, a cidade recebeu o governo do RS, que tinha a Pela Lei Estadual n.º 5.026, de 17-09-1965, desmembra do
sede na Vila do Rio Grande, e que transferiu devido à invasão do município de Viamão o distrito de Passo do Feijó. Elevado à cate-
estado pelos espanhóis. Viamão se conservou sede do governo goria de município com a denominação de Alvorada.
até 1773. Nesta época, a sede foi transferida para Porto dos Ca- Pela Lei Estadual n.º 10.626, de 28-12-1995, as localidades
sais (atual Porto Alegre). Viamão também foi palco de operações de Parque Índio e Jarí deixa de pertencer o município de Viamão
militares na época farroupilha. Até hoje, restos de embarcações para ser anexado ao município de Porto Alegre.
farrapas repousam no fundo das águas do Guaíba, em Itapuã, no Em divisão territorial datada de 1-I-1979, o município é
canal a Ilha do Junco e o Morro da Fortaleza. constituído de 7 distritos: Viamão, Águas Claras, Capão da Por-
A origem do nome Viamão é muito controversa. Uma das teira, Espigão, Itapuá, Passo da Areia e Passo do Sabão.
versões é a de que, a certa altura do Rio Guaíba, pode-se avistar Em divisão territorial datada de 1999, o município é cons-
cinco afluentes (rios Jacuí, Caí, Gravataí, Taquari e dos Sinos), tituído de 8 distritos: Viamão, Águas Claras, Capão da Porteira,
que formam uma mão espalmada. Daí a frase: “Vi a mão”. Con- Espigão, Itapuã, Passo da Areia, Passo do Sabão e Vianópolis.
forme alguns, seria originário do nome “ibiamon”, que significa Pela Lei Municipal n.º 2.087, de 08-04-1991, é criado o dis-
“Terras de Ibias” (pássaros). Outros afirmam que seria uma pas- trito de Viamópolis e anexado ao município de Viamão.
sagem entre montes, o que chamavam de via-monte. E existe Em divisão territorial datada de 2003, o município é cons-
ainda o relato de que teria como origem o antigo nome da pro- tituído de 8 distritos: Viamão, Águas Claras, Capão da Porteira,
víncia de Guimarães, em Portugal: Viamara. Espigão, Itapuã, Passo da Areia, Passo do Sabão e Viamópolis.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2009.

6
CONHECIMENTOS GERAIS
Geografia
Viamão está a 25 quilômetros de Porto Alegre. A altitude
no Centro é de 111 metros. O perímetro é de 227 quilômetros,
sendo 110 quilômetros de margem para o lago Guaíba e para
a lagoa do Casamento. Tem um clima subtropical, com verões
quentes e invernos frios, com chuvas bem distribuídas ao longo
dos meses do ano. As temperaturas podem chegar a 40 °C e 0
°C. O relevo tem morros em parte do município e planícies ao
norte e ao sul.

Hidrografia
É um município que conta com as águas do lago Guaíba e da
laguna dos Patos, o que faz com que possua inclusive praias no
distrito de Itapuã.
Possui muitos lagos e lagoas, sendo o lago Tarumã, na área
central da cidade, o mais conhecido.
Conta também com a represa Lomba do Sabão, uma das
nascentes do arroio Dilúvio (um dos limites naturais entre Via-
mão e a capital, Porto Alegre) e o arroio Fiuza.

Símbolos do município
O Escudo Oval lembra o escudo do brasão de armas da Re-
pública Rio-grandense, um dos maiores eventos da história do
Brasil, quando, em pleno Império, o Rio Grande do Sul constituiu
uma república e Viamão participou com o nome de Vila Setem-
brina.
A Bordadura em Ouro significa a riqueza do gado no início do
povoamento de viamão, com data da primeira capela da Nossa
Senhora de Conceição, padroeira da Casa reinante de Portugal.
O Sabre de Prata, com barrete frígido, evoca a república
proclamada em 11 de setembro de 1836, o acampamento e as
trincheiras dos revolucionários Farroupilhas na Lomba da Taru-
mã.
A Cor Azul do Campo simboliza a religiosidade dos primeiros
povoadores que ergueram a capela de Nossa Senhora da Concei- Secretaria da Cultura
ção de Viamão, representada por duas Torres de Prata, em torno A Secretaria da Cultura promove, planeja e coordena com
da qual surgiu o povoado a partir de 1741. regularidade o desenvolvimento cultural do município, através
O Campo Verde, na metade do extremo do escudo, assinala do estímulo e incentivo das artes em todos os seguimentos, as-
os campos de Viamão, abundância da nova terra e a vitória dos sim como a execução de programas culturais de interesse da
pioneiros, antigos tropeiros e sesmeiros. população.
As Duas Faixas de Prata designam os primitivos caminhos Dentro da sua programação semanal, a Secretaria da Cultu-
dos tropeiros que percorreram os campos de Viamão e povoa- ra oferece oficinas de Teatro, Dança do Ventre, Circo e Capoeira
ram as suas terras. voltadas parar artistas e estudantes aspirantes a arte.
As Duas Lanças Cruzadas simbolizam a virtude dos guerrei- Conta ainda com o projeto “Música para Todos”, com aulas
ros e de homens livres que povoaram os campos de Viamão. gratuitas de violão e cavaquinho — iniciação musical, com lições
A Cruz de Cristo, que as naus de Pedro Álvares Cabral tra- teóricas e práticas. As oficinas de música são oferecidas no Cen-
ziam em suas velas, recorda o passado distante do povoamento tro Municipal de Cultura e Esporte e nos bairros.
português e açoriano e a audácia representada na cor vermelha Outro projeto desenvolvido pela Secretaria Municipal da
e a integridade designada pela cor branca do centro da cruz. Cultura é o Troca-Troca de Livros, que acontece de forma iti-
nerante. O objetivo é resgatar o hábito da leitura, incentivando
que o cidadão leve seus livros para trocá-los por outros, após já
terem sido lidos.
Há também o projeto “Cultura na Escola”, que em 2016 re-
cebeu no Departamento de Memória (Museu e Arquivo Históri-
co) aproximadamente 4 mil alunos da rede municipal de ensino.
A atividade consiste no resgate histórico da cidade, aliada à no-
ção de pertencimento.
Galeria dos ex-Prefeitos, Museu Municipal, vídeo institucio-
nal e um tour pelos pontos históricos como meio de multiplica-
ção da história de Viamão. Em 2017, até o dia 15 de dezembro,
devem passar pelo museu cerca de 8 mil alunos da rede munici-
pal, estadual e particular de ensino.

7
CONHECIMENTOS GERAIS
Dados Gerais
Eleitorado: 149.260 Eleitores
A População Total do Município era de 227.429 de habitan-
tes, de acordo com o Censo Demográfico do IBGE (2000). Nascidos vivos e registra- 2.320 pessoas
Sua Área é de 1.494,26 km² representando 0.5557% do Esta- dos nesta cidade:
do, 0.2652% da Região e 0.0176% de todo o território brasileiro.
Seu Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é de 0.808 População residente por sexo
segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano/PNUD (2000)
População residente de 116.483 pessoas
Ano de Instalação: 1880 Homens:
Microrregião: Porto Alegre População residente de 122.901 pessoas
Mesorregião: Metropolitana de Porto Alegre Mulheres:
Altitude da Sede: 111 m
População residente por cor ou raça:
Distância à Capital: 20,61Km
Área Territorial: 1.494,26 km² População residente - 179.284 pessoas
Branca:
Demografia
As informações populacionais foram baseadas nos censos População residente - 28.059 pessoas
demográficos realizados pelo IBGE (www.ibge.gov.br) nos anos Preta:
de 1970, 1980, 1991 e 2000. Além disso, também é possível População residente - 30.215 pessoas
encontrar as estimativas dos anos de 2001, 2002,2003 e 2004,
Parda:
somente para os municípios. A metodologia utilizada pelo IBGE
em relação à população residente total, por sexo e situação de
População residente por rendimento
domicílio é referente aos moradores habituais em cada residên-
cia. O recenseamento dos moradores habituais do domicílio que
estavam ausentes na data de referência é apresentado respei- Rendimento nominal 2.033 pessoas
tando a presença inferior a 12 meses na residência em relação à mensal até 1/4 do salário
data em que foi feito o recenseamento. mínimo:
Já o cálculo para a Estimativa Populacional respeita uma sé-
rie de equações estatística desenvolvidas pelo IBGE na década Rendimento nominal 81 pessoas
de 90 dispostas abaixo: mensal de mais de 30 sa-
lários mínimos:
Metodologia adotada nas estimativas populacionais muni- Domicílios particulares 75.516 domicílios
cipais:
permanentes:
O modelo adotado para estimar os contingentes popula-
cionais dos municípios brasileiros emprega metodologia desen- Domicílios com abasteci- 67.718 domicílios
volvida pelos demógrafos Madeira e Simões, onde se observa a mento de água:
tendência de crescimento populacional do município, entre dois
Domicílios com energia 75.286 domicílios
Censos Demográficos consecutivos, em relação à mesma ten-
dência de uma área geográfica hierarquicamente superior (área elétrica:
maior).
O método requer a existência de uma projeção populacio- Informações sobre Ensino
nal, que leve em consideração a evolução das componentes de-
mográficas (fecundidade, mortalidade e migração), para uma Matrículas - Ensino fun- 41.482 Matrículas
área maior que o município, quer dizer, para a Unidade da Fede- damental:
ração. Desta forma, o modelo matemático desenvolvido estaria
atrelado à dinâmica demográfica da área maior. Matrículas - Ensino mé- 8.915 Matrículas
Em síntese, o que a metodologia preconiza é que: dio:
Se a tendência de crescimento populacional do município Docentes - Ensino funda- 1.441 Docentes
entre os Censos for positiva, a estimativa populacional será mental:
maior que a verificada no último levantamento censitário; caso
contrário, a estimativa apontará valor inferior ao último Censo. Docentes - Ensino médio: 472 Docentes

Área da unidade territo- 1.497,02 Km²


rial:
População residente: 239.384 pessoas
População residente alfa- 208.779 pessoas
betizada:

8
CONHECIMENTOS GERAIS
Informações econômicas
Rendimento mensal a 56.542 pessoas
partir de 1 até 2 salários
PIB per capita a preços 6.704,06 Reais mínimos:
correntes:
Rendimento mensal a 16.627 pessoas
Receitas orçamentárias 18.892.338.010 Reais partir de 2 até 3 salários
realizadas - Correntes: mínimos:
Despesas orçamentárias 14.593.872.119 Reais Rendimento mensal a 10.514 pessoas
empenhadas - Correntes: partir de 3 até 5 salários
Valor do Fundo de Parti- 3.641.051.338 Reais mínimos:
cipação dos Municípios Rendimento mensal a 5.516 pessoas
- FPM: partir de 5 até 10 salários
Número de empresas lo- 4.602 empresas mínimos:
cais: Rendimento mensal a 704 pessoas
Pessoal ocupado total: 21.873 Pessoas partir de 10 até 15 salá-
rios mínimos:
Informações sobre endereços
Rendimento mensal a 466 pessoas
partir de 15 até 20 salá-
Total de endereços urba- 87.707 endereços rios mínimos:
nos:
Rendimento mensal a 169 pessoas
Total de endereços rurais: 8.692 endereços partir de 20 até 30 salá-
rios mínimos:
Estabelecimentos na cidade:
Rendimento mensal 81 pessoas
Total de estabelecimentos 139 estabelecimentos maior que 30 salários mí-
de ensino: nimos:
Total de estabelecimentos 81 estabelecimentos Sem rendimento: 67.791 pessoas
de saúde: Sem declaração: -
Estabelecimentos de Saú- 34 estabelecimentos Agrupados por cor ou raça:
de SUS:

Censo Demográfico 2010 Completo de Viamão (RS) Branca: 179.284 pessoas


Informações Preta: 28.059 pessoas
Amarela: 761 pessoas
População residente: 239.384 pessoas
Parda: 30.215 pessoas
Agrupada por sexo: Indígena: 1.065 pessoas
Homens: 116.483 pessoas Sem declaração: -
Mulheres: 122.901 pessoas
Agrupada por Região
Agrupada por classe de rendimento: Urbana: 224.943 pessoas
Rural: 14.441 pessoas
Rendimento mensal de 2.033 pessoas
até 1/4 de salário mínimo: Agrupada por Idade
Rendimento mensal a 3.407 pessoas
partir de 1/4 até 1/2 salá- Menos de 1 ano: 3.234 pessoas
rio mínimo: Menos de 1 mês: 269 pessoas
Rendimento mensal a 39.658 pessoas 1 mês: 242 pessoas
partir de 1/2 até 1 salário 2 meses: 242 pessoas
mínimo:
3 meses: 228 pessoas
4 meses: 295 pessoas

9
CONHECIMENTOS GERAIS

5 meses: 234 pessoas 80 a 89 anos: 2.657 pessoas


6 meses: 262 pessoas 90 a 99 anos: 377 pessoas
7 meses: 337 pessoas 100 anos ou mais: 18 pessoas
8 meses: 270 pessoas
Condição na família
9 meses: 283 pessoas
10 meses: 312 pessoas Pessoa responsável: 75.575 pessoas
11 meses: 260 pessoas Pessoa responsável - com 23.508 pessoas
1 ano: 3.188 pessoas responsabilidade com-
2 anos: 3.297 pessoas partilhada:
3 anos: 3.436 pessoas fonte: https://www.viamao.rs.gov.br/
4 anos: 3.394 pessoas
Dados IBGE
5 anos: 3.652 pessoas POPULAÇÃO
6 anos: 3.670 pessoas
7 anos: 3.850 pessoas População estimada 257.330 pessoas
8 anos: 3.795 pessoas [2021]
9 anos: 4.346 pessoas População no último cen- 239.384 pessoas
so [2010]
10 anos: 4.930 pessoas
Densidade demográfica 159,91 hab/km²
11 anos: 4.552 pessoas
[2010]
12 anos: 4.347 pessoas
13 anos: 4.497 pessoas TRABALHO E RENDIMENTO
Em 2019, o salário médio mensal era de 2.4 salários míni-
14 anos: 4.421 pessoas mos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população
15 anos: 4.707 pessoas total era de 9.9%. Na comparação com os outros municípios do
estado, ocupava as posições 137 de 497 e 456 de 497, respecti-
16 anos: 4.207 pessoas
vamente. Já na comparação com cidades do país todo, ficava na
17 anos: 4.117 pessoas posição 651 de 5570 e 3539 de 5570, respectivamente. Conside-
18 anos: 4.062 pessoas rando domicílios com rendimentos mensais de até meio salário
mínimo por pessoa, tinha 30.6% da população nessas condições,
19 anos: 3.941 pessoas o que o colocava na posição 262 de 497 dentre as cidades do
20 anos: 3.923 pessoas estado e na posição 4562 de 5570 dentre as cidades do Brasil.
21 anos: 3.915 pessoas
Salário médio mensal dos 2,4 salários mínimos
22 anos: 3.919 pessoas
trabalhadores formais
23 anos: 3.802 pessoas [2019]
24 anos: 3.828 pessoas Pessoal ocupado [2019] 25.361 pessoas
25 a 29 anos: 19.477 pessoas População ocupada 9,9 %
30 a 34 anos: 18.436 pessoas [2019]
35 a 39 anos: 16.808 pessoas Percentual da população 30,6 %
40 a 44 anos: 16.231 pessoas com rendimento nominal
mensal per capita de até
45 a 49 anos: 16.061 pessoas
1/2 salário mínimo [2010]
50 a 54 anos: 14.171 pessoas
55 a 59 anos: 12.021 pessoas EDUCAÇÃO
60 a 69 anos: 16.047 pessoas
Taxa de escolarização de 6 95,9 %
60 a 64 anos: 9.438 pessoas
a 14 anos de idade [2010]
65 a 69 anos: 6.609 pessoas
IDEB – Anos iniciais do en- 5,6
70 a 74 anos: 4.815 pessoas sino fundamental (Rede
75 a 79 anos: 3.235 pessoas pública) [2019]

10
CONHECIMENTOS GERAIS

IDEB – Anos finais do en- 4,3 Urbanização de vias pú- 30,5 %


sino fundamental (Rede blicas [2010]
pública) [2019] Bioma [2019] Pampa
Matrículas no ensino fun- 33.126 matrículas Sistema Costeiro-Mari- Pertence
damental [2020] nho [2019]
Matrículas no ensino mé- 7.302 matrículas Hierarquia urbana [2018] Metrópole (1C) - Municí-
dio [2020] pio integrante do Arran-
Docentes no ensino fun- 1.437 docentes jo Populacional de Porto
damental [2020] Alegre/RS
Docentes no ensino mé- 491 docentes Região de Influência Arranjo Populacional de
dio [2020] [2018] Porto Alegre/RS - Metró-
Número de estabeleci- 94 escolas pole (1C)
mentos de ensino funda- Região intermediária Porto Alegre
mental [2020] [2020]
Número de estabeleci- 24 escolas Região imediata [2020] Porto Alegre
mentos de ensino médio Mesorregião [2020] Metropolitana de Porto
[2020] Alegre
ECONOMIA Microrregião [2020] Porto Alegre

fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rs/viamao/pano-
PIB per capita [2019] 15.830,63 R$ rama
Percentual das receitas 66,7 %
oriundas de fontes exter-
nas [2015] TÓPICOS ATUAIS, INTERNACIONAIS, NACIONAIS, ES-
Índice de Desenvolvimen- 0,717 TADUAIS OU LOCAIS, DE DIVERSAS ÁREAS, TAIS COMO
to Humano Municipal SEGURANÇA, TRANSPORTES, POLÍTICA, ECONOMIA,
SOCIEDADE, EDUCAÇÃO, SAÚDE, CULTURA, TECNOLO-
(IDHM) [2010] GIA, DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E ECOLOGIA
Total de receitas realiza- 470.583,15 R$ (×1000)
das [2017] A importância do estudo de atualidades
Total de despesas empe- 413.102,05 R$ (×1000)
nhadas [2017] Dentre todas as disciplinas com as quais concurseiros e es-
tudantes de todo o país se preocupam, a de atualidades tem
SAÚDE se tornado cada vez mais relevante. Quando pensamos em ma-
temática, língua portuguesa, biologia, entre outras disciplinas,
inevitavelmente as colocamos em um patamar mais elevado
Mortalidade Infantil 14,97 óbitos por mil nas- que outras que nos parecem menos importantes, pois de algum
[2019] cidos vivos modo nos é ensinado a hierarquizar a relevância de certos co-
Internações por diarreia 0,3 internações por mil nhecimentos desde os tempos de escola.
No, entanto, atualidades é o único tema que insere o indi-
[2016] habitantes víduo no estudo do momento presente, seus acontecimentos,
Estabelecimentos de Saú- 34 estabelecimentos eventos e transformações. O conhecimento do mundo em que
de SUS [2009] se vive de modo algum deve ser visto como irrelevante no es-
tudo para concursos, pois permite que o indivíduo vá além do
TERRITÓRIO E AMBIENTE conhecimento técnico e explore novas perspectivas quanto à
conhecimento de mundo.
Em sua grande maioria, as questões de atualidades em con-
Área da unidade territo- 1.496,506 km² cursos são sobre fatos e acontecimentos de interesse público,
rial [2020] mas podem também apresentar conhecimentos específicos do
Esgotamento sanitário 75,4 % meio político, social ou econômico, sejam eles sobre música,
adequado [2010] arte, política, economia, figuras públicas, leis etc. Seja qual for a
área, as questões de atualidades auxiliam as bancas a peneira-
Arborização de vias públi- 70,8 % rem os candidatos e selecionarem os melhores preparados não
cas [2010] apenas de modo técnico.

11
CONHECIMENTOS GERAIS
Sendo assim, estudar atualidades é o ato de se manter cons-
tantemente informado. Os temas de atualidades em concursos ANOTAÇÕES
são sempre relevantes. É certo que nem todas as notícias que
você vê na televisão ou ouve no rádio aparecem nas questões,
manter-se informado, porém, sobre as principais notícias de re-
levância nacional e internacional em pauta é o caminho, pois são ______________________________________________________
debates de extrema recorrência na mídia.
O grande desafio, nos tempos atuais, é separar o joio do ______________________________________________________
trigo. Com o grande fluxo de informações que recebemos dia-
riamente, é preciso filtrar com sabedoria o que de fato se está
______________________________________________________
consumindo. Por diversas vezes, os meios de comunicação (TV,
internet, rádio etc.) adaptam o formato jornalístico ou informa-
______________________________________________________
cional para transmitirem outros tipos de informação, como fofo-
cas, vidas de celebridades, futebol, acontecimentos de novelas,
que não devem de modo algum serem inseridos como parte do ______________________________________________________
estudo de atualidades. Os interesses pessoais em assuntos des-
te cunho não são condenáveis de modo algum, mas são triviais ______________________________________________________
quanto ao estudo.
Ainda assim, mesmo que tentemos nos manter atualizados ______________________________________________________
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como estudar. Apostilas e livros de concursos impressos tam-
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LEGISLAÇÃO
1. PARTE 1: BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, promulgada em 05 de outubro de 1988, com as alterações das Emen-
das Constitucionais publicadas até 21 de outubro de 2015. Título I – Dos Princípios Fundamentais – art 1º ao 4º; Título II – Dos Direitos
e Garantias Fundamentais – art 5º ao 17; Título III – Da Organização do Estado. Da Organização Político-Administrativa – art. 18 ao 31;
Da Administração Pública – art. 37 ao 41. Título VI – Da Tributação e do Orçamento – art. 145 ao 167; Título VII – Da Ordem Econômica
e Financeira – art. 170 ao 192 e Título VIII – Da Ordem Social – art. 193 ao 232. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Lei Orgânica do Município de Viamão; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
3. PARTE 2: 3. Lei Municipal Nº 4481 de 03 de Abril de 2016 - Dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no Município; cria a
Empresa Pública de Trânsito de Viamão – EPTV e dá outras providências. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 56
LEGISLAÇÃO
VIII - repúdio ao terrorismo e ao racismo;
PARTE 1: BRASIL. CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FE- IX - cooperação entre os povos para o progresso da humani-
DERATIVA DO BRASIL, PROMULGADA EM 05 DE OU- dade;
TUBRO DE 1988, COM AS ALTERAÇÕES DAS EMENDAS X - concessão de asilo político.
CONSTITUCIONAIS PUBLICADAS ATÉ 21 DE OUTUBRO Parágrafo único. A República Federativa do Brasil buscará a in-
DE 2015. TÍTULO I – DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS tegração econômica, política, social e cultural dos povos da América
– ART 1º AO 4º; TÍTULO II – DOS DIREITOS E GARAN- Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana
TIAS FUNDAMENTAIS – ART 5º AO 17; TÍTULO III – DA de nações.
ORGANIZAÇÃO DO ESTADO. DA ORGANIZAÇÃO PO-
LÍTICO-ADMINISTRATIVA – ART. 18 AO 31; DA ADMI- TÍTULO II
NISTRAÇÃO PÚBLICA – ART. 37 AO 41. TÍTULO VI – DA DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO – ART. 145 AO 167; CAPÍTULO I
TÍTULO VII – DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS
– ART. 170 AO 192 E TÍTULO VIII – DA ORDEM SOCIAL –
ART. 193 AO 232 Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qual-
quer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros re-
CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE sidentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
1988 igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos
PREÂMBULO termos desta Constituição;
Nós, representantes do povo brasileiro, reunidos em Assem- II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
bléia Nacional Constituinte para instituir um Estado Democrático, coisa senão em virtude de lei;
destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desu-
a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igual- mano ou degradante;
dade e a justiça como valores supremos de uma sociedade frater- IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o
na, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e anonimato;
comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo,
pacífica das controvérsias, promulgamos, sob a proteção de Deus, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;
a seguinte CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL. VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo
assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na for-
TÍTULO I ma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS VII - é assegurada, nos termos da lei, a prestação de assistência
religiosa nas entidades civis e militares de internação coletiva;
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença re-
indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, consti- ligiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para
tui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos: eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir
I - a soberania; prestação alternativa, fixada em lei;
II - a cidadania; IX - é livre a expressão da atividade intelectual, artística, cientí-
III - a dignidade da pessoa humana;
fica e de comunicação, independentemente de censura ou licença;
IV - os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;(Vide Lei
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a ima-
nº 13.874, de 2019)
gem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano ma-
V - o pluralismo político.
terial ou moral decorrente de sua violação;
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo
por meio de representantes eleitos ou diretamente, nos termos
penetrar sem consentimento do morador, salvo em caso de flagran-
desta Constituição.
te delito ou desastre, ou para prestar socorro, ou, durante o dia,
Art. 2º São Poderes da União, independentes e harmônicos
por determinação judicial;(Vide Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)
entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário.
Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Fe- XII - é inviolável o sigilo da correspondência e das comunica-
derativa do Brasil: ções telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo,
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a
II - garantir o desenvolvimento nacional; lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução pro-
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigual- cessual penal;(Vide Lei nº 9.296, de 1996)
dades sociais e regionais; XIII - é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profis-
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, são, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer;
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. XIV - é assegurado a todos o acesso à informação e resguarda-
Art. 4º A República Federativa do Brasil rege-se nas suas re- do o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;
lações internacionais pelos seguintes princípios: XV - é livre a locomoção no território nacional em tempo de
I - independência nacional; paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, per-
II - prevalência dos direitos humanos; manecer ou dele sair com seus bens;
III - autodeterminação dos povos; XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas, em lo-
IV - não-intervenção; cais abertos ao público, independentemente de autorização, desde
V - igualdade entre os Estados; que não frustrem outra reunião anteriormente convocada para o
VI - defesa da paz; mesmo local, sendo apenas exigido prévio aviso à autoridade com-
VII - solução pacífica dos conflitos; petente;

1
LEGISLAÇÃO
XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
a de caráter paramilitar; XXXVIII - é reconhecida a instituição do júri, com a organização
XVIII - a criação de associações e, na forma da lei, a de coope- que lhe der a lei, assegurados:
rativas independem de autorização, sendo vedada a interferência a) a plenitude de defesa;
estatal em seu funcionamento; b) o sigilo das votações;
XIX - as associações só poderão ser compulsoriamente dissolvi- c) a soberania dos veredictos;
das ou ter suas atividades suspensas por decisão judicial, exigindo- d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos contra
-se, no primeiro caso, o trânsito em julgado; a vida;
XX - ninguém poderá ser compelido a associar-se ou a perma- XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena
necer associado; sem prévia cominação legal;
XXI - as entidades associativas, quando expressamente auto- XL - a lei penal não retroagirá, salvo para beneficiar o réu;
rizadas, têm legitimidade para representar seus filiados judicial ou XLI - a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direi-
extrajudicialmente; tos e liberdades fundamentais;
XXII - é garantido o direito de propriedade; XLII - a prática do racismo constitui crime inafiançável e impres-
XXIII - a propriedade atenderá a sua função social; critível, sujeito à pena de reclusão, nos termos da lei;
XXIV - a lei estabelecerá o procedimento para desapropriação XLIII - a lei considerará crimes inafiançáveis e insuscetíveis de
por necessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, me- graça ou anistia a prática da tortura , o tráfico ilícito de entorpecen-
diante justa e prévia indenização em dinheiro, ressalvados os casos tes e drogas afins, o terrorismo e os definidos como crimes hedion-
previstos nesta Constituição; dos, por eles respondendo os mandantes, os executores e os que,
XXV - no caso de iminente perigo público, a autoridade com- podendo evitá-los, se omitirem;(Regulamento)
petente poderá usar de propriedade particular, assegurada ao pro- XLIV - constitui crime inafiançável e imprescritível a ação de
prietário indenização ulterior, se houver dano; grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e
XXVI - a pequena propriedade rural, assim definida em lei, des- o Estado Democrático;
de que trabalhada pela família, não será objeto de penhora para XLV - nenhuma pena passará da pessoa do condenado, poden-
pagamento de débitos decorrentes de sua atividade produtiva, dis- do a obrigação de reparar o dano e a decretação do perdimento de
pondo a lei sobre os meios de financiar o seu desenvolvimento; bens ser, nos termos da lei, estendidas aos sucessores e contra eles
XXVII - aos autores pertence o direito exclusivo de utilização, executadas, até o limite do valor do patrimônio transferido;
publicação ou reprodução de suas obras, transmissível aos herdei- XLVI - a lei regulará a individualização da pena e adotará, entre
ros pelo tempo que a lei fixar; outras, as seguintes:
XXVIII - são assegurados, nos termos da lei: a) privação ou restrição da liberdade;
a) a proteção às participações individuais em obras coletivas e b) perda de bens;
à reprodução da imagem e voz humanas, inclusive nas atividades c) multa;
desportivas; d) prestação social alternativa;
b) o direito de fiscalização do aproveitamento econômico das e) suspensão ou interdição de direitos;
obras que criarem ou de que participarem aos criadores, aos intér- XLVII - não haverá penas:
pretes e às respectivas representações sindicais e associativas; a) de morte, salvo em caso de guerra declarada, nos termos do
XXIX - a lei assegurará aos autores de inventos industriais pri- art. 84, XIX;
vilégio temporário para sua utilização, bem como proteção às cria- b) de caráter perpétuo;
ções industriais, à propriedade das marcas, aos nomes de empresas
c) de trabalhos forçados;
e a outros signos distintivos, tendo em vista o interesse social e o
d) de banimento;
desenvolvimento tecnológico e econômico do País;
e) cruéis;
XXX - é garantido o direito de herança;
XLVIII - a pena será cumprida em estabelecimentos distintos,
XXXI - a sucessão de bens de estrangeiros situados no País será
de acordo com a natureza do delito, a idade e o sexo do apenado;
regulada pela lei brasileira em benefício do cônjuge ou dos filhos
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física
brasileiros, sempre que não lhes seja mais favorável a lei pessoal
e moral;
do “de cujus”;
L - às presidiárias serão asseguradas condições para que pos-
XXXII - o Estado promoverá, na forma da lei, a defesa do con-
sumidor; sam permanecer com seus filhos durante o período de amamen-
XXXIII - todos têm direito a receber dos órgãos públicos in- tação;
formações de seu interesse particular, ou de interesse coletivo ou LI - nenhum brasileiro será extraditado, salvo o naturalizado,
geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob pena de responsa- em caso de crime comum, praticado antes da naturalização, ou de
bilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à se- comprovado envolvimento em tráfico ilícito de entorpecentes e
gurança da sociedade e do Estado;(Regulamento)  (Vide Lei nº drogas afins, na forma da lei;
12.527, de 2011) LII - não será concedida extradição de estrangeiro por crime
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pa- político ou de opinião;
gamento de taxas: LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela au-
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direi- toridade competente;
tos ou contra ilegalidade ou abuso de poder; LIV - ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem o
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defe- devido processo legal;
sa de direitos e esclarecimento de situações de interesse pessoal; LV - aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão acusados em geral são assegurados o contraditório e ampla defesa,
ou ameaça a direito; com os meios e recursos a ela inerentes;
XXXVI - a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico LVI - são inadmissíveis, no processo, as provas obtidas por
perfeito e a coisa julgada; meios ilícitos;

2
LEGISLAÇÃO
LVII - ninguém será considerado culpado até o trânsito em jul- a) o registro civil de nascimento;
gado de sentença penal condenatória; b) a certidão de óbito;
LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identifi- LXXVII - são gratuitas as ações de “habeas-corpus” e “ha-
cação criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei;(Regulamento) beas-data”, e, na forma da lei, os atos necessários ao exercício da
LIX - será admitida ação privada nos crimes de ação pública, se cidadania.(Regulamento)
esta não for intentada no prazo legal; LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são asse-
LX - a lei só poderá restringir a publicidade dos atos processuais gurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a
quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem; celeridade de sua tramitação.(Incluído pela Emenda Constitucional
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por or- nº 45, de 2004) (Vide ADIN 3392)
dem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, LXXIX - é assegurado, nos termos da lei, o direito à proteção dos
salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente mi- dados pessoais, inclusive nos meios digitais.(Incluído pela Emenda
litar, definidos em lei; Constitucional nº 115, de 2022)
LXII - a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre § 1º As normas definidoras dos direitos e garantias fundamen-
serão comunicados imediatamente ao juiz competente e à família tais têm aplicação imediata.
do preso ou à pessoa por ele indicada; § 2º Os direitos e garantias expressos nesta Constituição não
LXIII - o preso será informado de seus direitos, entre os quais o excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela ado-
de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a assistência da famí- tados, ou dos tratados internacionais em que a República Federati-
lia e de advogado; va do Brasil seja parte.
LXIV - o preso tem direito à identificação dos responsáveis por § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos hu-
sua prisão ou por seu interrogatório policial; manos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional,
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autori- em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos mem-
dade judiciária; bros, serão equivalentes às emendas constitucionais.(Incluído pela
LXVI - ninguém será levado à prisão ou nela mantido, quando a Emenda Constitucional nº 45, de 2004)  (Atos aprovados na forma
lei admitir a liberdade provisória, com ou sem fiança; deste parágrafo:DLG nº 186, de 2008 ,DEC 6.949, de 2009 ,DLG
LXVII - não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável 261, de 2015 ,DEC 9.522, de 2018 )(Vide ADIN 3392)
pelo inadimplemento voluntário e inescusável de obrigação alimen- § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Inter-
tícia e a do depositário infiel; nacional a cuja criação tenha manifestado adesão.(Incluído pela
LXVIII - conceder-se-á “habeas-corpus” sempre que alguém Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violência ou coação em sua
liberdade de locomoção, por ilegalidade ou abuso de poder; CAPÍTULO II
LXIX - conceder-se-á mandado de segurança para proteger di- DOS DIREITOS SOCIAIS
reito líquido e certo, não amparado por “habeas-corpus” ou “ha-
Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimen-
beas-data”, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de po-
tação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a
der for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício
previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assis-
de atribuições do Poder Público;
tência aos desamparados, na forma desta Constituição.(Redação
LXX - o mandado de segurança coletivo pode ser impetrado
dada pela Emenda Constitucional nº 90, de 2015)
por:
Parágrafo único. Todo brasileiro em situação de vulnerabilidade
a) partido político com representação no Congresso Nacional;
social terá direito a uma renda básica familiar, garantida pelo poder
b) organização sindical, entidade de classe ou associação legal-
público em programa permanente de transferência de renda, cujas
mente constituída e em funcionamento há pelo menos um ano, em
normas e requisitos de acesso serão determinados em lei, observa-
defesa dos interesses de seus membros ou associados; da a legislação fiscal e orçamentária (Incluído pela Emenda Consti-
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta tucional nº 114, de 2021)
de norma regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e Art. 7º São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além
liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionali- de outros que visem à melhoria de sua condição social:
dade, à soberania e à cidadania; I - relação de emprego protegida contra despedida arbitrária
LXXII - conceder-se-á “habeas-data”: ou sem justa causa, nos termos de lei complementar, que preverá
a) para assegurar o conhecimento de informações relativas à indenização compensatória, dentre outros direitos;
pessoa do impetrante, constantes de registros ou bancos de dados II - seguro-desemprego, em caso de desemprego involuntário;
de entidades governamentais ou de caráter público; III - fundo de garantia do tempo de serviço;
b) para a retificação de dados, quando não se prefira fazê-lo IV - salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado,
por processo sigiloso, judicial ou administrativo; capaz de atender a suas necessidades vitais básicas e às de sua fa-
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para propor ação mília com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário,
popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio público ou de higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos
entidade de que o Estado participe, à moralidade administrativa, que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação
ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o para qualquer fim;
autor, salvo comprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônus V - piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do
da sucumbência; trabalho;
LXXIV - o Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção
aos que comprovarem insuficiência de recursos; ou acordo coletivo;
LXXV - o Estado indenizará o condenado por erro judiciário, as- VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que
sim como o que ficar preso além do tempo fixado na sentença; percebem remuneração variável;
LXXVI - são gratuitos para os reconhecidamente pobres, na for- VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral
ma da lei:(Vide Lei nº 7.844, de 1989) ou no valor da aposentadoria;

3
LEGISLAÇÃO
IX - remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; XXXIV - igualdade de direitos entre o trabalhador com vínculo
X - proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua empregatício permanente e o trabalhador avulso
retenção dolosa; Parágrafo único. São assegurados à categoria dos trabalhado-
XI - participação nos lucros, ou resultados, desvinculada da re- res domésticos os direitos previstos nos incisos IV, VI, VII, VIII, X,
muneração, e, excepcionalmente, participação na gestão da empre- XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XXI, XXII, XXIV, XXVI, XXX, XXXI e XXXIII
sa, conforme definido em lei; e, atendidas as condições estabelecidas em lei e observada a sim-
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalha- plificação do cumprimento das obrigações tributárias, principais e
dor de baixa renda nos termos da lei;(Redação dada pela Emenda acessórias, decorrentes da relação de trabalho e suas peculiarida-
Constitucional nº 20, de 1998) des, os previstos nos incisos I, II, III, IX, XII, XXV e XXVIII, bem como
XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas di- a sua integração à previdência social.(Redação dada pela Emenda
árias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de Constitucional nº 72, de 2013)
horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção Art. 8º É livre a associação profissional ou sindical, observado
coletiva de trabalho;(Vide Decreto-Lei nº 5.452, de 1943) o seguinte:
XIV - jornada de seis horas para o trabalho realizado em turnos I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação
ininterruptos de revezamento, salvo negociação coletiva; de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas
XV - repouso semanal remunerado, preferencialmente aos do- ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sin-
mingos; dical;
XVI - remuneração do serviço extraordinário superior, no mí- II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em
nimo, em cinqüenta por cento à do normal;(Vide Del 5.452, art. 59 qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econô-
§ 1º) mica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalha-
XVII - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um dores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à
terço a mais do que o salário normal; área de um Município;
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coleti-
com a duração de cento e vinte dias; vos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou
XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; administrativas;
XX - proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante in- IV - a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratan-
centivos específicos, nos termos da lei; do de categoria profissional, será descontada em folha, para custeio
XXI - aviso prévio proporcional ao tempo de serviço, sendo no do sistema confederativo da representação sindical respectiva, in-
mínimo de trinta dias, nos termos da lei; dependentemente da contribuição prevista em lei;
XXII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a
normas de saúde, higiene e segurança; sindicato;
XXIII - adicional de remuneração para as atividades penosas, VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações
insalubres ou perigosas, na forma da lei; coletivas de trabalho;
XXIV - aposentadoria; VII - o aposentado filiado tem direito a votar e ser votado nas
XXV - assistência gratuita aos filhos e dependentes desde o nas- organizações sindicais;
cimento até 5 (cinco) anos de idade em creches e pré-escolas;(Re- VIII - é vedada a dispensa do empregado sindicalizado a par-
dação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) tir do registro da candidatura a cargo de direção ou representação
XXVI - reconhecimento das convenções e acordos coletivos de sindical e, se eleito, ainda que suplente, até um ano após o final do
trabalho; mandato, salvo se cometer falta grave nos termos da lei.
XXVII - proteção em face da automação, na forma da lei; Parágrafo único. As disposições deste artigo aplicam-se à orga-
XXVIII - seguro contra acidentes de trabalho, a cargo do empre- nização de sindicatos rurais e de colônias de pescadores, atendidas
gador, sem excluir a indenização a que este está obrigado, quando as condições que a lei estabelecer.
incorrer em dolo ou culpa; Art. 9º É assegurado o direito de greve, competindo aos tra-
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de balhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os
trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalha- interesses que devam por meio dele defender.
dores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do § 1º A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá
contrato de trabalho;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
28, de 2000) § 2º Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas
a) (Revogada).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº da lei.
28, de 2000) Art. 10. É assegurada a participação dos trabalhadores e em-
b) (Revogada).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº pregadores nos colegiados dos órgãos públicos em que seus inte-
28, de 2000) resses profissionais ou previdenciários sejam objeto de discussão
XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de fun- e deliberação.
ções e de critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou Art. 11. Nas empresas de mais de duzentos empregados, é
estado civil; assegurada a eleição de um representante destes com a finalidade
XXXI - proibição de qualquer discriminação no tocante a salário exclusiva de promover-lhes o entendimento direto com os empre-
e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência; gadores.
XXXII - proibição de distinção entre trabalho manual, técnico e
intelectual ou entre os profissionais respectivos; CAPÍTULO III
XXXIII - proibição de trabalho noturno, perigoso ou insalubre a DA NACIONALIDADE
menores de dezoito e de qualquer trabalho a menores de dezesseis
anos, salvo na condição de aprendiz, a partir de quatorze anos;(Re- Art. 12. São brasileiros:
dação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

4
LEGISLAÇÃO
I - natos: I - plebiscito;
a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de II - referendo;
pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu III - iniciativa popular.
país; § 1º O alistamento eleitoral e o voto são:
b) os nascidos no estrangeiro, de pai brasileiro ou mãe brasilei- I - obrigatórios para os maiores de dezoito anos;
ra, desde que qualquer deles esteja a serviço da República Federa- II - facultativos para:
tiva do Brasil; a) os analfabetos;
c) os nascidos no estrangeiro de pai brasileiro ou de mãe bra- b) os maiores de setenta anos;
sileira, desde que sejam registrados em repartição brasileira com- c) os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos.
petente ou venham a residir na República Federativa do Brasil e § 2º Não podem alistar-se como eleitores os estrangeiros e, du-
optem, em qualquer tempo, depois de atingida a maioridade, pela rante o período do serviço militar obrigatório, os conscritos.
nacionalidade brasileira;(Redação dada pela Emenda Constitucio- § 3º São condições de elegibilidade, na forma da lei:
nal nº 54, de 2007) I - a nacionalidade brasileira;
II - naturalizados: II - o pleno exercício dos direitos políticos;
a) os que, na forma da lei, adquiram a nacionalidade brasileira, III - o alistamento eleitoral;
exigidas aos originários de países de língua portuguesa apenas resi- IV - o domicílio eleitoral na circunscrição;
dência por um ano ininterrupto e idoneidade moral; V - a filiação partidária;Regulamento
b) os estrangeiros de qualquer nacionalidade, residentes na VI - a idade mínima de:
República Federativa do Brasil há mais de quinze anos ininterrup- a) trinta e cinco anos para Presidente e Vice-Presidente da Re-
tos e sem condenação penal, desde que requeiram a nacionalidade pública e Senador;
brasileira.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº b) trinta anos para Governador e Vice-Governador de Estado e
3, de 1994) do Distrito Federal;
§ 1º Aos portugueses com residência permanente no País, se c) vinte e um anos para Deputado Federal, Deputado Estadual
houver reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os ou Distrital, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz;
direitos inerentes ao brasileiro, salvo os casos previstos nesta Cons- d) dezoito anos para Vereador.
tituição.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº § 4º São inelegíveis os inalistáveis e os analfabetos.
3, de 1994) § 5º O Presidente da República, os Governadores de Estado
§ 2º A lei não poderá estabelecer distinção entre brasileiros e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os houver sucedido, ou
natos e naturalizados, salvo nos casos previstos nesta Constituição. substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos para um
§ 3º São privativos de brasileiro nato os cargos: único período subseqüente.(Redação dada pela Emenda Constitu-
I - de Presidente e Vice-Presidente da República; cional nº 16, de 1997)
II - de Presidente da Câmara dos Deputados;
§ 6º Para concorrerem a outros cargos, o Presidente da Repú-
III - de Presidente do Senado Federal;
blica, os Governadores de Estado e do Distrito Federal e os Prefeitos
IV - de Ministro do Supremo Tribunal Federal;
devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses antes do
V - da carreira diplomática;
pleito.
VI - de oficial das Forças Armadas.
§ 7º São inelegíveis, no território de jurisdição do titular, o côn-
VII - de Ministro de Estado da Defesa.(Incluído pela Emenda
juge e os parentes consangüíneos ou afins, até o segundo grau ou
Constitucional nº 23, de 1999)
por adoção, do Presidente da República, de Governador de Estado
§ 4º - Será declarada a perda da nacionalidade do brasileiro
ou Território, do Distrito Federal, de Prefeito ou de quem os haja
que:
I - tiver cancelada sua naturalização, por sentença judicial, em substituído dentro dos seis meses anteriores ao pleito, salvo se já
virtude de atividade nociva ao interesse nacional; titular de mandato eletivo e candidato à reeleição.
II - adquirir outra nacionalidade, salvo nos casos:(Redação dada § 8º O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes con-
pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) dições:
a) de reconhecimento de nacionalidade originária pela lei es- I - se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se
trangeira;(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de da atividade;
1994) II - se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela
b) de imposição de naturalização, pela norma estrangeira, ao autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato
brasileiro residente em estado estrangeiro, como condição para da diplomação, para a inatividade.
permanência em seu território ou para o exercício de direitos ci- § 9º Lei complementar estabelecerá outros casos de inelegibi-
vis;(Incluído pela Emenda Constitucional de Revisão nº 3, de 1994) lidade e os prazos de sua cessação, a fim de proteger a probidade
Art. 13. A língua portuguesa é o idioma oficial da República administrativa, a moralidade para exercício de mandato conside-
Federativa do Brasil. rada vida pregressa do candidato, e a normalidade e legitimidade
§ 1º São símbolos da República Federativa do Brasil a bandeira, das eleições contra a influência do poder econômico ou o abuso do
o hino, as armas e o selo nacionais. exercício de função, cargo ou emprego na administração direta ou
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão ter indireta.(Redação dada pela Emenda Constitucional de Revisão nº
símbolos próprios. 4, de 1994)
§ 10 - O mandato eletivo poderá ser impugnado ante a Justiça
CAPÍTULO IV Eleitoral no prazo de quinze dias contados da diplomação, instruída
DOS DIREITOS POLÍTICOS a ação com provas de abuso do poder econômico, corrupção ou
fraude.
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio univer- § 11 - A ação de impugnação de mandato tramitará em segredo
sal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos de justiça, respondendo o autor, na forma da lei, se temerária ou de
termos da lei, mediante: manifesta má-fé.

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LEGISLAÇÃO
§ 12. Serão realizadas concomitantemente às eleições munici- § 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organiza-
pais as consultas populares sobre questões locais aprovadas pelas ção paramilitar.
Câmaras Municipais e encaminhadas à Justiça Eleitoral até 90 (no- § 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos pre-
venta) dias antes da data das eleições, observados os limites ope- vistos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a fi-
racionais relativos ao número de quesitos.(Incluído pela Emenda liação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingi-
Constitucional nº 111, de 2021) do, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos
§ 13. As manifestações favoráveis e contrárias às questões recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio
submetidas às consultas populares nos termos do § 12 ocorrerão e de televisão.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017)
durante as campanhas eleitorais, sem a utilização de propaganda § 6º Os Deputados Federais, os Deputados Estaduais, os Depu-
gratuita no rádio e na televisão.(Incluído pela Emenda Constitucio- tados Distritais e os Vereadores que se desligarem do partido pelo
nal nº 111, de 2021) qual tenham sido eleitos perderão o mandato, salvo nos casos de
Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda anuência do partido ou de outras hipóteses de justa causa estabele-
ou suspensão só se dará nos casos de: cidas em lei, não computada, em qualquer caso, a migração de par-
I - cancelamento da naturalização por sentença transitada em tido para fins de distribuição de recursos do fundo partidário ou de
julgado; outros fundos públicos e de acesso gratuito ao rádio e à televisão.
II - incapacidade civil absoluta; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 111, de 2021)
III - condenação criminal transitada em julgado, enquanto du-
rarem seus efeitos; TÍTULO III
IV - recusa de cumprir obrigação a todos imposta ou prestação DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
alternativa, nos termos do art. 5º, VIII; CAPÍTULO I
V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA
Art. 16. A lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor
na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra Art. 18. A organização político-administrativa da República
até um ano da data de sua vigência.(Redação dada pela Emenda Federativa do Brasil compreende a União, os Estados, o Distrito Fe-
Constitucional nº 4, de 1993) deral e os Municípios, todos autônomos, nos termos desta Consti-
tuição.
CAPÍTULO V § 1º Brasília é a Capital Federal.
DOS PARTIDOS POLÍTICOS § 2º Os Territórios Federais integram a União, e sua criação,
transformação em Estado ou reintegração ao Estado de origem se-
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de rão reguladas em lei complementar.
partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime de- § 3º Os Estados podem incorporar-se entre si, subdividir-se ou
mocrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa desmembrar-se para se anexarem a outros, ou formarem novos
humana e observados os seguintes preceitos:Regulamento Estados ou Territórios Federais, mediante aprovação da população
I - caráter nacional; diretamente interessada, através de plebiscito, e do Congresso Na-
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entida- cional, por lei complementar.
de ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes; § 4º A criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral; de Municípios, far-se-ão por lei estadual, dentro do período deter-
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei. minado por Lei Complementar Federal, e dependerão de consulta
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir prévia, mediante plebiscito, às populações dos Municípios envolvi-
sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação dos, após divulgação dos Estudos de Viabilidade Municipal, apre-
sentados e publicados na forma da lei.(Redação dada pela Emenda
e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua
Constitucional nº 15, de 1996)  Vide art. 96 - ADCT
organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha
Art. 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a
aos Municípios:
sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, em-
vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, dis-
baraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus repre-
trital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de
sentantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma
disciplina e fidelidade partidária.(Redação dada pela Emenda Cons-
da lei, a colaboração de interesse público;
titucional nº 97, de 2017)
II - recusar fé aos documentos públicos;
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade ju- III - criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si.
rídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal
Superior Eleitoral. CAPÍTULO II
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e DA UNIÃO
acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos
políticos que alternativamente:(Redação dada pela Emenda Consti- Art. 20. São bens da União:
tucional nº 97, de 2017) I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no atribuídos;
mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras,
menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% das fortificações e construções militares, das vias federais de comu-
(dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou(Incluído nicação e à preservação ambiental, definidas em lei;
pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais dis- seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites
tribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.(In- com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele
cluído pela Emenda Constitucional nº 97, de 2017) provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais;

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LEGISLAÇÃO
IV as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros e) os serviços de transporte rodoviário interestadual e interna-
países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, exclu- cional de passageiros;
ídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aque- f) os portos marítimos, fluviais e lacustres;
las áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Públi-
e as referidas no art. 26, II;(Redação dada pela Emenda Constitucio- co do Distrito Federal e dos Territórios e a Defensoria Pública dos
nal nº 46, de 2005) Territórios;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69, de
V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona 2012) (Produção de efeito)
econômica exclusiva; XIV - organizar e manter a polícia civil, a polícia penal, a polí-
VI - o mar territorial; cia militar e o corpo de bombeiros militar do Distrito Federal, bem
VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; como prestar assistência financeira ao Distrito Federal para a execu-
VIII - os potenciais de energia hidráulica; ção de serviços públicos, por meio de fundo próprio;(Redação dada
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; pela Emenda Constitucional nº 104, de 2019)
X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos XV - organizar e manter os serviços oficiais de estatística, geo-
e pré-históricos; grafia, geologia e cartografia de âmbito nacional;
XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. XVI - exercer a classificação, para efeito indicativo, de diversões
§ 1º É assegurada, nos termos da lei, à União, aos Estados, ao públicas e de programas de rádio e televisão;
Distrito Federal e aos Municípios a participação no resultado da XVII - conceder anistia;
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para XVIII - planejar e promover a defesa permanente contra as cala-
fins de geração de energia elétrica e de outros recursos minerais midades públicas, especialmente as secas e as inundações;
no respectivo território, plataforma continental, mar territorial ou XIX - instituir sistema nacional de gerenciamento de recursos
zona econômica exclusiva, ou compensação financeira por essa hídricos e definir critérios de outorga de direitos de seu uso; (
exploração.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 102, de Regulamento )
2019) (Produção de efeito) XX - instituir diretrizes para o desenvolvimento urbano, inclusi-
§ 2º A faixa de até cento e cinqüenta quilômetros de largura, ao ve habitação, saneamento básico e transportes urbanos;
longo das fronteiras terrestres, designada como faixa de fronteira, é XXI - estabelecer princípios e diretrizes para o sistema nacional
considerada fundamental para defesa do território nacional, e sua de viação;
ocupação e utilização serão reguladas em lei. XXII - executar os serviços de polícia marítima, aeroportuária
Art. 21. Compete à União: e de fronteiras;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
I - manter relações com Estados estrangeiros e participar de de 1998)
organizações internacionais; XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer
II - declarar a guerra e celebrar a paz; natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o
III - assegurar a defesa nacional; enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comér-
IV - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que for- cio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes
ças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele perma- princípios e condições:
neçam temporariamente; a) toda atividade nuclear em território nacional somente será
V - decretar o estado de sítio, o estado de defesa e a interven- admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso
ção federal; Nacional;
VI - autorizar e fiscalizar a produção e o comércio de material b) sob regime de permissão, são autorizadas a comercialização
bélico; e a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos médicos, agrí-
VII - emitir moeda; colas e industriais;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
VIII - administrar as reservas cambiais do País e fiscalizar as ope- 49, de 2006)
rações de natureza financeira, especialmente as de crédito, câmbio c) sob regime de permissão, são autorizadas a produção, co-
e capitalização, bem como as de seguros e de previdência privada; mercialização e utilização de radioisótopos de meia-vida igual ou
IX - elaborar e executar planos nacionais e regionais de ordena- inferior a duas horas;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
ção do território e de desenvolvimento econômico e social; 49, de 2006)
X - manter o serviço postal e o correio aéreo nacional; d) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da
XI - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão existência de culpa;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 49, de
ou permissão, os serviços de telecomunicações, nos termos da lei, 2006)
que disporá sobre a organização dos serviços, a criação de um ór- XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
gão regulador e outros aspectos institucionais;(Redação dada pela XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da
Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) atividade de garimpagem, em forma associativa.
XII - explorar, diretamente ou mediante autorização, concessão XXVI - organizar e fiscalizar a proteção e o tratamento de dados
ou permissão: pessoais, nos termos da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional
a) os serviços de radiodifusão sonora, e de sons e imagens;(Re- nº 115, de 2022)
dação dada pela Emenda Constitucional nº 8, de 15/08/95:) Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
b) os serviços e instalações de energia elétrica e o aproveita- I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário,
mento energético dos cursos de água, em articulação com os Esta- marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
dos onde se situam os potenciais hidroenergéticos; II - desapropriação;
c) a navegação aérea, aeroespacial e a infra-estrutura aero- III - requisições civis e militares, em caso de iminente perigo e
portuária; em tempo de guerra;
d) os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre por- IV - águas, energia, informática, telecomunicações e radiodifu-
tos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limi- são;
tes de Estado ou Território; V - serviço postal;

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LEGISLAÇÃO
VI - sistema monetário e de medidas, títulos e garantias dos VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qual-
metais; quer de suas formas;
VII - política de crédito, câmbio, seguros e transferência de va- VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
lores; VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o abaste-
VIII - comércio exterior e interestadual; cimento alimentar;
IX - diretrizes da política nacional de transportes; IX - promover programas de construção de moradias e a me-
X - regime dos portos, navegação lacustre, fluvial, marítima, lhoria das condições habitacionais e de saneamento básico;(Vide
aérea e aeroespacial; ADPF 672)
XI - trânsito e transporte; X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginaliza-
XII - jazidas, minas, outros recursos minerais e metalurgia; ção, promovendo a integração social dos setores desfavorecidos;
XIII - nacionalidade, cidadania e naturalização; XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos
XIV - populações indígenas; de pesquisa e exploração de recursos hídricos e minerais em seus
XV - emigração e imigração, entrada, extradição e expulsão de territórios;
estrangeiros; XII - estabelecer e implantar política de educação para a segu-
XVI - organização do sistema nacional de emprego e condições rança do trânsito.
para o exercício de profissões; Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para
XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os
Federal e dos Territórios e da Defensoria Pública dos Territórios, Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do
bem como organização administrativa destes;(Redação dada pela bem-estar em âmbito nacional.(Redação dada pela Emenda Consti-
Emenda Constitucional nº 69, de 2012) (Produção de efeito) tucional nº 53, de 2006)
XVIII - sistema estatístico, sistema cartográfico e de geologia Art. 24. Compete à União, aos Estados e ao Distrito Federal
nacionais;
legislar concorrentemente sobre:
XIX - sistemas de poupança, captação e garantia da poupança
I - direito tributário, financeiro, penitenciário, econômico e ur-
popular;
banístico;(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
XX - sistemas de consórcios e sorteios;
II - orçamento;
XXI - normas gerais de organização, efetivos, material bélico,
garantias, convocação, mobilização, inatividades e pensões das po- III - juntas comerciais;
lícias militares e dos corpos de bombeiros militares; (Redação dada IV - custas dos serviços forenses;
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) V - produção e consumo;
XXII - competência da polícia federal e das polícias rodoviária e VI - florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, de-
ferroviária federais; fesa do solo e dos recursos naturais, proteção do meio ambiente e
XXIII - seguridade social; controle da poluição;
XXIV - diretrizes e bases da educação nacional; VII - proteção ao patrimônio histórico, cultural, artístico, turís-
XXV - registros públicos; tico e paisagístico;
XXVI - atividades nucleares de qualquer natureza; VIII - responsabilidade por dano ao meio ambiente, ao consu-
XXVII - normas gerais de licitação e contratação, em todas as midor, a bens e direitos de valor artístico, estético, histórico, turís-
modalidades, para as administrações públicas diretas, autárquicas tico e paisagístico;
e fundacionais da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, IX - educação, cultura, ensino, desporto, ciência, tecnologia,
obedecido o disposto no art. 37, XXI, e para as empresas públicas e pesquisa, desenvolvimento e inovação;(Redação dada pela Emenda
sociedades de economia mista, nos termos do art. 173, § 1°, III;(Re- Constitucional nº 85, de 2015)
dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) X - criação, funcionamento e processo do juizado de pequenas
XXVIII - defesa territorial, defesa aeroespacial, defesa marítima, causas;
defesa civil e mobilização nacional; XI - procedimentos em matéria processual;
XXIX - propaganda comercial. XII - previdência social, proteção e defesa da saúde;(Vide ADPF
XXX - proteção e tratamento de dados pessoais.(Incluído pela 672)
Emenda Constitucional nº 115, de 2022) XIII - assistência jurídica e Defensoria pública;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Esta- XIV - proteção e integração social das pessoas portadoras de
dos a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas deficiência;
neste artigo. XV - proteção à infância e à juventude;
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do XVI - organização, garantias, direitos e deveres das polícias civis.
Distrito Federal e dos Municípios:
§ 1º No âmbito da legislação concorrente, a competência da
I - zelar pela guarda da Constituição, das leis e das instituições
União limitar-se-á a estabelecer normas gerais.(Vide Lei nº 13.874,
democráticas e conservar o patrimônio público;
de 2019)
II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia
§ 2º A competência da União para legislar sobre normas ge-
das pessoas portadoras de deficiência;(Vide ADPF 672)
III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor rais não exclui a competência suplementar dos Estados.(Vide Lei nº
histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais 13.874, de 2019)
notáveis e os sítios arqueológicos; § 3º Inexistindo lei federal sobre normas gerais, os Estados
IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de exercerão a competência legislativa plena, para atender a suas pe-
obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cul- culiaridades.(Vide Lei nº 13.874, de 2019)
tural; § 4º A superveniência de lei federal sobre normas gerais sus-
V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação, à pende a eficácia da lei estadual, no que lhe for contrário.(Vide Lei
ciência, à tecnologia, à pesquisa e à inovação;(Redação dada pela nº 13.874, de 2019)
Emenda Constitucional nº 85, de 2015)

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LEGISLAÇÃO
CAPÍTULO III CAPÍTULO IV
DOS ESTADOS FEDERADOS DOS MUNICÍPIOS

Art. 25. Os Estados organizam-se e regem-se pelas Consti- Art. 29. O Município reger-se-á por lei orgânica, votada em
tuições e leis que adotarem, observados os princípios desta Cons- dois turnos, com o interstício mínimo de dez dias, e aprovada por
tituição. dois terços dos membros da Câmara Municipal, que a promulgará,
§ 1º São reservadas aos Estados as competências que não lhes atendidos os princípios estabelecidos nesta Constituição, na Consti-
sejam vedadas por esta Constituição. tuição do respectivo Estado e os seguintes preceitos:
§ 2º Cabe aos Estados explorar diretamente, ou mediante con- I - eleição do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Vereadores, para
cessão, os serviços locais de gás canalizado, na forma da lei, vedada mandato de quatro anos, mediante pleito direto e simultâneo rea-
a edição de medida provisória para a sua regulamentação.(Redação lizado em todo o País;
dada pela Emenda Constitucional nº 5, de 1995) II - eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito realizada no primei-
§ 3º Os Estados poderão, mediante lei complementar, instituir ro domingo de outubro do ano anterior ao término do mandato
regiões metropolitanas, aglomerações urbanas e microrregiões, dos que devam suceder, aplicadas as regras do art. 77, no caso de
constituídas por agrupamentos de municípios limítrofes, para inte- Municípios com mais de duzentos mil eleitores;(Redação dada pela
grar a organização, o planejamento e a execução de funções públi- Emenda Constitucional nº 16, de1997)
cas de interesse comum. III - posse do Prefeito e do Vice-Prefeito no dia 1º de janeiro do
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: ano subseqüente ao da eleição;
I - as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes IV - para a composição das Câmaras Municipais, será observa-
e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decor- do o limite máximo de:(Redação dada pela Emenda Constituição
rentes de obras da União; Constitucional nº 58, de 2009)  (Produção de efeito) (Vide ADIN
II - as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no 4307)
seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios a) 9 (nove) Vereadores, nos Municípios de até 15.000 (quinze
ou terceiros; mil) habitantes;(Redação dada pela Emenda Constituição Constitu-
III - as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; cional nº 58, de 2009)
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. b) 11 (onze) Vereadores, nos Municípios de mais de 15.000
Art. 27. O número de Deputados à Assembléia Legislativa (quinze mil) habitantes e de até 30.000 (trinta mil) habitantes;(Re-
corresponderá ao triplo da representação do Estado na Câmara dos dação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de
Deputados e, atingido o número de trinta e seis, será acrescido de
2009)
tantos quantos forem os Deputados Federais acima de doze.
c) 13 (treze) Vereadores, nos Municípios com mais de 30.000
§ 1º Será de quatro anos o mandato dos Deputados Estaduais,
(trinta mil) habitantes e de até 50.000 (cinquenta mil) habitan-
aplicando- sê-lhes as regras desta Constituição sobre sistema eleito-
tes;(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58,
ral, inviolabilidade, imunidades, remuneração, perda de mandato,
licença, impedimentos e incorporação às Forças Armadas. de 2009)
§ 2º O subsídio dos Deputados Estaduais será fixado por lei de d) 15 (quinze) Vereadores, nos Municípios de mais de 50.000
iniciativa da Assembléia Legislativa, na razão de, no máximo, se- (cinquenta mil) habitantes e de até 80.000 (oitenta mil) habitan-
tenta e cinco por cento daquele estabelecido, em espécie, para os tes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de
Deputados Federais, observado o que dispõem os arts. 39, § 4º, 2009)
57, § 7º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.(Redação dada pela Emenda e) 17 (dezessete) Vereadores, nos Municípios de mais de
Constitucional nº 19, de 1998) 80.000 (oitenta mil) habitantes e de até 120.000 (cento e vinte mil)
§ 3º Compete às Assembléias Legislativas dispor sobre seu regi- habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucional nº
mento interno, polícia e serviços administrativos de sua secretaria, 58, de 2009)
e prover os respectivos cargos. f) 19 (dezenove) Vereadores, nos Municípios de mais de
§ 4º A lei disporá sobre a iniciativa popular no processo legis- 120.000 (cento e vinte mil) habitantes e de até 160.000 (cento ses-
lativo estadual. senta mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitu-
Art. 28. A eleição do Governador e do Vice-Governador de Es- cional nº 58, de 2009)
tado, para mandato de 4 (quatro) anos, realizar-se-á no primeiro g) 21 (vinte e um) Vereadores, nos Municípios de mais de
domingo de outubro, em primeiro turno, e no último domingo de 160.000 (cento e sessenta mil) habitantes e de até 300.000 (trezen-
outubro, em segundo turno, se houver, do ano anterior ao do tér- tos mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitucio-
mino do mandato de seus antecessores, e a posse ocorrerá em 6 de nal nº 58, de 2009)
janeiro do ano subsequente, observado, quanto ao mais, o disposto h) 23 (vinte e três) Vereadores, nos Municípios de mais de
no art. 77 desta Constituição.(Redação dada pela Emenda Consti- 300.000 (trezentos mil) habitantes e de até 450.000 (quatrocentos
tucional nº 111, de 2021) e cinquenta mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição
§ 1º Perderá o mandato o Governador que assumir outro cargo Constitucional nº 58, de 2009)
ou função na administração pública direta ou indireta, ressalvada i) 25 (vinte e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de
a posse em virtude de concurso público e observado o disposto 450.000 (quatrocentos e cinquenta mil) habitantes e de até 600.000
no art. 38, I, IV e V.(Renumerado do parágrafo único, pela Emenda (seiscentos mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição
Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 58, de 2009)
§ 2º Os subsídios do Governador, do Vice-Governador e dos
j) 27 (vinte e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
Secretários de Estado serão fixados por lei de iniciativa da Assem-
600.000 (seiscentos mil) habitantes e de até 750.000 (setecentos
bléia Legislativa, observado o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º,
cinquenta mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Cons-
150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.(Incluído pela Emenda Constitucional
nº 19, de 1998) titucional nº 58, de 2009)

9
LEGISLAÇÃO
k) 29 (vinte e nove) Vereadores, nos Municípios de mais de VI - o subsídio dos Vereadores será fixado pelas respectivas
750.000 (setecentos e cinquenta mil) habitantes e de até 900.000 Câmaras Municipais em cada legislatura para a subseqüente, ob-
(novecentos mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição servado o que dispõe esta Constituição, observados os critérios
Constitucional nº 58, de 2009) estabelecidos na respectiva Lei Orgânica e os seguintes limites má-
l) 31 (trinta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de ximos:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
900.000 (novecentos mil) habitantes e de até 1.050.000 (um milhão a) em Municípios de até dez mil habitantes, o subsídio máximo
e cinquenta mil) habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição dos Vereadores corresponderá a vinte por cento do subsídio dos
Constitucional nº 58, de 2009) Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25,
m) 33 (trinta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de 2000)
de 1.050.000 (um milhão e cinquenta mil) habitantes e de até b) em Municípios de dez mil e um a cinqüenta mil habitantes, o
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes;(Incluída pela subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a trinta por cento
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda Consti-
n) 35 (trinta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de tucional nº 25, de 2000)
1.200.000 (um milhão e duzentos mil) habitantes e de até 1.350.000 c) em Municípios de cinqüenta mil e um a cem mil habitantes,
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes;(Incluída pela o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a quarenta por
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) cento do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda
o) 37 (trinta e sete) Vereadores, nos Municípios de 1.350.000 Constitucional nº 25, de 2000)
(um milhão e trezentos e cinquenta mil) habitantes e de até d) em Municípios de cem mil e um a trezentos mil habitantes,
1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes;(Incluída pela o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a cinqüenta por
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) cento do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda
p) 39 (trinta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais Constitucional nº 25, de 2000)
de 1.500.000 (um milhão e quinhentos mil) habitantes e de até e) em Municípios de trezentos mil e um a quinhentos mil ha-
1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes;(Incluída pela bitantes, o subsídio máximo dos Vereadores corresponderá a ses-
Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) senta por cento do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela
q) 41 (quarenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
de 1.800.000 (um milhão e oitocentos mil) habitantes e de até f) em Municípios de mais de quinhentos mil habitantes, o sub-
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes;(Incluída sídio máximo dos Vereadores corresponderá a setenta e cinco por
pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) cento do subsídio dos Deputados Estaduais;(Incluído pela Emenda
r) 43 (quarenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais de Constitucional nº 25, de 2000)
2.400.000 (dois milhões e quatrocentos mil) habitantes e de até VII - o total da despesa com a remuneração dos Vereadores
3.000.000 (três milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Cons- não poderá ultrapassar o montante de cinco por cento da receita
tituição Constitucional nº 58, de 2009) do Município;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
s) 45 (quarenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais de VIII - inviolabilidade dos Vereadores por suas opiniões, pala-
3.000.000 (três milhões) de habitantes e de até 4.000.000 (quatro vras e votos no exercício do mandato e na circunscrição do Muni-
milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Consti- cípio;(Renumerado do inciso VI, pela Emenda Constitucional nº 1,
tucional nº 58, de 2009)
de 1992)
t) 47 (quarenta e sete) Vereadores, nos Municípios de mais de
IX - proibições e incompatibilidades, no exercício da vereança,
4.000.000 (quatro milhões) de habitantes e de até 5.000.000 (cinco
similares, no que couber, ao disposto nesta Constituição para os
milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Consti-
membros do Congresso Nacional e na Constituição do respectivo
tucional nº 58, de 2009)
Estado para os membros da Assembléia Legislativa;(Renumerado
u) 49 (quarenta e nove) Vereadores, nos Municípios de mais
do inciso VII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
de 5.000.000 (cinco milhões) de habitantes e de até 6.000.000 (seis
X - julgamento do Prefeito perante o Tribunal de Justiça;(Renu-
milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Consti-
merado do inciso VIII, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
tucional nº 58, de 2009)
v) 51 (cinquenta e um) Vereadores, nos Municípios de mais de XI - organização das funções legislativas e fiscalizadoras da Câ-
6.000.000 (seis milhões) de habitantes e de até 7.000.000 (sete mi- mara Municipal;(Renumerado do inciso IX, pela Emenda Constitu-
lhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda Constituição Constitu- cional nº 1, de 1992)
cional nº 58, de 2009) XII - cooperação das associações representativas no planeja-
w) 53 (cinquenta e três) Vereadores, nos Municípios de mais mento municipal;(Renumerado do inciso X, pela Emenda Constitu-
de 7.000.000 (sete milhões) de habitantes e de até 8.000.000 (oito cional nº 1, de 1992)
milhões) de habitantes; e(Incluída pela Emenda Constituição Cons- XIII - iniciativa popular de projetos de lei de interesse específico
titucional nº 58, de 2009) do Município, da cidade ou de bairros, através de manifestação de,
x) 55 (cinquenta e cinco) Vereadores, nos Municípios de mais pelo menos, cinco por cento do eleitorado;(Renumerado do inciso
de 8.000.000 (oito milhões) de habitantes;(Incluída pela Emenda XI, pela Emenda Constitucional nº 1, de 1992)
Constituição Constitucional nº 58, de 2009) XIV - perda do mandato do Prefeito, nos termos do art. 28,
V - subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Secretários Mu- parágrafo único .(Renumerado do inciso XII, pela Emenda Consti-
nicipais fixados por lei de iniciativa da Câmara Municipal, observado tucional nº 1, de 1992)
o que dispõem os arts. 37, XI, 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, Art. 29-A. O total da despesa do Poder Legislativo Municipal,
I;(Redação dada pela Emenda constitucional nº 19, de 1998) incluídos os subsídios dos Vereadores e excluídos os gastos com ina-
tivos, não poderá ultrapassar os seguintes percentuais, relativos ao
somatório da receita tributária e das transferências previstas no §
5 o do art. 153 e nos arts. 158 e 159, efetivamente realizado no
exercício anterior:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de
2000)  (Vide Emenda Constitucional nº 109, de 2021) (Vigência)

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LEGISLAÇÃO
I - 7% (sete por cento) para Municípios com população de até § 1º O controle externo da Câmara Municipal será exercido com
100.000 (cem mil) habitantes;(Redação dada pela Emenda Consti- o auxílio dos Tribunais de Contas dos Estados ou do Município ou
tuição Constitucional nº 58, de 2009)  (Produção de efeito) dos Conselhos ou Tribunais de Contas dos Municípios, onde houver.
II - 6% (seis por cento) para Municípios com população entre § 2º O parecer prévio, emitido pelo órgão competente sobre
100.000 (cem mil) e 300.000 (trezentos mil) habitantes;(Redação as contas que o Prefeito deve anualmente prestar, só deixará de
dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de 2009) prevalecer por decisão de dois terços dos membros da Câmara Mu-
III - 5% (cinco por cento) para Municípios com população entre nicipal.
300.001 (trezentos mil e um) e 500.000 (quinhentos mil) habitan- § 3º As contas dos Municípios ficarão, durante sessenta dias,
tes;(Redação dada pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, anualmente, à disposição de qualquer contribuinte, para exame e
de 2009) apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, nos ter-
IV - 4,5% (quatro inteiros e cinco décimos por cento) para Mu- mos da lei.
nicípios com população entre 500.001 (quinhentos mil e um) e § 4º É vedada a criação de Tribunais, Conselhos ou órgãos de
3.000.000 (três milhões) de habitantes;(Redação dada pela Emenda Contas Municipais.
Constituição Constitucional nº 58, de 2009)
V - 4% (quatro por cento) para Municípios com população entre CAPÍTULO VII
3.000.001 (três milhões e um) e 8.000.000 (oito milhões) de habi- DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
tantes;(Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, de SEÇÃO I
2009) DISPOSIÇÕES GERAIS
VI - 3,5% (três inteiros e cinco décimos por cento) para Muni-
cípios com população acima de 8.000.001 (oito milhões e um) ha- Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
bitantes.(Incluído pela Emenda Constituição Constitucional nº 58, dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
de 2009) cípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, mo-
§ 1 o A Câmara Municipal não gastará mais de setenta por ralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(Redação
cento de sua receita com folha de pagamento, incluído o gasto com dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
o subsídio de seus Vereadores.(Incluído pela Emenda Constitucio- I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
nal nº 25, de 2000) brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim
§ 2 o Constitui crime de responsabilidade do Prefeito Munici- como aos estrangeiros, na forma da lei;(Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
pal:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de
I - efetuar repasse que supere os limites definidos neste arti-
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
go;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
II - não enviar o repasse até o dia vinte de cada mês; ou(Incluí-
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
do pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-
III - enviá-lo a menor em relação à proporção fixada na Lei Or-
ração;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
çamentária.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000)
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
§ 3 o Constitui crime de responsabilidade do Presidente da
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
Câmara Municipal o desrespeito ao § 1 o deste artigo.(Incluído
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convo-
pela Emenda Constitucional nº 25, de 2000) cação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de pro-
Art. 30. Compete aos Municípios: vas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursa-
I - legislar sobre assuntos de interesse local; dos para assumir cargo ou emprego, na carreira;
II - suplementar a legislação federal e a estadual no que couber; V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por ser-
(Vide ADPF 672) vidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a se-
III - instituir e arrecadar os tributos de sua competência, bem rem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e
como aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de pres- percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri-
tar contas e publicar balancetes nos prazos fixados em lei; buições de direção, chefia e assessoramento;(Redação dada pela
IV - criar, organizar e suprimir distritos, observada a legislação Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
estadual; VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre asso-
V - organizar e prestar, diretamente ou sob regime de conces- ciação sindical;
são ou permissão, os serviços públicos de interesse local, incluído o VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
de transporte coletivo, que tem caráter essencial; definidos em lei específica;(Redação dada pela Emenda Constitu-
VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e cional nº 19, de 1998)
do Estado, programas de educação infantil e de ensino fundamen- VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos
tal;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios de
VII - prestar, com a cooperação técnica e financeira da União e sua admissão;
do Estado, serviços de atendimento à saúde da população; IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
VIII - promover, no que couber, adequado ordenamento terri- terminado para atender a necessidade temporária de excepcional
torial, mediante planejamento e controle do uso, do parcelamento interesse público; (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
e da ocupação do solo urbano; X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
IX - promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual. lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegu-
Art. 31. A fiscalização do Município será exercida pelo Poder rada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de
Legislativo Municipal, mediante controle externo, e pelos sistemas índices;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 
de controle interno do Poder Executivo Municipal, na forma da lei. (Regulamento)

11
LEGISLAÇÃO
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, fun- XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras,
ções e empregos públicos da administração direta, autárquica e serviços, compras e alienações serão contratados mediante pro-
fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos cesso de licitação pública que assegure igualdade de condições a
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações
mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos ter-
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa- mos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação
mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou- técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das
tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, obrigações.(Regulamento)
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como li- XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
mite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio-
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi-
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais no cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades
âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco cen- de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio.
tésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e cam-
este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e panhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informa-
aos Defensores Públicos;(Redação dada pela Emenda Constitucio- tivo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes,
nal nº 41, 19.12.2003) símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de auto-
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder ridades ou servidores públicos.
Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Execu- § 2º A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a
tivo; nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos termos
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es- da lei.
pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do § 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário na
serviço público;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, administração pública direta e indireta, regulando especialmen-
de 1998) te:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor públi- I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
co não serão computados nem acumulados para fins de concessão em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento
de acréscimos ulteriores;(Redação dada pela Emenda Constitucio- ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade
nal nº 19, de 1998) dos serviços;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor-
empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos inci- mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X e
sos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, XXXIII;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)  (Vide
§ 2º, I;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Lei nº 12.527, de 2011)
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, III - a disciplina da representação contra o exercício negligente
exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública.
qualquer caso o disposto no inciso XI:(Redação dada pela Emenda (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Constitucional nº 19, de 1998) § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão a sus-
a) a de dois cargos de professor;(Redação dada pela Emenda pensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indispo-
Constitucional nº 19, de 1998) nibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e grada-
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi- ção previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.
co;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos pra-
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de ticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem prejuízos
saúde, com profissões regulamentadas;(Redação dada pela Emen- ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
da Constitucional nº 34, de 2001) § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito priva-
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções do prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que
e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o
economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa.
ou indiretamente, pelo poder público;(Redação dada pela Emenda § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupan-
Constitucional nº 19, de 1998) te de cargo ou emprego da administração direta e indireta que pos-
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais te- sibilite o acesso a informações privilegiadas.(Incluído pela Emenda
rão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedência Constitucional nº 19, de 1998)
sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de eco- ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
nomia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste últi- dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
mo caso, definir as áreas de sua atuação;(Redação dada pela Emen- de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor so-
da Constitucional nº 19, de 1998) bre:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)  (Regu-
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação lamento)(Vigência)
de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, assim I - o prazo de duração do contrato;(Incluído pela Emenda Cons-
como a participação de qualquer delas em empresa privada; titucional nº 19, de 1998)
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, di-
reitos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

12
LEGISLAÇÃO
III - a remuneração do pessoal.(Incluído pela Emenda Constitu- IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício
cional nº 19, de 1998) de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem V - na hipótese de ser segurado de regime próprio de previdên-
recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Muni- cia social, permanecerá filiado a esse regime, no ente federativo
cípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em de origem.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de
geral.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 2019)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de apo-
sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a re- SEÇÃO II
muneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS
cargos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos DOS SERVIDORES PÚBLICOS
e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 18, DE
exoneração.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)  1998)
(Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remunera- Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
tórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas de pios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico úni-
caráter indenizatório previstas em lei.(Incluído pela Emenda Consti- co e planos de carreira para os servidores da administração pública
tucional nº 47, de 2005) direta, das autarquias e das fundações públicas.(Vide ADI nº 2.135)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste ar-
pios instituirão conselho de política de administração e remunera-
tigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu
ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec-
âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgâ-
tivos Poderes.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
nica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores
1998) (Vide ADI nº 2.135)
do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte § 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais com-
e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do ponentes do sistema remuneratório observará:(Redação dada pela
Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste pará- Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
grafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vere- I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos
adores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005) cargos componentes de cada carreira;(Incluído pela Emenda Cons-
§ 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser rea- titucional nº 19, de 1998)
daptado para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilida- II - os requisitos para a investidura;(Incluído pela Emenda Cons-
des sejam compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua titucional nº 19, de 1998)
capacidade física ou mental, enquanto permanecer nesta condição, III - as peculiaridades dos cargos.(Incluído pela Emenda Consti-
desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos tucional nº 19, de 1998)
para o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de ori- § 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas
gem. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores
§ 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisi-
de contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, tos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração
inclusive do Regime Geral de Previdência Social, acarretará o rom- de convênios ou contratos entre os entes federados.(Redação dada
pimento do vínculo que gerou o referido tempo de contribuição. pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o dis-
§ 15. É vedada a complementação de aposentadorias de ser- posto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX,
vidores públicos e de pensões por morte a seus dependentes que XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de
não seja decorrente do disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que admissão quando a natureza do cargo o exigir.(Incluído pela Emen-
não seja prevista em lei que extinga regime próprio de previdência da Constitucional nº 19, de 1998)
social. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os
§ 16. Os órgãos e entidades da administração pública, indi- Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão
vidual ou conjuntamente, devem realizar avaliação das políticas remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela úni-
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono,
públicas, inclusive com divulgação do objeto a ser avaliado e dos
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória,
resultados alcançados, na forma da lei.(Incluído pela Emenda Cons-
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI.(Incluído
titucional nº 109, de 2021)
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autár-
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni-
quica e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as cípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor remu-
seguintes disposições:(Redação dada pela Emenda Constitucional neração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o
nº 19, de 1998) disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, de 1998)
ficará afastado de seu cargo, emprego ou função; § 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos
emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune- e empregos públicos.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
ração; de 1998)
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibili-
dade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

13
LEGISLAÇÃO
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Muni- § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do res-
cípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários provenien- pectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferencia-
tes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia dos para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente peniten-
e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas de ciário, de agente socioeducativo ou de policial dos órgãos de que
qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, mo- tratam o inciso IV do caput do art. 51, o inciso XIII do caput do art.
dernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. (Incluído pela Emenda
inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtividade.(In- Constitucional nº 103, de 2019)
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 4º-C. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do res-
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em pectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferencia-
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º.(Incluído pela Emenda dos para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam exer-
Constitucional nº 19, de 1998) cidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos
§ 9º É vedada a incorporação de vantagens de caráter tempo- prejudiciais à saúde, ou associação desses agentes, vedada a carac-
rário ou vinculadas ao exercício de função de confiança ou de cargo terização por categoria profissional ou ocupação. (Incluído pela
em comissão à remuneração do cargo efetivo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima
Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servido- reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da
res titulares de cargos efetivos terá caráter contributivo e solidário, aplicação do disposto no inciso III do § 1º, desde que comprovem
mediante contribuição do respectivo ente federativo, de servidores tempo de efetivo exercício das funções de magistério na educação
ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios que infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei complemen-
preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. (Redação dada pela tar do respectivo ente federativo.(Redação dada pela Emenda Cons-
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) titucional nº 103, de 2019)
§ 1º O servidor abrangido por regime próprio de previdência § 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos
social será aposentado: (Redação dada pela Emenda Constitucio- acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção de
nal nº 103, de 2019) mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdên-
I - por incapacidade permanente para o trabalho, no cargo em cia social, aplicando-se outras vedações, regras e condições para a
que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, hipótese acumulação de benefícios previdenciários estabelecidas no Regime
em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para Geral de Previdência Social.(Redação dada pela Emenda Constitu-
verificação da continuidade das condições que ensejaram a conces- cional nº 103, de 2019)
são da aposentadoria, na forma de lei do respectivo ente federati- § 7º Observado o disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar
vo; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) da única fonte de renda formal auferida pelo dependente, o be-
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo nefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do
de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (seten- respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a
ta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;(Redação hipótese de morte dos servidores de que trata o § 4º-B decorrente
dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)  (Vide Lei Com- de agressão sofrida no exercício ou em razão da função.(Redação
plementar nº 152, de 2015) dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta e dois) anos de idade, § 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preser-
se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, var-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na estabelecidos em lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
idade mínima estabelecida mediante emenda às respectivas Cons- 41, 19.12.2003)
tituições e Leis Orgânicas, observados o tempo de contribuição e os § 9º O tempo de contribuição federal, estadual, distrital ou
demais requisitos estabelecidos em lei complementar do respectivo municipal será contado para fins de aposentadoria, observado o
ente federativo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço corres-
103, de 2019) pondente será contado para fins de disponibilidade.(Redação dada
§ 2º Os proventos de aposentadoria não poderão ser inferiores pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores § 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de conta-
ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdên- gem de tempo de contribuição fictício.(Incluído pela Emenda Cons-
cia Social, observado o disposto nos §§ 14 a 16.(Redação dada pela titucional nº 20, de 15/12/98) (Vide Emenda Constitucional nº 20,
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) de 1998)
§ 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria § 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos
serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo.(Redação proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da acumu-
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) lação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras ativi-
§ 4º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados dades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência
para concessão de benefícios em regime próprio de previdência so- social, e ao montante resultante da adição de proventos de inativi-
cial, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º.(Redação dade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Cons-
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) tituição, cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e
§ 4º-A. Poderão ser estabelecidos por lei complementar do res- exoneração, e de cargo eletivo.(Incluído pela Emenda Constitucio-
pectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferencia- nal nº 20, de 15/12/98)
dos para aposentadoria de servidores com deficiência, previamente § 12. Além do disposto neste artigo, serão observados, em regi-
submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe multi- me próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e cri-
profissional e interdisciplinar. (Incluído pela Emenda Constitucio- térios fixados para o Regime Geral de Previdência Social.(Redação
nal nº 103, de 2019) dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)

14
LEGISLAÇÃO
§ 13. Aplica-se ao agente público ocupante, exclusivamente, de IV - definição de equilíbrio financeiro e atuarial;(Incluído pela
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exonera- Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
ção, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de V - condições para instituição do fundo com finalidade previ-
emprego público, o Regime Geral de Previdência Social.(Redação denciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recur-
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) sos provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ins- qualquer natureza;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de
tituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder Executivo, regime 2019)
de previdência complementar para servidores públicos ocupantes VI - mecanismos de equacionamento do deficit atuarial;(Incluí-
de cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Re- do pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
gime Geral de Previdência Social para o valor das aposentadorias e VII - estruturação do órgão ou entidade gestora do regime, ob-
das pensões em regime próprio de previdência social, ressalvado servados os princípios relacionados com governança, controle in-
o disposto no § 16.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº terno e transparência;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
103, de 2019) de 2019)
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § VIII - condições e hipóteses para responsabilização daqueles
14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribui- que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indireta-
ção definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por mente, com a gestão do regime;(Incluído pela Emenda Constitucio-
intermédio de entidade fechada de previdência complementar ou nal nº 103, de 2019)
de entidade aberta de previdência complementar.(Redação dada IX - condições para adesão a consórcio público;(Incluído pela
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o dis- X - parâmetros para apuração da base de cálculo e definição de
posto nos § § 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver
alíquota de contribuições ordinárias e extraordinárias.(Incluído pela
ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
instituição do correspondente regime de previdência complemen-
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
tar.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualiza- de concurso público.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
dos, na forma da lei.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19, de 1998)
19.12.2003) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:(Redação
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentado- dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
rias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo que I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;(Inclu-
superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime ído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-
igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos efeti- rada ampla defesa;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
vos.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) (Vide 1998)
ADIN 3133)(Vide ADIN 3143)(Vide ADIN 3184) III - mediante procedimento de avaliação periódica de desem-
§ 19. Observados critérios a serem estabelecidos em lei do penho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.
respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo efetivo que (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e § 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor
que opte por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abo- estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se es-
no de permanência equivalente, no máximo, ao valor da sua con- tável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
tribuição previdenciária, até completar a idade para aposentadoria aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re-
compulsória.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de muneração proporcional ao tempo de serviço.(Redação dada pela
2019) Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio de § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o ser-
previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora des- vidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração propor-
se regime em cada ente federativo, abrangidos todos os poderes, cional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em
órgãos e entidades autárquicas e fundacionais, que serão responsá- outro cargo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
veis pelo seu financiamento, observados os critérios, os parâmetros 1998)
e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obriga-
§ 22.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
tória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída
§ 21. (Revogado).(Redação dada pela Emenda Constitucional
para essa finalidade.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de
nº 103, de 2019)
1998)
§ 22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previ-
dência social, lei complementar federal estabelecerá, para os que
já existam, normas gerais de organização, de funcionamento e de TÍTULO VI
responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre outros aspectos, DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
sobre:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) CAPÍTULO I
I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Regime Geral de Previdência Social;(Incluído pela Emenda Constitu- SEÇÃO I
cional nº 103, de 2019) DOS PRINCÍPIOS GERAIS
II - modelo de arrecadação, de aplicação e de utilização dos re-
cursos;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
III - fiscalização pela União e controle externo e social;(Incluído pios poderão instituir os seguintes tributos:
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) I - impostos;

15
LEGISLAÇÃO
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de em-
utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e préstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; sua instituição.
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas. Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribui-
§ 1º Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e ções sociais, de intervenção no domínio econômico e de interesse
serão graduados segundo a capacidade econômica do contribuinte, das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de
facultado à administração tributária, especialmente para conferir sua atuação nas respectivas áreas, observado o disposto nos arts.
efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os direitos in- 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º,
dividuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as relativamente às contribuições a que alude o dispositivo.
atividades econômicas do contribuinte. § 1º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
§ 2º As taxas não poderão ter base de cálculo própria de im- instituirão, por meio de lei, contribuições para custeio de regime
postos. próprio de previdência social, cobradas dos servidores ativos, dos
Art. 146. Cabe à lei complementar: aposentados e dos pensionistas, que poderão ter alíquotas progres-
I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributá- sivas de acordo com o valor da base de contribuição ou dos proven-
ria, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios; tos de aposentadoria e de pensões. (Redação dada pela Emenda
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar; Constitucional nº 103, de 2019)(Vigência)
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributá- § 1º-A. Quando houver deficit atuarial, a contribuição ordiná-
ria, especialmente sobre: ria dos aposentados e pensionistas poderá incidir sobre o valor dos
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em rela- proventos de aposentadoria e de pensões que supere o salário-mí-
ção aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos respecti- nimo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)(Vi-
vos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes; gência)
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tri- § 1º-B. Demonstrada a insuficiência da medida prevista no §
butários; 1º-A para equacionar o deficit atuarial, é facultada a instituição de
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo pratica- contribuição extraordinária, no âmbito da União, dos servidores pú-
do pelas sociedades cooperativas. blicos ativos, dos aposentados e dos pensionistas. (Incluído pela
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as Emenda Constitucional nº 103, de 2019)(Vigência)
microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive re- § 1º-C. A contribuição extraordinária de que trata o § 1º-B
gimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no deverá ser instituída simultaneamente com outras medidas para
art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, equacionamento do deficit e vigorará por período determinado,
e da contribuição a que se refere o art. 239.(Incluído pela Emenda contado da data de sua instituição. (Incluído pela Emenda Consti-
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) tucional nº 103, de 2019)(Vigência)
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, § 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio eco-
d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos nômico de que trata o caput deste artigo:(Incluído pela Emenda
impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal Constitucional nº 33, de 2001)
e dos Municípios, observado que:(Incluído pela Emenda Constitu- I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exporta-
cional nº 42, de 19.12.2003) ção;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
I - será opcional para o contribuinte;(Incluído pela Emenda II - incidirão também sobre a importação de produtos estran-
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) geiros ou serviços;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
II - poderão ser estabelecidas condições de enquadramento di- 42, de 19.12.2003)
ferenciadas por Estado;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, III - poderão ter alíquotas:(Incluído pela Emenda Constitucional
de 19.12.2003) nº 33, de 2001)
III - o recolhimento será unificado e centralizado e a distribui- a) ad valorem , tendo por base o faturamento, a receita bruta
ção da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes fe- ou o valor da operação e, no caso de importação, o valor aduanei-
derados será imediata, vedada qualquer retenção ou condiciona- ro;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
mento;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) b) específica, tendo por base a unidade de medida adotada.
IV - a arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser com- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
partilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional úni- § 3º A pessoa natural destinatária das operações de importa-
co de contribuintes.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de ção poderá ser equiparada a pessoa jurídica, na forma da lei.(Inclu-
19.12.2003) ído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 146-A. Lei complementar poderá estabelecer critérios § 4º A lei definirá as hipóteses em que as contribuições incidi-
especiais de tributação, com o objetivo de prevenir desequilíbrios rão uma única vez.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de
da concorrência, sem prejuízo da competência de a União, por lei, 2001)
estabelecer normas de igual objetivo.(Incluído pela Emenda Consti- Art. 149-A Os Municípios e o Distrito Federal poderão insti-
tucional nº 42, de 19.12.2003) tuir contribuição, na forma das respectivas leis, para o custeio do
Art. 147. Competem à União, em Território Federal, os im- serviço de iluminação pública, observado o disposto no art. 150, I e
postos estaduais e, se o Território não for dividido em Municípios, III.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
cumulativamente, os impostos municipais; ao Distrito Federal ca- Parágrafo único. É facultada a cobrança da contribuição a que
bem os impostos municipais. se refere o caput, na fatura de consumo de energia elétrica.(Incluí-
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá insti- do pela Emenda Constitucional nº 39, de 2002)
tuir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de ca-
lamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de re-
levante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, “b”.

16
LEGISLAÇÃO
SEÇÃO II § 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores se-
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR jam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre mercado-
rias e serviços.
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao § 6º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo,
contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a im-
aos Municípios: postos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça; lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusiva-
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se en- mente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo
contrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, § 2.º, XII,
razão de ocupação profissional ou função por eles exercida, inde- g.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
pendentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos § 7º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributá-
ou direitos; ria a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou con-
III - cobrar tributos: tribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegura-
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da da a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não
vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; se realize o fato gerador presumido.(Incluído pela Emenda Consti-
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada tucional nº 3, de 1993)
a lei que os instituiu ou aumentou;(Vide Emenda Constitucional nº Art. 151. É vedado à União:
3, de 1993) I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a Es-
publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o dis- tado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro,
posto na alínea b;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a promover o
19.12.2003) equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes
IV - utilizar tributo com efeito de confisco; regiões do País;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Es-
meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a co- tados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remune-
brança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder ração e os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis
Público; superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;
VI - instituir impostos sobre:(Vide Emenda Constitucional nº 3, III - instituir isenções de tributos da competência dos Estados,
de 1993) do Distrito Federal ou dos Municípios.
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros; Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Mu-
b) templos de qualquer culto; nicípios estabelecer diferença tributária entre bens e serviços, de
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusi- qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.
ve suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, SEÇÃO III
atendidos os requisitos da lei; DOS IMPOSTOS DA UNIÃO
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impres-
são. Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Bra- I - importação de produtos estrangeiros;
sil contendo obras musicais ou literomusicais de autores brasilei- II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou na-
ros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem cionalizados;
como os suportes materiais ou arquivos digitais que os contenham, III - renda e proventos de qualquer natureza;
salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura IV - produtos industrializados;
a laser.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 75, de 15.10.2013) V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos pre- ou valores mobiliários;
vistos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso VI - propriedade territorial rural;
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.
III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos pre- § 1º É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e
vistos nos arts. 155, III, e 156, I.(Redação dada pela Emenda Consti- os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
tucional nº 42, de 19.12.2003) enumerados nos incisos I, II, IV e V.
§ 2º - A vedação do inciso VI, “a”, é extensiva às autarquias e § 2º O imposto previsto no inciso III:
às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se I - será informado pelos critérios da generalidade, da universa-
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas fina- lidade e da progressividade, na forma da lei;
lidades essenciais ou às delas decorrentes. § 3º O imposto previsto no inciso IV:
§ 3º - As vedações do inciso VI, “a”, e do parágrafo anterior não I - será seletivo, em função da essencialidade do produto;
se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados com II - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em
exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicá- cada operação com o montante cobrado nas anteriores;
veis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação III - não incidirá sobre produtos industrializados destinados ao
ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o exterior.
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamen- IV - terá reduzido seu impacto sobre a aquisição de bens de
te ao bem imóvel. capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.(Incluído pela
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas “b” e “c”, com- Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
preendem somente o patrimônio, a renda e os serviços, relaciona- § 4º O imposto previsto no inciso VI do capu t:(Redação dada
dos com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)

17
LEGISLAÇÃO
I - será progressivo e terá suas alíquotas fixadas de forma a de- II - a isenção ou não-incidência, salvo determinação em contrá-
sestimular a manutenção de propriedades improdutivas;(Incluído rio da legislação:
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) a) não implicará crédito para compensação com o montante
II - não incidirá sobre pequenas glebas rurais, definidas em lei, devido nas operações ou prestações seguintes;
quando as explore o proprietário que não possua outro imóvel;(In- b) acarretará a anulação do crédito relativo às operações an-
cluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) teriores;
III - será fiscalizado e cobrado pelos Municípios que assim opta- III - poderá ser seletivo, em função da essencialidade das mer-
rem, na forma da lei, desde que não implique redução do imposto cadorias e dos serviços;
ou qualquer outra forma de renúncia fiscal.(Incluído pela Emenda IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)  (Regulamento) da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela maioria
§ 5º O ouro, quando definido em lei como ativo financeiro ou absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às
instrumento cambial, sujeita-se exclusivamente à incidência do im- operações e prestações, interestaduais e de exportação;
posto de que trata o inciso V do “caput” deste artigo, devido na V - é facultado ao Senado Federal:
operação de origem; a alíquota mínima será de um por cento, asse- a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, me-
gurada a transferência do montante da arrecadação nos seguintes diante resolução de iniciativa de um terço e aprovada pela maioria
termos:(Vide Emenda Constitucional nº 3, de 1993) absoluta de seus membros;
I - trinta por cento para o Estado, o Distrito Federal ou o Terri- b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resol-
tório, conforme a origem; ver conflito específico que envolva interesse de Estados, mediante
II - setenta por cento para o Município de origem. resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois ter-
Art. 154. A União poderá instituir: ços de seus membros;
I - mediante lei complementar, impostos não previstos no ar- VI - salvo deliberação em contrário dos Estados e do Distrito
tigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato Federal, nos termos do disposto no inciso XII, “g”, as alíquotas in-
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Cons- ternas, nas operações relativas à circulação de mercadorias e nas
tituição; prestações de serviços, não poderão ser inferiores às previstas para
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extra- as operações interestaduais;
ordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária, VII - nas operações e prestações que destinem bens e serviços
a consumidor final, contribuinte ou não do imposto, localizado em
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de
outro Estado, adotar-se-á a alíquota interestadual e caberá ao Esta-
sua criação.
do de localização do destinatário o imposto correspondente à dife-
rença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota
SEÇÃO IV
interestadual;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 87, de
DOS IMPOSTOS DOS ESTADOS E DO DISTRITO FEDERAL
2015)  (Produção de efeito)
a) (revogada);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir
87, de 2015)
impostos sobre:(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de
b) (revogada);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
1993) 87, de 2015)
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do imposto corres-
direitos;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) pondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual de
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre que trata o inciso VII será atribuída:(Redação dada pela Emenda
prestações de serviços de transporte interestadual e intermunici- Constitucional nº 87, de 2015)  (Produção de efeito)
pal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;(In-
iniciem no exterior;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº cluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)
3, de 1993) b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte
III - propriedade de veículos automotores.(Redação dada pela do imposto;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de 2015)
Emenda Constitucional nº 3, de 1993) IX - incidirá também:
§ 1º O imposto previsto no inciso I:(Redação dada pela Emenda a) sobre a entrada de bem ou mercadoria importados do ex-
Constitucional nº 3, de 1993) terior por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuin-
I - relativamente a bens imóveis e respectivos direitos, compete te habitual do imposto, qualquer que seja a sua finalidade, assim
ao Estado da situação do bem, ou ao Distrito Federal como sobre o serviço prestado no exterior, cabendo o imposto ao
II - relativamente a bens móveis, títulos e créditos, compete Estado onde estiver situado o domicílio ou o estabelecimento do
ao Estado onde se processar o inventário ou arrolamento, ou tiver destinatário da mercadoria, bem ou serviço;(Redação dada pela
domicílio o doador, ou ao Distrito Federal; Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
III - terá competência para sua instituição regulada por lei com- b) sobre o valor total da operação, quando mercadorias forem
plementar: fornecidas com serviços não compreendidos na competência tribu-
a) se o doador tiver domicilio ou residência no exterior; tária dos Municípios;
b) se o de cujus possuía bens, era residente ou domiciliado ou X - não incidirá:
teve o seu inventário processado no exterior; a) sobre operações que destinem mercadorias para o exterior,
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal; nem sobre serviços prestados a destinatários no exterior, assegu-
§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:(Re- rada a manutenção e o aproveitamento do montante do imposto
dação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993) cobrado nas operações e prestações anteriores;(Redação dada pela
I - será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
cada operação relativa à circulação de mercadorias ou prestação de b) sobre operações que destinem a outros Estados petróleo,
serviços com o montante cobrado nas anteriores pelo mesmo ou inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele deriva-
outro Estado ou pelo Distrito Federal; dos, e energia elétrica;

18
LEGISLAÇÃO
c) sobre o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5º; b) poderão ser específicas, por unidade de medida adotada, ou
d) nas prestações de serviço de comunicação nas modalidades ad valorem , incidindo sobre o valor da operação ou sobre o preço
de radiodifusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gra- que o produto ou seu similar alcançaria em uma venda em condi-
tuita;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) ções de livre concorrência;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
XI - não compreenderá, em sua base de cálculo, o montante 33, de 2001)
do imposto sobre produtos industrializados, quando a operação, c) poderão ser reduzidas e restabelecidas, não se lhes aplican-
realizada entre contribuintes e relativa a produto destinado à in- do o disposto no art. 150, III, b .(Incluído pela Emenda Constitucio-
dustrialização ou à comercialização, configure fato gerador dos dois nal nº 33, de 2001)
impostos; § 5º As regras necessárias à aplicação do disposto no § 4º, in-
XII - cabe à lei complementar: clusive as relativas à apuração e à destinação do imposto, serão es-
a) definir seus contribuintes; tabelecidas mediante deliberação dos Estados e do Distrito Federal,
b) dispor sobre substituição tributária; nos termos do § 2º, XII, g .(Incluído pela Emenda Constitucional
c) disciplinar o regime de compensação do imposto; nº 33, de 2001)
d) fixar, para efeito de sua cobrança e definição do estabeleci- § 6º O imposto previsto no inciso III:(Incluído pela Emenda
mento responsável, o local das operações relativas à circulação de Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
mercadorias e das prestações de serviços; I - terá alíquotas mínimas fixadas pelo Senado Federal;(Incluído
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o ex- pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
terior, serviços e outros produtos além dos mencionados no inciso II - poderá ter alíquotas diferenciadas em função do tipo e uti-
X, “a” lização.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
f) prever casos de manutenção de crédito, relativamente à re-
messa para outro Estado e exportação para o exterior, de serviços SEÇÃO V
e de mercadorias; DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS
g) regular a forma como, mediante deliberação dos Estados e
do Distrito Federal, isenções, incentivos e benefícios fiscais serão Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:
concedidos e revogados. I - propriedade predial e territorial urbana;
h) definir os combustíveis e lubrificantes sobre os quais o im- II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso,
posto incidirá uma única vez, qualquer que seja a sua finalidade, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
hipótese em que não se aplicará o disposto no inciso X, b ;(Incluída sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos
pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001)  (Vide Emenda Cons- a sua aquisição;
titucional nº 33, de 2001) III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto
i) fixar a base de cálculo, de modo que o montante do imposto óleo diesel;
a integre, também na importação do exterior de bem, mercadoria III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art.
ou serviço.(Incluída pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) 155, II, definidos em lei complementar.(Redação dada pela Emenda
§ 3º À exceção dos impostos de que tratam o inciso II do caput Constitucional nº 3, de 1993)
deste artigo e o art. 153, I e II, nenhum outro imposto poderá incidir § 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo a que se refere
sobre operações relativas a energia elétrica, serviços de telecomu- o art. 182, § 4º, inciso II, o imposto previsto no inciso I poderá:(Re-
nicações, derivados de petróleo, combustíveis e minerais do País. dação dada pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; e(Incluído pela
§ 4º Na hipótese do inciso XII, h , observar-se-á o seguinte:(In- Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
cluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) II - ter alíquotas diferentes de acordo com a localização e o uso
I - nas operações com os lubrificantes e combustíveis deriva- do imóvel.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
dos de petróleo, o imposto caberá ao Estado onde ocorrer o consu- § 2º O imposto previsto no inciso II:
mo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) I - não incide sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo-
II - nas operações interestaduais, entre contribuintes, com gás rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital,
natural e seus derivados, e lubrificantes e combustíveis não inclu- nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrente de fusão,
ídos no inciso I deste parágrafo, o imposto será repartido entre os incorporação, cisão ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nes-
Estados de origem e de destino, mantendo-se a mesma proporcio- ses casos, a atividade preponderante do adquirente for a compra e
nalidade que ocorre nas operações com as demais mercadorias;(In- venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou arren-
cluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) damento mercantil;
III - nas operações interestaduais com gás natural e seus deri- II - compete ao Município da situação do bem.
vados, e lubrificantes e combustíveis não incluídos no inciso I deste § 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput
parágrafo, destinadas a não contribuinte, o imposto caberá ao Esta- deste artigo, cabe à lei complementar:(Redação dada pela Emenda
do de origem;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Constitucional nº 37, de 2002)
IV - as alíquotas do imposto serão definidas mediante delibe-
ração dos Estados e Distrito Federal, nos termos do § 2º, XII, g , II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o ex-
observando-se o seguinte:(Incluído pela Emenda Constitucional nº terior.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
33, de 2001) III - regular a forma e as condições como isenções, incentivos
a) serão uniformes em todo o território nacional, podendo ser e benefícios fiscais serão concedidos e revogados.(Incluído pela
diferenciadas por produto;(Incluído pela Emenda Constitucional nº Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
33, de 2001)

19
LEGISLAÇÃO
SEÇÃO VI e) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios,
DA REPARTIÇÃO DAS RECEITAS TRIBUTÁRIAS que será entregue no primeiro decêndio do mês de julho de cada
ano;(Incluída pela Emenda Constitucional nº 84, de 2014)
Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Federal: f) 1% (um por cento) ao Fundo de Participação dos Municípios,
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda que será entregue no primeiro decêndio do mês de setembro de
e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendi- cada ano; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 112, de 2021)
mentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas Produção de efeitos
fundações que instituírem e mantiverem; II - do produto da arrecadação do imposto sobre produtos in-
II - vinte por cento do produto da arrecadação do imposto que dustrializados, dez por cento aos Estados e ao Distrito Federal, pro-
a União instituir no exercício da competência que lhe é atribuída porcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos
pelo art. 154, I. industrializados.(Regulamento)
Art. 158. Pertencem aos Municípios: III - do produto da arrecadação da contribuição de interven-
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda ção no domínio econômico prevista no art. 177, § 4º, 29% (vinte e
e proventos de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendi- nove por cento) para os Estados e o Distrito Federal, distribuídos na
mentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas forma da lei, observada a destinação a que se refere o inciso II, c ,
do referido parágrafo.(Redação dada pela Emenda Constitucional
fundações que instituírem e mantiverem;
nº 44, de 2004)
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto
§ 1º Para efeito de cálculo da entrega a ser efetuada de acordo
da União sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos
com o previsto no inciso I, excluir-se-á a parcela da arrecadação do
imóveis neles situados, cabendo a totalidade na hipótese da op-
imposto de renda e proventos de qualquer natureza pertencente
ção a que se refere o art. 153, § 4º, III;(Redação dada pela Emenda aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do
Constitucional nº 42, de 19.12.2003)  (Regulamento) disposto nos arts. 157, I, e 158, I.
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto § 2º A nenhuma unidade federada poderá ser destinada parce-
do Estado sobre a propriedade de veículos automotores licenciados la superior a vinte por cento do montante a que se refere o inciso
em seus territórios; II, devendo o eventual excedente ser distribuído entre os demais
IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecadação do im- participantes, mantido, em relação a esses, o critério de partilha
posto do Estado sobre operações relativas à circulação de merca- nele estabelecido.
dorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e § 3º Os Estados entregarão aos respectivos Municípios vinte e
intermunicipal e de comunicação. cinco por cento dos recursos que receberem nos termos do inciso II,
Parágrafo único. As parcelas de receita pertencentes aos Mu- observados os critérios estabelecidos no art. 158, parágrafo único,
nicípios, mencionadas no inciso IV, serão creditadas conforme os I e II.
seguintes critérios: § 4º Do montante de recursos de que trata o inciso III que cabe
I - 65% (sessenta e cinco por cento), no mínimo, na proporção a cada Estado, vinte e cinco por cento serão destinados aos seus
do valor adicionado nas operações relativas à circulação de mer- Municípios, na forma da lei a que se refere o mencionado inciso.
cadorias e nas prestações de serviços, realizadas em seus territó- (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
rios;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Art. 160. É vedada a retenção ou qualquer restrição à entrega
II - até 35% (trinta e cinco por cento), de acordo com o que e ao emprego dos recursos atribuídos, nesta seção, aos Estados, ao
dispuser lei estadual, observada, obrigatoriamente, a distribuição Distrito Federal e aos Municípios, neles compreendidos adicionais e
de, no mínimo, 10 (dez) pontos percentuais com base em indica- acréscimos relativos a impostos.
dores de melhoria nos resultados de aprendizagem e de aumento § 1º A vedação prevista neste artigo não impede a União e os
da equidade, considerado o nível socioeconômico dos educandos. Estados de condicionarem a entrega de recursos:(Renumerado do
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) Parágrafo único pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
Art. 159. A União entregará:(Vide Emenda Constitucional nº I - ao pagamento de seus créditos, inclusive de suas autar-
55, de 2007) quias;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
II - ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.
I - do produto da arrecadação dos impostos sobre renda e
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
proventos de qualquer natureza e sobre produtos industrializados,
§ 2º Os contratos, os acordos, os ajustes, os convênios, os par-
50% (cinquenta por cento), da seguinte forma: (Redação dada pela
celamentos ou as renegociações de débitos de qualquer espécie,
Emenda Constitucional nº 112, de 2021) Produção de efeitos
inclusive tributários, firmados pela União com os entes federativos
a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo de conterão cláusulas para autorizar a dedução dos valores devidos
Participação dos Estados e do Distrito Federal;(Vide Lei Comple- dos montantes a serem repassados relacionados às respectivas co-
mentar nº 62, de 1989)  (Regulamento) tas nos Fundos de Participação ou aos precatórios federais.(Incluído
b) vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento ao Fundo pela Emenda Constitucional nº 113, de 2021)
de Participação dos Municípios;(Vide Lei Complementar nº 62, de Art. 161. Cabe à lei complementar:
1989)  (Regulamento) I - definir valor adicionado para fins do disposto no art. 158,
c) três por cento, para aplicação em programas de financiamen- parágrafo único, I;
to ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, II - estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que tra-
através de suas instituições financeiras de caráter regional, de acor- ta o art. 159, especialmente sobre os critérios de rateio dos fundos
do com os planos regionais de desenvolvimento, ficando assegura- previstos em seu inciso I, objetivando promover o equilíbrio sócio-
da ao semi-árido do Nordeste a metade dos recursos destinados à -econômico entre Estados e entre Municípios;
Região, na forma que a lei estabelecer;(Regulamento) III - dispor sobre o acompanhamento, pelos beneficiários, do
d) um por cento ao Fundo de Participação dos Municípios, que cálculo das quotas e da liberação das participações previstas nos
será entregue no primeiro decêndio do mês de dezembro de cada arts. 157, 158 e 159.
ano;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 55, de 2007)

20
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. O Tribunal de Contas da União efetuará o cál- § 3º As disponibilidades de caixa da União serão depositadas
culo das quotas referentes aos fundos de participação a que alude no banco central; as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municí-
o inciso II. pios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas
Art. 162. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- por ele controladas, em instituições financeiras oficiais, ressalvados
cípios divulgarão, até o último dia do mês subseqüente ao da ar- os casos previstos em lei.
recadação, os montantes de cada um dos tributos arrecadados, os Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
recursos recebidos, os valores de origem tributária entregues e a nicípios devem conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a
entregar e a expressão numérica dos critérios de rateio. dívida pública em níveis sustentáveis, na forma da lei complemen-
Parágrafo único. Os dados divulgados pela União serão discri- tar referida no inciso VIII do caput do art. 163 desta Constituição.
minados por Estado e por Município; os dos Estados, por Município. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orça-
CAPÍTULO II mentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais
DAS FINANÇAS PÚBLICAS com a sustentabilidade da dívida.(Incluído pela Emenda Constitu-
SEÇÃO I cional nº 109, de 2021)
NORMAS GERAIS
SEÇÃO II
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: DOS ORÇAMENTOS
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
fundações e demais entidades controladas pelo Poder Público; I - o plano plurianual;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; II - as diretrizes orçamentárias;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; III - os orçamentos anuais.
V - fiscalização financeira da administração pública direta e in- § 1º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de for-
direta;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003) ma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da pública federal para as despesas de capital e outras delas decorren-
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; tes e para as relativas aos programas de duração continuada.
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de § 2º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas
crédito da União, resguardadas as características e condições ope- e prioridades da administração pública federal, estabelecerá as di-
racionais plenas das voltadas ao desenvolvimento regional. retrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando:(Incluído pela trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tri-
a) indicadores de sua apuração; (Incluído pela Emenda Consti- butária e estabelecerá a política de aplicação das agências financei-
tucional nº 109, de 2021) ras oficiais de fomento. (Redação dada pela Emenda Constitucional
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a tra- nº 109, de 2021)
jetória da dívida; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de § 3º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerra-
2021) mento de cada bimestre, relatório resumido da execução orçamen-
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os li- tária.(Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
mites definidos em legislação; (Incluído pela Emenda Constitucio- § 4º Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais pre-
nal nº 109, de 2021) vistos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; (Incluído pela plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional.
Emenda Constitucional nº 109, de 2021) § 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fun-
do montante da dívida.(Incluído pela Emenda Constitucional nº dos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
109, de 2021) fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII II - o orçamento de investimento das empresas em que a União,
do caput deste artigo pode autorizar a aplicação das vedações direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
previstas no art. 167-A desta Constituição. (Incluído pela Emenda direito a voto;
Constitucional nº 109, de 2021) III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as en-
Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni- tidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indi-
cípios disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orça- reta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo
mentários e fiscais, conforme periodicidade, formato e sistema es- Poder Público.
tabelecidos pelo órgão central de contabilidade da União, de forma § 6º O projeto de lei orçamentária será acompanhado de de-
a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade e a publicidade dos monstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas,
dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio eletrôni- decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
co de amplo acesso público. (Incluído pela Emenda Constitucional de natureza financeira, tributária e creditícia.
nº 108, de 2020) § 7º Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo, com-
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será patibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de
exercida exclusivamente pelo banco central. reduzir desigualdades inter-regionais, segundo critério populacio-
§ 1º É vedado ao banco central conceder, direta ou indireta- nal.
mente, empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
entidade que não seja instituição financeira. à previsão da receita e à fixação da despesa, não se incluindo na
§ 2º O banco central poderá comprar e vender títulos de emis- proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
são do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de mo- contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de
eda ou a taxa de juros. receita, nos termos da lei.

21
LEGISLAÇÃO
§ 9º Cabe à lei complementar: II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas na-
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a cionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição e exercer
elaboração e a organização do plano plurianual, da lei de diretrizes o acompanhamento e a fiscalização orçamentária, sem prejuízo da
orçamentárias e da lei orçamentária anual; atuação das demais comissões do Congresso Nacional e de suas Ca-
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da sas, criadas de acordo com o art. 58.
administração direta e indireta bem como condições para a institui- § 2º As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que
ção e funcionamento de fundos. sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
procedimentos que serão adotados quando houver impedimentos § 3º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
legais e técnicos, cumprimento de restos a pagar e limitação das projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
programações de caráter obrigatório, para a realização do disposto I - sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de
nos §§ 11 e 12 do art. 166 .(Redação dada pela Emenda Constitu- diretrizes orçamentárias;
cional nº 100, de 2019) (Produção de efeito ) II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os pro-
§ 10. A administração tem o dever de executar as programa- venientes de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
ções orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, a) dotações para pessoal e seus encargos;
com o propósito de garantir a efetiva entrega de bens e servi- b) serviço da dívida;
ços à sociedade.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 100, de c) transferências tributárias constitucionais para Estados, Mu-
2019) (Produção de efeito) nicípios e Distrito Federal; ou
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de dire- III - sejam relacionadas:
trizes orçamentárias:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, a) com a correção de erros ou omissões; ou
de 2019) (Produção de efeito) b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucio- § 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias
nais e legais que estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plu-
e não impede o cancelamento necessário à abertura de créditos rianual.
adicionais; § 5º O Presidente da República poderá enviar mensagem ao
II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica Congresso Nacional para propor modificação nos projetos a que se
devidamente justificados; refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão
III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricio- mista, da parte cuja alteração é proposta.
nárias. § 6º Os projetos de lei do plano plurianual, das diretrizes orça-
§ 12. Integrará a lei de diretrizes orçamentárias, para o exercí- mentárias e do orçamento anual serão enviados pelo Presidente da
cio a que se refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subse- República ao Congresso Nacional, nos termos da lei complementar
quentes, anexo com previsão de agregados fiscais e a proporção dos a que se refere o art. 165, § 9º.
recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária § 7º Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo, no que
anual para a continuidade daqueles em andamento.(Incluído pela não contrariar o disposto nesta seção, as demais normas relativas
Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito) ao processo legislativo.
§ 13. O disposto no inciso III do § 9º e nos §§ 10, 11 e 12 deste § 8º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou re-
artigo aplica-se exclusivamente aos orçamentos fiscal e da segurida- jeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
de social da União.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 102, de correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, median-
2019) (Produção de efeito) te créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica au-
§ 14. A lei orçamentária anual poderá conter previsões de torização legislativa.
despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos in- § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária
vestimentos plurianuais e daquele s em andamento.(Incluído pela serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por
Emenda Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito) cento) da receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado
§ 15. A União organizará e manterá registro centralizado de pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será
projetos de inve stimento contendo, por Estado ou Distrito Federal, destinada a ações e serviços públicos de saúde.(Incluído pela Emen-
pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e infor- da Constitucional nº 86, de 2015)
mações sobre a execução física e financeira.(Incluído pela Emenda § 10. A execução do montante destinado a ações e serviços pú-
Constitucional nº 102, de 2019) (Produção de efeito) blicos de saúde previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada
§ 16. As leis de que trata este artigo devem observar, no que para fins do cumprimento do inciso I do § 2º do art. 198, vedada a
couber, os resultados do monitoramento e da avaliação das políti- destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.(Incluí-
cas públicas previstos no § 16 do art. 37 desta Constituição. (Inclu- do pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
ído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) § 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às programações a que se refere o § 9º deste artigo, em montante
diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicio- correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
nais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso Nacional, na receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os
forma do regimento comum. critérios para a execução equitativa da programação definidos na lei
§ 1º Caberá a uma Comissão mista permanente de Senadores complementar prevista no § 9º do art. 165.(Incluído pela Emenda
e Deputados: Constitucional nº 86, de 2015)
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos referidos neste § 12. As programações orçamentárias previstas no § 9º deste
artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Presidente artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impedimen-
da República; tos de ordem técnica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86,
de 2015)

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LEGISLAÇÃO
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresenta-
aplica-se também às programações incluídas por todas as emen- das ao projeto de lei orçamentária anual poderão alocar recursos a
das de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: (Incluído
Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da recei- pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
ta corrente líquida realizada no exercício anterior.(Redação dada I - transferência especial; ou (Incluído pela Emenda Constitu-
pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)  (Produção de efei- cional nº 105, de 2019)
to) (Vide) (Vide) II - transferência com finalidade definida. (Incluído pela Emen-
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 da Constitucional nº 105, de 2019)
deste artigo não serão de execução obrigatória nos casos dos impe- § 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo
dimentos de ordem técnica.(Redação dada pela Emenda Constitu- não integrarão a receita do Estado, do Distrito Federal e dos Mu-
cional nº 100, de 2019) (Produção de efeito) nicípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da des-
§ 14. Para fins de cumprimento do disposto nos §§ 11 e 12 des- pesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e
te artigo, os órgãos de execução deverão observar, nos termos da de endividamento do ente federado, vedada, em qualquer caso, a
lei de diretrizes orçamentárias, cronograma para análise e verifica- aplicação dos recursos a que se refere o caput deste artigo no paga-
ção de eventuais impedimentos das programações e demais pro- mento de: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
cedimentos necessários à viabilização da execução dos respectivos I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e
montantes.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de inativos, e com pensionistas; e (Incluído pela Emenda Constitucio-
2019) (Produção de efeito) nal nº 105, de 2019)
I - (revogado);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº II - encargos referentes ao serviço da dívida. (Incluído pela
100, de 2019) (Produção de efeito) Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
II - (revogado);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº § 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput
100, de 2019) (Produção de efeito) deste artigo, os recursos: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
III - (revogado);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
100, de 2019) (Produção de efeito) I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado,
IV - (revogado).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº independentemente de celebração de convênio ou de instrumento
100, de 2019) (Produção de efeito) congênere; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
§ 15. (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferên-
100, de 2019) (Produção de efeito) cia financeira; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de
§ 16. Quando a transferência obrigatória da União para a exe- 2019)
cução da programação prevista nos §§ 11 e 12 deste artigo for des- III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de
tinada a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios, independerá competência do Poder Executivo do ente federado beneficiado,
da adimplência do ente federativo destinatário e não integrará a observado o disposto no § 5º deste artigo. (Incluído pela Emenda
base de cálculo da receita corrente líquida para fins de aplicação Constitucional nº 105, de 2019)
dos limites de despesa de pessoal de que trata o caput do art. 169. § 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019) (Pro- que se refere o inciso I do caput deste artigo poderá firmar contra-
dução de efeito) tos de cooperação técnica para fins de subsidiar o acompanhamen-
§ 17. Os restos a pagar provenientes das programações orça- to da execução orçamentária na aplicação dos recursos. (Incluído
mentárias previstas nos §§ 11 e 12 poderão ser considerados para pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
fins de cumprimento da execução financeira até o limite de 0,6% § 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere
(seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no o inciso II do caput deste artigo, os recursos serão: (Incluído pela
exercício anterior, para as programações das emendas individuais, Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento), para as progra- I - vinculados à programação estabelecida na emenda parla-
mações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de mentar; e (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
Estado ou do Distrito Federal.(Redação dada pela Emenda Constitu- II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União.
cional nº 100, de 2019) (Produção de efeito) (Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
§ 18. Se for verificado que a reestimativa da receita e da des- § 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências
pesa poderá resultar no não cumprimento da meta de resultado especiais de que trata o inciso I do caput deste artigo deverão ser
fiscal estabelecida na lei de diretrizes orçamentárias, os montantes aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se
previstos nos §§ 11 e 12 deste artigo poderão ser reduzidos em até refere o inciso II do § 1º deste artigo. (Incluído pela Emenda Cons-
a mesma proporção da limitação incidente sobre o conjunto das titucional nº 105, de 2019)
demais despesas discricionárias.(Redação dada pela Emenda Cons- Art. 167. São vedados:
titucional nº 100, de 2019)  (Produção de efeito) I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orça-
§ 19. Considera-se equitativa a execução das programações de mentária anual;
caráter obrigatório que observe critérios objetivos e imparciais e II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações dire-
que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas apresenta- tas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais;
das, independentemente da autoria.(Incluído pela Emenda Consti- III - a realização de operações de créditos que excedam o mon-
tucional nº 100, de 2019) (Produção de efeito) tante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante
§ 20. As programações de que trata o § 12 deste artigo, quando créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, apro-
versarem sobre o início de investimentos com duração de mais de vados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;(Vide Emenda
1 (um) exercício financeiro ou cuja execução já tenha sido inicia- constitucional nº 106, de 2020)
da, deverão ser objeto de emenda pela mesma bancada estadual,
a cada exercício, até a conclusão da obra ou do empreendimento.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 100, de 2019)  (Produção
de efeito)

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LEGISLAÇÃO
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será ad-
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos mitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as
impostos a que se referem os arts. 158 e 159, a destinação de re- decorrentes de guerra, comoção interna ou calamidade pública,
cursos para as ações e serviços públicos de saúde, para manuten- observado o disposto no art. 62.
ção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades § 4º É permitida a vinculação das receitas a que se referem os
da administração tributária, como determinado, respectivamente, arts. 155, 156, 157, 158 e as alíneas “a”, “b”, “d” e “e” do inciso I e o
pelos arts. 198, § 2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de
operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. débitos com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia.
165, § 8º, bem como o disposto no § 4º deste artigo;(Redação dada (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) § 5º A transposição, o remanejamento ou a transferência de
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia recursos de uma categoria de programação para outra poderão ser
autorização legislativa e sem indicação dos recursos corresponden- admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inova-
tes; ção, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade
recursos de uma categoria de programação para outra ou de um da prévia autorização legislativa prevista no inciso VI deste artigo.
órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; § 6º Para fins da apuração ao término do exercício financeiro
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de do cumprimento do limite de que trata o inciso III do caput deste
recursos dos orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir artigo, as receitas das operações de crédito efetuadas no contexto
necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos, in- da gestão da dívida pública mobiliária federal somente serão con-
clusive dos mencionados no art. 165, § 5º; sideradas no exercício financeiro em que for realizada a respectiva
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia despesa.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
autorização legislativa.
X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de em- TÍTULO VII
préstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Fe- DA ORDEM ECONÔMICA E FINANCEIRA
deral e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de CAPÍTULO I
despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔMICA
Distrito Federal e dos Municípios.(Incluído pela Emenda Constitu-
cional nº 19, de 1998) Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições so- trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
ciais de que trata o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados
distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdên-
os seguintes princípios:
cia social de que trata o art. 201.(Incluído pela Emenda Constitucio-
I - soberania nacional;
nal nº 20, de 1998)
II - propriedade privada;
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o
III - função social da propriedade;
§ 22 do art. 40, a utilização de recursos de regime próprio de previ-
IV - livre concorrência;
dência social, incluídos os valores integrantes dos fundos previstos
V - defesa do consumidor;
no art. 249, para a realização de despesas distintas do pagamento
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento
dos benefícios previdenciários do respectivo fundo vinculado àque-
diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e servi-
le regime e das despesas necessárias à sua organização e ao seu
funcionamento; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de ços e de seus processos de elaboração e prestação;(Redação dada
2019) pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de VIII - busca do pleno emprego;
empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras fede- IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte
rais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios na hipótese constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e admi-
de descumprimento das regras gerais de organização e de funcio- nistração no País.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6,
namento de regime próprio de previdência social. (Incluído pela de 1995)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019) Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qual-
XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos pude- quer atividade econômica, independentemente de autorização
rem ser alcançados mediante a vinculação de receitas orçamentá- de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.(Vide Lei nº
rias específicas ou mediante a execução direta por programação 13.874, de 2019)
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração Art. 172. A lei disciplinará, com base no interesse nacional, os
pública.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021) investimentos de capital estrangeiro, incentivará os reinvestimen-
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exer- tos e regulará a remessa de lucros.
cício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a
plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de crime de exploração direta de atividade econômica pelo Estado só será per-
responsabilidade. mitida quando necessária aos imperativos da segurança nacional
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei.
exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de § 1º A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública,
autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias que explo-
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão rem atividade econômica de produção ou comercialização de bens
incorporados ao orçamento do exercício financeiro subseqüente. ou de prestação de serviços, dispondo sobre:(Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

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LEGISLAÇÃO
I - sua função social e formas de fiscalização pelo Estado e pela § 1º A pesquisa e a lavra de recursos minerais e o aproveita-
sociedade;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) mento dos potenciais a que se refere o “caput” deste artigo somen-
II - a sujeição ao regime jurídico próprio das empresas privadas, te poderão ser efetuados mediante autorização ou concessão da
inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, comerciais, traba- União, no interesse nacional, por brasileiros ou empresa constituída
lhistas e tributários;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de sob as leis brasileiras e que tenha sua sede e administração no País,
1998) na forma da lei, que estabelecerá as condições específicas quando
III - licitação e contratação de obras, serviços, compras e aliena- essas atividades se desenvolverem em faixa de fronteira ou terras
ções, observados os princípios da administração pública;(Incluído indígenas.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 6, de 1995)
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 2º É assegurada participação ao proprietário do solo nos re-
IV - a constituição e o funcionamento dos conselhos de admi- sultados da lavra, na forma e no valor que dispuser a lei.
nistração e fiscal, com a participação de acionistas minoritários;(In- § 3º A autorização de pesquisa será sempre por prazo determi-
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) nado, e as autorizações e concessões previstas neste artigo não po-
V - os mandatos, a avaliação de desempenho e a responsabili- derão ser cedidas ou transferidas, total ou parcialmente, sem prévia
dade dos administradores.(Incluído pela Emenda Constitucional nº anuência do poder concedente.
19, de 1998) § 4º Não dependerá de autorização ou concessão o aproveita-
§ 2º As empresas públicas e as sociedades de economia mista mento do potencial de energia renovável de capacidade reduzida.
não poderão gozar de privilégios fiscais não extensivos às do setor Art. 177. Constituem monopólio da União:
privado. I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e
§ 3º A lei regulamentará as relações da empresa pública com o outros hidrocarbonetos fluidos;(Vide Emenda Constitucional nº 9,
Estado e a sociedade. de 1995)
§ 4º A lei reprimirá o abuso do poder econômico que vise à do- II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
minação dos mercados, à eliminação da concorrência e ao aumento III - a importação e exportação dos produtos e derivados bási-
arbitrário dos lucros. cos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
§ 5º A lei, sem prejuízo da responsabilidade individual dos di- IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacio-
rigentes da pessoa jurídica, estabelecerá a responsabilidade desta, nal ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem
assim o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus
sujeitando-a às punições compatíveis com sua natureza, nos atos
derivados e gás natural de qualquer origem;
praticados contra a ordem econômica e financeira e contra a eco-
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento,
nomia popular.
a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e
Art. 174. Como agente normativo e regulador da atividade
seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, co-
econômica, o Estado exercerá, na forma da lei, as funções de fisca- mercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de
lização, incentivo e planejamento, sendo este determinante para o permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art.
setor público e indicativo para o setor privado.(Vide Lei nº 13.874, 21 desta Constituição Federal.(Redação dada pela Emenda Consti-
de 2019) tucional nº 49, de 2006)
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes e bases do planejamento do § 1º A União poderá contratar com empresas estatais ou pri-
desenvolvimento nacional equilibrado, o qual incorporará e compa- vadas a realização das atividades previstas nos incisos I a IV deste
tibilizará os planos nacionais e regionais de desenvolvimento. artigo observadas as condições estabelecidas em lei.(Redação dada
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e outras for- pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)  (Vide Emenda Consti-
mas de associativismo. tucional nº 9, de 1995)
§ 3º O Estado favorecerá a organização da atividade garimpeira § 2º A lei a que se refere o § 1º disporá sobre:(Incluído pela
em cooperativas, levando em conta a proteção do meio ambiente e Emenda Constitucional nº 9, de 1995)  (Vide Emenda Constitucio-
a promoção econômico-social dos garimpeiros. nal nº 9, de 1995)
§ 4º As cooperativas a que se refere o parágrafo anterior terão I - a garantia do fornecimento dos derivados de petróleo em
prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos todo o território nacional;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam 9, de 1995)
atuando, e naquelas fixadas de acordo com o art. 21, XXV, na forma II - as condições de contratação;(Incluído pela Emenda Consti-
da lei. tucional nº 9, de 1995)
Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, direta- III - a estrutura e atribuições do órgão regulador do monopólio
mente ou sob regime de concessão ou permissão, sempre através da União;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
de licitação, a prestação de serviços públicos. § 3º A lei disporá sobre o transporte e a utilização de materiais
Parágrafo único. A lei disporá sobre: radioativos no território nacional.(Renumerado de § 2º para 3º pela
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias Emenda Constitucional nº 9, de 1995)
de serviços públicos, o caráter especial de seu contrato e de sua § 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio
prorrogação, bem como as condições de caducidade, fiscalização e econômico relativa às atividades de importação ou comercialização
de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool
rescisão da concessão ou permissão;
combustível deverá atender aos seguintes requisitos:(Incluído pela
II - os direitos dos usuários;
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)
III - política tarifária;
I - a alíquota da contribuição poderá ser:(Incluído pela Emenda
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Constitucional nº 33, de 2001)
Art. 176. As jazidas, em lavra ou não, e demais recursos mi- a) diferenciada por produto ou uso;(Incluído pela Emenda
nerais e os potenciais de energia hidráulica constituem propriedade Constitucional nº 33, de 2001)
distinta da do solo, para efeito de exploração ou aproveitamento, e b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se
pertencem à União, garantida ao concessionário a propriedade do lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b ;(Incluído pela Emenda
produto da lavra. Constitucional nº 33, de 2001)

25
LEGISLAÇÃO
II - os recursos arrecadados serão destinados: (Incluído pela III - desapropriação com pagamento mediante títulos da dívi-
Emenda Constitucional nº 33, de 2001) da pública de emissão previamente aprovada pelo Senado Federal,
a) ao pagamento de subsídios a preços ou transporte de álco- com prazo de resgate de até dez anos, em parcelas anuais, iguais e
ol combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petró- sucessivas, assegurados o valor real da indenização e os juros legais.
leo;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até
b) ao financiamento de projetos ambientais relacionados com duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininter-
a indústria do petróleo e do gás;(Incluído pela Emenda Constitucio- ruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de
nal nº 33, de 2001) sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietá-
c) ao financiamento de programas de infra-estrutura de trans- rio de outro imóvel urbano ou rural.(Regulamento)
portes.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 33, de 2001) § 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferi-
Art. 178. A lei disporá sobre a ordenação dos transpor- dos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do
tes aéreo, aquático e terrestre, devendo, quanto à ordenação do estado civil.
transporte internacional, observar os acordos firmados pela União, § 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor
atendido o princípio da reciprocidade.(Redação dada pela Emenda mais de uma vez.
Constitucional nº 7, de 1995) § 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.
Parágrafo único. Na ordenação do transporte aquático, a lei es-
tabelecerá as condições em que o transporte de mercadorias na CAPÍTULO III
cabotagem e a navegação interior poderão ser feitos por embar- DA POLÍTICA AGRÍCOLA E FUNDIÁRIA E DA REFORMA AGRÁ-
cações estrangeiras.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 7, de RIA
1995) REGULAMENTO
Art. 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí-
pios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno por- Art. 184. Compete à União desapropriar por interesse social,
te, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando para fins de reforma agrária, o imóvel rural que não esteja cum-
a incentivá-las pela simplificação de suas obrigações administrati- prindo sua função social, mediante prévia e justa indenização em
vas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
redução destas por meio de lei. resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de
Art. 180. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- sua emissão, e cuja utilização será definida em lei.
pios promoverão e incentivarão o turismo como fator de desenvol- § 1º As benfeitorias úteis e necessárias serão indenizadas em
vimento social e econômico. dinheiro.
Art. 181. O atendimento de requisição de documento ou § 2º O decreto que declarar o imóvel como de interesse social,
informação de natureza comercial, feita por autoridade administra- para fins de reforma agrária, autoriza a União a propor a ação de
tiva ou judiciária estrangeira, a pessoa física ou jurídica residente desapropriação.
ou domiciliada no País dependerá de autorização do Poder com- § 3º Cabe à lei complementar estabelecer procedimento con-
traditório especial, de rito sumário, para o processo judicial de de-
petente.
sapropriação.
§ 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos
CAPÍTULO II
da dívida agrária, assim como o montante de recursos para atender
DA POLÍTICA URBANA
ao programa de reforma agrária no exercício.
§ 5º São isentas de impostos federais, estaduais e municipais
Art. 182. A política de desenvolvimento urbano, executada
as operações de transferência de imóveis desapropriados para fins
pelo Poder Público municipal, conforme diretrizes gerais fixadas em
de reforma agrária.
lei, tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções
Art. 185. São insuscetíveis de desapropriação para fins de
sociais da cidade e garantir o bem- estar de seus habitantes.(Regu- reforma agrária:
lamento)  (Vide Lei nº 13.311, de 11 de julho de 2016) I - a pequena e média propriedade rural, assim definida em lei,
§ 1º O plano diretor, aprovado pela Câmara Municipal, obriga- desde que seu proprietário não possua outra;
tório para cidades com mais de vinte mil habitantes, é o instrumen- II - a propriedade produtiva.
to básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana. Parágrafo único. A lei garantirá tratamento especial à proprie-
§ 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando dade produtiva e fixará normas para o cumprimento dos requisitos
atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade expres- relativos a sua função social.
sas no plano diretor. Art. 186. A função social é cumprida quando a propriedade
§ 3º As desapropriações de imóveis urbanos serão feitas com rural atende, simultaneamente, segundo critérios e graus de exi-
prévia e justa indenização em dinheiro. gência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
§ 4º É facultado ao Poder Público municipal, mediante lei es- I - aproveitamento racional e adequado;
pecífica para área incluída no plano diretor, exigir, nos termos da lei II - utilização adequada dos recursos naturais disponíveis e pre-
federal, do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado servação do meio ambiente;
ou não utilizado, que promova seu adequado aproveitamento, sob III - observância das disposições que regulam as relações de
pena, sucessivamente, de: trabalho;
I - parcelamento ou edificação compulsórios; IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprietários e
II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana dos trabalhadores.
progressivo no tempo; Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na
forma da lei, com a participação efetiva do setor de produção, en-
volvendo produtores e trabalhadores rurais, bem como dos setores
de comercialização, de armazenamento e de transportes, levando
em conta, especialmente:

26
LEGISLAÇÃO
I - os instrumentos creditícios e fiscais; V - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garan- 40, de 2003)
tia de comercialização; VI - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia; 40, de 2003)
IV - a assistência técnica e extensão rural; VII - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
V - o seguro agrícola; 40, de 2003)
VI - o cooperativismo; VIII - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
VII - a eletrificação rural e irrigação; 40, de 2003)
VIII - a habitação para o trabalhador rural. § 1° (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 1º Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro- 40, de 2003)
-industriais, agropecuárias, pesqueiras e florestais. § 2° (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
§ 2º Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de 40, de 2003)
reforma agrária. § 3° (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será 40, de 2003)
compatibilizada com a política agrícola e com o plano nacional de
reforma agrária. TÍTULO VIII
§ 1º A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras pú- DA ORDEM SOCIAL
blicas com área superior a dois mil e quinhentos hectares a pessoa CAPÍTULO I
física ou jurídica, ainda que por interposta pessoa, dependerá de DISPOSIÇÃO GERAL
prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as aliena- Art. 193. A ordem social tem como base o primado do traba-
ções ou as concessões de terras públicas para fins de reforma agrá- lho, e como objetivo o bem-estar e a justiça sociais.
ria. Parágrafo único. O Estado exercerá a função de planejamen-
Art. 189. Os beneficiários da distribuição de imóveis rurais to das políticas sociais, assegurada, na forma da lei, a participação
pela reforma agrária receberão títulos de domínio ou de concessão da sociedade nos processos de formulação, de monitoramento, de
de uso, inegociáveis pelo prazo de dez anos. controle e de avaliação dessas políticas. (Incluído pela Emenda
Parágrafo único. O título de domínio e a concessão de uso se- Constitucional nº 108, de 2020)
rão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independen-
temente do estado civil, nos termos e condições previstos em lei. CAPÍTULO II
Art. 190. A lei regulará e limitará a aquisição ou o arrenda- DA SEGURIDADE SOCIAL
mento de propriedade rural por pessoa física ou jurídica estrangeira SEÇÃO I
e estabelecerá os casos que dependerão de autorização do Con- DISPOSIÇÕES GERAIS
gresso Nacional.
Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel ru- Art. 194. A seguridade social compreende um conjunto inte-
ral ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem grado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade,
oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta destinadas a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e
hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, à assistência social.
tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Parágrafo único. Compete ao Poder Público, nos termos da lei,
Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por organizar a seguridade social, com base nos seguintes objetivos:
usucapião. I - universalidade da cobertura e do atendimento;
II - uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às po-
CAPÍTULO IV pulações urbanas e rurais;
DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL III - seletividade e distributividade na prestação dos benefícios
e serviços;
Art. 192. O sistema financeiro nacional, estruturado de forma IV - irredutibilidade do valor dos benefícios;
a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos V - eqüidade na forma de participação no custeio;
interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, VI - diversidade da base de financiamento, identificando-se, em
abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis rubricas contábeis específicas para cada área, as receitas e as des-
complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do pesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social,
capital estrangeiro nas instituições que o integram.(Redação dada preservado o caráter contributivo da previdência social;(Redação
pela Emenda Constitucional nº 40, de 2003)  (Vide Lei nº 8.392, dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
de 1991) VII - caráter democrático e descentralizado da administração,
I - (Revogado).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº mediante gestão quadripartite, com participação dos trabalhado-
40, de 2003) res, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos
II - (Revogado).(Redação dada pela Emenda Constitucional nº colegiados.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
40, de 2003) 1998)
III - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº Art. 195. A seguridade social será financiada por toda a so-
40, de 2003) ciedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante
a) (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do
40, de 2003) Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições so-
b) (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº ciais:(Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
40, de 2003) I - do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada
IV - (Revogado)(Redação dada pela Emenda Constitucional nº na forma da lei, incidentes sobre:(Redação dada pela Emenda Cons-
40, de 2003) titucional nº 20, de 1998)

27
LEGISLAÇÃO
a) a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos § 11. São vedados a moratória e o parcelamento em prazo su-
ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste servi- perior a 60 (sessenta) meses e, na forma de lei complementar, a
ço, mesmo sem vínculo empregatício;(Incluído pela Emenda Consti- remissão e a anistia das contribuições sociais de que tratam a alínea
tucional nº 20, de 1998) “a” do inciso I e o inciso II do caput. (Redação dada pela Emenda
b) a receita ou o faturamento;(Incluído pela Emenda Constitu- Constitucional nº 103, de 2019)
cional nº 20, de 1998) § 12. A lei definirá os setores de atividade econômica para os
c) o lucro;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) quais as contribuições incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do
II - do trabalhador e dos demais segurados da previdência so- capu t, serão não-cumulativas.(Incluído pela Emenda Constitucio-
cial, podendo ser adotadas alíquotas progressivas de acordo com o nal nº 42, de 19.12.2003)
valor do salário de contribuição, não incidindo contribuição sobre § 13. (Revogado). (Redação dada pela Emenda Constitucional
aposentadoria e pensão concedidas pelo Regime Geral de Previdên- nº 103, de 2019)
cia Social; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, § 14. O segurado somente terá reconhecida como tempo de
de 2019) contribuição ao Regime Geral de Previdência Social a competência
III - sobre a receita de concursos de prognósticos. cuja contribuição seja igual ou superior à contribuição mínima men-
IV - do importador de bens ou serviços do exterior, ou de quem sal exigida para sua categoria, assegurado o agrupamento de con-
a lei a ele equiparar.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de tribuições. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
19.12.2003)
§ 1º As receitas dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- SEÇÃO II
pios destinadas à seguridade social constarão dos respectivos orça- DA SAÚDE
mentos, não integrando o orçamento da União.
§ 2º A proposta de orçamento da seguridade social será ela- Art. 196. A saúde é direito de todos e dever do Estado, ga-
borada de forma integrada pelos órgãos responsáveis pela saúde, rantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redu-
previdência social e assistência social, tendo em vista as metas e ção do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e
prioridades estabelecidas na lei de diretrizes orçamentárias, asse- igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recu-
gurada a cada área a gestão de seus recursos. peração.
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o sistema da seguridade Art. 197. São de relevância pública as ações e serviços de
social, como estabelecido em lei, não poderá contratar com o Poder saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre
Público nem dele receber benefícios ou incentivos fiscais ou credití- sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução
cios.(Vide Medida Provisória nº 526, de 2011)  (Vide Lei nº 12.453, ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa
física ou jurídica de direito privado.
de 2011) (Vide Emenda constitucional nº 106, de 2020)
Art. 198. As ações e serviços públicos de saúde integram uma
§ 4º A lei poderá instituir outras fontes destinadas a garantir a
rede regionalizada e hierarquizada e constituem um sistema único,
manutenção ou expansão da seguridade social, obedecido o dispos-
organizado de acordo com as seguintes diretrizes:(Vide ADPF 672)
to no art. 154, I.
I - descentralização, com direção única em cada esfera de go-
§ 5º Nenhum benefício ou serviço da seguridade social poderá verno;
ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de II - atendimento integral, com prioridade para as atividades
custeio total. preventivas, sem prejuízo dos serviços assistenciais;
§ 6º As contribuições sociais de que trata este artigo só pode- III - participação da comunidade.
rão ser exigidas após decorridos noventa dias da data da publicação § 1º. O sistema único de saúde será financiado, nos termos
da lei que as houver instituído ou modificado, não se lhes aplicando do art. 195, com recursos do orçamento da seguridade social, da
o disposto no art. 150, III, “b”. União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, além de
§ 7º São isentas de contribuição para a seguridade social as outras fontes.(Parágrafo único renumerado para § 1º pela Emenda
entidades beneficentes de assistência social que atendam às exi- Constitucional nº 29, de 2000)
gências estabelecidas em lei. § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
§ 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatário rurais e aplicarão, anualmente, em ações e serviços públicos de saúde re-
o pescador artesanal, bem como os respectivos cônjuges, que exer- cursos mínimos derivados da aplicação de percentuais calculados
çam suas atividades em regime de economia familiar, sem empre- sobre:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
gados permanentes, contribuirão para a seguridade social median- I - no caso da União, a receita corrente líquida do respectivo
te a aplicação de uma alíquota sobre o resultado da comercialização exercício financeiro, não podendo ser inferior a 15% (quinze por
da produção e farão jus aos benefícios nos termos da lei.(Redação cento);(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) II - no caso dos Estados e do Distrito Federal, o produto da ar-
§ 9º As contribuições sociais previstas no inciso I do caput deste recadação dos impostos a que se refere o art. 155 e dos recursos de
artigo poderão ter alíquotas diferenciadas em razão da atividade que tratam os arts. 157 e 159, inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas
econômica, da utilização intensiva de mão de obra, do porte da as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios; (In-
empresa ou da condição estrutural do mercado de trabalho, sen- cluído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
do também autorizada a adoção de bases de cálculo diferenciadas III - no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da
apenas no caso das alíneas “b” e “c” do inciso I do caput.(Redação arrecadação dos impostos a que se refere o art. 156 e dos recursos
dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) de que tratam os arts. 158 e 159, inciso I, alínea b e § 3º.(Incluído
pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000)
§ 10. A lei definirá os critérios de transferência de recursos para
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada pelo menos a cada
o sistema único de saúde e ações de assistência social da União para
cinco anos, estabelecerá:(Incluído pela Emenda Constitucional nº
os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, e dos Estados para
29, de 2000) Regulamento
os Municípios, observada a respectiva contrapartida de recursos.
I - os percentuais de que tratam os incisos II e III do § 2º;(Reda-
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) ção dada pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)

28
LEGISLAÇÃO
II - os critérios de rateio dos recursos da União vinculados à VII - participar do controle e fiscalização da produção, trans-
saúde destinados aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, porte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
e dos Estados destinados a seus respectivos Municípios, objetivan- tóxicos e radioativos;
do a progressiva redução das disparidades regionais; (Incluído pela VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreen-
Emenda Constitucional nº 29, de 2000) dido o do trabalho.
III - as normas de fiscalização, avaliação e controle das despesas
com saúde nas esferas federal, estadual, distrital e municipal;(Inclu- SEÇÃO III
ído pela Emenda Constitucional nº 29, de 2000) DA PREVIDÊNCIA SOCIAL
IV - (revogado) . (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 86, de 2015) Art. 201. A previdência social será organizada sob a forma
§ 4º Os gestores locais do sistema único de saúde poderão do Regime Geral de Previdência Social, de caráter contributivo e de
admitir agentes comunitários de saúde e agentes de combate às filiação obrigatória, observados critérios que preservem o equilíbrio
endemias por meio de processo seletivo público, de acordo com a financeiro e atuarial, e atenderá, na forma da lei, a: (Redação dada
natureza e complexidade de suas atribuições e requisitos específi- pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
cos para sua atuação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, I - cobertura dos eventos de incapacidade temporária ou per-
de 2006) manente para o trabalho e idade avançada; (Redação dada pela
§ 5º Lei federal disporá sobre o regime jurídico, o piso salarial Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
profissional nacional, as diretrizes para os Planos de Carreira e a II - proteção à maternidade, especialmente à gestante;(Reda-
regulamentação das atividades de agente comunitário de saúde e ção dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
agente de combate às endemias, competindo à União, nos termos III - proteção ao trabalhador em situação de desemprego invo-
da lei, prestar assistência financeira complementar aos Estados, ao luntário;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
Distrito Federal e aos Municípios, para o cumprimento do referido IV - salário-família e auxílio-reclusão para os dependentes dos
piso salarial.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 63, de segurados de baixa renda;(Redação dada pela Emenda Constitucio-
2010) Regulamento nal nº 20, de 1998)
§ 6º Além das hipóteses previstas no § 1º do art. 41 e no § 4º V - pensão por morte do segurado, homem ou mulher, ao côn-
do art. 169 da Constituição Federal, o servidor que exerça funções juge ou companheiro e dependentes, observado o disposto no §
equivalentes às de agente comunitário de saúde ou de agente de 2º.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
combate às endemias poderá perder o cargo em caso de descum- § 1º É vedada a adoção de requisitos ou critérios diferenciados
primento dos requisitos específicos, fixados em lei, para o seu exer- para concessão de benefícios, ressalvada, nos termos de lei com-
cício.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 51, de 2006) plementar, a possibilidade de previsão de idade e tempo de contri-
Art. 199. A assistência à saúde é livre à iniciativa privada. buição distintos da regra geral para concessão de aposentadoria ex-
§ 1º - As instituições privadas poderão participar de forma clusivamente em favor dos segurados:(Redação dada pela Emenda
complementar do sistema único de saúde, segundo diretrizes des- Constitucional nº 103, de 2019)
te, mediante contrato de direito público ou convênio, tendo prefe- I - com deficiência, previamente submetidos a avaliação biop-
rência as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. sicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdiscipli-
§ 2º É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios nar;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. II - cujas atividades sejam exercidas com efetiva exposição a
§ 3º É vedada a participação direta ou indireta de empresas ou agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à saúde, ou asso-
capitais estrangeiros na assistência à saúde no País, salvo nos casos ciação desses agentes, vedada a caracterização por categoria pro-
previstos em lei. fissional ou ocupação.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103,
§ 4º A lei disporá sobre as condições e os requisitos que facili- de 2019)
tem a remoção de órgãos, tecidos e substâncias humanas para fins § 2º Nenhum benefício que substitua o salário de contribuição
de transplante, pesquisa e tratamento, bem como a coleta, proces- ou o rendimento do trabalho do segurado terá valor mensal inferior
samento e transfusão de sangue e seus derivados, sendo vedado ao salário mínimo.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
todo tipo de comercialização. 20, de 1998)
Art. 200. Ao sistema único de saúde compete, além de outras § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cál-
atribuições, nos termos da lei: culo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
de interesse para a saúde e participar da produção de medicamen- § 4º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preser-
tos, equipamentos, imunobiológicos, hemoderivados e outros in- var-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
sumos; definidos em lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, de 1998)
bem como as de saúde do trabalhador; § 5º É vedada a filiação ao regime geral de previdência social,
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde; na qualidade de segurado facultativo, de pessoa participante de re-
IV - participar da formulação da política e da execução das gime próprio de previdência.(Redação dada pela Emenda Constitu-
ações de saneamento básico; cional nº 20, de 1998)
V - incrementar, em sua área de atuação, o desenvolvimento § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá
científico e tecnológico e a inovação;(Redação dada pela Emenda por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.
Constitucional nº 85, de 2015) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle § 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdên-
de seu teor nutricional, bem como bebidas e águas para consumo cia social, nos termos da lei, obedecidas as seguintes condições:(Re-
humano; dação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)

29
LEGISLAÇÃO
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessen- Art. 202. O regime de previdência privada, de caráter comple-
ta e dois) anos de idade, se mulher, observado tempo mínimo de mentar e organizado de forma autônoma em relação ao regime ge-
contribuição; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, ral de previdência social, será facultativo, baseado na constituição
de 2019) de reservas que garantam o benefício contratado, e regulado por
II - 60 (sessenta) anos de idade, se homem, e 55 (cinquenta e lei complementar.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
cinco) anos de idade, se mulher, para os trabalhadores rurais e para de 1998)  (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, § 1° A lei complementar de que trata este artigo assegurará ao
nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador arte- participante de planos de benefícios de entidades de previdência
sanal.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) privada o pleno acesso às informações relativas à gestão de seus
§ 8º O requisito de idade a que se refere o inciso I do § 7º será respectivos planos.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
reduzido em 5 (cinco) anos, para o professor que comprove tempo 20, de 1998)
de efetivo exercício das funções de magistério na educação infantil § 2° As contribuições do empregador, os benefícios e as con-
e no ensino fundamental e médio fixado em lei complementar.(Re- dições contratuais previstas nos estatutos, regulamentos e planos
dação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) de benefícios das entidades de previdência privada não integram o
§ 9º Para fins de aposentadoria, será assegurada a contagem contrato de trabalho dos participantes, assim como, à exceção dos
recíproca do tempo de contribuição entre o Regime Geral de Previ- benefícios concedidos, não integram a remuneração dos participan-
dência Social e os regimes próprios de previdência social, e destes tes, nos termos da lei.(Redação dada pela Emenda Constitucional
entre si, observada a compensação financeira, de acordo com os nº 20, de 1998)
critérios estabelecidos em lei.(Redação dada pela Emenda Consti- § 3º É vedado o aporte de recursos a entidade de previdên-
tucional nº 103, de 2019) cia privada pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios, suas
§ 9º-A. O tempo de serviço militar exercido nas atividades de autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia
que tratam os arts. 42, 142 e 143 e o tempo de contribuição ao Re- mista e outras entidades públicas, salvo na qualidade de patrocina-
gime Geral de Previdência Social ou a regime próprio de previdên- dor, situação na qual, em hipótese alguma, sua contribuição normal
cia social terão contagem recíproca para fins de inativação militar poderá exceder a do segurado.(Incluído pela Emenda Constitucio-
ou aposentadoria, e a compensação financeira será devida entre nal nº 20, de 1998)  (Vide Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
as receitas de contribuição referentes aos militares e as receitas de § 4º Lei complementar disciplinará a relação entre a União,
contribuição aos demais regimes.(Incluído pela Emenda Constitu- Estados, Distrito Federal ou Municípios, inclusive suas autarquias,
cional nº 103, de 2019) fundações, sociedades de economia mista e empresas controladas
§ 10. Lei complementar poderá disciplinar a cobertura de be- direta ou indiretamente, enquanto patrocinadores de planos de be-
nefícios não programados, inclusive os decorrentes de acidente do nefícios previdenciários, e as entidades de previdência complemen-
trabalho, a ser atendida concorrentemente pelo Regime Geral de tar. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
Previdência Social e pelo setor privado.(Redação dada pela Emenda § 5º A lei complementar de que trata o § 4º aplicar-se-á, no
Constitucional nº 103, de 2019) que couber, às empresas privadas permissionárias ou concessioná-
§ 11. Os ganhos habituais do empregado, a qualquer título, se- rias de prestação de serviços públicos, quando patrocinadoras de
rão incorporados ao salário para efeito de contribuição previdenciá- planos de benefícios em entidades de previdência complementar.
ria e conseqüente repercussão em benefícios, nos casos e na forma (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
da lei.(Incluído dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998) § 6º Lei complementar estabelecerá os requisitos para a desig-
§ 12. Lei instituirá sistema especial de inclusão previdenciária, nação dos membros das diretorias das entidades fechadas de previ-
com alíquotas diferenciadas, para atender aos trabalhadores de dência complementar instituídas pelos patrocinadores de que trata
baixa renda, inclusive os que se encontram em situação de infor- o § 4º e disciplinará a inserção dos participantes nos colegiados e
malidade, e àqueles sem renda própria que se dediquem exclusi- instâncias de decisão em que seus interesses sejam objeto de dis-
vamente ao trabalho doméstico no âmbito de sua residência, des- cussão e deliberação. (Redação dada pela Emenda Constitucional
de que pertencentes a famílias de baixa renda.(Redação dada pela nº 103, de 2019)
Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
§ 13. A aposentadoria concedida ao segurado de que trata o § SEÇÃO IV
12 terá valor de 1 (um) salário-mínimo.(Redação dada pela Emenda DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Constitucional nº 103, de 2019)
§ 14. É vedada a contagem de tempo de contribuição fictício Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela ne-
para efeito de concessão dos benefícios previdenciários e de con- cessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e
tagem recíproca.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de tem por objetivos:
2019) I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescên-
§ 15. Lei complementar estabelecerá vedações, regras e con- cia e à velhice;
dições para a acumulação de benefícios previdenciários.(Incluído II - o amparo às crianças e adolescentes carentes;
pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
§ 16. Os empregados dos consórcios públicos, das empresas IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de defi-
públicas, das sociedades de economia mista e das suas subsidiárias ciência e a promoção de sua integração à vida comunitária;
serão aposentados compulsoriamente, observado o cumprimento V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pes-
do tempo mínimo de contribuição, ao atingir a idade máxima de soa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não pos-
que trata o inciso II do § 1º do art. 40, na forma estabelecida em lei. suir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019) sua família, conforme dispuser a lei.
VI - a redução da vulnerabilidade socioeconômica de famí-
lias em situação de pobreza ou de extrema pobreza.(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 114, de 2021)

30
LEGISLAÇÃO
Art. 204. As ações governamentais na área da assistência social § 1º É facultado às universidades admitir professores, técnicos
serão realizadas com recursos do orçamento da seguridade social, e cientistas estrangeiros, na forma da lei.(Incluído pela Emenda
previstos no art. 195, além de outras fontes, e organizadas com Constitucional nº 11, de 1996)
base nas seguintes diretrizes: § 2º O disposto neste artigo aplica-se às instituições de pesqui-
I - descentralização político-administrativa, cabendo a coorde- sa científica e tecnológica.(Incluído pela Emenda Constitucional nº
nação e as normas gerais à esfera federal e a coordenação e a exe- 11, de 1996)
cução dos respectivos programas às esferas estadual e municipal, Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado me-
bem como a entidades beneficentes e de assistência social; diante a garantia de:
II - participação da população, por meio de organizações repre- I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
sentativas, na formulação das políticas e no controle das ações em (dezessete) anos de idade, assegurada inclusive sua oferta gratuita
todos os níveis. para todos os que a ela não tiveram acesso na idade própria;(Reda-
Parágrafo único. É facultado aos Estados e ao Distrito Federal ção dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)(Vide Emenda
vincular a programa de apoio à inclusão e promoção social até cinco Constitucional nº 59, de 2009)
décimos por cento de sua receita tributária líquida, vedada a aplica- II - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao
ção desses recursos no pagamento de:(Incluído pela Emenda Cons- ensino médio;
titucional nº 42, de 19.12.2003) II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;(Reda-
I - despesas com pessoal e encargos sociais;(Incluído pela ção dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) III - atendimento educacional especializado aos portadores de
II - serviço da dívida;(Incluído pela Emenda Constitucional nº deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
42, de 19.12.2003) IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
III - qualquer outra despesa corrente não vinculada direta- seis anos de idade;
mente aos investimentos ou ações apoiados.(Incluído pela Emenda IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até
Constitucional nº 42, de 19.12.2003) 5 (cinco) anos de idade;(Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 53, de 2006)
CAPÍTULO III V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da
DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO criação artística, segundo a capacidade de cada um;
SEÇÃO I VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições
DA EDUCAÇÃO do educando;
VII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educa-
Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da ção básica, por meio de programas suplementares de material didá-
família, será promovida e incentivada com a colaboração da socie- ticoescolar, transporte, alimentação e assistência à saúde.(Redação
dade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo dada pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. § 1º O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público
Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes subjetivo.
princípios: § 2º O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo Poder Pú-
I - igualdade de condições para o acesso e permanência na es- blico, ou sua oferta irregular, importa responsabilidade da autorida-
cola; de competente.
II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pen- § 3º Compete ao Poder Público recensear os educandos no en-
samento, a arte e o saber; sino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou
III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexis- responsáveis, pela freqüência à escola.
tência de instituições públicas e privadas de ensino; Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as se-
IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; guintes condições:
V - valorização dos profissionais da educação escolar, garan- I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
tidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusiva- II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Público.
mente por concurso público de provas e títulos, aos das redes pú- Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o ensino
blicas;(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) fundamental, de maneira a assegurar formação básica comum e
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei; respeito aos valores culturais e artísticos, nacionais e regionais.
VII - garantia de padrão de qualidade. § 1º O ensino religioso, de matrícula facultativa, constituirá dis-
VIII - piso salarial profissional nacional para os profissionais da ciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino funda-
educação escolar pública, nos termos de lei federal.(Incluído pela mental.
Emenda Constitucional nº 53, de 2006) § 2º O ensino fundamental regular será ministrado em língua
IX - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo portuguesa, assegurada às comunidades indígenas também a uti-
da vida.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) lização de suas línguas maternas e processos próprios de aprendi-
Parágrafo único. A lei disporá sobre as categorias de trabalha- zagem.
dores considerados profissionais da educação básica e sobre a fi- Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios
xação de prazo para a elaboração ou adequação de seus planos de organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino.
carreira, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos Ter-
Municípios.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) ritórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e exer-
Art. 207. As universidades gozam de autonomia didático-cien- cerá, em matéria educacional, função redistributiva e supletiva, de
tífica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, e obe- forma a garantir equalização de oportunidades educacionais e pa-
decerão ao princípio de indissociabilidade entre ensino, pesquisa drão mínimo de qualidade do ensino mediante assistência técnica e
e extensão. financeira aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios;(Reda-
ção dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)

31
LEGISLAÇÃO
§ 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino funda- § 8º Na hipótese de extinção ou de substituição de impostos,
mental e na educação infantil.(Redação dada pela Emenda Consti- serão redefinidos os percentuais referidos no caput deste artigo e
tucional nº 14, de 1996) no inciso II do caput do art. 212-A, de modo que resultem recur-
§ 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no sos vinculados à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, bem
ensino fundamental e médio.(Incluído pela Emenda Constitucional como os recursos subvinculados aos fundos de que trata o art. 212-
nº 14, de 1996) A desta Constituição, em aplicações equivalentes às anteriormente
§ 4º Na organização de seus sistemas de ensino, a União, os praticadas.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
Estados, o Distrito Federal e os Municípios definirão formas de co- § 9º A lei disporá sobre normas de fiscalização, de avaliação e
laboração, de forma a assegurar a universalização, a qualidade e a de controle das despesas com educação nas esferas estadual, dis-
equidade do ensino obrigatório. (Redação dada pela Emenda Cons- trital e municipal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de
titucional nº 108, de 2020) 2020)
§ 5º A educação básica pública atenderá prioritariamente ao Art. 212-A. Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios des-
ensino regular.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) tinarão parte dos recursos a que se refere o caput do art. 212 des-
§ 6º A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios ta Constituição à manutenção e ao desenvolvimento do ensino na
exercerão ação redistributiva em relação a suas escolas.(Incluído educação básica e à remuneração condigna de seus profissionais,
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) respeitadas as seguintes disposições: (Incluído pela Emenda Cons-
§ 7º O padrão mínimo de qualidade de que trata o § 1º deste titucional nº 108, de 2020) Regulamento
artigo considerará as condições adequadas de oferta e terá como I - a distribuição dos recursos e de responsabilidades entre o
referência o Custo Aluno Qualidade (CAQ), pactuados em regime de Distrito Federal, os Estados e seus Municípios é assegurada median-
colaboração na forma disposta em lei complementar, conforme o
te a instituição, no âmbito de cada Estado e do Distrito Federal, de
parágrafo único do art. 23 desta Constituição.(Incluído pela Emenda
um Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e
Constitucional nº 108, de 2020)
de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), de natureza
Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos de dezoi-
contábil;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
to, e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios vinte e cinco por
cento, no mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida II - os fundos referidos no inciso I do caput deste artigo serão
a proveniente de transferências, na manutenção e desenvolvimen- constituídos por 20% (vinte por cento) dos recursos a que se refe-
to do ensino. rem os incisos I, II e III do caput do art. 155, o inciso II do caput do
§ 1º A parcela da arrecadação de impostos transferida pela art. 157, os incisos II, III e IV do caput do art. 158 e as alíneas “a”
União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos e “b” do inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constitui-
Estados aos respectivos Municípios, não é considerada, para efeito ção;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
do cálculo previsto neste artigo, receita do governo que a transferir. III - os recursos referidos no inciso II do caput deste artigo
§ 2º Para efeito do cumprimento do disposto no “caput” deste serão distribuídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcio-
artigo, serão considerados os sistemas de ensino federal, estadual e nalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades
municipal e os recursos aplicados na forma do art. 213. da educação básica presencial matriculados nas respectivas redes,
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade nos âmbitos de atuação prioritária, conforme estabelecido nos §§
ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, nos ter- 2º e 3º do art. 211 desta Constituição, observadas as ponderações
mos do plano nacional de educação. referidas na alínea “a” do inciso X do caput e no § 2º deste artigo;
§ 3º A distribuição dos recursos públicos assegurará prioridade (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
ao atendimento das necessidades do ensino obrigatório, no que se IV - a União complementará os recursos dos fundos a que se
refere a universalização, garantia de padrão de qualidade e equida- refere o inciso II do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda
de, nos termos do plano nacional de educação.(Redação dada pela Constitucional nº 108, de 2020)
Emenda Constitucional nº 59, de 2009) V - a complementação da União será equivalente a, no mínimo,
§ 4º Os programas suplementares de alimentação e assistência 23% (vinte e três por cento) do total de recursos a que se refere o
à saúde previstos no art. 208, VII, serão financiados com recursos inciso II do caput deste artigo, distribuída da seguinte forma:(Inclu-
provenientes de contribuições sociais e outros recursos orçamen- ído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
tários. a) 10 (dez) pontos percentuais no âmbito de cada Estado e do
§ 5º A educação básica pública terá como fonte adicional de Distrito Federal, sempre que o valor anual por aluno (VAAF), nos
financiamento a contribuição social do salário-educação, recolhida termos do inciso III do caput deste artigo, não alcançar o mínimo
pelas empresas na forma da lei.(Redação dada pela Emenda Consti-
definido nacionalmente;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
tucional nº 53, de 2006)  (Vide Decreto nº 6.003, de 2006)
108, de 2020)
§ 6º As cotas estaduais e municipais da arrecadação da contri-
b) no mínimo, 10,5 (dez inteiros e cinco décimos) pontos per-
buição social do salário-educação serão distribuídas proporcional-
centuais em cada rede pública de ensino municipal, estadual ou
mente ao número de alunos matriculados na educação básica nas
respectivas redes públicas de ensino.(Incluído pela Emenda Consti- distrital, sempre que o valor anual total por aluno (VAAT), referido
tucional nº 53, de 2006) no inciso VI do caput deste artigo, não alcançar o mínimo definido
§ 7º É vedado o uso dos recursos referidos no caput e nos §§ nacionalmente; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de
5º e 6º deste artigo para pagamento de aposentadorias e de pen- 2020)
sões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) c) 2,5 (dois inteiros e cinco décimos) pontos percentuais nas
redes públicas que, cumpridas condicionalidades de melhoria de
gestão previstas em lei, alcançarem evolução de indicadores a se-
rem definidos, de atendimento e melhoria da aprendizagem com
redução das desigualdades, nos termos do sistema nacional de ava-
liação da educação básica;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
108, de 2020)

32
LEGISLAÇÃO
VI - o VAAT será calculado, na forma da lei de que trata o inciso XIII - a utilização dos recursos a que se refere o § 5º do art. 212
X do caput deste artigo, com base nos recursos a que se refere o desta Constituição para a complementação da União ao Fundeb,
inciso II do caput deste artigo, acrescidos de outras receitas e de referida no inciso V do caput deste artigo, é vedada. (Incluído pela
transferências vinculadas à educação, observado o disposto no § 1º Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
e consideradas as matrículas nos termos do inciso III do caput des- § 1º O cálculo do VAAT, referido no inciso VI do caput deste
te artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) artigo, deverá considerar, além dos recursos previstos no inciso II do
VII - os recursos de que tratam os incisos II e IV do caput deste caput deste artigo, pelo menos, as seguintes disponibilidades:(In-
artigo serão aplicados pelos Estados e pelos Municípios exclusiva- cluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
mente nos respectivos âmbitos de atuação prioritária, conforme es- I - receitas de Estados, do Distrito Federal e de Municípios vin-
tabelecido nos §§ 2º e 3º do art. 211 desta Constituição; (Incluído culadas à manutenção e ao desenvolvimento do ensino não inte-
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020) grantes dos fundos referidos no inciso I do caput deste artigo;(In-
VIII - a vinculação de recursos à manutenção e ao desenvolvi- cluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
mento do ensino estabelecida no art. 212 desta Constituição su- II - cotas estaduais e municipais da arrecadação do salário-edu-
portará, no máximo, 30% (trinta por cento) da complementação da cação de que trata o § 6º do art. 212 desta Constituição;(Incluído
União, considerados para os fins deste inciso os valores previstos no pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucio- III - complementação da União transferida a Estados, ao Distri-
to Federal e a Municípios nos termos da alínea “a” do inciso V do
nal nº 108, de 2020)
caput deste artigo. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108,
IX - o disposto no caput do art. 160 desta Constituição aplica-
de 2020)
-se aos recursos referidos nos incisos II e IV do caput deste artigo,
§ 2º Além das ponderações previstas na alínea “a” do inciso
e seu descumprimento pela autoridade competente importará em
X do caput deste artigo, a lei definirá outras relativas ao nível so-
crime de responsabilidade;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
cioeconômico dos educandos e aos indicadores de disponibilidade
108, de 2020)
de recursos vinculados à educação e de potencial de arrecadação
X - a lei disporá, observadas as garantias estabelecidas nos inci-
tributária de cada ente federado, bem como seus prazos de imple-
sos I, II, III e IV do caput e no § 1º do art. 208 e as metas pertinen-
mentação. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
tes do plano nacional de educação, nos termos previstos no art. 214
§ 3º Será destinada à educação infantil a proporção de 50%
desta Constituição, sobre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
(cinquenta por cento) dos recursos globais a que se refere a alínea
108, de 2020)
“b” do inciso V do caput deste artigo, nos termos da lei.”(Incluído
a) a organização dos fundos referidos no inciso I do caput deste
pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
artigo e a distribuição proporcional de seus recursos, as diferenças
Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às escolas pú-
e as ponderações quanto ao valor anual por aluno entre etapas,
blicas, podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais
modalidades, duração da jornada e tipos de estabelecimento de
ou filantrópicas, definidas em lei, que:
ensino, observados as respectivas especificidades e os insumos ne-
I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus exce-
cessários para a garantia de sua qualidade; (Incluído pela Emenda
dentes financeiros em educação;
Constitucional nº 108, de 2020)
II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola
b) a forma de cálculo do VAAF decorrente do inciso III do caput
comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público, no
deste artigo e do VAAT referido no inciso VI do caput deste artigo;
caso de encerramento de suas atividades.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
§ 1º Os recursos de que trata este artigo poderão ser desti-
c) a forma de cálculo para distribuição prevista na alínea “c” do
nados a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na
inciso V do caput deste artigo; (Incluído pela Emenda Constitucio-
forma da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
nal nº 108, de 2020)
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública
d) a transparência, o monitoramento, a fiscalização e o controle
na localidade da residência do educando, ficando o Poder Público
interno, externo e social dos fundos referidos no inciso I do caput
obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na lo-
deste artigo, assegurada a criação, a autonomia, a manutenção e a
calidade.
consolidação de conselhos de acompanhamento e controle social,
§ 2º As atividades de pesquisa, de extensão e de estímulo e
admitida sua integração aos conselhos de educação; (Incluído pela
fomento à inovação realizadas por universidades e/ou por institui-
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
ções de educação profissional e tecnológica poderão receber apoio
e) o conteúdo e a periodicidade da avaliação, por parte do ór-
financeiro do Poder Público.(Redação dada pela Emenda Constitu-
gão responsável, dos efeitos redistributivos, da melhoria dos indica-
cional nº 85, de 2015)
dores educacionais e da ampliação do atendimento;(Incluído pela
Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
duração decenal, com o objetivo de articular o sistema nacional de
XI - proporção não inferior a 70% (setenta por cento) de cada
educação em regime de colaboração e definir diretrizes, objetivos,
fundo referido no inciso I do caput deste artigo, excluídos os recur-
metas e estratégias de implementação para assegurar a manuten-
sos de que trata a alínea “c” do inciso V do caput deste artigo, será
ção e desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis, etapas
destinada ao pagamento dos profissionais da educação básica em
e modalidades por meio de ações integradas dos poderes públicos
efetivo exercício, observado, em relação aos recursos previstos na
das diferentes esferas federativas que conduzam a:(Redação dada
alínea “b” do inciso V do caput deste artigo, o percentual mínimo
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009)
de 15% (quinze por cento) para despesas de capital;(Incluído pela
I - erradicação do analfabetismo;
Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
II - universalização do atendimento escolar;
XII - lei específica disporá sobre o piso salarial profissional na-
III - melhoria da qualidade do ensino;
cional para os profissionais do magistério da educação básica públi-
IV - formação para o trabalho;
ca; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 108, de 2020)
V - promoção humanística, científica e tecnológica do País.

33
LEGISLAÇÃO
VI - estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos II - serviço da dívida;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
em educação como proporção do produto interno bruto.(Incluído 42, de 19.12.2003)
pela Emenda Constitucional nº 59, de 2009) III - qualquer outra despesa corrente não vinculada direta-
mente aos investimentos ou ações apoiados.(Incluído pela Emenda
SEÇÃO II Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
DA CULTURA Art. 216-A. O Sistema Nacional de Cultura, organizado em
regime de colaboração, de forma descentralizada e participativa,
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos institui um processo de gestão e promoção conjunta de políticas
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará públicas de cultura, democráticas e permanentes, pactuadas entre
e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais. os entes da Federação e a sociedade, tendo por objetivo promover
§ 1º O Estado protegerá as manifestações das culturas popula- o desenvolvimento humano, social e econômico com pleno exercí-
res, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros grupos participan- cio dos direitos culturais. (Incluído pela Emenda Constitucional nº
tes do processo civilizatório nacional. 71, de 2012)
§ 2º A lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas de § 1º O Sistema Nacional de Cultura fundamenta-se na política
alta significação para os diferentes segmentos étnicos nacionais. nacional de cultura e nas suas diretrizes, estabelecidas no Plano Na-
§ 3º A lei estabelecerá o Plano Nacional de Cultura, de duração cional de Cultura, e rege-se pelos seguintes princípios: (Incluído
plurianual, visando ao desenvolvimento cultural do País e à inte- pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
gração das ações do poder público que conduzem à:(Incluído pela I - diversidade das expressões culturais;(Incluído pela Emenda
Emenda Constitucional nº 48, de 2005) Constitucional nº 71, de 2012)
I defesa e valorização do patrimônio cultural brasileiro;(Incluí- II - universalização do acesso aos bens e serviços culturais;(In-
do pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
II produção, promoção e difusão de bens culturais;(Incluído III - fomento à produção, difusão e circulação de conhecimen-
pela Emenda Constitucional nº 48, de 2005) to e bens culturais;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
III formação de pessoal qualificado para a gestão da cultura em 2012)
suas múltiplas dimensões;(Incluído pela Emenda Constitucional nº IV - cooperação entre os entes federados, os agentes públicos
48, de 2005) e privados atuantes na área cultural;(Incluído pela Emenda Consti-
IV democratização do acesso aos bens de cultura;(Incluído pela tucional nº 71, de 2012)
Emenda Constitucional nº 48, de 2005) V - integração e interação na execução das políticas, progra-
V valorização da diversidade étnica e regional.(Incluído pela mas, projetos e ações desenvolvidas;(Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 71, de 2012)
Emenda Constitucional nº 48, de 2005)
VI - complementaridade nos papéis dos agentes culturais;(In-
Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens
cluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
de natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
VII - transversalidade das políticas culturais;(Incluído pela
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória
Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais
VIII - autonomia dos entes federados e das instituições da so-
se incluem:
ciedade civil;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
I - as formas de expressão;
IX - transparência e compartilhamento das informações;(Inclu-
II - os modos de criar, fazer e viver;
ído pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)
III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas; X - democratização dos processos decisórios com participação
IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espa- e controle social;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
ços destinados às manifestações artístico-culturais; 2012)
V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, XI - descentralização articulada e pactuada da gestão, dos re-
artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico. cursos e das ações;(Incluído pela Emenda Constitucional nº 71, de
§ 1º O Poder Público, com a colaboração da comunidade, pro- 2012)
moverá e protegerá o patrimônio cultural brasileiro, por meio de XII - ampliação progressiva dos recursos contidos nos orçamen-
inventários, registros, vigilância, tombamento e desapropriação, e tos públicos para a cultura.(Incluído pela Emenda Constitucional nº
de outras formas de acautelamento e preservação. 71, de 2012)
§ 2º Cabem à administração pública, na forma da lei, a gestão § 2º Constitui a estrutura do Sistema Nacional de Cultura, nas
da documentação governamental e as providências para franque- respectivas esferas da Federação:(Incluído pela Emenda Constitu-
ar sua consulta a quantos dela necessitem.(Vide Lei nº 12.527, de cional nº 71, de 2012)
2011) I - órgãos gestores da cultura;(Incluído pela Emenda Constitu-
§ 3º A lei estabelecerá incentivos para a produção e o conheci- cional nº 71, de 2012)
mento de bens e valores culturais. II - conselhos de política cultural;(Incluído pela Emenda Consti-
§ 4º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos, tucional nº 71, de 2012)
na forma da lei. III - conferências de cultura;(Incluído pela Emenda Constitucio-
§ 5º Ficam tombados todos os documentos e os sítios deten- nal nº 71, de 2012)
tores de reminiscências históricas dos antigos quilombos. IV - comissões intergestores;(Incluído pela Emenda Constitu-
§ 6 º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular a cional nº 71, de 2012)
fundo estadual de fomento à cultura até cinco décimos por cento de V - planos de cultura;(Incluído pela Emenda Constitucional nº
sua receita tributária líquida, para o financiamento de programas e 71, de 2012)
projetos culturais, vedada a aplicação desses recursos no pagamen- VI - sistemas de financiamento à cultura;(Incluído pela Emenda
to de:(Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) Constitucional nº 71, de 2012)
I - despesas com pessoal e encargos sociais;(Incluído pela VII - sistemas de informações e indicadores culturais;(Incluído
Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) pela Emenda Constitucional nº 71, de 2012)

34
LEGISLAÇÃO
VIII - programas de formação na área da cultura; e(Incluído pela § 6º O Estado, na execução das atividades previstas no caput ,
Emenda Constitucional nº 71, de 2012) estimulará a articulação entre entes, tanto públicos quanto priva-
IX - sistemas setoriais de cultura.(Incluído pela Emenda Consti- dos, nas diversas esferas de governo.(Incluído pela Emenda Consti-
tucional nº 71, de 2012) tucional nº 85, de 2015)
§ 3º Lei federal disporá sobre a regulamentação do Sistema § 7º O Estado promoverá e incentivará a atuação no exterior
Nacional de Cultura, bem como de sua articulação com os demais das instituições públicas de ciência, tecnologia e inovação, com
sistemas nacionais ou políticas setoriais de governo.(Incluído pela vistas à execução das atividades previstas no caput.(Incluído pela
Emenda Constitucional nº 71, de 2012) Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
§ 4º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio nacional e
seus respectivos sistemas de cultura em leis próprias.(Incluído pela será incentivado de modo a viabilizar o desenvolvimento cultural e
Emenda Constitucional nº 71, de 2012) sócio-econômico, o bem-estar da população e a autonomia tecno-
lógica do País, nos termos de lei federal.
SEÇÃO III Parágrafo único. O Estado estimulará a formação e o fortale-
DO DESPORTO cimento da inovação nas empresas, bem como nos demais entes,
públicos ou privados, a constituição e a manutenção de parques e
Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas polos tecnológicos e de demais ambientes promotores da inova-
formais e não-formais, como direito de cada um, observados: ção, a atuação dos inventores independentes e a criação, absorção,
I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes e associa- difusão e transferência de tecnologia.(Incluído pela Emenda Consti-
ções, quanto a sua organização e funcionamento; tucional nº 85, de 2015)
II - a destinação de recursos públicos para a promoção priori- Art. 219-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Mu-
tária do desporto educacional e, em casos específicos, para a do nicípios poderão firmar instrumentos de cooperação com órgãos e
desporto de alto rendimento; entidades públicos e com entidades privadas, inclusive para o com-
III - o tratamento diferenciado para o desporto profissional e o partilhamento de recursos humanos especializados e capacidade
não- profissional; instalada, para a execução de projetos de pesquisa, de desenvolvi-
IV - a proteção e o incentivo às manifestações desportivas de mento científico e tecnológico e de inovação, mediante contraparti-
criação nacional. da financeira ou não financeira assumida pelo ente beneficiário, na
§ 1º O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina forma da lei.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da Art. 219-B. O Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Ino-
justiça desportiva, regulada em lei. vação (SNCTI) será organizado em regime de colaboração entre en-
§ 2º A justiça desportiva terá o prazo máximo de sessenta dias, tes, tanto públicos quanto privados, com vistas a promover o de-
contados da instauração do processo, para proferir decisão final. senvolvimento científico e tecnológico e a inovação.(Incluído pela
§ 3º O Poder Público incentivará o lazer, como forma de pro- Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
moção social. § 1º Lei federal disporá sobre as normas gerais do SNCTI.(Inclu-
ído pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015)
CAPÍTULO IV § 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios legislarão
DA CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO concorrentemente sobre suas peculiaridades.(Incluído pela Emen-
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 85, DE da Constitucional nº 85, de 2015)
2015)
CAPÍTULO V
Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvi- DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
mento científico, a pesquisa, a capacitação científica e tecnológica
e a inovação.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de Art. 220. A manifestação do pensamento, a criação, a ex-
2015) pressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo
§ 1º A pesquisa científica básica e tecnológica receberá trata- não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Cons-
mento prioritário do Estado, tendo em vista o bem público e o pro- tituição.
gresso da ciência, tecnologia e inovação.(Redação dada pela Emen- § 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir em-
da Constitucional nº 85, de 2015) baraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer
§ 2º A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV,
para a solução dos problemas brasileiros e para o desenvolvimento V, X, XIII e XIV.
do sistema produtivo nacional e regional. § 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política,
§ 3º O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas ideológica e artística.
áreas de ciência, pesquisa, tecnologia e inovação, inclusive por § 3º Compete à lei federal:
meio do apoio às atividades de extensão tecnológica, e concederá I - regular as diversões e espetáculos públicos, cabendo ao Po-
aos que delas se ocupem meios e condições especiais de trabalho. der Público informar sobre a natureza deles, as faixas etárias a que
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 85, de 2015) não se recomendem, locais e horários em que sua apresentação se
§ 4º A lei apoiará e estimulará as empresas que invistam em mostre inadequada;
pesquisa, criação de tecnologia adequada ao País, formação e aper- II - estabelecer os meios legais que garantam à pessoa e à fa-
feiçoamento de seus recursos humanos e que pratiquem sistemas mília a possibilidade de se defenderem de programas ou progra-
de remuneração que assegurem ao empregado, desvinculada do mações de rádio e televisão que contrariem o disposto no art. 221,
salário, participação nos ganhos econômicos resultantes da produ- bem como da propaganda de produtos, práticas e serviços que pos-
tividade de seu trabalho. sam ser nocivos à saúde e ao meio ambiente.
§ 5º É facultado aos Estados e ao Distrito Federal vincular par-
cela de sua receita orçamentária a entidades públicas de fomento
ao ensino e à pesquisa científica e tecnológica.

35
LEGISLAÇÃO
§ 4º A propaganda comercial de tabaco, bebidas alcoólicas, Art. 224. Para os efeitos do disposto neste capítulo, o Congres-
agrotóxicos, medicamentos e terapias estará sujeita a restrições so Nacional instituirá, como seu órgão auxiliar, o Conselho de Co-
legais, nos termos do inciso II do parágrafo anterior, e conterá, sem- municação Social, na forma da lei.
pre que necessário, advertência sobre os malefícios decorrentes de
seu uso. CAPÍTULO VI
§ 5º Os meios de comunicação social não podem, direta ou in- DO MEIO AMBIENTE
diretamente, ser objeto de monopólio ou oligopólio.
§ 6º A publicação de veículo impresso de comunicação inde- Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologica-
pende de licença de autoridade. mente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
Art. 221. A produção e a programação das emissoras de rádio qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
e televisão atenderão aos seguintes princípios: o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras
I - preferência a finalidades educativas, artísticas, culturais e gerações.
informativas; § 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Po-
II - promoção da cultura nacional e regional e estímulo à produ- der Público:
ção independente que objetive sua divulgação; I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e
III - regionalização da produção cultural, artística e jornalística, prover o manejo ecológico das espécies e ecossistemas;(Regula-
conforme percentuais estabelecidos em lei; mento)
IV - respeito aos valores éticos e sociais da pessoa e da família. II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio gené-
Art. 222. A propriedade de empresa jornalística e de radio- tico do País e fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipu-
difusão sonora e de sons e imagens é privativa de brasileiros natos lação de material genético;(Regulamento) (Regulamento) (Regula-
ou naturalizados há mais de dez anos, ou de pessoas jurídicas cons- mento) (Regulamento)
tituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede no País.(Redação III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territo-
dada pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) riais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo
§ 1º Em qualquer caso, pelo menos setenta por cento do ca- a alteração e a supressão permitidas somente através de lei, veda-
pital total e do capital votante das empresas jornalísticas e de ra- da qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
diodifusão sonora e de sons e imagens deverá pertencer, direta que justifiquem sua proteção;(Regulamento)
ou indiretamente, a brasileiros natos ou naturalizados há mais de IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou ativida-
dez anos, que exercerão obrigatoriamente a gestão das atividades de potencialmente causadora de significativa degradação do meio
e estabelecerão o conteúdo da programação.(Redação dada pela ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publi-
Emenda Constitucional nº 36, de 2002) cidade;(Regulamento)
§ 2º A responsabilidade editorial e as atividades de seleção e V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de
direção da programação veiculada são privativas de brasileiros na- técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a
qualidade de vida e o meio ambiente;(Regulamento)
tos ou naturalizados há mais de dez anos, em qualquer meio de
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de en-
comunicação social.(Redação dada pela Emenda Constitucional nº
sino e a conscientização pública para a preservação do meio am-
36, de 2002)
biente;
§ 3º Os meios de comunicação social eletrônica, independente-
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as
mente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, deverão
práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem
observar os princípios enunciados no art. 221, na forma de lei es-
a extinção de espécies ou submetam os animais a crueldade.(Re-
pecífica, que também garantirá a prioridade de profissionais brasi-
gulamento)
leiros na execução de produções nacionais. (Incluído pela Emenda
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a re-
Constitucional nº 36, de 2002) cuperar o meio ambiente degradado, de acordo com solução técni-
§ 4º Lei disciplinará a participação de capital estrangeiro nas ca exigida pelo órgão público competente, na forma da lei.
empresas de que trata o § 1º.(Incluído pela Emenda Constitucional § 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio am-
nº 36, de 2002) biente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a san-
§ 5º As alterações de controle societário das empresas de que ções penais e administrativas, independentemente da obrigação de
trata o § 1º serão comunicadas ao Congresso Nacional.(Incluído reparar os danos causados.
pela Emenda Constitucional nº 36, de 2002) § 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra
Art. 223. Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar do Mar, o Pantanal Mato-Grossense e a Zona Costeira são patrimô-
concessão, permissão e autorização para o serviço de radiodifusão nio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da lei, dentro de
sonora e de sons e imagens, observado o princípio da complemen- condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclu-
taridade dos sistemas privado, público e estatal. sive quanto ao uso dos recursos naturais.(Regulamento)  (Regula-
§ 1º O Congresso Nacional apreciará o ato no prazo do art. 64, mento)
§ 2º e § 4º, a contar do recebimento da mensagem. § 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pe-
§ 2º A não renovação da concessão ou permissão dependerá los Estados, por ações discriminatórias, necessárias à proteção dos
de aprovação de, no mínimo, dois quintos do Congresso Nacional, ecossistemas naturais.
em votação nominal. § 6º As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua
§ 3º O ato de outorga ou renovação somente produzirá efeitos localização definida em lei federal, sem o que não poderão ser ins-
legais após deliberação do Congresso Nacional, na forma dos pará- taladas.
grafos anteriores.
§ 4º O cancelamento da concessão ou permissão, antes de ven-
cido o prazo, depende de decisão judicial.
§ 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para
as emissoras de rádio e de quinze para as de televisão.

36
LEGISLAÇÃO
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º § 3º O direito a proteção especial abrangerá os seguintes as-
deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que pectos:
utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, confor- I - idade mínima de quatorze anos para admissão ao trabalho,
me o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como observado o disposto no art. 7º, XXXIII;
bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasi- II - garantia de direitos previdenciários e trabalhistas;
leiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o III - garantia de acesso do trabalhador adolescente e jovem à
bem-estar dos animais envolvidos.(Incluído pela Emenda Constitu- escola;(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
cional nº 96, de 2017) IV - garantia de pleno e formal conhecimento da atribuição de
ato infracional, igualdade na relação processual e defesa técnica
CAPÍTULO VII por profissional habilitado, segundo dispuser a legislação tutelar
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO JOVEM E específica;
DO IDOSO V - obediência aos princípios de brevidade, excepcionalidade e
(REDAÇÃO DADA PELA EMENDA CONSTITUCIONAL Nº 65, DE respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, quan-
2010) do da aplicação de qualquer medida privativa da liberdade;
VI - estímulo do Poder Público, através de assistência jurídica,
Art. 226. A família, base da sociedade, tem especial proteção incentivos fiscais e subsídios, nos termos da lei, ao acolhimento, sob
do Estado. a forma de guarda, de criança ou adolescente órfão ou abandona-
§ 1º O casamento é civil e gratuita a celebração. do;
§ 2º O casamento religioso tem efeito civil, nos termos da lei. VII - programas de prevenção e atendimento especializado à
§ 3º Para efeito da proteção do Estado, é reconhecida a união criança, ao adolescente e ao jovem dependente de entorpecentes
estável entre o homem e a mulher como entidade familiar, devendo e drogas afins.(Redação dada Pela Emenda Constitucional nº 65, de
a lei facilitar sua conversão em casamento.(Regulamento) 2010)
§ 4º Entende-se, também, como entidade familiar a comunida- § 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a explora-
de formada por qualquer dos pais e seus descendentes. ção sexual da criança e do adolescente.
§ 5º Os direitos e deveres referentes à sociedade conjugal são § 5º A adoção será assistida pelo Poder Público, na forma da
exercidos igualmente pelo homem e pela mulher. lei, que estabelecerá casos e condições de sua efetivação por parte
§ 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio.(Reda- de estrangeiros.
ção dada Pela Emenda Constitucional nº 66, de 2010) § 6º Os filhos, havidos ou não da relação do casamento, ou por
§ 7º Fundado nos princípios da dignidade da pessoa humana e adoção, terão os mesmos direitos e qualificações, proibidas quais-
da paternidade responsável, o planejamento familiar é livre decisão quer designações discriminatórias relativas à filiação.
do casal, competindo ao Estado propiciar recursos educacionais e § 7º No atendimento dos direitos da criança e do adolescente
científicos para o exercício desse direito, vedada qualquer forma co- levar-se- á em consideração o disposto no art. 204.
ercitiva por parte de instituições oficiais ou privadas.Regulamento § 8º A lei estabelecerá:(Incluído Pela Emenda Constitucional nº
§ 8º O Estado assegurará a assistência à família na pessoa de 65, de 2010)
cada um dos que a integram, criando mecanismos para coibir a vio- I - o estatuto da juventude, destinado a regular os direitos dos
lência no âmbito de suas relações. jovens;(Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de 2010)
Art. 227. É dever da família, da sociedade e do Estado asse- II - o plano nacional de juventude, de duração decenal, visando
gurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta priorida- à articulação das várias esferas do poder público para a execução
de, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à de políticas públicas.(Incluído Pela Emenda Constitucional nº 65, de
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade 2010)
e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito
de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, anos, sujeitos às normas da legislação especial.
crueldade e opressão.(Redação dada Pela Emenda Constitucional Art. 229. Os pais têm o dever de assistir, criar e educar os filhos
nº 65, de 2010) menores, e os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à pais na velhice, carência ou enfermidade.
saúde da criança, do adolescente e do jovem, admitida a partici- Art. 230. A família, a sociedade e o Estado têm o dever de
pação de entidades não governamentais, mediante políticas espe- amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comu-
cíficas e obedecendo aos seguintes preceitos:(Redação dada Pela nidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o
Emenda Constitucional nº 65, de 2010) direito à vida.
I - aplicação de percentual dos recursos públicos destinados à § 1º Os programas de amparo aos idosos serão executados pre-
saúde na assistência materno-infantil; ferencialmente em seus lares.
II - criação de programas de prevenção e atendimento especia- § 2º Aos maiores de sessenta e cinco anos é garantida a gra-
lizado para as pessoas portadoras de deficiência física, sensorial ou tuidade dos transportes coletivos urbanos.
mental, bem como de integração social do adolescente e do jovem
portador de deficiência, mediante o treinamento para o trabalho e CAPÍTULO VIII
a convivência, e a facilitação do acesso aos bens e serviços coleti- DOS ÍNDIOS
vos, com a eliminação de obstáculos arquitetônicos e de todas as
formas de discriminação.(Redação dada Pela Emenda Constitucio- Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social,
nal nº 65, de 2010) costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários so-
§ 2º A lei disporá sobre normas de construção dos logradou- bre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União
ros e dos edifícios de uso público e de fabricação de veículos de demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.
transporte coletivo, a fim de garantir acesso adequado às pessoas
portadoras de deficiência.

37
LEGISLAÇÃO
§ 1º São terras tradicionalmente ocupadas pelos índios as por I - pela eleição direta dos Vereadores, Prefeito e Vice-Prefeito;
eles habitadas em caráter permanente, as utilizadas para suas ati- II - pela administração própria, no que respeite ao interesse
vidades produtivas, as imprescindíveis à preservação dos recursos local;
ambientais necessários a seu bem-estar e as necessárias a sua re- III - pela adoção de legislação própria.
produção física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições.
§ 2º As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios desti- CAPÍTULO II
nam-se a sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo DA COMPETÊNCIA
das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes.
§ 3º O aproveitamento dos recursos hídricos, incluídos os po- Art. 6º A competência legislativa e administrativa do Municí-
tenciais energéticos, a pesquisa e a lavra das riquezas minerais em pio, estabelecida nas Constituições Federal e Estadual, será exercida
terras indígenas só podem ser efetivados com autorização do Con- na forma disciplinada, nas Leis e Regulamentos.
gresso Nacional, ouvidas as comunidades afetadas, ficando-lhes Art. 7º A prestação de serviços públicos se dará pela adminis-
assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. tração direta, indireta, por delegações, convênios e consórcios.
§ 4º As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indis- Art. 8º Os tributos municipais assegurados na Constituição Fe-
poníveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis. deral serão instituídos por Lei Municipal.
§ 5º É vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras,
salvo, “ad referendum” do Congresso Nacional, em caso de catás- CAPÍTULO III
trofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no inte- DO PODER LEGISLATIVO (REDAÇÃO DADA PELA EMENDA À
resse da soberania do País, após deliberação do Congresso Nacio- LEI ORGÂNICA Nº 14/2011)
nal, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que SEÇÃO I
cesse o risco. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 6º São nulos e extintos, não produzindo efeitos jurídicos,
os atos que tenham por objeto a ocupação, o domínio e a posse
Art. 9º O Poder Legislativo do Município será exercido pela
das terras a que se refere este artigo, ou a exploração das riquezas
Câmara de Vereadores, composta por 21 membros.
naturais do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes, ressalvado
Art. 10 A Câmara de Vereadores terá recesso parlamentar de
relevante interesse público da União, segundo o que dispuser lei
complementar, não gerando a nulidade e a extinção direito a inde- primeiro de janeiro ao dia 15 de fevereiro.
nização ou a ações contra a União, salvo, na forma da lei, quanto às Art. 11 No primeiro ano de cada legislatura, cuja duração coin-
benfeitorias derivadas da ocupação de boa fé. cidirá com a do mandato dos Vereadores, a Câmara de Vereadores
§ 7º Não se aplica às terras indígenas o disposto no art. 174, § reunir-se-á no dia primeiro de janeiro para dar posse aos Verea-
3º e § 4º. dores, Prefeito e Vice-Prefeito, bem como para eleger sua Mesa,
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são Comissão Representativa e as Comissões Permanentes.
partes legítimas para ingressar em juízo em defesa de seus direitos Art. 12 O mandato da Mesa da Câmara de Vereadores será,
e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do no máximo, de um (1) ano, não sendo permitida a reeleição para o
processo. mesmo cargo, na mesma legislatura.
§ 1º No primeiro período legislativo, a eleição da Mesa e da
Comissão Representativa será processada no ato de instalação.
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE VIAMÃO § 2º A eleição para renovação da Mesa Diretora, da Comissão
Representativa e das Comissões Permanentes realizar-se-á na pe-
núltima semana da Sessão Legislativa, e a posse até o terceiro dia
LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE VIAMÃO - RS útil do ano subseqüente.
§ 3º Na composição da Mesa da Câmara de Vereadores e das
TÍTULO ICAPÍTULO I Comissões será assegurada, tanto quanto possível, a representação
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES proporcional dos partidos políticos com assento no Legislativo.
Art. 13 A convocação da Câmara de Vereadores para a realiza-
Art. 1º O Município de Viamão, parte integrante da República ção de sessões extraordinárias caberá ao Presidente, à maioria ab-
Federativa do Brasil e do Estado do Rio Grande do Sul, organizar-se- soluta de seus membros, à Comissão Representativa e ao Prefeito.
-á autônomo em tudo que respeite ao interesse local, regendo-se § 1º O Prefeito Municipal e a Comissão Representativa apenas
por esta Lei Orgânica e demais Leis que adotar, respeitados os prin- poderão convocar a Câmara de Vereadores para reuniões extraordi-
cípios estabelecidos nas Constituições Federais e na do Estado do nárias no período de recesso.
Rio Grande do Sul.
§ 2º No período de funcionamento normal a Câmara é faculta-
Art. 2º São poderes do Município, independentes e harmôni-
do ao Prefeito solicitar ao Presidente do Legislativo a convocação
cos entre si, o Legislativo e o Executivo.
dos Vereadores para sessões extraordinárias em caso de relevante
§ 1º É vedada a delegação de atribuições entre os poderes.
interesse público.
§ 2º O Cidadão investido na função de um deles não pode exer-
cer a de outro. § 3º Nas sessões legislativas extraordinárias a Câmara somente
§ 3º É mantido o atual território do Município, cujos limites só poderá deliberar sobre a matéria objeto da convocação.
podem ser alterados nos termos da Legislação Estadual. § 4º Para as reuniões e sessões extraordinárias, a convocação
Art. 3º Os símbolos do Município serão estabelecidos em Lei. dos Vereadores deverá ser pessoal e expressa.
Art. 4º O dia quatorze de setembro é a data oficial do Municí- Art. 14 Salvo disposição legal em contrário, o quorum para de-
pio de Viamão. liberações da Câmara de Vereadores é o da maioria simples, pre-
Art. 5º A autonomia do Município será expressa: sente, no mínimo, a maioria absoluta dos Vereadores.
Art. 15 Dependerá do voto da maioria absoluta dos Vereado-
res, a deliberação sobre as seguintes matérias:

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LEGISLAÇÃO
a) a criação, alteração e extinção de cargos e funções da Câma- Art. 21 A Câmara de Vereadores ou suas Comissões, a reque-
ra de Vereadores, bem como a fixação dos vencimentos e vantagens rimento da maioria de seus membros, poderá convocar Secretários
dos servidores da Câmara; Municipais, titulares de autarquias ou das instituições autônomas
b) concessão de anistia, remissão, isenção ou qualquer outro de que o Município participe, para comparecerem perante elas, a
benefício ou incentivo, previstos no Art. 80 da Lei Orgânica; fim de prestar informações sobre assuntos previamente designados
c) realização de operações de crédito previstas no inciso III do e constantes da convocação.
Art. 87 da Lei Parágrafo Único - Três dias úteis antes do comparecimento, a
Orgânica; autoridade convocada deverá enviar à Câmara de Vereadores, ex-
d) autorização para abertura de crédito especial, adicional e posição acerca das informações solicitadas.
suplementar; Art. 22 A Câmara poderá criar Comissão Parlamentar de In-
e) obtenção de empréstimos, financiamento e refinanciamento quérito sobre fato determinado e por prazo certo, nos termos do
de dívida; Regimento Interno, a requerimento de, no mínimo, um terço de
f) eleição dos membros da Mesa; seus membros.
g) o arquivamento ou prosseguimento de denúncia, nos ter-
mos do parecer prévio, e o parecer final da Comissão Processante, SEÇÃO II
nos termos, respectivamente, dos Art. 84 e 87 deste Regimento In- DOS VEREADORES
terno da Câmara de Vereadores de Viamão;
h) concessão de serviços públicos; Art. 23 Os direitos, deveres e incompatibilidades dos Verea-
i) concessão de direito real de uso; dores são os fixados nas Constituições Federal e Estadual, nesta Lei
j) rejeição de veto; Orgânica e no Regimento Interno da Câmara.
k) aprovação de pedido de informação; Art. 24 Extingue-se o mandato do Vereador e assim será de-
l) reapresentação do projeto de lei rejeitado na forma do Art. clarado pelo
44 da Lei Presidente da Câmara, nos casos de:
Orgânica; e I - ocorrer o falecimento ou apresentar renúncia por escrito; e
m) aprovação de Resolução. II - deixar de tomar posse sem motivo justo aceito pela Câmara,
Art. 16 Dependerá do voto favorável de dois terços dos verea- dentro do prazo de trinta dias.
dores, as deliberações sobre as seguintes matérias: § 1º Comprovado o ato ou fato extintivo, o Presidente da Câma-
a) aprovação de Emenda à Lei Orgânica; ra imediatamente, convocará o suplente respectivo e, na primeira
b) rejeição dos pareceres prévio do Tribunal de Contas sobre sessão seguinte, comunicará a extinção ao plenário, fazendo cons-
as contas do tar da ata.
Prefeito; § 2º Se o Presidente da Câmara omitir-se de tomar as providên-
cias do parágrafo anterior, o suplente de Vereador a ser convocado
c) Julgamento do Prefeito, Vice-Prefeito e Vereadores com vis-
poderá requerer a sua posse, ficando o Presidente da Câmara, res-
tas a cassação do mandato;
ponsável pessoalmente, pela remuneração do suplente pelo tempo
d) Pedido de intervenção no Município;
que mediar entre a extinção e a efetiva posse.
e) Desafetação, cessão, doação e autorização de bens imóveis
Art. 25 Perderá o mandato o Vereador que:
do Município, condicionando a venda, à prévia avaliação e licitação
I - que infringir quaisquer das proibições estabelecidas nas
nos termos da Lei;
Constituições
f) Aprovação de Lei de autorização para admissão de servido-
Estadual e Federal, nesta Lei Orgânica e no Regimento Interno;
res a prazo determinado para atender necessidade temporária de
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro
excepcional interesse público; e parlamentar;
g) perda de mandato de Vereador. III - que deixar de comparecer, em cada sessão legislativa, à ter-
Art. 17 O Presidente da Câmara de Vereadores votará, unica- ça parte das sessões ordinárias, salvo licença ou missão autorizada;
mente, quando houver empate ou quando a matéria exigir quorum IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos;
qualificado de maioria absoluta ou de dois terços e na eleição da V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na
Mesa. Constituição Federal;
Art. 18 As sessões da Câmara serão públicas e o voto será aber- VI - que sofrer condenação criminal em sentença transitada em
to. julgado;
Art. 19 As contas do Município, referente à gestão financeira VII - que se utilizar do mandato para prática de atos de corrup-
de cada exercício, serão encaminhadas, simultaneamente, à Câma- ção ou improbidade administrativa; e
ra de Vereadores e ao Tribunal de Contas do Estado até o dia primei- VIII - que fixar residência fora do Município.
ro de março do ano seguinte. Art. 26 O Presidente da Câmara de Vereadores fará jus à verba
Parágrafo Único - As contas do Município ficarão à disposição de representação, fixada juntamente com a remuneração dos Vere-
de qualquer contribuinte, a partir da data da remessa das mesmas adores, não podendo ser superior a 100% da verba de representa-
ao Tribunal de Contas do Estado, pelo prazo de sessenta dias, para ção do Prefeito.
exame e apreciação, podendo ser questionada a legitimidade de Art. 27 Sempre que o Vereador, por deliberação do plenário,
qualquer despesa. for incumbido de representar a Câmara de Vereadores fora do ter-
Art. 20 Anualmente, dentro de sessenta dias, contados do iní- ritório do Município fará jus a diárias fixada em Decreto Legislativo,
cio do período legislativo, a Câmara receberá o Prefeito em Sessão bem como ao ressarcimento das despesas de locomoção.
Especial, que informará, através de relatório, o estado em que se Art. 28 Ao Servidor Público, salvo o demissível “ad nutum”,
encontram os assuntos municipais. eleito Vereador, aplica-se o disposto no Art. 38, III, da Constituição
Parágrafo Único - Sempre que o Prefeito manifestar propósito Federal.
de expor assuntos de interesse público ou da administração, a Câ-
mara o receberá em sessão previamente designada.

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LEGISLAÇÃO
SEÇÃO III X - solicitar informações, por escrito, às Repartições Estaduais
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL sediadas no Município, ao Tribunal de Contas do Estado nos limites
traçados no Art. 71, VII, da Constituição Federal e ao Prefeito Muni-
cipal, sobre Projetos de Lei em tramitação na Câmara de Vereado-
Art. 29 Compete à Câmara de Vereadores, com a sanção do res e sobre atos, contratos, convênios, consórcios, no que respeite
Prefeito, entre outras providências: à receita e despesa pública;
I - legislar sobre todas as matérias atribuídas ao Município pe- XI - dar posse ao Prefeito e Vice-Prefeito, cassar os seus man-
las Constituições Federal e Estadual e por esta Lei Orgânica, espe- datos bem como o dos Vereadores, nos casos previstos nesta Lei
cialmente sobre: Orgânica;
a) tributos de competência municipal; XII - conceder licenças ao Prefeito e ao Vice-Prefeito para se
b) abertura de créditos adicionais; afastarem dos cargos;
c) criação, alteração e extinção de cargos, funções e empregos XIII - criar Comissão Parlamentar de Inquérito sobre fato deter-
no Município; minado e por prazo certo;
d) criação de Conselhos de Cooperação Administrativa Muni- XIV - propor ao Prefeito a execução de qualquer obra, medida
cipal; que interesse à coletividade ou ao Serviço Público; e
e) fixação e alteração dos vencimentos e outras vantagens pe- XV - fixar o número de Vereadores para a legislatura seguinte,
cuniárias dos Servidores Municipais; nos termos da Constituição Federal, até cento e vinte dias antes da
f) alienação e aquisição de bens imóveis; eleição municipal.
g) concessão e permissão dos serviços do Município; § 1º No caso de não ser fixado o número de Vereadores no pra-
h) concessão e permissão de uso de bens municipais; zo previsto neste Artigo, será mantida a composição da legislatura
i) divisão territorial do Município, observada a legislação esta-
em curso.
dual;
§ 2º Os subsídios do Prefeito, do Vice-Prefeito, dos Secretários
j) criação, alteração e extinção dos Órgãos Públicos do Muni-
Municipais e dos Vereadores serão estabelecidos por lei de inicia-
cípio;
tiva da Câmara Municipal e vinculados ao subsídio dos Deputados
k) contratação de empréstimos e operações de créditos, bem
como a forma e os meios de pagamento; Estaduais, observado o que dispõe o Art.29, incisos V e VI, da Cons-
l) transferência, temporária ou definitiva, da sede do Municí- tituição Federal.
pio, quando o interesse público o exigir; e § 3º A solicitação das informações ao Prefeito deverá ser enca-
m) anistia de tributos, cancelamento, suspensão de cobrança e minhada pelo Presidente da Câmara após a aprovação do pedido
revelação de ônus sobre a dívida ativa do Município. pela maioria absoluta dos seus membros.
II - aprovar entre outras matérias § 4º Os Vereadores terão livre acesso nas Repartições Públicas
a) o Plano Plurianual de Investimentos; Municipais obedecida a legislação pertinente.
b) Projeto de Diretrizes Orçamentárias; § 5º Os pedidos de providência, através de requerimentos
c) o Plano de Auxílios e Subvenções Anuais; aprovados pela Câmara, deverão ser atendidos no prazo máximo de
d) o Projeto de Orçamentos Anuais; quarenta dias, a contar da data de seu recebimento pelo Poder Exe-
e) os Pedidos de Informações; e cutivo Municipal, em se tratando de qualquer obra ou medida que
f) Plano Diretor. interesse ao Serviço Público. Em caso de impossibilidade técnica ou
Art. 30 É de competência exclusiva da Câmara de Vereadores: financeira da execução do pedido, o Órgão responsável pelo mesmo
I - eleger sua Mesa, suas Comissões, elaborar seu Regimento deverá cientificar o Vereador proponente no prazo de trinta dias.
Interno e dispor sobre a organização da Câmara;
II - através de resolução, criar, alterar e extinguir os cargos e SEÇÃO IV
funções de seu quadro de servidores, dispor sobre o provimento DA COMISSÃO REPRESENTATIVA
dos mesmos, bem como fixar e alterar seus vencimentos e vanta-
gens; Art. 31 No período de recesso da Câmara de Vereadores, fun-
III - emendar a Lei Orgânica; cionará uma Comissão Representativa, com as seguintes atribui-
IV - representar, para efeito de intervenção no Município; ções:
V - exercer a fiscalização da administração financeira e orça- I - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;
mentária do Município, com o auxílio do Tribunal de Contas do Es- II - zelar pela observância das Constituições, desta Lei Orgânica
tado, na forma prevista em Lei e demais Leis;
VI - fixar a remuneração de seus membros, do Prefeito e do
III - autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito nos casos exigidos a se
Vice-Prefeito, em cada Legislatura para a subsequente, em data an-
ausentarem do Município;
terior à realização das eleições para os respectivos cargos;
IV - convocar extraordinariamente a Câmara de Vereadores; e
VII - autorizar o Prefeito e Vice-Prefeito a se afastar do Municí-
V - tomar medidas urgentes de competência da Câmara Muni-
pio por mais de dez dias; do Estado, por mais de cinco dias úteis e
do país por qualquer tempo; cipal de Vereadores.
VIII - convocar os Secretários, titulares de Autarquias e das Ins- Parágrafo Único - As normas relativas ao desempenho das atri-
tituições Autônomas de que participe o Município para prestarem buições da Comissão Representativa, serão estabelecidas no Regi-
informações; mento Interno da Câmara.
IX - mudar, temporariamente ou definitivamente, a sede do Art. 32 A Comissão Representativa, constituída por número
município e da Câmara; ímpar de Vereadores, será composta pela Mesa e demais membros
eleitos, com os respectivos suplentes.
§ 1º A Presidência da Comissão Representativa caberá ao pre-
sidente da Câmara, cuja substituição se fará na forma prevista no
Regimento Interno.

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LEGISLAÇÃO
§ 2º O número total de integrantes da Comissão Representa- § 1º Se a Câmara de Vereadores não se manifestar sobre a ma-
tiva deverá perfazer, no mínimo, um terço da totalidade dos Vere- téria, esta será incluída na ordem do dia da primeira sessão, so-
adores, observada, tanto quanto possível, a proporcionalidade da brestando-se a deliberação quanto aos demais assuntos até que se
representação partidária existente na Câmara. ultime a votação.
§ 2º O prazo deste artigo não correrá nos períodos de recesso
SEÇÃO V da Câmara de Vereadores.
DAS LEIS E DO PROCESSO LEGISLATIVO Art. 42 A requerimento de Vereador, os Projetos de Lei em
tramitação na Câmara, decorridos trinta dias de seu recebimento,
Art. 33 O processo legislativo compreende a elaboração de: serão incluídos na ordem do dia, mesmo sem parecer.
I - emendas à Lei Orgânica; Art. 43 Os autores de Projeto de Lei em tramitação na Câmara
II - Leis Ordinárias; de Vereadores, inclusive o Prefeito, poderão requerer a sua retirada
III - Decretos Legislativos; e antes de iniciada a votação.
IV - Resoluções. Parágrafo Único - A partir do recebimento do pedido de reti-
Art. 34 Serão objeto, ainda, da deliberação da Câmara de Vere- rada, ficará, automaticamente, sustada a tramitação do Projeto de
adores, na forma do Regimento Interno: Lei.
I - autorizações; Art. 44 A matéria constante de Projeto de Lei rejeitado ou não
II - indicações; promulgado, assim como a emenda à Lei Orgânica, rejeitada ou
III - requerimentos; havida por prejudicada, somente poderá constituir objeto de novo
IV - pedidos de informação; projeto, no mesmo período legislativo, mediante proposta da maio-
Art. 35 A Lei Orgânica poderá ser emendada mediante pro- ria absoluta dos membros da Câmara de Vereadores.
posta: Parágrafo Único - Excetuam-se dessa vedação, os Projetos de
I - de Vereadores; Lei de iniciativa privativa do Prefeito Municipal.
II - do Prefeito; Art. 45 Os Projetos de Lei aprovados pela Câmara de Vere-
III - de eleitores do Município. adores serão enviados ao Prefeito no primeiro dia útil seguinte à
§ 1º No caso do inciso I, a proposta deverá ser subscrita, no aprovação que aquiescendo, os sancionará.
mínimo, por um terço dos membros da Câmara de Vereadores § 1º Se o Prefeito julgar o Projeto, no todo ou em parte, incons-
§ 2º No caso do inciso III, a proposta deverá ser subscrita, no titucional, ilegal ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á, total
mínimo, por cinco por cento dos eleitores do Município. ou parcialmente, dentro de oito dias úteis contados daquele em
Art. 36 Em qualquer dos casos do Artigo anterior, a proposta que o recebeu, comunicando, por escrito, os motivos do veto ao
será discutida e votada em dois turnos, com o interstício mínimo Presidente da Câmara de Vereadores, dentro do prazo de quarenta
de dez dias, dentro do prazo de sessenta dias, a contar de sua apre- e oito horas.
sentação ou recebimento, e se terá como aprovada se obtiver, em § 2º Encaminhado o veto à Câmara de Vereadores, será ele
ambos os turnos, votos favoráveis de, no mínimo, dois terços dos submetido dentro de vinte dias, contados da data do recebimento,
membros da Câmara de Vereadores. com ou sem parecer, à apreciação única considerando-se rejeitado
Art. 37 A emenda à Lei Orgânica será promulgada e publicada o veto se obtiver o quorum previsto no Art. 15, alínea J, desta Lei
pela mesa da Câmara de Vereadores, com o respectivo número de Orgânica.
ordem. § 3º Aceito o veto, será o mesmo arquivado.
Art. 38 A iniciativa das leis municipais, salvo os casos de com- § 4º Rejeitado o veto, a decisão será comunicada, por escrito,
petência exclusiva, caberá a qualquer Vereador, ao Prefeito e aos ao Prefeito, no primeiro dia útil seguinte, com vistas à promulgação.
eleitores, neste caso, em moção articulada e fundamentada, subs- § 5º O veto parcial somente abrangerá texto integral do artigo,
crita, no mínimo, por cinco por cento do eleitorado do Município. parágrafo, inciso ou alínea, cabendo ao Prefeito, no prazo do veto,
Art. 39 São de iniciativa privativa do Prefeito, os Projetos de Lei promulgar e publicar como Lei os dispositivos não vetados.
e emendas à Lei Orgânica que disponham sobre: § 6º O silêncio do Prefeito, decorrido o prazo de que trata o§ 1º
I - criação, alteração e extinção de cargo, função ou emprego do deste artigo, importa em sanção tácita, cabendo ao Presidente da
Poder Executivo e Autarquia do Município; Câmara promulgar a Lei.
II - criação de novas vantagens, de qualquer espécie, aos Servi- § 7º Esgotado, sem deliberação, o prazo estabelecido no pará-
dores Públicos do Poder Executivo; grafo segundo deste Artigo, o veto será apreciado na forma do§ 1º
III - aumento de vencimento, remuneração ou de vantagens do Art. 41 desta Lei.
dos Servidores Públicos do Poder Executivo; § 8º Não sendo a Lei promulgada pelo Prefeito nos prazos pre-
IV - organização administrativa dos serviços do Município; vistos nos §§ 4º e 6º deste Artigo, caberá ao Presidente da Câmara
V - matéria tributária; fazê-lo no prazo de quarenta e oito horas, com encaminhamento do
VI - Plano Plurianual, as Diretrizes Orçamentárias e Orçamento projeto ao Prefeito para publicação.
Anual; e Art. 46 Nos casos do Art. 33, III e IV desta Lei Orgânica, com a
VII - Servidor Público Municipal e seu Regime Jurídico. votação da redação final, considerar-se-á encerrada a elaboração
Art. 40 Nos projetos de lei de iniciativa do Prefeito, não será do Decreto Legislativo e da Resolução, cabendo ao Presidente da
admitida emenda que aumente a despesa prevista, ressalvando o Câmara de Vereadores a promulgação e publicação.
disposto no Art. 166, §§ 3º e 4º da Constituição Federal.
Art. 41 No início ou em qualquer fase da tramitação do Proje- CAPÍTULO IV
to de Lei de iniciativa privativa do Prefeito, este poderá solicitar à DO PODER EXECUTIVO
Câmara de Vereadores que o aprecie no prazo de até vinte dias, a SEÇÃO I
contar do pedido. DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO

Art. 47 O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito, auxiliado


pelos Secretários.

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LEGISLAÇÃO
Art. 48 O Prefeito e o Vice-Prefeito serão eleitos para o man- XVII - solicitar o auxílio da Polícia Estadual para a garantia do
dato de quatro anos, na forma disposta na legislação eleitoral, de- cumprimento de seus atos.
vendo realizar-se até noventa dias antes do término do mandato XVIII - administrar os bens e rendas do Município, promovendo
daqueles a que devam suceder. o lançamento, a fiscalização e arrecadação dos tributos;
Art. 49 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse na sessão XIX - promover o ensino público;
solene de instalação da Câmara, após a posse dos Vereadores e XX - propor a divisão administrativa do Município, de acordo
prestarão o compromisso de manter, defender e cumprir as Consti- com a Lei;
tuições, as Leis e administrar o Município, visando o bem geral dos XXI - decretar situação de emergência ou estado de calamidade
munícipes. pública;
Parágrafo Único - Se o Prefeito e o Vice-Prefeito não tomarem XXII - a doação de bens públicos dependerá de prévia autori-
posse no prazo de dez dias, contados da data fixada, o cargo será zação legislativa e a escritura respectiva deverá conter cláusula de
declarado vago pela Câmara de Vereadores, salvo motivo justo e reversão, no caso de descumprimento das condições;
comprovado. XXIII - o pagamento dos Servidores Municipais será efetuado
Art. 50 O Vice-Prefeito substituirá o Prefeito quando o mesmo conforme dispuser a Lei; (Redação dada pela Emenda à Lei Orgâ-
estiver licenciado ou no gozo de férias regulamentares e suceder- nica nº 1/1993)
-lhes-á no caso de vaga. XXIV - encaminhar trimestralmente relatórios de leis aprova-
§ 1º Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, das, de iniciativa do Executivo ou Legislativo, às Entidades Comuni-
caberá ao Presidente da Câmara substituí-los. tárias, Sindicatos e outras representativas da sociedade com cadas-
§ 2º Igual designação poderá ser feita quando o Prefeito se tro na Prefeitura Municipal;
afastar do Município em períodos inferiores aos previstos no Artigo XXV - dispor sobre o horário de funcionamento dos estabeleci-
30, VII, desta Lei. mentos industriais, comerciais e serviços, na forma da Lei;
Art. 51 Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito, realizar- XXVI - durante o horário bancário, ditos estabelecimentos, in-
-se-á eleição para os cargos vagos no prazo de noventa dias após distintamente, terão de receber pagamentos referente a todas as
a ocorrência da última vaga, sendo que os eleitos completarão o suas operações de prestação de serviços; caso isso não ocorra, o
mandato dos sucedidos. Executivo deverá comunicar ao Banco Central tal irregularidade
Parágrafo Único - Ocorrendo vacância de ambos os cargos após para que o mesmo tome as devidas providências; XXVII - prestar
cumpridos três quartos do mandato do Prefeito, o Presidente da serviços funerários indispensáveis às famílias
Câmara de Vereadores assumirá o cargo por todo o período res- necessitadas, gratuitamente;
tante. XXVIII - patrolar e encascalhar as ruas não calçadas pelo menos
uma vez por ano;
SEÇÃO II § 1º Suprimido (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº
DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO 4/1993)
§ 2º As Leis de que trata o inciso XXIV serão publicadas em jor-
Art. 52 Compete privativamente ao Prefeito. nal local, sempre especificando em pequena nota o nome do seu
I - representar o Município em juízo e fora dele; autor.
II - iniciar o processo legislativo na forma e nos casos previstos Art. 53 Vice-Prefeito, além da responsabilidade de substituto e
nesta Lei Orgânica; sucessor do Prefeito, cumprirá as atribuições que lhe forem fixadas
III - sancionar, promulgar e fazer publicar as Leis, bem como em Lei e auxiliará o Chefe do Poder Executivo quando convocado
expedir regulamentos para a fiel execução das mesmas; por esse para missões especiais.
IV - vetar Projetos de Lei ou Emendas aprovadas; Art. 54 O Prefeito gozará férias anuais de trinta dias, mediante
V - dispor sobre a organização e o funcionamento da adminis- comunicação à Câmara de Vereadores do período escolhido.
tração municipal, na forma da Lei;
VI - promover as desapropriações necessárias a administração SEÇÃO III
municipal, na forma da Lei; DA RESPONSABILIDADE E INFRAÇÕES POLÍTICO-ADMINIS-
VII - expedir todos os atos próprios da atividade administrativa; TRATIVAS DO PREFEITO E VICE-PREFEITO
VIII - celebrar contratos de obras e serviços, observada a legis-
lação própria, inclusive licitação, quando for o caso; Art. 55 Os crimes de responsabilidade do Prefeito e Vice-Pre-
IX - planejar e promover a execução dos serviços municipais; feito, bem como o processo de julgamento, são os definidos em Lei
X - prover os cargos, funções e empregos públicos e promover Federal.
a execução dos serviços municipais; Art. 56 São infrações político-administrativas do Prefeito e do
XI - encaminhar à Câmara de Vereadores, nos prazos previstos Vice- Prefeito, sujeitas ao julgamento pela Câmara de Vereadores e
nesta Lei, os Projetos de Lei de sua iniciativa exclusiva; sancionadas com a cassação do mandato:
XII - encaminhar, anualmente, à Câmara de Vereadores e ao I - impedir o funcionamento regular da Câmara de Vereadores;
Tribunal de Contas do Estado, até o dia primeiro de março, as contas II - impedir o exame de documentos em geral por parte de Co-
referentes à gestão financeira do exercício anterior; missão Parlamentar de Inquérito ou auditoria oficial;
XIII - prestar, no prazo de quinze dias, as informações solicita- III - impedir a verificação de obras e serviços municipais por
das pela Câmara de Vereadores; parte de Comissão Parlamentar de Inquérito ou perícia oficial;
XIV - resolver sobre os Requerimentos, Reclamações, que lhe IV - deixar de atender, no prazo legal, os pedidos de informação
forem dirigidos em matéria de competência do Executivo Munici- da Câmara de Vereadores;
pal; V - retardar a publicação ou deixar de publicar as Leis e atos
XV - oficializar e sinalizar, obedecidas as normas urbanísticas, as sujeitos a essa formalidade;
vias e logradouros públicos; VI - deixar de apresentar à Câmara, no prazo legal, os Projetos
XVI - aprovar Projetos de Edificação e de Loteamento, Des- do Plano Plurianual de Investimentos, Diretrizes Orçamentárias e
membramento e Zoneamento Urbano ou para fins urbanos; Orçamento Anual;

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LEGISLAÇÃO
VII - descumprir o Orçamento Anual; V - concluída a instrução, será aberto vistas do processo ao de-
VIII - assumir obrigações que envolvam despesas públicas sem nunciado, para razões escritas, no prazo de cinco dias, e após a Co-
que haja suficiente recurso orçamentário na forma da Constituição missão processante emitirá parecer final, pela procedência ou im-
Federal; procedência da acusação, e solicitará ao Presidente da Câmara de
IX - praticar, contra expressa disposição de Lei, ato de sua com- Vereadores a convocação de sessão para o julgamento. Na sessão
petência ou omitir-se na sua prática; de julgamento, o processo será lido, integralmente e, a seguir, os
X - omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitos Vereadores que o desejarem poderão manifestar-se verbalmente,
ou interesse do Município, sujeitos à administração municipal; pelo tempo máximo de quinze minutos cada um, e, ao final, o de-
XI - ausentar-se do Município, por tempo superior ao previsto nunciado, ou seu procurador, terá o prazo máximo de duas horas,
nesta Lei ou afastar-se do Município sem autorização legislativa nos para produzir sua defesa oral;
casos exigidos em Lei; VI - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações nomi-
XII - proceder de modo incompatível com a dignidade e decoro nais quantas forem as infrações articuladas na denúncia. Conside-
do cargo; rar-se-á afastado, definitivamente, do cargo, o denunciado que for
XIII - tiver cassados os direitos políticos ou for condenado por declarado, pelo voto de dois terços, pelo menos, dos membros da
crime funcional ou eleitoral, sem a pena acessória de perda do car- Câmara, incurso em qualquer das infrações especificadas na denún-
go; cia. Concluído o julgamento, o Presidente da Câmara proclamará
XIV - incidir nos impedimentos estabelecidos no exercício do imediatamente o resultado e fará lavrar ata que consigne a votação
cargo e não se desincompatibilizar nos casos supervenientes e nos nominal sobre cada infração, e, se houver condenação, expedirá o
prazos fixados. competente decreto legislativo de cassação do mandato do Prefei-
Art. 57 A cassação do mandato do Prefeito e Vice-Prefeito, to. Se o resultado da votação for absolutório, o Presidente determi-
pela Câmara de Vereadores, por infrações definidas no artigo ante- nará o arquivamento do processo. Em qualquer dos casos, o Presi-
rior, obedecerão o seguinte rito, se outro não for estabelecido pela dente da Câmara comunicará à Justiça Eleitoral o resultado;
União ou pelo Estado: VII - o processo, a que se refere este artigo, deverá estar con-
I - a denúncia escrita da infração poderá ser feita por qualquer cluído dentro de noventa dias, contados da data em que se efetivar
eleitor, com a exposição dos fatos e a indicação das provas. Se o de- a notificação do acusado. Transcorrido o prazo sem o julgamento, o
nunciante for Vereador, ficará impedido de votar sobre a denúncia processo será arquivado, sem prejuízo de nova denúncia, ainda que
e de integrar a Comissão processante, podendo, todavia, praticar sobre os mesmos fatos.
todos os atos do processo, e só votará se necessário para completar Art. 58 Extingue-se o mandato do Prefeito e do Vice-Prefeito,
o quorum de julgamento. Será convocado o suplente do Vereador e assim deverá ser declarado pelo Presidente da Câmara de Vere-
impedido de votar, o qual não poderá integrar a Comissão proces- adores;
sante; I - por sentença judicial transitada em julgado;
II - de posse da denúncia, o Presidente da Câmara, na primeira II - por falecimento;
sessão, determinará sua leitura e consultará a Câmara sobre o seu III - por renúncia escrita;
recebimento. Decidido o recebimento, pelo voto da maioria dos IV - quando deixar de tomar posse, sem motivo comprovado
presentes, na mesma sessão será constituída a Comissão proces- perante a Câmara, no prazo fixado na Lei Orgânica.
sante, com três Vereadores sorteados entre os desimpedidos, os § 1º Comprovado o ato ou fato extintivo, previsto neste artigo,
quais elegerão, desde logo, o Presidente e o Relator; o Presidente da Câmara, imediatamente, investirá o Vice-Prefeito
III - recebendo o processo, o Presidente da Comissão iniciará no cargo, como sucessor;
os trabalhos, dentro de cinco dias, notificando o denunciado, com § 2º Sendo inviável a posse do Vice-Prefeito, o Presidente da
a remessa de cópia de denúncia e documentos que a instruírem, Câmara assumirá o cargo obedecendo o disposto nesta Lei Orgâ-
para que no prazo de dez dias, apresente defesa prévia, por escrito, nica;
indique as provas que pretende produzir e arrole testemunha, até § 3º A extinção do cargo e as providências tomadas pelo Presi-
o máximo de dez. Se estiver ausente do Município, a notificação dente da Câmara deverão ser comunicadas ao plenários, fazendo-
far-se-á por Edital, publicado duas vezes, no Órgão Oficial, com in- -se constar da ata.
tervalo de três dias, pelo menos, contado o prazo da primeira publi-
cação. Decorrido o prazo de defesa, a Comissão processante emiti- TÍTULO II
rá parecer dentro de cinco dias, opinando pelo prosseguimento ou DA ADMINISTRAÇÃO E DOS SERVIDORES MUNICIPAIS
arquivamento da denúncia, o qual, neste caso será submetido ao CAPÍTULO I
plenário. Se a Comissão opinar pelo prosseguimento, o Presidente DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL DISPOSIÇÕES GERAIS
designará desde logo, o início da instrução, e determinará os atos,
diligências e audiências que se fizerem necessários, para o depoi- Art. 59 A administração municipal obedecerá as normas es-
mento e inquirição das testemunhas; tabelecidas nos Artigos 37 e 41 da Constituição Federal, além das
IV - o denunciado deverá ser intimado de todos os atos do pro- fixadas na Constituição do Estado e leis municipais.
cesso, pessoalmente, ou na pessoa de seu procurador, com antece- Art. 60 Todo e qualquer Cidadão no gozo de suas prerrogativas
dência de, pelo menos, vinte e quatro horas, sendo-lhe permitido constitucionais, desde que preencham as exigências da Lei, sem li-
assistir as diligências, bem como formular perguntas e respostas as mite de idade, poderá prestar Concurso Público para preenchimen-
testemunhas e requerer o que for de interesse da defesa; to de cargo da administração pública municipal ou função que a Lei
estabelecer. (Redação dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 1/1992)
Art. 61 Suprimido (Suprimido pela Emenda à Lei Orgânica nº
5/1993)

43
LEGISLAÇÃO
CAPÍTULO II Art. 71 Os Secretários do Município serão, solidariamente,
DOS SERVIDORES MUNICIPAIS responsáveis com o Prefeito, pelos atos lesivos ao erário municipal
SEÇÃO I praticados na área de sua jurisdição, quando decorrentes de culpa.
DOS SERVIDORES Art. 72 Enquanto estiverem exercendo o cargo, os Secretários
do Município ficarão sujeitos ao Regime Previdenciário adotado
Art. 62 São Servidores do Município, todos os que ocupam car- pelo Município para os demais Servidores Municipais.
gos, funções ou empregos da administração direta, das Autarquias
e Fundações Públicas, bem como os admitidos por contrato para CAPÍTULO III
atender necessidades temporárias de excepcional interesse público DOS CONSELHOS DE COOPERAÇÃO ADMINISTRATIVA
do Município, definidos em Lei local.
Art. 62-A É vedada a nomeação para Cargos Comissionados, Art. 73 Os Conselhos Municipais são órgãos de cooperação
no primeiro e segundo escalão, na Administração direta, indireta governamental que tem por finalidade auxiliar a administração na
e fundamental dos Poderes Municipais, de pessoas que se enqua- orientação, planejamento, interpretação e julgamento de matéria
drem nos impedimentos constantes da Lei Complementar à Cons- de sua competência.
tituição Federal nº 135/2010 (Lei da Ficha Limpa), bem como, fica Art. 74 As atribuições de cada Conselho, sua organização, com-
impedido o serviço público municipal de contratar para cargo em posição, funcionamento, forma de nomeação de titular e suplente,
comissão e de serviços terceirizados, pessoas que tenham envol- prazo de duração do mandato serão fixados em Lei.
vimento com violência doméstica contra mulheres, assim definida Art. 75 Os Conselhos Municipais são compostos de número
nos moldes da Lei Federal nº 11.340/2006 - Lei Maria da Penha, ímpar de membros, observando, quando for o caso, a representati-
contra crianças e adolescentes - Lei Federal nº 8.069/1990 - Es- vidade da administração
tatuto da Criança e do Adolescente, contra idosos - Lei Federal nº das Entidades Públicas, Associativas, Classistas e associações
10.741/2003 - Estatuto do Idoso, e contra pessoas com deficiência de modo em geral, com sede no Município.
física ou mental, assegurados na esfera administrativa a ampla de- Art. 76 Os membros do Conselho prestarão serviços sem re-
fesa e o contraditório, ficando facultada a reabilitação, após cinco muneração.
anos do fato que deu origem à inidoneidade, sem que novos fatos Art. 77 As decisões dos Conselhos Municipais, uma vez ho-
semelhantes tenham sido praticados. (Redação dada pela Emenda mologadas pelo Prefeito, terão execução obrigatória, respeitada a
à Lei Orgânica nº 15/2020) legislação constitucional vigente.
Art. 63 Os direitos e deveres dos Servidores Públicos do Mu-
nicípio serão disciplinados em Lei Ordinária que instituir o regime TITULO III
jurídico único. DO SISTEMA TRIBUTÁRIO MUNICIPAL
Art. 64 O Plano de Carreira dos Servidores Municipais disci- CAPÍTULO I
plinará a forma de acesso a classes superiores, com a adoção de DA COMPETÊNCIA TRIBUTÁRIA
critérios objetivos de avaliação, assegurado o sistema de promoção SEÇÃO I
por antiguidade e merecimento. DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 65 É assegurada, para aposentadoria, a contagem recípro-
ca do tempo de contribuição previdenciária na atividade privada, Art. 78 O Sistema Tributário do Município é regulado pelo dis-
mediante certidão expedida pela Previdência Social Nacional ou posto na Constituição Federal, na Constituição Estadual, na legisla-
através de justificativa judicial. ção ordinária pertinente e nesta Lei Orgânica.
Art. 66 Na contagem do tempo para a aposentadoria do Ser- Parágrafo Único - O Sistema Tributário compreende os seguin-
vidor aos trinta e cinco anos de serviço, e, da Servidora aos trinta, tes tributos:
o período de exercício de atividades que assegurem direito a apo- I - impostos;
sentadoria especial, será acrescido de um sexto e de um quinto, II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela
respectivamente. utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos ou
Art. 67 O Município poderá instituir regime previdenciário Fe- divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos à sua disposição;
deral ou Estadual. III - contribuição de melhoria, decorrentes de obras públicas.
Parágrafo Único - Se o sistema previdenciário escolhido não as- Art. 79 O Município desenvolverá uma política fiscal com inci-
segurar proventos integrais aos aposentados, caberá ao Município dência do imposto sobre a propriedade territorial urbana, de forma
garantir a complementação, na forma a ser prevista em Lei. progressiva com relação aos sítios de lazer sem utilização produtiva.
Art. 68 É concedido a todos os Servidores Municipais, inclusive Art. 80 A concessão de anistia, remissão, isenção, benefícios e
pensionistas e aposentados, o direito ao recebimento do décimo incentivos fiscais que envolvam matéria tributária ou dilatação de
terceiro salário, de acordo com a legislação em vigor. prazos de pagamentos dos tributos só poderá ser feito com autori-
Art. 69 Ficam estendidas à Servidora Municipal, na condição zação da Câmara Municipal.
de mãe adotiva, os benefícios concedidos à mãe biológica, na forma Parágrafo Único - São isentos de tributos os veículos de tração
a ser regulada por Lei. animal e demais instrumentos de trabalho do pequeno agricultor,
empregados nos serviços da própria lavoura ou no transporte de
SEÇÃO II seus produtos, na forma que a Lei estabelecer.
DOS SECRETÁRIOS DO MUNICÍPIO
SEÇÃO II
Art. 70 Aos Secretários do Município, de livre nomeação e exo- DOS IMPOSTOS MUNICIPAIS
neração pelo Prefeito, são aplicáveis no que couber, as normas pre-
vistas nas Leis para os demais Servidores Municipais. Art. 81 Compete ao Município instituir impostos sobre:

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LEGISLAÇÃO
I - propriedade predial e territorial urbana; I - as receitas, despesas e evolução da dívida pública;
II - transmissão “inter vivos”, a qualquer título, por ato oneroso, II - os valores realizados desde o início do exercício até o último
de bens imóveis, por natureza ou acessão física e de direitos reais mês do trimestre objeto de análise financeira;
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos III - as previsões atualizadas de seus valores até o fim do exer-
a sua aquisição; cício financeiro.
III - venda de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo die- Art. 86 Os Projetos de Lei relativos ao Plano Plurianual, às Dire-
sel; trizes Orçamentárias, ao Orçamento Anual e aos Créditos Adicionais
IV - serviços de quaisquer natureza não compreendidos no Ar- serão apreciados pela Câmara Municipal, na forma de seu regimen-
tigo 155, I, b, da Constituição Federal. to.
Parágrafo Único - Será divulgado, até o último dia do mês sub- § 1º Caberá à Comissão Permanente de Finanças da Câmara
sequente ao da arrecadação, os montantes de cada um dos tributos Municipal:
arrecadados e os recursos recebidos. I - examinar e emitir parecer sobre os Projetos referidos nes-
te Artigo e sobre as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito
CAPÍTULO II Municipal;
DO ORÇAMENTO II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas mu-
nicipais, regionais e exercer o acompanhamento e a fiscalização
Art. 82 A receita e a despesa pública obedecerão as seguintes orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais comissões da
Leis de iniciativa do Poder Executivo: Casa.
I - o Plano Plurianual; § 2º As emendas serão apresentadas à Comissão, que emitirá
II - as Diretrizes Orçamentarias; parecer para apreciação na forma regimental, pelo plenário.
III - os Orçamentos Anuais;
§ 3º As emendas aos Projetos de Leis Orçamentárias Anuais ou
§ 1º A Lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá as dire-
aos Projetos que as modifiquem só poderão ser aprovados caso:
trizes, objetivos e metas da administração pública municipal para as
I - sejam compatíveis com o Plano Plurianual e com a Lei de
despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas
Diretrizes Orçamentárias;
aos programas de duração continuada.
§ 2º A Lei de Diretrizes Orçamentárias compreenderá as me- II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os pro-
tas e prioridades da administração pública municipal, incluindo as venientes de anulação de despesas, excluídos os que incidam sobre;
despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orien- a) dotação para pessoal;
tará a elaboração da Lei Orçamentária e disporá sobre as alterações b) serviços da dívida.
na Legislação Tributária e estabelecerá a política de aplicação das III - sejam relacionados com;
agências financeiras oficiais de fomento. a) correção de erros ou omissões;
§ 3º A Lei Orçamentária Anual compreenderá; b) os dispositivos do texto do Projeto de Lei.
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do Municípios, ór- § 4º As emendas ao Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias
gãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive funda- não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o Plano Plu-
ções instituídas e mantidas pelo Poder Público Municipal. rianual.
II - o orçamento de investimentos das empresas em que o Mu- § 5º O Prefeito Municipal poderá enviar mensagem à Câmara
nicípio, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social de Vereadores para propor modificação nos Projetos a que se refere
com direito a voto. este artigo enquanto não iniciada a votação, na Comissão Perma-
III - o orçamento da seguridade social. nente, da parte cuja alteração é proposta.
§ 4º O Projeto de Lei Orçamentária será acompanhado de de- § 6º Os Projetos de Lei do Plano Plurianual de Diretrizes Orça-
monstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrentes de mentárias e do Orçamento Anual, serão enviados ao Poder Legisla-
isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza fi- tivo pelo Prefeito Municipal à sanção do Prefeito como segue:
nanceira ou tributária e creditícia. I - os prazos de envio dos Projetos de Lei ao Poder Legislativo
§ 5º A Lei Orçamentária Anual não conterá dispositivo estranho são os seguintes:
à previsão da receita e à fixação de despesa, não se incluindo na a) Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 15 de junho do pri-
proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e meiro ano do mandato do Prefeito;
contratação de operações b) Projeto de Lei das Diretrizes Orçamentárias, anualmente, até
de créditos, inclusive por antecipação de receita, nos termos 31 de agosto;
da Lei. c) Projeto de Lei do Orçamento Anual, até 31 de outubro de
Art. 83 Durante o período da pauta regimental, poderão ser
cada ano.
apresentadas emendas populares às propostas de Orçamento Anu-
II - Os prazos de envio dos Projetos de Lei para sanção do Pre-
al e Plurianual, desde que firmadas por duzentos eleitores ou enca-
feito Municipal são os seguintes:
minhadas por três entidades representativas da sociedade, respei-
a) O Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 15 de agosto do
tadas as condições constantes da Constituição Federal, Artigo 166,
parágrafos 2º, 3º e 4º, e Constituição Estadual. primeiro ano do mandato do Prefeito; (Redação dada pela Emenda
Art. 84 O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o en- à Lei Orgânica nº 1/2001)
cerramento de cada bimestre, relatório da execução orçamentária. b) O Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias e o Projeto de
Parágrafo Único - As contas do Município ficarão, durante ses- Lei do Orçamento Anual, até 28 de dezembro de cada ano; (Reda-
senta dias, anualmente, a disposição de qualquer contribuinte, para ção dada pela Emenda à Lei Orgânica nº 5/2001)
exame e apreciação, o qual poderá questionar-lhes a legitimidade, § 7º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou re-
nos termos da Lei. jeição do Projeto de Lei Orçamentária Anual, ficarem sem despesas
Art. 85 O Poder Executivo deverá apresentar ao Poder Legisla- correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, median-
tivo, trimestralmente, demonstrativo do comportamento das finan- te créditos especiais ou suplementares com prévia e específica au-
ças públicas, considerando: torização legislativa.

45
LEGISLAÇÃO
§ 8º Cada Comissão Permanente emitirá parecer sobre o Or- V - integração e descentralização das ações públicas setoriais;
çamento Anual e Plano Plurianual de Diretrizes Orçamentárias nas VI - proteção da natureza e ordenação territorial;
suas respectivas áreas. VII - resguardo das áreas do usufruto perpétuo dos índios e das
Art. 87 São vedados: que lhes pertencem a justo título;
I - o início de programas ou projetos não incluídos nas Leis Or- VIII - condenação dos atos de exploração do homem pelo ho-
çamentárias Anuais; mem e de exploração predatória da natureza, considerando-se ju-
II - a realização de despesas ou tomada de obrigações diretas ridicamente ilícitos e normalmente indefensável a qualquer ganho
que excedam os critérios orçamentárias ou adicionais; individual ou social auferido com base neles;
III - a realização de operação de crédito que excedam o mon- IX - integração das ações do Município com as da União e do
tante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante Estado, no sentido de garantir a segurança social, destinadas a tor-
créditos suplementares, ou especiais com finalidade precisa, apro- nar efetivo os direitos ao trabalho, à educação, à habilitação e à
vados pela Câmara de Vereadores por maioria absoluta: assistência social;
IV - a vinculação de receita de impostos a órgãos, fundo ou X - estímulo à participação da comunidade através de organiza-
despesa, ressalvadas a repartição do produto de arrecadação dos ções representativas dela;
impostos, a destinação de recursos para a manutenção e desenvol- XI - preferência aos projetos de cunho comunitário nos finan-
vimento do ensino e da pesquisa científica e tecnológica, bem como ciamentos públicos e incentivos fiscais.
a prestação de garantias às operações de crédito por antecipação Art. 90 São direitos sociais o ambiente sadio, a saúde, a edu-
de receitas previstas na Constituição Federal; cação, o trabalho, a alimentação, o vestuário, a moradia, o lazer, a
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia proteção, à maternidade e à infância, a assistência aos desampara-
autorização legislativa e sem indicação dos recursos corresponden- dos, na forma da Constituição Federal e Estadual.
tes;
Art. 91 É criado, a partir da promulgação da Lei Orgânica, o
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de re-
Banco de Materiais de Construção, com finalidade de atender à
cursos de uma dotação para outra, ou de um órgão para outro, sem
construção de moradia para pessoas de baixa renda, na forma da
prévia autorização legislativa;
Lei.
VII - a concessão ou utilização dos créditos ilimitados;
VIII - a utilização sem autorização legislativa específica de re- Art. 92 É assegurado a população de baixa renda o direito a
cursos do orçamento fiscal e da seguridade social para suprir neces- habitação através de ação do Município, que atuando de forma
sidades ou cumprir déficit de empresas, fundações e fundos; concorrente com o Governo do Estado e Governo Federal deverá
IX - a instituição de fundos especiais de qualquer natureza, sem canalizar recursos com tal destinação.
prévia autorização legislativa. Parágrafo Único - A legislação ordinária disciplinará as condi-
§ 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exer- ções de habitabilidade e determinará quais os serviços públicos que
cício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no Plano deverão estar a disposição da população.
Plurianual, ou sem Lei que o autorize a inclusão, sob pena de crime Art. 93 Cumpre ao Município a adoção de mecanismos que
de responsabilidade. possibilitem ampla participação e acompanhamento popular na
§ 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no aplicação à administração de todos os recursos financeiros postos
exercício financeiro em que forem autorizados salvo se o ato de au- à sua disposição.
torização for promulgado nos últimos quatro meses daquele exercí- Parágrafo Único - O acompanhamento e a participação de que
cio, caso em que reabertos nos limites de seus saldos, serão incor- trata o “caput” deverão se dar sob forma de Conselhos Populares.
porados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. Art. 94 Os interesses da iniciativa privada não podem se sobre-
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será admiti- por aos do Poder Público e da coletividade.
da para atender as despesas imprevisíveis e urgentes. Art. 95 O parcelamento do solo para fins urbanos deverá estar
Art. 88 A despesa com o pessoal ativo não poderá exceder os inserido em área urbana ou de expansão urbana a ser defendida
limites estabelecidos em Lei Complementar Federal. em Lei Municipal.
Parágrafo Único - A concessão de qualquer vantagem ou au- Art. 96 Na elaboração do planejamento e na ordenação de
mento de remuneração, a criação de cargos ou a alteração destes, usos, atividades e funções de interesse social, o Município visará a:
ou alteração de estrutura de carreira, bem como a admissão de pes- I - melhorar a qualidade de vida do cidadão;
soal, dependerá de prévia autorização legislativa. II - promover a definição e a realização da função social da pro-
priedade urbana;
CAPÍTULO III III - promover a ordenação territorial, integrando as diversas
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL
atividades e funções urbanas;
IV - prevenir e corrigir as distorções do crescimento urbano;
Art. 89 Na organização de sua economia, em cumprimento do
V - distribuir os benefícios e encargos do processo de desenvol-
que estabelecem a Constituição Federal e a Constituição Estadual,
vimento do Município, inibindo a especulação imobiliária, os vazios
o Município zelará pelos seguintes princípios:
I - promoção do bem-estar do homem, com o fim essencial da urbanos;
produção e do desenvolvimento econômico; VI - promover a integração, racionalização e otimização da in-
II - valorização econômica e social do trabalho e do trabalhador, fra-estrutura básica, priorizando os aglomerados de maior densida-
associada a uma política de expansão das oportunidades de empre- de populacional e as populações de menor renda;
go e de humanização do processo social de produção com a defesa VII - promover o desenvolvimento econômico local;
dos interesses do povo; VIII - promover a integração distrital, observando as peculiari-
III - democratização do acesso à propriedade dos meios de pro- dades de cada região.
dução; Art. 97 O Município promoverá programas de interesse social,
IV - planificação do desenvolvimento, determinante para o se- destinados à facilitar o acesso da população à habitação, priorizan-
tor público e indicativo para o setor privado; do:

46
LEGISLAÇÃO
I - a regularização fundiária; Art. 110 O Município, no âmbito de sua organização, elabora-
II - a adotação de infra-estrutura básica e de equipamentos so- rá política de desenvolvimento comercial, industrial e de serviços,
ciais; mediante planos, projetos e outras medidas que visem ao incentivo
III - a implantação de empreendimentos habitacionais. e ao apoio daquelas atividades, adequando as diretrizes estabele-
Parágrafo Único - O Município apoiará a construção de mora- cidas pela política Federal e Estadual para os setores, às peculiari-
dias populares realizadas pelos próprios interessados, por regime dades locais.
de mutirão, por cooperativas habitacionais e outras formas de al- Parágrafo Único - Incumbe ao Executivo Municipal manter um
ternativas. banco de dados baseado em estatísticas e outras informações re-
Art. 98 O Plano Plurianual do Município e o seu Orçamento lativas às atividades comerciais, industriais e de serviços, que fun-
Anual contemplarão expressamente recursos destinados ao desen- cionem como suporte para atividades de planejamento, bem como
volvimento de uma política habitacional de interesse social, compa- fonte de informação e consulta para a sociedade civil e outros órgão
tível com os programas estaduais e federais desta área. públicos.
Art. 99 Os investimentos do Município atenderão, em caráter Art. 111 É assegurada a participação das cooperativas junto
prioritário, às necessidades básicas da população e deverão estar aos órgãos e Conselhos Municipais, que direta ou indiretamente se
compatibilizados com o plano de desenvolvimento econômico. relacionem com as atividades do cooperativismo.
Art. 100 Os planos de desenvolvimento econômico do Municí- Art. 112 Cabe ao Município garantir a criação de um parque
pio terão o objetivo de promover a melhoria da qualidade de vida industrial constituído de pequenas e médias empresas, com meca-
da população, a distribuição equitativa da riqueza produzida, o es- nismos para não poluir a natureza.
tímulo à permanência do homem no campo e o desenvolvimento
social e econômico sustentável. CAPÍTULO II
Art. 101 O Município organizará sistemas e programas de pre- DO DESENVOLVIMENTO URBANO
venção e socorro nos casos de calamidade pública, em que a popu-
lação tenha ameaçado os seus recursos, meios de abastecimento Art. 113 O Poder Municipal executará a política de desenvol-
ou de sobrevivência. vimento das funções sociais da cidade e garantirá o bem-estar de
Art. 102 Lei Municipal definirá normas de incentivo às formas seus habitantes, observadas as diretrizes gerais.
associadas e cooperativas, às pequenas e microunidades econômi- § 1º O Plano Diretor, aprovado pela Câmara Municipal, é o
cas e às empresas que estabelecerem participação dos trabalhado- instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão
res nos lucros e na sua gestão. urbana.
Art. 103 O Município dispensará tratamento jurídico especial § 2º A propriedade urbana cumpre sua função social quando
à microempresa, à empresa de pequeno porte, incluídas as asso- atende às exigências fundamentais de ordenação da cidade, expres-
ciações e cooperativas de trabalhadores rurais ou urbanos, a ser sas no Plano Diretor.
definido em Lei Municipal. § 3º O Poder Público Municipal, mediante Lei específica, para
Art. 104 Na organização de sua economia, o Município comba- área incluída no Plano Diretor, exigirá, nos termos da Lei Federal,
terá a miséria, o analfabetismo, o desemprego, a propriedade im- do proprietário do solo urbano não edificado, subutilizado ou não
produtiva, a marginalização do indivíduo, o êxodo rural, a economia utilizado, que promova o seu adequado aproveitamento, sob pena,
da condição humana. sucessivamente, de:
I - parcelamento ou edificação compulsórios;
TÍTULO IV II - imposto sobre a propriedade predial e territorial urbana
DA INDÚSTRIA, COMÉRCIO E DESENVOLVIMENTO URBANO progressivo no tempo;
CAPÍTULO I III - desapropriação mediante título da dívida pública de emis-
DA INDÚSTRIA E COMÉRCIO são previamente aprovada pela Câmara Municipal, com prazo de
resgate até dez anos, em parcelas iguais, e sucessivas, assegurando
Art. 105 O Município apoiará, fomentará e incentivará o coo- o valor real da indenização e juros legais.
perativismo, o associativismo e a iniciativa privada como formas de Art. 114 A execução da política urbana será condicionada às
desenvolvimento sócio- econômico. funções sociais da cidade compreendidos como direito de acesso
Art. 106 O Executivo deverá promover, no prazo de seis meses de todo cidadão à moradia, ao trabalho, ao transporte público, ao
a revisão de todos os alvarás concedidos até a data da promulgação saneamento, à energia elétrica, à iluminação pública, à comunica-
desta Lei Orgânica, de estabelecimentos industriais, comerciais, de ção, à educação, à saúde, ao lazer, ao abastecimento e à segurança,
prestação de serviços, mantendo o licenciamento apenas dos que assim como à preservação do patrimônio ambiental e cultural.
sejam compatíveis com as atividades residenciais e não causem da- Art. 115 Para assegurar as funções sociais da cidade e da pro-
nos aos equipamentos locais, comunitários e de serviço público. priedade, o Poder Público usará, principalmente, os seguintes ins-
Art. 107 A Prefeitura adotará um sistema no sentido do con- trumentos:
trole procriativo das espécies canídeas e felídeas, bem como do co- I - tributários e financeiros:
mércio irregular destas espécies, oportunizando o estabelecimento a) imposto territorial urbano sobre taxação progressiva de va-
de Leis Ordinárias de medidas punitivas àqueles que abandonarem zios urbanos com base nos seguintes critérios, entre outros, que
os animais pelos quais são responsáveis. venham a ser estabelecidos em Lei;
Art. 108 Implantação de pontos fixos de venda dos produtos b) pela extensão dos terrenos;
hortifrutigranjeiros gerados na região. c) pelo número de propriedades;
Art. 109 A Lei Ordinária garantirá formas de participação do d) pelo índice de aproveitamento previsto pelo Plano Diretor.
Sindicato dos Comerciários ou Associação dos Trabalhadores do II - jurídicos:
Comércio e de representantes dos comerciantes, na definição de a) discriminação de terras públicas;
horários de funcionamento do comércio, salvo àqueles estabeleci- b) desapropriação por interesse social ou utilidade pública;
mentos que desejarem funcionar aos sábados, domingos e feriados c) comodato;
sem concurso de empregados. d) servidão administrativa;

47
LEGISLAÇÃO
e) restrição administrativa; IV - no que diz respeito ao aspecto administrativo, deverá o Pla-
f) inventários, registros e tombamento de imóveis; no consignar normas de organização institucional que possibilitem
g) declaração de áreas de preservação ou proteção ambiental; a permanente planificação das atividades públicas municipais e a
h) medidas previstas no Artigo 182,§ 4º da Constituição Fede- sua integração nos planos estaduais e nacionais.
ral. Parágrafo Único - As normas municipais de edificação, zonea-
Art. 116 O estabelecimento de diretrizes e normas relativas ao mento e loteamento ou para fins urbanos atenderão às peculiarida-
desenvolvimento urbano deve assegurar: des locais e à legislação federal e estadual pertinentes.
I - regularização dos loteamentos irregulares e clandestinos; Art. 122 As propostas de alteração do Plano Diretor deverão
II - a participação das Entidades Comunitárias no estudo, no ser acompanhadas do parecer da Comissão de Obras da Câmara
encaminhamento e nas soluções dos problemas; Municipal e de órgão técnico de planejamento do Município.
III - a existência de áreas de exploração agrícola e pecuária, e o Art. 123 O quorum qualificado para aprovação e alteração do
estímulo a estas atividades primárias; Plano Diretor será de dois terços.
IV - a preservação, a proteção e a recuperação do meio am- Art. 124 O Plano Diretor deverá considerar nas normas de ocu-
biente; pação e uso do solo o seguinte:
V - a criação de áreas de interesse especial, tais como, urbanís- I - capacidade de infra-estrutura de saneamento instalada e a
tico, social, ambiental e de utilização pública; possibilidade de suplementá-las;
VI - o livre acesso a edifícios públicos e particulares de freqüên- II - o tipo de solo e a sua capacidade de absorção e nível de
cia ao público, a logradouros públicos e ao transporte coletivo às lençol freático;
pessoas portadoras de deficiência. III - a topografia;
Art. 117 O Município deverá assegurar a fiscalização de lote- IV - a reserva de áreas para instalação de sistema de coleta e
amentos, conjuntos habitacionais, tanto na área urbana, quanto tratamento de esgotos, quando parcelamento para fins residen-
rural. ciais;
V - o tamanho dos lotes compatíveis com a solução de esgota-
Art. 118 As populações moradoras em áreas não regularizadas
mento sanitário em cada local;
têm direito ao atendimento dos Serviços Públicos, observadas as
VI - a excessiva impermeabilização do solo urbano;
condições de segurança e salubridade.
VII - a proteção e a preservação de mananciais.
Art. 119 É declarada prioridade máxima a pavimentação refe-
Art. 125 O Plano Diretor será elaborado, complementado e
rente às vias de acesso às Vilas servidas pelo transporte coletivo, reavaliado conjuntamente pelo Poder Público, representado pelos
bem como as de intenso tráfego, exceto aquelas financiadas pela seus órgãos técnicos, pela população organizada e pelas Entidades
comunidade. representativas legalmente constituídas, submetido a aprovação da
Art. 120 O Plano Diretor, instrumento básico da política de de- Câmara de Vereadores.
senvolvimento e de expansão urbana, deverá conter: Art. 126 O Plano Diretor será revisto sempre que os conflitos
I - diretrizes para o desenvolvimento econômico e social, con- e condições físico e social do território municipal forem modifica-
sideradas as peculiaridades e potencialidades do Município e sua dos e merecedores de novos padrões urbanísticos ou intervenção
inserção no âmbito regional e estadual; pública.
II - diretrizes de coordenação territorial objetivando a função Parágrafo Único - As propostas de alteração do Plano Diretor
social da propriedade, a proteção do patrimônio ambiental, histó- serão submetidos a uma ampla discussão com a população.
rico, cultural e a adequação entre as densidades e formas de uso Art. 127 O Executivo Municipal poderá firmar comodato com
e ocupação do solo e a infra- estrutura e serviço existentes ou a proprietários de imóveis particulares, visando ao uso social e comu-
serem implantados nos termos previstos no Plano Diretor; nitário desses espaços urbanos, reduzindo ou isentando os tributos
III - instrumentos normativos, administrativos, financeiros e a eles relativos, na forma da Lei.
tributários necessários ao desenvolvimento urbano do Município e
adequados à realização dos objetivos e metas do Plano; TÍTULO V
IV - definição dos recursos necessários, das formas, prazos e DOS TRANSPORTES, DA SEGURANÇA PÚBLICA E DO SISTEMA
prioridades de aplicação; VIÁRIO
V - mecanismos e prazos de reavaliação. CAPÍTULO I
Art. 121 O Município elaborará o seu Plano Diretor, através DOS TRANSPORTES
de iniciativa do Prefeito, nos limites da competência municipal, das SEÇÃO I
funções da vida coletiva, abrangendo habitação, trabalho, educa- DISPOSIÇÕES GERAIS
ção, saúde, saneamento básico, circulação, recreação e consideran-
do em conjunto aspectos físicos, econômicos, sociais e administra- Art. 128 O Município estabelecerá a política de transporte co-
letivo de passageiros, urbana e distrital para a organização, plane-
tivos nos seguintes termos:
jamento e a execução deste serviço, ressalvadas as competências
I - no tocante ao aspecto físico-territorial, o Plano deverá con-
federal e estadual.
ter disposições sobre o sistema viário, urbano e rural, o zoneamen-
Parágrafo Único - A política de transporte coletivo de passagei-
to urbano, o parcelamento urbano, ou para fins urbanos, a edifica-
ros deverá atender aos seguintes objetivos:
ção e os serviços públicos locais; I - assegurar acesso da população aos locais de emprego e con-
II - no que se refere ao aspecto econômico, o Plano deverá pro- sumo, educação e saúde, lazer e cultura, bem como outros fins eco-
mover o desenvolvimento econômico e integração de condições de nômicos e sociais essenciais;
bem-estar da população; II - otimizar os serviços para a melhoria da qualidade de vida
III - no referente ao aspecto social, deverá o Plano conter pro- da população;
posta de promoção social da comunidade e criação de condições de III - minimizar os níveis de interferência no meio ambiente;
bem-estar da população; IV - contribuir para o desenvolvimento e a integração regional
e urbana.

48
LEGISLAÇÃO
Art. 129 É assegurado aos idosos, acima de sessenta anos, II - o incentivo à agroindústria;
deficientes físicos, Servidores Públicos, professores municipais, a III - o incentivo ao cooperativismo, sindicalismo e ao associa-
gratuidade da passagem nas linhas municipais, nos termos da le- tivismo;
gislação em vigor. IV - a implantação de cinturão verde;
Parágrafo Único - O Poder Executivo emitirá Carteira de Iden- V - o estímulo à criação de centrais de compras para abasteci-
tificação, regularizando o benefício mediante apresentação de do- mento de microempresas, microprodutores rurais e empresas de
cumento comprobatório do beneficiado e, este, garantirá a isenção pequeno porte, com vistas à diminuição do preço final das merca-
de passagem prevista no “caput” deste artigo, mediante sua apre- dorias e produtos em sua venda ao consumidor final;
sentação. VI - o incentivo à ampliação e à conservação de rede de es-
Art. 130 Aos operários e estudantes nos termos em que a Lei tradas rurais, municipais, bem como a eletrificação rural, no que
estabelecer é garantido o direito de viajar nos ônibus das linhas mu- couber;
nicipais pagando a metade do valor de passagem fixada. VII - vinculação da infra-estrutura do Estado existente no Mu-
Art. 131 Os serviços do transporte público de qualquer moda- nicípio aos objetivos de educação, treinamento e produção de in-
lidade, são considerados serviços essenciais e podem ser geridos sumos, com vistas ao desenvolvimento da agricultura ecológica no
diretamente ou mediante autorização, permissão ou concessão, Município.
precedida de licitação pública. Parágrafo Único - Consideram-se de interesse público todas as
§ 1º A autorização, permissão ou concessão de que fala o arti- medidas que visem a:
go, deverá ser aprovada pela Câmara Municipal por maioria de seus I - impedir que sejam mantidas inexploradas áreas agrícolas
membros.
suscetíveis de aproveitamento econômico;
§ 2º O Poder Executivo intervirá nas empresas autorizadas, per-
II - controlar a erosão em todas as suas formas;
missionárias ou concessionárias, com aprovação da Câmara Munici-
III - prevenir e sustar processos de adequação e de desertifi-
pal, por maioria de seus membros, para:
cação ;
I - garantir a prestação do serviço;
II - para regularizar a prestação do serviço. IV - recuperar e manter as características químicas, físicas e bio-
Art. 132 A lei disporá, observada a legislação estadual e federal lógicas do solo.
pertinente sobre: Art. 137 A utilização do solo agrícola somente será permitida
I - o regime das empresas concessionárias ou permissionárias se mediante planejamento segundo sua capacidade de uso, através
dos serviços de transporte, o caráter especial de seus contratos, do emprego de tecnologia adequada e em cumprimento à sua fun-
bem como as condições de caducidade, fiscalização e rescisão da ção social.
permissão ou concessão. Art. 138 Os proprietários quando não evitarem o prejuízo do
II - os direitos dos usuários; solo agrícola por erosão, assoreamento, contaminação, rejeitos, de-
III - as diretrizes da política tarifária; pósitos e outros danos, serão responsabilizados pelos efeitos que
IV - os níveis mínimos qualitativos e quantitativos dos serviços resultarem das mesmas.
prestados. Art. 139 O Município apoiará a formação de cooperativas agrí-
colas ou outras formas associativas, oferecendo-lhes, na medida do
CAPÍTULO II possível orientação e meios materiais para a elevação da produtivi-
DA SEGURANÇA PÚBLICA dade e melhoria de sua condição social.
Art. 140 O Poder Público deverá incentivar através de seus ór-
Art. 133 A Lei disporá sobre a constituição de Guarda Munici- gãos de pesquisas e de fomento à produção de alimentos nas zonas
pal destinada a proteção de bens, serviços e instalações municipais. rurais do Município. Esta produção deverá estar prioritariamente
Art. 134 A Lei definirá a forma de participação do Município na voltada para atender às necessidades da população.
organização e funcionamento dos Conselhos de Defesa e Segurança § 1º As atividades de fomento e pesquisa referidas no capítulo
da Comunidade, previstos no Artigo 126 da Constituição Estadual. deste artigo deverão estar voltadas para a difusão de métodos da
agricultura ecológica.
CAPÍTULO III § 2º A agricultura está entre as atividades que deverão receber
DO SISTEMA VIÁRIO incentivo do Poder Público.
Art. 141 Reprimir o abuso do poder econômico que vise à do-
Art. 135 A Lei disporá sobre a organização do Sistema Viário do
minação dos mercados, a eliminação da concorrência.
Município, de acordo com o Plano Diretor do Município e observan-
Art. 142 Caberá ao Executivo desenvolver uma política de es-
do as disposições Federal e Estadual.
tímulo tributário e de assistência técnica aos produtores de horti-
frutigranjeiros do seu município, bem como, propugnar pela criação
TÍTULO VI
DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E MEIO RURAL de “hortas comunitárias”.
CAPÍTULO I Art. 143 O Poder Público Municipal incentivará as atividades
DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E MEIO RURAL de pesca artesanal no território da Colônia de Pescadores, destinan-
do recursos humanos e materiais aos pescadores carentes, através
Art. 136 O Município, no desempenho de sua organização eco- de programas e projetos específicos, podendo firmar convênio com
nômica, planejará e executará política voltada para a agricultura e o entidades públicas ou privadas para o cumprimento de tais diretri-
abastecimento, especialmente no desenvolvimento da propriedade zes.
em todas as suas potencialidades, a partir da vocação e da capaci- Art. 144 Fica assegurada legislação suplementar das socieda-
dade de uso do solo, priorizando as que demonstrem uma preocu- des cooperativas.
pação quanto à proteção do meio ambiente:
I - fomento às produções agropecuárias e de alimentos para
abastecimento prioritário do mercado local;

49
LEGISLAÇÃO
Art. 145 O Município planejará e executará a política agrícola IV - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pen-
na forma da Lei com a efetiva participação do sistema cooperativis- samento e o saber.
ta na área de insumos, produção, armazenamento, agroindustria- V - valorização dos profissionais do ensino, garantindo na for-
lização, comercialização, transportes, créditos, seguros, habitação, ma da lei, plano de carreira para o magistério, com piso salarial
energização, reforma agrária, irrigação, pesquisas, assistência téc- profissional e ingresso no magistério público exclusivamente por
nica e extensão. concurso de provas e títulos, em regime jurídico único para todas as
Art. 146 As ações do Município que visem a consecução da instituições mantidas pelo Município;
política agrícola levarão em consideração especialmente: VI - gestão democrática do ensino, garantindo a participação
I - o desenvolvimento da propriedade rural em todas as suas dos representantes da comunidade;
potencialidades, em conformidade com a vocação do produtor e VII - garantia de padrão de qualidade. Cabe ao Município suple-
do solo; mentarmente promover o atendimento educacional especializado
II - incentivo à produção de alimentos de consumo interno; aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular
III - observação do zoneamento agrícola; de ensino.
IV - racionalização de ações de pesquisas e assistência técnica Art. 152 É dever do Município, assegurar o número de profes-
e extensão rural a nível municipal, entre os setores públicos e pri- sores necessários para cada unidade escolar no início do ano letivo,
vados; prevendo, também, número suficiente de professores substitutos.
V - criação de instrumentos que visem a preservação e a restau- Art. 153 É dever do Município:
ração do meio ambiente.; I - responsabilizar-se, prioritariamente, pelo atendimento em
VI - incentivar o desenvolvimento da agricultura ecológica, fa- creches e pré-escolas às crianças de zero a seis anos de idade e
zendo o aproveitamento adequado da propriedade rural, estimu- desenvolver o ensino fundamental quando a demanda dos níveis
lando a diversificação de culturas e a criação de pequenos animais anteriores estiver plena e satisfatoriamente atendida, só podendo
objetivando a proteção dos recursos naturais existentes e recupera- atuar em graus mais elevados de educação quando garantido, quan-
ção da qualidade ambiental, onde o acesso inadequado da proprie- titativamente e qualitativamente, o atendimento dos níveis citados;
dade rural se processar. II - garantir o ensino fundamental público obrigatório e gratui-
Art. 147 O Município desenvolverá uma política agrícola que to, inclusive os que não tiverem acesso a ela na idade própria.
incentive, com absoluta prioridade a produção de alimentos para a) subsidiar o transporte escolar aos filhos de pequenos e mé-
consumo interno, aí incluídas as lavouras de criação, de subsistên- dios agricultores e outros, nas zonas rurais onde não existam todas
cia, de pequena e média propriedade rural. as séries do ensino do primeiro grau;
Art. 148 O Município manterá em caráter de fomento as pe- b) pagar uma gratificação por difícil acesso não inferior a cin-
quenas propriedades rurais, os serviços de preparo do solo, inse- qüenta por cento do piso salarial aos professores municipais em
minação artificial, centros para comercialização e outros que se exercício nas escolas situadas no meio rural;
fizerem necessários. III - garantir o ensino de ecologia como disciplina nas séries de
§ 1º Todo o incentivo recebido será remunerado pelo beneficia- ensino fundamental;
do ao preço de custo. IV - garantir o ensino do aprendizado de “Educação para o Trân-
§ 2º Os incentivos poderão ser desenvolvidos através de convê- sito” nas séries do ensino fundamental;
nios com órgãos estaduais ou federais. V - garantir o desenvolvimento da disciplina de Educação Fí-
§ 3º Todas as modalidades de incentivo serão regulamentados sica nas diversas séries do ensino fundamental com profissionais
por legislação própria a cargo do Poder Executivo. titulados;
Art. 149 O Município poderá firmar convênios com a Escola VI - garantir o ensino do aprendizado do Espanhol como língua
Técnica de Agricultura, EMATER, bem como outras entidade públi- estrangeira moderna nas Escolas Municipais de primeiro grau, sem
cas ou privadas, visando atender aos produtores rurais do Municí- prejuízo das demais;
pio. VII - garantir o Ensino Religioso, de matrícula facultativa, como
disciplina dos horários normais das Escola Públicas Municipais;
TÍTULO VII VIII - o escotismo deverá ser considerado como método com-
DA EDUCAÇÃO, CULTURA, DESPORTO, CIÊNCIA, TECNOLOGIA
plementar de educação, merecendo o apoio de órgãos municipais;
E TURISMO
IX - proibir o uso de cigarros e afins nas Escolas Públicas Mu-
CAPÍTULO I
nicipais;
DA EDUCAÇÃO
X - será garantida pelo menos duas atividades mensais esclare-
cendo e conscientizando à comunidade, escolas, alunos e professo-
Art. 150 A educação enquanto direito de todos, é um dever
res aos malefícios causados pelo uso do fumo;
do Poder Público e da sociedade e deve ser baseada nos princípios
XI - garantir a aplicação nunca inferior a vinte e cinco por cento
da democracia, da liberdade de expressão, da solidariedade e do
da receita resultante de impostos próprios do Município e as trans-
respeito aos direitos humanos, visando constituir-se em instrumen-
ferências da União e do Estado para a manutenção e desenvolvi-
to do desenvolvimento da capacidade de elaboração e da reflexão
crítica da realidade. mento do ensino público municipal;
Art. 151 O ensino será ministrado com base nos seguintes prin- XII - garantir, nas Escolas Municipais, uma jornada diária míni-
cípios: ma de quatro horas;
I - igualdade de condições para o acesso e a permanência na XIII - assegurar aos pais, professores, alunos e funcionários e
escola; organização em todos os estabelecimentos de ensino através de as-
II - pluralismo de idéias, concepções pedagógicas; sociações, grêmios ou outras formas de organização;
III - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; XIV - será responsabilizada a autoridade educacional que em-
a) garantir o repasse de verbas ou materiais a cada bimestre baraçar ou impedir a organização ou o funcionamento das Entida-
para a manutenção das Escolas Municipais: des referidas nesteArtigo;

50
LEGISLAÇÃO
XV - o não oferecimento do ensino obrigatório e gratuito ou sua II - construção e equipamento de infra-estrutura básica para o
oferta irregular pelo Poder Público importará em responsabilidade exercício dodesporto e lazer da população.
da autoridade competente. Art. 162 É dever do Município obrigar as construtoras e empre-
Art. 154 Os Diretores de Escolas Públicas Municipais serão sas de loteamentos e condomínios a destinar áreas com infra-estru-
escolhidos mediante eleição direta e uninominal pela comunidade tura para a prática de desportos e lazer da comunidade.
escolar, na forma da Lei.
Art. 155 Os estabelecimentos públicos de ensino estarão à dis- CAPÍTULO III
posição da comunidade através de programações organizadas em DA CULTURA E TURISMO
comum.
Art. 156 O Município organizará e manterá sistema de ensino Art. 163 O Município estimulará a cultura em suas múltiplas
próprio com extensão correspondente as necessidades locais de manifestações, garantindo o pleno e efetivo exercício dos respecti-
educação geral e qualificação para o trabalho, respeitadas as dire- vos direitos, bem como o acesso às suas fontes, em nível nacional e
trizes e as bases fixadas pela legislação federal e as disposições su- regional, apoiando e incentivando a produção. valorização e difusão
pletivas da legislação estadual. das manifestações culturais.
Parágrafo Único - Compete ao Município elaborar o Plano Mu- Parágrafo Único - É dever do Município, proteger e estimular as
nicipal de Educação, respeitando as diretrizes e normas gerais es- manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos formadores
tabelecidas pelos planos nacionais e estaduais de educação com o da sociedade viamonense.
objetivo de estabelecerem prioridades e metas para o setor. Art. 164 Constituem direitos culturais garantidos pelo Muni-
Art. 157 O Município, em colaboração com o Estado, promo- cípio:
verá: I - a liberdade de criação e expressão artística;
I - política de formação profissional nas áreas em que houver II - acesso à educação artística e ao desenvolvimento da criativi-
carência de professores para atendimento de sua clientela; dade, principalmente nos estabelecimentos de ensino, nas escolas
II - cursos de atualização e aperfeiçoamento aos seus profes- de arte, nos centros culturais e espaços de associações de bairros;
sores e especialistas nas áreas em que atuarem e em que houver
III - o amplo acesso a todas as formas de expressão cultural, das
necessidade;
populares às eruditas e das regionais às universais;
III - política especial para formação, a nível médio, de professo-
IV - o apoio e incentivo à produção, difusão e circulação dos
res para séries iniciais do ensino fundamental;
bens culturais;
§ 1º Para consecução do previsto nos incisos I e II o Município
poderá celebrar convênios com Instituições. V - o acesso ao patrimônio cultural do Município, entendendo-
§ 2º O estágio decorrente da formação referida no inciso III será -se como tal o patrimônio natural e os bens de natureza material
remunerado na forma da Lei. e imaterial portadores de referência à identidade, à ação e a me-
Art. 158 Compete ao Município, articulado com o Estado, re- mória dos diferentes grupos formadores da sociedade viamonense,
censear os educandos para o ensino fundamental, fazendo-lhes a incluindo-se entre estes bens:
chamada anualmente. a) as formas de expressão;
Art. 159 O sistema de ensino do Município compreenderá b) os modos de fazer, criar e viver;
obrigatoriamente: c) as criações artísticas, científicas e tecnológicas;
I - serviços de Assistência Educacional que assegurem condi- d) as obras, objetos, monumentos naturais e paisagens, docu-
ções de eficiência escolar aos alunos necessitados, compreenden- mentos, edificações e demais espaços públicos e privados destina-
do garantia de cumprimento da obrigatoriedade escolar, mediante dos as manifestações artísticas e culturais;
auxílio para aquisição de material escolar, transporte, vestuário, e) os conjuntos urbanos, sítios de valor histórico, paisagístico,
alimentação, tratamento médico, dentário e outras formas eficazes artístico, arqueológico, científico e ecológico;
de assistência familiar; Parágrafo Único - Cabe à administração pública do Município
II - entidades que congreguem pais e alunos, professores e ou- a gestão da documentação governamental e das providências para
tros funcionários, com o objetivo de colaborar para o funcionamen- franquear-lhes a consulta.
to eficiente de cada estabelecimento de ensino. Art. 165 É dever do Município criar infra-estrutura básica nos
Art. 160 Os recursos públicos do Município não serão destina- parques, praças municipais para que a população possa manifes-
dos a escolas particulares, exceto as de caráter filantrópico, confor- tar-se.
me definido em Lei que: § 1º O Município destinará, anualmente, percentagem de sua
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus exce- receita orçamentária às Entidades de fomento à produção e conhe-
dentes na educação; cimento de bens e valores culturais.
II - assegure a destinação de seu patrimônio a outra entidade § 2º O Município poderá firmar contrato ou outra forma de
filantrópica ou ao Poder Público Municipal, no caso de encerramen- cooperação com Entidades privadas visando a manutenção da in-
to de suas atividades.
fra-estrutura básica nos parques e logradouros públicos, mediante
o competente patrocínio através de propagandas destas Entidades,
CAPÍTULO II
inclusive no transporte coletivo público ou privado.
DOS DESPORTOS E LAZER
Art. 166 A comunidade escolar poderá com aquiescência do
Art. 161 É dever do Município fomentar, incentivar e amparar Prefeito assumir a administração, restauração e conservação de
o desporto, lazer como direito de todos, com a participação da co- praças e parques situados nas proximidades das Escolas Municipais,
munidade, podendo formar convênios com o Estado e União bus- usando-se com finalidades lúdicas e recursos didáticos.
cando recursos financeiros para tal: Art. 167 O Poder Público, com a colaboração da comunidade,
I - reserva de espaços verdes ou livres, em forma de parques, protegerá o patrimônio histórico e cultural por meio de inventários,
bosques, jardins, praias e assemelhados, com base física de recre- registros, vigilâncias, tombamentos, desapropriações e outras for-
ação urbana; mas de proteção, acautelamento e preservações.

51
LEGISLAÇÃO
§ 1º Os proprietários de bens de qualquer natureza tombados II - incentivar e privilegiar a pesquisa tecnológica voltada ao
pelo Município receberão incentivos para preservá-los e conservá- aperfeiçoamento do uso e controle dos recursos naturais e regio-
-los, conforme dispor a Lei. nais, com ênfase ao carvão mineral e ao granito rosa;
§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão punidos III - apoiar e estimular as empresas e entidades cooperativas,
no que dispor a Lei. funcionais ou autárquicas que investirem em pesquisa e desenvol-
§ 3º As Instituições Municipais ocuparão preferentemente pré- vimento tecnológico, na formação e aperfeiçoamento de seus re-
dios tombados, desde que não haja ofensa à sua preservação. cursos humanos.
Art. 168 O Município manterá cadastro atualizado do patrimô- Art. 176 A política municipal de ciência e tecnologia será de-
nio histórico e do acervo cultural, público e privado. finida por órgão específico, criado por Lei, com representação dos
Parágrafo Único - O Plano Diretor do Município disporá neces- segmentos da comunidade cientifica e da sociedade viamonense.
sariamente sobre a proteção do patrimônio histórico e cultural. Parágrafo Único - A política e a pesquisa científica e tecnológi-
Art. 169 O Município promoverá, apoiando diretamente ou ca basear-se-ão no respeito à vida, à saúde, à dignidade humana e
através das Instituições Oficiais de Desenvolvimento Econômico, aos valores culturais do povo, na produção, controle e recuperação
a consolidação da produção cinematográfica, literária, musical, de do meio ambiente, como também no aproveitamento dos recursos
dança e artes plásticas, bem como outras formas de manifestação naturais.
cultural, criando condições que viabilizem a continuidade destas no
Município, na forma da Lei. TÍTULO VIII
Art. 170 O Município colaborará com as ações culturais, de- DA DEFESA DO CIDADÃO, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
vendo aplicar recursos para atender e incentivar a produção local e CAPÍTULO I
para proporcionar o acesso da população à cultura de forma ativa e DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE, DO IDOSO, DO
criativa, não apenas como espectadora e consumidora. ÍNDIO, DO HOMEM, DA MULHER E DA DEFESA DO CONSUMI-
Art. 171 O Município preservará a produção viamonense em DOR
livro, imagem e som através do depósito legal de tais produções em SEÇÃO I
suas instituições culturais, na forma da Lei, resguardados os direitos DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO IDOSO, DO HOMEM E DA MU-
autorais, conexos e de imagem. LHER
Art. 172 O Município propiciará o acesso às obras de arte com
a exposição destas em locais públicos e incentivará a instalação e Art. 177 O Município desenvolverá política e programas de
manutenção de bibliotecas nas sedes e distritos, dedicando, ainda, assistência social e proteção à criança, ao adolescente e ao idoso,
atenção especial à aquisição de bens culturais para garantir-lhes a portadores ou não de deficiência com a participação de Entidades
permanência no Município. Civis, obedecendo aos seguintes preceitos:
Art. 173 O Município manterá sistema municipal amplo de I - criação de programas de prevenção e atendimento especia-
bibliotecas, reunindo obrigatoriamente as bibliotecas públicas mu- lizado à criança, ao adolescente, dependente de entorpecentes e
nicipais, sendo facultada a inclusão das públicas estaduais que pre-
drogas afins, com a criação de campanhas municipais preventivas
tendam beneficiar-se.
contra o uso de drogas pelo menos duas vezes ao ano;
Art. 174 O Município instituirá política municipal de turismo
II - criação de programa de prevenção, de integração social,
e definirá as diretrizes a observar as ações públicas e privadas com
preparo para o trabalho, de acesso facilitado aos bens e serviços e
vistas a promover e incentivar o turismo como fator de desenvolvi-
à escola, atendimento especializado para crianças e adolescentes
mento social e econômico.
portadores de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla;
§ 1º Para desenvolvimento do disposto neste artigo cabe ao
III - exigência obrigatória de existência técnica responsável em
Município, em conjunto com o Estado, promover:
todos os órgãos com atuação nestes programas;
I - inventário e a regulamentação do uso, ocupação e fruição
dos bens naturais e culturais de interesse turístico; IV - execução dos programas que priorizem o atendimento no
II - a infra-estrutura básica necessária à prática do turismo, ambiente familiar e comunitário;
apoiando e realizando os investimentos na produção, criação e qua- V - criação de incentivos fiscais e créditícios às pessoas físicas
lificação dos empreendimentos e instalações ou serviços turísticos ou jurídicas que participarem da execução dos programas;
através de linhas de créditos especiais e incentivos; VI - atenção especial às crianças e adolescentes em estado de
III - a implantação de ações que visem ao permanente controle miserabilidade, explorados sexualmente, doentes mentais, órfãos,
de qualidade dos bens e serviços turísticos; abandonados e vítimas de violência.
IV - medidas específicas para o desenvolvimento dos recursos Parágrafo Único - A coordenação, o acompanhamento e a fis-
humanos para o setor; calização dos programas a que se refere este artigo caberão a Con-
V - a elaboração sistemática de pesquisa sobre oferta e deman- selhos Comunitários, cuja organização, composição, funcionamento
da turística, com análise dos fatores de oscilação do mercado; e atribuições serão disciplinadas em lei, assegurada a participação
VI - fomento ao intercâmbio permanente com outros Municí- de representantes de órgãos públicos e de segmentos da sociedade
pios, Estados, Federações e com o exterior; civil organizada.
VII - construção de albergues populares, favorecendo ao lazer Art. 178 Compete ao Município:
das camadas pobres da população. I - dar prioridade às pessoas com menos de quatorze e mais de
sessenta anos em todos os programas de natureza social, desde que
CAPÍTULO IV comprovada a insuficiência de meios materiais.
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA II - prestar assistência social às vítimas de violência de âmbito
familiar, inclusive através de atendimento jurídico e assistência so-
Art. 175 Cabe ao Município em convênio com outros e com o cial junto às famílias;
Estado promover o desenvolvimento da ciência e tecnologia: III - prestar assistência à criança e ao adolescente abandonados
I - proporcionar a formação e o aperfeiçoamento de recursos proporcionando os meios adequados a sua manutenção, educação,
humanos para a ciência e tecnologia; encaminhamento a emprego e integração à sociedade;

52
LEGISLAÇÃO
IV - estabelecer programas de assistência aos idosos portado- Art. 184 A segurança social é garantida por um conjunto de
res ou não de deficiência, com objetivo de proporcionar-lhes se- ações do Estado, dos Municípios e da sociedade destinadas a tornar
gurança econômica, defesa da dignidade, bem-estar, prevenção de efetivos o direito ao trabalho, à educação, à cultura, ao desporto,
doenças e participação ativa na comunidade; ao lazer, à saúde, à habitação e à assistência social, assegurados
V - manter casas-albergues para idosos, mendigos, crianças, ao indivíduo pela Constituição Federal, guardadas as peculiaridades
adolescentes abandonados, portadores ou não de deficiências, sem locais.
lar ou família, aos quais se darão as condições de bem-estar e dig- Parágrafo Único - Será estimulada e valorizada a participação
nidade humana. da população através de organizações representativas, na integra-
ção e controle de execução das ações mencionadas neste artigo.
SEÇÃO II Art. 185 É proibida a venda de fogos de artifícios e foguetes ou
DOS ÍNDIOS assemelhados, salvo para pessoas maiores de idade, devidamente
identificadas, devendo, neste caso, obter previamente licença de
Art. 179 O Município promoverá e incentivará a autopreserva- autoridade policial competente.
ção das comunidades indígenas, assegurando-lhes o direito à sua Art. 186 São direitos constituídos da cidadania:
cultura e organização social. I - a liberdade de expressar e defender individual ou coletiva-
§ 1º O Poder Público estabelecerá projetos especiais com vistas mente opiniões e interesses;
a integrar a cultura indígena ao patrimônio cultural do Município. II - a prerrogativa de tornar pública suas reivindicações median-
§ 2º Cabe ao Poder Público auxiliar as comunidades indígenas te organização de manifestação popular em logradouros públicos e
na organização, para suas populações nativas e ocorrentes, de pro- afixação de cartazes e reprodução de consignas em locais previa-
gramas de estudos e pesquisas de seu idioma, arte e cultura, a fim mente destinados pelo Poder Públicos;
de transmitir seus conhecimentos às gerações futuras. III - a prerrogativa de interpelar diretamente mediante audiên-
§ 3º É vedado qualquer forma de deturpação externa da cultu- cia pública os detentores de mandatos eletivos e os ocupantes de
ra indígena, de violência às comunidades ou a seus membros, bem cargos de confiança da municipalidade;
como a utilização para fins de exploração. IV - o direito à desobediência civil entendido como resistência
§ 4º São assegurados às comunidades indígenas a proteção e pacífica e organizada frente a determinações legais consideradas
assistência social e de saúde prestadas pelo Poder Público Munici- injustas ou ilegítimas;
pal. V - prerrogativa, em caráter prioritário, da utilização gratuita
dos próprios municipais para a efetivação de assembléias popula-
SEÇÃO III res.
DA DEFESA DO CONSUMIDOR Art. 187 São deveres pressupostos ao exercício da cidadania:
I - o engajamento individual nas campanhas de interesse públi-
Art. 180 O Município promoverá ação sistemática de proteção co promovido pela sociedade política e pela sociedade civil;
ao consumidor, de modo a garantir a segurança, saúde e a defesa de II - o compromisso individual de sustentar interesses particula-
seus interesses econômicos. res subordinando-os à busca do bem-comum;
Parágrafo Único - Para atender o disposto no “caput” deste ar- III - zelar pelo patrimônio público, pela conservação dos pró-
tigo poderá o Município, na forma da Lei, intervir no domínio eco- prios municipais e pela preservação do meio ambiente;
nômico quando indispensável para assegurar o equilíbrio entre a IV - fiscalizar as ações concretas emanadas do Poder Público;
produção e o consumo. V - o combate à corrupção, à demagogia, à intolerância e a prá-
Art. 181 A política econômica de consumo será planejada e ticas autoritárias, disseminadas socialmente.
executada pelo Poder Público, com a participação de entidades
representativas do consumidor e de trabalhadores dos setores de CAPÍTULO III
produção, industrialização, armazenamento, serviços, transportes DO MEIO AMBIENTE
e, atendendo especialmente os seguintes princípios:
I - integrar-se a programas estaduais e federais de defesa do Art. 188 Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente
consumidor; equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia quali-
II - estimular e incentivar as cooperativas ou outras formas as- dade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever
sociativas de consumo; de defendê-lo e preservá-lo paras as presentes e futuras gerações.
III - propiciar meios que possibilitem, ao consumidor, exercício § 1º Para assegurar a efetividade desse direito o Município de-
do direito à informação, à escolha e à defesa de seus interesses eco- senvolverá ações permanentes de proteção, restauração e fiscaliza-
nômicos, bem como a sua segurança e a sua saúde; ção do meio ambiente, incumbindo-lhe, primordialmente:
IV - prestar atendimento e orientação ao consumidor através I - prevenir, combater e controlar a poluição e a erosão em
de órgão de execução especializado. qualquer das suas formas;
Art. 182 O Município suspenderá o alvará de funcionamento II - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais,
e estipulará sanções a estabelecimentos comerciais que praticarem obras e monumentos artísticos, históricos e naturais, prover mane-
discriminação por preconceito de cor ou origem social. jo ecológico das espécies e ecossistemas, definindo em Lei os espa-
ços territoriais a serem protegidos;
CAPÍTULO II III - fiscalizar e manter as unidades públicas de conservação,
DA SEGURANÇA DO CIDADÃO E DA SOCIEDADE fiscalizar as reservas florestais e privadas, devendo ser averbada a
delimitação das reservas no cartório de Registro de Imóveis;
Art. 183 A segurança social, pela qual o Município é responsá- IV - determinar a realização de estudo prévio de impacto am-
vel, tem como base o primado do trabalho e como objetivo o bem- biental para a implantação e operação de atividades que possam
-estar e a justiça social. causar significativa degradação do meio ambiente;

53
LEGISLAÇÃO
V - fiscalizar e normatizar a produção, armazenamento, trans- Art. 189 Fica proibida a instalação, no território do Município,
porte, o uso e o destino de produtos, embalagens, substâncias de indústrias para a produção de energia nuclear ou quaisquer pro-
potencialmente perigosas à saúde pública e aos recursos naturais, dutos e artefatos que utilizem materiais radioativos que sirvam para
vedado o lançamento no meio ambiente de substâncias químicas e esta atividade.
biológicas carcinogênicas, mutagênicas e teratogênicas; Art. 190 Fica proibido em todo o território do Município o
VI - proteger a flora, a fauna e a paisagem natural, vedadas as transporte e o depósito, ou ainda qualquer outra forma de dispo-
práticas que coloquem em risco a função ecológica e paisagística, sição de resíduos que tenham sua origem na utilização de energia
provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à cruel- nuclear e resíduos radioativos quando provenientes de qualquer
dade; parte do Território Nacional ou de outro País.
VII - fomentar e auxiliar tecnicamente as associações de pro- Art. 191 Inexiste direito adquirido de poluir ou causar dano
teção ao meio ambiente, constituídas na forma da lei, respeitando ambiental.
sua independência de atuação; Parágrafo Único - O causador de poluição ou dano ambiental
VIII - criar e manter uma Guarda Florestal Municipal; será responsabilizado e deverá assumir ou ressarcir ao Município,
IX - estruturar, na forma da Lei, a administração integrada dos se for o caso, todos os custos financeiros imediatos ou futuros de-
recursos ambientais, participando, obrigatoriamente, da gestão da correntes do saneamento do dano, independente de culpa.
bacia hidrográfica com outros Município e os representantes dos Art. 192 Toda área com indícios ou vestígios de sítios paleon-
usuários das bacias hidrográficas; tológicos e arqueológicos deverão ser preservados para fins espe-
X - promover a educação ambiental em todos os níveis do ensi- cíficos de estudos.
no, deixando aos educadores a liberdade de escolha da forma a ser Art. 193 As áreas públicas municipais são consideradas patri-
ministrada, bem como a conscientização pública para a preservação mônio público inalienável, sendo proibido, inclusive, sua concessão
do meio ambiente; ou cedência, bem como qualquer atividade ou empreendimento
XI - estabelecer, na forma da Lei, o trânsito e depósito de mate- público ou privado que altere ou danifique as suas características
riais radioativos e perigosos, na zona urbana e rural; naturais.
XII - fiscalizar o transporte e a localização de substâncias quími- Art. 194 A implantação de distritos ou pólos industriais, bem
cas perigosas, de agrotóxicos e biocidas; como de qualquer empreendimento que possam alterar significati-
XIII - divulgar periódica e sistematicamente informações, na va ou irreversivelmente uma região ou à vida de uma comunidade
forma da Lei, sobre agentes poluidores, níveis de poluição e situa- dependerá de aprovação de órgão ambiental municipal. Câmara de
ções de risco e desequilíbrio ecológico; Vereadores e de referendo da população da região mediante con-
vocação, na forma da Lei.
XIV - definir critérios ecológicos em todos os níveis do planeja-
Art. 195 O Município pode promover consulta plebiscitária
mento político, social e econômico;
quando obra ou atividade pública estadual ou federal afetar o am-
XV - estimular a adoção de medidas tecnológicas de pavimen-
biente no território municipal.
tação alternativa ao sistema de capeamento asfáltico na área ur-
Art. 196 Fica o Poder Executivo autorizado a criar, por Lei Ordi-
bana do Município como forma de garantir maior permeabilização
nária, áreas de proteção ambiental, objetivando preservar regiões
do solo.
que detenham riquezas naturais, cuja devastação possa gerar dese-
§ 2º Os órgãos de administração direta ou indireta do Municí-
quilíbrio ecológico com prejuízos futuros irreparáveis.
pio não poderão financiar pessoas físicas ou jurídicas públicas ou
privadas que descumpram a legislação ambiental, ficando suspen-
CAPÍTULO IV
sos os contratos celebrados enquanto durar o descumprimento da DA SAÚDE E DO SANEAMENTO BÁSICO
legislação. SEÇÃO I
§ 3º O Poder Público Municipal é obrigado a exigir a reconsti- DA SAÚDE
tuição do ambiente degradado, resultante da mineração, conforme
dispõe o§ 7º do Artigo 225 da Constituição Federal. Art. 197 A saúde é um direito de todos e dever do Poder Pú-
§ 4º As pessoas físicas ou jurídicas públicas ou privadas que blico, cabendo ao Município, juntamente com o Estado e a União,
exercerem atividade consideradas poluidoras ou potencialmente prover as condições indispensáveis a sua promoção e recuperação.
poluidoras são responsáveis pela coleta, tratamento e destinação § 1º O dever do Poder Público de garantir a saúde consiste na
final adequada dos resíduos e poluentes por elas gerados. formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem
§ 5º O Município criará usinas de reciclagem de lixo que serão a redução dos riscos de doenças e outros agravos, no estabeleci-
administradas por cooperativas de catadores do mesmo. mento de condições específicas que assegurem acesso universal às
§ 6º O Poder Público Municipal, por si ou por seus concessio- ações e serviços públicos de saúde.
nários, é obrigado a coletar e destinar adequadamente os resíduos § 2º O dever do Poder Público não exclui aquele inerente a
sólidos domiciliares e de limpeza urbana. cada Cidadão, família e sociedade.
§ 7º O Poder Público Municipal deverá estabelecer uma zona Art. 198 O conjunto de ações e serviços públicos de saúde no
intermediária, entre a zona industrial, comercial e a zona residen- âmbito do Município constitui um sistema único, obedecendo os
cial, na qual, obrigatoriamente, haverá áreas verdes. seguintes princípios e diretrizes:
§ 8º Fica o Poder Executivo obrigado a oferecer aos Servidores I - universalidade, integralidade e igualdade no acesso à presta-
Municipais que lidam com restauração e conservação de praças e ção dos serviços, respeitada a autonomia das pessoas, eliminando-
jardins cursos de treinamento sobre exigências vegetais, especial- -se os preconceitos ou privilégios de qualquer espécie;
mente no caso das podas necessárias, bem como fazer estas ati- II - descentralização político-administrativa na gestão dos
vidades integradas com funcionários da Companhia Estadual de serviços, assegurada ampla participação comunitária.
Energia Elétrica, que, às vezes, depredam árvores que tocam nos III - utilização do método epidemiológico para o estabelecimen-
fios elétricos sem a mínima técnica exigível. to de prioridades, alocação de recursos, orientação dos programas
de saúde.

54
LEGISLAÇÃO
Art. 199 A iniciativa privada, através de pessoas naturais e ins- SEÇÃO II
tituições, poderá participar, em caráter supletivo, do Sistema Único DO SANEAMENTO BÁSICO
Municipal de Saúde, observadas as diretrizes estabelecidas em Lei
complementar. Art. 206 É dever do Município a extensão progressiva do sa-
Parágrafo Único - Na contratação ou credenciação de prestado- neamento básico a toda a população urbana e rural como condição
res de serviços privados terá preferência as entidades mantenedo- básica da qualidade de vida, da proteção ambiental e do desenvol-
ras consideradas de fins filantrópicos. vimento social.
Art. 200 O Município, através de órgão próprio, incumbe, na Parágrafo Único - O saneamento básico é composto pelos ser-
forma da Lei: viços de abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem
I - a administrar o Sistema Único de Saúde; e limpeza urbana.
II - a coordenação e a integração das ações públicas, individuais Art. 207 O município de forma integrada ao Sistema Único de
e coletivas de saúde; Saúde formulará a política e o planejamento da execução das ações
III - a regulamentação, controle e fiscalização dos serviços pú- de saneamento básico, respeitando as diretrizes estaduais quanto
blicos de saúde; ao meio ambiente, recursos hídricos básicos e desenvolvimento ur-
IV - o estímulo à formação da consciência pública voltada a pre- bano.
servação da saúde e do meio ambiente; § 1º O Município manterá seu sistema próprio de saneamento.
V - a garantia do pleno funcionamento da capacidade instalada § 2º No distrito industrial e nos parques industriais do Muni-
dos serviços públicos de saúde, inclusive ambulatoriais, laborato- cípio os afluentes serão tratados e reciclados de forma integrada
riais e hospitalares, visando atender às necessidades da população; pelas empresas através de condomínio de tratamento de resíduos.
VI - o desenvolvimento de ações específicas de prevenção e § 3º A prestação de serviços de captação, tratamento e distri-
manutenção dos serviços públicos de atendimento especializado e buição de água, coleta, tratamento e distribuição de esgotos cloa-
gratuito para a criança, adolescente e idosos de deficiência física, cais serão prestados pelo Poder Público Municipal, por outorga de
sensorial, mental ou múltipla; permissão e/ou concessão, vedada a privatização. (Redação acres-
VII - a criação de programa e serviços públicos gratuitos des- cida pela Emenda à Lei Orgânica nº 2/2001)
tinados ao atendimento especializado e integral de pessoa depen- Art. 208 O Poder Público Municipal, por si ou por seus conces-
dentes do álcool, entorpecentes e drogas afins; sionários, é obrigado a tratar os esgotos domésticos por eles co-
VIII - o desenvolvimento de programas integrais de promoção, letados antes do lançamento dos mesmos nos corpos receptores,
obrigando-se o Município a concorrer, proporcionalmente, no valor
proteção, reabilitação de saúde mental e oral, os quais serão obri-
venal do imóvel e a área construída com o pagamento das despesas
gatórios e gratuitos para a comunidade escolar da rede Pública Mu-
de tratamento. A lei assegurará isenções de taxa para imóveis desti-
nicipal;
nados a população de baixa renda.
IX - à administração do Fundo Municipal de Saúde;
Parágrafo Único - Fica proibido o depósito de materiais orgâ-
X - o fornecimento de recursos educacionais e de meios cientí- nicos ou inorgânicos de origem domiciliar ou hospitalar em áreas
ficos que assegurem o direito ao planejamento familiar de acordo residenciais ou fontes d`água no perímetro de dois quilômetros,
com a livre decisão do casal. sendo proibido em todos os casos o lançamento destes produtos
Art. 201 Lei Ordinária a ser enviada pelo Poder Executivo em em solos permeáveis.
cento e oitenta dias após a promulgação da Lei Orgânica do Municí- Art. 208A - É vedado o poder público municipal, seus conces-
pio, organização e funcionamento do Conselho Municipal de Saúde sionários e a quem preste serviços a estes, o corte de abastecimen-
e a participação supletiva privada no Sistema Único Municipal de to de água de usuário inadimplente, nas sextas feiras, sábados, do-
Saúde. mingos, feriados e véspera destes.
Art. 202 O Sistema de Saúde será financiado mediante recur- Parágrafo Único - Excetua-se da proibição deste artigo, o corte
sos provenientes da Seguridade Social da União, do Estado e do necessário para interromper ligação clandestina ou qualquer forma
Município, além de outras fontes, constituindo o Fundo Municipal de uso indevido do serviço. (Redação dada pela Emenda à Lei Or-
de Saúde. gânica nº 2/1998)
§ 1º O volume destinado à saúde pelo Município corresponde- Art. 209 Dentro de um prazo de seis meses a partir da pro-
rá, no mínimo, a quinze por cento da dotação orçamentária. mulgação desta Lei Orgânica, o Poder Público Municipal iniciará a
§ 2º a aplicação de recursos previstos neste artigo será fiscaliza- elaboração de um Plano Diretor de Saneamento Ambiental (PDSA)
da obrigatoriamente pelo Conselho Municipal de Saúde. para o Município, de forma coordenada cuja abrangência contem-
Art. 203 É vedada a destinação de recursos públicos para auxí- pla as alternativas de solução ecologicamente adequadas para cap-
lios ou subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. tação e distribuição de água, coleta; disposição final de esgoto; dis-
Art. 204 A inspeção médica e odontológica nos estabelecimen- posição e reciclagem de lixo; drenagem urbana; combate à erosão,
tos municipais de ensino será gratuita e obrigatória, executada por recuperação e proteção da fauna, flora e mananciais hídricos.
pessoas do quadro de Servidores da Secretaria Municipal de Saúde, Art. 210 O Município promoverá e incentivará o aproveitamen-
designados para tal fim. to de lagoas, barragens, açudes, canais para a criação de peixes e
Art. 205 As creches, os lares vicinais e os estabelecimentos de crustáceos, tanto para o consumo como também para o repovoa-
ensino pré- escolar, para crianças de zero a sete anos de idade das mento dos nossos meios hídricos.
comunidades populares, assim como também dos estabelecimen-
tos destinados ao ensino de deficientes dessa comunidade disporão
de assistência e auxílio do Município.
Parágrafo Único - A assistência consistirá no mínimo, em pro-
porcionar aos estabelecimentos orientação técnica, serviços médi-
cos, odontológicos e financeiros.

55
LEGISLAÇÃO
TÍTULO IX Art. 220 O Poder Público Municipal deverá, no prazo de no-
DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS venta dias, a contar da promulgação desta Lei Orgânica, fazer um
CAPÍTULO I levantamento dos estabelecimentos comerciais e industriais cadas-
DISPOSIÇÕES GERAIS, TRANSITÓRIAS E FINAIS trados na Prefeitura que consumirem lenha, com o propósito de
saber a quantidade de metros cúbicos consumidos mensalmente
Art. 211 A remuneração do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos Ve- para o reflorestamento compatível, na proporção de sete árvores
readores será fixada pela Câmara Municipal no segundo semestre por metro cúbico, no mínimo.
do último ano de cada legislatura, antes da eleição para a legislatura Parágrafo Único - Poderá, o Poder Público cobrar uma taxa dos
subsequente, observado o que dispõem os Artigos 37, XI, 150, II fornecedores e consumidores de lenha para garantir recursos com
153, III e 153,§ 2º I da Constituição Federal. vistas a custear o reflorestamento, ou ainda, obrigá-los a fazerem-
Art. 212 Os recursos correspondentes às dotações orçamentá- -no.
rias destinadas à Câmara Municipal, inclusive os créditos suplemen- Art. 221 O Poder Público Municipal deverá regularizar como
tares e especiais, ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês, área urbana, no prazo de cento e oitenta dias da promulgação desta
na forma que dispuser a Lei Complementar a que se refere o Artigo Lei Orgânica, uma parte de campo com área de um hectare e seis-
165, § 9º da Constituição Federal. centos e cinqüenta metros quadrados aproximadamente, do Distri-
Parágrafo Único - Até que seja editada a Lei Complementar to de Itapuã, no lugar denominado “Varzinha do Jacaré” dividindo-
referida neste artigo, os recursos da Câmara Municipal ser-lhe-ão -se pela frente, ao norte, com a Estrada do Rincão de São Braz, por
entregues: um lado, ao oeste, com terras de Mário Barcellos; por outro lado,
I - até o dia vinte de cada mês os destinados ao custeio da Câ- ao leste, com terras de Nadir Gutheil; pelos fundos, ao sul, com a
mara; Lagoa dos Patos.
Art. 222 No prazo de noventa dias da promulgação desta Lei
II - dependendo do comportamento da receita, os destinados
Orgânica será criado órgão de caráter deliberativo, previsto no Arti-
às despesas de capital.
go 17 da Constituição Estadual, composto pelo Prefeito, Presidente
Art. 213 No prazo de cento e oitenta dias da promulgação des-
da Câmara de Vereadores, conforme dispor a Lei.
ta Lei Orgânica o Poder Executivo deverá enviar ao Poder Legislativo
Art. 223 O Município deverá, no prazo de cento e oitenta dias
Projeto de Lei criando um Distrito e as seguintes Secretarias Muni- da promulgação desta Lei Orgânica, promover mediante acordo ou
cipais: arbitramento, a demarcação de suas linhas divisórias atualmente
I - Oitavo Distrito, localizado na parada quarenta, formado pe- litigiosas, podendo para isso fazer alterações e compensações de
las Vilas adjacentes; área que atendam aos acidentes naturais, critérios históricos, con-
II - Secretaria Municipal de Indústria e Comércio; veniências administrativas e comodidade das populações limítro-
III - Secretaria Municipal de Agricultura, Pecuária e Meio Rural; fes, respeitada as disposições do Artigo 12, §§ 1º, 2º, 3º e 4º do ato
IV - Secretaria Especial para Assuntos do Distrito Turístico de das disposições constitucionais transitórias da Constituição Federal.
Itapuã; Art. 224 O Município cumprirá obrigatoriamente, no que cou-
V - Secretaria Especial para Assuntos do Distrito de Passo do ber, as disposições da Constituição Federal e Estadual.
Sabão; e Art. 225 O Município mandará imprimir esta lei Orgânica para
VI - Secretaria Municipal de Desporto e Turismo. distribuição nas Escolas e nas Entidades representativas da comuni-
Art. 214 O Município não poderá dar nome de pessoas vivas a dade, gratuitamente, de modo que se faça a mais ampla divulgação
bens e serviços públicos de qualquer natureza ou espécie. do seu conteúdo.
Parágrafo Único - Para fins deste artigo somente após seis me- Art. 226 Esta Lei Orgânica, aprovada pela Câmara Municipal,
ses de falecimento, poderá ser homenageada qualquer pessoa. será por ela promulgada e entrará em vigor na data de sua publica-
Art. 215 A denominação aos bens serviços públicos de qual- ção, revogada as disposições em contrário
quer natureza ou espécie dependerá de aprovação legislativa.
Art. 216 Os cemitérios terão sempre caráter secular e poderão
ser administrados tanto pelo Poder Público como por Entidades pri- PARTE 2: LEI MUNICIPAL Nº 4481 DE 03 DE ABRIL DE
vadas, nos termos da legislação em vigor. 2016 - DISPÕE SOBRE O SISTEMA DE TRANSPORTE E
Art. 217 No prazo de cento e oitenta dias da promulgação des- CIRCULAÇÃO NO MUNICÍPIO; CRIA A EMPRESA PÚ-
ta lei Orgânica, o Poder Executivo deverá enviar ao Poder Legislativo BLICA DE TRÂNSITO DE VIAMÃO – EPTV E DÁ OUTRAS
Projeto de Lei criando um Parque de Exposições e Remates para PROVIDÊNCIAS
todos os anos, a “Expo feira”, que durante cada ano haverá remates
de gado em geral, podendo também, servir o referido local para
LEI Nº 4481/2016
rodeios, campereadas e outros eventos.
Art. 218 No prazo de cento e oitenta dias da promulgação des-
Dispõe sobre o Sistema de Transporte e Circulação no Municí-
ta Lei Orgânica o Poder Executivo deverá dar condições de acesso
pio; cria a Empresa Pública de Trânsito de Viamão - EPTV e dá outras
à Lagoa dos Patos, observando a sua utilização através da desapro- providências.
priação, ou outra forma que a Lei estabelecer.
Art. 219 No prazo de cento e oitenta dias a promulgação des- VALDIR BONATTO, Prefeito Municipal de Viamão, no uso de
ta Lei Orgânica o Distrito de Itapuã, considerado por Lei Municipal suas atribuições legais. Faço saber que a Câmara Municipal de Via-
como zona turística, receberá do Poder Público Municipal toda a mão aprovou e eu sanciono a seguinte Lei.
infra-estrutura necessária em termos de “camping”, área de lazer e
recreação pública, uma marina, conservação e embelezamento das
praias, além de outras melhorias.

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LEGISLAÇÃO
CAPÍTULO I Art. 6º Entende-se por Concessionária ou Permissionária, toda
DO SISTEMA MUNICIPAL DE TRANSPORTE E CIRCULAÇÃO pessoa física ou jurídica, pública ou privada, delegatária do Poder
Público Municipal para operarem os serviços de transporte de pas-
Art. 1º O Sistema Municipal de Transporte Público e Circulação sageiros.
é o responsável pela circulação de pessoas, veículos e mercadorias Art. 7º Pedestre é qualquer pessoa que circule a pé em quais-
no Município de Viamão, dirigido, orientado e fiscalizado pela Pre- quer dos equipamentos integrantes do Sistema Viário Municipal.
feitura Municipal, nos termos da presente Lei.
Art. 2º São atribuições do Poder Público do Município as se- DA ESTRUTURA DO SISTEMA MUNICIPAL DE TRANSPORTE E
guintes responsabilidades e competências no âmbito de que trata TRÂNSITO
a presente Lei:
I - regulamentar, medir, especificar e fiscalizar permanente- Art. 8º Integram o Sistema Municipal de Transporte e Trânsito:
mente a prestação de serviços de transporte de passageiros e cir- I - a Secretaria Municipal de Transporte e Manutenção de Fro-
culação de veículos, tas;
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de ve- II - a Empresa Pública de Trânsito de Viamão - EPTV;
ículos, pedestres, animais e ciclistas, bem como executar todas as III - o Conselho Municipal de Trânsito e Transporte;
previsões contidas no CBT; IV - a Junta Administrativa de Recursos de Infrações - JARI.
III - realizar inspeção veicular, V - as concessionárias ou permissionárias, representando as
IV - servir como instância de recurso às multas aplicadas, jul- pessoas físicas ou jurídicas que executam os serviços delegados
gando e decidindo quaisquer outros entraves ou dúvidas a respeito pelo Município.
da aplicação das normas e legislação pertinente,
V - conceder e extinguir concessões ou permissões do serviço, CAPÍTULO II:
nos casos e condições previstos nesta Lei. DOS SERVIÇOS DO SISTEMA DE TRANSPORTE PÚBLICO DE
VI - garantir o equilíbrio econômico-financeiro dos serviços, PASSAGEIROS
mantendo as tarifas nos níveis indicados pela Planilha de Cálculo
Tarifário, de acordo com a legislação vigente. Art. 9º O serviço de transporte público de passageiros será au-
VII - zelar pela boa qualidade dos serviços concedidos ou permi- torizado pelo Poder Público Municipal mediante emissão de alvará
tidos, recebendo, apurando e solucionando queixas e reclamações de tráfego, sempre em consonância com as disposições desta Lei e
dos usuários, que serão notificados sobre as providências tomadas, normas federais.
VIII - implantar mecanismos permanentes de informação so- Art. 10 Os serviços de transporte público de passageiros clas-
bre o serviço prestado para facilitar aos usuários e à comunidade o sificam-se em:
acesso aos mesmos. I - coletivos,
IX - estimular o aumento da qualidade, produtividade e preser- II - individuais,
vação ambiental, como também o fomento à formação de associa- III - especiais,
ções de usuários na defesa dos interesses coletivos. IV - outros, a serem definidos em lei especifica.
Art. 3º O Sistema Público de Transporte e Circulação de Via- § 1º É considerado coletivo o transporte de passageiros, dentro
mão é formado pelos usuários, prestadores de serviços e pelos inte- do Município, executado por micro-ônibus, ônibus, ou assemelha-
grantes do Poder Executivo Municipal, vinculados à área de trânsito do, ou outro meio, à disposição da população, com tarifas fixadas
e transporte. pelo Poder Público,
§ 1º O Sistema referido no caput deste artigo deve observar as § 2º Considera-se individual o transporte em táxi, táxi-utilitário
seguintes diretrizes: e lotações, com tarifas diferenciadas fixadas pelo Poder Público,
I - estar à disposição de toda a população; § 3º O serviço de transporte especial é dividido em escolar e
II - possuir qualidade na prestação de serviços, com fiscalização fretado.
exercida pelo órgão competente da Prefeitura; Art. 11 Lotação é o transporte executado por veículo de 1
III - integração físico, operacional e tarifária, mantendo o equilí- (uma) porta, com capacidade máxima de 21 (vinte e um) lugares,
brio financeiro dos serviços e evitando cobranças abusivas. mediante pagamento de tarifa fixada pelo Poder Público.
§ 2º O Sistema define as condições e regras para a circulação de Art. 12 É individual o transporte público executado para um
pessoas e veículos no sistema viário local, bem como a fiscalização ou mais passageiros no número suficiente para a ocupação de um
do trânsito, no que couber ao Município, de acordo com as seguin- veículo do tipo passeio ou mercadoria, com capacidade máxima de
tes diretrizes: 900 Kg e tipo camioneta de até 96 cv.
I - segurança dos pedestres e preferência na circulação e es- Art. 13 É escolar o transporte de estudantes e professores exe-
tacionamento dos veículos de transporte coletivo de passageiros; cutado mediante contrato com terceiros, ou com veículos próprios
II - classificação e readequação do sistema hierárquico das vias, da Prefeitura, efetuado por micro-ônibus, ônibus, furgão ou veículo
segundo a melhor funcionalidade do conjunto viário; assemelhado, obedecida a legislação federal pertinente e o licen-
Art. 4º Constituem modos de transporte os diversos tipos de ciamento do Município.
veículos, motorizados ou não, que circulam em qualquer dos ele- Art. 14 É fretado o transporte de pessoas mediante condições
mentos integrantes do sistema viário municipal. estabelecidas entre as partes interessadas, realizado por qualquer
Art. 5º O Sistema Viário Municipal é o conjunto de vias públi- tipo de veículo, desde que habilitado pelo CTB e devidamente licen-
cas do Município, consideradas como tais o leito por onde circulam ciado pelo Poder Público Municipal.
os veículos, os passeios, os acostamentos e demais áreas de circula- Art. 15 Toda prestação de serviços de transporte local, em de-
ção de pedestres, as áreas públicas de estacionamento e manobra sacordo com esta lei e/ou com o CTB, implicará nas seguintes san-
de veículos e os acostamentos de ruas e estradas, pavimentadas ou ções através da Prefeitura Municipal:
não, bem como todo o espaço público elevado ou subterrâneo de I - imediata apreensão do veículo,
circulação. II - multa de uma vez o salário mínimo de referência,

57
LEGISLAÇÃO
III - ressarcimento de despesas decorrentes de remoção e es- III - efetuar e manter atualizados os dados do seu quadro fun-
tadia de veículos. cional, a escrituração contábil e de qualquer natureza, levantando
IV - outras especificadas contratualmente. demonstrativos mensais, semestrais e anuais de acordo com o pla-
Parágrafo único. a reincidência acarretará a multa prevista no no de contas, modelos e padrões determinados pelo Poder Público
ítem II, em dobro, ficando a cargo do Município a retenção do veí- Municipal, de modo a possibilitar a fiscalização pública e social;
culo até sua regularização. IV - manter em seus quadros, pessoal devidamente habilitado
para as funções de operação dos veículos, bem como para as áre-
CAPÍTULO III: as de manutenção e reparação dos mesmos, onde as contratações
DO REGIME DE PERMISSÃO E/OU CONCESSÃO DO SERVIÇO devem seguir a legislação trabalhista, não caracterizando qualquer
vínculo entre os terceiros e o Poder Público Municipal.
Art. 16 O serviço de transporte coletivo e especial poderá ser V - adquirir e operar veículos que preencham as especificações
prestado através de concessão ou permissão de serviço público, técnicas de circulação e conforto, previstas na legislação federal e
conforme estabelecido por esta lei e pela legislação federal. municipal, com vistorias periódicas para garantia do perfeito estado
§ 1º A concessão ou permissão do serviço coletivo de trans- de funcionamento, segurança, higiene e estética dos mesmos.
porte de passageiros ou especial dar-se-á através de ato do Poder VI - zelar pelo bom atendimento aos usuários, com eficiência
Público Municipal. e urbanidade.
§ 2º O caso de concessão do serviço deverá ser precedido do VII - implantação e manutenção de melhorias nos equipamen-
processo regular de licitação, do qual poderão participar todos os tos do sistema de transporte coletivo;
interessados de acordo com as exigências contidas no edital. VIII - promover a qualificação profissional da categoria rodovi-
§ 3º A permissão é um Instituto de caráter precário e poderá ária através da promoção de cursos profissionalizantes e de quali-
ser concedido por tempo determinado. ficação técnica, em especial a prevenção de acidentes e a relação
Art. 17 A delegação dos serviços efetivados mediante a Con- com o usuário, com acompanhamento do Poder Público Municipal.
cessão, deverá observar todos os requisitos legais do Instituto e os Art. 23 A Prefeitura, através de ato próprio, definirá o valor de
definidos em lei específica. cada tarifa, podendo valer-se de critérios estabelecidos pela Plani-
Parágrafo único. Sem prejuízo do “caput” deste artigo, o Mu- lha de Cálculo Tarifário, de acordo com a legislação vigente.
nicípio poderá autorizar serviço de transporte de passageiros em
caráter experimental por prazo não superior a 12 (doze) meses. CAPÍTULO IV:
Art. 18 O procedimento licitatório observará as normas legais PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE COLETIVO
vigentes e especialmente:
I - a delegação dos serviços através da concessão, não terá ca- Art. 24 O Poder Público Municipal garantirá a prestação per-
ráter de exclusividade, salvo nos casos de inviabilidade técnica e manente do serviço de transporte coletivo, não sendo admitida sua
econômica; interrupção, que será considerada como rompimento de contrato
II - será considerada desclassificada a proposta que, para sua passível de suspensão imediata dos direitos advindos da concessão,
viabilização, necessite de vantagens ou subsídios que não estejam conforme Lei Federal nº 8987/95.
previamente autorizados em lei e à disposição de todos os concor- Art. 25 Para assegurar a continuidade dos serviços e para cor-
rentes, exceção feita à entidade estatal componente da esfera polí- rigir falta grave, o Poder Público Municipal poderá intervir na exe-
tico-administrativa do Poder Público Municipal. cução do serviço, no todo ou em parte, assumindo a gestão e o con-
Art. 19 A concessionária não poderá transferir a concessão a trole de todos os meios materiais das concessionárias necessários à
terceiros, salvo se adotado o processo licitatório para a escolha, prestação dos serviços nos termos estabelecidos por esta Lei.
sempre a critério da Administração. § 1º A intervenção far-se-á por decreto, conforme estabelece a
Art. 20 A delegação do serviço de que trata esta Lei implicará, Lei Federal nº 8987/95.
automaticamente, a vinculação dos veículos, garagens e oficinas, § 2º Para efeitos deste artigo, será considerada falta grave na
para a regular manutenção da prestação de serviços adequados aos prestação de serviços quando a concessionária:
usuários. a) suspender a prestação de serviços de uma ou mais linhas,
§ 1º A vinculação ou atrelamento do veículo ao Poder Público reduzindo em mais de 80% a frota operante;
Municipal não inibe sua utilização em outras modalidades de trans- b) apresentar elevado índice de acidentes causados por negli-
portes, desde que não afete o regular funcionamento do transporte gência, imprudência ou imperícia do condutor ou ainda por defici-
coletivo concedido. ência de manutenção;
§ 2º As concessionárias, quando for solicitado, disponibilizarão c) receber um número excessivo de multas de trânsito, sinali-
ao Município todos os dados relativos à operação, administração, zando o desrespeito às normas de circulação civilizadas.
contabilidade e recursos técnicos que digam respeito à operação Art. 26 Decretada a intervenção, esta terá prazo de 90 dias
dos serviços. para instaurar processo administrativo, a fim de comprovar as irre-
Art. 21 A Prefeitura deverá prever a fiscalização periódica para gularidades praticadas, apurando as responsabilidades, assegurado
aferir a qualidade dos serviços prestados, através de Comissão de o mais amplo direito de defesa da concessionária.
Avaliação designada especificamente para este fim, com a partici- § 1º A intervenção ficará vinculada aos serviços e ao contro-
pação dos integrantes do Sistema Municipal e dos usuários. le dos meios vinculados, não havendo qualquer responsabilidade
Art. 22 Constituem encargos das concessionárias: com eventuais dívidas da CONCESSIONÁRIA, cabendo ao interven-
I - prestar o serviço concedido na forma prevista nesta Lei, nas tor saldar os compromissos com impostos, encargos sociais, INSS,
normas técnicas aplicáveis e no contrato de concessão; financiamento de veículos e equipamentos adquiridos, bem como
II - preencher guias, formulários e outros documentos ou con- o depósito na conta específica dos valores relativos à remuneração
trole não documentais, como por processamento eletrônico de da- do capital da CONCESSIONÁRIA, empregado no serviço.
dos, ligados à operação do serviço, dentro dos prazos, modelos e § 2º A intervenção não inibe a aplicação das penalidades cabí-
normas fixadas pelo Poder Público Municipal; veis à CONCESSIONÁRIA, ou o próprio rompimento do vínculo.

58
LEGISLAÇÃO
Art. 27 As operações do serviço de transporte coletivo será Art. 32 A Empresa Pública de Trânsito de Viamão - EPTV. terá
especificada pela Prefeitura Municipal, através de regulamento que sede no foro na cidade de Viamão - Estado do Rio Grande do Sul,
contenha as seguintes normas: com duração indeterminada, podendo ser extinta somente median-
a) características do serviço e dos veículos; te Lei Ordinária do Poder Executivo Municipal e na forma da legisla-
b) definição das tarifas de cada concessão; ção específica para o caso.
c) atribuições de pessoal e qualificação funcional; Art. 33 Compete à Empresa Pública de Trânsito de Viamão -
d) forma de medição da qualidade dos serviços e da produti- EPTV, o seguinte:
vidade; I - Controlar, planejar, gerir e fiscalizar o sistema de transporte
e) definição das formas de fiscalização e autuação. de passageiros nas modalidades individuais, coletivo, de frete, de
Parágrafo único. Os veículos do transporte coletivo deverão tra- cargas e no que couber no âmbito do Município, em consonância
fegar com tripulação mínima composta por motorista e cobrador. com a Secretaria Municipal responsável pela área.
Art. 28 O descumprimento das disposições desta Lei, por parte II - Através de convênios ou delegação de competência ou por
de concessionárias ou permissionárias, implicará na aplicação das determinação do Poder Executivo:
seguintes sanções: a) executar obras e serviços estritamente relacionados com
I - advertência escrita, suas atribuições;
II - multa, b) elaboração de estatísticas de acidentes de trânsito, através
III - apreensão do veículo, de dados colhidos, e estudo de suas causas;
IV - suspensão da licença c) implantar, controlar e explorar direta ou indiretamente os lo-
V - rescisão da concessão ou cancelamento de permissão. cais públicos destinados a estacionamento temporário de veículos,
doravante denominada `área azul`.
CAPÍTULO V: III - No âmbito de suas atribuições:
DA EXTINÇÃO DAS CONCESSÕES a) exigir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, no
Município de Viamão;
Art. 29 Extingue-se a concessão por: IV - Na fiscalização do trânsito:
I - fim do prazo ou descumprimento contratual; a) executar e autuar, aplicando as medidas administrativas
II - encampação; cabíveis a cada infração, quando da circulação, estacionamento e
III - rescisão; parada, previstas no Código de Trânsito, no exercício do poder de
IV - falência ou extinção da empresa concessionária; polícia de trânsito;
V - falecimento ou incapacidade do titular no caso de empresa V - A aplicação de multas deverá ser realizada por escrito, por
individual. infrações de má circulação, estacionamento indevido e paradas,
§ 1º Extinta a concessão, retornam ao Poder Público Munici- previstas no Código de Trânsito Brasileiro, notificando as infrações
pal todos os bens reversíveis, direitos e privilégios transferidos ao ao infrator e arrecadando as multas que aplicar;
concessionário, havendo imediata assunção do serviço por parte VI - Fazer cumprir os regulamentos dos serviços de sua com-
da Prefeitura, calculados os haveres relativos à indenização, no que petência;
couber, VII - Elaborar estudos das tarifas e submeter a apreciação do
§ 2º Extinta a concessão por advento do final do contrato, a Prefeito Municipal, fazendo sua aplicação após a regular aprovação;
reversão dos bens far-se-á com indenização das parcelas dos inves- VIII - Implantar, conservar e operar diretamente ou através de
timentos a ela vinculados, ainda não amortizados ou depreciados. Empresa legalmente licitada, o sistema de sinalização, de todos os
§ 3º A extinção da concessão, em decorrência de descumpri- meios disponíveis e equipamentos de controle viários;
mento contratual, acarretará a aplicação das sanções previstas, res- IX - Interceder no serviço de transporte coletivo e urbano, nos
peitado o que segue: termos do regulamento respectivo, sempre que o serviço esteja na
a) instauração de processo administrativo e remessa à Procu- iminência de sofrer solução de continuidade, sob orientação do Po-
radoria do Município para parecer, recomendando ao Prefeito que der Executivo;
declare extinta a concessão através de decreto; X - Apoiar, sempre que solicitado, o órgão ambiental, quando
b) indenização prévia, cujo valor será calculado no processo, das ações específicas de fiscalização, no que tange a agentes po-
observados os valores das multas contratuais e dos danos causados luentes e ruídos produzidos pelos veículos automotores ou pela
pela concessionária; carga, de acordo com o estabelecido na legislação pertinente;
c) a extinção por descumprimento contratual não enseja a res- XI - Criar e promover, através da participação de Projetos de
ponsabilidade do Poder Público sobre encargos, ônus e obrigações Programas de Educação e Segurança de Trânsito, eventos públicos
contraídas pela concessionária, nem com terceiros e empregados. com o mesmo fim, sempre atendendo as diretrizes estabelecidas
Art. 30 A encampação consiste na retomada dos serviços du- pelo CONTRAN;
rante o prazo de concessão, somente ocorrendo por motivo de in- XII - Proporcionar o registro e licenciamento, na forma da legis-
teresse público, com pagamento de indenização correspondente a lação de: motocicletas, ciclomotores, veículos de tração ou de pro-
ser apurada. pulsão humana, e de tração animal, fiscalizando, autuando, aplican-
do as penalidades e arrecadando multas decorrentes de infrações;
CAPÍTULO VI: XIII - Promover a organização, planejamento, projeção, da regu-
DA EMPRESA PÚBLICA DE TRÂNSITO DE VIAMÃO - EPTV lamentação e operação do trânsito de veículos, de pedestres e de
animais, atuando no aprimoramento da circulação e da segurança
Art. 31 Fica criada a Empresa Pública de Trânsito de Viamão de ciclistas;
- EPTV, empresa pública com personalidade jurídica de direito pri- XIV - Fazer cumprir o art. 93 e art. 95 do CTB, promovendo à
vado, autônoma administrativa e financeiramente, com patrimônio fiscalização, aplicando as penalidades pertinentes à espécie e arre-
próprio que se regerá pelas normas Constitucionais, pela Lei Orgâ- cadando as multas nele previstas;
nica do Município de Viamão, pela legislação federal no que couber XV - Estabelecer, observando o conjunto, diretrizes de policia-
e por seus estatutos. mento de trânsito do município de Viamão;

59
LEGISLAÇÃO
XVI - Providenciar o credenciamento para executar os serviços Art. 39 O Chefe do Poder Executivo de Viamão nomeará a Di-
de escolta e remoção de veículos, fiscalizando e adotando medidas retoria Executiva para administrar a Empresa Municipal de Trânsito
de segurança relativas a esses serviços, bem como ao de transporte de Viamão - EPTV, de acordo com as disposições estatutárias e terá:
de carga indivisível; (Redação dada pela Lei nº 4565/2016)
XVII - Proporcionar a concessão de autorização para condução I - 01 Diretor Presidente, 01 Diretor Técnico e Operacional de
de veículos de propulsão humana e de tração animal; Trânsito e 01 Diretor Administrativo Financeiro, que comporão a Di-
XVIII - Implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e retoria Executiva e deverão apresentar declaração de bens no início
do Programa Nacional de Trânsito; e no término do exercício do cargo.
XIX - Efetuar fiscalização de veículos que necessitem de auto- II - A remuneração devida a Diretoria será o equivalente a 60%
rização especial para transitar e estabelecer os requisitos técnicos (Sessenta por cento) da remuneração devida ao Diretor Presidente.
necessários a observância para efetiva circulação desses veículos; III - O Diretor Presidente perceberá idêntica remuneração de
XX - Integrar-se a outros órgãos e entidades no Sistema Nacio- Secretário Municipal; (Redação dada pela Lei nº 4565/2016)
nal de Trânsito, para fins de arrecadação e compensação de multas IV - Os cargos de direção terão requisitos técnicos e legais para
impostas na área de sua competência, com vistas a unificação do seu preenchimento, conforme estabelecido no estatuto. (Redação
licenciamento à simplificação e a celeridade das transferências de acrescida pela Lei nº 4565/2016)
veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unida- Art. 40 A Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária e Ad-
de da federação; ministrativa da EPTV, atenderá o que dispõe a Lei Orgânica do
XXI - Apoiar, participar e atuar, isoladamente ou em conjun- Município.
to com os demais órgãos de segurança, na fiscalização ostensiva, Art. 41 A estrutura organizacional da EPTV, incluindo empre-
estratégica, de inteligência e operacional, mediante utilização de gos de carreira, suas respectivas funções e empregos em comissão,
equipamentos eletrônicos ou de presença física de agentes e viatu- definindo número de vagas, atribuições e remuneração, está em
ras em ações específicas ou barreiras montadas nas vias e rodovias anexo a presente lei.
sob sua responsabilidade. Parágrafo único. No Regimento Interno da Empresa constarão
Art. 34 A EPTV terá como capital inicial o valor de R$ 50.000,00 às atribuições dos empregos.
(Cinquenta Mil Reais), que será integralizado pelo Município, em es- Art. 42 O art. 37, inciso II da Constituição da República, regerá
pécie, valores, bens imóveis e móveis, sendo estes últimos incorpo- o acesso aos quadros de pessoas da EPTV, que serão vinculados ao
rados ao capital social pelo valor correspondente à avaliação feita regime da CLT.
pelo órgão competente da Prefeitura Municipal de Viamão. Art. 43 Decreto do Poder Executivo aprovará o estatuto da em-
I - O capital social poderá sofrer aumento, através de ato do Po- presa, observados os seguintes requisitos:
der Executivo, mediante a incorporação de dotações orçamentárias I - constituição do Conselho de Administração, com sete mem-
que lhe forem consignadas, de reservas decorrentes de lucros de bros;
suas atividades, e de reavaliação do ativo. II - requisitos específicos para o exercício do cargo de diretor,
Art. 35 A receita da EPTV será oriunda de: observado o número mínimo de 3 (três) diretores;
I - Alienação de bens móveis e imóveis; III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de perio-
II - Valor de autorização, permissão ou concessão para o serviço dicidade anual, dos administradores e dos membros de comitês,
de transporte de passageiros; observados os seguintes quesitos mínimos:
III - Multas de infração de trânsito e de estacionamento rota- a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à licitude e
tivo; à eficácia da ação administrativa;
IV - Tantas outras receitas que vierem a ser definidas em regu- b) contribuição para o resultado do exercício;
lamentos específicos; c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de negó-
V - Incorporação de resultados financeiros; cios e atendimento à estratégia de longo prazo;
VI - Arrecadação de preço público, pela utilização de serviços IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal, que exer-
por ela oferecidos, cujo elenco, valores e forma de reajuste, serão cerá suas atribuições de modo permanente;
fixados por ato do Poder Executivo Municipal, através de Decreto; V - constituição e funcionamento do Comitê de Auditoria, atra-
VII - Valores oriundos de convênios coma União, Estado e Mu- vés do Controle Interno da empresa, conforme regramento esta-
nicípio, entidades privadas, destinados à execução de sua compe- belecido no estatuto, reportando-se diretamente ao Conselho de
tência. Administração;
Art. 36 A EPTV terá seu patrimônio formado por: VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Administra-
I - Contribuições ou doações oriundas de entidades públicas ção e dos indicados para o cargo de diretor, será de 2 (dois) anos,
ou privadas, nacionais ou internacionais, de particulares (pessoas sendo permitidas, no máximo, 3 (três) reconduções consecutivas;
físicas ou jurídicas); VII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal não supe-
II - Bens móveis e imóveis existentes ou que venham a adquirir; rior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) reconduções consecutivas
Art. 37 Poderão ser transferidos a EPTV bens móveis e imóveis § 1º O Estatuto da EPTV deverá prever a divulgação anual de
pertencentes ao Município de Viamão, para atendimento do art. cartas com objetivos de política pública e dados operacionais e fi-
34 (capital inicial da EPTV) e art. 36 (patrimônio da EPTV) desta Lei, nanceiros, reforçando o compromisso com a transparência.
sendo analisado antecipadamente através de avaliação do órgão § 2º Deverá ser implantado na empresa uma área de complian-
competente da Prefeitura, quando se lavrará o termo de doação, ce (conformidade) e riscos, vinculada ao diretor presidente, visando
seguido obrigatoriamente de escritura pública, transcrita no regis- dar suporte técnico nas ações e medidas a serem implementadas
tro de imóveis competente. pela direção;
Art. 38 O Município de Viamão fica autorizado a prestar ga- § 3º As licitações poderão seguir o Regime Diferenciado de
rantias às operações que a EPTV possa realizar para alcance de seus Contratações Públicas (RDC), fixando os valores de dispensa para
objetivos, até o valor de R$ 100.000,00 (Cem Mil Reais). obras de engenharia e a contratação de serviços;

60
LEGISLAÇÃO
§ 4º O controle interno, vinculado ao Conselho de Adminis- CAPÍTULO VII:
tração, será responsável por aferir a adequação e a efetividade do DO GUINCHO E DEPÓSITO MUNICIPAL
gerenciamento dos riscos e dos processos de governança e a con-
fiabilidade do processo de coleta, mensuração, classificação, acu- Art. 49 Fica instituído no âmbito do Município de Viamão o
mulação, registro e divulgação de eventos e transações, visando ao Serviço Municipal de Retenção, Remoção, Apreensão, Guarda e De-
preparo de demonstrações financeiras. (Redação dada pela Lei nº pósito de Veículos automotores, para fins de aplicação das medi-
4565/2016) das administrativas e penalidades cabíveis nos casos decorrentes
Art. 44 A Secretaria Municipal de Governo atenderá as despe- de infrações de trânsito, oriundas de circulação, estacionamento e
sas decorrentes da execução dessa Lei, inclusive com pessoal, aten- parada nas vias públicas.
didas pelo orçamento vigente. Art. 50 O Serviço Municipal de Retenção, Remoção, Apreen-
Art. 45 O Município fica autorizado a realizar a cedência de são, Guarda e Depósito de Veículos automotores consiste na manu-
servidores para compor o quadro da Empresa Pública de Trânsito de tenção de guinchos e pátios de recolhimento, mediante a cobrança
Viamão - EPTV, até a constituição do quadro próprio e seu funciona- das despesas decorrentes da retenção, remoção, apreensão, guar-
mento regular, sem ressarcimento dos valores à origem. (Redação da, depósito e custódia diária dos veículos, conforme estabelece o
dada pela Lei nº 4679/2017) artigo 21, VII da Lei Federal nº 9503/1997 - Código de Trânsito Bra-
Art. 46 A EPTV deverá divulgar em seu site toda e qualquer sileiro, cujos valores serão os mesmos praticados pelo DETRAN/RS,
forma de remuneração dos administradores, bem como criar e atu- fixados por tarifa, pelo Poder Executivo Municipal.
alizar suas práticas ao Código de Conduta e Integridade e a outras
regras de boa prática de governança corporativa, na forma estabe- DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
lecida na regulamentação da Lei 13.303/2016.
Parágrafo único. A EPTV deverá adotar as seguintes medidas e Art. 51 Fica o Município autorizado a estabelecer os proce-
transparência: dimentos necessários para o reenquadramento das atuais permis-
I - divulgação atualizada de informações relevantes no site ou sões/concessões nos termos da presente Lei e da legislação federal
outro meio, em especial das atividades desenvolvidas, estrutura de pertinente.
controle, fatores de risco, dados econômico-financeiros, comentá- Art. 52 O Poder Público Municipal terá o prazo de até 1 (um)
rios dos administradores sobre o desempenho, políticas e práticas ano para regulamentar a presente Lei, ordenando o funcionamento
de governança corporativa e descrição da composição e da remune- do Sistema .
ração da administração; Art. 53 O Poder Público Municipal deverá realizar, em caráter
II - elaboração e divulgação de política de divulgação de infor- permanente, campanhas de esclarecimento e educação no trânsito,
mações; buscando a segurança do usuário, do pedestre e da comunidade,
III - divulgação anual de relatório integrado ou de sustentabili- devendo engajar as entidades representativas da sociedade civil
dade, bem como dos instrumentos conveniais e contratuais firma- organizada.
dos pela empresa; § 1º Caberá à Prefeitura incrementar a utilização das faixas de
IV - ter seu custo e suas receitas discriminados e divulgados segurança e colocação de placas de sinalização, buscando dotar as
de forma transparente, inclusive no plano contábil. (Redação dada vias de instrumentos adequados de orientação aos motoristas e pe-
pela Lei nº 4565/2016) destres.
Art. 47 A EPTV, visando maior eficiência e segurança do muni- § 2º Deverá contar com tratamento especial e prioritário, a si-
cípio poderá celebrar convênios e contratos, delegando parte das nalização:
atividades previstas nesta Lei, conforme conveniência e oportuni- I - estabelecimentos de ensino;
dade da Administração. (Redação dada pela Lei nº 4565/2016) II - vias próximas de áreas residenciais;
Art. 48 Deverá ser elaborado e divulgado Código de Conduta III - praças e parques, onde haja grande circulação de pessoas,
e Integridade, na forma da regulamentação federal, que disponha especialmente de crianças.
sobre: Art. 54 As providências para atingir os objetivos traçados por
I - princípios, valores e missão da empresa pública, bem como esta Lei deverão ser custeadas pelos recursos advindos do artigo
orientações sobre a prevenção de conflito de interesses e vedação 320 do CTB, das multas aplicadas e da inspeção veicular.
de atos de corrupção e fraude; Art. 55 Revogam-se as disposições em contrário, em especial a
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e aplicação Lei Municipal nº 3435/2006.
do Código de Conduta e Integridade; Art. 56 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
III - canal de denúncias que possibilite o recebimento de de-
núncias internas e externas relativas ao descumprimento do Código GABINETE DO PREFEITO MUNICIPAL DE VIAMÃO, em 18 de fe-
de Conduta e Integridade e das demais normas internas de ética e vereiro de 2016.
obrigacionais;
IV - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do Código
de Conduta e Integridade;
V - previsão de treinamento periódico, no mínimo anual, sobre
Código de Conduta e Integridade, a empregados e administradores,
e sobre a política de gestão de riscos, a administradores. (Redação
acrescida pela Lei nº 4565/2016, renumerando-se os artigos sub-
sequentes)

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LEGISLAÇÃO
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

1. Legislação de Trânsito: Do Sistema Nacional do Trânsito. Das Normas Gerais de Circulação e Conduta. Condução de Veículos por Mo-
torista Profissional. Dos Pedestres e Condutores de Veículos não Motorizados. Dos Equipamentos Obrigatórios. Da Educação para o
Trânsito. Da Engenharia de Tráfico, da Operação, da Fiscalização e do Policiamento Ostensivo de Trânsito. Da Sinalização de Trânsito.
Dos Veículos. Do Registro de Veículos. Do Licenciamento. Da Condução de Escolares. Da Condução de Moto-frete. Da Habilitação. Das
Infrações. Das Penalidades e Multas. Das Medidas Administrativas. Do Processo Administrativo. Dos Crimes de Trânsito. . . . . . . 01
2. Conceitos e Definições. Sinalização de regulamentação. Sinalização de advertência. Sinalização Horizontal. Fiscalização de Trânsi-
to. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
3. Código de Posturas: Da Polícia de Costumes, Segurança e Ordem Pública (Art. 104 a 148). . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 46
4. Manual Brasileiro de Fiscalização de Trânsito (MBFT II); . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5. Resoluções do CONTRAN atualizadas: Res. 219 de 14/12/06, Res. 432 de 23/01/13, Res. 254 de 26/10/2007/ 580/16, Res. 453 de
26/09/13, Res. 558 de 15/04/1980, Res. 819 de 17/03/2021 e Decreto DETRAN RS 55735 de 22/01/2021. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 4º Os conceitos e definições estabelecidos para os efeitos


LEGISLAÇÃO DE TRÂNSITO: DO SISTEMA NACIONAL deste Código são os constantes do Anexo I.
DO TRÂNSITO. DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO
E CONDUTA. CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORIS- CAPÍTULO II
TA PROFISSIONAL. DOS PEDESTRES E CONDUTORES DO SISTEMA NACIONAL DE TRÂNSITO
DE VEÍCULOS NÃO MOTORIZADOS. DOS EQUIPAMEN-
TOS OBRIGATÓRIOS. DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂN- SEÇÃO I
SITO. DA ENGENHARIA DE TRÁFICO, DA OPERAÇÃO, DISPOSIÇÕES GERAIS
DA FISCALIZAÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO
DE TRÂNSITO. DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO. DOS Art. 5º O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de ór-
VEÍCULOS. DO REGISTRO DE VEÍCULOS. DO LICENCIA- gãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
MENTO. DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES. DA CONDU- Municípios que tem por finalidade o exercício das atividades de
ÇÃO DE MOTO-FRETE. DA HABILITAÇÃO. DAS INFRA- planejamento, administração, normatização, pesquisa, registro e
ÇÕES. DAS PENALIDADES E MULTAS. DAS MEDIDAS licenciamento de veículos, formação, habilitação e reciclagem de
ADMINISTRATIVAS. DO PROCESSO ADMINISTRATIVO. condutores, educação, engenharia, operação do sistema viário,
DOS CRIMES DE TRÂNSITO policiamento, fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e
aplicação de penalidades.
Art. 6º São objetivos básicos do Sistema Nacional de Trânsito:
LEI Nº 9.503, DE 23 DE SETEMBRO DE 1997 I - estabelecer diretrizes da Política Nacional de Trânsito, com
vistas à segurança, à fluidez, ao conforto, à defesa ambiental e à
Institui o Código de Trânsito Brasileiro. educação para o trânsito, e fiscalizar seu cumprimento;
II - fixar, mediante normas e procedimentos, a padronização de
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- critérios técnicos, financeiros e administrativos para a execução das
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: atividades de trânsito;
III - estabelecer a sistemática de fluxos permanentes de infor-
CAPÍTULO I mações entre os seus diversos órgãos e entidades, a fim de facilitar
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES o processo decisório e a integração do Sistema.

Art. 1º O trânsito de qualquer natureza nas vias terrestres do SEÇÃO II


território nacional, abertas à circulação, rege-se por este Código. DA COMPOSIÇÃO E DA COMPETÊNCIA DO SISTEMA NACIO-
§ 1º Considera-se trânsito a utilização das vias por pessoas, ve- NAL DE TRÂNSITO
ículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos ou não, para
fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga ou Art. 7º Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes
descarga. órgãos e entidades:
§ 2º O trânsito, em condições seguras, é um direito de todos e I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador
dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de do Sistema e órgão máximo normativo e consultivo;
Trânsito, a estes cabendo, no âmbito das respectivas competências, II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho
adotar as medidas destinadas a assegurar esse direito. de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos,
§ 3º Os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional consultivos e coordenadores;
de Trânsito respondem, no âmbito das respectivas competências, III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos
objetivamente, por danos causados aos cidadãos em virtude de Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
ação, omissão ou erro na execução e manutenção de programas, IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos
projetos e serviços que garantam o exercício do direito do trânsito Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;
seguro. V - a Polícia Rodoviária Federal;
§ 4º (VETADO) VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
§ 5º Os órgãos e entidades de trânsito pertencentes ao Sistema VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.
Nacional de Trânsito darão prioridade em suas ações à defesa da Art. 7o-A. A autoridade portuária ou a entidade concessioná-
vida, nela incluída a preservação da saúde e do meio-ambiente. ria de porto organizado poderá celebrar convênios com os órgãos
Art. 2º São vias terrestres urbanas e rurais as ruas, as avenidas, previstos no art. 7o, com a interveniência dos Municípios e Estados,
os logradouros, os caminhos, as passagens, as estradas e as rodo- juridicamente interessados, para o fim específico de facilitar a autu-
vias, que terão seu uso regulamentado pelo órgão ou entidade com ação por descumprimento da legislação de trânsito. (Incluído pela
circunscrição sobre elas, de acordo com as peculiaridades locais e Lei nº 12.058, de 2009)
as circunstâncias especiais. § 1o O convênio valerá para toda a área física do porto organi-
Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas zado, inclusive, nas áreas dos terminais alfandegados, nas estações
vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas de transbordo, nas instalações portuárias públicas de pequeno por-
pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autôno- te e nos respectivos estacionamentos ou vias de trânsito internas.
mas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos pri- (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
vados de uso coletivo. (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015) § 2o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
(Vigência) § 3o (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.058, de 2009)
Art. 3º As disposições deste Código são aplicáveis a qualquer Art. 8º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organi-
veículo, bem como aos proprietários, condutores dos veículos na- zarão os respectivos órgãos e entidades executivos de trânsito e
cionais ou estrangeiros e às pessoas nele expressamente mencio- executivos rodoviários, estabelecendo os limites circunscricionais
nadas. de suas atuações.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 9º O Presidente da República designará o ministério ou VIII - estabelecer e normatizar os procedimentos para o en-
órgão da Presidência responsável pela coordenação máxima do Sis- quadramento das condutas expressamente referidas neste Código,
tema Nacional de Trânsito, ao qual estará vinculado o CONTRAN e para a fiscalização e a aplicação das medidas administrativas e das
subordinado o órgão máximo executivo de trânsito da União. penalidades por infrações e para a arrecadação das multas aplica-
Art.10. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran), com sede das e o repasse dos valores arrecadados;
no Distrito Federal, tem a seguinte composição: IX - responder às consultas que lhe forem formuladas, relativas
I - (VETADO) à aplicação da legislação de trânsito;
II - (VETADO) X - normatizar os procedimentos sobre a aprendizagem, habili-
II-A - Ministro de Estado da Infraestrutura, que o presidirá; tação, expedição de documentos de condutores, e registro e licen-
III - Ministro de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovações; ciamento de veículos;
IV - Ministro de Estado da Educação; XI - aprovar, complementar ou alterar os dispositivos de sinali-
V - Ministro de Estado da Defesa; zação e os dispositivos e equipamentos de trânsito;
VI - Ministro de Estado do Meio Ambiente; XII - (revogado);
VII - (revogado);VIII - (VETADO) XIII - avocar, para análise e soluções, processos sobre conflitos
IX - (VETADO) de competência ou circunscrição, ou, quando necessário, unificar as
X - (VETADO) decisões administrativas; e
XI - (VETADO) XIV - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de
XII - (VETADO) trânsito no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal.
XIII - (VETADO) XV - normatizar o processo de formação do candidato à obten-
XIV - (VETADO) ção da Carteira Nacional de Habilitação, estabelecendo seu conte-
XV - (VETADO) údo didático-pedagógico, carga horária, avaliações, exames, execu-
XVI - (VETADO) ção e fiscalização. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
XVII - (VETADO) § 1ºAs propostas de normas regulamentares de que trata o in-
XVIII - (VETADO) ciso I do caput deste artigo serão submetidas a prévia consulta pú-
XIX - (VETADO) blica, por meio da rede mundial de computadores, pelo período mí-
XX - (revogado); nimo de 30 (trinta) dias, antes do exame da matéria pelo Contran.
XXI - (VETADO) § 2ºAs contribuições recebidas na consulta pública de que trata
o § 1º deste artigo ficarão à disposição do público pelo prazo de 2
XXII - Ministro de Estado da Saúde;
(dois) anos, contado da data de encerramento da consulta pública.
XXIII - Ministro de Estado da Justiça e Segurança Pública;
§ 3ºEm caso de urgência e de relevante interesse público, o
XXIV - Ministro de Estado das Relações Exteriores;
Presidente do Contran poderá editar deliberação, ad referendum
XXV - (revogado);
do Conselho e com prazo de validade máximo de 90 (noventa) dias,
XXVI - Ministro de Estado da Economia; e para estabelecer norma regulamentar prevista no inciso I do caput ,
XXVII - Ministro de Estado da Agricultura, Pecuária e Abasteci- dispensado o cumprimento do disposto nos §§ 1º e 2º deste artigo,
mento. vedada a reedição.
§ 1º (VETADO) § 4ºEncerrado o prazo previsto no § 3º deste artigo sem o refe-
§ 2º (VETADO) rendo do Contran, a deliberação perderá a sua eficácia, e permane-
§ 3º (VETADO) cerão válidos os efeitos dela decorrentes.
§ 4ºOs Ministros de Estado deverão indicar suplente, que será § 5ºNorma do Contran poderá dispor sobre o uso de sinaliza-
servidor de nível hierárquico igual ou superior ao nível 6 do Grupo- ção horizontal ou vertical que utilize técnicas de estímulos compor-
-Direção e Assessoramento Superiores - DAS ou, no caso do Minis- tamentais para a redução de acidentes de trânsito.” (NR)
tério da Defesa, alternativamente, Oficial-General. Art. 13. As Câmaras Temáticas, órgãos técnicos vinculados ao
§ 5ºCompete ao dirigente do órgão máximo executivo de trân- CONTRAN, são integradas por especialistas e têm como objetivo es-
sito da União atuar como Secretário-Executivo do Contran. tudar e oferecer sugestões e embasamento técnico sobre assuntos
§ 6ºO quórum de votação e de aprovação no Contran é o de específicos para decisões daquele colegiado.
maioria absoluta.” (NR) § 1º Cada Câmara é constituída por especialistas representan-
Art. 10-A.Poderão ser convidados a participar de reuniões do tes de órgãos e entidades executivos da União, dos Estados, ou do
Contran, sem direito a voto, representantes de órgãos e entidades Distrito Federal e dos Municípios, em igual número, pertencentes
setoriais responsáveis ou impactados pelas propostas ou matérias ao Sistema Nacional de Trânsito, além de especialistas representan-
em exame. tes dos diversos segmentos da sociedade relacionados com o trân-
Art. 11. (VETADO) sito, todos indicados segundo regimento específico definido pelo
Art. 12. Compete ao CONTRAN: CONTRAN e designados pelo ministro ou dirigente coordenador
I - estabelecer as normas regulamentares referidas neste Códi- máximo do Sistema Nacional de Trânsito.
go e as diretrizes da Política Nacional de Trânsito; § 2º Os segmentos da sociedade, relacionados no parágrafo
II - coordenar os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, obje- anterior, serão representados por pessoa jurídica e devem atender
tivando a integração de suas atividades; aos requisitos estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 3ºA coordenação das Câmaras Temáticas será exercida por
III - (VETADO)
representantes do órgão máximo executivo de trânsito da União ou
IV - criar Câmaras Temáticas;
dos Ministérios representados no Contran, conforme definido no
V - estabelecer seu regimento interno e as diretrizes para o fun-
ato de criação de cada Câmara Temática.
cionamento dos CETRAN e CONTRANDIFE;
§ 4º (VETADO)
VI - estabelecer as diretrizes do regimento das JARI; I - (VETADO)
VII - zelar pela uniformidade e cumprimento das normas conti- II - (VETADO)
das neste Código e nas resoluções complementares; III - (VETADO)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

IV - (VETADO) I - cumprir e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução


Art. 14. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN das normas e diretrizes estabelecidas pelo CONTRAN, no âmbito de
e ao Conselho de Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE: suas atribuições;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, II - proceder à supervisão, à coordenação, à correição dos ór-
no âmbito das respectivas atribuições; gãos delegados, ao controle e à fiscalização da execução da Política
II - elaborar normas no âmbito das respectivas competências; Nacional de Trânsito e do Programa Nacional de Trânsito;
III - responder a consultas relativas à aplicação da legislação e III - articular-se com os órgãos dos Sistemas Nacionais de Trân-
dos procedimentos normativos de trânsito; sito, de Transporte e de Segurança Pública, objetivando o combate
IV - estimular e orientar a execução de campanhas educativas à violência no trânsito, promovendo, coordenando e executando o
de trânsito; controle de ações para a preservação do ordenamento e da segu-
V - julgar os recursos interpostos contra decisões: rança do trânsito;
a) das JARI; IV - apurar, prevenir e reprimir a prática de atos de improbida-
b) dos órgãos e entidades executivos estaduais, nos casos de de contra a fé pública, o patrimônio, ou a administração pública ou
inaptidão permanente constatados nos exames de aptidão física, privada, referentes à segurança do trânsito;
mental ou psicológica; V - supervisionar a implantação de projetos e programas rela-
VI - indicar um representante para compor a comissão exami- cionados com a engenharia, educação, administração, policiamento
nadora de candidatos portadores de deficiência física à habilitação e fiscalização do trânsito e outros, visando à uniformidade de pro-
para conduzir veículos automotores; cedimento;
VII - (VETADO) VI - estabelecer procedimentos sobre a aprendizagem e habi-
VIII - acompanhar e coordenar as atividades de administração, litação de condutores de veículos, a expedição de documentos de
educação, engenharia, fiscalização, policiamento ostensivo de trân-
condutores, de registro e licenciamento de veículos;
sito, formação de condutores, registro e licenciamento de veículos,
VII - expedir a Permissão para Dirigir, a Carteira Nacional de
articulando os órgãos do Sistema no Estado, reportando-se ao CON-
Habilitação, os Certificados de Registro e o de Licenciamento Anual
TRAN;
mediante delegação aos órgãos executivos dos Estados e do Distrito
IX - dirimir conflitos sobre circunscrição e competência de trân-
sito no âmbito dos Municípios; e Federal;
X - informar o CONTRAN sobre o cumprimento das exigências VIII - organizar e manter o Registro Nacional de Carteiras de
definidas nos §§ 1º e 2º do art. 333. Habilitação - RENACH;
XI - designar, em caso de recursos deferidos e na hipótese de IX - organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Auto-
reavaliação dos exames, junta especial de saúde para examinar os motores - RENAVAM;
candidatos à habilitação para conduzir veículos automotores. (In- X - organizar a estatística geral de trânsito no território nacio-
cluído pela Lei nº 9.602, de 1998) nal, definindo os dados a serem fornecidos pelos demais órgãos e
Parágrafo único. Dos casos previstos no inciso V, julgados pelo promover sua divulgação;
órgão, não cabe recurso na esfera administrativa. XI - estabelecer modelo padrão de coleta de informações sobre
Art. 15. Os presidentes dos CETRAN e do CONTRANDIFE são as ocorrências de acidentes de trânsito e as estatísticas do trânsito;
nomeados pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, XII - administrar fundo de âmbito nacional destinado à segu-
respectivamente, e deverão ter reconhecida experiência em maté- rança e à educação de trânsito;
ria de trânsito. XIII - coordenar a administração do registro das infrações de
§ 1º Os membros dos CETRAN e do CONTRANDIFE são nomea- trânsito, da pontuação e das penalidades aplicadas no prontuário
dos pelos Governadores dos Estados e do Distrito Federal, respec- do infrator, da arrecadação de multas e do repasse de que trata o
tivamente. § 1º do art. 320; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
§ 2º Os membros do CETRAN e do CONTRANDIFE deverão ser gência)
pessoas de reconhecida experiência em trânsito. XIV - fornecer aos órgãos e entidades do Sistema Nacional de
§ 3º O mandato dos membros do CETRAN e do CONTRANDIFE Trânsito informações sobre registros de veículos e de condutores,
é de dois anos, admitida a recondução. mantendo o fluxo permanente de informações com os demais ór-
Art. 16. Junto a cada órgão ou entidade executivos de trânsito gãos do Sistema;
ou rodoviário funcionarão Juntas Administrativas de Recursos de In- XV - promover, em conjunto com os órgãos competentes do
frações - JARI, órgãos colegiados responsáveis pelo julgamento dos Ministério da Educação e do Desporto, de acordo com as diretrizes
recursos interpostos contra penalidades por eles impostas. do CONTRAN, a elaboração e a implementação de programas de
Parágrafo único. As JARI têm regimento próprio, observado o
educação de trânsito nos estabelecimentos de ensino;
disposto no inciso VI do art. 12, e apoio administrativo e financeiro
XVI - elaborar e distribuir conteúdos programáticos para a edu-
do órgão ou entidade junto ao qual funcionem.
cação de trânsito;
Art. 17. Compete às JARI:
XVII - promover a divulgação de trabalhos técnicos sobre o
I - julgar os recursos interpostos pelos infratores;
II - solicitar aos órgãos e entidades executivos de trânsito e trânsito;
executivos rodoviários informações complementares relativas aos XVIII - elaborar, juntamente com os demais órgãos e entidades
recursos, objetivando uma melhor análise da situação recorrida; do Sistema Nacional de Trânsito, e submeter à aprovação do CON-
III - encaminhar aos órgãos e entidades executivos de trânsito TRAN, a complementação ou alteração da sinalização e dos disposi-
e executivos rodoviários informações sobre problemas observados tivos e equipamentos de trânsito;
nas autuações e apontados em recursos, e que se repitam sistema- XIX - organizar, elaborar, complementar e alterar os manuais e
ticamente. normas de projetos de implementação da sinalização, dos dispositi-
Art. 18. (VETADO) vos e equipamentos de trânsito aprovados pelo CONTRAN;
Art. 19. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da
União:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

XX – expedir a permissão internacional para conduzir veículo e III - executar a fiscalização de trânsito, aplicar as penalidades
o certificado de passagem nas alfândegas mediante delegação aos de advertência por escrito e multa e as medidas administrativas ca-
órgãos executivos dos Estados e do Distrito Federal ou a entidade bíveis, com a notificação dos infratores e a arrecadação das multas
habilitada para esse fim pelo poder público federal; (Redação dada aplicadas e dos valores provenientes de estadia e remoção de veí-
pela lei nº 13.258, de 2016) culos, objetos e animais e de escolta de veículos de cargas superdi-
XXI - promover a realização periódica de reuniões regionais e mensionadas ou perigosas;
congressos nacionais de trânsito, bem como propor a representa- IV - efetuar levantamento dos locais de acidentes de trânsito
ção do Brasil em congressos ou reuniões internacionais; e dos serviços de atendimento, socorro e salvamento de vítimas;
XXII - propor acordos de cooperação com organismos interna- V - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar medi-
cionais, com vistas ao aperfeiçoamento das ações inerentes à segu- das de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, es-
rança e educação de trânsito; colta e transporte de carga indivisível;
XXIII - elaborar projetos e programas de formação, treinamento VI - assegurar a livre circulação nas rodovias federais, podendo
e especialização do pessoal encarregado da execução das ativida- solicitar ao órgão rodoviário a adoção de medidas emergenciais, e
des de engenharia, educação, policiamento ostensivo, fiscalização, zelar pelo cumprimento das normas legais relativas ao direito de
operação e administração de trânsito, propondo medidas que esti- vizinhança, promovendo a interdição de construções e instalações
mulem a pesquisa científica e o ensino técnico-profissional de inte- não autorizadas;
resse do trânsito, e promovendo a sua realização; VII - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aci-
XXIV - opinar sobre assuntos relacionados ao trânsito interes- dentes de trânsito e suas causas, adotando ou indicando medidas
tadual e internacional; operacionais preventivas e encaminhando-os ao órgão rodoviário
XXV - elaborar e submeter à aprovação do CONTRAN as normas federal;
e requisitos de segurança veicular para fabricação e montagem de VIII - implementar as medidas da Política Nacional de Seguran-
veículos, consoante sua destinação; ça e Educação de Trânsito;
XXVI - estabelecer procedimentos para a concessão do código IX - promover e participar de projetos e programas de educa-
marca-modelo dos veículos para efeito de registro, emplacamento ção e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo
e licenciamento; CONTRAN;
XXVII - instruir os recursos interpostos das decisões do CON- X - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio-
TRAN, ao ministro ou dirigente coordenador máximo do Sistema nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas
Nacional de Trânsito; impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do
licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
XXVIII - estudar os casos omissos na legislação de trânsito e veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade
submetê-los, com proposta de solução, ao Ministério ou órgão co- da Federação;
ordenador máximo do Sistema Nacional de Trânsito; XI - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
XXIX - prestar suporte técnico, jurídico, administrativo e finan- dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com
ceiro ao CONTRAN. o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às
XXX - organizar e manter o Registro Nacional de Infrações de ações específicas dos órgãos ambientais.
Trânsito (Renainf). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Art. 21. Compete aos órgãos e entidades executivos rodoviários
da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, no âm-
XXXI - organizar, manter e atualizar o Registro Nacional Positivo
bito de sua circunscrição:
de Condutores (RNPC).
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,
§ 1º Comprovada, por meio de sindicância, a deficiência técni-
no âmbito de suas atribuições;
ca ou administrativa ou a prática constante de atos de improbidade
II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de veí-
contra a fé pública, contra o patrimônio ou contra a administração
culos, de pedestres e de animais, e promover o desenvolvimento da
pública, o órgão executivo de trânsito da União, mediante aprova-
circulação e da segurança de ciclistas;
ção do CONTRAN, assumirá diretamente ou por delegação, a exe-
III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dis-
cução total ou parcial das atividades do órgão executivo de trânsito
positivos e os equipamentos de controle viário;
estadual que tenha motivado a investigação, até que as irregulari-
IV - coletar dados e elaborar estudos sobre os acidentes de
dades sejam sanadas. trânsito e suas causas;
§ 2º O regimento interno do órgão executivo de trânsito da V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de policiamento
União disporá sobre sua estrutura organizacional e seu funciona- ostensivo de trânsito, as respectivas diretrizes para o policiamento
mento. ostensivo de trânsito;
§ 3º Os órgãos e entidades executivos de trânsito e executivos VI - executar a fiscalização de trânsito, autuar, aplicar as pena-
rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí- lidades de advertência, por escrito, e ainda as multas e medidas
pios fornecerão, obrigatoriamente, mês a mês, os dados estatísticos administrativas cabíveis, notificando os infratores e arrecadando as
para os fins previstos no inciso X. multas que aplicar;
§ 4º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de
Art. 20. Compete à Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das veículos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensio-
rodovias e estradas federais: nadas ou perigosas;
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, VIII - fiscalizar, autuar, aplicar as penalidades e medidas admi-
no âmbito de suas atribuições; nistrativas cabíveis, relativas a infrações por excesso de peso, di-
II - realizar o patrulhamento ostensivo, executando operações mensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as
relacionadas com a segurança pública, com o objetivo de preservar multas que aplicar;
a ordem, incolumidade das pessoas, o patrimônio da União e o de IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, apli-
terceiros; cando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

X - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e XIV - fornecer, aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
do Programa Nacional de Trânsito; executivos rodoviários municipais, os dados cadastrais dos veículos
XI - promover e participar de projetos e programas de educa- registrados e dos condutores habilitados, para fins de imposição e
ção e segurança, de acordo com as diretrizes estabelecidas pelo notificação de penalidades e de arrecadação de multas nas áreas de
CONTRAN; suas competências;
XII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, XV - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e co- dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com
municar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de o estabelecido no art. 66, além de dar apoio, quando solicitado, às
trânsito da União.” (NR) ações específicas dos órgãos ambientais locais;
XIII - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi- XVI - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de
dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN.
estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas dos XVII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito,
órgãos ambientais locais, quando solicitado; destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio de au-
XIV - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial las teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamen-
para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observa- to no trânsito.
dos para a circulação desses veículos. Parágrafo único. As competências descritas no inciso II do caput
XV - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir, deste artigo relativas ao processo de suspensão de condutores se-
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e co- rão exercidas quando:
municar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de I - o condutor atingir o limite de pontos estabelecido no inciso I
trânsito da União. do art. 261 deste Código;
Parágrafo único. (VETADO) II - a infração previr a penalidade de suspensão do direito de
Art. 22. Compete aos órgãos ou entidades executivos de trânsi- dirigir de forma específica e a autuação tiver sido efetuada pelo
to dos Estados e do Distrito Federal, no âmbito de sua circunscrição: próprio órgão executivo estadual de trânsito.” (NR)
I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito, Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito
no âmbito das respectivas atribuições; Federal:
II - realizar, fiscalizar e controlar o processo de formação, de I - (VETADO)
aperfeiçoamento, de reciclagem e de suspensão de condutores e II - (VETADO)
expedir e cassar Licença de Aprendizagem, Permissão para Dirigir III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme con-
e Carteira Nacional de Habilitação, mediante delegação do órgão vênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de
máximo executivo de trânsito da União; trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os de-
III - vistoriar, inspecionar as condições de segurança veicular, mais agentes credenciados;
registrar, emplacar e licenciar veículos, com a expedição dos Certi- IV - (VETADO)
ficados de Registro de Veículo e de Licenciamento Anual, mediante V - (VETADO)
delegação do órgão máximo executivo de trânsito da União; VI - (VETADO)
IV - estabelecer, em conjunto com as Polícias Militares, as dire- VII - (VETADO)
trizes para o policiamento ostensivo de trânsito; Parágrafo único. (VETADO)
V - executar a fiscalização de trânsito, autuar e aplicar as medi- Art. 24. Compete aos órgãos e entidades executivos de trânsi-
das administrativas cabíveis pelas infrações previstas neste Código, to dos Municípios, no âmbito de sua circunscrição: (Redação dada
excetuadas aquelas relacionadas nos incisos VI e VIII do art. 24, no pela Lei nº 13.154, de 2015)
exercício regular do Poder de Polícia de Trânsito; I - cumprir e fazer cumprir a legislação e as normas de trânsito,
VI - aplicar as penalidades por infrações previstas neste Código, no âmbito de suas atribuições;
com exceção daquelas relacionadas nos incisos VII e VIII do art. 24, II - planejar, projetar, regulamentar e operar o trânsito de ve-
notificando os infratores e arrecadando as multas que aplicar; ículos, de pedestres e de animais e promover o desenvolvimento,
VII - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de temporário ou definitivo, da circulação, da segurança e das áreas de
veículos e objetos; proteção de ciclistas;
VIII - comunicar ao órgão executivo de trânsito da União a sus- III - implantar, manter e operar o sistema de sinalização, os dis-
pensão e a cassação do direito de dirigir e o recolhimento da Cartei- positivos e os equipamentos de controle viário;
ra Nacional de Habilitação; IV - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre os aci-
IX - coletar dados estatísticos e elaborar estudos sobre aciden- dentes de trânsito e suas causas;
tes de trânsito e suas causas; V - estabelecer, em conjunto com os órgãos de polícia ostensiva
X - credenciar órgãos ou entidades para a execução de ativida- de trânsito, as diretrizes para o policiamento ostensivo de trânsito;
des previstas na legislação de trânsito, na forma estabelecida em VI - executar a fiscalização de trânsito em vias terrestres, edifi-
norma do CONTRAN; cações de uso público e edificações privadas de uso coletivo, autuar
XI - implementar as medidas da Política Nacional de Trânsito e e aplicar as medidas administrativas cabíveis e as penalidades de
do Programa Nacional de Trânsito; advertência por escrito e multa, por infrações de circulação, esta-
XII - promover e participar de projetos e programas de educa- cionamento e parada previstas neste Código, no exercício regular
ção e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabeleci- do poder de polícia de trânsito, notificando os infratores e arreca-
das pelo CONTRAN; dando as multas que aplicar, exercendo iguais atribuições no âmbi-
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio- to de edificações privadas de uso coletivo, somente para infrações
nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas de uso de vagas reservadas em estacionamentos; (Redação dada
impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de
veículos e de prontuários de condutores de uma para outra unidade
da Federação;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

VII - aplicar as penalidades de advertência por escrito e multa, Art. 25. Os órgãos e entidades executivos do Sistema Nacional
por infrações de circulação, estacionamento e parada previstas nes- de Trânsito poderão celebrar convênio delegando as atividades pre-
te Código, notificando os infratores e arrecadando as multas que vistas neste Código, com vistas à maior eficiência e à segurança para
aplicar; os usuários da via.
VIII - fiscalizar, autuar e aplicar as penalidades e medidas ad- Parágrafo único. Os órgãos e entidades de trânsito poderão
ministrativas cabíveis relativas a infrações por excesso de peso, di- prestar serviços de capacitação técnica, assessoria e monitoramen-
mensões e lotação dos veículos, bem como notificar e arrecadar as to das atividades relativas ao trânsito durante prazo a ser estabe-
multas que aplicar; lecido entre as partes, com ressarcimento dos custos apropriados.
IX - fiscalizar o cumprimento da norma contida no art. 95, apli- Art. 25-A.Os agentes dos órgãos policiais da Câmara dos Depu-
cando as penalidades e arrecadando as multas nele previstas; tados e do Senado Federal, a que se referem o inciso IV do caput do
X - implantar, manter e operar sistema de estacionamento ro- art. 51 e o inciso XIII do caput do art. 52 da Constituição Federal ,
tativo pago nas vias; respectivamente, mediante convênio com o órgão ou entidade de
XI - arrecadar valores provenientes de estada e remoção de veí- trânsito com circunscrição sobre a via, poderão lavrar auto de in-
culos e objetos, e escolta de veículos de cargas superdimensionadas fração de trânsito e remetê-lo ao órgão competente, nos casos em
ou perigosas; que a infração cometida nas adjacências do Congresso Nacional ou
XII - credenciar os serviços de escolta, fiscalizar e adotar me- nos locais sob sua responsabilidade comprometer objetivamente os
didas de segurança relativas aos serviços de remoção de veículos, serviços ou colocar em risco a incolumidade das pessoas ou o patri-
escolta e transporte de carga indivisível; mônio das respectivas Casas Legislativas.
XIII - integrar-se a outros órgãos e entidades do Sistema Nacio- Parágrafo único. Para atuarem na fiscalização de trânsito, os
nal de Trânsito para fins de arrecadação e compensação de multas agentes mencionados no caput deste artigo deverão receber trei-
impostas na área de sua competência, com vistas à unificação do namento específico para o exercício das atividades, conforme regu-
licenciamento, à simplificação e à celeridade das transferências de lamentação do Contran
veículos e de prontuários dos condutores de uma para outra unida-
de da Federação; CAPÍTULO III
XIV - implantar as medidas da Política Nacional de Trânsito e do DAS NORMAS GERAIS DE CIRCULAÇÃO E CONDUTA
Programa Nacional de Trânsito;
XV - promover e participar de projetos e programas de educa- Art. 26. Os usuários das vias terrestres devem:
ção e segurança de trânsito de acordo com as diretrizes estabeleci- I - abster-se de todo ato que possa constituir perigo ou obstá-
das pelo CONTRAN; culo para o trânsito de veículos, de pessoas ou de animais, ou ainda
XVI - planejar e implantar medidas para redução da circulação causar danos a propriedades públicas ou privadas;
de veículos e reorientação do tráfego, com o objetivo de diminuir a II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo perigoso, atiran-
emissão global de poluentes; do, depositando ou abandonando na via objetos ou substâncias, ou
XVII - registrar e licenciar, na forma da legislação, veículos de nela criando qualquer outro obstáculo.
tração e propulsão humana e de tração animal, fiscalizando, autu- Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação nas vias públi-
ando, aplicando penalidades e arrecadando multas decorrentes de cas, o condutor deverá verificar a existência e as boas condições de
infrações; (Redação dada pela Lei nº 13.154, de 2015) funcionamento dos equipamentos de uso obrigatório, bem como
XVIII - conceder autorização para conduzir veículos de propul- assegurar-se da existência de combustível suficiente para chegar ao
são humana e de tração animal; local de destino.
XIX - articular-se com os demais órgãos do Sistema Nacional de Art. 28. O condutor deverá, a todo momento, ter domínio de
Trânsito no Estado, sob coordenação do respectivo CETRAN;
seu veículo, dirigindo-o com atenção e cuidados indispensáveis à
XX - fiscalizar o nível de emissão de poluentes e ruído produzi-
segurança do trânsito.
dos pelos veículos automotores ou pela sua carga, de acordo com o
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à cir-
estabelecido no art. 66, além de dar apoio às ações específicas de
culação obedecerá às seguintes normas:
órgão ambiental local, quando solicitado;
I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via, admitindo-se as
XXI - vistoriar veículos que necessitem de autorização especial
exceções devidamente sinalizadas;
para transitar e estabelecer os requisitos técnicos a serem observa-
II - o condutor deverá guardar distância de segurança lateral
dos para a circulação desses veículos.
e frontal entre o seu e os demais veículos, bem como em relação
XXII - aplicar a penalidade de suspensão do direito de dirigir,
ao bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade e
quando prevista de forma específica para a infração cometida, e co-
municar a aplicação da penalidade ao órgão máximo executivo de as condições do local, da circulação, do veículo e as condições cli-
trânsito da União; máticas;
XXIII - criar, implantar e manter escolas públicas de trânsito, III - quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se
destinadas à educação de crianças e adolescentes, por meio de au- aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem:
las teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamen- a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de rodovia,
to no trânsito. aquele que estiver circulando por ela;
§ 1º As competências relativas a órgão ou entidade municipal b) no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela;
serão exercidas no Distrito Federal por seu órgão ou entidade exe- c) nos demais casos, o que vier pela direita do condutor;
cutivos de trânsito. IV - quando uma pista de rolamento comportar várias faixas
§ 2º Para exercer as competências estabelecidas neste artigo, de circulação no mesmo sentido, são as da direita destinadas ao
os Municípios deverão integrar-se ao Sistema Nacional de Trânsito, deslocamento dos veículos mais lentos e de maior porte, quando
por meio de órgão ou entidade executivos de trânsito ou direta- não houver faixa especial a eles destinada, e as da esquerda, des-
mente por meio da prefeitura municipal, conforme previsto no art. tinadas à ultrapassagem e ao deslocamento dos veículos de maior
333 deste Código.” (NR) velocidade;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acos- XIII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
tamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou se saia dos § 1º As normas de ultrapassagem previstas nas alíneas a e b
imóveis ou áreas especiais de estacionamento; do inciso X e a e b do inciso XI aplicam-se à transposição de faixas,
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de que pode ser realizada tanto pela faixa da esquerda como pela da
passagem, respeitadas as demais normas de circulação; direita.
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, § 2º Respeitadas as normas de circulação e conduta estabe-
os de polícia, os de fiscalização e operação de trânsito e as ambu- lecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior
lâncias, além de prioridade no trânsito, gozam de livre circulação, porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os
estacionamento e parada, quando em serviço de urgência, de poli- motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade
ciamento ostensivo ou de preservação da ordem pública, observa- dos pedestres.
das as seguintes disposições: § 3ºCompete ao Contran regulamentar os dispositivos de alar-
a) quando os dispositivos regulamentares de alarme sonoro e me sonoro e iluminação intermitente previstos no inciso VII do
iluminação intermitente estiverem acionados, indicando a proximi- caput deste artigo.
dade dos veículos, todos os condutores deverão deixar livre a pas- § 4ºEm situações especiais, ato da autoridade máxima federal
sagem pela faixa da esquerda, indo para a direita da via e parando, de segurança pública poderá dispor sobre a aplicação das exceções
se necessário; tratadas no inciso VII do caput deste artigo aos veículos oficiais des-
b) os pedestres, ao ouvirem o alarme sonoro ou avistarem a luz caracterizados.” (NR)
intermitente, deverão aguardar no passeio e somente atravessar a Art. 30. Todo condutor, ao perceber que outro que o segue tem
via quando o veículo já tiver passado pelo local; o propósito de ultrapassá-lo, deverá:
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação ver-
I - se estiver circulando pela faixa da esquerda, deslocar-se para
melha intermitente só poderá ocorrer quando da efetiva prestação
a faixa da direita, sem acelerar a marcha;
de serviço de urgência;
II - se estiver circulando pelas demais faixas, manter-se naquela
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se
na qual está circulando, sem acelerar a marcha.
dar com velocidade reduzida e com os devidos cuidados de segu-
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando em fila, deve-
rança, obedecidas as demais normas deste Código;
rão manter distância suficiente entre si para permitir que veículos
e) as prerrogativas de livre circulação e de parada serão aplica-
que os ultrapassem possam se intercalar na fila com segurança.
das somente quando os veículos estiverem identificados por dispo-
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de ultrapassar um
sitivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação intermitente;
veículo de transporte coletivo que esteja parado, efetuando embar-
f) a prerrogativa de livre estacionamento será aplicada somen-
te quando os veículos estiverem identificados por dispositivos regu- que ou desembarque de passageiros, deverá reduzir a velocidade,
lamentares de iluminação intermitente; dirigindo com atenção redobrada ou parar o veículo com vistas à
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, segurança dos pedestres.
quando em atendimento na via, gozam de livre parada e estacio- Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar veículos em vias
namento no local da prestação de serviço, desde que devidamente com duplo sentido de direção e pista única, nos trechos em cur-
sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo vas e em aclives sem visibilidade suficiente, nas passagens de nível,
CONTRAN; nas pontes e viadutos e nas travessias de pedestres, exceto quando
IX - a ultrapassagem de outro veículo em movimento deverá houver sinalização permitindo a ultrapassagem.
ser feita pela esquerda, obedecida a sinalização regulamentar e as Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o condutor não
demais normas estabelecidas neste Código, exceto quando o veí- poderá efetuar ultrapassagem.
culo a ser ultrapassado estiver sinalizando o propósito de entrar à Art. 34. O condutor que queira executar uma manobra deve-
esquerda; rá certificar-se de que pode executá-la sem perigo para os demais
X - todo condutor deverá, antes de efetuar uma ultrapassagem, usuários da via que o seguem, precedem ou vão cruzar com ele,
certificar-se de que: considerando sua posição, sua direção e sua velocidade.
a) nenhum condutor que venha atrás haja começado uma ma- Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que implique um
nobra para ultrapassá-lo; deslocamento lateral, o condutor deverá indicar seu propósito de
b) quem o precede na mesma faixa de trânsito não haja indica- forma clara e com a devida antecedência, por meio da luz indica-
do o propósito de ultrapassar um terceiro; dora de direção de seu veículo, ou fazendo gesto convencional de
c) a faixa de trânsito que vai tomar esteja livre numa extensão braço.
suficiente para que sua manobra não ponha em perigo ou obstrua Parágrafo único. Entende-se por deslocamento lateral a trans-
o trânsito que venha em sentido contrário; posição de faixas, movimentos de conversão à direita, à esquerda
XI - todo condutor ao efetuar a ultrapassagem deverá: e retornos.
a) indicar com antecedência a manobra pretendida, acionando Art. 36. O condutor que for ingressar numa via, procedente de
a luz indicadora de direção do veículo ou por meio de gesto conven- um lote lindeiro a essa via, deverá dar preferência aos veículos e
cional de braço; pedestres que por ela estejam transitando.
b) afastar-se do usuário ou usuários aos quais ultrapassa, de tal Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a conversão à es-
forma que deixe livre uma distância lateral de segurança; querda e a operação de retorno deverão ser feitas nos locais apro-
c) retomar, após a efetivação da manobra, a faixa de trânsito de priados e, onde estes não existirem, o condutor deverá aguardar no
origem, acionando a luz indicadora de direção do veículo ou fazen- acostamento, à direita, para cruzar a pista com segurança.
do gesto convencional de braço, adotando os cuidados necessários Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda, em outra via ou
para não pôr em perigo ou obstruir o trânsito dos veículos que ul- em lotes lindeiros, o condutor deverá:
trapassou; I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o máximo pos-
XII - os veículos que se deslocam sobre trilhos terão preferência sível do bordo direito da pista e executar sua manobra no menor
de passagem sobre os demais, respeitadas as normas de circulação. espaço possível;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar-se o máximo III - indicar, de forma clara, com a antecedência necessária e a
possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, quando houver, sinalização devida, a manobra de redução de velocidade.
caso se trate de uma pista com circulação nos dois sentidos, ou do Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de cruzamento, o
bordo esquerdo, tratando-se de uma pista de um só sentido. condutor do veículo deve demonstrar prudência especial, transi-
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança de direção, o tando em velocidade moderada, de forma que possa deter seu veí-
condutor deverá ceder passagem aos pedestres e ciclistas, aos ve- culo com segurança para dar passagem a pedestre e a veículos que
ículos que transitem em sentido contrário pela pista da via da qual tenham o direito de preferência.
vai sair, respeitadas as normas de preferência de passagem. Art. 44-A.É livre o movimento de conversão à direita diante de
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno deverá ser fei- sinal vermelho do semáforo onde houver sinalização indicativa que
ta nos locais para isto determinados, quer por meio de sinalização, permita essa conversão, observados os arts. 44, 45 e 70 deste Có-
quer pela existência de locais apropriados, ou, ainda, em outros lo- digo
cais que ofereçam condições de segurança e fluidez, observadas as Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do semáforo lhe seja
características da via, do veículo, das condições meteorológicas e da favorável, nenhum condutor pode entrar em uma interseção se
movimentação de pedestres e ciclistas. houver possibilidade de ser obrigado a imobilizar o veículo na área
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às seguintes de- do cruzamento, obstruindo ou impedindo a passagem do trânsito
terminações: transversal.
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo, por meio da Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização temporária
utilização da luz baixa: de um veículo no leito viário, em situação de emergência, deverá
a) à noite; ser providenciada a imediata sinalização de advertência, na forma
b) mesmo durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou estabelecida pelo CONTRAN.
cerração; Art. 47. Quando proibido o estacionamento na via, a parada
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exce- deverá restringir-se ao tempo indispensável para embarque ou de-
to ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo; sembarque de passageiros, desde que não interrompa ou perturbe
III - a troca de luz baixa e alta, de forma intermitente e por curto o fluxo de veículos ou a locomoção de pedestres.
período de tempo, com o objetivo de advertir outros motoristas, só Parágrafo único. A operação de carga ou descarga será regula-
poderá ser utilizada para indicar a intenção de ultrapassar o veículo mentada pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e é
que segue à frente ou para indicar a existência de risco à segurança considerada estacionamento.
para os veículos que circulam no sentido contrário; Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou descarga e nos
IV - (revogado); estacionamentos, o veículo deverá ser posicionado no sentido do
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas seguintes situações: fluxo, paralelo ao bordo da pista de rolamento e junto à guia da
a) em imobilizações ou situações de emergência; calçada (meio-fio), admitidas as exceções devidamente sinalizadas.
b) quando a regulamentação da via assim o determinar; § 1º Nas vias providas de acostamento, os veículos parados,
VI - durante a noite, em circulação, o condutor manterá acesa estacionados ou em operação de carga ou descarga deverão estar
a luz de placa; situados fora da pista de rolamento.
VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes de posição § 2º O estacionamento dos veículos motorizados de duas rodas
quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou desem- será feito em posição perpendicular à guia da calçada (meio-fio) e
barque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias. junto a ela, salvo quando houver sinalização que determine outra
§ 1ºOs veículos de transporte coletivo de passageiros, quando condição.
circularem em faixas ou pistas a eles destinadas, e as motocicletas, § 3º O estacionamento dos veículos sem abandono do condu-
motonetas e ciclomotores deverão utilizar-se de farol de luz baixa tor poderá ser feito somente nos locais previstos neste Código ou
durante o dia e à noite. naqueles regulamentados por sinalização específica.
§ 2ºOs veículos que não dispuserem de luzes de rodagem diur- Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão abrir a porta
na deverão manter acesos os faróis nas rodovias de pista simples do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo sem antes se cer-
situadas fora dos perímetros urbanos, mesmo durante o dia.” (NR) tificarem de que isso não constitui perigo para eles e para outros
Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso de buzina, usuários da via.
desde que em toque breve, nas seguintes situações: Parágrafo único. O embarque e o desembarque devem ocorrer
I - para fazer as advertências necessárias a fim de evitar aci- sempre do lado da calçada, exceto para o condutor.
dentes; Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das áreas adja-
II - fora das áreas urbanas, quando for conveniente advertir a centes às estradas e rodovias obedecerá às condições de segurança
um condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo. do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade com circunscrição
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear bruscamente seu veícu- sobre a via.
lo, salvo por razões de segurança. Art. 51. Nas vias internas pertencentes a condomínios consti-
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor deverá observar tuídos por unidades autônomas, a sinalização de regulamentação
constantemente as condições físicas da via, do veículo e da carga, as da via será implantada e mantida às expensas do condomínio, após
condições meteorológicas e a intensidade do trânsito, obedecendo aprovação dos projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição
aos limites máximos de velocidade estabelecidos para a via, além sobre a via.
de: Art. 52. Os veículos de tração animal serão conduzidos pela di-
I - não obstruir a marcha normal dos demais veículos em circu- reita da pista, junto à guia da calçada (meio-fio) ou acostamento,
lação sem causa justificada, transitando a uma velocidade anormal- sempre que não houver faixa especial a eles destinada, devendo
mente reduzida; seus condutores obedecer, no que couber, às normas de circulação
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de seu veículo previstas neste Código e às que vierem a ser fixadas pelo órgão ou
deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem risco nem in- entidade com circunscrição sobre a via.
convenientes para os outros condutores, a não ser que haja perigo Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só podem circular
iminente; nas vias quando conduzidos por um guia, observado o seguinte:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos deverão ser a) nas rodovias de pista dupla: (Redação dada pela Lei nº
divididos em grupos de tamanho moderado e separados uns dos 13.281, de 2016) (Vigência)
outros por espaços suficientes para não obstruir o trânsito; 1. 110 km/h (cento e dez quilômetros por hora) para automó-
II - os animais que circularem pela pista de rolamento deverão veis, camionetas e motocicletas; (Redação dada pela Lei nº 13.281,
ser mantidos junto ao bordo da pista. de 2016) (Vigência)
Art. 54. Os condutores de motocicletas, motonetas e ciclomo- 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veí-
tores só poderão circular nas vias: culos; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
I - utilizando capacete de segurança, com viseira ou óculos pro- 3. (revogado); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
tetores; gência)
II - segurando o guidom com as duas mãos; b) nas rodovias de pista simples: (Redação dada pela Lei nº
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especifi- 13.281, de 2016) (Vigência)
cações do CONTRAN. 1. 100 km/h (cem quilômetros por hora) para automóveis, ca-
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, motonetas e ciclomo- mionetas e motocicletas; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
tores só poderão ser transportados: gência)
I - utilizando capacete de segurança; 2. 90 km/h (noventa quilômetros por hora) para os demais veí-
II - em carro lateral acoplado aos veículos ou em assento suple- culos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
mentar atrás do condutor;
c) nas estradas: 60 km/h (sessenta quilômetros por hora). (In-
III - usando vestuário de proteção, de acordo com as especifi-
cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
cações do CONTRAN.
§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com cir-
Art. 56. (VETADO)
cunscrição sobre a via poderá regulamentar, por meio de sinaliza-
Art. 56-A.(VETADO).
Art. 57. Os ciclomotores devem ser conduzidos pela direita da ção, velocidades superiores ou inferiores àquelas estabelecidas no
pista de rolamento, preferencialmente no centro da faixa mais à di- parágrafo anterior.
reita ou no bordo direito da pista sempre que não houver acosta- Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade
mento ou faixa própria a eles destinada, proibida a sua circulação da velocidade máxima estabelecida, respeitadas as condições ope-
nas vias de trânsito rápido e sobre as calçadas das vias urbanas. racionais de trânsito e da via.
Parágrafo único. Quando uma via comportar duas ou mais fai- Art. 63. (VETADO)
xas de trânsito e a da direita for destinada ao uso exclusivo de outro Art. 64.As crianças com idade inferior a 10 (dez) anos que não
tipo de veículo, os ciclomotores deverão circular pela faixa adjacen- tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco centímetros)
te à da direita. de altura devem ser transportadas nos bancos traseiros, em dispo-
Art. 58. Nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circu- sitivo de retenção adequado para cada idade, peso e altura, salvo
lação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ci- exceções relacionadas a tipos específicos de veículos regulamenta-
clofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização das pelo Contran.
destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de Parágrafo único. O Contran disciplinará o uso excepcional de
circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veí- dispositivos de retenção no banco dianteiro do veículo e as especifi-
culos automotores. cações técnicas dos dispositivos de retenção a que se refere o caput
Parágrafo único. A autoridade de trânsito com circunscrição deste artigo.” (NR)
sobre a via poderá autorizar a circulação de bicicletas no sentido Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança para condu-
contrário ao fluxo dos veículos automotores, desde que dotado o tor e passageiros em todas as vias do território nacional, salvo em
trecho com ciclofaixa. situações regulamentadas pelo CONTRAN.
Art. 59. Desde que autorizado e devidamente sinalizado pelo Art. 66. (VETADO)
órgão ou entidade com circunscrição sobre a via, será permitida a Art. 67. As provas ou competições desportivas, inclusive seus
circulação de bicicletas nos passeios. ensaios, em via aberta à circulação, só poderão ser realizadas me-
Art. 60. As vias abertas à circulação, de acordo com sua utiliza- diante prévia permissão da autoridade de trânsito com circunscri-
ção, classificam-se em: ção sobre a via e dependerão de:
I - vias urbanas:
I - autorização expressa da respectiva confederação desportiva
a) via de trânsito rápido;
ou de entidades estaduais a ela filiadas;
b) via arterial;
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos materiais à via;
c) via coletora;
III - contrato de seguro contra riscos e acidentes em favor de
d) via local;
II - vias rurais: terceiros;
a) rodovias; IV - prévio recolhimento do valor correspondente aos custos
b) estradas. operacionais em que o órgão ou entidade permissionária incorrerá.
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada Parágrafo único. A autoridade com circunscrição sobre a via
por meio de sinalização, obedecidas suas características técnicas e arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e do contrato de
as condições de trânsito. seguro.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocida-
de máxima será de: CAPÍTULO III-A
I - nas vias urbanas: (INCLUÍDO LEI Nº 12.619, DE 2012) (VIGÊNCIA)
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido: DA CONDUÇÃO DE VEÍCULOS POR MOTORISTAS PROFISSIO-
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais; NAIS
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais; Art. 67-A. O disposto neste Capítulo aplica-se aos motoristas
II - nas vias rurais: profissionais: (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

I - de transporte rodoviário coletivo de passageiros; (Incluído § 7o Nenhum transportador de cargas ou coletivo de passa-
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) geiros, embarcador, consignatário de cargas, operador de terminais
II - de transporte rodoviário de cargas. (Incluído pela Lei nº de carga, operador de transporte multimodal de cargas ou agente
13.103, de 2015) (Vigência) de cargas ordenará a qualquer motorista a seu serviço, ainda que
§ 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) subcontratado, que conduza veículo referido no caput sem a obser-
(Vigência) vância do disposto no § 6o. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 2o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
(Vigência) Art. 67-D. (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigên-
§ 3o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) cia)
(Vigência) Art. 67-E. O motorista profissional é responsável por controlar
§ 4o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) e registrar o tempo de condução estipulado no art. 67-C, com vis-
(Vigência) tas à sua estrita observância. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
§ 5o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
(Vigência) § 1o A não observância dos períodos de descanso estabeleci-
§ 6o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) dos no art. 67-C sujeitará o motorista profissional às penalidades daí
(Vigência) decorrentes, previstas neste Código. (Incluído pela Lei nº 13.103, de
§ 7o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) 2015) (Vigência)
(Vigência) § 2o O tempo de direção será controlado mediante registra-
§ 8o (VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) dor instantâneo inalterável de velocidade e tempo e, ou por meio
Art 67-B. VETADO). (Incluído Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
de anotação em diário de bordo, ou papeleta ou ficha de trabalho
Art. 67-C. É vedado ao motorista profissional dirigir por mais de
externo, ou por meios eletrônicos instalados no veículo, conforme
5 (cinco) horas e meia ininterruptas veículos de transporte rodovi-
norma do Contran. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
ário coletivo de passageiros ou de transporte rodoviário de cargas.
§ 3o O equipamento eletrônico ou registrador deverá funcio-
(Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
§ 1o Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso den- nar de forma independente de qualquer interferência do condutor,
tro de cada 6 (seis) horas na condução de veículo de transporte de quanto aos dados registrados. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015)
carga, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de dire- (Vigência)
ção desde que não ultrapassadas 5 (cinco) horas e meia contínuas § 4o A guarda, a preservação e a exatidão das informações con-
no exercício da condução. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) tidas no equipamento registrador instantâneo inalterável de velo-
(Vigência) cidade e de tempo são de responsabilidade do condutor. (Incluído
§ 1o-A. Serão observados 30 (trinta) minutos para descanso a pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
cada 4 (quatro) horas na condução de veículo rodoviário de passa-
geiros, sendo facultado o seu fracionamento e o do tempo de dire- CAPÍTULO IV
ção. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) DOS PEDESTRES E CONDUTORES DE VEÍCULOS NÃO MOTORI-
§ 2o Em situações excepcionais de inobservância justificada do ZADOS
tempo de direção, devidamente registradas, o tempo de direção
poderá ser elevado pelo período necessário para que o condutor, Art. 68. É assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou
o veículo e a carga cheguem a um lugar que ofereça a segurança e passagens apropriadas das vias urbanas e dos acostamentos das
o atendimento demandados, desde que não haja comprometimen- vias rurais para circulação, podendo a autoridade competente per-
to da segurança rodoviária. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) mitir a utilização de parte da calçada para outros fins, desde que
(Vigência) não seja prejudicial ao fluxo de pedestres.
§ 3o O condutor é obrigado, dentro do período de 24 (vinte e § 1º O ciclista desmontado empurrando a bicicleta equipara-se
quatro) horas, a observar o mínimo de 11 (onze) horas de descanso, ao pedestre em direitos e deveres.
que podem ser fracionadas, usufruídas no veículo e coincidir com § 2º Nas áreas urbanas, quando não houver passeios ou quan-
os intervalos mencionados no § 1o, observadas no primeiro perí- do não for possível a utilização destes, a circulação de pedestres
odo 8 (oito) horas ininterruptas de descanso. (Incluído pela Lei nº na pista de rolamento será feita com prioridade sobre os veículos,
13.103, de 2015) (Vigência) pelos bordos da pista, em fila única, exceto em locais proibidos pela
§ 4o Entende-se como tempo de direção ou de condução ape- sinalização e nas situações em que a segurança ficar comprometida.
nas o período em que o condutor estiver efetivamente ao volante,
§ 3º Nas vias rurais, quando não houver acostamento ou quan-
em curso entre a origem e o destino. (Incluído pela Lei nº 13.103,
do não for possível a utilização dele, a circulação de pedestres, na
de 2015) (Vigência)
pista de rolamento, será feita com prioridade sobre os veículos, pe-
§ 5o Entende-se como início de viagem a partida do veículo na
los bordos da pista, em fila única, em sentido contrário ao desloca-
ida ou no retorno, com ou sem carga, considerando-se como sua
continuação as partidas nos dias subsequentes até o destino. (Inclu- mento de veículos, exceto em locais proibidos pela sinalização e nas
ído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) situações em que a segurança ficar comprometida.
§ 6o O condutor somente iniciará uma viagem após o cumpri- § 4º (VETADO)
mento integral do intervalo de descanso previsto no § 3o deste arti- § 5º Nos trechos urbanos de vias rurais e nas obras de arte
go. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) a serem construídas, deverá ser previsto passeio destinado à cir-
culação dos pedestres, que não deverão, nessas condições, usar o
acostamento.
§ 6º Onde houver obstrução da calçada ou da passagem para
pedestres, o órgão ou entidade com circunscrição sobre a via de-
verá assegurar a devida sinalização e proteção para circulação de
pedestres.

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 69. Para cruzar a pista de rolamento o pedestre tomará § 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito deverão
precauções de segurança, levando em conta, principalmente, a visi- promover, dentro de sua estrutura organizacional ou mediante con-
bilidade, a distância e a velocidade dos veículos, utilizando sempre vênio, o funcionamento de Escolas Públicas de Trânsito, nos moldes
as faixas ou passagens a ele destinadas sempre que estas existirem e padrões estabelecidos pelo CONTRAN.
numa distância de até cinquenta metros dele, observadas as se- Art. 75. O CONTRAN estabelecerá, anualmente, os temas e os
guintes disposições: cronogramas das campanhas de âmbito nacional que deverão ser
I - onde não houver faixa ou passagem, o cruzamento da via promovidas por todos os órgãos ou entidades do Sistema Nacional
deverá ser feito em sentido perpendicular ao de seu eixo; de Trânsito, em especial nos períodos referentes às férias escolares,
II - para atravessar uma passagem sinalizada para pedestres ou feriados prolongados e à Semana Nacional de Trânsito.
delimitada por marcas sobre a pista: § 1º Os órgãos ou entidades do Sistema Nacional de Trânsito
a) onde houver foco de pedestres, obedecer às indicações das deverão promover outras campanhas no âmbito de sua circunscri-
luzes; ção e de acordo com as peculiaridades locais.
b) onde não houver foco de pedestres, aguardar que o semáfo- § 2º As campanhas de que trata este artigo são de caráter per-
ro ou o agente de trânsito interrompa o fluxo de veículos; manente, e os serviços de rádio e difusão sonora de sons e imagens
III - nas interseções e em suas proximidades, onde não existam explorados pelo poder público são obrigados a difundi-las gratuita-
faixas de travessia, os pedestres devem atravessar a via na continu- mente, com a freqüência recomendada pelos órgãos competentes
ação da calçada, observadas as seguintes normas: do Sistema Nacional de Trânsito.
a) não deverão adentrar na pista sem antes se certificar de que Art. 76. A educação para o trânsito será promovida na pré-es-
podem fazê-lo sem obstruir o trânsito de veículos; cola e nas escolas de 1º, 2º e 3º graus, por meio de planejamento
b) uma vez iniciada a travessia de uma pista, os pedestres não e ações coordenadas entre os órgãos e entidades do Sistema Na-
deverão aumentar o seu percurso, demorar-se ou parar sobre ela cional de Trânsito e de Educação, da União, dos Estados, do Distrito
sem necessidade. Federal e dos Municípios, nas respectivas áreas de atuação.
Art. 70. Os pedestres que estiverem atravessando a via sobre Parágrafo único. Para a finalidade prevista neste artigo, o Minis-
as faixas delimitadas para esse fim terão prioridade de passagem, tério da Educação e do Desporto, mediante proposta do CONTRAN
exceto nos locais com sinalização semafórica, onde deverão ser res- e do Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras, diretamen-
peitadas as disposições deste Código. te ou mediante convênio, promoverá:
Parágrafo único. Nos locais em que houver sinalização semafó- I - a adoção, em todos os níveis de ensino, de um currículo in-
rica de controle de passagem será dada preferência aos pedestres terdisciplinar com conteúdo programático sobre segurança de trân-
que não tenham concluído a travessia, mesmo em caso de mudança sito;
do semáforo liberando a passagem dos veículos. II - a adoção de conteúdos relativos à educação para o trânsito
Art. 71. O órgão ou entidade com circunscrição sobre a via nas escolas de formação para o magistério e o treinamento de pro-
manterá, obrigatoriamente, as faixas e passagens de pedestres em fessores e multiplicadores;
boas condições de visibilidade, higiene, segurança e sinalização. III - a criação de corpos técnicos interprofissionais para levanta-
mento e análise de dados estatísticos relativos ao trânsito;
CAPÍTULO V IV - a elaboração de planos de redução de acidentes de trânsito
DO CIDADÃO junto aos núcleos interdisciplinares universitários de trânsito, com
vistas à integração universidades-sociedade na área de trânsito.
Art. 72. Todo cidadão ou entidade civil tem o direito de soli- Art. 77. No âmbito da educação para o trânsito caberá ao Mi-
citar, por escrito, aos órgãos ou entidades do Sistema Nacional de nistério da Saúde, mediante proposta do CONTRAN, estabelecer
Trânsito, sinalização, fiscalização e implantação de equipamentos campanha nacional esclarecendo condutas a serem seguidas nos
de segurança, bem como sugerir alterações em normas, legislação primeiros socorros em caso de acidente de trânsito.
e outros assuntos pertinentes a este Código. Parágrafo único. As campanhas terão caráter permanente por
Art. 73. Os órgãos ou entidades pertencentes ao Sistema Na- intermédio do Sistema Único de Saúde - SUS, sendo intensificadas
cional de Trânsito têm o dever de analisar as solicitações e respon- nos períodos e na forma estabelecidos no art. 76.
der, por escrito, dentro de prazos mínimos, sobre a possibilidade ou Art. 77-A. São assegurados aos órgãos ou entidades compo-
não de atendimento, esclarecendo ou justificando a análise efetu- nentes do Sistema Nacional de Trânsito os mecanismos instituídos
ada, e, se pertinente, informando ao solicitante quando tal evento nos arts. 77-B a 77-E para a veiculação de mensagens educativas de
ocorrerá. trânsito em todo o território nacional, em caráter suplementar às
Parágrafo único. As campanhas de trânsito devem esclarecer campanhas previstas nos arts. 75 e 77. (Incluído pela Lei nº 12.006,
quais as atribuições dos órgãos e entidades pertencentes ao Siste- de 2009).
ma Nacional de Trânsito e como proceder a tais solicitações. Art. 77-B. Toda peça publicitária destinada à divulgação ou pro-
moção, nos meios de comunicação social, de produto oriundo da
CAPÍTULO VI indústria automobilística ou afim, incluirá, obrigatoriamente, men-
DA EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO sagem educativa de trânsito a ser conjuntamente veiculada. (Inclu-
ído pela Lei nº 12.006, de 2009).
Art. 74. A educação para o trânsito é direito de todos e consti- § 1o Para os efeitos dos arts. 77-A a 77-E, consideram-se pro-
tui dever prioritário para os componentes do Sistema Nacional de dutos oriundos da indústria automobilística ou afins: (Incluído pela
Trânsito. Lei nº 12.006, de 2009).
§ 1º É obrigatória a existência de coordenação educacional em I – os veículos rodoviários automotores de qualquer espécie,
cada órgão ou entidade componente do Sistema Nacional de Trân- incluídos os de passageiros e os de carga; (Incluído pela Lei nº
sito. 12.006, de 2009).
II – os componentes, as peças e os acessórios utilizados nos
veículos mencionados no inciso I. (Incluído pela Lei nº 12.006, de
2009).

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 2o O disposto no caput deste artigo aplica-se à propaganda CAPÍTULO VII


de natureza comercial, veiculada por iniciativa do fabricante do pro- DA SINALIZAÇÃO DE TRÂNSITO
duto, em qualquer das seguintes modalidades: (Incluído pela Lei nº
12.006, de 2009). Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via,
I – rádio; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). sinalização prevista neste Código e em legislação complementar,
II – televisão; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). destinada a condutores e pedestres, vedada a utilização de qual-
III – jornal; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). quer outra.
IV – revista; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). § 1º A sinalização será colocada em posição e condições que a
V – outdoor. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). tornem perfeitamente visível e legível durante o dia e a noite, em
§ 3o Para efeito do disposto no § 2o, equiparam-se ao fabri- distância compatível com a segurança do trânsito, conforme nor-
cante o montador, o encarroçador, o importador e o revendedor mas e especificações do CONTRAN.
autorizado dos veículos e demais produtos discriminados no § 1o § 2º O CONTRAN poderá autorizar, em caráter experimental e
deste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). por período prefixado, a utilização de sinalização não prevista neste
Art. 77-C. Quando se tratar de publicidade veiculada em out- Código.
door instalado à margem de rodovia, dentro ou fora da respectiva § 3º A responsabilidade pela instalação da sinalização nas vias
faixa de domínio, a obrigação prevista no art. 77-B estende-se à pro- internas pertencentes aos condomínios constituídos por unidades
paganda de qualquer tipo de produto e anunciante, inclusive àque- autônomas e nas vias e áreas de estacionamento de estabelecimen-
la de caráter institucional ou eleitoral. (Incluído pela Lei nº 12.006, tos privados de uso coletivo é de seu proprietário. (Incluído pela Lei
de 2009). nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 77-D. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) especifi- Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes,
cará o conteúdo e o padrão de apresentação das mensagens, bem publicidade, inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar
como os procedimentos envolvidos na respectiva veiculação, em confusão, interferir na visibilidade da sinalização e comprometer a
conformidade com as diretrizes fixadas para as campanhas educati- segurança do trânsito.
vas de trânsito a que se refere o art. 75. (Incluído pela Lei nº 12.006, Art. 82. É proibido afixar sobre a sinalização de trânsito e res-
de 2009). pectivos suportes, ou junto a ambos, qualquer tipo de publicidade,
Art. 77-E. A veiculação de publicidade feita em desacordo com inscrições, legendas e símbolos que não se relacionem com a men-
as condições fixadas nos arts. 77-A a 77-D constitui infração punível sagem da sinalização.
com as seguintes sanções: (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). Art. 83. A afixação de publicidade ou de quaisquer legendas
I – advertência por escrito; (Incluído pela Lei nº 12.006, de ou símbolos ao longo das vias condiciona-se à prévia aprovação do
2009). órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
II – suspensão, nos veículos de divulgação da publicidade, de Art. 84. O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição so-
qualquer outra propaganda do produto, pelo prazo de até 60 (ses- bre a via poderá retirar ou determinar a imediata retirada de qual-
senta) dias; (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). quer elemento que prejudique a visibilidade da sinalização viária
III - multa de R$ 1.627,00 (mil, seiscentos e vinte e sete reais) a e a segurança do trânsito, com ônus para quem o tenha colocado.
R$ 8.135,00 (oito mil, cento e trinta e cinco reais), cobrada do dobro Art. 85. Os locais destinados pelo órgão ou entidade de trânsito
até o quíntuplo em caso de reincidência. (Redação dada pela Lei nº com circunscrição sobre a via à travessia de pedestres deverão ser
13.281, de 2016) (Vigência) sinalizados com faixas pintadas ou demarcadas no leito da via.
§ 1o As sanções serão aplicadas isolada ou cumulativamente, Art. 86. Os locais destinados a postos de gasolina, oficinas, es-
conforme dispuser o regulamento. (Incluído pela Lei nº 12.006, de tacionamentos ou garagens de uso coletivo deverão ter suas entra-
2009). das e saídas devidamente identificadas, na forma regulamentada
§ 2o Sem prejuízo do disposto no caput deste artigo, qualquer pelo CONTRAN.
infração acarretará a imediata suspensão da veiculação da peça pu- Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de que
blicitária até que sejam cumpridas as exigências fixadas nos arts. trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com
77-A a 77-D. (Incluído pela Lei nº 12.006, de 2009). as respectivas placas indicativas de destinação e com placas infor-
Art. 78. Os Ministérios da Saúde, da Educação e do Desporto, mando os dados sobre a infração por estacionamento indevido. (In-
do Trabalho, dos Transportes e da Justiça, por intermédio do CON- cluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
TRAN, desenvolverão e implementarão programas destinados à Art. 87. Os sinais de trânsito classificam-se em:
prevenção de acidentes. I - verticais;
Parágrafo único. O percentual de dez por cento do total dos II - horizontais;
valores arrecadados destinados à Previdência Social, do Prêmio do III - dispositivos de sinalização auxiliar;
Seguro Obrigatório de Danos Pessoais causados por Veículos Auto- IV - luminosos;
motores de Via Terrestre - DPVAT, de que trata a Lei nº 6.194, de 19 V - sonoros;
de dezembro de 1974, serão repassados mensalmente ao Coorde- VI - gestos do agente de trânsito e do condutor.
nador do Sistema Nacional de Trânsito para aplicação exclusiva em Art. 88. Nenhuma via pavimentada poderá ser entregue após
programas de que trata este artigo. sua construção, ou reaberta ao trânsito após a realização de obras
Art. 79. Os órgãos e entidades executivos de trânsito poderão ou de manutenção, enquanto não estiver devidamente sinalizada,
firmar convênio com os órgãos de educação da União, dos Estados, vertical e horizontalmente, de forma a garantir as condições ade-
do Distrito Federal e dos Municípios, objetivando o cumprimento quadas de segurança na circulação.
das obrigações estabelecidas neste capítulo. Parágrafo único. Nas vias ou trechos de vias em obras deverá
ser afixada sinalização específica e adequada.
Art. 89. A sinalização terá a seguinte ordem de prevalência:
I - as ordens do agente de trânsito sobre as normas de circula-
ção e outros sinais;
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais;

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. CAPÍTULO IX


Art. 90. Não serão aplicadas as sanções previstas neste Código DOS VEÍCULOS
por inobservância à sinalização quando esta for insuficiente ou in-
correta. SEÇÃO I
§ 1º O órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre DISPOSIÇÕES GERAIS
a via é responsável pela implantação da sinalização, respondendo
pela sua falta, insuficiência ou incorreta colocação. Art. 96. Os veículos classificam-se em:
§ 2º O CONTRAN editará normas complementares no que se I - quanto à tração:
refere à interpretação, colocação e uso da sinalização. a) automotor;
b) elétrico;
CAPÍTULO VIII c) de propulsão humana;
DA ENGENHARIA DE TRÁFEGO, DA OPERAÇÃO, DA FISCALIZA- d) de tração animal;
ÇÃO E DO POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO e) reboque ou semi-reboque;
II - quanto à espécie:
Art. 91. O CONTRAN estabelecerá as normas e regulamentos a) de passageiros:
a serem adotados em todo o território nacional quando da imple- 1 - bicicleta;
mentação das soluções adotadas pela Engenharia de Tráfego, assim 2 - ciclomotor;
como padrões a serem praticados por todos os órgãos e entidades 3 - motoneta;
do Sistema Nacional de Trânsito.
4 - motocicleta;
Art. 92. (VETADO)
5 - triciclo;
Art. 93. Nenhum projeto de edificação que possa transformar-
6 - quadriciclo;
-se em pólo atrativo de trânsito poderá ser aprovado sem prévia
7 - automóvel;
anuência do órgão ou entidade com circunscrição sobre a via e sem
que do projeto conste área para estacionamento e indicação das 8 - microônibus;
vias de acesso adequadas. 9 - ônibus;
Art. 94. Qualquer obstáculo à livre circulação e à segurança de 10 - bonde;
veículos e pedestres, tanto na via quanto na calçada, caso não possa 11 - reboque ou semi-reboque;
ser retirado, deve ser devida e imediatamente sinalizado. 12 - charrete;
Parágrafo único. É proibida a utilização das ondulações trans- b) de carga:
versais e de sonorizadores como redutores de velocidade, salvo em 1 - motoneta;
casos especiais definidos pelo órgão ou entidade competente, nos 2 - motocicleta;
padrões e critérios estabelecidos pelo CONTRAN. 3 - triciclo;
Art. 95. Nenhuma obra ou evento que possa perturbar ou in- 4 - quadriciclo;
terromper a livre circulação de veículos e pedestres, ou colocar em 5 - caminhonete;
risco sua segurança, será iniciada sem permissão prévia do órgão ou 6 - caminhão;
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via. 7 - reboque ou semi-reboque;
§ 1º A obrigação de sinalizar é do responsável pela execução ou 8 - carroça;
manutenção da obra ou do evento. 9 - carro-de-mão;
§ 2º Salvo em casos de emergência, a autoridade de trânsito c) misto:
com circunscrição sobre a via avisará a comunidade, por intermédio 1 - camioneta;
dos meios de comunicação social, com quarenta e oito horas de 2 - utilitário;
antecedência, de qualquer interdição da via, indicando-se os cami- 3 - outros;
nhos alternativos a serem utilizados. d) de competição;
§ 3º O descumprimento do disposto neste artigo será punido e) de tração:
com multa de R$ 81,35 (oitenta e um reais e trinta e cinco centavos) 1 - caminhão-trator;
a R$ 488,10 (quatrocentos e oitenta e oito reais e dez centavos), in- 2 - trator de rodas;
dependentemente das cominações cíveis e penais cabíveis, além de 3 - trator de esteiras;
multa diária no mesmo valor até a regularização da situação, a par-
4 - trator misto;
tir do prazo final concedido pela autoridade de trânsito, levando-se
f) especial;
em consideração a dimensão da obra ou do evento e o prejuízo cau-
g) de coleção;
sado ao trânsito. (Redação pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
III - quanto à categoria:
§ 4º Ao servidor público responsável pela inobservância de
qualquer das normas previstas neste e nos arts. 93 e 94, a autorida- a) oficial;
de de trânsito aplicará multa diária na base de cinqüenta por cento b) de representação diplomática, de repartições consulares de
do dia de vencimento ou remuneração devida enquanto permane- carreira ou organismos internacionais acreditados junto ao Gover-
cer a irregularidade. no brasileiro;
c) particular;
d) de aluguel;
e) de aprendizagem.
Art. 97. As características dos veículos, suas especificações
básicas, configuração e condições essenciais para registro, licencia-
mento e circulação serão estabelecidas pelo CONTRAN, em função
de suas aplicações.

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 98. Nenhum proprietário ou responsável poderá, sem pré- SEÇÃO II


via autorização da autoridade competente, fazer ou ordenar que DA SEGURANÇA DOS VEÍCULOS
sejam feitas no veículo modificações de suas características de fá-
brica. Art. 103. O veículo só poderá transitar pela via quando aten-
Parágrafo único. Os veículos e motores novos ou usados que didos os requisitos e condições de segurança estabelecidos neste
sofrerem alterações ou conversões são obrigados a atender aos Código e em normas do CONTRAN.
mesmos limites e exigências de emissão de poluentes e ruído pre- § 1º Os fabricantes, os importadores, os montadores e os en-
vistos pelos órgãos ambientais competentes e pelo CONTRAN, ca- carroçadores de veículos deverão emitir certificado de segurança,
bendo à entidade executora das modificações e ao proprietário do indispensável ao cadastramento no RENAVAM, nas condições esta-
veículo a responsabilidade pelo cumprimento das exigências. belecidas pelo CONTRAN.
Art. 99. Somente poderá transitar pelas vias terrestres o veícu- § 2º O CONTRAN deverá especificar os procedimentos e a pe-
lo cujo peso e dimensões atenderem aos limites estabelecidos pelo riodicidade para que os fabricantes, os importadores, os montado-
CONTRAN. res e os encarroçadores comprovem o atendimento aos requisitos
§ 1º O excesso de peso será aferido por equipamento de pesa- de segurança veicular, devendo, para isso, manter disponíveis a
gem ou pela verificação de documento fiscal, na forma estabelecida qualquer tempo os resultados dos testes e ensaios dos sistemas e
pelo CONTRAN. componentes abrangidos pela legislação de segurança veicular.
§ 2º Será tolerado um percentual sobre os limites de peso bru- Art. 104. Os veículos em circulação terão suas condições de se-
to total e peso bruto transmitido por eixo de veículos à superfície gurança, de controle de emissão de gases poluentes e de ruído ava-
das vias, quando aferido por equipamento, na forma estabelecida liadas mediante inspeção, que será obrigatória, na forma e periodi-
pelo CONTRAN. cidade estabelecidas pelo CONTRAN para os itens de segurança e
§ 3º Os equipamentos fixos ou móveis utilizados na pesagem pelo CONAMA para emissão de gases poluentes e ruído.
de veículos serão aferidos de acordo com a metodologia e na perio- § 1º (VETADO)
dicidade estabelecidas pelo CONTRAN, ouvido o órgão ou entidade § 2º (VETADO)
de metrologia legal. § 3º (VETADO)
Art. 100. Nenhum veículo ou combinação de veículos poderá § 4º (VETADO)
transitar com lotação de passageiros, com peso bruto total, ou com § 5º Será aplicada a medida administrativa de retenção aos
peso bruto total combinado com peso por eixo, superior ao fixado veículos reprovados na inspeção de segurança e na de emissão de
pelo fabricante, nem ultrapassar a capacidade máxima de tração da gases poluentes e ruído.
unidade tratora. § 6º Estarão isentos da inspeção de que trata o caput, durante
§ 1º Os veículos de transporte coletivo de passageiros poderão 3 (três) anos a partir do primeiro licenciamento, os veículos novos
ser dotados de pneus extralargos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de classificados na categoria particular, com capacidade para até 7
2016) (Vigência) (sete) passageiros, desde que mantenham suas características ori-
§ 2º O Contran regulamentará o uso de pneus extralargos para ginais de fábrica e não se envolvam em acidente de trânsito com
os demais veículos. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) danos de média ou grande monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
§ 3º É permitida a fabricação de veículos de transporte de pas- 2016) (Vigência)
sageiros de até 15 m (quinze metros) de comprimento na configura- § 7º Para os demais veículos novos, o período de que trata o §
ção de chassi 8x2. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) 6º será de 2 (dois) anos, desde que mantenham suas características
Art. 101.Ao veículo ou à combinação de veículos utilizados no originais de fábrica e não se envolvam em acidente de trânsito com
transporte de carga que não se enquadre nos limites de peso e di- danos de média ou grande monta. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
mensões estabelecidos pelo Contran, poderá ser concedida, pela 2016) (Vigência)
autoridade com circunscrição sobre a via, autorização especial de Art. 105. São equipamentos obrigatórios dos veículos, entre
trânsito, com prazo certo, válida para cada viagem ou por período, outros a serem estabelecidos pelo CONTRAN:
atendidas as medidas de segurança consideradas necessárias, con- I - cinto de segurança, conforme regulamentação específica do
forme regulamentação do Contran CONTRAN, com exceção dos veículos destinados ao transporte de
§ 1º(VETADO). passageiros em percursos em que seja permitido viajar em pé;
§ 2º A autorização não exime o beneficiário da responsabilida- II - para os veículos de transporte e de condução escolar, os de
de por eventuais danos que o veículo ou a combinação de veículos transporte de passageiros com mais de dez lugares e os de carga
causar à via ou a terceiros. com peso bruto total superior a quatro mil, quinhentos e trinta e
§ 3º Aos guindastes autopropelidos ou sobre caminhões pode- seis quilogramas, equipamento registrador instantâneo inalterável
rá ser concedida, pela autoridade com circunscrição sobre a via, au- de velocidade e tempo;
torização especial de trânsito, com prazo de seis meses, atendidas III - encosto de cabeça, para todos os tipos de veículos automo-
as medidas de segurança consideradas necessárias. tores, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN;
Art. 102. O veículo de carga deverá estar devidamente equi- IV - (VETADO)
pado quando transitar, de modo a evitar o derramamento da carga V - dispositivo destinado ao controle de emissão de gases po-
sobre a via. luentes e de ruído, segundo normas estabelecidas pelo CONTRAN.
Parágrafo único. O CONTRAN fixará os requisitos mínimos e a VI - para as bicicletas, a campainha, sinalização noturna dian-
forma de proteção das cargas de que trata este artigo, de acordo teira, traseira, lateral e nos pedais, e espelho retrovisor do lado es-
com a sua natureza. querdo.
VII - equipamento suplementar de retenção - air bag frontal
para o condutor e o passageiro do banco dianteiro. (Incluído pela
Lei nº 11.910, de 2009)
VIII - luzes de rodagem diurna.
§ 1º O CONTRAN disciplinará o uso dos equipamentos obrigató-
rios dos veículos e determinará suas especificações técnicas.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 2º Nenhum veículo poderá transitar com equipamento ou Parágrafo único. É proibido o uso de inscrição de caráter publi-
acessório proibido, sendo o infrator sujeito às penalidades e medi- citário ou qualquer outra que possa desviar a atenção dos condu-
das administrativas previstas neste Código. tores em toda a extensão do pára-brisa e da traseira dos veículos,
§ 3º Os fabricantes, os importadores, os montadores, os en- salvo se não colocar em risco a segurança do trânsito.
carroçadores de veículos e os revendedores devem comercializar Art. 112. (Revogado pela Lei nº 9.792, de 1999)
os seus veículos com os equipamentos obrigatórios definidos neste Art. 113. Os importadores, as montadoras, as encarroçadoras
artigo, e com os demais estabelecidos pelo CONTRAN. e fabricantes de veículos e autopeças são responsáveis civil e crimi-
§ 4º O CONTRAN estabelecerá o prazo para o atendimento do nalmente por danos causados aos usuários, a terceiros, e ao meio
disposto neste artigo. ambiente, decorrentes de falhas oriundas de projetos e da qualida-
§ 5o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste artigo de dos materiais e equipamentos utilizados na sua fabricação.
será progressivamente incorporada aos novos projetos de automó-
veis e dos veículos deles derivados, fabricados, importados, monta- SEÇÃO III
dos ou encarroçados, a partir do 1o (primeiro) ano após a definição DA IDENTIFICAÇÃO DO VEÍCULO
pelo Contran das especificações técnicas pertinentes e do respecti-
vo cronograma de implantação e a partir do 5o (quinto) ano, após Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por ca-
esta definição, para os demais automóveis zero quilômetro de mo- racteres gravados no chassi ou no monobloco, reproduzidos em ou-
delos ou projetos já existentes e veículos deles derivados. (Incluído tras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
pela Lei nº 11.910, de 2009) § 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de
§ 6o A exigência estabelecida no inciso VII do caput deste artigo modo a identificar o veículo, seu fabricante e as suas características,
não se aplica aos veículos destinados à exportação. (Incluído pela além do ano de fabricação, que não poderá ser alterado.
Lei nº 11.910, de 2009) § 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia
Art. 106. No caso de fabricação artesanal ou de modificação autorização da autoridade executiva de trânsito e somente serão
de veículo ou, ainda, quando ocorrer substituição de equipamento processadas por estabelecimento por ela credenciado, mediante a
de segurança especificado pelo fabricante, será exigido, para licen- comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma identi-
ciamento e registro, certificado de segurança expedido por institui- ficação anterior, inclusive o ano de fabricação.
ção técnica credenciada por órgão ou entidade de metrologia legal, § 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da
conforme norma elaborada pelo CONTRAN. autoridade executiva de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, mo-
Parágrafo único. Quando se tratar de blindagem de veículo, não dificações da identificação de seu veículo.
será exigido qualquer outro documento ou autorização para o regis- Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio
tro ou o licenciamento.” (NR) de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura,
Art. 107. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte in- obedecidas as especificações e modelos estabelecidos pelo CON-
dividual ou coletivo de passageiros, deverão satisfazer, além das TRAN.
exigências previstas neste Código, às condições técnicas e aos re- § 1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada
quisitos de segurança, higiene e conforto estabelecidos pelo poder veículo e o acompanharão até a baixa do registro, sendo vedado seu
competente para autorizar, permitir ou conceder a exploração des- reaproveitamento.
sa atividade. § 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira Nacio-
Art. 108. Onde não houver linha regular de ônibus, a autorida- nal serão usadas somente pelos veículos de representação pessoal
de com circunscrição sobre a via poderá autorizar, a título precário, do Presidente e do Vice-Presidente da República, dos Presidentes
o transporte de passageiros em veículo de carga ou misto, desde do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do Presidente e dos
que obedecidas as condições de segurança estabelecidas neste Có- Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do
digo e pelo CONTRAN. Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República.
Parágrafo único. A autorização citada no caput não poderá § 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribu-
exceder a doze meses, prazo a partir do qual a autoridade pública nais Federais, dos Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais
responsável deverá implantar o serviço regular de transporte cole- e Municipais, dos Presidentes das Assembléias Legislativas, das
tivo de passageiros, em conformidade com a legislação pertinente Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais Estaduais e do
e com os dispositivos deste Código. (Incluído pela Lei nº 9.602, de Distrito Federal, e do respectivo chefe do Ministério Público e ainda
1998) dos Oficiais Generais das Forças Armadas terão placas especiais, de
Art. 109. O transporte de carga em veículos destinados ao acordo com os modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
transporte de passageiros só pode ser realizado de acordo com as § 4o Os aparelhos automotores destinados a puxar ou a arras-
normas estabelecidas pelo CONTRAN. tar maquinaria de qualquer natureza ou a executar trabalhos de
Art. 110. O veículo que tiver alterada qualquer de suas carac- construção ou de pavimentação são sujeitos ao registro na repar-
terísticas para competição ou finalidade análoga só poderá circular tição competente, se transitarem em via pública, dispensados o li-
nas vias públicas com licença especial da autoridade de trânsito, em cenciamento e o emplacamento. (Redação dada pela Lei nº 13.154,
itinerário e horário fixados. de 2015) (Vide)
Art. 111. É vedado, nas áreas envidraçadas do veículo: § 4o-A. Os tratores e demais aparelhos automotores destina-
I - (VETADO) dos a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou a executar tra-
II - o uso de cortinas, persianas fechadas ou similares nos veí- balhos agrícolas, desde que facultados a transitar em via pública,
culos em movimento, salvo nos que possuam espelhos retrovisores são sujeitos ao registro único, sem ônus, em cadastro específico do
em ambos os lados. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, acessível aos
III - aposição de inscrições, películas refletivas ou não, painéis componentes do Sistema Nacional de Trânsito. (Redação dada pela
decorativos ou pinturas, quando comprometer a segurança do veí- Lei nº 13.154, de 2015) (Vide)
culo, na forma de regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei § 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso
nº 9.602, de 1998) bélico.

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa § 1º Os órgãos executivos de trânsito dos Estados e do Distrito
dianteira. Federal somente registrarão veículos oficiais de propriedade da ad-
§ 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e ministração direta, da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos
fundamentada das respectivas corregedorias e com a devida comu- Municípios, de qualquer um dos poderes, com indicação expressa,
nicação aos órgãos de trânsito competentes, os veículos utilizados por pintura nas portas, do nome, sigla ou logotipo do órgão ou en-
por membros do Poder Judiciário e do Ministério Público que exer- tidade em cujo nome o veículo será registrado, excetuando-se os
çam competência ou atribuição criminal poderão temporariamen- veículos de representação e os previstos no art. 116.
te ter placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus § 2º O disposto neste artigo não se aplica ao veículo de uso
usuários específicos, na forma de regulamento a ser emitido, con- bélico.
juntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça - CNJ, pelo Conselho Art. 121.Registrado o veículo, expedir-se-á o Certificado de Re-
Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de gistro de Veículo (CRV), em meio físico e/ou digital, à escolha do
Trânsito - CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 12.694, de 2012) proprietário, de acordo com os modelos e com as especificações
§ 8o Os veículos artesanais utilizados para trabalho agrícola estabelecidos pelo Contran, com as características e as condições
(jericos), para efeito do registro de que trata o § 4o-A, ficam dispen- de invulnerabilidade à falsificação e à adulteração.” (NR)
sados da exigência prevista no art. 106. (Incluído pela Lei nº 13.154, Art. 122. Para a expedição do Certificado de Registro de Veículo
de 2015) o órgão executivo de trânsito consultará o cadastro do RENAVAM e
§ 9º As placas que possuírem tecnologia que permita a identifi- exigirá do proprietário os seguintes documentos:
cação do veículo ao qual estão atreladas são dispensadas da utiliza- I - nota fiscal fornecida pelo fabricante ou revendedor, ou docu-
ção do lacre previsto no caput, na forma a ser regulamentada pelo mento equivalente expedido por autoridade competente;
Contran. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - documento fornecido pelo Ministério das Relações Exterio-
Art. 116. Os veículos de propriedade da União, dos Estados e res, quando se tratar de veículo importado por membro de missões
do Distrito Federal, devidamente registrados e licenciados, somen- diplomáticas, de repartições consulares de carreira, de representa-
te quando estritamente usados em serviço reservado de caráter ções de organismos internacionais e de seus integrantes.
policial, poderão usar placas particulares, obedecidos os critérios Art. 123. Será obrigatória a expedição de novo Certificado de
e limites estabelecidos pela legislação que regulamenta o uso de Registro de Veículo quando:
I - for transferida a propriedade;
veículo oficial.
II - o proprietário mudar o Município de domicílio ou residên-
Art. 117. Os veículos de transporte de carga e os coletivos de
cia;
passageiros deverão conter, em local facilmente visível, a inscrição
III - for alterada qualquer característica do veículo;
indicativa de sua tara, do peso bruto total (PBT), do peso bruto total
IV - houver mudança de categoria.
combinado (PBTC) ou capacidade máxima de tração (CMT) e de sua
§ 1º No caso de transferência de propriedade, o prazo para o
lotação, vedado o uso em desacordo com sua classificação.
proprietário adotar as providências necessárias à efetivação da ex-
pedição do novo Certificado de Registro de Veículo é de trinta dias,
CAPÍTULO X
sendo que nos demais casos as providências deverão ser imediatas.
DOS VEÍCULOS EM CIRCULAÇÃO INTERNACIONAL § 2º No caso de transferência de domicílio ou residência no
mesmo Município, o proprietário comunicará o novo endereço num
Art. 118. A circulação de veículo no território nacional, inde- prazo de trinta dias e aguardará o novo licenciamento para alterar o
pendentemente de sua origem, em trânsito entre o Brasil e os paí- Certificado de Licenciamento Anual.
ses com os quais exista acordo ou tratado internacional, reger-se-á § 3º A expedição do novo certificado será comunicada ao órgão
pelas disposições deste Código, pelas convenções e acordos inter- executivo de trânsito que expediu o anterior e ao RENAVAM.
nacionais ratificados. Art. 124. Para a expedição do novo Certificado de Registro de
Art. 119. As repartições aduaneiras e os órgãos de controle de Veículo serão exigidos os seguintes documentos:
fronteira comunicarão diretamente ao RENAVAM a entrada e saída I - Certificado de Registro de Veículo anterior;
temporária ou definitiva de veículos. II - Certificado de Licenciamento Anual;
§ 1º Os veículos licenciados no exterior não poderão sair do III - comprovante de transferência de propriedade, quando for
território nacional sem o prévio pagamento ou o depósito, judicial o caso, conforme modelo e normas estabelecidas pelo CONTRAN;
ou administrativo, dos valores correspondentes às infrações de IV - Certificado de Segurança Veicular e de emissão de poluen-
trânsito cometidas e ao ressarcimento de danos que tiverem causa- tes e ruído, quando houver adaptação ou alteração de característi-
do ao patrimônio público ou de particulares, independentemente cas do veículo;
da fase do processo administrativo ou judicial envolvendo a ques- V - comprovante de procedência e justificativa da propriedade
tão. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) dos componentes e agregados adaptados ou montados no veículo,
§ 2º Os veículos que saírem do território nacional sem o cum- quando houver alteração das características originais de fábrica;
primento do disposto no § 1º e que posteriormente forem flagrados VI - autorização do Ministério das Relações Exteriores, no caso
tentando ingressar ou já em circulação no território nacional serão de veículo da categoria de missões diplomáticas, de repartições
retidos até a regularização da situação. (Incluído pela Lei nº 13. 281, consulares de carreira, de representações de organismos interna-
de 2016) (Vigência) cionais e de seus integrantes;
VII - certidão negativa de roubo ou furto de veículo, expedida
CAPÍTULO XI no Município do registro anterior, que poderá ser substituída por
DO REGISTRO DE VEÍCULOS informação do RENAVAM;
VIII - comprovante de quitação de débitos relativos a tributos,
Art. 120. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque encargos e multas de trânsito vinculados ao veículo, independente-
ou semi-reboque, deve ser registrado perante o órgão executivo de mente da responsabilidade pelas infrações cometidas; (Vide ADIN
trânsito do Estado ou do Distrito Federal, no Município de domicílio 2998)
ou residência de seu proprietário, na forma da lei. IX - (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

X - comprovante relativo ao cumprimento do disposto no art. § 1º O disposto neste artigo não se aplica a veículo de uso bé-
98, quando houver alteração nas características originais do veículo lico.
que afetem a emissão de poluentes e ruído; § 2º No caso de transferência de residência ou domicílio, é váli-
XI - comprovante de aprovação de inspeção veicular e de po- do, durante o exercício, o licenciamento de origem.
luentes e ruído, quando for o caso, conforme regulamentações do Art. 131.O Certificado de Licenciamento Anual será expedido
CONTRAN e do CONAMA. ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado de Registro de Veícu-
Parágrafo único. O disposto no inciso VIII do caput deste artigo lo, em meio físico e/ou digital, à escolha do proprietário, de acordo
não se aplica à regularização de bens apreendidos ou confiscados com o modelo e com as especificações estabelecidos pelo Contran.
na forma da Lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006. (Incluído pela § 1º O primeiro licenciamento será feito simultaneamente ao
Lei nº 13.886, de 2019) registro.
Art. 125. As informações sobre o chassi, o monobloco, os agre- § 2º O veículo somente será considerado licenciado estando
gados e as características originais do veículo deverão ser prestadas quitados os débitos relativos a tributos, encargos e multas de trân-
ao RENAVAM: sito e ambientais, vinculados ao veículo, independentemente da
I - pelo fabricante ou montadora, antes da comercialização, no responsabilidade pelas infrações cometidas. (Vide ADIN 2998)
caso de veículo nacional; § 3º Ao licenciar o veículo, o proprietário deverá comprovar
II - pelo órgão alfandegário, no caso de veículo importado por sua aprovação nas inspeções de segurança veicular e de controle
pessoa física; de emissões de gases poluentes e de ruído, conforme disposto no
III - pelo importador, no caso de veículo importado por pessoa art. 104.
jurídica. § 4ºAs informações referentes às campanhas de chamamento
Parágrafo único. As informações recebidas pelo RENAVAM de consumidores para substituição ou reparo de veículos não aten-
serão repassadas ao órgão executivo de trânsito responsável pelo didas no prazo de 1 (um) ano, contado da data de sua comunicação,
registro, devendo este comunicar ao RENAVAM, tão logo seja o ve- deverão constar do Certificado de Licenciamento Anual.
ículo registrado. § 5ºApós a inclusão das informações de que trata o § 4º deste
Art. 126. O proprietário de veículo irrecuperável, ou destinado artigo no Certificado de Licenciamento Anual, o veículo somente
à desmontagem, deverá requerer a baixa do registro, no prazo e será licenciado mediante comprovação do atendimento às campa-
forma estabelecidos pelo Contran, vedada a remontagem do veí- nhas de chamamento de consumidores para substituição ou reparo
culo sobre o mesmo chassi de forma a manter o registro anterior. de veículos.” (NR)
(Redação dada pela Lei nº 12.977, de 2014) (Vigência) Art. 132. Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento
Parágrafo único. A obrigação de que trata este artigo é da com- e terão sua circulação regulada pelo CONTRAN durante o trajeto
panhia seguradora ou do adquirente do veículo destinado à des- entre a fábrica e o Município de destino.
montagem, quando estes sucederem ao proprietário. § 1o O disposto neste artigo aplica-se, igualmente, aos veícu-
Art. 127. O órgão executivo de trânsito competente só efetuará los importados, durante o trajeto entre a alfândega ou entreposto
a baixa do registro após prévia consulta ao cadastro do RENAVAM. alfandegário e o Município de destino. (Renumerado do parágrafo
Parágrafo único. Efetuada a baixa do registro, deverá ser esta único pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
comunicada, de imediato, ao RENAVAM. § 2o (Revogado pela Lei nº 13.154, de 2015)
Art. 128. Não será expedido novo Certificado de Registro de Art. 133. É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento
Veículo enquanto houver débitos fiscais e de multas de trânsito e Anual.
ambientais, vinculadas ao veículo, independentemente da respon- Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momen-
sabilidade pelas infrações cometidas. (Vide ADIN 2998) to da fiscalização, for possível ter acesso ao devido sistema informa-
Art. 129. O registro e o licenciamento dos veículos de propul- tizado para verificar se o veículo está licenciado. (Incluído pela Lei
são humana e dos veículos de tração animal obedecerão à regu- nº 13. 281, de 2016) (Vigência)
lamentação estabelecida em legislação municipal do domicílio ou Art. 134.No caso de transferência de propriedade, expirado o
residência de seus proprietários. (Redação dada pela Lei nº 13.154, prazo previsto no § 1º do art. 123 deste Código sem que o novo
de 2015) proprietário tenha tomado as providências necessárias à efetivação
Art. 129-A. O registro dos tratores e demais aparelhos auto- da expedição do novo Certificado de Registro de Veículo, o antigo
motores destinados a puxar ou a arrastar maquinaria agrícola ou proprietário deverá encaminhar ao órgão executivo de trânsito do
a executar trabalhos agrícolas será efetuado, sem ônus, pelo Mi- Estado ou do Distrito Federal, no prazo de 60 (sessenta) dias, cópia
nistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, diretamente ou autenticada do comprovante de transferência de propriedade, devi-
mediante convênio. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) damente assinado e datado, sob pena de ter que se responsabilizar
Art. 129-B.O registro de contratos de garantias de alienação solidariamente pelas penalidades impostas e suas reincidências até
fiduciária em operações financeiras, consórcio, arrendamento mer- a data da comunicação.
cantil, reserva de domínio ou penhor será realizado nos órgãos ou Parágrafo único. O comprovante de transferência de proprie-
entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, dade de que trata o caput deste artigo poderá ser substituído por
em observância ao disposto no § 1º do art. 1.361 da Lei nº 10.406, documento eletrônico com assinatura eletrônica válida, na forma
de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , e na Lei nº 13.709, de 14 de regulamentada pelo Contran.” (NR)
agosto de 2018 (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais) Art. 134-A.O Contran especificará as bicicletas motorizadas e
equiparados não sujeitos ao registro, ao licenciamento e ao empla-
CAPÍTULO XII camento para circulação nas vias.
DO LICENCIAMENTO Art. 135. Os veículos de aluguel, destinados ao transporte indi-
vidual ou coletivo de passageiros de linhas regulares ou emprega-
Art. 130. Todo veículo automotor, elétrico, articulado, reboque dos em qualquer serviço remunerado, para registro, licenciamento
ou semi-reboque, para transitar na via, deverá ser licenciado anu- e respectivo emplacamento de característica comercial, deverão
almente pelo órgão executivo de trânsito do Estado, ou do Distrito estar devidamente autorizados pelo poder público concedente.
Federal, onde estiver registrado o veículo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

CAPÍTULO XIII § 2o É proibido o transporte de combustíveis, produtos infla-


DA CONDUÇÃO DE ESCOLARES máveis ou tóxicos e de galões nos veículos de que trata este artigo,
com exceção do gás de cozinha e de galões contendo água mineral,
Art. 136. Os veículos especialmente destinados à condução desde que com o auxílio de side-car, nos termos de regulamentação
coletiva de escolares somente poderão circular nas vias com auto- do Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
rização emitida pelo órgão ou entidade executivos de trânsito dos Art. 139-B. O disposto neste Capítulo não exclui a competência
Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, para tanto: municipal ou estadual de aplicar as exigências previstas em seus
I - registro como veículo de passageiros; regulamentos para as atividades de moto-frete no âmbito de suas
II - inspeção semestral para verificação dos equipamentos obri- circunscrições. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)
gatórios e de segurança;
III - pintura de faixa horizontal na cor amarela, com quaren- CAPÍTULO XIV
ta centímetros de largura, à meia altura, em toda a extensão das DA HABILITAÇÃO
partes laterais e traseira da carroçaria, com o dístico ESCOLAR, em
preto, sendo que, em caso de veículo de carroçaria pintada na cor Art. 140. A habilitação para conduzir veículo automotor e elé-
amarela, as cores aqui indicadas devem ser invertidas; trico será apurada por meio de exames que deverão ser realizados
IV - equipamento registrador instantâneo inalterável de veloci- junto ao órgão ou entidade executivos do Estado ou do Distrito Fe-
dade e tempo; deral, do domicílio ou residência do candidato, ou na sede estadu-
V - lanternas de luz branca, fosca ou amarela dispostas nas ex- al ou distrital do próprio órgão, devendo o condutor preencher os
tremidades da parte superior dianteira e lanternas de luz vermelha seguintes requisitos:
dispostas na extremidade superior da parte traseira; I - ser penalmente imputável;
VI - cintos de segurança em número igual à lotação; II - saber ler e escrever;
VII - outros requisitos e equipamentos obrigatórios estabeleci- III - possuir Carteira de Identidade ou equivalente.
dos pelo CONTRAN. Parágrafo único. As informações do candidato à habilitação se-
Art. 137. A autorização a que se refere o artigo anterior deverá rão cadastradas no RENACH.
ser afixada na parte interna do veículo, em local visível, com inscri- Art. 141. O processo de habilitação, as normas relativas à
ção da lotação permitida, sendo vedada a condução de escolares aprendizagem para conduzir veículos automotores e elétricos e à
em número superior à capacidade estabelecida pelo fabricante. autorização para conduzir ciclomotores serão regulamentados pelo
Art. 138. O condutor de veículo destinado à condução de esco- CONTRAN.
lares deve satisfazer os seguintes requisitos: § 1º A autorização para conduzir veículos de propulsão humana
I - ter idade superior a vinte e um anos; e de tração animal ficará a cargo dos Municípios.
II - ser habilitado na categoria D; § 2º (VETADO)
III - (VETADO)
Art. 142. O reconhecimento de habilitação obtida em outro
IV - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos 12
país está subordinado às condições estabelecidas em convenções e
(doze) últimos meses;
acordos internacionais e às normas do CONTRAN.
V - ser aprovado em curso especializado, nos termos da regula-
Art. 143. Os candidatos poderão habilitar-se nas categorias de
mentação do CONTRAN.
A a E, obedecida a seguinte gradação:
Art. 139. O disposto neste Capítulo não exclui a competência
I - Categoria A - condutor de veículo motorizado de duas ou três
municipal de aplicar as exigências previstas em seus regulamentos,
rodas, com ou sem carro lateral;
para o transporte de escolares.
II - Categoria B - condutor de veículo motorizado, não abrangi-
CAPÍTULO XIII-A do pela categoria A, cujo peso bruto total não exceda a três mil e
DA CONDUÇÃO DE MOTO-FRETE quinhentos quilogramas e cuja lotação não exceda a oito lugares,
(INCLUÍDO PELA LEI Nº 12.009, DE 2009) excluído o do motorista;
III - Categoria C - condutor de veículo motorizado utilizado em
Art. 139-A. As motocicletas e motonetas destinadas ao trans- transporte de carga, cujo peso bruto total exceda a três mil e qui-
porte remunerado de mercadorias – moto-frete – somente poderão nhentos quilogramas;
circular nas vias com autorização emitida pelo órgão ou entidade IV - Categoria D - condutor de veículo motorizado utilizado no
executivo de trânsito dos Estados e do Distrito Federal, exigindo-se, transporte de passageiros, cuja lotação exceda a oito lugares, exclu-
para tanto: (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) ído o do motorista;
I – registro como veículo da categoria de aluguel; (Incluído pela V - Categoria E - condutor de combinação de veículos em que
Lei nº 12.009, de 2009) a unidade tratora se enquadre nas categorias B, C ou D e cuja uni-
II – instalação de protetor de motor mata-cachorro, fixado no dade acoplada, reboque, semirreboque, trailer ou articulada tenha
chassi do veículo, destinado a proteger o motor e a perna do con- 6.000 kg (seis mil quilogramas) ou mais de peso bruto total, ou cuja
dutor em caso de tombamento, nos termos de regulamentação lotação exceda a 8 (oito) lugares. (Redação dada pela Lei nº 12.452,
do Conselho Nacional de Trânsito – Contran; (Incluído pela Lei nº de 2011)
12.009, de 2009) § 1º Para habilitar-se na categoria C, o condutor deverá estar
III – instalação de aparador de linha antena corta-pipas, nos habilitado no mínimo há um ano na categoria B e não ter cometido
termos de regulamentação do Contran; (Incluído pela Lei nº 12.009, nenhuma infração grave ou gravíssima, ou ser reincidente em infra-
de 2009) ções médias, durante os últimos doze meses.
IV – inspeção semestral para verificação dos equipamentos § 2o São os condutores da categoria B autorizados a conduzir
obrigatórios e de segurança. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) veículo automotor da espécie motor-casa, definida nos termos do
§ 1o A instalação ou incorporação de dispositivos para trans- Anexo I deste Código, cujo peso não exceda a 6.000 kg (seis mil qui-
porte de cargas deve estar de acordo com a regulamentação do logramas), ou cuja lotação não exceda a 8 (oito) lugares, excluído o
Contran. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) do motorista. (Incluído pela Lei nº 12.452, de 2011)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 3º Aplica-se o disposto no inciso V ao condutor da combina- III - a cada 3 (três) anos, para condutores com idade igual ou
ção de veículos com mais de uma unidade tracionada, independen- superior a 70 (setenta) anos.
temente da capacidade de tração ou do peso bruto total. (Renume- § 3o O exame previsto no § 2o incluirá avaliação psicológica
rado pela Lei nº 12.452, de 2011) preliminar e complementar sempre que a ele se submeter o condu-
Art. 144. O trator de roda, o trator de esteira, o trator misto ou tor que exerce atividade remunerada ao veículo, incluindo-se esta
o equipamento automotor destinado à movimentação de cargas ou avaliação para os demais candidatos apenas no exame referente à
execução de trabalho agrícola, de terraplenagem, de construção ou primeira habilitação. (Redação dada pela Lei nº 10.350, de 2001)
de pavimentação só podem ser conduzidos na via pública por con- § 4ºQuando houver indícios de deficiência física ou mental,
dutor habilitado nas categorias C, D ou E. ou de progressividade de doença que possa diminuir a capacidade
Parágrafo único. O trator de roda e os equipamentos automo- para conduzir o veículo, os prazos previstos nos incisos I, II e III do
tores destinados a executar trabalhos agrícolas poderão ser condu- § 2º deste artigo poderão ser diminuídos por proposta do perito
zidos em via pública também por condutor habilitado na categoria examinador.
B. (Redação dada pela Lei nº 13.097, de 2015) § 5o O condutor que exerce atividade remunerada ao veículo
Art. 145. Para habilitar-se nas categorias D e E ou para condu- terá essa informação incluída na sua Carteira Nacional de Habili-
zir veículo de transporte coletivo de passageiros, de escolares, de tação, conforme especificações do Conselho Nacional de Trânsito
emergência ou de produto perigoso, o candidato deverá preencher – Contran. (Incluído pela Lei nº 10.350, de 2001)
os seguintes requisitos: § 6ºOs exames de aptidão física e mental e a avaliação psico-
I - ser maior de vinte e um anos; lógica deverão ser analisados objetivamente pelos examinados,
II - estar habilitado: limitados aos aspectos técnicos dos procedimentos realizados,
a) no mínimo há dois anos na categoria B, ou no mínimo há um conforme regulamentação do Contran, e subsidiarão a fiscalização
ano na categoria C, quando pretender habilitar-se na categoria D; e prevista no § 7º deste artigo.
b) no mínimo há um ano na categoria C, quando pretender ha- § 7ºOs órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados
bilitar-se na categoria E; e do Distrito Federal, com a colaboração dos conselhos profissionais
III - não ter cometido mais de uma infração gravíssima nos últi- de medicina e psicologia, deverão fiscalizar as entidades e os profis-
mos 12 (doze) meses; sionais responsáveis pelos exames de aptidão física e mental e pela
IV - ser aprovado em curso especializado e em curso de trei- avaliação psicológica no mínimo 1 (uma) vez por ano.” (NR)
namento de prática veicular em situação de risco, nos termos da Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é assegurada
normatização do CONTRAN. acessibilidade de comunicação, mediante emprego de tecnologias
Parágrafo único. A participação em curso especializado previsto assistivas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do processo de
no inciso IV independe da observância do disposto no inciso III. (In- habilitação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
cluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) § 1o O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas
§ 2o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147 desta Lei
Art. 145-A. Além do disposto no art. 145, para conduzir ambu- deve ser acessível, por meio de subtitulação com legenda oculta
lâncias, o candidato deverá comprovar treinamento especializado e associada à tradução simultânea em Libras. (Incluído pela Lei nº
reciclagem em cursos específicos a cada 5 (cinco) anos, nos termos 13.146, de 2015) (Vigência)
da normatização do Contran. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) § 2o É assegurado também ao candidato com deficiência audi-
Art. 146. Para conduzir veículos de outra categoria o condutor tiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de intérprete da
deverá realizar exames complementares exigidos para habilitação Libras, para acompanhamento em aulas práticas e teóricas. (Incluí-
na categoria pretendida. do pela Lei nº 13.146, de 2015) (Vigência)
Art. 147.O candidato à habilitação deverá submeter-se a exa- Art. 148. Os exames de habilitação, exceto os de direção veicu-
mes realizados pelo órgão executivo de trânsito, na ordem descri- lar, poderão ser aplicados por entidades públicas ou privadas cre-
ta a seguir, e os exames de aptidão física e mental e a avaliação denciadas pelo órgão executivo de trânsito dos Estados e do Distrito
psicológica deverão ser realizados por médicos e psicólogos peritos Federal, de acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN.
examinadores, respectivamente, com titulação de especialista em § 1º A formação de condutores deverá incluir, obrigatoriamen-
medicina do tráfego e em psicologia do trânsito, conferida pelo res- te, curso de direção defensiva e de conceitos básicos de proteção ao
pectivo conselho profissional, conforme regulamentação do Con- meio ambiente relacionados com o trânsito.
tran:“(Parte promulgada pelo Congresso Nacional) § 2º Ao candidato aprovado será conferida Permissão para Diri-
I - de aptidão física e mental; gir, com validade de um ano.
II - (VETADO) § 3º A Carteira Nacional de Habilitação será conferida ao con-
III - escrito, sobre legislação de trânsito; dutor no término de um ano, desde que o mesmo não tenha co-
IV - de noções de primeiros socorros, conforme regulamenta- metido nenhuma infração de natureza grave ou gravíssima ou seja
ção do CONTRAN; reincidente em infração média.
V - de direção veicular, realizado na via pública, em veículo da § 4º A não obtenção da Carteira Nacional de Habilitação, tendo
categoria para a qual estiver habilitando-se. em vista a incapacidade de atendimento do disposto no parágrafo
§ 1º Os resultados dos exames e a identificação dos respectivos anterior, obriga o candidato a reiniciar todo o processo de habilita-
examinadores serão registrados no RENACH. (Renumerado do pará- ção.
grafo único, pela Lei nº 9.602, de 1998) § 5º O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN poderá dis-
§ 2ºO exame de aptidão física e mental, a ser realizado no local pensar os tripulantes de aeronaves que apresentarem o cartão de
de residência ou domicílio do examinado, será preliminar e renová- saúde expedido pelas Forças Armadas ou pelo Departamento de
vel com a seguinte periodicidade: Aeronáutica Civil, respectivamente, da prestação do exame de apti-
I - a cada 10 (dez) anos, para condutores com idade inferior a dão física e mental. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
50 (cinquenta) anos; Art. 148-A.Os condutores das categorias C, D e E deverão com-
II - a cada 5 (cinco) anos, para condutores com idade igual ou provar resultado negativo em exame toxicológico para a obtenção e
superior a 50 (cinquenta) anos e inferior a 70 (setenta) anos; a renovação da Carteira Nacional de Habilitação.

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 1o O exame de que trata este artigo buscará aferir o consumo submetido com aprovação naquele curso, desde que neles sejam
de substâncias psicoativas que, comprovadamente, comprometam observadas as normas estabelecidas pelo Contran. (Redação dada
a capacidade de direção e deverá ter janela de detecção mínima pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
de 90 (noventa) dias, nos termos das normas do Contran. (Incluído § 3º O militar, o policial ou o bombeiro militar interessado na
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) dispensa de que trata o § 2º instruirá seu requerimento com ofício
§ 2ºAlém da realização do exame previsto no caput deste ar- do comandante, chefe ou diretor da unidade administrativa onde
tigo, os condutores das categorias C, D e E com idade inferior a 70 prestar serviço, do qual constarão o número do registro de identi-
(setenta) anos serão submetidos a novo exame a cada período de 2 ficação, naturalidade, nome, filiação, idade e categoria em que se
(dois) anos e 6 (seis) meses, a partir da obtenção ou renovação da habilitou a conduzir, acompanhado de cópia das atas dos exames
Carteira Nacional de Habilitação, independentemente da validade prestados. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
dos demais exames de que trata o inciso I do caput do art. 147 deste § 4º (VETADO)
Código. Art. 153. O candidato habilitado terá em seu prontuário a iden-
§ 3º(Revogado). tificação de seus instrutores e examinadores, que serão passíveis
§ 4ºÉ garantido o direito de contraprova e de recurso adminis- de punição conforme regulamentação a ser estabelecida pelo CON-
trativo, sem efeito suspensivo, no caso de resultado positivo para os TRAN.
exames de que trata este artigo, nos termos das normas do Contran. Parágrafo único. As penalidades aplicadas aos instrutores e
§ 5ºO resultado positivo no exame previsto no § 2º deste artigo examinadores serão de advertência, suspensão e cancelamento da
acarretará a suspensão do direito de dirigir pelo período de 3 (três) autorização para o exercício da atividade, conforme a falta come-
meses, condicionado o levantamento da suspensão à inclusão, no tida.
Renach, de resultado negativo em novo exame, e vedada a aplica- Art. 154. Os veículos destinados à formação de condutores se-
ção de outras penalidades, ainda que acessórias. rão identificados por uma faixa amarela, de vinte centímetros de
§ 6o O resultado do exame somente será divulgado para o inte- largura, pintada ao longo da carroçaria, à meia altura, com a inscri-
ressado e não poderá ser utilizado para fins estranhos ao disposto ção AUTO-ESCOLA na cor preta.
neste artigo ou no § 6o do art. 168 da Consolidação das Leis do Parágrafo único. No veículo eventualmente utilizado para
Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio aprendizagem, quando autorizado para servir a esse fim, deverá
de 1943. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) ser afixada ao longo de sua carroçaria, à meia altura, faixa branca
§ 7o O exame será realizado, em regime de livre concorrência, removível, de vinte centímetros de largura, com a inscrição AUTO-
pelos laboratórios credenciados pelo Departamento Nacional de -ESCOLA na cor preta.
Trânsito - DENATRAN, nos termos das normas do Contran, vedado Art. 155. A formação de condutor de veículo automotor e elé-
aos entes públicos: (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) trico será realizada por instrutor autorizado pelo órgão executivo
I - fixar preços para os exames; (Incluído pela Lei nº 13.103, de de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, pertencente ou não
2015) (Vigência) à entidade credenciada.
II - limitar o número de empresas ou o número de locais em Parágrafo único. Ao aprendiz será expedida autorização para
que a atividade pode ser exercida; e (Incluído pela Lei nº 13.103, de aprendizagem, de acordo com a regulamentação do CONTRAN,
2015) (Vigência) após aprovação nos exames de aptidão física, mental, de primeiros
III - estabelecer regras de exclusividade territorial. (Incluído socorros e sobre legislação de trânsito. (Incluído pela Lei nº 9.602,
pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência) de 1998)
Art. 149. (VETADO) Art. 156. O CONTRAN regulamentará o credenciamento para
prestação de serviço pelas auto-escolas e outras entidades desti-
Art. 150. Ao renovar os exames previstos no artigo anterior,
nadas à formação de condutores e às exigências necessárias para o
o condutor que não tenha curso de direção defensiva e primeiros
exercício das atividades de instrutor e examinador.
socorros deverá a eles ser submetido, conforme normatização do
Art. 157. (VETADO)
CONTRAN.
Art. 158. A aprendizagem só poderá realizar-se: (Vide Lei nº
Parágrafo único. A empresa que utiliza condutores contratados
12.217, de 2010) Vigência
para operar a sua frota de veículos é obrigada a fornecer curso de
I - nos termos, horários e locais estabelecidos pelo órgão exe-
direção defensiva, primeiros socorros e outros conforme normati-
cutivo de trânsito;
zação do CONTRAN.
II - acompanhado o aprendiz por instrutor autorizado.
Art. 151. No caso de reprovação no exame escrito sobre legis-
§ 1º Além do aprendiz e do instrutor, o veículo utilizado na
lação de trânsito ou de direção veicular, o candidato só poderá re- aprendizagem poderá conduzir apenas mais um acompanhante.
petir o exame depois de decorridos quinze dias da divulgação do (Renumerado do parágrafo único pela Lei nº 12.217, de 2010).
resultado. § 2o Parte da aprendizagem será obrigatoriamente realizada
Art. 152. O exame de direção veicular será realizado perante durante a noite, cabendo ao CONTRAN fixar-lhe a carga horária mí-
comissão integrada por 3 (três) membros designados pelo dirigen- nima correspondente. (Incluído pela Lei nº 12.217, de 2010).
te do órgão executivo local de trânsito. (Redação dada pela Lei nº Art. 159.A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio
13.281, de 2016) (Vigência) físico e/ou digital, à escolha do condutor, em modelo único e de
§ 1º Na comissão de exame de direção veicular, pelo menos acordo com as especificações do Contran, atendidos os pré-requi-
um membro deverá ser habilitado na categoria igual ou superior à sitos estabelecidos neste Código, conterá fotografia, identificação e
pretendida pelo candidato. número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) do con-
§ 2º Os militares das Forças Armadas e os policiais e bombei- dutor, terá fé pública e equivalerá a documento de identidade em
ros dos órgãos de segurança pública da União, dos Estados e do todo o território nacional.
Distrito Federal que possuírem curso de formação de condutor mi- § 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Car-
nistrado em suas corporações serão dispensados, para a concessão teira Nacional de Habilitação quando o condutor estiver à direção
do documento de habilitação, dos exames aos quais se houverem do veículo.

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 1º-AO porte do documento de habilitação será dispensado Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
quando, no momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sis- 2016) (Vigência)
tema informatizado para verificar se o condutor está habilitado. Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº
§ 2º (VETADO) 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
será regulamentada pelo CONTRAN. tação e retenção do veículo até a apresentação de condutor habili-
§ 4º (VETADO) tado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Di- III - com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para
rigir somente terão validade para a condução de veículo quando Dirigir de categoria diferente da do veículo que esteja conduzindo:
apresentada em original. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação expe- Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
dida e a da autoridade expedidora serão registradas no RENACH. 2016) (Vigência)
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro no RE- Penalidade - multa (duas vezes); (Redação dada pela Lei nº
NACH, agregando-se neste todas as informações. 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de Habili- Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta-
tação ou a emissão de uma nova via somente será realizada após ção de condutor habilitado; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de
quitação de débitos constantes do prontuário do condutor. 2016) (Vigência)
§ 9º (VETADO) IV - (VETADO)
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condi- V - com validade da Carteira Nacional de Habilitação vencida há
cionada ao prazo de vigência do exame de aptidão física e mental. mais de trinta dias:
(Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998) Infração - gravíssima;
§ 11. (Revogado). Penalidade - multa;
§ 12.Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Estados Medida administrativa - recolhimento da Carteira Nacional de
e do Distrito Federal enviarão por meio eletrônico, com 30 (trinta) Habilitação e retenção do veículo até a apresentação de condutor
dias de antecedência, aviso de vencimento da validade da Carteira habilitado;
Nacional de Habilitação a todos os condutores cadastrados no Re- VI - sem usar lentes corretoras de visão, aparelho auxiliar de
nach com endereço na respectiva unidade da Federação.” (NR) audição, de prótese física ou as adaptações do veículo impostas por
Art. 160. O condutor condenado por delito de trânsito deverá ocasião da concessão ou da renovação da licença para conduzir:
ser submetido a novos exames para que possa voltar a dirigir, de
Infração - gravíssima;
acordo com as normas estabelecidas pelo CONTRAN, independen-
Penalidade - multa;
temente do reconhecimento da prescrição, em face da pena con-
Medida administrativa - retenção do veículo até o saneamento
cretizada na sentença.
da irregularidade ou apresentação de condutor habilitado.
§ 1º Em caso de acidente grave, o condutor nele envolvido
Art. 163. Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições
poderá ser submetido aos exames exigidos neste artigo, a juízo da
previstas no artigo anterior:
autoridade executiva estadual de trânsito, assegurada ampla defesa
Infração - as mesmas previstas no artigo anterior;
ao condutor.
Penalidade - as mesmas previstas no artigo anterior;
§ 2º No caso do parágrafo anterior, a autoridade executiva esta-
dual de trânsito poderá apreender o documento de habilitação do Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do artigo
condutor até a sua aprovação nos exames realizados. anterior.
Art. 164. Permitir que pessoa nas condições referidas nos inci-
CAPÍTULO XV sos do art. 162 tome posse do veículo automotor e passe a condu-
DAS INFRAÇÕES zi-lo na via:
Infração - as mesmas previstas nos incisos do art. 162;
Art. 161.Constitui infração de trânsito a inobservância de qual- Penalidade - as mesmas previstas no art. 162;
quer preceito deste Código ou da legislação complementar, e o Medida administrativa - a mesma prevista no inciso III do art.
infrator sujeita-se às penalidades e às medidas administrativas in- 162.
dicadas em cada artigo deste Capítulo e às punições previstas no Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra
Capítulo XIX deste Código substância psicoativa que determine dependência: (Redação dada
Parágrafo único. (Revogado).” (NR) pela Lei nº 11.705, de 2008)
Art. 162. Dirigir veículo: Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 11.705, de
I - sem possuir Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para 2008)
Dirigir ou Autorização para Conduzir Ciclomotor: (Redação dada Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) por 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.281, de Medida administrativa - recolhimento do documento de habi-
2016) (Vigência) litação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4o do art.
Penalidade - multa (três vezes); (Redação dada pela Lei nº 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do Código de
13.281, de 2016) (Vigência) Trânsito Brasileiro. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta- Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput
ção de condutor habilitado; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses. (Reda-
(Vigência) ção dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
II - com Carteira Nacional de Habilitação, Permissão para Dirigir Art. 165-A. Recusar-se a ser submetido a teste, exame clínico,
ou Autorização para Conduzir Ciclomotor cassada ou com suspen- perícia ou outro procedimento que permita certificar influência de
são do direito de dirigir: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) álcool ou outra substância psicoativa, na forma estabelecida pelo
(Vigência) art. 277: (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi- Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
gência) e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir (Vigência)
por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigên- Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
cia) tação e remoção do veículo.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habi- Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput
litação e retenção do veículo, observado o disposto no § 4º do art. em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
270. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Art. 174. Promover, na via, competição, eventos organizados,
em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses (Incluí- exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, ou
do pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) deles participar, como condutor, sem permissão da autoridade de
“Art. 165-B.Conduzir veículo para o qual seja exigida habilita- trânsito com circunscrição sobre a via: (Redação dada pela Lei nº
ção nas categorias C, D ou E sem realizar o exame toxicológico pre- 12.971, de 2014) (Vigência)
visto no § 2º do art. 148-A deste Código, após 30 (trinta) dias do Infração - gravíssima;
vencimento do prazo estabelecido: Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
Infração - gravíssima; e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de diri- (Vigência)
gir por 3 (três) meses, condicionado o levantamento da suspensão à Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
inclusão no Renach de resultado negativo em novo exame. tação e remoção do veículo.
Parágrafo único. Incorre na mesma penalidade o condutor que § 1o As penalidades são aplicáveis aos promotores e aos condu-
exerce atividade remunerada ao veículo e não comprova a realiza- tores participantes. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
ção de exame toxicológico periódico exigido pelo § 2º do art. 148-A § 2o Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de
deste Código por ocasião da renovação do documento de habilita- reincidência no período de 12 (doze) meses da infração anterior.
ção nas categorias C, D ou E. Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Art. 166. Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, Art. 175. Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir mano-
mesmo habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em bra perigosa, mediante arrancada brusca, derrapagem ou frenagem
condições de dirigi-lo com segurança: com deslizamento ou arrastamento de pneus: (Redação dada pela
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Infração - gravíssima;
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa.
Art. 167. Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de
Penalidade - multa (dez vezes), suspensão do direito de dirigir
segurança, conforme previsto no art. 65:
e apreensão do veículo; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014)
Infração - grave;
(Vigência)
Penalidade - multa;
Medida administrativa - recolhimento do documento de habili-
Medida administrativa - retenção do veículo até colocação do
tação e remoção do veículo.
cinto pelo infrator.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput
Art. 168. Transportar crianças em veículo automotor sem ob- em caso de reincidência no período de 12 (doze) meses da infração
servância das normas de segurança especiais estabelecidas neste anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Código: Art. 176. Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima:
Infração - gravíssima; I - de prestar ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo;
Penalidade - multa; II - de adotar providências, podendo fazê-lo, no sentido de evi-
Medida administrativa - retenção do veículo até que a irregula- tar perigo para o trânsito no local;
ridade seja sanada. III - de preservar o local, de forma a facilitar os trabalhos da
Art. 169. Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensá- polícia e da perícia;
veis à segurança: IV - de adotar providências para remover o veículo do local,
Infração - leve; quando determinadas por policial ou agente da autoridade de trân-
Penalidade - multa. sito;
Art. 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atraves- V - de identificar-se ao policial e de lhe prestar informações ne-
sando a via pública, ou os demais veículos: cessárias à confecção do boletim de ocorrência:
Infração - gravíssima; Infração - gravíssima;
Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir; Penalidade - multa (cinco vezes) e suspensão do direito de di-
Medida administrativa - retenção do veículo e recolhimento do rigir;
documento de habilitação. Medida administrativa - recolhimento do documento de habi-
Art. 171. Usar o veículo para arremessar, sobre os pedestres ou litação.
veículos, água ou detritos: Art. 177. Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de aci-
Infração - média; dente de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes:
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 172. Atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou subs- Penalidade - multa.
tâncias: Art. 178. Deixar o condutor, envolvido em acidente sem víti-
Infração - média; ma, de adotar providências para remover o veículo do local, quan-
Penalidade - multa. do necessária tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do
Art. 173. Disputar corrida: (Redação dada pela Lei nº 12.971, trânsito:
de 2014) (Vigência) Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 179. Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via Medida administrativa - remoção do veículo;
pública, salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção XI - ao lado de outro veículo em fila dupla:
e em que o veículo esteja devidamente sinalizado: Infração - grave;
I - em pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido: Penalidade - multa;
Infração - grave; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa; XII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação
Medida administrativa - remoção do veículo; de veículos e pedestres:
II - nas demais vias: Infração - grave;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa. Medida administrativa - remoção do veículo;
Art. 180. Ter seu veículo imobilizado na via por falta de com- XIII - onde houver sinalização horizontal delimitadora de ponto
bustível: de embarque ou desembarque de passageiros de transporte coleti-
Infração - média; vo ou, na inexistência desta sinalização, no intervalo compreendido
Penalidade - multa; entre dez metros antes e depois do marco do ponto:
Medida administrativa - remoção do veículo. Infração - média;
Art. 181. Estacionar o veículo: Penalidade - multa;
I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinha- Medida administrativa - remoção do veículo;
mento da via transversal: XIV - nos viadutos, pontes e túneis:
Infração - média; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centí- XV - na contramão de direção:
metros a um metro: Infração - média;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; XVI - em aclive ou declive, não estando devidamente freado e
Medida administrativa - remoção do veículo; sem calço de segurança, quando se tratar de veículo com peso bru-
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: to total superior a três mil e quinhentos quilogramas:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa; Penalidade - multa;
Medida administrativa - remoção do veículo; Medida administrativa - remoção do veículo;
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: XVII - em desacordo com as condições regulamentadas espe-
Infração - média; cificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regulamenta-
Penalidade - multa; do):
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 13.146, de 2015)
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias (Vigência)
de trânsito rápido e das vias dotadas de acostamento: Penalidade - multa;
Infração - gravíssima; Medida administrativa - remoção do veículo;
Penalidade - multa; XVIII - em locais e horários proibidos especificamente pela sina-
Medida administrativa - remoção do veículo; lização (placa - Proibido Estacionar):
VI - junto ou sobre hidrantes de incêndio, registro de água ou Infração - média;
tampas de poços de visita de galerias subterrâneas, desde que devi- Penalidade - multa;
damente identificados, conforme especificação do CONTRAN: Medida administrativa - remoção do veículo;
Infração - média; XIX - em locais e horários de estacionamento e parada proibi-
Penalidade - multa; dos pela sinalização (placa - Proibido Parar e Estacionar):
Medida administrativa - remoção do veículo; Infração - grave;
VII - nos acostamentos, salvo motivo de força maior: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - remoção do veículo.
Penalidade - multa; XX - nas vagas reservadas às pessoas com deficiência ou ido-
Medida administrativa - remoção do veículo; sos, sem credencial que comprove tal condição: (Incluído pela Lei
VIII - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestre, sobre ci- nº 13.281, de 2016) (Vigência)
clovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas, refúgios, ao lado ou sobre Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
canteiros centrais, divisores de pista de rolamento, marcas de cana- gência)
lização, gramados ou jardim público: Penalidade - multa; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
Infração - grave; gência)
Penalidade - multa; Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela Lei
Medida administrativa - remoção do veículo; nº 13.281, de 2016) (Vigência)
IX - onde houver guia de calçada (meio-fio) rebaixada destinada § 1º Nos casos previstos neste artigo, a autoridade de trânsito
à entrada ou saída de veículos: aplicará a penalidade preferencialmente após a remoção do veícu-
Infração - média; lo.
Penalidade - multa; § 2º No caso previsto no inciso XVI é proibido abandonar o cal-
Medida administrativa - remoção do veículo; ço de segurança na via.
X - impedindo a movimentação de outro veículo: Art. 182. Parar o veículo:
Infração - média; I - nas esquinas e a menos de cinco metros do bordo do alinha-
Penalidade - multa; mento da via transversal:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Infração - média; I - na faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação,


Penalidade - multa; exceto em situações de emergência;
II - afastado da guia da calçada (meio-fio) de cinqüenta centí- II - nas faixas da direita, os veículos lentos e de maior porte:
metros a um metro: Infração - média;
Infração - leve; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 186. Transitar pela contramão de direção em:
III - afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de um metro: I - vias com duplo sentido de circulação, exceto para ultrapassar
Infração - média; outro veículo e apenas pelo tempo necessário, respeitada a prefe-
Penalidade - multa; rência do veículo que transitar em sentido contrário:
IV - em desacordo com as posições estabelecidas neste Código: Infração - grave;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; II - vias com sinalização de regulamentação de sentido único
V - na pista de rolamento das estradas, das rodovias, das vias de circulação:
de trânsito rápido e das demais vias dotadas de acostamento: Infração - gravíssima;
Infração - grave; Penalidade - multa.
Penalidade - multa; Art. 187. Transitar em locais e horários não permitidos pela re-
VI - no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, nas ilhas, gulamentação estabelecida pela autoridade competente:
refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de rolamento e mar- I - para todos os tipos de veículos:
cas de canalização: Infração - média;
Infração - leve; Penalidade - multa;
Penalidade - multa; II - (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998)
VII - na área de cruzamento de vias, prejudicando a circulação Art. 188. Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou
de veículos e pedestres: perturbando o trânsito:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa; Penalidade - multa.
VIII - nos viadutos, pontes e túneis: Art. 189. Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de
Infração - média; batedores, de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de ope-
Penalidade - multa; ração e fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em servi-
IX - na contramão de direção: ço de urgência e devidamente identificados por dispositivos regula-
Infração - média; mentados de alarme sonoro e iluminação vermelha intermitentes:
Penalidade - multa; Infração - gravíssima;
X - em local e horário proibidos especificamente pela sinaliza- Penalidade - multa.
ção (placa - Proibido Parar): Art. 190. Seguir veículo em serviço de urgência, estando este
Infração - média; com prioridade de passagem devidamente identificada por dispo-
Penalidade - multa. sitivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação vermelha
XI - sobre ciclovia ou ciclofaixa: intermitentes:
Infração - grave; Infração - grave;
Penalidade - multa.” (NR) Penalidade - multa.
Art. 183. Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança Art. 191. Forçar passagem entre veículos que, transitando em
de sinal luminoso: sentidos opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao
Infração - média; realizar operação de ultrapassagem:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 184. Transitar com o veículo: Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir.
I - na faixa ou pista da direita, regulamentada como de circula- (Redação dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
ção exclusiva para determinado tipo de veículo, exceto para acesso Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput
a imóveis lindeiros ou conversões à direita: em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses da infra-
Infração - leve; ção anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Penalidade - multa; Art. 192. Deixar de guardar distância de segurança lateral e
II - na faixa ou pista da esquerda regulamentada como de circu- frontal entre o seu veículo e os demais, bem como em relação ao
lação exclusiva para determinado tipo de veículo: bordo da pista, considerando-se, no momento, a velocidade, as
Infração - grave; condições climáticas do local da circulação e do veículo:
Penalidade - multa. Infração - grave;
III - na faixa ou via de trânsito exclusivo, regulamentada com Penalidade - multa.
circulação destinada aos veículos de transporte público coletivo de Art. 193. Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passa-
passageiros, salvo casos de força maior e com autorização do poder relas, ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, cantei-
público competente: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) ros centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, mar-
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015) cas de canalização, gramados e jardins públicos:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; (Incluído pela Lei Infração - gravíssima;
nº 13.154, de 2015) Penalidade - multa (três vezes).
Medida Administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela Lei Art. 194. Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária
nº 13.154, de 2015) a pequenas manobras e de forma a não causar riscos à segurança:
Art. 185. Quando o veículo estiver em movimento, deixar de Infração - grave;
conservá-lo: Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 195. Desobedecer às ordens emanadas da autoridade Infração - leve;


competente de trânsito ou de seus agentes: Penalidade - multa.
Infração - grave; Art. 206. Executar operação de retorno:
Penalidade - multa. I - em locais proibidos pela sinalização;
Art. 196. Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto II - nas curvas, aclives, declives, pontes, viadutos e túneis;
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção do veículo, o III - passando por cima de calçada, passeio, ilhas, ajardinamen-
início da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a mu- to ou canteiros de divisões de pista de rolamento, refúgios e faixas
dança de direção ou de faixa de circulação: de pedestres e nas de veículos não motorizados;
Infração - grave; IV - nas interseções, entrando na contramão de direção da via
Penalidade - multa. transversal;
Art. 197. Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para V - com prejuízo da livre circulação ou da segurança, ainda que
a faixa mais à esquerda ou mais à direita, dentro da respectiva mão em locais permitidos:
de direção, quando for manobrar para um desses lados: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 207. Executar operação de conversão à direita ou à esquer-
Art. 198. Deixar de dar passagem pela esquerda, quando soli- da em locais proibidos pela sinalização:
citado: Infração - grave;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 208.Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o de parada
Art. 199. Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da obrigatória, exceto onde houver sinalização que permita a livre con-
frente estiver colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai versão à direita prevista no art. 44-A deste Código
entrar à esquerda: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa.
Penalidade - multa. Art. 209. Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou
Art. 200. Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo sem sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áre-
ou de escolares, parado para embarque ou desembarque de passa- as destinadas à pesagem de veículos ou evadir-se para não efetuar
geiros, salvo quando houver refúgio de segurança para o pedestre: o pagamento do pedágio:
Infração - gravíssima; Infração - grave;
Penalidade - multa. Penalidade - multa.
Art. 201. Deixar de guardar a distância lateral de um metro e Art. 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial:
cinquenta centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa, apreensão do veículo e suspensão do di-
Penalidade - multa. reito de dirigir;
Art. 202. Ultrapassar outro veículo: Medida administrativa - remoção do veículo e recolhimento do
I - pelo acostamento; documento de habilitação.
II - em interseções e passagens de nível; Art. 211. Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de sinal luminoso, cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro
2014) (Vigência) obstáculo, com exceção dos veículos não motorizados:
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº Infração - grave;
12.971, de 2014) (Vigência) Penalidade - multa.
Art. 203. Ultrapassar pela contramão outro veículo: Parágrafo único. (VETADO).”(NR)
I - nas curvas, aclives e declives, sem visibilidade suficiente; Art. 212. Deixar de parar o veículo antes de transpor linha fér-
II - nas faixas de pedestre; rea:
III - nas pontes, viadutos ou túneis; Infração - gravíssima;
IV - parado em fila junto a sinais luminosos, porteiras, cancelas, Penalidade - multa.
cruzamentos ou qualquer outro impedimento à livre circulação; Art. 213. Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva
V - onde houver marcação viária longitudinal de divisão de flu- marcha for interceptada:
xos opostos do tipo linha dupla contínua ou simples contínua ama- I - por agrupamento de pessoas, como préstitos, passeatas,
rela: desfiles e outros:
Infração - gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 12.971, de Infração - gravíssima;
2014) (Vigência) Penalidade - multa.
Penalidade - multa (cinco vezes). (Redação dada pela Lei nº II - por agrupamento de veículos, como cortejos, formações mi-
12.971, de 2014) (Vigência) litares e outros:
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput Infração - grave;
em caso de reincidência no período de até 12 (doze) meses da infra- Penalidade - multa.
ção anterior. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Art. 214. Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a
Art. 204. Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, veículo não motorizado:
para aguardar a oportunidade de cruzar a pista ou entrar à esquer- I - que se encontre na faixa a ele destinada;
da, onde não houver local apropriado para operação de retorno: II - que não haja concluído a travessia mesmo que ocorra sinal
Infração - grave; verde para o veículo;
Penalidade - multa. III - portadores de deficiência física, crianças, idosos e gestan-
Art. 205. Ultrapassar veículo em movimento que integre corte- tes:
jo, préstito, desfile e formações militares, salvo com autorização da Infração - gravíssima;
autoridade de trânsito ou de seus agentes: Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

IV - quando houver iniciado a travessia mesmo que não haja IX - quando houver má visibilidade;
sinalização a ele destinada; X - quando o pavimento se apresentar escorregadio, defeituoso
V - que esteja atravessando a via transversal para onde se dirige ou avariado;
o veículo: XI - à aproximação de animais na pista;
Infração - grave; XII - em declive;
Penalidade - multa. Infração - grave;
Art. 215. Deixar de dar preferência de passagem: Penalidade - multa;
I - em interseção não sinalizada: XIII - ao ultrapassar ciclista:
a) a veículo que estiver circulando por rodovia ou rotatória; Infração - gravíssima;
b) a veículo que vier da direita; Penalidade - multa;
II - nas interseções com sinalização de regulamentação de Dê XIV - nas proximidades de escolas, hospitais, estações de em-
a Preferência: barque e desembarque de passageiros ou onde haja intensa movi-
Infração - grave; mentação de pedestres:
Penalidade - multa. Infração - gravíssima;
Art. 216. Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequada- Penalidade - multa.
mente posicionado para ingresso na via e sem as precauções com a Art. 221. Portar no veículo placas de identificação em desacor-
segurança de pedestres e de outros veículos: do com as especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN:
Infração - média; Infração - média;
Penalidade - multa. Penalidade - multa;
Art. 217. Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar Medida administrativa - retenção do veículo para regularização
preferência de passagem a pedestres e a outros veículos: e apreensão das placas irregulares.
Infração - média; Parágrafo único. Incide na mesma penalidade aquele que con-
Penalidade - multa. fecciona, distribui ou coloca, em veículo próprio ou de terceiros,
Art. 218. Transitar em velocidade superior à máxima permitida placas de identificação não autorizadas pela regulamentação.
para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em ro- Art. 222. Deixar de manter ligado, nas situações de atendimen-
dovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias: (Redação to de emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente
dada pela Lei nº 11.334, de 2006) dos veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento, de
I - quando a velocidade for superior à máxima em até 20% (vin- fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados:
te por cento): (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Infração - média;
Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Penalidade - multa.
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Art. 223. Transitar com o farol desregulado ou com o facho de
II - quando a velocidade for superior à máxima em mais de 20% luz alta de forma a perturbar a visão de outro condutor:
(vinte por cento) até 50% (cinquenta por cento): (Redação dada Infração - grave;
pela Lei nº 11.334, de 2006) Penalidade - multa;
Infração - grave; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 11.334, de 2006) ção.
III - quando a velocidade for superior à máxima em mais de Art. 224. Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias provi-
50% (cinquenta por cento): (Incluído pela Lei nº 11.334, de 2006) das de iluminação pública:
Infração - gravíssima; Infração - leve;
Penalidade - multa (três vezes) e suspensão do direito de diri- Penalidade - multa.
gir.” (NR) Art. 225. Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os de-
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à me- mais condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas
tade da velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou ou omitir-se quanto a providências necessárias para tornar visível
obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e me- o local, quando:
teorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita: I - tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou perma-
Infração - média; necer no acostamento;
Penalidade - multa. II - a carga for derramada sobre a via e não puder ser retirada
Art. 220. Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma imediatamente:
compatível com a segurança do trânsito: Infração - grave;
I - quando se aproximar de passeatas, aglomerações, cortejos, Penalidade - multa.
préstitos e desfiles: Art. 226. Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha
Infração - gravíssima; sido utilizado para sinalização temporária da via:
Penalidade - multa; Infração - média;
II - nos locais onde o trânsito esteja sendo controlado pelo Penalidade - multa.
agente da autoridade de trânsito, mediante sinais sonoros ou ges- Art. 227. Usar buzina:
tos; I - em situação que não a de simples toque breve como adver-
III - ao aproximar-se da guia da calçada (meio-fio) ou acosta- tência ao pedestre ou a condutores de outros veículos;
mento; II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
IV - ao aproximar-se de ou passar por interseção não sinalizada; III - entre as vinte e duas e as seis horas;
V - nas vias rurais cuja faixa de domínio não esteja cercada; IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
VI - nos trechos em curva de pequeno raio; V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas
VII - ao aproximar-se de locais sinalizados com advertência de pelo CONTRAN:
obras ou trabalhadores na pista; Infração - leve;
VIII - sob chuva, neblina, cerração ou ventos fortes; Penalidade - multa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou Medida administrativa – remoção do veículo; (Incluído pela Lei
frequência que não sejam autorizados pelo CONTRAN: nº 13.855, de 2019) (Vigência)
Infração - grave; XXI - de carga, com falta de inscrição da tara e demais inscrições
Penalidade - multa; previstas neste Código;
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- XXII - com defeito no sistema de iluminação, de sinalização ou
ção. com lâmpadas queimadas:
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme Infração - média;
ou que produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em Penalidade - multa.
desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN: XXIII - em desacordo com as condições estabelecidas no art.
Infração - média; 67-C, relativamente ao tempo de permanência do condutor ao vo-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; lante e aos intervalos para descanso, quando se tratar de veículo de
Medida administrativa - remoção do veículo. transporte de carga ou coletivo de passageiros: (Redação dada pela
Art. 230. Conduzir o veículo: Lei nº 13.103, de 2015) (Vigência)
I - com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a placa ou qualquer Infração - média; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
outro elemento de identificação do veículo violado ou falsificado; (Vigência)
II - transportando passageiros em compartimento de carga, sal- Penalidade - multa; (Redação dada pela Lei nº 13.103, de 2015)
vo por motivo de força maior, com permissão da autoridade compe- (Vigência)
tente e na forma estabelecida pelo CONTRAN; Medida administrativa - retenção do veículo para cumprimento
III - com dispositivo anti-radar; do tempo de descanso aplicável. (Redação dada pela Lei nº 13.103,
IV - sem qualquer uma das placas de identificação; de 2015) (Vigência)
V - que não esteja registrado e devidamente licenciado; XXIV- (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigên-
VI - com qualquer uma das placas de identificação sem condi- cia)
ções de legibilidade e visibilidade: § 1o Se o condutor cometeu infração igual nos últimos 12
Infração - gravíssima; (doze) meses, será convertida, automaticamente, a penalidade dis-
Penalidade - multa e apreensão do veículo; posta no inciso XXIII em infração grave. (Incluído pela Lei nº 13.103,
Medida administrativa - remoção do veículo; de 2015) (Vigência)
VII - com a cor ou característica alterada; § 2o Em se tratando de condutor estrangeiro, a liberação do
VIII - sem ter sido submetido à inspeção de segurança veicular, veículo fica condicionada ao pagamento ou ao depósito, judicial ou
quando obrigatória; administrativo, da multa. (Incluído pela Lei nº 13.103, de 2015) (Vi-
IX - sem equipamento obrigatório ou estando este ineficiente gência)
ou inoperante; Art. 231. Transitar com o veículo:
X - com equipamento obrigatório em desacordo com o estabe- I - danificando a via, suas instalações e equipamentos;
lecido pelo CONTRAN; II - derramando, lançando ou arrastando sobre a via:
XI - com descarga livre ou silenciador de motor de explosão a) carga que esteja transportando;
defeituoso, deficiente ou inoperante; b) combustível ou lubrificante que esteja utilizando;
XII - com equipamento ou acessório proibido; c) qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente:
XIII - com o equipamento do sistema de iluminação e de sina- Infração - gravíssima;
lização alterados; Penalidade - multa;
XIV - com registrador instantâneo inalterável de velocidade e Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
tempo viciado ou defeituoso, quando houver exigência desse apa- ção;
relho; III - produzindo fumaça, gases ou partículas em níveis superio-
XV - com inscrições, adesivos, legendas e símbolos de caráter res aos fixados pelo CONTRAN;
publicitário afixados ou pintados no pára-brisa e em toda a exten- IV - com suas dimensões ou de sua carga superiores aos limites
são da parte traseira do veículo, excetuadas as hipóteses previstas estabelecidos legalmente ou pela sinalização, sem autorização:
neste Código; Infração - grave;
XVI - com vidros total ou parcialmente cobertos por películas Penalidade - multa;
refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas; Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
XVII - com cortinas ou persianas fechadas, não autorizadas pela ção;
legislação; V - com excesso de peso, admitido percentual de tolerância
XVIII - em mau estado de conservação, comprometendo a se- quando aferido por equipamento, na forma a ser estabelecida pelo
gurança, ou reprovado na avaliação de inspeção de segurança e de CONTRAN:
emissão de poluentes e ruído, prevista no art. 104; Infração - média;
XIX - sem acionar o limpador de pára-brisa sob chuva: Penalidade - multa acrescida a cada duzentos quilogramas ou
Infração - grave; fração de excesso de peso apurado, constante na seguinte tabela:
Penalidade - multa; a) até 600 kg (seiscentos quilogramas) - R$ 5,32 (cinco reais e
Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza- trinta e dois centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
ção; (Vigência)
XX - sem portar a autorização para condução de escolares, na b) de 601 (seiscentos e um) a 800 kg (oitocentos quilogramas)
forma estabelecida no art. 136: - R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos); (Redação dada
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
2019) (Vigência) c) de 801 (oitocentos e um) a 1.000 kg (mil quilogramas) - R$
Penalidade – multa (cinco vezes); (Redação dada pela Lei nº 21,28 (vinte e um reais e vinte e oito centavos); (Redação dada pela
13.855, de 2019) (Vigência) Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

d) de 1.001 (mil e um) a 3.000 kg (três mil quilogramas) - R$ Infração - grave;


31,92 (trinta e um reais e noventa e dois centavos); (Redação dada Penalidade - multa;
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Medida administrativa - retenção do veículo para transbordo.
e) de 3.001 (três mil e um) a 5.000 kg (cinco mil quilogramas) Art. 236. Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, sal-
- R$ 42,56 (quarenta e dois reais e cinquenta e seis centavos); (Re- vo em casos de emergência:
dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) Infração - média;
f) acima de 5.001 kg (cinco mil e um quilogramas) - R$ 53,20 Penalidade - multa.
(cinquenta e três reais e vinte centavos); (Redação dada pela Lei nº Art. 237. Transitar com o veículo em desacordo com as espe-
13.281, de 2016) (Vigência) cificações, e com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua
Medida administrativa - retenção do veículo e transbordo da identificação, quando exigidas pela legislação:
carga excedente; Infração - grave;
VI - em desacordo com a autorização especial, expedida pela Penalidade - multa;
autoridade competente para transitar com dimensões excedentes, Medida administrativa - retenção do veículo para regulariza-
ou quando a mesma estiver vencida: ção.
Infração - grave; Art. 238. Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a
Penalidade - multa e apreensão do veículo; seus agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de
Medida administrativa - remoção do veículo; registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei, para
VII - com lotação excedente; averiguação de sua autenticidade:
VIII - efetuando transporte remunerado de pessoas ou bens, Infração - gravíssima;
quando não for licenciado para esse fim, salvo casos de força maior Penalidade - multa e apreensão do veículo;
ou com permissão da autoridade competente: Medida administrativa - remoção do veículo.
Infração – gravíssima; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de Art. 239. Retirar do local veículo legalmente retido para regu-
2019) (Vigência) larização, sem permissão da autoridade competente ou de seus
Penalidade – multa; (Redação dada pela Lei nº 13.855, de agentes:
2019) (Vigência) Infração - gravíssima;
Medida administrativa – remoção do veículo; (Redação dada Penalidade - multa e apreensão do veículo;
pela Lei nº 13.855, de 2019) (Vigência) Medida administrativa - remoção do veículo.
IX - desligado ou desengrenado, em declive: Art. 240. Deixar o responsável de promover a baixa do registro
Infração - média; de veículo irrecuperável ou definitivamente desmontado:
Penalidade - multa; Infração - grave;
Medida administrativa - retenção do veículo; Penalidade - multa;
X - excedendo a capacidade máxima de tração: Medida administrativa - Recolhimento do Certificado de Regis-
Infração - de média a gravíssima, a depender da relação entre tro e do Certificado de Licenciamento Anual.
o excesso de peso apurado e a capacidade máxima de tração, a ser Art. 241. Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo
regulamentada pelo CONTRAN; ou de habilitação do condutor:
Penalidade - multa; Infração - leve;
Medida Administrativa - retenção do veículo e transbordo de Penalidade - multa.
carga excedente. Art. 242. Fazer falsa declaração de domicílio para fins de regis-
Parágrafo único. Sem prejuízo das multas previstas nos incisos tro, licenciamento ou habilitação:
V e X, o veículo que transitar com excesso de peso ou excedendo à Infração - gravíssima;
capacidade máxima de tração, não computado o percentual tolera- Penalidade - multa.
do na forma do disposto na legislação, somente poderá continuar Art. 243. Deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão
viagem após descarregar o que exceder, segundo critérios estabele- executivo de trânsito competente a ocorrência de perda total do
cidos na referida legislação complementar. veículo e de lhe devolver as respectivas placas e documentos:
Art. 232. Conduzir veículo sem os documentos de porte obriga- Infração - grave;
tório referidos neste Código: Penalidade - multa;
Infração - leve; Medida administrativa - Recolhimento das placas e dos docu-
Penalidade - multa; mentos.
Medida administrativa - retenção do veículo até a apresenta- Art. 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
ção do documento. I - sem usar capacete de segurança ou vestuário de acordo com
Art. 233. Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de as normas e as especificações aprovadas pelo Contran;
trinta dias, junto ao órgão executivo de trânsito, ocorridas as hipó- II - transportando passageiro sem o capacete de segurança, na
teses previstas no art. 123: forma estabelecida no inciso anterior, ou fora do assento suplemen-
Infração - média; tar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
Penalidade - multa; III - fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma
Medida administrativa - remoção do veículo.” (NR) roda;
Art. 233-A.(VETADO). IV - (revogado);
Art. 234. Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de V - transportando criança menor de 10 (dez) anos de idade ou
identificação do veículo: que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar da própria
Infração - gravíssima; segurança:
Penalidade - multa e apreensão do veículo; Infração - gravíssima;
Medida administrativa - remoção do veículo. Penalidade - multa e suspensão do direito de dirigir;
Art. 235. Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes exter- Medida administrativa - retenção do veículo até regularização e
nas do veículo, salvo nos casos devidamente autorizados: recolhimento do documento de habilitação;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

VI - rebocando outro veículo; Penalidade - multa.


VII - sem segurar o guidom com ambas as mãos, salvo eventu- Art. 248. Transportar em veículo destinado ao transporte de
almente para indicação de manobras; passageiros carga excedente em desacordo com o estabelecido no
VIII – transportando carga incompatível com suas especifica- art. 109:
ções ou em desacordo com o previsto no § 2o do art. 139-A desta Infração - grave;
Lei; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) Penalidade - multa;
IX – efetuando transporte remunerado de mercadorias em de- Medida administrativa - retenção para o transbordo.
sacordo com o previsto no art. 139-A desta Lei ou com as normas Art. 249. Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição,
que regem a atividade profissional dos mototaxistas: (Incluído pela quando o veículo estiver parado, para fins de embarque ou desem-
Lei nº 12.009, de 2009) barque de passageiros e carga ou descarga de mercadorias:
Infração – grave; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) Infração - média;
Penalidade – multa; (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009) Penalidade - multa.
Medida administrativa – apreensão do veículo para regulariza- Art. 250. Quando o veículo estiver em movimento:
ção. (Incluído pela Lei nº 12.009, de 2009)[ I - deixar de manter acesa a luz baixa:
X - com a utilização de capacete de segurança sem viseira ou b)de dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração;
óculos de proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desa- c)de dia, no caso de veículos de transporte coletivo de passa-
cordo com a regulamentação do Contran; geiros em circulação em faixas ou pistas a eles destinadas;
XI - transportando passageiro com o capacete de segurança uti- d)de dia, no caso de motocicletas, motonetas e ciclomotores;
lizado na forma prevista no inciso X do caput deste artigo: e)de dia, em rodovias de pista simples situadas fora dos perí-
Infração - média; metros urbanos, no caso de veículos desprovidos de luzes de roda-
Penalidade - multa; gem diurna;
Medida administrativa - retenção do veículo até regularização; II - (revogado);
XII – (VETADO). III - deixar de manter a placa traseira iluminada, à noite;
§ 1º Para ciclos aplica-se o disposto nos incisos III, VII e VIII, Infração - média;
além de: Penalidade - multa.
a) conduzir passageiro fora da garupa ou do assento especial a Art. 251. Utilizar as luzes do veículo:
ele destinado; I - o pisca-alerta, exceto em imobilizações ou situações de
b) transitar em vias de trânsito rápido ou rodovias, salvo onde emergência;
houver acostamento ou faixas de rolamento próprias; II - baixa e alta de forma intermitente, exceto nas seguintes si-
c) transportar crianças que não tenham, nas circunstâncias, tuações:
condições de cuidar de sua própria segurança. a) a curtos intervalos, quando for conveniente advertir a outro
§ 2º Aplica-se aos ciclomotores o disposto na alínea b do pará- condutor que se tem o propósito de ultrapassá-lo;
grafo anterior: b) em imobilizações ou situação de emergência, como adver-
Infração - média; tência, utilizando pisca-alerta;
Penalidade - multa. c) quando a sinalização de regulamentação da via determinar
§ 3o A restrição imposta pelo inciso VI do caput deste artigo o uso do pisca-alerta:
não se aplica às motocicletas e motonetas que tracionem semi-re- Infração - média;
boques especialmente projetados para esse fim e devidamente ho- Penalidade - multa.
mologados pelo órgão competente. (Incluído pela Lei nº 10.517, de Art. 252. Dirigir o veículo:
2002) I - com o braço do lado de fora;
Art. 245. Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais II - transportando pessoas, animais ou volume à sua esquerda
ou equipamentos, sem autorização do órgão ou entidade de trânsi- ou entre os braços e pernas;
to com circunscrição sobre a via: III - com incapacidade física ou mental temporária que compro-
Infração - grave; meta a segurança do trânsito;
Penalidade - multa; IV - usando calçado que não se firme nos pés ou que compro-
Medida administrativa - remoção da mercadoria ou do mate- meta a utilização dos pedais;
rial. V - com apenas uma das mãos, exceto quando deva fazer sinais
Parágrafo único. A penalidade e a medida administrativa incidi- regulamentares de braço, mudar a marcha do veículo, ou acionar
rão sobre a pessoa física ou jurídica responsável. equipamentos e acessórios do veículo;
Art. 246. Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circula- VI - utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a aparelha-
ção, à segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terres- gem sonora ou de telefone celular;
tre como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente: Infração - média;
Infração - gravíssima; Penalidade - multa.
Penalidade - multa, agravada em até cinco vezes, a critério da VII - realizando a cobrança de tarifa com o veículo em movi-
autoridade de trânsito, conforme o risco à segurança. mento: (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
Parágrafo único. A penalidade será aplicada à pessoa física ou Infração - média; (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
jurídica responsável pela obstrução, devendo a autoridade com cir- Penalidade - multa. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
cunscrição sobre a via providenciar a sinalização de emergência, às Parágrafo único. A hipótese prevista no inciso V caracterizar-se-
expensas do responsável, ou, se possível, promover a desobstrução. -á como infração gravíssima no caso de o condutor estar segurando
Art. 247. Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, ou manuseando telefone celular. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
em fila única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de 2016) (Vigência)
tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a eles Art. 253. Bloquear a via com veículo:
destinados: Infração - gravíssima;
Infração - média; Penalidade - multa e apreensão do veículo;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Medida administrativa - remoção do veículo. § 1º A aplicação das penalidades previstas neste Código não eli-
Art. 253-A. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, inter- de as punições originárias de ilícitos penais decorrentes de crimes
romper, restringir ou perturbar a circulação na via sem autorização de trânsito, conforme disposições de lei.
do órgão ou entidade de trânsito com circunscrição sobre ela: (In- § 2º (VETADO)
cluído pela Lei nº 13. 281, de 2016) § 3º A imposição da penalidade será comunicada aos órgãos ou
Infração - gravíssima; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) entidades executivos de trânsito responsáveis pelo licenciamento
Penalidade - multa (vinte vezes) e suspensão do direito de diri- do veículo e habilitação do condutor.
gir por 12 (doze) meses; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao pro-
Medida administrativa - remoção do veículo. (Incluído pela Lei prietário do veículo, ao embarcador e ao transportador, salvo os
nº 13.281, de 2016) casos de descumprimento de obrigações e deveres impostos a pes-
§ 1º Aplica-se a multa agravada em 60 (sessenta) vezes aos soas físicas ou jurídicas expressamente mencionados neste Código.
organizadores da conduta prevista no caput. (Incluído pela Lei nº § 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão impostas
13.281, de 2016) concomitantemente as penalidades de que trata este Código toda
§ 2º Aplica-se em dobro a multa em caso de reincidência no vez que houver responsabilidade solidária em infração dos precei-
período de 12 (doze) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) tos que lhes couber observar, respondendo cada um de per si pela
§ 3º As penalidades são aplicáveis a pessoas físicas ou jurídicas falta em comum que lhes for atribuída.
que incorram na infração, devendo a autoridade com circunscrição § 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
sobre a via restabelecer de imediato, se possível, as condições de infração referente à prévia regularização e preenchimento das for-
normalidade para a circulação na via. (Incluído pela Lei nº 13.281, malidades e condições exigidas para o trânsito do veículo na via
de 2016) terrestre, conservação e inalterabilidade de suas características,
Art. 254. É proibido ao pedestre: componentes, agregados, habilitação legal e compatível de seus
I - permanecer ou andar nas pistas de rolamento, exceto para condutores, quando esta for exigida, e outras disposições que deva
cruzá-las onde for permitido; observar.
II - cruzar pistas de rolamento nos viadutos, pontes, ou túneis, § 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações de-
salvo onde exista permissão; correntes de atos praticados na direção do veículo.
III - atravessar a via dentro das áreas de cruzamento, salvo § 4º O embarcador é responsável pela infração relativa ao
quando houver sinalização para esse fim; transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou no peso bru-
IV - utilizar-se da via em agrupamentos capazes de perturbar o to total, quando simultaneamente for o único remetente da carga
e o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for inferior
trânsito, ou para a prática de qualquer folguedo, esporte, desfiles e
àquele aferido.
similares, salvo em casos especiais e com a devida licença da auto-
§ 5º O transportador é o responsável pela infração relativa ao
ridade competente;
transporte de carga com excesso de peso nos eixos ou quando a
V - andar fora da faixa própria, passarela, passagem aérea ou
carga proveniente de mais de um embarcador ultrapassar o peso
subterrânea; bruto total.
VI - desobedecer à sinalização de trânsito específica; § 6º O transportador e o embarcador são solidariamente res-
Infração - leve; ponsáveis pela infração relativa ao excesso de peso bruto total, se
Penalidade - multa, em 50% (cinquenta por cento) do valor da o peso declarado na nota fiscal, fatura ou manifesto for superior ao
infração de natureza leve. limite legal.
VII - (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) § 7ºQuando não for imediata a identificação do infrator, o prin-
§ 1º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) cipal condutor ou o proprietário do veículo terá o prazo de 30 (trin-
§ 2º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) ta) dias, contado da notificação da autuação, para apresentá-lo, na
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) forma em que dispuser o Contran, e, transcorrido o prazo, se não o
Art. 255. Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permiti- fizer, será considerado responsável pela infração o principal condu-
da a circulação desta, ou de forma agressiva, em desacordo com o tor ou, em sua ausência, o proprietário do veículo.
disposto no parágrafo único do art. 59: § 8º Após o prazo previsto no parágrafo anterior, não haven-
Infração - média; do identificação do infrator e sendo o veículo de propriedade de
Penalidade - multa; pessoa jurídica, será lavrada nova multa ao proprietário do veículo,
Medida administrativa - remoção da bicicleta, mediante recibo mantida a originada pela infração, cujo valor é o da multa multi-
para o pagamento da multa. plicada pelo número de infrações iguais cometidas no período de
doze meses.
CAPÍTULO XVI § 9º O fato de o infrator ser pessoa jurídica não o exime do
DAS PENALIDADES disposto no § 3º do art. 258 e no art. 259.
§ 10. O proprietário poderá indicar ao órgão executivo de trân-
Art. 256. A autoridade de trânsito, na esfera das competências sito o principal condutor do veículo, o qual, após aceitar a indicação,
estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição, deverá terá seu nome inscrito em campo próprio do cadastro do veículo no
aplicar, às infrações nele previstas, as seguintes penalidades: Renavam. (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
I - advertência por escrito; § 11. O principal condutor será excluído do Renavam: (Incluído
pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
II - multa;
I - quando houver transferência de propriedade do veículo; (In-
III - suspensão do direito de dirigir;
cluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
II - mediante requerimento próprio ou do proprietário do veí-
V - cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
culo; (Incluído pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)
VI - cassação da Permissão para Dirigir; III - a partir da indicação de outro principal condutor. (Incluído
VII - frequência obrigatória em curso de reciclagem. pela Lei nº 13.495, 2017) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 258. As infrações punidas com multa classificam-se, de I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259 des-
acordo com sua gravidade, em quatro categorias: te Código, o infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a se-
I - infração de natureza gravíssima, punida com multa no valor guinte contagem de pontos:
de R$ 293,47 (duzentos e noventa e três reais e quarenta e sete a)20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações
centavos); (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) gravíssimas na pontuação;
II - infração de natureza grave, punida com multa no valor de b)30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima
R$ 195,23 (cento e noventa e cinco reais e vinte e três centavos); na pontuação;
(Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) c)40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gra-
III - infração de natureza média, punida com multa no valor de víssima na pontuação;
R$ 130,16 (cento e trinta reais e dezesseis centavos); (Redação dada II - por transgressão às normas estabelecidas neste Código,
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) cujas infrações preveem, de forma específica, a penalidade de sus-
IV - infração de natureza leve, punida com multa no valor de R$ pensão do direito de dirigir. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
88,38 (oitenta e oito reais e trinta e oito centavos). (Redação dada (Vigência)
pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 1º Os prazos para aplicação da penalidade de suspensão do
§ 1º (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) direito de dirigir são os seguintes: (Redação dada pela Lei nº 13.281,
(Vigência) de 2016) (Vigência)
§ 2º Quando se tratar de multa agravada, o fator multiplicador I - no caso do inciso I do caput: de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e,
ou índice adicional específico é o previsto neste Código. no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8 (oito)
§ 3º (VETADO) meses a 2 (dois) anos; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vi-
§ 4º (VETADO) gência)
Art. 259. A cada infração cometida são computados os seguin- II - no caso do inciso II do caput: de 2 (dois) a 8 (oito) meses,
tes números de pontos: exceto para as infrações com prazo descrito no dispositivo infracio-
I - gravíssima - sete pontos; nal, e, no caso de reincidência no período de 12 (doze) meses, de 8
II - grave - cinco pontos; (oito) a 18 (dezoito) meses, respeitado o disposto no inciso II do art.
III - média - quatro pontos; 263. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
IV - leve - três pontos. § 2º Quando ocorrer a suspensão do direito de dirigir, a Car-
§ 1º (VETADO) teira Nacional de Habilitação será devolvida a seu titular imediata-
§ 2º (VETADO) mente após cumprida a penalidade e o curso de reciclagem.
§ 3o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência) § 3ºA imposição da penalidade de suspensão do direito de diri-
§ 4ºAo condutor identificado será atribuída pontuação pelas gir elimina a quantidade de pontos computados, prevista no inciso
infrações de sua responsabilidade, nos termos previstos no § 3º do I do caput ou no § 5º deste artigo, para fins de contagem subse-
art. 257 deste Código, exceto aquelas: quente.
I - praticadas por passageiros usuários do serviço de transporte § 4o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vigência)
rodoviário de passageiros em viagens de longa distância transitan- § 5ºNo caso do condutor que exerce atividade remunerada ao
do em rodovias com a utilização de ônibus, em linhas regulares in- veículo, a penalidade de suspensão do direito de dirigir de que trata
termunicipal, interestadual, internacional e aquelas em viagem de o caput deste artigo será imposta quando o infrator atingir o limite
de pontos previsto na alínea c do inciso I do caput deste artigo, in-
longa distância por fretamento e turismo ou de qualquer modalida-
dependentemente da natureza das infrações cometidas, facultado
de, excluídas as situações regulamentadas pelo Contran conforme
a ele participar de curso preventivo de reciclagem sempre que, no
disposto no art. 65 deste Código;
período de 12 (doze) meses, atingir 30 (trinta) pontos, conforme
II - previstas no art. 221, nos incisos VII e XXI do art. 230 e nos
regulamentação do Contran.
arts. 232, 233, 233-A, 240 e 241 deste Código, sem prejuízo da apli-
§ 6o Concluído o curso de reciclagem previsto no § 5o, o con-
cação das penalidades e medidas administrativas cabíveis;
dutor terá eliminados os pontos que lhe tiverem sido atribuídos,
III - puníveis de forma específica com suspensão do direito de
para fins de contagem subsequente. (Incluído pela Lei nº 13.154,
dirigir.” (NR)
de 2015)
Art. 260. As multas serão impostas e arrecadadas pelo órgão ou § 7º O motorista que optar pelo curso previsto no § 5º não
entidade de trânsito com circunscrição sobre a via onde haja ocor- poderá fazer nova opção no período de 12 (doze) meses. (Redação
rido a infração, de acordo com a competência estabelecida neste dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Código. § 8o A pessoa jurídica concessionária ou permissionária de ser-
§ 1º As multas decorrentes de infração cometida em unidade viço público tem o direito de ser informada dos pontos atribuídos,
da Federação diversa da do licenciamento do veículo serão arreca- na forma do art. 259, aos motoristas que integrem seu quadro fun-
dadas e compensadas na forma estabelecida pelo CONTRAN. cional, exercendo atividade remunerada ao volante, na forma que
§ 2º As multas decorrentes de infração cometida em unidade dispuser o Contran. (Incluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
da Federação diversa daquela do licenciamento do veículo poderão § 9º Incorrerá na infração prevista no inciso II do art. 162 o con-
ser comunicadas ao órgão ou entidade responsável pelo seu licen- dutor que, notificado da penalidade de que trata este artigo, dirigir
ciamento, que providenciará a notificação. veículo automotor em via pública. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
§ 3º (Revogado pela Lei nº 9.602, de 1998) 2016) (Vigência)
§ 4º Quando a infração for cometida com veículo licenciado no § 10.O processo de suspensão do direito de dirigir a que se re-
exterior, em trânsito no território nacional, a multa respectiva de- fere o inciso II do caput deste artigo deverá ser instaurado conco-
verá ser paga antes de sua saída do País, respeitado o princípio de mitantemente ao processo de aplicação da penalidade de multa,
reciprocidade. e ambos serão de competência do órgão ou entidade responsável
Art. 261. A penalidade de suspensão do direito de dirigir será pela aplicação da multa, na forma definida pelo Contran.
imposta nos seguintes casos: (Redação dada pela Lei nº 13.281, de § 11. O Contran regulamentará as disposições deste artigo. (In-
2016) (Vigência) cluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 262. (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) § 5ºA consulta ao RNPC é garantida a todos os cidadãos, nos
Art. 263. A cassação do documento de habilitação dar-se-á: termos da regulamentação do Contran.
I - quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir § 6ºA União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios po-
qualquer veículo; derão utilizar o RNPC para conceder benefícios fiscais ou tarifários
II - no caso de reincidência, no prazo de doze meses, das infra- aos condutores cadastrados, na forma da legislação específica de
ções previstas no inciso III do art. 162 e nos arts. 163, 164, 165, 173, cada ente da Federação
174 e 175;
III - quando condenado judicialmente por delito de trânsito, ob- CAPÍTULO XVII
servado o disposto no art. 160. DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
§ 1º Constatada, em processo administrativo, a irregularidade
na expedição do documento de habilitação, a autoridade expedido- Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera
ra promoverá o seu cancelamento. das competências estabelecidas neste Código e dentro de sua cir-
§ 2º Decorridos dois anos da cassação da Carteira Nacional de cunscrição, deverá adotar as seguintes medidas administrativas:
Habilitação, o infrator poderá requerer sua reabilitação, submeten- I - retenção do veículo;
do-se a todos os exames necessários à habilitação, na forma esta- II - remoção do veículo;
belecida pelo CONTRAN. III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
Art. 264. (VETADO) IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
Art. 265. As penalidades de suspensão do direito de dirigir e de V - recolhimento do Certificado de Registro;
cassação do documento de habilitação serão aplicadas por decisão VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
fundamentada da autoridade de trânsito competente, em processo VII - (VETADO)
administrativo, assegurado ao infrator amplo direito de defesa. VIII - transbordo do excesso de carga;
Art. 266. Quando o infrator cometer, simultaneamente, duas IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia
ou mais infrações, ser-lhe-ão aplicadas, cumulativamente, as res- de substância entorpecente ou que determine dependência física
pectivas penalidades. ou psíquica;
Art. 267.Deverá ser imposta a penalidade de advertência por X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias
escrito à infração de natureza leve ou média, passível de ser punida e na faixa de domínio das vias de circulação, restituindo-os aos seus
com multa, caso o infrator não tenha cometido nenhuma outra in- proprietários, após o pagamento de multas e encargos devidos.
fração nos últimos 12 (doze) meses. XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legisla-
§ 1º (Revogado). ção, de prática de primeiros socorros e de direção veicular. (Incluído
§ 2º (Revogado).” (NR) pela Lei nº 9.602, de 1998)
Art. 268. O infrator será submetido a curso de reciclagem, na § 1º A ordem, o consentimento, a fiscalização, as medidas ad-
forma estabelecida pelo CONTRAN: ministrativas e coercitivas adotadas pelas autoridades de trânsito
I - (revogado); e seus agentes terão por objetivo prioritário a proteção à vida e à
II - quando suspenso do direito de dirigir; incolumidade física da pessoa.
III - quando se envolver em acidente grave para o qual haja con- § 2º As medidas administrativas previstas neste artigo não eli-
tribuído, independentemente de processo judicial; dem a aplicação das penalidades impostas por infrações estabeleci-
das neste Código, possuindo caráter complementar a estas.
IV - quando condenado judicialmente por delito de trânsito;
§ 3º São documentos de habilitação a Carteira Nacional de Ha-
V - a qualquer tempo, se for constatado que o condutor está
bilitação e a Permissão para Dirigir.
colocando em risco a segurança do trânsito;
§ 4º Aplica-se aos animais recolhidos na forma do inciso X o
VI - (revogado).
disposto nos arts. 271 e 328, no que couber.
Parágrafo único. Além do curso de reciclagem previsto no caput
§ 5ºNo caso de documentos em meio digital, as medidas admi-
deste artigo, o infrator será submetido à avaliação psicológica nos
nistrativas previstas nos incisos III, IV, V e VI do caput deste artigo
casos dos incisos III, IV e V do caput deste artigo.’ (NR)” (Parte pro-
serão realizadas por meio de registro no Renach ou Renavam, con-
mulgada pelo Congresso Nacional)
forme o caso, na forma estabelecida pelo Contran.” (NR)
Art. 268-A.Fica criado o Registro Nacional Positivo de Conduto- Art. 270. O veículo poderá ser retido nos casos expressos neste
res (RNPC), administrado pelo órgão máximo executivo de trânsito Código.
da União, com a finalidade de cadastrar os condutores que não co- § 1º Quando a irregularidade puder ser sanada no local da in-
meteram infração de trânsito sujeita à pontuação prevista no art. fração, o veículo será liberado tão logo seja regularizada a situação.
259 deste Código, nos últimos 12 (doze) meses, conforme regula- § 2ºQuando não for possível sanar a falha no local da infração,
mentação do Contran. o veículo, desde que ofereça condições de segurança para circula-
§ 1ºO RNPC deverá ser atualizado mensalmente. ção, deverá ser liberado e entregue a condutor regularmente ha-
§ 2ºA abertura de cadastro requer autorização prévia e expres- bilitado, mediante recolhimento do Certificado de Licenciamento
sa do potencial cadastrado. Anual, contra apresentação de recibo, assinalando-se ao condutor
§ 3ºApós a abertura do cadastro, a anotação de informação no prazo razoável, não superior a 30 (trinta) dias, para regularizar a
RNPC independe de autorização e de comunicação ao cadastrado. situação, e será considerado notificado para essa finalidade na mes-
§ 4ºA exclusão do RNPC dar-se-á: ma ocasião.
I - por solicitação do cadastrado; § 3º O Certificado de Licenciamento Anual será devolvido ao
II - quando for atribuída ao cadastrado pontuação por infração; condutor no órgão ou entidade aplicadores das medidas adminis-
III - quando o cadastrado tiver o direito de dirigir suspenso; trativas, tão logo o veículo seja apresentado à autoridade devida-
IV - quando a Carteira Nacional de Habilitação do cadastrado mente regularizado.
estiver cassada ou com validade vencida há mais de 30 (trinta) dias;
V - quando o cadastrado estiver cumprindo pena privativa de
liberdade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 4º Não se apresentando condutor habilitado no local da in- § 11. Os custos dos serviços de remoção e estada prestados
fração, o veículo será removido a depósito, aplicando-se neste caso por particulares poderão ser pagos pelo proprietário diretamente
o disposto no art. 271. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) ao contratado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
(Vigência) § 12. O disposto no § 11 não afasta a possibilidade de o res-
§ 5º A critério do agente, não se dará a retenção imediata, pectivo ente da Federação estabelecer a cobrança por meio de taxa
quando se tratar de veículo de transporte coletivo transportando instituída em lei. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)
passageiros ou veículo transportando produto perigoso ou perecí- § 13. No caso de o proprietário do veículo objeto do recolhi-
vel, desde que ofereça condições de segurança para circulação em mento comprovar, administrativa ou judicialmente, que o recolhi-
via pública. mento foi indevido ou que houve abuso no período de retenção em
§ 6º Não efetuada a regularização no prazo a que se refere o § depósito, é da responsabilidade do ente público a devolução das
2o, será feito registro de restrição administrativa no Renavam por quantias pagas por força deste artigo, segundo os mesmos critérios
órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados e do Distrito da devolução de multas indevidas. (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Federal, que será retirada após comprovada a regularização. (Inclu- 2016)
ído pela Lei nº 13.160, de 2015) Art. 272. O recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação e
§ 7o O descumprimento das obrigações estabelecidas no § 2o da Permissão para Dirigir dar-se-á mediante recibo, além dos casos
resultará em recolhimento do veículo ao depósito, aplicando-se, previstos neste Código, quando houver suspeita de sua inautentici-
nesse caso, o disposto no art. 271. (Incluído pela Lei nº 13.160, de dade ou adulteração.
2015) Art. 273. O recolhimento do Certificado de Registro dar-se-á
Art. 271. O veículo será removido, nos casos previstos neste mediante recibo, além dos casos previstos neste Código, quando:
Código, para o depósito fixado pelo órgão ou entidade competente, I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
com circunscrição sobre a via. II - se, alienado o veículo, não for transferida sua propriedade
§ 1o A restituição do veículo removido só ocorrerá mediante no prazo de trinta dias.
prévio pagamento de multas, taxas e despesas com remoção e es- Art. 274. O recolhimento do Certificado de Licenciamento Anu-
tada, além de outros encargos previstos na legislação específica. al dar-se-á mediante recibo, além dos casos previstos neste Código,
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) quando:
§ 2o A liberação do veículo removido é condicionada ao repa- I - houver suspeita de inautenticidade ou adulteração;
II - se o prazo de licenciamento estiver vencido;
ro de qualquer componente ou equipamento obrigatório que não
III - no caso de retenção do veículo, se a irregularidade não pu-
esteja em perfeito estado de funcionamento. (Incluído pela Lei nº
der ser sanada no local.
13.160, de 2015)
Art. 275. O transbordo da carga com peso excedente é condição
§ 3º Se o reparo referido no § 2º demandar providência que
para que o veículo possa prosseguir viagem e será efetuado às ex-
não possa ser tomada no depósito, a autoridade responsável pela pensas do proprietário do veículo, sem prejuízo da multa aplicável.
remoção liberará o veículo para reparo, na forma transportada, me- Parágrafo único. Não sendo possível desde logo atender ao dis-
diante autorização, assinalando prazo para reapresentação. (Reda- posto neste artigo, o veículo será recolhido ao depósito, sendo libe-
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) rado após sanada a irregularidade e pagas as despesas de remoção
§ 4º Os serviços de remoção, depósito e guarda de veículo po- e estada.
derão ser realizados por órgão público, diretamente, ou por particu- Art. 276. Qualquer concentração de álcool por litro de sangue
lar contratado por licitação pública, sendo o proprietário do veículo ou por litro de ar alveolar sujeita o condutor às penalidades previs-
o responsável pelo pagamento dos custos desses serviços. (Reda- tas no art. 165. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
ção dada pela Lei nº 13.281, de 2016) Parágrafo único. O Contran disciplinará as margens de tolerân-
§ 5o O proprietário ou o condutor deverá ser notificado, no ato cia quando a infração for apurada por meio de aparelho de medi-
de remoção do veículo, sobre as providências necessárias à sua res- ção, observada a legislação metrológica. (Redação dada pela Lei nº
tituição e sobre o disposto no art. 328, conforme regulamentação 12.760, de 2012)
do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015) Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em aci-
§ 6º Caso o proprietário ou o condutor não esteja presente no dente de trânsito ou que for alvo de fiscalização de trânsito poderá
momento da remoção do veículo, a autoridade de trânsito, no pra- ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou outro procedimen-
zo de 10 (dez) dias contado da data da remoção, deverá expedir ao to que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo
proprietário a notificação prevista no § 5º, por remessa postal ou Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância
por outro meio tecnológico hábil que assegure a sua ciência, e, caso psicoativa que determine dependência. (Redação dada pela Lei nº
reste frustrada, a notificação poderá ser feita por edital. (Redação 12.760, de 2012)
dada pela Lei nº 13.281, de 2016) § 1o (Revogado). (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 7o A notificação devolvida por desatualização do endereço § 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser carac-
do proprietário do veículo ou por recusa desse de recebê-la será terizada mediante imagem, vídeo, constatação de sinais que indi-
considerada recebida para todos os efeitos (Incluído pela Lei nº quem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
13.160, de 2015) psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito
admitidas. (Redação dada pela Lei nº 12.760, de 2012)
§ 8o Em caso de veículo licenciado no exterior, a notificação
§ 3º Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas
será feita por edital. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
estabelecidas no art. 165-A deste Código ao condutor que se recu-
§ 9ºNão caberá remoção nos casos em que a irregularidade for
sar a se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no caput
sanada no local da infração.
deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
§ 10. O pagamento das despesas de remoção e estada será cor-
respondente ao período integral, contado em dias, em que efetiva-
mente o veículo permanecer em depósito, limitado ao prazo de 6
(seis) meses. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 278. Ao condutor que se evadir da fiscalização, não subme- § 4º O agente da autoridade de trânsito competente para lavrar
tendo veículo à pesagem obrigatória nos pontos de pesagem, fixos o auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou celetis-
ou móveis, será aplicada a penalidade prevista no art. 209, além ta ou, ainda, policial militar designado pela autoridade de trânsito
da obrigação de retornar ao ponto de evasão para fim de pesagem com jurisdição sobre a via no âmbito de sua competência.
obrigatória.
Parágrafo único. No caso de fuga do condutor à ação policial, SEÇÃO II
a apreensão do veículo dar-se-á tão logo seja localizado, aplican- DO JULGAMENTO DAS AUTUAÇÕES E PENALIDADES
do-se, além das penalidades em que incorre, as estabelecidas no
art. 210. Art. 281. A autoridade de trânsito, na esfera da competência
Art. 278-A. O condutor que se utilize de veículo para a prática estabelecida neste Código e dentro de sua circunscrição, julgará a
do crime de receptação, descaminho, contrabando, previstos nos consistência do auto de infração e aplicará a penalidade cabível.
arts. 180, 334 e 334-A do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro Parágrafo único. O auto de infração será arquivado e seu regis-
de 1940 (Código Penal), condenado por um desses crimes em de- tro julgado insubsistente:
cisão judicial transitada em julgado, terá cassado seu documento I - se considerado inconsistente ou irregular;
de habilitação ou será proibido de obter a habilitação para dirigir II - se, no prazo máximo de trinta dias, não for expedida a no-
veículo automotor pelo prazo de 5 (cinco) anos. (Incluído pela Lei tificação da autuação. (Redação dada pela Lei nº 9.602, de 1998)
nº 13.804, de 2019) Art. 281-A.Na notificação de autuação e no auto de infração,
§ 1º O condutor condenado poderá requerer sua reabilitação, quando valer como notificação de autuação, deverá constar o prazo
submetendo-se a todos os exames necessários à habilitação, na for- para apresentação de defesa prévia, que não será inferior a 30 (trin-
ma deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.804, de 2019) ta) dias, contado da data de expedição da notificação
§ 2º No caso do condutor preso em flagrante na prática dos Art. 282.Caso a defesa prévia seja indeferida ou não seja apre-
crimes de que trata o caput deste artigo, poderá o juiz, em qual- sentada no prazo estabelecido, será aplicada a penalidade e expe-
quer fase da investigação ou da ação penal, se houver necessidade dida notificação ao proprietário do veículo ou ao infrator, no prazo
para a garantia da ordem pública, como medida cautelar, de ofício, máximo de 180 (cento e oitenta) dias, contado da data do cometi-
ou a requerimento do Ministério Público ou ainda mediante repre- mento da infração, por remessa postal ou por qualquer outro meio
tecnológico hábil que assegure a ciência da imposição da penali-
sentação da autoridade policial, decretar, em decisão motivada, a
dade.
suspensão da permissão ou da habilitação para dirigir veículo auto-
§ 1º A notificação devolvida por desatualização do endereço
motor, ou a proibição de sua obtenção. (Incluído pela Lei nº 13.804,
do proprietário do veículo será considerada válida para todos os
de 2019)
efeitos.
Art. 279. Em caso de acidente com vítima, envolvendo veículo
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repar-
equipado com registrador instantâneo de velocidade e tempo, so-
tições consulares de carreira e de representações de organismos in-
mente o perito oficial encarregado do levantamento pericial poderá
ternacionais e de seus integrantes será remetida ao Ministério das
retirar o disco ou unidade armazenadora do registro.
Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança dos
valores, no caso de multa.
CAPÍTULO XVIII § 3º Sempre que a penalidade de multa for imposta a condutor,
DO PROCESSO ADMINISTRATIVO à exceção daquela de que trata o § 1º do art. 259, a notificação
será encaminhada ao proprietário do veículo, responsável pelo seu
SEÇÃO I pagamento.
DA AUTUAÇÃO § 4º Da notificação deverá constar a data do término do prazo
para apresentação de recurso pelo responsável pela infração, que
Art. 280. Ocorrendo infração prevista na legislação de trânsito, não será inferior a trinta dias contados da data da notificação da
lavrar-se-á auto de infração, do qual constará: penalidade. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
I - tipificação da infração; § 5º No caso de penalidade de multa, a data estabelecida no
II - local, data e hora do cometimento da infração; parágrafo anterior será a data para o recolhimento de seu valor. (In-
III - caracteres da placa de identificação do veículo, sua marca cluído pela Lei nº 9.602, de 1998)
e espécie, e outros elementos julgados necessários à sua identifi- § 6ºEm caso de apresentação da defesa prévia em tempo há-
cação; bil, o prazo previsto no caput deste artigo será de 360 (trezentos e
IV - o prontuário do condutor, sempre que possível; sessenta) dias.
V - identificação do órgão ou entidade e da autoridade ou agen- § 7ºO descumprimento dos prazos previstos no caput ou no §
te autuador ou equipamento que comprovar a infração; 6º deste artigo implicará a decadência do direito de aplicar a pena-
VI - assinatura do infrator, sempre que possível, valendo esta lidade.” (NR)
como notificação do cometimento da infração. Art. 282-A.O órgão do Sistema Nacional de Trânsito responsá-
§ 1º (VETADO) vel pela autuação deverá oferecer ao proprietário do veículo ou ao
§ 2º A infração deverá ser comprovada por declaração da condutor autuado a opção de notificação por meio eletrônico, na
autoridade ou do agente da autoridade de trânsito, por aparelho forma definida pelo Contran.
eletrônico ou por equipamento audiovisual, reações químicas ou § 1ºO proprietário e o condutor autuado deverão manter seu
qualquer outro meio tecnologicamente disponível, previamente re- cadastro atualizado no órgão executivo de trânsito do Estado ou do
gulamentado pelo CONTRAN. Distrito Federal.
§ 3º Não sendo possível a autuação em flagrante, o agente de § 2ºNa hipótese de notificação prevista no caput deste artigo, o
trânsito relatará o fato à autoridade no próprio auto de infração, in- proprietário ou o condutor autuado será considerado notificado 30
formando os dados a respeito do veículo, além dos constantes nos (trinta) dias após a inclusão da informação no sistema eletrônico e
incisos I, II e III, para o procedimento previsto no artigo seguinte. do envio da respectiva mensagem.

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 3º O sistema previsto no caput será certificado digitalmente, Parágrafo único. A autoridade de trânsito que receber o re-
atendidos os requisitos de autenticidade, integridade, validade jurí- curso deverá remetê-lo, de pronto, à autoridade que impôs a pe-
dica e interoperabilidade da Infraestrutura de Chaves Públicas Bra- nalidade acompanhado das cópias dos prontuários necessários ao
sileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) julgamento.
Art. 283. (VETADO) Art. 288. Das decisões da JARI cabe recurso a ser interposto, na
Art. 284. O pagamento da multa poderá ser efetuado até a data forma do artigo seguinte, no prazo de trinta dias contado da publi-
do vencimento expressa na notificação, por oitenta por cento do cação ou da notificação da decisão.
seu valor. § 1º O recurso será interposto, da decisão do não provimento,
§ 1ºCaso o infrator opte pelo sistema de notificação eletrônica, pelo responsável pela infração, e da decisão de provimento, pela
conforme regulamentação do Contran, e opte por não apresentar autoridade que impôs a penalidade.
defesa prévia nem recurso, reconhecendo o cometimento da infra- § 2º (Revogado pela Lei nº 12.249, de 2010) (Vide ADIN 2998)
ção, poderá efetuar o pagamento da multa por 60% (sessenta por Art. 289. O recurso de que trata o artigo anterior será aprecia-
cento) do seu valor, em qualquer fase do processo, até o vencimen- do no prazo de trinta dias:
to da multa. I - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade da
§ 2º O recolhimento do valor da multa não implica renúncia União, por colegiado especial integrado pelo Coordenador-Geral da
ao questionamento administrativo, que pode ser realizado a qual- Jari, pelo Presidente da Junta que apreciou o recurso e por mais um
quer momento, respeitado o disposto no § 1º. (Incluído pela Lei nº Presidente de Junta;
13.281, de 2016) (Vigência) a) (revogada);
§ 3º Não incidirá cobrança moratória e não poderá ser aplicada b) (revogada);
qualquer restrição, inclusive para fins de licenciamento e transfe- II - tratando-se de penalidade imposta por órgão ou entidade
rência, enquanto não for encerrada a instância administrativa de de trânsito estadual, municipal ou do Distrito Federal, pelos CE-
julgamento de infrações e penalidades. (Incluído pela Lei nº 13.281, TRAN E CONTRANDIFE, respectivamente.
de 2016) (Vigência) Parágrafo único. No caso do inciso I do caput deste artigo,
§ 4º Encerrada a instância administrativa de julgamento de quando houver apenas uma Jari, o recurso será julgado por seus
infrações e penalidades, a multa não paga até o vencimento será membros.” (NR)
acrescida de juros de mora equivalentes à taxa referencial do Siste- Art. 290. Implicam encerramento da instância administrativa
ma Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais de julgamento de infrações e penalidades: (Redação dada pela Lei
acumulada mensalmente, calculados a partir do mês subsequente nº 13.281, de 2016) (Vigência)
ao da consolidação até o mês anterior ao do pagamento, e de 1% I - o julgamento do recurso de que tratam os arts. 288 e 289;
(um por cento) relativamente ao mês em que o pagamento estiver (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
sendo efetuado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) II - a não interposição do recurso no prazo legal; e (Incluído pela
§ 5ºO sistema de notificação eletrônica, referido no § 1º deste Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
artigo, deve disponibilizar, na mesma plataforma, campo destinado III - o pagamento da multa, com reconhecimento da infração
à apresentação de defesa prévia e de recurso, quando o condutor e requerimento de encerramento do processo na fase em que se
não reconhecer o cometimento da infração, na forma regulamenta- encontra, sem apresentação de defesa ou recurso. (Incluído pela Lei
da pelo Contran.” (NR) nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 285. O recurso previsto no art. 283 será interposto perante Parágrafo único. Esgotados os recursos, as penalidades aplica-
a autoridade que impôs a penalidade, a qual remetê-lo-á à JARI, das nos termos deste Código serão cadastradas no RENACH.
que deverá julgá-lo em até trinta dias.
§ 1º O recurso não terá efeito suspensivo. CAPÍTULO XIX
§ 2º A autoridade que impôs a penalidade remeterá o recur- DOS CRIMES DE TRÂNSITO
so ao órgão julgador, dentro dos dez dias úteis subseqüentes à sua
apresentação, e, se o entender intempestivo, assinalará o fato no SEÇÃO I
despacho de encaminhamento. DISPOSIÇÕES GERAIS
§ 3º Se, por motivo de força maior, o recurso não for julgado
dentro do prazo previsto neste artigo, a autoridade que impôs a Art. 291. Aos crimes cometidos na direção de veículos auto-
penalidade, de ofício, ou por solicitação do recorrente, poderá con- motores, previstos neste Código, aplicam-se as normas gerais do
ceder-lhe efeito suspensivo. Código Penal e do Código de Processo Penal, se este Capítulo não
§ 4ºNa apresentação de defesa ou recurso, em qualquer fase dispuser de modo diverso, bem como a Lei nº 9.099, de 26 de se-
do processo, para efeitos de admissibilidade, não serão exigidos do- tembro de 1995, no que couber.
cumentos ou cópia de documentos emitidos pelo órgão responsá- § 1o Aplica-se aos crimes de trânsito de lesão corporal culposa
vel pela autuação.” (NR) o disposto nos arts. 74, 76 e 88 da Lei no 9.099, de 26 de setembro
Art. 286. O recurso contra a imposição de multa poderá ser in- de 1995, exceto se o agente estiver: (Renumerado do parágrafo úni-
terposto no prazo legal, sem o recolhimento do seu valor. co pela Lei nº 11.705, de 2008)
§ 1º No caso de não provimento do recurso, aplicar-se-á o esta- I - sob a influência de álcool ou qualquer outra substância psi-
belecido no parágrafo único do art. 284. coativa que determine dependência; (Incluído pela Lei nº 11.705,
§ 2º Se o infrator recolher o valor da multa e apresentar recur- de 2008)
so, se julgada improcedente a penalidade, ser-lhe-á devolvida a im- II - participando, em via pública, de corrida, disputa ou com-
portância paga, atualizada em UFIR ou por índice legal de correção petição automobilística, de exibição ou demonstração de perícia
dos débitos fiscais. em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade
Art. 287. Se a infração for cometida em localidade diversa da- competente; (Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008)
quela do licenciamento do veículo, o recurso poderá ser apresenta- III - transitando em velocidade superior à máxima permitida
do junto ao órgão ou entidade de trânsito da residência ou domicí- para a via em 50 km/h (cinqüenta quilômetros por hora). (Incluído
lio do infrator. pela Lei nº 11.705, de 2008)

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 2o Nas hipóteses previstas no § 1o deste artigo, deverá ser IV - com Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilitação de
instaurado inquérito policial para a investigação da infração penal. categoria diferente da do veículo;
(Incluído pela Lei nº 11.705, de 2008) V - quando a sua profissão ou atividade exigir cuidados espe-
§ 3º (VETADO). (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência) ciais com o transporte de passageiros ou de carga;
§ 4º O juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no VI - utilizando veículo em que tenham sido adulterados equi-
art. 59 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código pamentos ou características que afetem a sua segurança ou o seu
Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às cir- funcionamento de acordo com os limites de velocidade prescritos
cunstâncias e consequências do crime. (Incluído pela Lei nº 13.546, nas especificações do fabricante;
de 2017) (Vigência) VII - sobre faixa de trânsito temporária ou permanentemente
Art. 292. A suspensão ou a proibição de se obter a permissão destinada a pedestres.
ou a habilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta Art. 299. (VETADO)
isolada ou cumulativamente com outras penalidades. (Redação Art. 300. (VETADO)
dada pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Art. 301. Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de
Art. 293. A penalidade de suspensão ou de proibição de se ob- trânsito de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante,
ter a permissão ou a habilitação, para dirigir veículo automotor, tem nem se exigirá fiança, se prestar pronto e integral socorro àquela.
a duração de dois meses a cinco anos.
§ 1º Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será SEÇÃO II
intimado a entregar à autoridade judiciária, em quarenta e oito ho- DOS CRIMES EM ESPÉCIE
ras, a Permissão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação.
§ 2º A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter Art. 302. Praticar homicídio culposo na direção de veículo au-
a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor não se tomotor:
inicia enquanto o sentenciado, por efeito de condenação penal, es- Penas - detenção, de dois a quatro anos, e suspensão ou proi-
tiver recolhido a estabelecimento prisional. bição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo
Art. 294. Em qualquer fase da investigação ou da ação penal, automotor.
havendo necessidade para a garantia da ordem pública, poderá o § 1o No homicídio culposo cometido na direção de veículo au-
juiz, como medida cautelar, de ofício, ou a requerimento do Minis- tomotor, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) à metade, se o
tério Público ou ainda mediante representação da autoridade poli- agente: (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
cial, decretar, em decisão motivada, a suspensão da permissão ou I - não possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habilita-
da habilitação para dirigir veículo automotor, ou a proibição de sua ção; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
obtenção. II - praticá-lo em faixa de pedestres ou na calçada; (Incluído
Parágrafo único. Da decisão que decretar a suspensão ou a pela Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
medida cautelar, ou da que indeferir o requerimento do Ministério III - deixar de prestar socorro, quando possível fazê-lo sem risco
pessoal, à vítima do acidente; (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
Público, caberá recurso em sentido estrito, sem efeito suspensivo.
(Vigência)
Art. 295. A suspensão para dirigir veículo automotor ou a proi-
IV - no exercício de sua profissão ou atividade, estiver condu-
bição de se obter a permissão ou a habilitação será sempre comu-
zindo veículo de transporte de passageiros. (Incluído pela Lei nº
nicada pela autoridade judiciária ao Conselho Nacional de Trânsito
12.971, de 2014) (Vigência)
- CONTRAN, e ao órgão de trânsito do Estado em que o indiciado ou
V - (Revogado pela Lei nº 11.705, de 2008)
réu for domiciliado ou residente.
§ 2o (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
Art. 296. Se o réu for reincidente na prática de crime previsto
§ 3o Se o agente conduz veículo automotor sob a influência de
neste Código, o juiz aplicará a penalidade de suspensão da permis-
álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
são ou habilitação para dirigir veículo automotor, sem prejuízo das dependência: (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
demais sanções penais cabíveis. (Redação dada pela Lei nº 11.705, Penas - reclusão, de cinco a oito anos, e suspensão ou proibi-
de 2008) ção do direito de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir
Art. 297. A penalidade de multa reparatória consiste no pa- veículo automotor. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
gamento, mediante depósito judicial em favor da vítima, ou seus Art. 303. Praticar lesão corporal culposa na direção de veículo
sucessores, de quantia calculada com base no disposto no § 1º do automotor:
art. 49 do Código Penal, sempre que houver prejuízo material resul- Penas - detenção, de seis meses a dois anos e suspensão ou
tante do crime. proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veí-
§ 1º A multa reparatória não poderá ser superior ao valor do culo automotor.
prejuízo demonstrado no processo. § 1o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) à metade, se ocorrer
§ 2º Aplica-se à multa reparatória o disposto nos arts. 50 a 52 qualquer das hipóteses do § 1o do art. 302. (Renumerado do pará-
do Código Penal. grafo único pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência)
§ 3º Na indenização civil do dano, o valor da multa reparatória § 2o A pena privativa de liberdade é de reclusão de dois a cin-
será descontado. co anos, sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo, se o
Art. 298. São circunstâncias que sempre agravam as penalida- agente conduz o veículo com capacidade psicomotora alterada em
des dos crimes de trânsito ter o condutor do veículo cometido a razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que
infração: determine dependência, e se do crime resultar lesão corporal de
I - com dano potencial para duas ou mais pessoas ou com gran- natureza grave ou gravíssima. (Incluído pela Lei nº 13.546, de 2017)
de risco de grave dano patrimonial a terceiros; (Vigência)
II - utilizando o veículo sem placas, com placas falsas ou adul- Art. 304. Deixar o condutor do veículo, na ocasião do acidente,
teradas; de prestar imediato socorro à vítima, ou, não podendo fazê-lo dire-
III - sem possuir Permissão para Dirigir ou Carteira de Habili- tamente, por justa causa, deixar de solicitar auxílio da autoridade
tação; pública:

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa, se o fato § 2o Se da prática do crime previsto no caput resultar morte, e
não constituir elemento de crime mais grave. as circunstâncias demonstrarem que o agente não quis o resultado
Parágrafo único. Incide nas penas previstas neste artigo o con- nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena privativa de liberdade é
dutor do veículo, ainda que a sua omissão seja suprida por terceiros de reclusão de 5 (cinco) a 10 (dez) anos, sem prejuízo das outras
ou que se trate de vítima com morte instantânea ou com ferimen- penas previstas neste artigo. (Incluído pela Lei nº 12.971, de 2014)
tos leves. (Vigência)
Art. 305. Afastar-se o condutor do veículo do local do acidente, Art. 309. Dirigir veículo automotor, em via pública, sem a de-
para fugir à responsabilidade penal ou civil que lhe possa ser atri- vida Permissão para Dirigir ou Habilitação ou, ainda, se cassado o
buída: direito de dirigir, gerando perigo de dano:
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa. Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psico- Art. 310. Permitir, confiar ou entregar a direção de veículo au-
motora alterada em razão da influência de álcool ou de outra subs- tomotor a pessoa não habilitada, com habilitação cassada ou com
tância psicoativa que determine dependência: (Redação dada pela o direito de dirigir suspenso, ou, ainda, a quem, por seu estado de
Lei nº 12.760, de 2012) saúde, física ou mental, ou por embriaguez, não esteja em condi-
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ções de conduzi-lo com segurança:
ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
veículo automotor. Art. 310-A. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 12.619, de 2012) (Vi-
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por: (In- gência)
cluído pela Lei nº 12.760, de 2012) Art. 311. Trafegar em velocidade incompatível com a seguran-
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por ça nas proximidades de escolas, hospitais, estações de embarque e
litro de sangue ou igual ou superior a 0,3 miligrama de álcool por desembarque de passageiros, logradouros estreitos, ou onde haja
litro de ar alveolar; ou (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) grande movimentação ou concentração de pessoas, gerando perigo
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, de dano:
alteração da capacidade psicomotora. (Incluído pela Lei nº 12.760, Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
de 2012) Art. 312. Inovar artificiosamente, em caso de acidente auto-
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mobilístico com vítima, na pendência do respectivo procedimento
policial preparatório, inquérito policial ou processo penal, o estado
mediante teste de alcoolemia ou toxicológico, exame clínico, perí-
de lugar, de coisa ou de pessoa, a fim de induzir a erro o agente
cia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova em direito
policial, o perito, ou juiz:
admitidos, observado o direito à contraprova. (Redação dada pela
Penas - detenção, de seis meses a um ano, ou multa.
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência)
Parágrafo único. Aplica-se o disposto neste artigo, ainda que
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos
não iniciados, quando da inovação, o procedimento preparatório, o
testes de alcoolemia ou toxicológicos para efeito de caracterização
inquérito ou o processo aos quais se refere.
do crime tipificado neste artigo. (Redação dada pela Lei nº 12.971,
Art. 312-A. Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 des-
de 2014) (Vigência)
te Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição de pena
§ 4º Poderá ser empregado qualquer aparelho homologado privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá
pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - IN- ser de prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas,
METRO - para se determinar o previsto no caput. (Incluído pela Lei em uma das seguintes atividades: (Incluído pela Lei nº 13.281, de
nº 13.840, de 2019) 2016) (Vigência)
Art. 307. Violar a suspensão ou a proibição de se obter a per- I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos
missão ou a habilitação para dirigir veículo automotor imposta com corpos de bombeiros e em outras unidades móveis especializadas
fundamento neste Código: no atendimento a vítimas de trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281,
Penas - detenção, de seis meses a um ano e multa, com nova de 2016) (Vigência)
imposição adicional de idêntico prazo de suspensão ou de proibi- II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da
ção. rede pública que recebem vítimas de acidente de trânsito e poli-
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre o condenado que traumatizados; (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
deixa de entregar, no prazo estabelecido no § 1º do art. 293, a Per- III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recu-
missão para Dirigir ou a Carteira de Habilitação. peração de acidentados de trânsito; (Incluído pela Lei nº 13.281, de
Art. 308. Participar, na direção de veículo automotor, em via 2016) (Vigência)
pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ain- IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e
da de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo recuperação de vítimas de acidentes de trânsito. (Incluído pela Lei
automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando nº 13.281, de 2016) (Vigência)
situação de risco à incolumidade pública ou privada: (Redação dada Art. 312-B. Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do
pela Lei nº 13.546, de 2017) (Vigência) art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I do caput
Penas - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Có-
suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação digo Penal) .
para dirigir veículo automotor. (Redação dada pela Lei nº 12.971,
de 2014) (Vigência)
§ 1o Se da prática do crime previsto no caput resultar lesão CAPÍTULO XX
corporal de natureza grave, e as circunstâncias demonstrarem que DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a
pena privativa de liberdade é de reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, Art. 313. O Poder Executivo promoverá a nomeação dos mem-
sem prejuízo das outras penas previstas neste artigo. (Incluído pela bros do CONTRAN no prazo de sessenta dias da publicação deste
Lei nº 12.971, de 2014) (Vigência) Código.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 314. O CONTRAN tem o prazo de duzentos e quarenta dias Art. 325. As repartições de trânsito conservarão por, no míni-
a partir da publicação deste Código para expedir as resoluções ne- mo, 5 (cinco) anos os documentos relativos à habilitação de con-
cessárias à sua melhor execução, bem como revisar todas as reso- dutores, ao registro e ao licenciamento de veículos e aos autos de
luções anteriores à sua publicação, dando prioridade àquelas que infração de trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
visam a diminuir o número de acidentes e a assegurar a proteção (Vigência)
de pedestres. § 1º Os documentos previstos no caput poderão ser gerados e
Parágrafo único. As resoluções do CONTRAN, existentes até a tramitados eletronicamente, bem como arquivados e armazenados
data de publicação deste Código, continuam em vigor naquilo em em meio digital, desde que assegurada a autenticidade, a fidedig-
que não conflitem com ele. nidade, a confiabilidade e a segurança das informações, e serão vá-
Art. 315. O Ministério da Educação e do Desporto, mediante lidos para todos os efeitos legais, sendo dispensada, nesse caso, a
proposta do CONTRAN, deverá, no prazo de duzentos e quarenta sua guarda física. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
dias contado da publicação, estabelecer o currículo com conteúdo § 2º O Contran regulamentará a geração, a tramitação, o arqui-
programático relativo à segurança e à educação de trânsito, a fim de vamento, o armazenamento e a eliminação de documentos eletrô-
atender o disposto neste Código. nicos e físicos gerados em decorrência da aplicação das disposições
Art. 316. O prazo de notificação previsto no inciso II do parágra- deste Código. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
fo único do art. 281 só entrará em vigor após duzentos e quarenta § 3º Na hipótese prevista nos §§ 1º e 2º, o sistema deverá ser
dias contados da publicação desta Lei. certificado digitalmente, atendidos os requisitos de autenticidade,
Art. 317. Os órgãos e entidades de trânsito concederão prazo integridade, validade jurídica e interoperabilidade da Infraestru-
de até um ano para a adaptação dos veículos de condução de es- tura de Chaves Públicas Brasileira (ICP-Brasil). (Incluído pela Lei nº
colares e de aprendizagem às normas do inciso III do art. 136 e art. 13.281, de 2016) (Vigência)
154, respectivamente. Art. 326. A Semana Nacional de Trânsito será comemorada
Art. 318. (VETADO) anualmente no período compreendido entre 18 e 25 de setembro.
Art. 319. Enquanto não forem baixadas novas normas pelo Art. 326-A. A atuação dos integrantes do Sistema Nacional de
CONTRAN, continua em vigor o disposto no art. 92 do Regulamento Trânsito, no que se refere à política de segurança no trânsito, deverá
do Código Nacional de Trânsito - Decreto nº 62.127, de 16 de janei- voltar-se prioritariamente para o cumprimento de metas anuais de
ro de 1968. redução de índice de mortos por grupo de veículos e de índice de
Art. 319-A. Os valores de multas constantes deste Código pode- mortos por grupo de habitantes, ambos apurados por Estado e por
rão ser corrigidos monetariamente pelo Contran, respeitado o limi- ano, detalhando-se os dados levantados e as ações realizadas por
te da variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo vias federais, estaduais e municipais. (Incluído pela Lei nº 13.614,
(IPCA) no exercício anterior. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) de 2018) (Vigência)
(Vigência) § 1o O objetivo geral do estabelecimento de metas é, ao final
Parágrafo único. Os novos valores decorrentes do disposto no do prazo de dez anos, reduzir à metade, no mínimo, o índice nacio-
caput serão divulgados pelo Contran com, no mínimo, 90 (noventa) nal de mortos por grupo de veículos e o índice nacional de mortos
dias de antecedência de sua aplicação. (Incluído pela Lei nº 13.281, por grupo de habitantes, relativamente aos índices apurados no
de 2016) (Vigência) ano da entrada em vigor da lei que cria o Plano Nacional de Redu-
Art. 320. A receita arrecadada com a cobrança das multas de ção de Mortes e Lesões no Trânsito (Pnatrans). (Incluído pela Lei nº
trânsito será aplicada, exclusivamente, em sinalização, engenha- 13.614, de 2018) (Vigência)
ria de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de § 2o As metas expressam a diferença a menor, em base per-
trânsito. centual, entre os índices mais recentes, oficialmente apurados, e
§ 1º O percentual de cinco por cento do valor das multas de os índices que se pretende alcançar. (Incluído pela Lei nº 13.614, de
trânsito arrecadadas será depositado, mensalmente, na conta de 2018) (Vigência)
fundo de âmbito nacional destinado à segurança e educação de § 3o A decisão que fixar as metas anuais estabelecerá as res-
trânsito. (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) pectivas margens de tolerância. (Incluído pela Lei nº 13.614, de
§ 2º O órgão responsável deverá publicar, anualmente, na rede 2018) (Vigência)
mundial de computadores (internet), dados sobre a receita arreca- § 4o As metas serão fixadas pelo Contran para cada um dos
dada com a cobrança de multas de trânsito e sua destinação. (Inclu- Estados da Federação e para o Distrito Federal, mediante propos-
ído pela Lei nº 13. 281, de 2016) (Vigência) tas fundamentadas dos Cetran, do Contrandife e do Departamento
Art. 320-A. Os órgãos e as entidades do Sistema Nacional de de Polícia Rodoviária Federal, no âmbito das respectivas circunscri-
Trânsito poderão integrar-se para a ampliação e o aprimoramento
ções. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
da fiscalização de trânsito, inclusive por meio do compartilhamento
§ 5o Antes de submeterem as propostas ao Contran, os Cetran,
da receita arrecadada com a cobrança das multas de trânsito. (Re-
o Contrandife e o Departamento de Polícia Rodoviária Federal reali-
dação dada pela Lei nº 13.281, de 2016)
zarão consulta ou audiência pública para manifestação da socieda-
Art. 321. (VETADO)
de sobre as metas a serem propostas. (Incluído pela Lei nº 13.614,
Art. 322. (VETADO)
de 2018) (Vigência)
Art. 323. O CONTRAN, em cento e oitenta dias, fixará a meto-
§ 6o As propostas dos Cetran, do Contrandife e do Departa-
dologia de aferição de peso de veículos, estabelecendo percentuais
mento de Polícia Rodoviária Federal serão encaminhadas ao Con-
de tolerância, sendo durante este período suspensa a vigência das
tran até o dia 1o de agosto de cada ano, acompanhadas de relatório
penalidades previstas no inciso V do art. 231, aplicando-se a penali-
dade de vinte UFIR por duzentos quilogramas ou fração de excesso. analítico a respeito do cumprimento das metas fixadas para o ano
Parágrafo único. Os limites de tolerância a que se refere este anterior e de exposição de ações, projetos ou programas, com os
artigo, até a sua fixação pelo CONTRAN, são aqueles estabelecidos respectivos orçamentos, por meio dos quais se pretende cumprir as
pela Lei nº 7.408, de 25 de novembro de 1985. metas propostas para o ano seguinte. (Incluído pela Lei nº 13.614,
Art. 324. (VETADO) de 2018) (Vigência)

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 7o As metas fixadas serão divulgadas em setembro, durante a Art. 328. O veículo apreendido ou removido a qualquer título
Semana Nacional de Trânsito, assim como o desempenho, absoluto e não reclamado por seu proprietário dentro do prazo de sessenta
e relativo, de cada Estado e do Distrito Federal no cumprimento dias, contado da data de recolhimento, será avaliado e levado a lei-
das metas vigentes no ano anterior, detalhados os dados levanta- lão, a ser realizado preferencialmente por meio eletrônico. (Reda-
dos e as ações realizadas por vias federais, estaduais e municipais, ção dada pela Lei nº 13.160, de 2015)
devendo tais informações permanecer à disposição do público na § 1o Publicado o edital do leilão, a preparação poderá ser ini-
rede mundial de computadores, em sítio eletrônico do órgão máxi- ciada após trinta dias, contados da data de recolhimento do veículo,
mo executivo de trânsito da União. (Incluído pela Lei nº 13.614, de o qual será classificado em duas categorias: (Incluído pela Lei nº
2018) (Vigência) 13.160, de 2015)
§ 8o O Contran, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária I – conservado, quando apresenta condições de segurança para
Federal e demais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, definirá trafegar; e (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
as fórmulas para apuração dos índices de que trata este artigo, as- II – sucata, quando não está apto a trafegar. (Incluído pela Lei
sim como a metodologia para a coleta e o tratamento dos dados es- nº 13.160, de 2015)
tatísticos necessários para a composição dos termos das fórmulas. § 2o Se não houver oferta igual ou superior ao valor da avalia-
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) ção, o lote será incluído no leilão seguinte, quando será arrematado
§ 9o Os dados estatísticos coletados em cada Estado e no Dis- pelo maior lance, desde que por valor não inferior a cinquenta por
trito Federal serão tratados e consolidados pelo respectivo órgão ou cento do avaliado. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
entidade executivos de trânsito, que os repassará ao órgão máximo § 3o Mesmo classificado como conservado, o veículo que for
executivo de trânsito da União até o dia 1o de março, por meio do levado a leilão por duas vezes e não for arrematado será leiloado
sistema de registro nacional de acidentes e estatísticas de trânsito. como sucata. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
(Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) § 4o É vedado o retorno do veículo leiloado como sucata à cir-
§ 10. Os dados estatísticos sujeitos à consolidação pelo órgão culação. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
ou entidade executivos de trânsito do Estado ou do Distrito Federal § 5o A cobrança das despesas com estada no depósito será limi-
compreendem os coletados naquela circunscrição: (Incluído pela tada ao prazo de seis meses. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) § 6o Os valores arrecadados em leilão deverão ser utilizados
I - pela Polícia Rodoviária Federal e pelo órgão executivo rodo- para custeio da realização do leilão, dividindo-se os custos entre os
viário da União; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) veículos arrematados, proporcionalmente ao valor da arrematação,
II - pela Polícia Militar e pelo órgão ou entidade executivos e destinando-se os valores remanescentes, na seguinte ordem,
rodoviários do Estado ou do Distrito Federal; (Incluído pela Lei nº para: (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
13.614, de 2018) (Vigência) I – as despesas com remoção e estada; (Incluído pela Lei nº
III - pelos órgãos ou entidades executivos rodoviários e pelos 13.160, de 2015)
órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Municípios. (Incluí- II – os tributos vinculados ao veículo, na forma do § 10; (Incluí-
do pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) do pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 11. O cálculo dos índices, para cada Estado e para o Distri- III – os credores trabalhistas, tributários e titulares de crédito
to Federal, será feito pelo órgão máximo executivo de trânsito da com garantia real, segundo a ordem de preferência estabelecida no
art. 186 da Lei no 5.172, de 25 de outubro de 1966 (Código Tributá-
União, ouvidos o Departamento de Polícia Rodoviária Federal e de-
rio Nacional); (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
mais órgãos do Sistema Nacional de Trânsito. (Incluído pela Lei nº
IV – as multas devidas ao órgão ou à entidade responsável pelo
13.614, de 2018) (Vigência)
leilão; (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 12. Os índices serão divulgados oficialmente até o dia 31 de
V – as demais multas devidas aos órgãos integrantes do Siste-
março de cada ano. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência)
ma Nacional de Trânsito, segundo a ordem cronológica; e (Incluído
§ 13. Com base em índices parciais, apurados no decorrer do
pela Lei nº 13.160, de 2015)
ano, o Contran, os Cetran e o Contrandife poderão recomendar aos
VI – os demais créditos, segundo a ordem de preferência legal.
integrantes do Sistema Nacional de Trânsito alterações nas ações,
(Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
projetos e programas em desenvolvimento ou previstos, com o fim § 7o Sendo insuficiente o valor arrecadado para quitar os dé-
de atingir as metas fixadas para cada um dos Estados e para o Distri- bitos incidentes sobre o veículo, a situação será comunicada aos
to Federal. (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) credores. (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)
§ 14. A partir da análise de desempenho a que se refere o § 7o § 8o Os órgãos públicos responsáveis serão comunicados do
deste artigo, o Contran elaborará e divulgará, também durante a leilão previamente para que formalizem a desvinculação dos ônus
Semana Nacional de Trânsito: (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) incidentes sobre o veículo no prazo máximo de dez dias. (Incluído
(Vigência) pela Lei nº 13.160, de 2015)
I - duas classificações ordenadas dos Estados e do Distrito Fede- § 9o Os débitos incidentes sobre o veículo antes da alienação
ral, uma referente ao ano analisado e outra que considere a evolu- administrativa ficam dele automaticamente desvinculados, sem
ção do desempenho dos Estados e do Distrito Federal desde o início prejuízo da cobrança contra o proprietário anterior. (Incluído pela
das análises; (Incluído pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) Lei nº 13.160, de 2015)
II - relatório a respeito do cumprimento do objetivo geral do § 10. Aplica-se o disposto no § 9o inclusive ao débito relativo a
estabelecimento de metas previsto no § 1o deste artigo. (Incluído tributo cujo fato gerador seja a propriedade, o domínio útil, a pos-
pela Lei nº 13.614, de 2018) (Vigência) se, a circulação ou o licenciamento de veículo. (Incluído pela Lei nº
Art. 327. A partir da publicação deste Código, somente poderão 13.160, de 2015)
ser fabricados e licenciados veículos que obedeçam aos limites de § 11. Na hipótese de o antigo proprietário reaver o veículo, por
peso e dimensões fixados na forma desta Lei, ressalvados os que qualquer meio, os débitos serão novamente vinculados ao bem,
vierem a ser regulamentados pelo CONTRAN. aplicando-se, nesse caso, o disposto nos §§ 1o, 2o e 3o do art. 271.
Parágrafo único. (VETADO) (Incluído pela Lei nº 13.160, de 2015)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 12. Quitados os débitos, o saldo remanescente será deposi- § 2º Os livros terão suas páginas numeradas tipograficamente
tado em conta específica do órgão responsável pela realização do e serão encadernados ou em folhas soltas, sendo que, no primei-
leilão e ficará à disposição do antigo proprietário, devendo ser ex- ro caso, conterão termo de abertura e encerramento lavrados pelo
pedida notificação a ele, no máximo em trinta dias após a realiza- proprietário e rubricados pela repartição de trânsito, enquanto,
ção do leilão, para o levantamento do valor no prazo de cinco anos, no segundo, todas as folhas serão autenticadas pela repartição de
após os quais o valor será transferido, definitivamente, para o fundo trânsito.
a que se refere o parágrafo único do art. 320. (Incluído pela Lei nº § 3º A entrada e a saída de veículos nos estabelecimentos re-
13.160, de 2015) feridos neste artigo registrar-se-ão no mesmo dia em que se ve-
§ 13. Aplica-se o disposto neste artigo, no que couber, ao ani- rificarem assinaladas, inclusive, as horas a elas correspondentes,
mal recolhido, a qualquer título, e não reclamado por seu proprie- podendo os veículos irregulares lá encontrados ou suas sucatas ser
tário no prazo de sessenta dias, a contar da data de recolhimen- apreendidos ou retidos para sua completa regularização.
to, conforme regulamentação do CONTRAN. (Incluído pela Lei nº § 4º As autoridades de trânsito e as autoridades policiais terão
13.160, de 2015) acesso aos livros sempre que o solicitarem, não podendo, entretan-
§ 14. Se identificada a existência de restrição policial ou judicial to, retirá-los do estabelecimento.
sobre o prontuário do veículo, a autoridade responsável pela restri- § 5º A falta de escrituração dos livros, o atraso, a fraude ao
ção será notificada para a retirada do bem do depósito, mediante realizá-lo e a recusa de sua exibição serão punidas com a multa pre-
a quitação das despesas com remoção e estada, ou para a autori- vista para as infrações gravíssimas, independente das demais comi-
zação do leilão nos termos deste artigo. (Redação dada pela Lei nº nações legais cabíveis.
13.281, de 2016) (Vigência) § 6o Os livros previstos neste artigo poderão ser substituídos
§ 15. Se no prazo de 60 (sessenta) dias, a contar da notifica- por sistema eletrônico, na forma regulamentada pelo Contran. (In-
ção de que trata o § 14, não houver manifestação da autoridade cluído pela Lei nº 13.154, de 2015)
responsável pela restrição judicial ou policial, estará o órgão de Art. 331. Até a nomeação e posse dos membros que passarão
trânsito autorizado a promover o leilão do veículo nos termos deste a integrar os colegiados destinados ao julgamento dos recursos ad-
artigo. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) ministrativos previstos na Seção II do Capítulo XVIII deste Código, o
§ 16. Os veículos, sucatas e materiais inservíveis de bens au- julgamento dos recursos ficará a cargo dos órgãos ora existentes.
tomotores que se encontrarem nos depósitos há mais de 1 (um) Art. 332. Os órgãos e entidades integrantes do Sistema Na-
ano poderão ser destinados à reciclagem, independentemente da cional de Trânsito proporcionarão aos membros do CONTRAN,
existência de restrições sobre o veículo. (Incluído pela Lei nº 13.281, CETRAN e CONTRANDIFE, em serviço, todas as facilidades para o
de 2016) (Vigência) cumprimento de sua missão, fornecendo-lhes as informações que
§ 17. O procedimento de hasta pública na hipótese do § 16 solicitarem, permitindo-lhes inspecionar a execução de quaisquer
será realizado por lote de tonelagem de material ferroso, observan- serviços e deverão atender prontamente suas requisições.
do-se, no que couber, o disposto neste artigo, condicionando-se a Art. 333. O CONTRAN estabelecerá, em até cento e vinte dias
entrega do material arrematado aos procedimentos necessários à após a nomeação de seus membros, as disposições previstas nos
descaracterização total do bem e à destinação exclusiva, ambiental- arts. 91 e 92, que terão de ser atendidas pelos órgãos e entidades
mente adequada, à reciclagem siderúrgica, vedado qualquer apro- executivos de trânsito e executivos rodoviários para exercerem suas
veitamento de peças e partes. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) competências.
(Vigência) § 1º Os órgãos e entidades de trânsito já existentes terão prazo
§ 18. Os veículos sinistrados irrecuperáveis queimados, adul- de um ano, após a edição das normas, para se adequarem às novas
terados ou estrangeiros, bem como aqueles sem possibilidade de disposições estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste
regularização perante o órgão de trânsito, serão destinados à re- artigo.
ciclagem, independentemente do período em que estejam em de- § 2º Os órgãos e entidades de trânsito a serem criados exer-
pósito, respeitado o prazo previsto no caput deste artigo, sempre cerão as competências previstas neste Código em cumprimento às
que a autoridade responsável pelo leilão julgar ser essa a medida exigências estabelecidas pelo CONTRAN, conforme disposto neste
apropriada. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência) artigo, acompanhados pelo respectivo CETRAN, se órgão ou enti-
Art. 329. Os condutores dos veículos de que tratam os arts. 135 dade municipal, ou CONTRAN, se órgão ou entidade estadual, do
e 136, para exercerem suas atividades, deverão apresentar, previa- Distrito Federal ou da União, passando a integrar o Sistema Nacio-
mente, certidão negativa do registro de distribuição criminal relati- nal de Trânsito.
vamente aos crimes de homicídio, roubo, estupro e corrupção de Art. 334. As ondulações transversais existentes deverão ser
menores, renovável a cada cinco anos, junto ao órgão responsável homologadas pelo órgão ou entidade competente no prazo de um
pela respectiva concessão ou autorização. ano, a partir da publicação deste Código, devendo ser retiradas em
Art. 330. Os estabelecimentos onde se executem reformas ou caso contrário.
recuperação de veículos e os que comprem, vendam ou desmon- Art. 335. (VETADO)
tem veículos, usados ou não, são obrigados a possuir livros de re- Art. 336. Aplicam-se os sinais de trânsito previstos no Anexo II
gistro de seu movimento de entrada e saída e de uso de placas de até a aprovação pelo CONTRAN, no prazo de trezentos e sessenta
experiência, conforme modelos aprovados e rubricados pelos ór- dias da publicação desta Lei, após a manifestação da Câmara Te-
gãos de trânsito. mática de Engenharia, de Vias e Veículos e obedecidos os padrões
§ 1º Os livros indicarão: internacionais.
I - data de entrada do veículo no estabelecimento; Art. 337. Os CETRAN terão suporte técnico e financeiro dos Es-
II - nome, endereço e identidade do proprietário ou vendedor; tados e Municípios que os compõem e, o CONTRANDIFE, do Distrito
III - data da saída ou baixa, nos casos de desmontagem; Federal.
IV - nome, endereço e identidade do comprador;
V - características do veículo constantes do seu certificado de
registro;
VI - número da placa de experiência.

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 338. As montadoras, encarroçadoras, os importadores e CALÇADA - parte da via, normalmente segregada e em nível di-
fabricantes, ao comerciarem veículos automotores de qualquer ca- ferente, não destinada à circulação de veículos, reservada ao trân-
tegoria e ciclos, são obrigados a fornecer, no ato da comercialização sito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário
do respectivo veículo, manual contendo normas de circulação, in- urbano, sinalização, vegetação e outros fins.
frações, penalidades, direção defensiva, primeiros socorros e Ane- CAMINHÃO-TRATOR - veículo automotor destinado a tracionar
xos do Código de Trânsito Brasileiro. ou arrastar outro.
Art. 339. Fica o Poder Executivo autorizado a abrir crédito es- CAMINHONETE - veículo destinado ao transporte de carga com
pecial no valor de R$ 264.954,00 (duzentos e sessenta e quatro mil, peso bruto total de até três mil e quinhentos quilogramas.
novecentos e cinquenta e quatro reais), em favor do ministério ou CAMIONETA - veículo misto destinado ao transporte de passa-
órgão a que couber a coordenação máxima do Sistema Nacional de geiros e carga no mesmo compartimento.
Trânsito, para atender as despesas decorrentes da implantação des- CANTEIRO CENTRAL - obstáculo físico construído como sepa-
te Código. rador de duas pistas de rolamento, eventualmente substituído por
Art. 340. Este Código entra em vigor cento e vinte dias após a marcas viárias (canteiro fictício).
data de sua publicação. CAPACIDADE MÁXIMA DE TRAÇÃO - máximo peso que a unida-
Art. 341. Ficam revogadas as Leis nºs 5.108, de 21 de setembro de de tração é capaz de tracionar, indicado pelo fabricante, basea-
de 1966, 5.693, de 16 de agosto de 1971, 5.820, de 10 de novem- do em condições sobre suas limitações de geração e multiplicação
bro de 1972, 6.124, de 25 de outubro de 1974, 6.308, de 15 de de momento de força e resistência dos elementos que compõem a
dezembro de 1975, 6.369, de 27 de outubro de 1976, 6.731, de 4 de transmissão.
dezembro de 1979, 7.031, de 20 de setembro de 1982, 7.052, de 02 CARREATA - deslocamento em fila na via de veículos automoto-
de dezembro de 1982, 8.102, de 10 de dezembro de 1990, os arts. res em sinal de regozijo, de reivindicação, de protesto cívico ou de
uma classe.
1º a 6º e 11 do Decreto-lei nº 237, de 28 de fevereiro de 1967, e os
CARRO DE MÃO - veículo de propulsão humana utilizado no
Decretos-leis nºs 584, de 16 de maio de 1969, 912, de 2 de outubro
transporte de pequenas cargas.
de 1969, e 2.448, de 21 de julho de 1988.
CARROÇA - veículo de tração animal destinado ao transporte
de carga.
ANEXO I CATADIÓPTRICO - dispositivo de reflexão e refração da luz utili-
DOS CONCEITOS E DEFINIÇÕES zado na sinalização de vias e veículos (olho-de-gato).
CHARRETE - veículo de tração animal destinado ao transporte
Para efeito deste Código adotam-se as seguintes definições: de pessoas.
ACOSTAMENTO - parte da via diferenciada da pista de rolamen- CICLO - veículo de pelo menos duas rodas a propulsão humana.
to destinada à parada ou estacionamento de veículos, em caso de CICLOFAIXA - parte da pista de rolamento destinada à circula-
emergência, e à circulação de pedestres e bicicletas, quando não ção exclusiva de ciclos, delimitada por sinalização específica.
houver local apropriado para esse fim. CICLOMOTOR - veículo de 2 (duas) ou 3 (três) rodas, provido de
AGENTE DA AUTORIDADE DE TRÂNSITO - pessoa, civil ou poli- motor de combustão interna, cuja cilindrada não exceda a 50 cm
cial militar, credenciada pela autoridade de trânsito para o exercício 3 (cinquenta centímetros cúbicos), equivalente a 3,05 pol 3 (três
das atividades de fiscalização, operação, policiamento ostensivo de polegadas cúbicas e cinco centésimos), ou de motor de propulsão
trânsito ou patrulhamento. elétrica com potência máxima de 4 kW (quatro quilowatts), e cuja
AR ALVEOLAR - ar expirado pela boca de um indivíduo, originá- velocidade máxima de fabricação não exceda a 50 Km/h (cinquenta
rio dos alvéolos pulmonares. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012) quilômetros por hora).
AUTOMÓVEL - veículo automotor destinado ao transporte de CICLOVIA - pista própria destinada à circulação de ciclos, sepa-
passageiros, com capacidade para até oito pessoas, exclusive o con- rada fisicamente do tráfego comum.
dutor. CONVERSÃO - movimento em ângulo, à esquerda ou à direita,
AUTORIDADE DE TRÂNSITO - dirigente máximo de órgão ou de mudança da direção original do veículo.
entidade executivo integrante do Sistema Nacional de Trânsito ou CRUZAMENTO - interseção de duas vias em nível.
pessoa por ele expressamente credenciada. DISPOSITIVO DE SEGURANÇA - qualquer elemento que tenha
ÁREA DE ESPERA - área delimitada por 2 (duas) linhas de reten- a função específica de proporcionar maior segurança ao usuário da
ção, destinada exclusivamente à espera de motocicletas, motone- via, alertando-o sobre situações de perigo que possam colocar em
tas e ciclomotores, junto à aproximação semafórica, imediatamente risco sua integridade física e dos demais usuários da via, ou danifi-
à frente da linha de retenção dos demais veículos. car seriamente o veículo.
ESTACIONAMENTO - imobilização de veículos por tempo supe-
BALANÇO TRASEIRO - distância entre o plano vertical passando
rior ao necessário para embarque ou desembarque de passageiros.
pelos centros das rodas traseiras extremas e o ponto mais recuado
ESTRADA - via rural não pavimentada.
do veículo, considerando-se todos os elementos rigidamente fixa-
ETILÔMETRO - aparelho destinado à medição do teor alcoólico
dos ao mesmo.
no ar alveolar. (Incluído pela Lei nº 12.760, de 2012)
BICICLETA - veículo de propulsão humana, dotado de duas ro- FAIXAS DE DOMÍNIO - superfície lindeira às vias rurais, delimi-
das, não sendo, para efeito deste Código, similar à motocicleta, mo- tada por lei específica e sob responsabilidade do órgão ou entidade
toneta e ciclomotor. de trânsito competente com circunscrição sobre a via.
BICICLETÁRIO - local, na via ou fora dela, destinado ao estacio- FAIXAS DE TRÂNSITO - qualquer uma das áreas longitudinais
namento de bicicletas. em que a pista pode ser subdividida, sinalizada ou não por marcas
BONDE - veículo de propulsão elétrica que se move sobre tri- viárias longitudinais, que tenham uma largura suficiente para per-
lhos. mitir a circulação de veículos automotores.
BORDO DA PISTA - margem da pista, podendo ser demarcada
por linhas longitudinais de bordo que delineiam a parte da via des-
tinada à circulação de veículos.

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

FISCALIZAÇÃO - ato de controlar o cumprimento das normas LUZ DE POSIÇÃO (lanterna) - luz do veículo destinada a indicar
estabelecidas na legislação de trânsito, por meio do poder de po- a presença e a largura do veículo.
lícia administrativa de trânsito, no âmbito de circunscrição dos ór- MANOBRA - movimento executado pelo condutor para alterar
gãos e entidades executivos de trânsito e de acordo com as compe- a posição em que o veículo está no momento em relação à via.
tências definidas neste Código. MARCAS VIÁRIAS - conjunto de sinais constituídos de linhas,
FOCO DE PEDESTRES - indicação luminosa de permissão ou im- marcações, símbolos ou legendas, em tipos e cores diversas, apos-
pedimento de locomoção na faixa apropriada. tos ao pavimento da via.
FREIO DE ESTACIONAMENTO - dispositivo destinado a manter o MICROÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com
veículo imóvel na ausência do condutor ou, no caso de um reboque, capacidade para até vinte passageiros.
se este se encontra desengatado. MOTOCICLETA - veículo automotor de duas rodas, com ou sem
FREIO DE SEGURANÇA OU MOTOR - dispositivo destinado a side-car, dirigido por condutor em posição montada.
diminuir a marcha do veículo no caso de falha do freio de serviço. MOTONETA - veículo automotor de duas rodas, dirigido por
FREIO DE SERVIÇO - dispositivo destinado a provocar a diminui- condutor em posição sentada.
ção da marcha do veículo ou pará-lo. MOTOR-CASA (MOTOR-HOME) - veículo automotor cuja carro-
GESTOS DE AGENTES - movimentos convencionais de braço, çaria seja fechada e destinada a alojamento, escritório, comércio ou
adotados exclusivamente pelos agentes de autoridades de trânsito finalidades análogas.
nas vias, para orientar, indicar o direito de passagem dos veículos NOITE - período do dia compreendido entre o pôr-do-sol e o
ou pedestres ou emitir ordens, sobrepondo-se ou completando ou- nascer do sol.
tra sinalização ou norma constante deste Código. ÔNIBUS - veículo automotor de transporte coletivo com capa-
GESTOS DE CONDUTORES - movimentos convencionais de bra- cidade para mais de vinte passageiros, ainda que, em virtude de
ço, adotados exclusivamente pelos condutores, para orientar ou adaptações com vista à maior comodidade destes, transporte nú-
indicar que vão efetuar uma manobra de mudança de direção, re- mero menor.
dução brusca de velocidade ou parada. OPERAÇÃO DE CARGA E DESCARGA - imobilização do veículo,
ILHA - obstáculo físico, colocado na pista de rolamento, desti- pelo tempo estritamente necessário ao carregamento ou descarre-
nado à ordenação dos fluxos de trânsito em uma interseção. gamento de animais ou carga, na forma disciplinada pelo órgão ou
INFRAÇÃO - inobservância a qualquer preceito da legislação de entidade executivo de trânsito competente com circunscrição sobre
trânsito, às normas emanadas do Código de Trânsito, do Conselho a via.
Nacional de Trânsito e a regulamentação estabelecida pelo órgão OPERAÇÃO DE TRÂNSITO - monitoramento técnico baseado
ou entidade executiva do trânsito. nos conceitos de Engenharia de Tráfego, das condições de fluidez,
INTERSEÇÃO - todo cruzamento em nível, entroncamento ou de estacionamento e parada na via, de forma a reduzir as interfe-
bifurcação, incluindo as áreas formadas por tais cruzamentos, en- rências tais como veículos quebrados, acidentados, estacionados
troncamentos ou bifurcações. irregularmente atrapalhando o trânsito, prestando socorros ime-
INTERRUPÇÃO DE MARCHA - imobilização do veículo para aten-
diatos e informações aos pedestres e condutores.
der circunstância momentânea do trânsito.
PARADA - imobilização do veículo com a finalidade e pelo tem-
LICENCIAMENTO - procedimento anual, relativo a obrigações
po estritamente necessário para efetuar embarque ou desembar-
do proprietário de veículo, comprovado por meio de documento
que de passageiros.
específico (Certificado de Licenciamento Anual).
PASSAGEM DE NÍVEL - todo cruzamento de nível entre uma via
LOGRADOURO PÚBLICO - espaço livre destinado pela munici-
e uma linha férrea ou trilho de bonde com pista própria.
palidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos, ou à
PASSAGEM POR OUTRO VEÍCULO - movimento de passagem à
circulação de pedestres, tais como calçada, parques, áreas de lazer,
frente de outro veículo que se desloca no mesmo sentido, em me-
calçadões.
nor velocidade, mas em faixas distintas da via.
LOTAÇÃO - carga útil máxima, incluindo condutor e passageiros,
que o veículo transporta, expressa em quilogramas para os veículos PASSAGEM SUBTERRÂNEA - obra de arte destinada à transpo-
de carga, ou número de pessoas, para os veículos de passageiros. sição de vias, em desnível subterrâneo, e ao uso de pedestres ou
LOTE LINDEIRO - aquele situado ao longo das vias urbanas ou veículos.
rurais e que com elas se limita. PASSARELA - obra de arte destinada à transposição de vias, em
LUZ ALTA - facho de luz do veículo destinado a iluminar a via até desnível aéreo, e ao uso de pedestres.
uma grande distância do veículo. PASSEIO - parte da calçada ou da pista de rolamento, neste úl-
LUZ BAIXA - facho de luz do veículo destinada a iluminar a via timo caso, separada por pintura ou elemento físico separador, livre
diante do veículo, sem ocasionar ofuscamento ou incômodo injus- de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e,
tificáveis aos condutores e outros usuários da via que venham em excepcionalmente, de ciclistas.
sentido contrário. PATRULHAMENTO - função exercida pela Polícia Rodoviária Fe-
LUZ DE FREIO - luz do veículo destinada a indicar aos demais deral com o objetivo de garantir obediência às normas de trânsito,
usuários da via, que se encontram atrás do veículo, que o condutor assegurando a livre circulação e evitando acidentes.
está aplicando o freio de serviço. PERÍMETRO URBANO - limite entre área urbana e área rural.
LUZ INDICADORA DE DIREÇÃO (pisca-pisca) - luz do veículo des- PESO BRUTO TOTAL - peso máximo que o veículo transmite ao
tinada a indicar aos demais usuários da via que o condutor tem o pavimento, constituído da soma da tara mais a lotação.
propósito de mudar de direção para a direita ou para a esquerda. PESO BRUTO TOTAL COMBINADO - peso máximo transmitido
LUZ DE MARCHA À RÉ - luz do veículo destinada a iluminar atrás ao pavimento pela combinação de um caminhão-trator mais seu
do veículo e advertir aos demais usuários da via que o veículo está semi-reboque ou do caminhão mais o seu reboque ou reboques.
efetuando ou a ponto de efetuar uma manobra de marcha à ré. PISCA-ALERTA - luz intermitente do veículo, utilizada em cará-
LUZ DE NEBLINA - luz do veículo destinada a aumentar a ilu- ter de advertência, destinada a indicar aos demais usuários da via
minação da via em caso de neblina, chuva forte ou nuvens de pó. que o veículo está imobilizado ou em situação de emergência.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

PISTA - parte da via normalmente utilizada para a circulação de VEÍCULO ARTICULADO - combinação de veículos acoplados,
veículos, identificada por elementos separadores ou por diferença sendo um deles automotor.
de nível em relação às calçadas, ilhas ou aos canteiros centrais. VEÍCULO AUTOMOTOR - todo veículo a motor de propulsão
PLACAS - elementos colocados na posição vertical, fixados ao que circule por seus próprios meios, e que serve normalmente para
lado ou suspensos sobre a pista, transmitindo mensagens de cará- o transporte viário de pessoas e coisas, ou para a tração viária de
ter permanente e, eventualmente, variáveis, mediante símbolo ou veículos utilizados para o transporte de pessoas e coisas. O termo
legendas pré-reconhecidas e legalmente instituídas como sinais de compreende os veículos conectados a uma linha elétrica e que não
trânsito. circulam sobre trilhos (ônibus elétrico).
POLICIAMENTO OSTENSIVO DE TRÂNSITO - função exercida VEÍCULO DE CARGA - veículo destinado ao transporte de carga,
pelas Polícias Militares com o objetivo de prevenir e reprimir atos podendo transportar dois passageiros, exclusive o condutor.
relacionados com a segurança pública e de garantir obediência às VEÍCULO DE COLEÇÃO - aquele que, mesmo tendo sido fabrica-
normas relativas à segurança de trânsito, assegurando a livre circu- do há mais de trinta anos, conserva suas características originais de
lação e evitando acidentes. fabricação e possui valor histórico próprio.
PONTE - obra de construção civil destinada a ligar margens VEÍCULO CONJUGADO - combinação de veículos, sendo o pri-
opostas de uma superfície líquida qualquer. meiro um veículo automotor e os demais reboques ou equipamen-
REBOQUE - veículo destinado a ser engatado atrás de um veí- tos de trabalho agrícola, construção, terraplenagem ou pavimen-
culo automotor. tação.
REGULAMENTAÇÃO DA VIA - implantação de sinalização de re- VEÍCULO DE GRANDE PORTE - veículo automotor destinado ao
gulamentação pelo órgão ou entidade competente com circunscri- transporte de carga com peso bruto total máximo superior a dez mil
ção sobre a via, definindo, entre outros, sentido de direção, tipo de quilogramas e de passageiros, superior a vinte passageiros.
estacionamento, horários e dias. VEÍCULO DE PASSAGEIROS - veículo destinado ao transporte de
REFÚGIO - parte da via, devidamente sinalizada e protegida, pessoas e suas bagagens.
destinada ao uso de pedestres durante a travessia da mesma. VEÍCULO MISTO - veículo automotor destinado ao transporte
RENACH - Registro Nacional de Condutores Habilitados. simultâneo de carga e passageiro.
RENAVAM - Registro Nacional de Veículos Automotores. VEÍCULO DE COLEÇÃO - veículo fabricado há mais de 30 (trinta)
RETORNO - movimento de inversão total de sentido da direção anos, original ou modificado, que possui valor histórico próprio.
original de veículos. VIA - superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais,
RODOVIA - via rural pavimentada. compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro
SEMI-REBOQUE - veículo de um ou mais eixos que se apoia na central.
sua unidade tratora ou é a ela ligado por meio de articulação. VIA DE TRÂNSITO RÁPIDO - aquela caracterizada por acessos
SINAIS DE TRÂNSITO - elementos de sinalização viária que se especiais com trânsito livre, sem interseções em nível, sem acessi-
utilizam de placas, marcas viárias, equipamentos de controle lumi- bilidade direta aos lotes lindeiros e sem travessia de pedestres em
nosos, dispositivos auxiliares, apitos e gestos, destinados exclusiva- nível.
mente a ordenar ou dirigir o trânsito dos veículos e pedestres. VIA ARTERIAL - aquela caracterizada por interseções em nível,
SINALIZAÇÃO - conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de geralmente controlada por semáforo, com acessibilidade aos lotes
segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua lindeiros e às vias secundárias e locais, possibilitando o trânsito en-
utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e tre as regiões da cidade.
maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. VIA COLETORA - aquela destinada a coletar e distribuir o trân-
SONS POR APITO - sinais sonoros, emitidos exclusivamente sito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias de trânsito
pelos agentes da autoridade de trânsito nas vias, para orientar ou rápido ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da
indicar o direito de passagem dos veículos ou pedestres, sobrepon- cidade.
do-se ou completando sinalização existente no local ou norma esta- VIA LOCAL - aquela caracterizada por interseções em nível não
belecida neste Código. semaforizadas, destinada apenas ao acesso local ou a áreas restri-
TARA - peso próprio do veículo, acrescido dos pesos da carro- tas.
çaria e equipamento, do combustível, das ferramentas e acessórios, VIA RURAL - estradas e rodovias.
da roda sobressalente, do extintor de incêndio e do fluido de arre- VIA URBANA - ruas, avenidas, vielas, ou caminhos e similares
fecimento, expresso em quilogramas. abertos à circulação pública, situados na área urbana, caracteriza-
TRAILER - reboque ou semi-reboque tipo casa, com duas, qua- dos principalmente por possuírem imóveis edificados ao longo de
tro, ou seis rodas, acoplado ou adaptado à traseira de automóvel ou sua extensão.
camionete, utilizado em geral em atividades turísticas como aloja- VIAS E ÁREAS DE PEDESTRES - vias ou conjunto de vias destina-
mento, ou para atividades comerciais. das à circulação prioritária de pedestres.
TRÂNSITO - movimentação e imobilização de veículos, pessoas VIADUTO - obra de construção civil destinada a transpor uma
e animais nas vias terrestres. depressão de terreno ou servir de passagem superior.
TRANSPOSIÇÃO DE FAIXAS - passagem de um veículo de uma
faixa demarcada para outra.
TRATOR - veículo automotor construído para realizar trabalho
agrícola, de construção e pavimentação e tracionar outros veículos
e equipamentos.
ULTRAPASSAGEM - movimento de passar à frente de outro ve-
ículo que se desloca no mesmo sentido, em menor velocidade e
na mesma faixa de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de
origem.
UTILITÁRIO - veículo misto caracterizado pela versatilidade do
seu uso, inclusive fora de estrada.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

CONCEITOS E DEFINIÇÕES. SINALIZAÇÃO DE REGULAMENTAÇÃO. SINALIZAÇÃO DE ADVERTÊNCIA. SINALIZAÇÃO HO-


RIZONTAL. FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITOADVERTÊNCIA

Sinalização de Trânsito
A sinalização de trânsito é a forma pela qual se regula, adverte, orienta, informa, controla a circulação de veículos e pedestres nas
vias terrestres. Sempre que for necessário será colocado ao longo da via sinais de trânsito previsto no Código de trânsito ou em legislação
complementar (Ver Resoluções CONTRAN nº 160, 180 e 236).

Os sinais de trânsito classificam-se em:

SINAIS EXEMPLOS
Verticais placas de sinalização
Horizontais marcas viárias (faixa de pedestre)
Dispositivos de sinalização auxiliar tachas, tachões, cones, cavaletes
Luminosos semáforo
Sonoros silvos de apito
Gestos do agente de trânsito e do condutor sinais com os braços do PM e condutor

1) As placas de sinalização classificam-se em:


Sinais de Regulamentação - são de formato circular (exceto a de PARADA OBRIGATÓRIA e DÊ a PREFERÊNCIA) com fundo bran- co,
letras e símbolos na cor preta e orla (borda) na cor vermelha, assim como uma tarja que corta a placa, na cor vermelha, indica proibição.
Essas placas regulamentam o uso da via, definindo suas proibições, permissões, restrições, devendo ser obedecidas pelos condutores e
pedestres, sob pena de cometerem infração de trânsito. Ex: placa de proibido estacionar.

Velocidade Proibido Sentido de


Parada Sentido Siga em Proibido
Dê a preferência máxima virar a circulação
Obrigatória proibido frente ultrapassar
permitida esquerda da via

Sinais de Advertência - São de formato quadrado (grande maioria), com o fundo na cor amarela e letras e símbolos na cor preta, orla
externa amarela e interna preta. Como o nome já diz, essas placas têm a função de alertar, orientar e advertir o condutor sobre uma situa-
ção que ele vai encontrar mais a frente, normalmente situações em que deva ter mais atenção e cuidado. A não obediência dessas placas
não implicam em infração de trânsito, mas no caso de um acidente, por exemplo, a sua não obediência pode transformar-se em agravante.

Curva acentuada em “S” a


Curva acentuada a esquerda Curva a esquerda Curva a direita Curva em “S” a direita
esquerda

Sinais de Indicação - Essas placas possuem diversos formatos e cores, mas todas tem a finalidade de indicar, orientar e dar localização
ao condutor. Indicam o caminho a ser tomado para um determinado destino, a kilometragem a ser percorrida, a quilometragem da via
naquele local, proximidade de cidades, praias, restaurantes e postos de gasolina, o nome ou prefixo da rodovia, etc.

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Área de estacionamento

2) As marcas viárias são marcas pintadas no leito da via sendo as mais comuns e conhecidas, entre outras, a faixa de pedestre e as
linhas contínuas e tracejadas.

A característica da faixa de pedestre é dela ser o local apropriado para a travessia de pedestre, devendo os condutores pararem seus
veículos ao perceberem a intenção do pedestre em atravessar a via. Essa parada deve ser feita até uma linha branca que vai de uma extre-
midade a outra do bordo da pista (meio-fio), se o condutor parar após ela, poderá ser autuado por infração de trânsito.

As faixas contínuas e tracejadas servem para delimitar o espaço por onde os veículos podem ou não circularem, e possuem algumas
características: a primeira é em relação à cor, a cor amarela indica que a via possui duplo sentido, enquanto a cor branca indica que a via
só possui um sentido (existe ainda a azul, preta e vermelha). A segunda, é que a faixa contínua indica que o veículo não pode ultrapassar
ela, consequentemente não pode realizar uma ultrapassagem ou realizar uma operação de retorno por exemplo, enquanto a faixa trace-
jada per- mite que o veículo pode ultrapassa-la, podendo assim, realizar uma ultrapassagem ou operação de retorno (se as condições da
via ou demais sinalizações permitirem). A combinação de mais de uma linha pode ser usada, e sinaliza diferentemente para cada sentido.

Contínua Tracejada Tracejada/Contínua Contínua dupla

O semáforo pode ter três funções: controlar o fluxo de pedestre, controlar o fluxo de veículos e controlar o fluxo de veículos e pe-
destres ao mesmo tempo. Ele pode ter de duas a três cores, sendo mais comum possuir três cores, a vermelha, a amarela e a verde. Um
comentário importante a ser feito é que muitas pessoas pensam que o semáforo na luz amarela, permite ainda passar pelo sinal. Na
verdade, esse pensamento não está errado, mas o que acontece é que só é permitido passar pelo sinal na luz amarela ,aqueles veículos
que já estejam na iminência de passar e que a sua parada venha a colocar em risco a segurança, e não aqueles que a uma certa distância
vêem a luz amarela acender e mesmo assim não param seus veículo, às vezes até ao contrário, aceleram o veículo para passar pelo sinal,
mas acontece que, muitas vezes, o sinal transforma para o vermelho, e, o condutor ao passar pelo semáforo, passou no sinal vermelho, co-
metendo a infração de invadir o sinal (gravíssima), fato comum nos semáforos onde existe equipamento eletrônico ou agente de trânsito.

3) Os sinais sonoros são emitidos pelos agentes de trânsito, através de silvos de apito e devem ser obedecidos pelos condutores e
pe- destres. (Resolução 160 CONTRAN)

SILVO DE APITO SIGNIFICADO EMPREGO


um silvo breve siga liberar o trânsito/sentido indicado pelo agente
dois silvos breve pare indicar parada obrigatória
um silvo longo diminua a marcha quando for necessário fazer diminuir a marcha dos veículos

Os gestos dos agentes da Autoridade de Trânsito (PM ou Agentes Municipais) são formas de sinalização regulamentar, que possuem
um significado, e devem ser obedecidos, é importante que sejam executados de forma correta, são eles: (Resolução CONTRAN nº 160)
Estes são o s gestos regulamentares dos condutores, mas à noite é obrigatório o uso dos indicadores de mudança de direção (pisca).

Dobrar a esquerda Dobrar a direita Diminuir a marcha ou parar

45
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

DISPOSITIVOS AUXILIARES:
São aqueles constituídos de materiais de composição, formas, CÓDIGO DE POSTURAS: DA POLÍCIA DE COSTUMES,
cores e refletividade diversos, aplicados em obstáculos, no pavi- SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA (ART. 104 A 148)
mento ou na via. Sua função básica é incrementar a visibilidade da
sinalização ou de obstáculos a circulação, alertando os condutores LEI Nº 4385/2015
quanto à situação de perigo ou que requeiram maior atenção.
Podem ser: balizadores; tachas; tachões; prismas, marcadores DÁ NOVA REDAÇÃO AO CÓDIGO DE POSTURAS DO MUNICÍ-
de perigo; marcadores de alinhamento; defensas; ondulações trans- PIO DE VIAMÃO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.
versais; cones; cavaletes; tapumes; etc. (Anexo II do CTB) Nenhum
condutor poderá ser punido por infração de trânsito de não obede- TÍTULO III
cer a sinalização, se esta, estiver insuficiente, incorreta ou faltando. DA POLÍCIA DE COSTUMES, SEGURANÇA E ORDEM PÚBLICA
CAPÍTULO I
IMPORTÂNCIA DA SINALIZAÇÃO: DA ORDEM E SOSSEGO PÚBLICO
É através da sinalização de trânsito, que a autoridade de trân-
sito com jurisdição sobre via regulamenta o seu uso, indicando as Art. 104 A Prefeitura Municipal, exercerá, em cooperação com
restrições, proibições, permissões, condições de utilização da via, os poderes do Estado, as funções de polícia de sua competência,
etc., sendo através dela que os usuários (condutores e pedestres) estabelecendo ações preventivas e corretivas no sentido de garantir
são informados dessa regulamentação a ordem e a segurança pública.
Da mesma forma, os condutores e pedestre são munidos de Art. 105 A Prefeitura Municipal poderá negar ou cassar licença
diversas informações que o auxiliarão durante a circulação, com para o funcionamento de estabelecimentos comerciais, casas de di-
informações sobre localização, sentido, distância, advertências de versões e similares, que forem prejudiciais ao sossego e segurança
perigos existentes, serviços de úteis, etc. pública e aos bons costumes.
Sempre que a sinalização for necessária, será obrigatória; a Art. 106 Os proprietários de estabelecimentos onde sejam
sinalização deve ser colocada em posição e condição que a torne vendidas bebidas alcoólicas, assumirão a responsabilidade pela
visível e legível durante o dia e a noite (Art. 80 do CTB); qualquer manutenção da ordem dos mesmos.
obstáculo à livre circulação e à segurança de veículos e pedestres, Parágrafo único. As desordens, algazarras e barulhos, porven-
tanto no leito da via terrestre como nas calçadas deve ser imediata tura verificados nos referidos estabelecimentos, após às 22h, sujei-
e devidamente sinalizada (Art. 94 CTB); nenhuma via poderá ser tarão os proprietários a multa, podendo ser cassada a licença para
entregue ao trânsito sem estar devidamente sinalizada (Art.88 do seu funcionamento nas reincidências.
CTB). Art. 107 É expressamente proibido perturbar o sossego públi-
A realização de obras ou eventos no leito da via, só poderá ser co com ruídos ou sons excessivos, conforme normas técnicas esta-
feito após autorização do órgão de trânsito com jurisdição sobre a belecidas na legislação Estadual, Federal, e órgãos com competên-
via, ficando o responsável pela obra ou evento, com a obrigação de cia para regular a matéria.
sinalizar o local (Art. 95 do CTB). Art. 108 É proibido realizar propagandas com alto-falantes,
Na falta, insuficiência ou incorreta colocação de sinalização es- carros de som e similares sem a prévia autorização ou licenciamen-
pecífica, não se aplicarão sanções pela inobservância dos deveres to da Prefeitura Municipal.
e proibições, cuja observância seja indispensável a sinalização(Art. Art. 109 Na infração de qualquer artigo deste capítulo, será
90 CTB). Este artigo também se aplica aos sinais emanados pelos imposta a multa correspondente ao valor de 500 URM.
agentes de trânsito (gestos e sons), que se forem executados de
maneira incorreta ou sejam executados sinais inexistentes no CTB, CAPÍTULO II
não obrigará o condutor em obedecê-los, visto que ele só tem a DAS CASAS E LOCAIS DE ESPETÁCULOS E DE DIVERSÃO NO-
obrigação de obedecer aqueles sinais previstos na legislação. O ór- TURNA
gão ou entidade com jurisdição sobre a via fica responsável pela
implantação da sinalização, respondendo pela falta, insuficiência ou Art. 110 As casas e locais de diversão noturna que tiverem
incorreta colocação de sinalização. profissionais da área de segurança, deverão garantir a identificação
A ordem de prevalência da sinalização é a seguinte: dos mesmos.
I - as ordens emanadas pelo agente de trânsito sobre as normas Parágrafo único. Constatada a ausência da referida identifica-
de circulação e outros sinais; ção, os estabelecimentos em questão sofrerão as seguintes pena-
II - as indicações do semáforo sobre os demais sinais; lidades:
III - as indicações dos sinais sobre as demais normas de trânsito. I - multa de 100 URM na primeira ocorrência;
II - multa de 200 URM em caso de reincidência; e
III - cassação do alvará.
Art. 111 A vistoria, obrigatória, para licenciamento de funcio-
namento de bares noturnos, boates, dancings e congêneres será
procedida pelo Poder Executivo Municipal mediante requerimento
de viabilidade dos interessados, para observação do cumprimento
das exigências ditadas pelo Município, sendo deferido desde que
atendida a legislação pertinente.
§ 1º Para deferimento do pedido, serão levados em conta os
fatores que envolvem o sossego público, diretamente relacionado
com as vizinhanças, a perspectiva de que tais atividades possam tra-
zer transtornos e, em especial, a aglomeração de pessoas nas vias
públicas e as dificuldades relativas ao trânsito.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 2º O licenciamento será concedido pelo prazo de 1 (um) ano, § 1º Ao estabelecimento que infringir o disposto no caput serão
e poderá ser renovado anualmente se preenchidos os seguintes re- aplicadas as seguintes penalidades:
quisitos: I - em caráter temporário, suspensão do Alvará de Funciona-
I - cumprimento integral dos dispositivos desta Lei, do Código mento por 30 (trinta) dias, por ocasião da primeira autuação do es-
de Obras e da Lei de Prevenção de Incêndio e do Plano Diretor; tabelecimento, além da multa de 3000 URM, e
II - análise dos antecedentes de denúncias relativas à perturba- II - em caráter definitivo, cassação do Alvará de Funcionamen-
ção do sossego público; to, no caso de persistência.
III - análise das ocorrências policiais de toda ordem, ocorridas
dentro do estabelecimento ou em seu entorno; e CAPÍTULO III
IV - análise dos autos de infração emitidos pela Fiscalização do DOS DIVERTIMENTOS PÚBLICOS
Município, relativos ao estabelecimento.
V - Poderá o Poder Público Municipal solicitar medidas de se- Art. 117 Divertimento público, para os efeitos deste Código,
gurança, tais como, a instalação de sistema de monitoramento e são os que se realizam nas vias públicas ou em recintos fechados de
armazenamento de imagens. livre acesso ao público.
§ 3º Na renovação do licenciamento dos estabelecimentos de Art. 118 Nenhum divertimento público será realizado sem pré-
diversão noturna, o Município poderá limitar o horário de funcio- via autorização ou licenciamento de parte da Prefeitura, observada
namento, levando em conta o sossego público e as condições de a legislação pertinente. A não observância do disposto neste artigo,
segurança. acarretará em multa no valor de 500 URM.
Art. 112 Somente será permitida a realização de jogos e di- Parágrafo único. Excetuam-se das disposições deste artigo as
versões ruidosas em locais compreendidos em área formada por reuniões realizadas em residências particulares.
um raio de 100 m dos hospitais, casas de saúde, templos, colégios, Art. 119 Em todas as casas de diversões públicas será observa-
bibliotecas e entidades congêneres, mediante devida autorização da a legislação vigente.
do poder público municipal. Art. 120 A armação de circos ou parques de diversões só pode-
Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo acarreta rá ser permitida em locais previamente determinados e a juízo da
multa de 300 URM. Prefeitura, cuja solicitação deverá ser acompanhada de ART (anota-
Art. 113 A localização e licenciamento de estabelecimentos ção de responsabilidade técnica) dos equipamentos e estruturas e
de diversão noturna dependerão do atendimento das disposições ART (anotação de responsabilidade técnica) das instalações elétri-
constantes no Plano Diretor Municipal, no Código de Obras, na Lei cas e o Alvará expedido pelo Corpo de Bombeiros.
de Prevenção de Incêndio e demais Leis pertinentes. § 1º Ao conceder ou renovar a autorização, a Prefeitura pode-
Art. 114 Aos estabelecimentos de diversão noturna é proibida rá estabelecer as restrições que julgar convenientes, no sentido de
a manutenção de quartos para aluguel, a algazarra ou barulho, bem garantir a ordem e a segurança nos divertimentos e o sossego da
como a realização de atividades externas aos estabelecimentos que vizinhança;
provoquem, por qualquer meio, a perturbação da ordem e do sos- § 2º Mesmo autorizados, os circos e parques de diversões só
sego público. poderão ser abertos ao público depois de devidamente vistoriados
Parágrafo único. A infração do disposto neste artigo e incisos pelas autoridades competentes;
acarreta as seguintes penalidades: § 3º A não observância do disposto neste artigo deste artigo,
I - multa de 500 (quinhentos) URM; acarretará em multa no valor de 500 URM;
II - em caso de persistência, a multa será aplicada em dobro; e Art. 121 Para permitir a armação de circos, barracas e parques
III - cassação do alvará do estabelecimento se persistir a infra- de diversão em logradouros públicos, poderá a Prefeitura exigir, se
ção. o julgar conveniente um depósito de 500 ( quinhentas) vezes o va-
Art. 115 Terão seus Alvarás de Funcionamento suspensos ou lor da URM (unidade de referência municipal), como garantia de
cassados pelo Município as casas noturnas, hotéis, motéis, pen- despesas com a eventual limpeza e recomposição do logradouro.
sões ou estabelecimentos congêneres que forem frequentados
ou hospedarem crianças ou adolescentes desacompanhados dos CAPÍTULO IV
pais ou responsáveis, salvo o disposto em legislação específica, Lei DOS LOCAIS DE CULTO
4314/2014.
§ 1º Verificada a ocorrência da prática vedada pelo caput, ficam Art. 122 É inviolável a liberdade de consciência e de crença
os estabelecimentos sujeitos às seguintes penalidades: sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida,
I - multa de 500 URM e suspensão do Alvará de Funcionamento na forma da lei, a proteção aos locais de culto e as suas liturgias, em
pelo prazo de 30 (trinta) dias, por ocasião da primeira autuação; consonância com o Decreto 6040/2007, no que se refere a comu-
II - multa de 3000 URM e cassação do Alvará de Localização e nidades tradicionais.
Funcionamento do estabelecimento, em caso de persistência e se Parágrafo único. A edificação destinada a instalação de igrejas,
for constatada por ocasião da primeira autuação, a prática de vio- templos, casas de culto e comunidades tradicionais, estarão sujei-
lência ou exploração contra criança ou adolescente, e tas às normas estabelecidas nesta Lei, no Plano Diretor e em espe-
III - no caso de estabelecimento sem autorização de funciona- cial a Legislação Estadual de Prevenção e Proteção Contra Incêndio
mento, dar-se-á a interdição imediata em caráter permanente. (Lei Complementar nº 14.376/2013).
§ 2º A aplicação das penalidades previstas neste artigo não pre- Art. 123 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo será
judica as sanções penais cabíveis; imposta multa correspondente ao valor de 100 URM (unidade de
§ 3º A autuação processar-se-á de ofício, por agente fiscaliza- referência municipal);
dor do órgão competente do Município ou através de denúncia.
Art. 116 Fica proibida a distribuição promocional gratuita de
cigarros, por seus fabricantes, aos frequentadores de bares, restau-
rantes, bingos, clubes, casas noturnas e estabelecimentos similares
no Município de Viamão.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

CAPÍTULO V III - Patinar, a não ser nos logradouros a isso destinados; (skate,
DAS ÁREAS PÚBLICAS bicicleta, patins, e equipamentos similares).
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no item II deste ar-
Art. 124 É proibido a ocupação irregular das áreas públicas, tigo, carrinhos de crianças ou de portadores de necessidades espe-
áreas institucionais e áreas verdes municipais, sob qualquer pre- ciais e, em ruas de pequeno movimento triciclos e bicicletas de uso
texto. infantil.
Parágrafo único. O Município deverá proceder a imediata deso- Art. 133 Na infração de qualquer artigo deste Capítulo, quan-
cupação da área ocupada irregularmente, utilizando para tanto de do não prevista pena no Código de Trânsito Brasileiro, será imposta
todos os meios e procedimentos legais disponíveis, inclusive a ação multa correspondente ao valor de 100 URM (unidade de referência
conjunta entre a Secretaria de Obras, Secretaria de Planejamento e municipal).
Secretaria de Meio Ambiente.
CAPÍTULO VII
CAPÍTULO VI DOS ANIMAIS
DO TRÂNSITO PÚBLICO
Art. 134 É vedada a criação e a manutenção de animais com
Art. 125 O trânsito, segundo as leis vigentes, é livre e sua re- finalidade comercial nas áreas urbanas e de expansão urbana do
gulamentação visa manter a ordem, a segurança e o bem estar dos Município.
transeuntes e da população em geral. § 1º Só serão permitidas criações de pequenos animais, tais
Art. 126 É proibido embaraçar ou impedir, por qualquer meio, como, cães, gatos, caprinos e aves domésticas, ornamentais, cultu-
o livre trânsito de pedestres ou veículos nas ruas, praças, passeios rais e para subsistência.
estradas e caminhos públicos, exceto para efeitos de obras públi- § 2º Excetuam-se da proibição do caput deste artigo os estabe-
cas, feiras livres, ações sociais, culturais, comícios, atos políticos lecimentos licenciados para alojamento, treinamento, competição
autorizados, liberdade de expressão ou quando exigências policiais e venda de animais domésticos e outros.
determinarem. § 3º A comercialização de todas as raças de cães bravios, princi-
§ 1º Toda e qualquer atividade permitida por este artigo deverá palmente, pit bull, rottweiller, akita, bullmastiff, dobermann, dogue
ser informada, através de ofício destinado ao Executivo Municipal alemão, fila brasileiro, mastiff, mastim napolitano, pastor alemão,
com antecedência mínima de 48 (quarenta e oito) horas; pastor belga, schnauzer gigante, bulbóxer ou dogue brasileiro e
§ 2º É proibido colocar mesas, cadeiras, bancas ou quaisquer bullterrier, somente poderá ser efetuada com acompanhamento e
outros objetos ou mercadorias sobre o passeio público, qualquer fiscalização por entidade juridicamente constituída e reconhecida
que seja a finalidade, excetuando-se os casos regulados por legisla- pelo Poder Público, bem como filiada à entidade nacional da mes-
ção especifica, desde que previamente autorizados pelo município. ma categoria, em face de sua máxima periculosidade apresentada
Art. 127 Compreende-se na proibição do artigo anterior o de- ao homem.
§ 4º A realização de feiras e eventos para comercialização, ado-
pósito de quaisquer materiais, inclusive de construção, nas vias pú-
ção e doação de animais no Município de Viamão requer prévia
blicas em geral.
autorização do Poder Executivo e o devido controle da Vigilância
§ 1º Em caso de se tratar de material cuja descarga no interior
Sanitária;
do próprio prédio se mostre impraticável, será tolerada a descarga e
§ 5º A criação de caprinos para subsistência é permitida e não
permanência na via pública, com o mínimo prejuízo ao trânsito, por
poderá ultrapassar, no total, o número de 5 (cinco) exemplares por
um período máximo de 12 horas.
hectare de área urbana contígua, desde que haja licenciamento, de
§ 2º No caso previsto no parágrafo anterior, os responsáveis
acordo com o § 1º do presente artigo;
pelo material depositado na via pública, deverão colocar sinais de
§ 6º As propriedades situadas na Zona Urbana do Município
advertência aos veículos, à distância conveniente dos prejuízos cau- que foram anexadas ao perímetro urbano por Lei do Plano Diretor,
sados ao livre trânsito. conforme constante em seus Anexos, caracterizadas como amplia-
§ 3º Proibido efetuar escavações, remover ou alterar a pavi- ção urbana e cujas atividades sejam de produção primária e agroin-
mentação e levantar ou rebaixar pavimentos, passeios ou meio-fio dustrial poderão exercê-las até que as Zonas a que pertençam ad-
sem prévia licença do Município. quiram características eminentemente de área urbana, ou a critério
Art. 128 Não será permitido a preparação de reboco ou arga- do expresso interesse público, conforme requisitos a serem fixados
massa na via pública. Na impossibilidade de fazê-lo no interior do em Decreto pelo Poder Executivo.
prédio ou terreno, só poderá ser utilizada a metade da largura do Art. 135 A criação de aves domésticas, ornamentais, culturais
passeio, utilizando o tapume, mediante licença. e para subsistência, não poderá ultrapassar, no total, o número de
Art. 129 A Prefeitura, a seu juízo, considerará a necessidade de exemplares autorizado, mediante projeto a ser aprovado pelos ór-
se estabelecer áreas específicas para estacionamento de veículos gãos municipais competentes, emissão de alvarás pela Secretaria
de tração animal. Municipal da Saúde e pela Secretaria Municipal de Agricultura, e
Art. 130 É expressamente proibido danificar ou retirar quais- devido licenciamento ambiental emitido pela Secretaria Municipal
quer sinais colocados nas vias, estradas ou caminhos públicos, para do Meio Ambiente, conforme legislação em vigor.
advertência de perigo, impedimento e sinalização de trânsito em Art. 136 Será permitida, em caráter precário, renovável a cada
geral, indicação de logradouro, etc. 12 (doze) meses, a criação de equinos no perímetro urbano, no caso
Art. 131 Assiste à Prefeitura Municipal o direito de impedir o de proprietários que comprovadamente tenham como atividade es-
trânsito de qualquer veículo ou meio de transporte que possa oca- portiva e para o sustento familiar o serviço de frete, devendo aten-
sionar danos à via pública. der às seguintes exigências:
Art. 132 É proibido embaraçar o trânsito ou molestar os pedes- I - cadastrar os animais junto ao serviço de registro do Centro
tres por meios tais como: de Controle de Zoonoses;
I - Conduzir pelos passeios, volumes de grande porte; II - manter instalações adequadas, limpas e higiênicas, bem
II - Conduzir pelos passeios, veículos de qualquer espécie; como fazer o tratamento e destino adequado de dejetos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 137 Os restos de alimentos destinados à alimentação de Art. 145 Todo munícipe residente na área urbana que seja
criações de animais domésticos com fins comerciais e de subsistên- proprietário de animal caprino, equino, bovino e canino deve iden-
cia deverão ser sanitariamente tratados. tificar o animal com dizeres que possibilitem a identificação e/ou
Art. 138 É proibida a permanência de animais em recintos e localização do proprietário ou responsável.
locais públicos ou privados de uso coletivo, tais como cinemas, tea- Art. 146 Ficam proibidos os espetáculos com feras e a exibição
tros, clubes esportivos e recreativos, estabelecimentos comerciais, de qualquer animal perigoso em via pública ou não.
industriais e de saúde, escolas, piscinas, feiras, parques, praças e § 1º Consideram-se como animais perigosos todos os animais
playgrounds. selvagens, não-domésticos e, os bravios; e
Parágrafo único. Excetuam-se da proibição referida no caput § 2º Exclui-se dessa proibição o animal mantido em cativeiro
os locais, recintos e estabelecimentos, legal e adequadamente ins- localizado em jardim zoológico devidamente licenciado.
talados, destinados à criação, pesquisa, venda, treinamento, com- Art. 147 Os danos causados por animais serão de responsabi-
petição, alojamento, tratamento, exposição, exibição, e abate de lidade de seus proprietários, respondendo solidariamente aqueles
animais. a quem foi conferida a guarda, em conformidade com a legislação
Art. 139 É permitido à pessoa com deficiência visual acompa- pertinente.
nhada de cão-guia ingressar e permanecer em qualquer local públi- Art. 148 A destinação dos animais não resgatados por seus
co, meios de transporte, estabelecimentos comerciais e de serviços, proprietários no prazo máximo de 15 (quinze) dias deve obedecer
desde que: às seguintes prioridades:
I - seu condutor, sempre que solicitado, apresente documento I - adoção por particulares ou entidades protetoras de animais
comprobatório de registro expedido pela Escola de Cães-Guia; e devidamente organizadas e com instalações adequadas ao que es-
II - possua atestado de sanidade do animal, pelo órgão compe- tabelece este Capítulo; e
tente ou médico veterinário. II - doação para entidades de ensino e pesquisa, desde que seja
Art. 140 A pessoa com deficiência visual poderá manter e tran- obedecida a legislação municipal, estadual e federal vigente.
sitar com um cão-guia nas áreas e dependências comuns do res- Parágrafo único. Os animais criados com destinação para o con-
pectivo condomínio, independentemente de restrições à presença sumo humano poderão ser doados, observada a legislação perti-
de animais determinadas na convenção ou regimento interno do nente à higiene e saúde, a entidades sociais e assistenciais cadastra-
condomínio. das no município, em funcionamento e em estado de regularidade.
Art. 141 Nos locais em que são mantidos animais bravios de-
verão ser afixadas placas sinalizando a existência e ferocidade dos MANUAL BRASILEIRO DE FISCALIZAÇÃO
mesmos, bem como adotar medidas de segurança para evitar ata- DE TRÂNSITO (MBFT II)
que às pessoas que circulam pelo local ou proximidades.
Art. 142 É proibida a permanência de animais soltos ou amar-
Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibi-
rados nas vias, logradouros públicos ou locais de livre acesso ao
lizaremos o conteúdo para estudo na íntegra “Área do cliente” em
público, exceto com uso adequado de coleira e guia, conduzidos
nosso site, disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila.
por pessoas com idade e força suficientes para controlar os movi-
mentos do animal.
§ 1º Os cães mordedores e bravios somente poderão ser con-
duzidos nas ruas usando focinheiras. RESOLUÇÕES DO CONTRAN ATUALIZADAS: RES.
§ 2º Todo e qualquer animal encontrado solto ou amarrado po- 219 DE 14/12/06. RES. 432 DE 23/01/13, RES. 254 DE
derá será apreendido e destinado na forma da lei, sem prejuízo das 26/10/2007/ 580/16, RES. 453 DE 26/09/13, RES. 558 DE
sanções aplicáveis aos infratores. 15/04/1980,RES. 819 DE 17/03/2021 E DECRETO DE-
§ 3º Para reaver o animal apreendido, seu dono deve pagar, TRAN RS 55735 DE 22/01/2021
além da multa, caso aplicada, as despesas e taxas de recolhimento,
transporte, alimentação, guarda e cuidados com o animal. Prezado candidato, a resolução 219 de 14/12/06 foi revo-
Art. 143 É obrigatório o recolhimento dos resíduos fecais de gada pela resolução seguinte:
animais em espaços públicos, por aquele que estiver conduzindo
o animal. RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 356 DE 02/08/2010
Parágrafo único. A inobservância a esta norma autoriza a apli-
cação de multa ao condutor, proprietário ou responsável. Estabelece requisitos mínimos de segurança para o transporte
Art. 144 Será de responsabilidade dos proprietários a manu- remunerado de passageiros (mototáxi) e de cargas (motofrete) em
tenção dos animais em perfeitas condições de alojamento, alimen- motocicleta e motoneta, e dá outras providências.
tação, saúde e bem-estar, bem como incluir seus animais no Cadas- O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso da com-
tro Municipal de Animais, na forma da lei. petência que lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23
§ 1º Os proprietários de animais são responsáveis pelos mes- de setembro de 1997, que instituiu o Código de Trânsito Brasileiro
mos até sua morte ou que sejam sacrificados na forma da lei, sendo e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de
considerado infração grave o abandono ou o mau trato de animais. 2003, que trata da Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito,
No caso de não mais querer permanecer com os animais poderá Considerando a necessidade de fixar requisitos mínimos de se-
promover a doação a outras pessoas interessadas, fazendo a devida gurança para o transporte remunerado de passageiros e de cargas
atualização no Cadastro Municipal de Animais. em motocicleta e motoneta, na categoria aluguel, para preservar
§ 2º Em caso de falecimento do animal, caberá ao proprietário a segurança do trânsito, dos condutores e dos passageiros desses
a disposição adequada do cadáver. veículos;
§ 3º A remoção de animais mortos poderá ser realizada, em Considerando a necessidade de regulamentar a Lei nº 12.009,
propriedades privadas, mediante solicitação do proprietário do ani- de 29 de julho de 2009;
mal e pagamento das despesas decorrentes da execução do serviço.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Considerando a necessidade de estabelecer requisitos mínimos Art. 6º Na condução dos veículos de transporte remunerado
de segurança para o transporte não remunerado de carga; e de que trata esta Resolução, o condutor e o passageiro deverão uti-
Considerando o que consta do processo nº 80000.022300/2009- lizar capacete motociclístico, com viseira ou óculos de proteção, nos
25, Resolve: termos da Resolução nº 203, de 29 de setembro de 2006, dotado
CAPÍTULO I de dispositivos retrorrefletivos, conforme Anexo II desta Resolução.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
CAPÍTULO II
Art. 1º Os veículos tipo motocicleta ou motoneta, quando au- DO TRANSPORTE DE PASSAGEIROS (MOTOTÁXI)
torizados pelo poder concedente para transporte remunerado de
cargas (motofrete) e de passageiros (mototáxi), deverão ser regis- Art. 7º Além dos equipamentos obrigatórios para motocicle-
trados pelo Órgão Executivo de Trânsito do Estado e do Distrito Fe- tas e motonetas e dos previstos no art. 2º desta Resolução, serão
deral na categoria de aluguel, atendendo ao disposto no art. 135 do exigidas para os veículos destinados aos serviços de mototáxi alças
CTB e legislação complementar. metálicas, traseira e lateral, destinadas a apoio do passageiro.
Art. 2º Para efeito do registro de que trata o artigo anterior, os
veículos deverão ter: CAPÍTULO III
I - dispositivo de proteção para pernas e motor em caso de DO TRANSPORTE DE CARGAS (MOTOFRETE)
tombamento do veículo, fixado em sua estrutura, conforme Anexo
IV, obedecidas as especificações do fabricante do veículo no tocante Art. 8º As motocicletas e motonetas destinadas ao transporte
à instalação; remunerado de mercadorias - motofrete - somente poderão Circu-
II - dispositivo aparador de linha, fixado no guidon do veículo, lar nas vias com autorização emitida pelo órgão executivo de trânsi-
conforme Anexo IV; e to do Estado e do Distrito Federal.
III - dispositivo de fixação permanente ou removível, devendo, Art. 9º Os dispositivos de transporte de cargas em motocicleta
em qualquer hipótese, ser alterado o registro do veículo para a es- e motoneta poderão ser do tipo fechado (baú) ou aberto (grelha),
pécie passageiro ou carga, conforme o caso, vedado o uso do mes- alforjes, bolsas ou caixas laterais, desde que atendidas as dimensões
mo veículo para ambas as atividades. máximas fixadas nesta Resolução e as especificações do fabricante
Art. 3º Os pontos de fixação para instalação dos equipamentos,
do veículo no tocante à instalação e ao peso máximo admissível.
bem como a capacidade máxima admissível de carga, por modelo
§ 1º Os alforjes, as bolsas ou caixas laterais devem atender aos
de veículo serão comunicados ao DENATRAN, pelos fabricantes, na
seguintes limites máximos externos:
ocasião da obtenção do Certificado de Adequação à Legislação de
I - largura: não poderá exceder as dimensões máximas dos veí-
Trânsito (CAT), para os novos modelos, e mediante complementa-
culos, medida entre a extremidade do guidon ou alavancas de freio
ção de informações do registro marca/modelo/versão, para a frota
à embreagem, a que for maior, conforme especificação do fabrican-
em circulação.
te do veículo;
§ 1º As informações do caput serão disponibilizadas no manu-
II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira
al do proprietário ou boletim técnico distribuído nas revendas dos
do veículo; e
veículos e nos sítios eletrônicos dos fabricantes, em texto de fácil
compreensão e sempre que possível auxiliado por ilustrações. III - altura: não superior à altura do assento em seu limite su-
§ 2º As informações do parágrafo anterior serão disponibiliza- perior.
dos no prazo de 270 (duzentos e setenta) dias a contar da data de § 2º O equipamento fechado (baú) deve atender aos seguintes
publicação desta Resolução para os veículos lançados no mercado limites máximos externos:
nos últimos 5 (cinco) anos e em 365 (trezentos e sessenta e cinco) I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância
dias, também contados da publicação desta Resolução, passarão a entre as extremidades internas dos espelhos retrovisores;
constar do manual do proprietário, para os veículos novos nacio- II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira
nais ou importados. (Redação dada ao parágrafo pela Deliberação do veículo; e
CONTRAN nº 103, de 23.12.2010, DOU 24.12.2010 e pela Resolução III - altura: não poderá exceder a 70 (setenta) cm de sua base
CONTRAN nº 378, de 06.04.2011, DOU 13.04.2011) central, medida a partir do assento do veículo.
§ 3º A capacidade máxima de tração deverá constar no Certifi- § 3º O equipamento aberto (grelha) deve atender aos seguin-
cado de Registro (CRV) e no Certificado de Registro e Licenciamento tes limites máximos externos:
do Veículo (CRLV). I - largura: 60 (sessenta) cm, desde que não exceda a distância
Art. 4º Os veículos de que trata o art. 1º deverão submeter-se entre as extremidades internas dos espelhos retrovisores;
à inspeção semestral para verificação dos equipamentos obrigató- II - comprimento: não poderá exceder a extremidade traseira
rios e de segurança. do veículo; e
Art. 5º Para o exercício das atividades previstas nesta Resolu- III - altura: a carga acomodada no dispositivo não poderá ex-
ção, o condutor deverá: ceder a 40 (quarenta) cm de sua base central, medida a partir do
I - ter, no mínimo, vinte e um anos de idade; assento do veículo.
II - possuir habilitação na categoria “A”, por pelo menos dois § 4º No caso do equipamento tipo aberto (grelha), as dimen-
anos, na forma do art. 147 do CTB; sões da carga a ser transportada não podem extrapolar a largura e
III - ser aprovado em curso especializado, na forma regulamen- comprimento da grelha.
tada pelo CONTRAN; e § 5º Nos casos de montagem combinada dos dois tipos de equi-
IV - estar vestido com colete de segurança dotado de dispositi- pamento, a caixa fechada (baú) não pode exceder as dimensões de
vos retrorrefletivos, nos termos do Anexo III desta Resolução. largura e comprimento da grelha, admitida a altura do conjunto em
Parágrafo único. Para o exercício da atividade de mototáxi o até 70 cm da base do assento do veículo.
condutor deverá atender aos requisitos previstos no art. 329 do § 6º Os dispositivos de transporte, assim como as cargas, não
CTB. poderão comprometer a eficiência dos espelhos retrovisores.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 10. As caixas especialmente projetadas para a acomoda- Considerando o estudo da Associação Brasileira de Medicina
ção de capacetes não estão sujeitas às prescrições desta Resolução, de Tráfego, ABRAMET, acerca dos procedimentos médicos para fis-
podendo exceder a extremidade traseira do veículo em até 15 cm. calização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa
Art. 11. O equipamento do tipo fechado (baú) deve conter fai- que determine dependência pelos condutores; e
xas retrorrefletivas conforme especificação no Anexo I desta Reso- Resolve:
lução, de maneira a favorecer a visualização do veículo durante sua Art. 1º. Definir os procedimentos a serem adotados pelas au-
utilização diurna e noturna. toridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de
Art. 12. É proibido o transporte de combustíveis inflamáveis ou álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependên-
tóxicos, e de galões nos veículos de que trata a Lei nº 12.009 de 29 cia, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei
de julho de 2009, com exceção de botijões de gás com capacidade nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro
máxima de 13 kg e de galões contendo água mineral, com capacida- (CTB).
de máxima de 20 litros, desde que com auxílio de sidecar. Art. 2º. A fiscalização do consumo, pelos condutores de veí-
Art. 13. O transporte de carga em sidecar ou semirreboques culos automotores, de bebidas alcoólicas e de outras substâncias
deverá obedecer aos limites estabelecidos pelos fabricantes ou im- psicoativas que determinem dependência deve ser procedimento
portadores dos veículos homologados pelo DENATRAN, não poden- operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
do a altura da carga exceder o limite superior o assento da motoci- Art. 3º. A confirmação da alteração da capacidade psicomotora
cleta e mais de 40 (quarenta) cm. em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa
Parágrafo único. É vedado o uso simultâneo de sidecar e semir- que determine dependência dar-se-á por meio de, pelo menos, um
reboque. dos seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de
Art. 14. Aplicam-se as disposições deste capítulo ao transporte veículo automotor:
de carga não remunerado, com exceção do art. 8º. I - exame de sangue;
II - exames realizados por laboratórios especializados, indica-
CAPÍTULO IV dos pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas
que determinem dependência;
Art. 15. O descumprimento das prescrições desta Resolução, III - teste em aparelho destinado à medição do teor alcoólico no
sem prejuízo da responsabilidade solidária de outros intervenientes ar alveolar (etilômetro);
nos contratos de prestação de serviços instituída pelos arts. 6º e IV - verificação dos sinais que indiquem a alteração da capaci-
7º da Lei nº 12.009, de 29 de julho de 2009, e das sanções impos- dade psicomotora do condutor.
tas pelo Poder Concedente em regulamentação própria, sujeitará § 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também pode-
o infrator às penalidades e medidas administrativas previstas nos rão ser utilizados prova testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer
seguintes artigos do Código de Trânsito Brasileiro, conforme o caso: outro meio de prova em direito admitido.
Art. 230, V, IX, X e XII; Art. 231, IV, V, VIII, X; Art. 232; e Art. 244, I, § 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a uti-
II, VIII e IX. lização do teste com etilômetro.
Art. 16. Os Municípios que regulamentarem a prestação de § 3º Se o condutor apresentar sinais de alteração da capaci-
serviços de mototáxi ou motofrete deverão fazê-lo em legislação
dade psicomotora na forma do art. 5º ou haja comprovação dessa
própria, atendendo, no mínimo, ao disposto nesta Resolução, po-
situação por meio do teste de etilômetro e houver encaminhamen-
dendo estabelecer normas complementares, conforme as peculia-
to do condutor para a realização do exame de sangue ou exame clí-
ridades locais, garantindo condições técnicas e requisitos de segu-
nico, não será necessário aguardar o resultado desses exames para
rança, higiene e conforto dos usuários dos serviços, na forma do
fins de autuação administrativa.
disposto no art. 107 do CTB.
Art. 17. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publi-
DO TESTE DE ETILÔMETRO
cação, produzindo efeitos no prazo de trezentos e sessenta e cinco
Art. 4º. O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
dias contados da data de sua publicação, quando ficará revogada a
I - ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
Resolução CONTRAN nº 219, de 11 de janeiro de 2007.
ALFREDO PERES DA SILVA II - ser aprovado na verificação metrológica inicial, eventual,
em serviço e anual realizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia,
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 432 DE 23/01/2013 Qualidade e Tecnologia - INMETRO ou por órgão da Rede Brasileira
de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ;
Dispõe sobre os procedimentos a serem adotados pelas auto- Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição realiza-
ridades de trânsito e seus agentes na fiscalização do consumo de da) deverá ser descontada margem de tolerância, que será o erro
álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependên- máximo admissível, conforme legislação metrológica, de acordo
cia, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei com a “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante
nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 - Código de Trânsito Brasileiro no Anexo I.
(CTB).
O O Conselho Nacional de Trânsito, no uso das atribuições que DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA
lhe confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de Art. 5º. Os sinais de alteração da capacidade psicomotora po-
1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e nos termos do derão ser verificados por:
disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que trata da I - exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico
coordenação do Sistema Nacional de Trânsito. perito; ou
Considerando a nova redação dos art. 165, 276, 277 e 302, da II - constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos si-
Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, dada pela Lei nº 12.760, nais de alteração da capacidade psicomotora nos termos do Anexo
de 20 de dezembro de 2012; II.

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora § 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames de que
pelo agente da Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não trata o inciso I deverão ser anexados ao auto de infração.
somente um sinal, mas um conjunto de sinais que comprovem a § 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchimento do
situação do condutor. campo “Valor Considerado” do auto de infração, deve-se observar
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que as margens de erro admissíveis, nos termos da “Tabela de Valores
trata o inciso II deverão ser descritos no auto de infração ou em Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
termo específico que contenha as informações mínimas indicadas
no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de infração. DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Art. 9º. O veículo será retido até a apresentação de condutor
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA habilitado, que também será submetido à fiscalização.
Art. 6º. A infração prevista no art. 165 do CTB será caracteri- Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habilitado ou
zada por: o agente verifique que ele não está em condições de dirigir, o veí-
I - exame de sangue que apresente qualquer concentração de culo será recolhido ao depósito do órgão ou entidade responsável
álcool por litro de sangue; pela fiscalização, mediante recibo.
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior Art. 10º. O documento de habilitação será recolhido pelo agen-
a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 te, mediante recibo, e ficará sob custódia do órgão ou entidade de
mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da “Tabela trânsito responsável pela autuação até que o condutor comprove
de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I; que não está com a capacidade psicomotora alterada, nos termos
III - sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na desta Resolução.
forma do art. 5º. § 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade de
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas ad- trânsito responsável pela autuação no prazo de 5 (cinco) dias da
ministrativas previstas no art. 165 do CTB ao condutor que recusar data do cometimento da infração, o documento será encaminhado
a se submeter a qualquer um dos procedimentos previstos no art. ao órgão executivo de trânsito responsável pelo seu registro, onde
3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306 do CTB o condutor deverá buscar seu documento.
caso o condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psi- § 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no recibo
comotora. de recolhimento do documento de habilitação.
DO CRIME
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 7º. O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado
Art. 11º. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia
por qualquer um dos procedimentos abaixo:
para as vítimas fatais de acidentes de trânsito.
I - exame de sangue que apresente resultado igual ou superior
Art. 12º. Ficam convalidados os atos praticados na vigência da
a 6 (seis) decigramas de álcool por litro de sangue (6 dg/L);
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012, com o
a 0,34 miligrama de álcool por litro de ar alveolar expirado (0,34 reconhecimento da margem de tolerância de que trata o art. 1º da
mg/L), descontado o erro máximo admissível nos termos da “Tabela Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10 mg/L) como limite
de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I; regulamentar.
III - exames realizados por laboratórios especializados, indica- Art. 13º. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 109, de
dos pelo órgão ou entidade de trânsito competente ou pela Polícia 21 de Novembro de 1999, e nº 206, de 20 de outubro de 2006, e a
Judiciária, em caso de consumo de outras substâncias psicoativas Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de dezembro de 2012.
que determinem dependência; Art. 14º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publi-
IV - sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na cação.
forma do art. 5º.
§ 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não elide a RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 254 DE 26/10/2007
aplicação do disposto no art. 165 do CTB.
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o condutor Estabelece requisitos para os vidros de segurança e critérios
e testemunhas, se houver, serão encaminhados à Polícia Judiciária, para aplicação de inscrições, pictogramas e películas nas áreas en-
devendo ser acompanhados dos elementos probatórios. vidraçadas dos veículos automotores, de acordo com o inciso III, do
artigo 111 do Código de Trânsito Brasileiro - CTB.
DO AUTO DE INFRAÇÃO O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando das
Art. 8º. Além das exigências estabelecidas em regulamentação atribuições que lhe foram conferidas pelo inciso I, do art. 12, da
específica, o auto de infração lavrado em decorrência da infração Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de
prevista no art. 165 do CTB deverá conter: Trânsito Brasileiro, e conforme o Decreto nº 4.711, de 29 de maio
I - no caso de encaminhamento do condutor para exame de de 2003, que dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de
sangue, exame clínico ou exame em laboratório especializado, a re- Trânsito, e
ferência a esse procedimento; Considerando a necessidade de regulamentar o uso dos vidros
II - no caso do art. 5º, os sinais de alteração da capacidade psi- de segurança e definir parâmetros que possibilitem atribuir deve-
comotora de que trata o Anexo II ou a referência ao preenchimento
res e responsabilidades aos fabricantes e/ou a seus representantes,
do termo específico de que trata o § 2º do art. 5º;
através de fixação de requisitos mínimos de segurança na fabrica-
III - no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e nº de
ção desses componentes de veículos, para serem admitidos em cir-
série do aparelho, nº do teste, a medição realizada, o valor conside-
culação nas vias públicas nacionais;
rado e o limite regulamentado em mg/L;
IV - conforme o caso, a identificação da (s) testemunha (s), se Considerando a necessidade de aperfeiçoar e atualizar os re-
houve fotos, vídeos ou outro meio de prova complementar, se hou- quisitos de segurança para os veículos automotores nacionais e im-
ve recusa do condutor, entre outras informações disponíveis. portados;

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Considerando a necessidade de estabelecer os mesmos requi- Art. 7º A aplicação de película não refletiva nas áreas envidra-
sitos de segurança para vidros de segurança dotados ou não de pe- çadas dos veículos automotores, definidas no art. 1º, será permitida
lículas, resolve: desde que atendidas as mesmas condições de transparência para
Art. 1º Os veículos automotores, os reboques e semi-reboques o conjunto vidro-película estabelecidas no art. 3º desta Resolução.
deverão sair de fábrica com as suas partes envidraçadas equipadas § 1º A marca do instalador e o índice de transmissão lumino-
com vidros de segurança que atendam aos termos desta Resolução sa existentes em cada conjunto vidro-película localizadas nas áreas
e aos requisitos estabelecidos na NBR 9491 e suas normas comple- indispensáveis à dirigibilidade serão gravados indelevelmente na
mentares. película por meio de chancela, devendo ser visíveis pelos lados ex-
§ 1º Esta exigência se aplica também aos vidros destinados a ternos dos vidros.
reposição. Art. 8º Fica proibida a aplicação de películas refletivas nas áre-
Art. 2º Para circulação nas vias públicas do território nacional as envidraçadas do veículo.
é obrigatório o uso de vidro de segurança laminado no pára-brisa Art. 9º Fora das áreas envidraçadas indispensáveis à dirigibili-
de todos os veículos a serem admitidos e de vidro de segurança dade do veículo, a aplicação de inscrições, pictogramas ou painéis
temperado, uniformemente protendido, ou laminado, nas demais decorativos de qualquer espécie será permitida, desde que o ve-
partes envidraçadas. ículo possua espelhos retrovisores externos direito e esquerdo e
Art. 3º A transmissão luminosa não poderá ser inferior a 75% que sejam atendidas as mesmas condições de transparência para
para os vidros incolores dos pára-brisas e 70% para os pára-brisas o conjunto vidro-pictograma/inscrição estabelecidas no § 1º do art.
coloridos e demais vidros indispensáveis à dirigibilidade do veículo. 3º desta Resolução.
§ 1º Ficam excluídos dos limites fixados no caput deste artigo Parágrafo único. É vedado o uso de painéis luminosos que re-
os vidros que não interferem nas áreas envidraçadas indispensáveis produzam mensagens dinâmicas ou estáticas, excetuando-se as uti-
à dirigibilidade do veículo. Para estes vidros, a transparência não lizadas em transporte coletivo de passageiro com finalidade de in-
poderá ser inferior a 28%. formar o serviço ao usuário da linha. (Parágrafo acrescentado pela
§ 2º Consideram-se áreas envidraçadas indispensáveis à dirigi- Resolução CONTRAN Nº 580 DE 24/02/2016).
bilidade do veículo, conforme ilustrado no anexo desta resolução: Art. 10. A verificação dos índices de transmitância luminosa
I - a área do pára-brisa, excluindo a faixa periférica de serigrafia estabelecidos nesta Resolução será realizada na forma regulamen-
destinada a dar acabamento ao vidro e à área ocupada pela banda tada pelo CONTRAN, mediante utilização de instrumento aprovado
degrade, caso existente, conforme estabelece a NBR 9491; pelo INMETRO e homologado pelo DENATRAN.
II - as áreas envidraçadas situadas nas laterais dianteiras do ve- Art. 11. O disposto na presente Resolução não se aplica a má-
ículo, respeitando o campo de visão do condutor. quinas agrícolas, rodoviárias e florestais e aos veículos destinados à
§ 3º Aplica-se ao vidro de segurança traseiro (vigia) o disposto circulação exclusivamente fora das vias públicas e nem aos veículos
no parágrafo primeiro, desde que o veículo esteja dotado de espe- incompletos ou inacabados.
lho retrovisor externo direito, conforme a legislação vigente. Art. 12. O não cumprimento do disposto nesta Resolução im-
Art. 4º Os vidros de segurança a que se refere esta Resolução, plicará na aplicação das penalidades previstas no inciso XVI do art.
deverão trazer marcação indelével em local de fácil visualização con- 230 do Código de Trânsito Brasileiro.
tendo, no mínimo, o índice de transmitância luminosa, a marca do Art. 13. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
fabricante do vidro e o símbolo de conformidade com a legislação ção, revogadas as Resoluções nºs 784/94, 73/98 e demais disposi-
brasileira definido pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normali- ções em contrário.
zação e Qualidade Industrial - INMETRO. (Redação dada ao artigo
pela Resolução CONTRAN nº 386, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011) RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 453 DE 26/09/2013
Art. 5º Fica a critério do DENATRAN admitir, exclusivamente
para os vidros de segurança, para efeito de comprovação do atendi- Disciplina o uso de capacete para condutor e passageiro de mo-
mento da NBR 9491 e suas normas complementares, os resultados tocicletas, motonetas, ciclomotores, triciclos motorizados e quadri-
de testes e ensaios obtidos por procedimentos ou métodos equiva- ciclos motorizados.
lentes, realizados no exterior. (Redação dada ao caput pela Resolu- O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, no uso da atri-
ção CONTRAN nº 386, de 02.06.2011, DOU 07.06.2011) buição que lhe confere o art. 12, da Lei 9.503, de 23 de setembro
§ 1º Serão aceitos os resultados de ensaios admitidos por ór- de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, e conforme o
gãos reconhecidos pela Comissão ou Comunidade Européia e os Es- Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que dispõe sobre a coor-
tados Unidos da América, em conformidade com os procedimentos denação do Sistema Nacional de Trânsito,
adotados por esses organismos. Considerando o disposto no inciso I dos artigos 54 e 55 e os
§ 2º Nos casos previstos no § 1º deste artigo, a identificação incisos I e II do artigo 244 do Código de Transito Brasileiro,
da conformidade dos vidros de segurança dar-se-á, alternada ou Considerando o inteiro teor do processo nº 80000.028782/2013-
cumulativamente, através de marcação indelével que contenha 11,
no mínimo a marca do fabricante e o símbolo de conformidade da Resolve:
Comissão ou da Comunidade Européia, constituídos pela letra “E” Art. 1º É obrigatório, para circular na vias publicas, o uso de
maiúscula acompanhada de um índice numérico, representando o capacete motociclístico pelo condutor e passageiro de motocicleta,
país emitente do certificado, inseridos em um círculo, ou pela letra motoneta, ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado,
“e” minúscula acompanhada de um número representando o país devidamente afixado à cabeça pelo conjunto formado pela cinta ju-
emitente do certificado, inseridos em um retângulo e, se dos Esta- gular e engate, por debaixo do maxilar inferior.
dos Unidos da América, simbolizado pela sigla ‘DOT’. § 1º O capacete motociclístico deve estar certificado por orga-
Art. 6º O fabricante, o representante e o importador do veículo nismo acreditado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza-
deverão certificar-se de que seus produtos obedecem aos precei- ção, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), de acordo com regulamen-
tos estabelecidos por esta Resolução, mantendo-se em condição de to de avaliação da conformidade por ele aprovado. (Redação do
comprová-los, quando solicitados pelo Departamento Nacional de parágrafo dada pela Resolução CONTRAN Nº 680 DE 25/07/2017).
Trânsito - DENATRAN.

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

§ 2º Capacetes com numeração superior a 64 estão dispensa- IV - não uso de capacete motociclístico, capacete não encaixa-
dos da certificação compulsória quando adquiridos por pessoa físi- do na cabeça ou uso de capacete indevido, conforme Anexo: incisos
ca no exterior. (Parágrafo acrescentado pela Resolução CONTRAN I ou II do art. 244 do CTB, conforme o caso. (Inciso acrescentado
Nº 680 DE 25/07/2017). pela Resolução CONTRAN Nº 846 DE 08/04/2021).
Art. 2º Para fiscalização do cumprimento desta Resolução, as Art. 5º As especificações dos capacetes motociclísticos, visei-
autoridades de trânsito ou seus agentes devem observar: ras, óculos de proteção e acessórios estão contidas no Anexo desta
I - Se o capacete motociclístico utilizado é certificado pelo IN- Resolução.
METRO; Art. 6º O Anexo desta Resolução encontram-se disponíveis no
II - Se o capacete motociclístico está devidamente afixado à ca- sitio eletrônico www.denatran.gov.br.
beça; Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica-
III - A aposição de dispositivo retrorrefletivo de segurança nas ção.
partes laterais e traseira do capacete motociclístico, conforme es- Art. 8º Ficam revogadas a Resoluções CONTRAN nº 203, de
pecificado no item I do Anexo; 29 de setembro de 2006, nº 257, de 30 de novembro de 2007, e nº
IV - A existência do selo de identificação da conformidade do 270, de 15 de fevereiro de 2008.
INMETRO, ou etiqueta interna com a logomarca do INMETRO, es-
pecificada na norma NBR7471, podendo esta ser afixada no sistema RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 558 DE 15/10/2015
de retenção;
V - O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que Dispõe sobre o acesso da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS,
identifiquem a sua inadequação para o uso; para o candidato e condutor com deficiência auditiva quando da
Parágrafo único. Os requisitos descritos nos incisos III e IV deste realização de cursos e exames nos processos referentes à Carteira
artigo aplicam-se aos capacetes fabricados a partir de 1º de agosto Nacional de Habilitação - CNH.
O Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, usando da com-
de 2007.
petência que lhe confere o artigo 12, inciso I da Lei 9.503, de 23 de
Art. 3º O condutor e o passageiro de motocicleta, motoneta,
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro - CTB
ciclomotor, triciclo motorizado e quadriciclo motorizado, para cir-
e conforme Decreto nº 4.711 de 29 de maio de 2003, que dispõe
cular na via pública, deverão utilizar capacete com viseira, ou na
sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Trânsito;
ausência desta, óculos de proteção, em boas condições de uso. Considerando a necessidade de uniformizar, em âmbito nacio-
§ 1º Entende-se por óculos de proteção, aquele que permite nal, os procedimentos para atender aos candidatos e condutores
ao usuário a utilização simultânea de óculos corretivos ou de sol. com deficiência auditiva, nos termos da Lei nº 10.098, de 19 de de-
§ 2º Fica proibido o uso de óculos de sol, óculos corretivos ou zembro de 2000, regulamentada pelo Decreto nº 5.296/2004;
de segurança do trabalho (EPI) de forma singular, em substituição Considerando a Lei Federal nº 10.436, de 24 de abril de 2002,
aos óculos de proteção. dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS, regulamentada
§ 3º Quando o veículo estiver em circulação, a viseira ou óculos pelo Decreto 5.626/2005;
de proteção deverão estar posicionados de forma a dar proteção Resolve:
total aos olhos, observados os seguintes critérios: Art. 1º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Esta-
I - quando o veículo estiver imobilizado na via, independente- dos e do Distrito Federal deverão disponibilizar às pessoas com defi-
mente do motivo, a viseira poderá ser totalmente levantada, de- ciência auditiva, o intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS,
vendo ser imediatamente restabelecida a posição frontal aos olhos nas seguintes fases do processo de habilitação:
quando o veículo for colocado em movimento;
II - a viseira deverá estar abaixada de tal forma possibilite a pro- I - avaliação psicológica;
teção total frontal aos olhos, considerando-se um plano horizon- II - exame de aptidão física e mental;
tal, permitindo-se, no caso dos capacetes com queixeira, pequena III - curso teórico técnico;
abertura de forma a garantir a circulação de ar; IV - curso de simulação de prática de direção veicular;
III - no caso dos capacetes modulares, além da viseira, confor- V - exame teórico técnico;
me inciso II, a queixeira deverá estar totalmente abaixada e travada. VI - curso de prática de direção veicular;
§ 4º No período noturno, é obrigatório o uso de viseira no pa- VII - exame de direção veicular;
drão cristal. VIII - curso de atualização;
§ 5º É proibida a aposição de película na viseira do capacete e IX - curso de reciclagem de condutores infratores;
nos óculos de proteção. X - cursos de especialização.
Art. 4º Dirigir ou conduzir passageiro em descumprimento às
§ 1º A atuação do intérprete da LIBRAS, deverá limitar-se a
disposições contidas nesta Resolução implicará nas sanções previs-
informar ao candidato com deficiência auditiva a respeito do con-
tas no CTB, conforme abaixo:
teúdo dos procedimentos administrativos atinentes aos exames e
I - com o capacete fora das especificações contidas no art. 2º,
cursos do processo de habilitação previstos nos incisos I a X do art.
exceto inciso II, combinado com o Anexo: Art. 230, inciso X, do CTB;
1º desta Resolução, vedada a interferência na tomada de decisões
II - sem estar devidamente fixado à cabeça pelo conjunto for- do candidato capazes de alterar o resultado da aferição da capaci-
mado pela cinta jugular e engate, por debaixo do maxilar inferior; dade do candidato.
de tamanho inadequado ou no caso de queixeira não abaixada ou § 2º A atuação do intérprete poderá ser substituída por qual-
travada. Art. 169 do CTB; (Redação do inciso dada pela Resolução quer outro meio tecnológico hábil para a interpretação da LIBRAS.
CONTRAN Nº 846 DE 08/04/2021).
III - utilizando capacete de segurança sem viseira ou óculos de
proteção ou com viseira ou óculos de proteção em desacordo com
Anexo: incisos X ou XI do art. 244 do CTB, conforme o caso. (Redação
do inciso dada pela Resolução CONTRAN Nº 846 DE 08/04/2021).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

Art. 2º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Es- II - quando a quantidade de crianças com esta idade exceder a
tados e do Distrito Federal, quando do credenciamento dos profis- lotação do banco traseiro; ou
sionais, das instituições ou entidades para o processo de formação, III - quando o veículo for dotado originalmente (fabricado) de
atualização, reciclagem de condutores infratores e especialização, cintos de segurança subabdominais (dois pontos) nos bancos tra-
deverão exigir a disponibilização do intérprete da LIBRAS, nos ter- seiros; ou
mos do art. 1º desta Resolução. IV - quando a criança já tiver atingido 1,45m de altura.
Parágrafo único. A disponibilização do intérprete da LIBRAS po- Parágrafo único. Excepcionalmente, as crianças com idade su-
derá ser comprovada por meio da capacitação de seus profissionais, perior a quatro anos e inferior a sete anos e meio podem ser trans-
ou por meio de convênios ou contratos com entidades especializa- portadas utilizando cinto de segurança de dois pontos sem o dis-
das. positivo denominado ‘assento de elevação’, nos bancos traseiros,
Art. 3º Os órgãos ou entidades executivos de trânsito dos Esta- quando o veículo for dotado originalmente destes cintos.
dos e do Distrito Federal poderão estabelecer exigências comple- Art. 4º Nos veículos equipados com dispositivo suplementar de
mentares para o perfeito funcionamento do disposto nesta Reso- retenção (airbag), para o passageiro do banco dianteiro, o transpor-
lução. te de crianças com até dez anos de idade neste banco, conforme
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publica- disposto no art. 3º, pode ser realizado desde que utilizado o dispo-
ção. sitivo de retenção adequado ao seu peso e altura e observados os
seguintes requisitos:
RESOLUÇÃO CONTRAN Nº 819 DE 17/03/2021 I - é vedado o transporte de crianças com até sete anos e meio
de idade, em dispositivo de retenção posicionado em sentido con-
Dispõe sobre o transporte de crianças com idade inferior a dez trário ao da marcha do veículo;
anos que não tenham atingido 1,45 m (um metro e quarenta e cinco II - é permitido o transporte de crianças com até sete anos e
centímetros) de altura no dispositivo de retenção adequado. meio de idade, em dispositivo de retenção posicionado no sentido
O Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN), no uso da com- de marcha do veículo, desde que não possua bandeja, ou acessório
petência que lhe confere o inciso I do art. 12 da Lei 9.503, de 23 de equivalente, incorporado ao dispositivo de retenção;
setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), III - salvo instruções específicas do fabricante do veículo, o ban-
com base no que consta nos autos do processo administrativo nº co do passageiro dotado de airbag deve ser ajustado em sua última
50000.000107/2021- 69, posição de recuo, quando ocorrer o transporte de crianças neste
Resolve: banco.
Art. 1º Esta Resolução dispõe sobre o transporte de crianças Art. 5º Com a finalidade de ampliar a segurança dos ocupantes,
adicionalmente às prescrições desta Resolução, o fabricante ou o
com idade inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um
importador do veículo pode estabelecer condições e/ou restrições
metro e quarenta e cinco centímetros) de altura no dispositivo de
específicas para o uso do dispositivo de retenção para crianças com
retenção adequado.
até sete anos e meio de idade em seus veículos, sendo que tais
Art. 2º Para transitar em veículos automotores, as crianças com
prescrições devem constar do manual do proprietário.
idade inferior a dez anos que não tenham atingido 1,45 m (um me-
Parágrafo único. Na ocorrência da hipótese prevista no caput
tro e quarenta e cinco centímetros) de altura devem ser transpor-
deste artigo, o fabricante ou importador deve comunicar a restrição
tados nos bancos traseiros usando individualmente cinto de segu-
ao órgão máximo executivo de trânsito da União no requerimento
rança ou dispositivo de retenção equivalente, na forma prevista no
de concessão da marca/modelo/versão e do Certificado de Adequa-
Anexo desta Resolução. ção à Legislação de Trânsito (CAT).
§ 1º Dispositivo de retenção para o transporte de crianças Art. 6º Os manuais dos veículos automotores devem conter in-
(DRC) é o conjunto de elementos que contém uma combinação de formações a respeito dos cuidados no transporte de crianças, da
tiras com fechos de travamento, dispositivo de ajuste, partes de fi- necessidade de dispositivos de retenção e da importância de seu
xação e, em certos casos, dispositivos como: um berço portátil por- uso na forma do art. 338 do CTB.
ta-bebê, uma cadeirinha auxiliar ou uma proteção antichoque que Art. 7º O transporte de crianças em desacordo com o disposto
devem ser fixados ao veículo, mediante a utilização dos cintos de nesta Resolução sujeita os infratores às sanções previstas no art.
segurança ou outro equipamento apropriado instalado pelo fabri- 168 do CTB.
cante do veículo com a finalidade de reduzir o risco ao usuário em Parágrafo único. A conduta prevista do caput não elide a aplica-
casos de colisão ou de desaceleração repentina do veículo, limitan- ção de outras sanções em razão do cometimento de demais infra-
do o deslocamento do corpo da criança com idade até sete anos e ções de trânsito, nos termos do art. 266 do CTB.
meio. Art. 8º Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN:
§ 2º As exigências relativas ao sistema de retenção, no trans- I - nº 277, de 28 de maio de 2008;
porte de crianças com até sete anos e meio de idade, não se apli- II - nº 352, de 14 de junho de 2010;
cam aos veículos de transporte coletivo de passageiros, aos de alu- III - nº 391, de 30 de agosto de 2011;
guel de que trata a alínea “d” do inciso III do art. 96 do CTB, aos de IV - nº 533, de 17 de junho de 2015;
transporte remunerado individual de passageiros, aos veículos es- V - nº 541, de 15 de julho de 2015; e
colares e aos demais veículos com peso bruto total superior a 3,5 t. VI - nº 639, de 30 de novembro de 2016.
§ 3º A isenção prevista no § 2º se aplica aos veículos de trans- Art. 9º Esta Resolução entra em vigor em 12 de abril de 2021.
porte remunerado individual de passageiros durante a efetiva pres-
tação do serviço.
Art. 3º O transporte de criança com idade inferior a dez anos
pode ser realizado no banco dianteiro do veículo, com o uso do dis-
positivo de retenção adequado ao seu peso e altura, nas seguintes
situações:
I - quando o veículo for dotado exclusivamente deste banco;

55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

DECRETO Nº 55735 DE 22/01/2021


EXERCÍCIOS
Regulamenta Programa de regularização de débitos do Impos-
to sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, da taxa de 1. Os veículos automotivos de linha leve, como os populares de
licenciamento, do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados motor 1.0, funcionam alimentados por gasolina, álcool ou a mistura
por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT e de infrações de ambos. Quanto aos componentes do sistema de alimentação de
de trânsito, denominado Veículo Legal, de que trata a Lei nº 15.514, combustível, assinale a alternativa correta.
de 24 de agosto de 2020. (A) Bomba de combustível, distribuidor, pistão e biela.
O Governador do Estado do Rio Grande do Sul, no uso das atri- (B) Junta homocinética, eletroinjetor, cânister e amortecedor.
buições que lhe confere o art. 82, incisos V e VII, da Constituição (C) Filtro de combustível, bomba de combustível, rotor e tubo
do Estado, distribuidor.
Decreta: (D) Filtro de combustível, bomba de combustível, eletroinjetor
Art. 1º O Programa de regularização de débitos do Imposto e tubo distribuidor.
sobre a Propriedade de Veículos Automotores - IPVA, da taxa de (E) Filtro de combustível, bomba de combustível, distribuidor e
licenciamento, do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados tubo distribuidor.
por Veículos Automotores de Via Terrestre - DPVAT e de infrações
de trânsito, denominado Veículo Legal, de que trata a Lei nº 15.514 2. Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente compo-
, de 24 de agosto de 2020, observará o disposto neste Decreto. nentes do sistema elétrico de um carro.
Art. 2º O proprietário ou o condutor de veículo automotor po- (A) bateria, motor de partida (arranque), alternador e distri-
derá realizar o pagamento, no ato da abordagem, por meio de siste- buidor
ma bancário eletrônico, de eventuais débitos e encargos financeiros (B) bateria, motor de partida (arranque), mangueiras e radia-
existentes no prontuário do veículo, com vista a evitar sua remoção dor
nas situações em que a autoridade constatar, como irregularidade, (C) radiador, ventilador, bomba d’água, vaso de expansão e ve-
exclusivamente a falta de pagamento destes débitos. las de ignição
Art. 3º Serão disponibilizados, na medida do possível, dispo- (D) motor de partida (arranque), distribuidor e válvula termos-
sitivos ou equipamentos que possibilitem ao proprietário ou ao tática
condutor do veículo automotor realizar, no ato da abordagem, o (E) alternador, ventoinha, bomba d’água, carburador, válvula
pagamento dos débitos existentes no prontuário do veículo, desde termostática e distribuidor
que haja disponibilidade técnica do sistema na ocasião.
Art. 4º Na ausência de dispositivos ou de equipamentos que 3. Assinale a alternativa que apresenta uma das funções do sis-
possibilitem ao proprietário ou ao condutor do veículo automotor tema de lubrificação do motor de um veículo.
realizar, no ato da abordagem, o pagamento dos débitos existentes (A) transformar a energia calorífica, resultante da queima da
no prontuário do veículo, a demonstração de efetivo pagamento mistura, em energia mecânica
poderá ser feita por meio de comprovante gerado por sistema ban- (B) realizar os tempos de funcionamento do motor, sincroni-
cário eletrônico, verificada pelo agente de trânsito no momento da zando-os com o subsistema de conjunto móvel
fiscalização. (C) manter a temperatura do motor em uma faixa ideal de fun-
§ 1º Na hipótese de que trata o “caput” deste artigo, a verifi- cionamento
cação pelo agente de trânsito no ato de abordagem do pagamento (D) enviar ao motor a quantia necessária de mistura ar/com-
por meio de aplicativo do sistema bancário será suficiente para a bustível para que seja queimada, sendo transformada de ener-
liberação do veículo automotor nas situações em que a autoridade gia química em energia mecânica
constatar, como irregularidade, exclusivamente a falta de pagamen- (E) auxiliar no sistema de arrefecimento do motor, fazendo a
to de débitos e de encargos financeiros existentes no prontuário, troca de calor
independentemente do processamento e da confirmação da quita-
ção nos sistemas do Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/ 4. Acerca do sistema de arrefecimento de um veículo, assinale
RS ou da Secretaria da Fazenda. a alternativa correta.
§ 2º A verificação de pagamento dos débitos na forma do (A) A perda de líquido de arrefecimento não gera aumento de
“caput” deste artigo apenas impede a imposição da medida admi- temperatura do motor.
nistrativa de remoção do veículo, não afastando as demais penali- (B) Uma das causas do superaquecimento do motor é o emper-
dades previstas na Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, ramento da válvula termostática.
nem importando na efetiva regularização do veículo, o qual somen- (C) Caso o ventilador elétrico deixe de funcionar, haverá vaza-
te será considerado licenciado em definitivo após o processamento mento de fluido de arrefecimento.
e a confirmação dos pagamentos efetuados e depois de cumpridas (D) A bomba d’água é acionada automaticamente quando a
as demais exigências legais específicas quando cabíveis. temperatura do motor for excedida.
Art. 5º Até 31 de março de 2021, a ausência de recolhimento (E) A alta temperatura do motor pode ser justificada pela au-
do Seguro Obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos Au- sência de água na lubrificação do motor.
tomotores de Via Terrestre - DPVAT - referente ao exercício de 2020
somente poderá ensejar a remoção de veículo automotor quando,
apesar de disponibilizados dispositivos ou equipamentos que possi-
bilitem ao proprietário ou ao condutor realizar, no ato de fiscaliza-
ção, o seu pagamento, este não for efetivado.
Art. 6º O Departamento Estadual de Trânsito - DETRAN/RS ex-
pedirá normas complementares a este Decreto.
Art. 7º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

5. Pode-se afirmar que a “aquaplanagem” ou “hidroplanagem”, 9. O Certificado de Registro de Veículo (CRV) é documento obri-
muito discutida em Direção Defensiva é gatório para proprietários de veículos automotores. A expedição de
(A) a falta de contato do pneu com o solo, em dia de chuva. novo CRV deverá ser imediata quando
(B) a forma correta de dirigir, aumentando a velocidade. (A) ocorrer mudança de endereço no mesmo município.
(C) o aumento de contato do pneu com o solo, quando a velo- (B) se alterar qualquer característica do veículo.
cidade aumenta. (C) houver transferência de propriedade.
(D) o acúmulo de ar no sistema de freio hidráulico dos veículos (D) se extraviar nota fiscal fornecida pelo fabricante.
equipados com freio “ABS”. (E) da quitação de multas de trânsito.
(E) a falta de estabilidade quando a pista está muito seca.
10. De acordo com o CTB, constitui infração gravíssima
6. Quanto à posição correta do condutor ao dirigir um veículo, (A) atirar do veículo ou abandonar na via objetos ou substân-
o condutor deve cias.
I. segurar o volante com as duas mãos, na posição de 11 horas (B) deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente
e 5 minutos, para melhor acessar os comandos do veículo, e melhor de trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes.
enxergar o painel; (C) dirigir veículo com CNH ou permissão para dirigir de cate-
II. dirigir com os braços e pernas ligeiramente dobrados, evi- goria inferior à exigida para a condução do veículo que esteja
tando tensões; conduzindo.
III. apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco, o (D) ter o veículo imobilizado na via por falta de combustível.
mais próximo possível de um ângulo de 60°. (E) estacionar o veículo nas esquinas e a menos de cinco me-
Está correto o que se afirma em tros do bordo do alinhamento da via transversal.
(A) I, II e III.
(B) II e III, somente. 11. De acordo com o CTB, assinale a opção correta acerca das
(C) I e III, somente. ações penais por crimes cometidos na direção de veículos automo-
(D) II, somente. tores.
(E) I, somente. (A) Em nenhuma hipótese se admite a aplicação aos crimes de
trânsito de disposições previstas na lei que dispõe sobre os jui-
7. Considere as afirmativas abaixo. zados especiais criminais.
I. Compete aos Conselhos Estaduais de Trânsito − CETRAN e ao (B) A suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a ha-
Conselho de Trânsito do Distrito Federal – CONTRANDIFE, aprova- bilitação para dirigir veículo automotor pode ser imposta como
rem, complementarem ou alterarem os dispositivos de sinalização penalidade principal, mas sempre de forma isolada, sendo ve-
e os dispositivos e equipamentos de trânsito. dada a aplicação cumulativa com outras penalidades.
II. Compete ao Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN es- (C) A penalidade de suspensão ou de proibição de se obter a
tabelecer as diretrizes do regimento das Juntas Administrativas de permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor tem
Recursos de Infrações – JARIS. a duração de dois anos.
III. Compete ao órgão máximo executivo de trânsito da União (D) Transitada em julgado a sentença condenatória, o réu será
organizar e manter o Registro Nacional de Veículos Automotores − intimado a entregar à autoridade judiciária, em 24 horas, a per-
RENAVAM. missão para dirigir ou a CNH.
Está correto o que consta em (E) Ao condutor de veículo, nos casos de acidentes de trânsi-
(A) I, somente. to de que resulte vítima, não se imporá a prisão em flagrante,
(B) III, somente. nem se exigirá fiança, se ele prestar pronto e integral socorro
(C) I e II, somente. àquela.
(D) II e III, somente.
(E) I, II e III. 12. A cada infração cometida são computados os seguintes nú-
meros de pontos:
8. Quanto ao uso de luzes em veículo, considere as afirmativas I. LEVE: 2 pontos.
abaixo. II. II: MÉDIA: 4 pontos.
I. O condutor manterá acesos os faróis do veículo, utilizando III. GRAVE: 5 pontos.
luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis providos de IV. GRAVÍSSIMA: 7 pontos.
iluminação pública.
II. Nas vias não iluminadas o condutor deve usar luz alta, exceto Qual está incorreta?
ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo. (A) Apenas I.
III. O condutor utilizará o pisca-alerta no caso de chuva forte (B) Apenas II.
ou neblina. (C) Apenas III.
IV. O condutor manterá acesas, à noite, as luzes baixas dos fa- (D) Apenas IV.
róis, quando o veículo estiver parado para fins de embarque ou de- (E) Todas estão corretas.
sembarque de passageiros.
É correto o que se afirma em
(A) I e II, apenas.
(B) III e IV, apenas.
(C) I, II e III, apenas.
(D) II, III e IV, apenas.
(E) I, II, III e IV.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
AGENTE DE TRÂNSITO E TRANSPORTE

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GABARITO
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______________________________________________________
1 D
2 A ______________________________________________________

3 E ______________________________________________________
4 B ______________________________________________________
5 A
______________________________________________________
6 D
7 D ______________________________________________________
8 A ______________________________________________________
9 B
______________________________________________________
10 C
______________________________________________________
11 E
12 A ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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